economia&empresas maio

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EXPOFRANCHISE 2009 ENSINA COMO MONTAR, NESTA FASE DE INSTABILIDADE, UM NEGÓCIO PRÓPRIO COMO ALTERNATIVA AO DESEMPREGO | Págs. 8 e 9 Franchising contra a crise até segunda-feira na FIL VINHO Aliança reúne modernidade e tradicção em Sangalhos Pág. 13 OLIVEIRA DO BAIRRO Spidora ganha cada vez mais mercado no desporto amador Pág. 14 COIMBRA Wit Software com tecnologia para iPhone certificada pela Apple Pág. 16 A região Centro está a sair da letargia económica em que se encontrava JUSTINO PINTO, director regional de Economia Pág. 4 Dielmar avança em Espanha Casa inteligente em Viseu NO EMPREENDIMENTO DA PLANIVIS NO ATRIUM D. JOÃO A AUTOMATIZAÇÃO SIMPLIFICA AS ROTINAS DIÁRIAS DOS RESIDENTES | Pág. 10 FÁBRICA DE ALCAINS GARANTIU DIREITOS DA MARCA DO ESTILISTA CATALÃO ANTÓNIO MIRO Pág. 12 “Real ” fábrica Vista Alegre deixa família Pinto Basto 185 anos depois da fundação Pág. 2 Economia & EMPRESAS 30 de Maio de 2009 09/1197

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Suplemento de Economia do DIÁRIO AS BEIRAS

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EXPOFRANCHISE 2009 ENSINA COMO MONTAR, NESTA FASE DE INSTABILIDADE, UM NEGÓCIO PRÓPRIO COMO ALTERNATIVA AO DESEMPREGO | Págs. 8 e 9

Franchising contra a crise até segunda-feira na FIL

VINHO

Aliança reúnemodernidade e tradicção em Sangalhos

Pág. 13

OLIVEIRA DO BAIRRO

Spidora ganhacada vez maismercado nodesporto amador

Pág. 14

COIMBRA

Wit Softwarecom tecnologia para iPhonecertificada pela Apple

Pág. 16

A região Centro está a sair da letargia económicaem que se encontrava

JUSTINO PINTO, director regional de Economia Pág. 4

Dielmar avança em Espanha

Casa inteligente em ViseuNO EMPREENDIMENTO

DA PLANIVIS NO ATRIUM D. JOÃO A AUTOMATIZAÇÃO

SIMPLIFICA AS ROTINASDIÁRIAS DOS RESIDENTES

| Pág. 10

FÁBRICA DE ALCAINS GARANTIU DIREITOS DA MARCA DO ESTILISTA CATALÃO ANTÓNIO MIROPág. 12

“Real ” fábricaVista Alegre deixa família Pinto Basto 185 anos depois da fundação

Pág. 2

Economia&E M P R E S A S30 de Maio de 2009

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Os pinhais existentesem volta forneciam ocombustível para os

fornos, o amplo espaço per-mitia acolher as oficinas, obarro disponível nas imedia-ções servia de matéria-prima,o canal da ria de Aveiro, àsportas da fábrica, permitiauma ligação ao porto de mar.

Mão-de-obra era tambémalgo que não faltava na re-gião, já que a faina do baca-lhau, então actividade centralem Ílhavo, não chegava paramobilizar toda a populaçãoda vila.

Cinco anos de operaçãoforam suficientes para, dadoo sucesso industrial regista-do, a unidade da Vista Ale-gre, fundada pelo negocian-te portuense José FerreiraPinto Basto, receber o títulode Real Fábrica.

A empresa começou porproduzir apenas vidro, masempenhou-se depois em ini-ciar a produção de porcela-na, tendo-lhe as boas relaçõescom a congénere francesa deSèvres permitido apurar asreceitas da composição dapasta e do vidro.

Seria, contudo, a desco-berta em Aveiro, em 1832, deum jazigo de caulino – umaargila até então escassa em

Portugal, mas essencial pa-ra a produção de porcelana –que determinou o sucessodo negócio.

A fábrica intensificou en-tão o trabalho e aperfeiçoouo fabrico da porcelana, con-tando com 125 operáriosneste ofício, acabando o fa-brico de vidro por ser aban-donado em 1880.

Desde então, a Real Fábri-ca de Porcelana da Vista Ale-gre atravessou períodos áu-reos e momentos mais con-turbados, sendo já na déca-da de 1970 que se moderni-zou e reforçou os meios pro-dutivos.

A década de 1990 marcouo início da internacionaliza-ção da empresa, dado o esgo-tamento do reduzido merca-do português, centrando-sea expansão nos mercados demaior proximidade geográ-fica ou afinidade culturalcom Portugal. A Espanha,com cerca de 45 por cento,tornou-se o maior importa-dor da empresa, que, apesarde possuir uma das mais au-tomatizadas fábricas de por-celana do mundo, continuaa apostar na porcelana feitaà mão.

Os seus serviços são usa-dos oficialmente pelo Presi-

dente da República Portu-guesa, mas também na Ca-sa Branca e nas casais reaisde Inglaterra, Espanha e Ho-landa.

Em 1997, teve lugar a fu-são da Vista Alegre com ogrupo cerâmico Cerexport, aque se seguiu, em 2001, umanova fusão, desta vez com oGrupo Atlantis, que deu ori-gem ao maior grupo nacio-nal e ao sexto maior do mun-do de “tableware”: a Vista

Alegre Atlantis.Ainda assim, e apesar da

reestruturação financeira en-tretanto efectuada – com oencerramento de fábricas ede toda a cadeia de lojas Ca-sa Alegre, o abandono deoperações no exterior e o des-pedimento de perto de 1.500pessoas – os prejuízos con-tinuaram a acumular-se a ca-da ano, atingindo um agra-vamento de 31 por cento em2008, para um acumulado de

18,4 milhões de euros.A esperança, todavia, es-

tá de volta: a Visabeira, quejá detinha 40,15 por cento docapital da empresa, acaba deficar, no decurso de umaOferta Pública de Aquisição(OPA) bem sucedida, lança-da pela sua subsidiária Ceru-til, com 63,37 por cento, quepermitiu não só a manuten-ção da marca Vista Alegre,mas encarar o futuro com re-novado optimismo.

30 MAIO 20092 ABERTURAEconomia&Empresas

Editorial

SOARES REBELO

Portugal e a crise

As leituras sobre o es-tado da nação portuguesasão as mais variadas e, até,em muitos casos, absolu-tamente antagónicas.Atravessamos, de resto,um período de campanhaeleitoral, em que o Gover-no procura, obviamente,minimizar a crise e a opo-sição, é claro, dramatizá-la. Têm sido tomadas, re-conheça-se, algumas me-didas indispensáveis, nal-guns casos, inclusivamen-te, corajosas, mas os efei-tos da maior parte delasainda não são, de modonenhum, entusiasman-tes. Há mesmo quem du-vide da eficácia de algu-mas deliberações, tama-nha a dose de improvisoque as terá ditado. E, lá es-tá – quem se encontra fo-ra do poder e pretende re-cuperá-lo não hesita emaproveitar a conjunturapara fragilizar ainda maiso Executivo.

Muitos governos, faceao crescendo dos protes-tos, continuam a actuarcomo bombeiros – vãolançando água onde as la-baredas da descrença, pormais intensas, possamqueimá-los. Sente-se, to-davia, não haver, ondequer que seja, estratégiaconvicta, modelo econó-mico alternativo ao queconduziu ao descalabro.

O momento não é, emsuma, propenso a opti-mismos peregrinos. O“inimigo” não desarma: ataxa de desemprego, queatingiu os 8,9 por cento noprimeiro trimestre, é, porcá, com quase meio mi-lhão de activos sem traba-lho, a mais elevada dos úl-timos 23 anos. Confron-tamo-nos ainda comsignificativa quebra da ac-tividade produtiva e alar-mante escassez de finan-ciamento. Só há, portan-to, uma saída: PS e PSDentenderem-se na viabili-zação de um projecto, di-gamos, de “salvação na-cional”. Para criar empre-go são necessárias taxaselevadas de crescimento– e tal objectivo será im-pensável em ambiente decrispação política e erosãosistemática da confiançados investidores.

EMPRESAS COM HISTÓRIA

A fábrica nasceu em 1824, em Ílhavo, por alvará régio de D. João VI e iniciativa do nego-

ciante José Ferreira Pinto Basto, aproveitando as condições geográficas locais para criar a

mais antiga empresa portuguesa de porcelana fina.

“Real” Vista Alegre

Osucesso da Oferta Pública deAquisição da Cerutil sobrea Vista Alegre Atlantis

(VAA), “holding” que controla asfábricas de porcelanas da VistaAlegre e da Cerexport, a CristaisAtlantis e a Faianças da Capoa,significou uma hipótese de via-bilização da histórica fábrica deporcelanas de Ílhavo, que empre-ga actualmente 750 trabalhadores.“Impunha-se uma solução e a Vi-sabeira pode ajudar a empresa amanter-se como uma das princi-pais marcas de Portugal”, reconhe-ceu o presidente da VAA, Bernar-do Vasconcellos e Sousa, últimorepresentante da família que há185 anos liderava os destinos daVista Alegre. O presidente exe-cutivo da Visabeira, Paulo Vare-

la, já anunciou que o grupo deViseu, que já tem 25 por centoda sua actividade no exterior, vaireposicionar a Vista Alegre no

mercado e aproveitar as sinergiasexistentes para internacionalizarmais a marca. No âmbito da OPA,que decorreu entre os dias 13 e 24de Abril, os três bancos que con-trolavam a VAA alienaram 40 porcento do capital da empresa à Ce-rutil (o BPI vendeu os 19,99 quedetinha, enquanto o BCP e a CGDalienaram 10 por cento cada um).

A Visabeira, que recentementeadquiriu, igualmente através Ce-rutil, a maioria do capital Fábricade Faianças Artísticas Bordalo Pi-nheiro, das Caldas da Rainha, deuassim mais um passo no reforçoda presença do grupo de Viseu nonegócio da cerâmica, de que é ago-ra, no sector, o maior produtor na-cional.

Visabeira “salva” marca com 185 anos

30 MAIO 2009

3CONJUNTURA Economia&Empresas

Confidências❂ QUASE dois terços dosportugueses defendem queo país estaria melhor prote-gido contra a crise econó-mica e financeira se a anti-ga moeda nacional, o escu-do, ainda existisse.

❂ A ACTUAL conjunturade crise favorece o cresci-mento da economia infor-mal, com pessoas e empre-sas a procurarem formas al-ternativas de sobrevivência.O aumento do desempre-go leva a que se procuremalternativas de rendimento,que passam à margem daeconomia formal.

❂ AS ACÇÕES para im-pugnar despedimentosilícitos ou de dirigentes sin-dicais, grávidas, puérperasou lactantes vão ser consi-deradas urgentes, quandoentrar em vigor o novo Có-digo de Processo do Traba-lho.

❂ A COMISSÃO Europeiaquer limitar os bónus e osdenominados “pára-quedasdourados”, os prémios ex-cessivos pagos a título deindemnização aos adminis-tradores quando estesabandonam as empresas.

❂ A CRISE económica éresponsável por quadrosdepressivos – de “uma ex-traordinária desesperançae de uma descrença emque se consigam resolveros problemas”- que se no-tam já na população portu-guesa, constituindo um“importante risco” de com-portamentos auto-destruti-vos, de que o suicídio é aforma mais grave.

❂ O GRUPO bancárioucraniano AS PrivatBankestá a praticar na sua filialde Lisboa taxas de juro en-tre quatro a 6,5 por cento.

Os montantes mínimosde depósito são de 500 eu-ros e o grande objectivoé garantir “uma ponte fi-nanceira entre a comu-nidade europeia e a Euro-pa de Leste”.

❂ OS PRESIDENTESexecutivos das empresascom a moral afectadapela crise consideram oseu trabalho cada vezmenos gratificante e umagrande maioria nãoacredita numa recupe-ração completa da econo-mia mundial antes de2011.

Empresários cépticos consumidores mais confiantes O indicador de confiança dos consumidores recuperouem Abril, interrompendo a queda registada desde 2006,referem dados divulgados pelo Instituto Nacional de Es-tatística (INE). Após ter registado em Março o valor maisbaixo da série iniciada em Junho de 1986, a melhoria emAbril dever-se-á, segundo o INE, ao contributo positivode todas as componentes, à excepção das expectati-vas sobre a evolução da poupança. As expectativas so-bre a evolução da situação financeira das famílias re-cuperaram também nos últimos dois meses, embora te-nham diminuído as expectativas relativas ao emprego ebaixado a perspectiva de evolução da poupança. Quan-to ao indicador de clima económico, apesar de apresen-tar um ritmo de diminuição menos intenso do que oobservado desde Maio de 2008, a ligeira quebra regis-tada em Abril determinou um novo mínimo na sérieiniciada em 1989, refere o inquérito de conjuntura às em-presas e aos consumidores do INE. A contribuir para aquebra esteve a descida do indicador de confiança daindústria transformadora, determinada pelos contribu-tos negativos das opiniões relativas aos stocks de pro-dutos acabados e das previsões acerca da procura.

PIB E DÉFICE - A economia portuguesa recuou 1,5 porcento no primeiro trimestre do ano em relação aos últi-mos três meses de 2008, com o Produto Interno Bruto(PIB) a cair 3,7 por cento em termos homólogos. Segun-do o Instituto Nacional de Estatística (INE), “a forte con-tracção em termos homólogos do PIB no primeiro tri-mestre esteve fundamentalmente associada à reduçãoacentuada das exportações de bens e serviços, do inves-timento e, em menor grau, das despesas de consumo fi-nal das famílias”. O Governo prevê, por seu turno, umdéfice orçamental de 5,9 por cento do PIB em 2009 eum aumento da dívida do nosso país de 70,2 por cen-to para 74,6 por cento. Ainda de acordo com as novasprevisões do Executivo, a taxa de desemprego deverásubir para 8,8 por cento (face aos 8,5 por cento da últi-ma previsão) e a inflação deverá chegar aos 0,1 por cen-to, inferior em 1,1 pontos percentuais à última estimati-va do Executivo. As exportações deverão registar, porseu turno, uma quebra de 11,8 por cento e o investimen-to (público e privado) deverá cair 14,1 por cento.

IINNDDÚÚSSTTRRIIAA – A produção industrial caiu 7,6 por centoem Março em relação ao mesmo mês do ano anterior,uma quebra menos acentuada que a registada em Fe-vereiro. “Em Março, a produção industrial registouuma taxa de variação de menos 7,6 por cento, varia-ção que, embora negativa, foi superior à observada nomês anterior, que se situou em menos 15,2 por cento(dados corrigidos dos efeitos de calendário e da sazo-nalidade)”, refere o INE. O sector da energia registou oúnico contributo positivo para a evolução da taxa de va-riação homóloga, acrescenta o instituto de estatística.

CONSTRUÇÃO – A produção na construção caiu 4,4por cento em Março face a igual período do ano ante-rior, revelou o Instituto Nacional de Estatística. “Esta evo-lução reflectiu variações distintas da actividade na cons-trução de edifícios, que diminui nove por cento e a en-genharia civil, que aumentou 0,6 por cento”, explica oINE. A taxa de variação média nos últimos 12 meses (da-dos corrigidos dos efeitos de calendário e da sazonali-dade) fixou-se, em Março, em menos 2,2 por cento (-2,3por cento em Fevereiro), sublinha o INE.

Entrega electrónica do IRCprorrogada até amanhãO Ministério das Finanças prorrogou até amanhã, do-mingo, 31 de Maio, o prazo de entrega das declara-ções de IRC, que terminava sexta-feira. “A decisão do se-cretário de Estado dos Assuntos Fiscais destina-se a per-mitir que a entrega, através da declaração da Internet,seja feita até ao último dia do mês”, segundo um comu-nicado do Ministério das Finanças.

INDICADORES

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30 MAIO 20094 ENTREVISTAEconomia&Empresas

■ António Alves

DIÁRIO AS BEIRAS – Que fun-ções estão destinadas à direcção re-gional que preside?

JUSTINO PINTO – Nós somosum órgão desconcentrado do PoderCentral, tendo por Missão a repre-sentação e a actuação do Ministériode Economia e Inovação a nível re-gional. Como atribuições, destaca-mos a representação do MEI juntodos órgãos do poder local, bem co-mo assegurar a articulação com osórgãos desconcentrados do podercentral de incidência regional, ga-rantido ainda a aplicação da legisla-ção nos sectores da Indústria, co-mércio e serviços, energia, recursosgeológicos e qualidade.

Isso quer dizer que a parte mais po-lítica – desenvolvimento regional –deixou de estar sob a alçada destadirecção?Toda a política de desenvolvimentoregional está, neste momento, noMinistério do Ambiente e do Orde-namento do Território, cuja repre-sentação na região cabe à Comissãode Coordenação e Desenvolvimen-to Regional (CCDR) do Centro. Co-mo tal, as verbas relativas ao Qua-dro de Referência Estratégico Na-cional (QREN) estão a ser geridaspor esta entidade e uma comissãocriada para o efeito e da qual não fa-zemos parte.

A crise trouxe algum abrandamen-to ao nível dos pedidos de licencia-mento?Não sentimos grande abrandamen-to de iniciativas de licenciamentoou pedidos de prestação de serviços.

Porque é que refere até determi-nada altura?Porque foi o período em que passá-mos a atravessar duas situações con-cretas. De um lado, a moderniza-ção de todos os serviços com o ob-jectivo de ir ao encontro das neces-sidades dos promotores, conduzin-do à desmaterialização e à webiza-ção dos processos – já em curso nasáreas da indústria e comércio, su-portadas por alterações legislativas.

É um pouco o simplex levado à má-xima do licenciamento...Correcto.

E a segunda vertente é...... a redistribuição ou partilha comas autarquias, em função da sua ti-

pologia, dimensão e natureza. As-sociado a esta descentralização, hou-ve a preocupação de agilizar o pro-cesso de decisão, criando-se meca-nismos de licenciamento mais ex-peditos.

Estas mudanças não permitem,então, ver se a crise tem influên-cia nas vossas áreas de acção?Ainda é prematuro tirar conclu-sões. Temos indícios de abranda-mento em algumas áreas e de maio-res solicitações noutras.

Desse incremento podemos ti-

rar a ilação de que a crise começa adar sinais de abrandar?Não associo, necessariamente, oabrandamento da entrada de pro-cessos à crise. Como também nãoposso associar o aumento à recupe-ração da economia. Quanto à re-gião, a sensação que eu tenho é deainda de preocupação, mas com si-nais de vitalidade, orientados paraa inovação e competitividade.

A região contribui em quanto parao PIB nacional?Cerca de 20 por cento, sensivelmen-te. A aparente letargia que, de certomodo, caracterizava a Região Cen-tro parece querer dar lugar a umadinâmica digna de realce.

DB – Isso quer dizer que as pers-pectivas de futuro são boas na re-

gião?Um dos principais indicadores des-sa mudança é o trabalho desenvol-vido pelas incubadoras de empre-sas, com resultados de grande su-cesso. Estou convencido que esta di-nâmica irá dar resultados muito po-sitivos. Outro dos sinais é o conjun-to elevado de projectos empresariaisno âmbito do QREN e que, em mé-dia, representam volumes de inves-timento superiores aos de outras re-giões, evidenciando uma dimensãocrítica, susceptível de melhor en-

frentar a crise e o pós – crise.Acresce referir o projecto de

cooperação em cursoentre a Região

de Castilla yLeon e a

R e -

gião Centro (INTERREG) é umavertente estratégica que começa adar sinais de iniciativas conjuntas erecíprocas e que a dinamização doPorto de Aveiro, a criação da Pla-taformas Logísticas, como a daGuarda, o iParque de Coimbra, en-tre outros, aliados à melhoria dosnós rodoviários e ferroviários entreo litoral e a fronteira com Espanha,pode constituir uma linha transver-sal de desenvolvimento, extrema-mente importante para a região , es-batendo o desequilíbrio entre o lito-ral e interior.

JUSTINO PINTO, director regional de Economia do Centro Responsável pela instituição, a viver um processo de transformações na sua missão, entende que o momento económico na regiãoainda é de “preocupação, mas com sinais de vitalidade, orientados para a inovação e competitividade”. Sinais esses que vêm da“inovação e competitividade”, reconhece Justino Pinto.

“Região Centro já dá sinais de vitalidade económica”

Em que ponto está o processo de mu-dança da sede para Aveiro?

Nessa questão, tenho mantido delibera-damente o silêncio por razões éticas,de solidariedade institucional e, natural-mente, de respeito pela hierarquia. Tra-ta-se de uma decisão aprovada em Con-selho de Ministros, à qual não me com-pete nem discuti-la, nem muito menospô-la em causa. Estou preocupado, sim,em reunir as condições para dignamen-te dar cumprimento a esta medida.

“Sobre transferência para Aveiro não me pronuncio por questões éticas”

DB - Luís Carregã

A região Centrocontribui com cerca

de 20 por cento, sen-sivelmente, para o

PIB. A aparente le-targia que, de certo

modo, a caracteriza-va, parece querer darlugar a uma dinâmica

digna de realce.

30 MAIO 2009

5PUBLICIDADE Economia&Empresas

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30 MAIO 20096 VIDA EMPRESARIALEconomia&Empresas

■ António Rosado

OSalão Preto e Pratado Casino Estoril foio palco escolhido

para o importador nacionalde automóveis SIVA distin-guir Nuno Roldão, adminis-trador da Lubrigaz e Lubri-flores, as duas empresasconcessionárias no distritode Leiria, respectivamente,da Volkswagen/Skoda e Au-di.

No âmbito dos TroféusExcelência, Nuno Roldão foigalardoado como o MelhorParceiro Volkswagen, Me-lhor Parceiro Audi e MelhorParceiro Skoda, recebendoainda o troféu criado espe-cialmente para o MelhorParceiro SIVA, estatueta queestá em exposição nas ins-talações da empresa, pelomenos, durante o ano de2009, até que seja encontra-do um sucessor.

O gestor não tem dúvi-das em afirmar que “hou-ve outros concessionáriosque venderam mais, masnós fomos escolhidos por-que vendemos bem”, expli-cando que “os nossos clien-tes ficaram satisfeitos”. Ouseja, foi reconhecida a boa

performance nas áreas co-mercial e de após-venda,bem como a qualidade dagestão em aspectos como “ainovação, o investimentoem novas tecnologias e agestão e motivação dos re-cursos humanos”. Estes fo-ram os aspectos avaliadospela SIVA que teve tambémem conta a dedicação ecooperação. O gestor pre-miado acrescenta “a reorga-nização interna e o siste-ma de controlo de qualida-de implementado”.

Na realidade, foram se-leccionados para os Troféusde Excelência SIVA 111 co-laboradores do universo decerca de 2.600 pessoas queintegram a organização co-mercial do importador. Emcada categoria, foram atri-buídos diplomas aos cinconomeados e um troféu aovencedor.

Nuno Roldão explicou aoDIÁRIO AS BEIRAS que“este galardão é o reconheci-mento do esforço realizadopor nós”, acrescentando que,“tal como costumo dizer, sur-fámos bem a onda”. Na suaperspectiva, a onda foi cria-da pelos bons produtos queos concessionários têm à sua

disposição, com automóveisque são um “um valor segu-ro e bem adaptados à fiscali-dade nacional”. Sem quererdistinguir os diversos mode-los das três marcas de auto-móveis que representa, sem-pre vai dizendo que o Fabiae o Octavia (Skoda) são veí-culos que vendem muitobem, a que se acrescenta otopo de gama Superb, “que

puxa para cima o standardda marca, pela qualidade deconstrução e espaço interior,embora não seja um carropara vender milhares”. Ain-da no que diz respeito a“modelos de nicho”, revelaa sua satisfação pela carrei-ra que os Volkswagen Ti-guan, Scirocco e Passat CCtêm vindo a fazer, assim co-mo o Audi Q5.

Vender automóveis na actual conjuntura económica e financeira não é fácil. Todavia, se as viaturas forem Au-di, Volkswagen e Skoda, a tarefa fica mais facilitada. Junte-se uma capacidade de gestão acima da média eobtém-se um troféu de excelência, como aquele que recebeu a Lubrigaz.

CONCESSIONÁRIO EM LEIRIA, POMBAL E MARINHA GRANDE

Lubrigaz vence “Troféu Excelência 2009”

A PERFORMANCE dosnegócios das empresas re-flecte-se através da con-fiança e auto-estima dosseus colaboradores. Sob oslogan “Para EmpresasSorridentes”, o GrupoDentalcare lançou no iní-cio deste ano um cartãoexclusivo para empresasque, através de protocolospróprios, permite que to-dos os seus trabalhadorese familiares possam teracesso a tratamentos demedicina dentária compreços acessíveis e des-contos que podem ir até50%, assim como finan-ciamento em caso de ne-cessidade.

Para além das vanta-gens económicas, o Car-tão Detalcare permite ain-da aos seus utentes umaflexibilidade de horários

de consultas em qualquerclínica Dentalcare, com-patíveis com as suas acti-vidades profissionais. Osprotocolos para as empre-sas são gratuitos, tendo jáaderido algumas das prin-cipais empresas da região,como a Bluepharma, a to-talidade de empresas doGrupo Lena, a Marcopoloe o Wall Street Institute(neste caso o cartão tam-bém é extensivo aos seusalunos), elevando-se paramais de 9.000 unidades decartões já emitidos.

Estão neste momentoem estudo para assinatu-ra de protocolos de adesãoao Cartão Dentalcare cer-ca de 30 empresas, que re-presentam a emissão demais de 18.000 unidades.

O êxito desta estratégia,aliado a outras iniciativas

e ao sucesso das suas clí-nicas de nova geração, jus-tifica o investimento demais de seis milhões deeuros que o Gru-po Dentalcarejá realizou,estandoainda

p r e v i s t omais um outrode dois milhões atéfinal de 2.010, destinado auma reorganização dogrupo com a criação deuma SGPS. Esta reorgani-

zação é de carácter estru-tural e orgânico e preten-de responder ao rápidocrescimento do grupo. Ac-tualmente, as clínicas de

nova geração Dental-care empregam

50 médicos dentistas, nasmais variadas especialida-des e cerca de 60 pessoasem trabalhos auxiliares,administrativos e forma-ção. O Grupo Dentalcaretem clínicas em CoimbraSolum, Coimbra Celas, Fi-gueira da Foz, Ílhavo eLeiria. Ainda este ano,abrirão mais duas clíni-

cas, uma em Avei-ro e outra em

C a n t a -nhede.

Dentalcare “ajuda” empresas a sorrir

CAMPANHA PROMOVEPRODUTOS NACIONAIS

“Portugal, a minhaprimeira escolha” é o le-ma da nova campanhada Associação Empresa-rial de Portugal (AEP)destinada a promovero consumo de produtosnacionais. O projecto, or-çado em 1,5 milhões deeuros, dá continuidade àcampanha “Compro oque é nosso”, que envol-veu 350 empresas, comuma facturação globalde 8,5 mil milhões de eu-ros.

CRÉDITO PARA INICIATIVASEM MOÇAMBIQUE

Portugal vai criar umfundo para permitir oacesso ao crédito bonifi-cado às iniciativas em-presariais em Moçambi-que ligadas à coopera-ção portuguesa. Trata-se,segundo o secretário deEstado dos Negócios Es-trangeiros e da Coopera-ção, João Gomes Cravi-nho, de “um fundo doIPAD – Instituto Portu-guês de Apoio ao Desen-volvimento, que tem co-mo base nove milhõesde dólares (6,8 milhõesde euros) e vai permitiralavancar 80 milhões a90 milhões de dólares(60,4 milhões a 68 mi-lhões de euros) em in-vestimento” naquelepaís africano, particular-mente na zona da Ilhade Moçambique.

25 MILHÕES DE EUROSPARA O “PORTA 65”

Vinte e cinco milhõesde euros estão disponí-veis, este ano, para oprograma de apoio aoarrendamento jovem“Porta 65”, cujo primei-ro período de candidatu-ras arrancou em finais deAbril. Para 2009, o Insti-tuto de Habitação e Rea-bilitação Urbana (IHRU)tem disponíveis mais trêsmilhões de euros do quea verba utilizada em2008, que serviu paraapoiar mais de 34 mil jo-vens, mais de 11.500 dosquais ao abrigo do “Por-ta 65”.

BLOCO DE NOTAS

Nuno Roldão (ao centro) com João Pereira Coutinho e José Costa

A Lubrigaz, concessio-nário Skoda da zona deLeiria, foi premiada pelaSkoda Auto na XI ediçãodo Melhor Concessio-nário Skoda, realizada emIstambul (Turquia), nopassado dia 15 de Maio.

Distinção na Turquia

Ataxa de desempregono primeiro trimes-tre do ano em curso

é a mais alta dos últimos 23anos, de acordo com as in-formações do Instituto Na-cional de Estatística (INE).

Para se encontrarem ta-xas de desemprego superio-

res a 8,9 por cento, como aque se registou de Janeiro aMarço e que representouum agravamento de 1,3 porcento face aos 7,6 por centodo período homólogo de2008, é preciso recuar ao pri-meiro trimestre de 1986,quando o valor foi de 9,2

pontos percentuais.Já no último trimestre de

1984 e de 1985, Portugal ti-nha uma taxa de 8,9 porcento, um valor igual ao queacaba de ser revelado peloINE.

Por outro lado, de acordocom os dados disponibiliza-

dos pelo Instituto, entre1983 e 2008, a taxa de de-semprego mais baixa encon-tra-se em 1991, altura emque se situava nos 3,6 porcento.

Os 8,9 por cento do pri-meiro trimestre ficam aci-ma das previsões do Gover-no para o conjunto do ano,recentemente revista em 8,8por cento, e é pior do que es-peravam os analistas do sec-tor, que em média aponta-vam para que a taxa de de-semprego chegasse, no má-ximo, aos 8,5 por cento atéMarço.

A população empregadano final de Março – que to-talizava as 5.099,1 mil pes-soas – registou um decrés-cimo trimestral de 1,5 porcento, enquanto a popula-ção desempregada – esti-mada em 495,8 mil indiví-duos – observou um au-mento de 13,3 por cento emrelação ao trimestre anterior.

Estes valores significamque nos três primeiros me-ses do ano havia menos 77,2mil pessoas empregadas emais 58,2 mil desempre-

gados do que no trimestreanterior.

Em termos homólogos,no primeiro trimestre desteano havia menos 91,9 milempregados do que emigual período de 2008 (umaredução de 1,8 por cento) emais 68,8 mil pessoas de-sempregadas (aumento de16,1 por cento).

“Estes foram os maioresdecréscimos registados napopulação empregada des-de o início da actual série dedados do Inquérito ao Em-prego (1.º trimestre de1998)”, destaca o InstitutoNacional de Estatística.

Para a redução homólo-ga da população empregadacontribuíram, sobretudo, oshomens, dos 15 aos 34 anos,com nível de escolaridadebásico, empregados na in-dústria e construção, a tra-balhar por conta de outremcom contrato com termo ea tempo completo.

Em termos de fluxos tri-mestrais, do quarto trimes-tre de 2008 para o primeirotrimestre de 2009, 1,9 porcento dos indivíduos que es-tavam inicialmente empre-gados transitaram para o de-semprego e um por centotransitou para a inactivida-de, totalizando os 2,9 porcento a proporção de empre-gados que saíram deste es-tado no primeiro trimestre

de 2009. São considerados inac-

tivos os trabalhadores commais de 15 anos que não es-tão disponíveis para traba-lhar nem fazem diligênciasnesse sentido de uma formatemporária ou permanente.Já os desempregados estão,por definição, disponíveispara trabalhar e procuramemprego.

De acordo com o INE, dototal de indivíduos que seencontravam desemprega-dos no quarto trimestre de2008, 29,2 por cento saíramdessa situação no trimes-tre seguinte. No entanto,apenas 14,5 por cento des-tes encontraram emprego,já que os restantes 14,6 porcento transitaram para ainactividade. Além disso,a percentagem de desem-pregados que encontrouemprego baixou em rela-ção aos trimestres anterio-res.

A percentagem das pes-soas que passaram de umasituação de desempregopara o emprego foi assimmenor do que a que tinhasido observada nos fluxosdo trimestre anterior (18por cento), tal como a per-centagem dos indivíduosque transitaram do de-semprego para a inacti-vidade (que tinha sido de16,4 por cento).

30 MAIO 2009

7EMPREG0 Economia&Empresas

Meio milhão sem trabalhoA taxa de desemprego atingiu os 8,9 por cento no primeiro trimestre de 2009, o que re-presenta um agravamento face aos 7,6 por cento do período homólogo de 2008.

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30 MAIO 20098 FRANCHISINGEconomia&Empresas

Oportunidadesde negócioem época de instabilidade

Numa época de alguma instabilidade económica,montar um negócio próprio é efectivamente umaalternativa ao desemprego. Embora o franchising

não esteja imune à crise económica que vivemos actual-mente, e as redes se deparem com os mesmos desafiose problemáticas que se colocam ao restante tecido em-presarial, é na sua essência um sistema de crescimento.Por isso continua dinâmico, como se comprova com aentrada de 96 novas marcas em 2008, das quais 70% sãonacionais, a maior parte delas no sector dos serviços eque se reflecte no número de novidades lançadas em pri-meira-mão na Expofranchise, a maior feira de oportuni-dades de negócio em Portugal, que decorrerá nos pró-ximos dias 30, 31 de Maio e 1 de Junho, no Pavilhão 2 daFIL, em Lisboa.

O franchising tem um peso muito significativo na eco-nomia portuguesa, com um volume de negócios que atin-giu os 5.029 milhões de euros em 2008, o que repre-senta 3,1% do PIB. Além disso, continua a ser um dosgrandes responsáveis pela criação de emprego em Por-tugal. Em 2008, o sistema ajudou a criar mais 2041postos de trabalho, empregando quase 69.000 pessoasna sua globalidade, dados estes bastante positivos numaépoca em que a criação de emprego está em contrac-ção.

A opção pela criação de um negócio em franchisingapresenta-se como uma das hipóteses mais seguras, por-que permite arrancar com um negócio em parceria, enão sozinho, beneficiando da mais-valia de apresentarconceitos vencedores já testados, das sinergias de tra-balhar em rede e de uma economia de escala.

Apesar das dificuldades acrescidas em encontrar so-luções de financiamento junto da banca, existem boasoportunidades ao nível da compra de espaços ou do ar-rendamento para retalho e muitos profissionais dispo-níveis, com vontade de abraçar novos desafios profissio-nais.

Por outro lado, esta pode ser a altura certa para dar oimpulso necessário de forma a procurar novos merca-dos, levando os empresários a alargar os seus horizon-tes para outros países e apostar na internacionalizaçãodas suas empresas.

Não existem receitas mágicas nem fórmulas garan-tidas para ultrapassar este contexto económico em quenos encontramos actualmente, mas a verdade é que exis-tirão sempre empresários com ideias inovadoras e comvontade e ambição para tornar um sonho realidade: criaro seu próprio negócio. E o franchising pode ser uma for-ma de concretizar esse sonho, em parceria, e não sozi-nho!

* Directora do Instituto de Informação em Franchising

ANDREIA JOTTA *

OPINIÃO EXPOFRANCHISE 2009

Franchising contra a crise

“Venha Plantar oseu Futuro” é orepto lançado

este ano pela Expofranchi-se, feira de oportunidadesde negócios a decorrer, en-tre hoje e segunda-feira, noPavilhão 2 da FIL, em Lis-boa.

A Expofranchise propõeo franchising como alter-nativa à crise, promoven-do acções de formação e di-vulgando mais de 100 mo-delos de negócio de funcio-namento comprovado e,nessa medida, credíveisem termos de financia-mento.

O franchising é um sis-tema orientado para o cres-cimento, apresentando re-sultados positivos, mesmono actual contexto econó-mico. De acordo com osdados do último Censo doIIF, o franchising repre-senta 3% do PIB, com umvolume de negócios demais de quatro mil mi-lhões de euros. Represen-ta ainda 1,2% do empre-go em Portugal – ou seja,mais de 63.000 empregos

já foram criados pelo fran-chising.

Na Expofranchise serápossível conhecer esta rea-lidade de perto. Para alémdos stands de marcas quebuscam parceiros de negó-cio, a feira inclui uma áreapensada para quem pre-tende “Mudar de Vida”, on-de os visitantes poderãoaceder gratuitamente aconselhos e sugestões so-bre como iniciar um negó-cio, conhecer os desafiosque se colocam a quemabriu um negócio em tem-pos de crise, saber quais aslinhas de financiamentodisponíveis e ficar por den-tro dos segredos de em-preendedores vencedores.

Com o propósito de do-tar franchisadores e poten-ciais franchisados de maise melhor formação, o pro-grama paralelo da Expo-franchise incluiu dois cur-sos. O primeiro, “Como es-truturar e gerir uma redede Franchising”, teve lugarno passado dia dia 28 edestinou-se a quem preten-de ampliar o seu negócio

pela via do franchising ea franchisadores que pre-tendem optimizar a perfor-mance da sua rede.

Hoje, Eduardo Mirandaministra um curso que é jáclássico, com mais de 50edições e 3.000 formandos.Intitula-se “Como montaro seu próprio negócio emfranchising” e dirige-se aquem quer mudar de vidaatravés do franchising,dando a conhecer de umaforma prática o que é o

franchising e quais os pon-tos-chave a ter em conta,na análise das oportunida-des nesta actividade.

Também em paralelocom a Expofranchise, de-correrá amanhã, domingo,no Casino de Lisboa, a Ga-la de Entrega de Prémiosde Franchising, iniciativada revista Negócios & Fran-chising, que premeia asmelhores práticas das mar-cas de franchising que es-tão activas no nosso país.

Cavaco Silva preside à Comissão de Honra

O PRESIDENTE da Repú-blica aceitou o convite do Ins-tituto de Informação em Fran-chising para presidir à Comis-são de Honra da Expofranchi-se 2009, que integra ainda per-sonalidades como Paulo An-tunes, presidente da Associação Portuguesa da Fran-chise (APF) e Basílio Horta, presidente da Agência pa-ra o Investimento e Comércio Externo de Portugal (AI-CEP). Com o slogan “Venha Plantar o seu Futuro”, aExpofranchise propõe o franchising como alternativaà crise, apresentando mais de 100 modelos de negóciotestados e promovendo acções de formação parafranchisadores e franchisados.

No decurso do certame serão entregues osprémios destinados a destinguir as melhorespráticas das marcas de franchising

Em pouco mais de 15 anosde história, o franchisingpassou de uma “moderni-

ce estrangeira” à principal armade expansão das marcas nacio-nais de retalho.

Tem sido o grande aliado dosempreendedores com conceitosinovadores e alguma ambição.Antes, pelo sistema de expansão

tradicional através de redes pró-prias, muitos destes projectosnão passariam de uma loja debairro, ou, no máximo, depois dealgumas décadas, seriam umapequena rede de três ou quatrounidades.

A falta de recursos (financei-ros e humanos) era o grande ini-migo dos empreendedores. Ao

aliar o espírito empreendedor dofranchisador à vontade de cons-truir um negócio próprio dosfranchisados, o franchising criouuma fórmula que permitiu, emapenas alguns anos, que inúme-ras marcas nacionais criassemredes com cobertura nacional.Mais ainda, actualmente, umaparcela razoável destas marcas

(22%) já deu os seus primeirospassos na internacionalização. Sealguns estudos mostram uma ca-rência de espírito empreendedorna média da população, tambémé verdade que há muitos empre-sários com boas ideias e dispos-tos a colocar o seu sonho em prá-tica, mesmo em ambientesadversos.

Foi este espírito que mantevea dinâmica do franchising em2008 e fez com que o número demarcas crescesse e atingisse as521 redes em operação.

Um dado importante, quan-do alguns estudos mostram,pela primeira vez na história,uma queda no número de fran-chisados.

De “modernice estrangeira”a arma de expansão de marcasApesar do ambiente de crise, 2008 seguiu a tendência dos últimos três anos e trouxe, uma vez mais, um grande número de novasmarcas: 96 ao todo. Um feito realmente surpreendente.

30 MAIO 2009

9FRANCHISING Economia&Empresas

FRANCHISADOR – em-presa original que desen-volveu um conceito e pre-tende expandir-se atravésdo franchising.

FRANCHISADO – aqueleque compra o direito para aabertura de uma loja/uni-dade individual.

MASTER FRANCHISA-DO – aquele que compraos direitos de um franchi-sing para todo um país oupara uma região e que,além de abrir unidadespróprias, está autorizado asubfranchisar (encontrarparceiros locais).

INVESTIMENTO INI-CIAL – valor total de que ofuturo franchisado necessitapara arrancar com a sua ac-tividade. Não inclui o investi-mento imobiliário, mas deveincluir tudo o resto: equipa-mentos, obras, mobiliário, di-reito de entrada, fundo de ma-neio.

DIREITO DE ENTRADA– valor a pagar na alturada adesão à rede, normal-mente na data da assina-tura do contrato. Em par-te, esta taxa cobre os cus-tos que o franchisador te-ve para preparar o franchi-sing, bem como outroscustos que ele terá até àabertura da loja. Além dis-to, o direito de entradafunciona como uma espé-cie de “jóia” paga pelasvantagens de se tornarmembro de uma cadeia jáestabelecida no mercado epelo direito ao uso da mar-ca

ROYALTIES – valorpago, em geral todos osmeses, normalmente atra-vés de uma percentagemda facturação ou valor fixo,pelo uso contínuo da marcae do conceito do franchisa-dor. Remunera também osserviços essenciais de apoioque o franchisador iráprestar ao franchisado.

Termos e conceitos

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30 MAIO 200910 IMOBILIÁRIOEconomia&Empresas

VISEU

“Casa inteligente” chegou à cidade■ José Lorena

As casas inteligentessão espaços residen-ciais, ecológicos e

permitem aos seus utiliza-dores controlar com facili-dade o acesso a funções vi-tais, como sistemas de alar-me, aquecimento, ilumina-ção, electrodomésticos, fe-chaduras de portas, entremuitas outras. Tudo podeser feito à distância, a partirde um clique pela Internetou telemóvel.

Está a trabalhar, num diade Inverno, e quer ter a ca-sa climatizada quando che-gar ao fim do dia? Este sis-tema permite-lhe progra-mar e enviar ordens paraum sistema digitalizado emcasa e, após a emissão de or-dens, ter tudo pronto parase sentir confortável sem terde esperar quando chega acasa.

Esta á uma das muitaspossibilidades, agora dispo-níveis em Viseu, no em-preendimento Atrium D.João, junto aos BombeirosMunicipais – um empreen-dimento da Planivis. No edi-fício, a automatização sim-plifica as rotinas diárias dosresidentes. Através de sen-sores, é possível ligar oudesligar alarmes, detectar

intrusos, fugas de gás ouinundações, abrir e fecharestores, programar a inten-sidade da luz, de forma adar a sensação de que a ca-sa está habitada mesmoquando os seus inquilinosestão ausentes.

Numa habitação onde éaplicada a domótica, o seuproprietário pode estar emqualquer parte do mundo egerir ainda assim os espa-ços interiores da sua resi-dência, no âmbito de umsistema que está a tornar-secada vez mais utilizado naconstrução – o da chama-da “casa inteligente”.

Os apartamentos do edi-fício do Atrium D. João es-tão preparados para acei-tar novos equipamentos e

serviços, de acordo com asnecessidades dos residen-tes, tais como, a colocação egestão de câmaras paraobservação dos quartos dascrianças a partir de outrasdivisões. Esta facilidade per-mite aos pais, por exemplo,estarem mais sossegadosenquanto os filhos descan-sam à noite.

FUNÇÕES

Quanto à iluminação, osistema aplicado pela Plani-vis permite regular a inten-sidade da luz, de modo apermitir a poupança deenergia. Por outro lado, po-dem ser criados ambientespara a recepção de visitan-tes e até simular ambientes

para dissuadir “más visitas”quando não se está em ca-sa.

Este sistema permitetambém o controle à distân-

cia de aparelhos electróni-cos, tais como máquinas delavar, rádio e televisão. Omesmo sucede com a cli-matização, que pode sercontrolada de dentro ou fo-ra da casa.

O novo conceito aplica-do pela Planivis permite adetecção imediata de incên-dios, intrusão, fugas de gás,inundações e até de alarmesmédicos para pessoas quepermaneçam sós nas ca-sas. Através de uma cha-mada telefónica para nú-meros previamente regis-tados é possível dar o alar-me para situações ocorri-das e até fazer o corte au-tomático de válvulas deágua e gás.

A Planivis construiu em Viseu a primeira “casa inteligente” da região Centro, num conceito de futuro que permite con-trolar à distância as funcionalidades vitais de uma habitação.

INE

Imóveis valem menos que há um anoAS CASAS valem actual-mente bem menos do quehá um ano. Com o mercadoimobiliário a absorver os efei-tos da crise, nos primeiros trêsmeses do ano, as habitaçõessofreram uma desvalorizaçãode quase seis por cento face aigual período de 2008. Cadametro quadrado vale hoje me-nos 70 euros do que em Mar-ço do ano passado.

Segundo dados do Institu-to Nacional de Estatística(INE), o valor médio da avalia-ção bancária caiu 5,8% paraos 1.149 euros por metro qua-drado, sendo o Algarve a re-

gião mais afectada: o valor dascasas desceu 9,9% em relaçãoao primeiro trimestre do anoanterior, o equivalente a umaredução de 153 euros no pre-ço do valor do metro quadra-do. Para Jorge Garcia, directorcomercial da Era Imobiliária,a descida resulta “do ajusta-mento entre a oferta e a pro-cura”. “Mesmo com a crise, aoferta aumentou”, explica oresponsável, adiantando que“têm entrado no mercadomuitas casas provenientes domalparado”, a que se juntam“muitos imóveis usados depessoas que vendem a casa

porque sentem dificuldadeem pagar os empréstimos”. Asomar a estes factores, “a pro-cura diminui, resultado dogrande condicionamento noacesso ao crédito”. “O ajusta-mento faz com que os preçoscaiam”, explica Jorge Garcia.Em termos práticos, avança,“temos assistido a uma que-da de 10% no preço das ca-sas”.

Segundo o INE, a reduçãofez-se sentir tanto no valor mé-dio das moradias como nodos apartamentos. Ao nívelnacional, o metro quadradonos apartamentos passou a

valer menos 71 euros e no Al-garve menos 167 euros. Nasmoradias, a descida homólo-ga foi de 3,8%, menos 43 eu-ros a nível nacional e menos77 euros

CONSEQUÊNCIASPARA AS FAMÍLIAS

Em Portugal, um dos im-pactos da crise em que vive-mos foi a queda do valor dascasas, nomeadamente do va-lor das avaliações. Esta evo-lução tem várias consequên-cias para as famílias:

1 – as famílias proprietá-

rias e detentoras de um em-préstimo para aquisição decasa vêem o valor das suascasas diminuir embora o va-lor do empréstimo se man-tenha inalterado, ficando as-sim mais difícil conseguirefectuar ajustamentos finan-ceiros mediante a consolida-ção de créditos;

2 – as famílias que pro-curam crédito para aquisiçãode uma casa vão sentir maisdificuldades na obtençãodo referido empréstimo da-do que a garantia real do em-préstimo (a casa) é menos va-lorizada.

O termo domótica re-sulta da palavra latina “do-mus” (casa) e de robótica(controlo automatizadoque qualquer coisa). Em-bora só tenha sido lança-da já nos finais do séculoXX, está a ganhar cada vezmais adeptos e a tornar-seum sistema de controlodoméstico que em brevese transformará, por cer-to, em regra.

Domótica ganha adeptos

RESULTADO LÍQUIDODO BCP CRESCEU 625 POR CENTO

O resultado líquidodo BCP nos primeirostrês meses do ano cres-ceu 625 por cento para106,7 milhões de euros,graças à inexistência deperdas na carteira departicipações. O presi-dente do banco, Car-los Santos Ferreira, con-firmou que o resultadoapurado “beneficiou dainexistência de impari-dades na carteira departicipações”, desta-cando que “o lucro saiumuito acima das previ-sões dos analistas”,que apontavam paravalores na ordem dos60 milhões de euros.

JERÓNIMO MARTINSAUMENTOU VENDASEM 6,7 POR CENTO

O grupo JerónimoMartins registou vendasconsolidadas de 1,6 milmilhões de euros no pri-meiro trimestre desteano, o que representaum crescimento de 6,7por cento relativamen-te ao período homólo-go de 2008. “Confir-mando integralmenteas expectativas da ges-tão, este crescimento devendas resulta da soli-dez dos formatos dogrupo e da contribuiçãodo plano de expansãoconcretizado em 2008”,salienta a Jerónimo Mar-tins em comunicado en-viado à Comissão doMercado de Valores Mo-biliários (CMVM).

RESULTADOS DA EDPULTRAPASSAM EXPECTATIVAS

Os lucros da EDPsubiram 0,8 por centono primeiro trimestre fa-ce ao período homólo-go de 2008, para 265,3milhões de euros, anun-ciou a empresa. O resul-tado ficou acima do es-perado pelos analistas,cuja média estimadaapontava para umaqueda de 8,7 por cento,para os 239,9 milhõesde euros.

NEGÓCIOS

30 MAIO 2009

11BANCA Economia&Empresas

Sensível desaceleraçãoO

Banco de Portugal (BdP)prevê que este ano se re-giste uma “sensível desa-

celeração” da actividade bancária,devido ao abrandamento do cré-dito e na sequência do “forte cres-cimento” registado em 2008.

“Para 2009, é de esperar umasensível desaceleração da activida-de bancária proveniente do abran-damento do crédito, depois do for-te crescimento registado no anopassado”, diz o BdP no Relatóriode Estabilidade Financeira de 2008.

O crescimento registado no anotransacto resultou, em parte, da ac-tividade internacional, o que, “con-jugado com uma maior materiali-zação do risco de crédito, terá re-percussões negativas para a rendi-bilidade da actividade bancária”,justifica o BdP.

A estes factores, acrescenta obanco central, “acresce a incertezasobre a evolução dos mercados deactivos financeiros e dos mercadosda dívida por grosso”, apesar dos“desenvolvimentos mais favorá-veis” nos primeiros meses desteano.

Segundo o BdP, estes “desen-volvimentos” são um sinal de que“a aversão extrema ao risco regis-tada anteriormente se estará a re-

duzir”.

Mais crédito malparado

O crédito malparado deveráatingir este ano, por seu turno,

valores superiores aos registadosem 2003, data da última reces-são, revelou o Banco de Portugal,que considera no entanto que osníveis se mantiveram contidosdesde finais de 2007.

“Desde o final de 2007, os ní-veis de incumprimento do sectorprivado não financeiro regista-ram acréscimos substanciais, ul-trapassando os verificados duran-te a recessão de 2003, mas man-

tendo-se ainda assim em valoresrelativamente contidos”, subli-nha o Relatório de EstabilidadeFinanceira do Banco de Portugal(BdP).

O BdP revela que existe a ex-pectativa de “um aumento signi-ficativo do incumprimento nocrédito ao sector privado não fi-nanceiro”, tendo em conta a “ac-tual conjuntura macroeconómi-ca desfavorável e a incerteza re-lativa às repercussões da crise fi-nanceira sobre a actividade eco-nómica, e não obstante a desci-da das taxas de juro”.

A instituição liderada por Ví-tor Constâncio considera aindaque “o expectável aumento do de-semprego contribuirá para asubida do incumprimento docrédito a particulares”.

Quanto às empresas, defendeque “a actual conjuntura, aliadaà elevada ciclicidade de algunssectores da economia, torna ex-pectável um aumento das taxasde incumprimento”.

O BdP frisa cotundo que ape-sar do “expectável aumento do rá-cio de incumprimento” do sectorprivado não financeiro, a situa-ção “não deverá pôr em causa aestabilidade financeira”.

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30 MAIO 200912 MERCADOEconomia&Empresas

CONFECÇÕES

Dielmar à espanholaA empresa albicastrense garantiu os direitos da marca do estilista catalão AntónioMiro, numa parceria que deverá passar a representar, brevemente, sete por cento doseu volume de negócios.

■ José Manuel R. Alves

Luís Filipe Rafael, administra-dor da Sociedade Industrialde Confecções Dielmar, S. A.,

localizada na vila de Alcains, con-celho de Castelo Branco, conside-ra que, apesar da actual crise eco-nómica que o país atravessa, os re-sultados empresariais têm sido,ainda assim, satisfatórios.

“A conjuntura não é fácil, os pro-

blemas são muitos, o que nos temobrigado a um tremendo esforçopara manter a Dielmar na sendado progresso”, reconhece o admi-nistrador da empresa, cuja maiorpreocupação reside no mercado na-cional. “É onde, para nós, a crise sesente realmente com mais inten-sidade, nomeadamente ao nível dopequeno comércio retalhista, on-de existe menos capacidade decompra à Dielmar e, posteriormen-

te, de satisfação atempada dos res-pectivos pagamentos”, explica LuísFilipe Rafael.

Para ultrapassar as dificuldades,a Dielmar elaborou uma estratégiaassente, basicamente, na criaçãode lojas próprias, tendo em vistamanter um volume de negócioselevado. “Ao mantermos estes es-paços, conseguimos controlar aimagem, as vendas e todo o canalde negócios, desde a produção até

ao consumidor final, com a van-tagem das vendas serem efectua-das de imediato”, revela o adminis-trador, para quem “este recurso ali-via um pouco a área financeira, da-do que as cobranças de facturassão, neste momento, aquilo que setorna mais complicado para as em-presas, até porque o próprio crédi-to bancário está muito mais limi-tado”.

Outra iniciativa da Dielmar con-tra a crise foi o acordo recentemen-te concluído com a marca espanho-la António Miro. “Trata-se de umaparceria, em forma de royalty, queprevê que trabalhemos em conjun-to na definição e desenho das co-lecções agora produzidas em Al-cains. A nossa empresa, nesta fa-se, controla todo o circuito da co-mercialização da marca AntónioMiro, em Espanha. Temos tam-bém esta marca em Portugal, masestamos à espera do comportamen-to deste negócio no país vizinho,para posteriormente serem ponde-

radas as condições de adaptação aomercado nacional”, refere Luís Fi-lipe Rafael.

Com este acordo, a Dielmar vi-sa aumentar o seu volume de ne-gócios em sete por cento, sobre-tudo em Espanha, dada a notorie-dade de que já usufrui o estilista ca-talão.

A DIELMAR, com 420 trabalha-dores, tem capacidade instaladaem Alcains para produzir 120mil casacos e 240 mil calçaspor ano. Ao nível da distribuição,mantém 220 clientes retalhistasno mercado nacional e 125 noestrangeiro, além de uma redede 10 lojas próprias. Esta rede eas marcas que lhe confiam a pro-dução permitiram um cresci-mento de dois por cento nas ven-

das em 2008, para os l6,111 mi-lhões de euros. “Trata-se de umvalor positivo e motivante, faceà actual conjuntura económica”,reconhece o administrador daempresa, Luís Filipe Rafael.Relativamente às exportações, jágarantem 49 por cento da factu-ração e são dominadas por Espa-nha, França e Brasil. Venezuelae Inglaterra são outros mercadosemergentes.

Exportações garantem metade da facturação

Estado continua mau pagador Crise “aconselha” investimento

Quase um quinto dosserviços da administra-

ção directa e indirecta do Es-tado falhou os objectivos deredução dos prazos médiosde pagamento (PMP) a for-necedores e, por isso, osseus dirigentes poderão nãoreceber excelente na avalia-ção. As listas publicadas nosítio do Ministério das Fi-nanças revelam que no finaldo quarto trimestre do anopassado, 93 organismos, deum total de 485 (19 por cen-to), não cumpriram a redu-ção de prazos. A avaliação

dos objectivos para os pra-zos médios de pagamentode 2008 é feita pelo minis-tério de Fernando Teixeirados Santos que, de um totalde 485 serviços, indica que38 organismos (oito porcento) cumpriram a redu-ção de prazos de pagamen-to e 354 (73 por cento) supe-raram as metas definidas. Alei prevê uma possibilidadede penalização para os diri-gentes que falharam os ob-jectivos e uma compensa-ção para os que os ultrapas-saram.

Para contrariar a concor-rência dos vedantes

substitutos, o Governo de-cidiu investir 18,5 milhõesde euros no financiamen-to de uma campanha depromoção da cortiça nosprincipais mercados mun-diais. A Inglaterra e os Esta-dos Unidos da América sãoos principais alvos da estra-tégia que, no âmbito no Pla-no de Apoio à Indústria daCortiça (PAIC), se processaa dois níveis: uma campa-nha de 12,5 milhões de eu-ros, centrada na rolha, e ou-

tra de seis milhões de euros,incentivando ao uso de ma-teriais de construção e de-coração à base de cortiça. AFrança, Itália, Alemanha,Rússia, China, Japão e Emi-rados Árabes Unidos são osoutros países onde a cam-panha decorre.

18,5 milhões para a cortiça

As empresas devem au-mentar o seu investi-

mento em períodos de cri-se para manter a posição nomercado e aproveitar opor-tunidades, garantem os res-ponsáveis pela consultoraespanhola Let’s Marketing.A consultora, que abriu es-te mês uma filial em Lisboa,designada Let’s Lusa, baseiaas suas estratégias no“marketing intelligence”, ouseja, em ferramentas quepermitem analisar váriosdados do mercado e da em-presa em causa para expli-

car e prever o comporta-mento dos produtos e ser-viços e poder aconselhar nasdecisões. “Em períodos decrise económica, as em-presas são obrigadas areduzir os gastos, masdeveriam manter oumesmo aumentar os ní-veis de investimento”,disse um dos fundadoresda consultora, JuanReynolds, para quemuma dificuldade comumem muitas organizaçõesé “distinguir entre gastos einvestimento”.

Para ultrapassar asdificuldades, a Diel-

mar tem seguidoainda uma estraté-

gia assente, basica-mente, na criação de

lojas próprias.

30 MAIO 2009

13VINHOS Economia&Empresas

ALIANÇA – VINHOS DE PORTUGAL

80 anos de históriaA Aliança foi fundada em 1927,

portanto, há mais de 80 anos, por11 associados liderados por Domin-gos Silva e Ângelo Neves, em San-galhos (concelho de Anadia), na Re-gião Demarcada da Bairrada.

A empresa começou a exportarde imediato para o Brasil, África eEuropa e, hoje, mais de 50 por cen-to da sua produção destina-se aosmercados externos.

A qualidade dos vinhos, espu-mantes e aguardentes são a ima-gem de marca da Aliança em Por-tugal e nos cerca de 60 países paraonde exporta.

Presente nas principais regiõesvitivinícolas do país, a Aliança apos-ta forte na qualidade e para dar se-guimento a esse objectivo, adqui-riu quintas em regiões como oAlentejo, Dão, Douro, Bairrada eBeiras, explorando cerca de 600 hec-tares de vinhas.

Nestas explorações foi encetadoum profundo trabalho de reconver-são e plantação, trabalho que temvindo a ser desenvolvido pela expe-riente equipa técnica da Aliança.

O investimento nas áreas da pro-dução, com a aquisição das quin-

tas, estende-se também ao nível davinificação com a modernização dasadegas. Constituiu-se ainda um par-que de barricas de carvalho de ele-vada qualidade para estágio dosvinhos.

Tradição e modernidade

A Aliança cresceu e tem vindoa desenvolver uma estratégia demodernização a vários níveis, des-de o produto à distribuição, pas-sando pelo enoturismo.

Em 2007, o comendador JoséBerardo adquiriu o capital maio-ritário da Aliança, passando estaa pertencer ao Grupo Bacalhôa.

A designação social da CavesAliança S.A. foi alterada paraAliança – Vinhos de Portugal S.A.em Março de 2008, momento emque se procedeu à mudança daimagem institucional. Ainda em2008, as marcas da Aliança Vi-nhos de Portugal passaram a serdistribuídas pela Viborel Distri-buição S.A. no mercado nacional.

Recentemente foram realiza-dos fortes investimentos na áreado enoturismo tendo sido recu-

peradas as suas instalações emSangalhos. A Aliança conta ago-ra com um excelente circuito devisitas que passa pelos apaixonan-tes túneis de estágio de espuman-tes, pelo impressionante parquede 1.200 barricas para estágio dos

vinhos de quinta e pela tradicio-nal cave de aguardentes. Os vi-nhos da Aliança, como o Quintados Quatro Ventos, Quinta daGarrida, Quinta da Terrugem eQuinta das Baceladas, já recebe-ram vários prémios nacionais e

internacionais e a empresa foiconsiderada, em 2005, pela WineSpectator, uma das 20 melhoresempresas do sector a nível mun-dial, tendo sido a única da Penín-sula Ibérica incluída nesta classi-ficação.

A venda de vinhos à dis-tância com entrega em ca-sa do cliente, foi ensaiadana década de 80 com a pro-posta de um vinho aos titu-lares do cartão VISA e sobo controle do Banco Pinto& Sotto Mayor. Do êxito des-ta iniciativa nasceu em 1984a Enoteca, um pequeno clu-be de vinhos que não pas-sava de um agradável pas-satempo para os seus sóciosfundadores e que era perfei-tamente compatível com asprofissões que na alturaexerciam na banca, gestãode Marketing e vendas.Em1991, a Enoteca foi convida-da a formar a I.W.C.A. (In-ternational Wine Clubs As-sociation) que hoje agrupaos 40 clubes de vinhos mais

exclusivos domundo e re-presenta maisde três mi-lhões demembros eclientes.O êxi-to da missãoda Enoteca –apresentar osmelhores vi-nhos aos me-lhores preços – também sedeve ao facto de ter conse-guido reunir um grupo deenólogos/provadores de re-conhecido prestígio e méri-to profissional que, atravésde um trabalho de visitas econtactos permanentes comprodutores, tentam encon-trar as melhores opções deescolha, com um rigoroso

processo dea c o m p a n h a -mento do pro-cesso da vinha edo vinho, termi-nando com achamada “provacega”.e que cole-gialmente deve-rá indicar quaisos melhores vi-nhos, que no bi-

nómio qualidade/preço,melhor poderão servir ogosto dos seus membros.De salientar que a Enotecaapenas apresenta no mer-cado vinhos que numa clas-sificação até 20, conseguemuma pontuação mínima de14, no conjunto das análi-ses e provas da equipa dosseus enólogos.

Um exclusivo clube de vinhos

ENOTECA

Em colaboração com aEnoteca, as futuras publica-ções de ECONOMIA &EMPRESAS vão apresen-tar em cada edição, um Vi-nho de Selecção especial-mente escolhido em fun-ção de qualidade/preço, pe-lo grupo de enólogos daEnoteca.

Esta apresentação, espe-

cialmente recomendada pa-ra os bons apreciadores,permitirá também aos lei-tores do Economia &Empresas poderem teracesso a informação deta-lhada dos vinhos apresen-tados através de fichas deprovas e também poderemefectuar compras dos mes-mos, com entrega domici-

liária no local indicado semmais qualquer encargo.Num futuro próximo o Eco-nomia & Empresas e aEnoteca também vão poderoferecer aos nossos leitoresa possibilidade de visitas aadegas, quintas e herdades,para melhor poderem apre-ciar todo o processo, in-cluindo provas de vinhos.

Vinhos seleccionados para os nossos leitores

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30 MAIO 200914 Economia&Empresas INOVAÇÃO

Spidora reina no desporto amador

■ Júlio Almeida

AAp4 – Sociedade de Confec-ções Desportivas, como se-de em Oliveira do Bairro, no

distrito de Aveiro, tornou-se ao lon-go da sua existência numa das prin-cipais fornecedoras de colectivida-des amadoras ou semi-profissio-nais.

Da pequena fábrica instalada nacave de uma loja comercial, saemcamisolas, calções e meias ou fatosde treino para um sem número declubes de Portugal Continental, Ma-deira e Açores nas mais diversasmodalidades, com relevo para o fu-tebol, basquetebol, atletismo ou,mais recentemente, futsal e BTT.

Alberto Ferreira, 59 anos, con-ta que lançou a empresa com osócio António Marques, 61 anos,sem nunca ter tido contacto com osector têxtil.

A escolha do nome para os equi-pamentos, assume sem rodeios, foicom a intenção de aproveitar a po-pularidade no mundo desportivode outras marcas, no caso a Spee-do e a Diadora.

Em terra dominada pela in-dústria cerâmica, a têxtil Ap4 sur-giu porque os sócios pressentiramque a ausência, na altura, de arti-gos no mercado “criava uma opor-

tunidade de negócio”. “Até foi fácilarrancar”, lembra Alberto Ferreira.

Em três décadas o panoramamudou muito. As grandes multi-nacionais praticamente não deixamespaço para outros nas prateleirasdas lojas “até de forma desonesta”,queixa-se o gerente que tem opta-do, de há muito, pela venda direc-ta.

Ao contrário dos concorrentes,a Spidora não recorre a encomen-das do vestuário que vende em paí-ses de mão-de-obra barata para fa-bricar os modelos que desenha.

O design também é interno,buscando “inspiração” nas tendên-cias de feiras de referência interna-cional visitadas ou, com muitafrequência, em sugestões que che-gam dos clientes.

Os tecidos usados, “cada vezmais técnicos, com claros benefí-cios para a prática desportiva”, sãopropostos pelos fornecedores.

Com recurso a novas tecnolo-gias, a partir de uma camisola bran-ca é agora possível imprimir corese feitios sem necessidade sequer deestampagem.

Para enfrentar as marcas de in-discutível maior visibilidade, a em-presa bairradina beneficia de umaproximidade ao desporto amadorcultivada ao longo do tempo.

O futebol é, ainda hoje, o des-porto-rei. A Spidora compete entresi em centenas de campos de Nor-te a Sul do País, incluindo as ilhas,todos fins-de-semana, vestindo mi-lhares de atletas desde as escolinhas’aos séniores.

Quando o futsal “explodiu” emPortugal abriu-se uma nova frentede vendas. Ultimamente, o crescen-te interesse pelo BTT tem dadomais algum trabalho às 24 costu-reiras.

“Temos uma boa relação preço-qualidade”, garante Alberto Ferrei-ra que conseguiu, há pouco tempo,satisfazer um pedido de equipa-mento de vestuário para pratican-tes de motocross por menos meta-de do custo da roupa importada.

Com exportações ocasionais pa-ra um ou outro agente, a Spidoraquer usar melhor a Internet comomontra e força de vendas.

Os clubes, mesmo os mais pe-quenos, despertaram, também, pa-

ra o merchandising, a que a marcaestá atenta para satisfazer as solici-tações.

Receitas que podem ajudar acontrabalançar as dificuldades ge-radas pela conjuntura económica aque os clientes da empresa, clubese associações, não escapam, regis-tando-se quebras de 30% este ano.

Os dois sócios dão-se por satis-feitos com fecho das contas em2008 na casa dos 600 mil euros.

CLIENTES FIÉIS

Rodeado de camisolas das maisdiversas cores e feitios que equipammuitas centenas de clubes, Alber-to Ferreira perde a conta aos clien-tes fiéis. No basquetebol, por exem-plo, consegue praticamente o ple-no das equipas da região Centromais conhecidas.

O gerente, que foi praticante defutebol na juventude, nasceu na Ve-nezuela para onde os pais tinhamemigrado em 1943, numa das pri-meiras levas de portugueses paraaquele País. Há trinta anos voltoua Portugal e iniciou o negócio queainda hoje lhe ocupa o tempo, a parda presidência da Junta de Fregue-sia de Oliveira do Bairro, onde exer-ce o cargo eleito como independen-te numa lista do CDS.

Sem figurar entre as grandes marcas que disputam renhidamente as camisolas dos principais clubes nacionais, a Spidora conseguiu a proeza,ao fim de 28 anos, de figurar entre os equipamentos desportivos mais envergados do País.

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Alberto Ferreira “perde a conta” aos clientes fiéis

Quimera Editores lançaobras sobre a banca

A Quimera Editoreslançou dois livros sobre te-mas prementes para aBanca, sector que inspiraaturada reflexão na actua-lidade: Marketing Bancá-rio – Um Modelo de Ima-gem da Banca e ainda Fi-delidade e Imagem naBanca – Influências Recí-procas, ambos de EmílioTávora Vilar. Se é verdadeque o valor de uma organi-zação depende em grandemedida da sua imagem,estes dois estudos sobre omarketing e a imagem nosector bancário permitem-

nos perceber a forma como a imagem dos bancos in-fluencia o comportamento dos seus clientes e, em particu-lar, a fidelidade destes enquanto consumidores, face a fac-tores tradicionalmente apontados como seus determinan-tes. Emílio Távora Vilar (nascido em 1964) é licenciadoem Design de Comunicação (FBAUL, 1989), mestre emCiências Empresariais (IS-CTE, 1995) e doutoradoem Gestão, com especiali-zação em Marketing (IS-CTE, 2003). É actualmen-te professor auxiliar na Fa-culdade de Belas-Artes daUniversidade de Lisboa,onde lecciona as discipli-nas de Marketing e de Ges-tão do Projecto e exerce asfunções de coordenador dalicenciatura e mestrado emDesign de Comunicação.Colabora regularmente co-mo docente convidado naárea do Marketing com oISCTE e a UniversidadeCatólica Portuguesa.

30 MAIO 2009

15GIFTS/EXECUTIVOS Economia&Empresas

TENDÊNCIAS

LIVROS SUGESTÕES

Na Fundação São Franciscode Assis, em Cascais, fa-zem-se cremações indivi-

duais de animais de companhia,especialmente cães e gatos, mastambém há quem procure esteserviço quando morre o papagaio,o periquito ou o coelho domésti-co.

“É como se fosse o funeral deuma pessoa”, explica Maria JoãoPulido, coordenadora de bem-es-tar animal da instituição, apoiadapela Câmara Municipal de Cas-cais.

Tudo se passa numa instalaçãoprópria, dotada de câmara frigorí-fica para conservar os corpos atéà cremação, a penúltima etapa an-tes de ser entregue aos donos a ur-na a que depois darão o destinoque escolherem.

Há quem deite as cinzas aomar, coloque num vaso com umaplanta ou enterre no jardim, no lo-cal preferido do animal para “le-vantar a patinha”, mas também háquem não saiba o que fazer.

Daí que o director-geral da fun-dação, Tomás Castelo Branco,esteja a pensar criar um pequenocemitério, onde possam ser depo-sitadas as caixinhas e colocadas asrespectivas lápides.

Até o processo estar concluído,é muitas vezes doloroso o “últimoadeus” ao animal.

“Qualquer pessoa que queirafazer o funeral do seu animal nãoo fará de ânimo leve. Há sempreuma carga emocional muito gran-de. É como se morresse um entequerido. É a mesma coisa”, dizMaria João.

Na sala dos velórios, que ante-cede a câmara de cremação, vi-vem-se autênticos dramas, acen-dem-se velas e fazem-se orações aSão Francisco se os donos foremcatólicos. O mesmo espaço tam-bém já acolheu um culto hindu.

“A pessoa chega aqui, faz o seuadeus, o seu culto, seja católico ounão”, refere.

No final, ao contrário dos cadá-veres dos animais mal acondi-

cionados, as cinzas não represen-tam perigo para a saúde pública.

“São ossos completamente cal-cinados que nada trazem, enquan-to os corpos enterrados ou, co-mo se fazia e às vezes ainda se faz,deixados nos contentores do lixo,isso sim é um perigo público”, ad-verte.

O serviço de cremação custa190 euros, uma receita considera-da fundamental para financiar otrabalho da fundação na recupe-ração de animais: são 200 bocaspara alimentar e vacinar, alémde outros cuidados veterináriossempre necessários.

No ano passado, a fundaçãocremou 2.591 animais: 815 envia-dos pelos serviços do veterináriomunicipal de Cascais e 1.776 en-tregues directamente.

Entre 2001 e 2008, realizavatambém cremações colectivas,mas o forno que existia foi de-sactivado e adquirido outro, eco-lógico, sem fumos ou cheiros, masde menor dimensão.

Funerais de luxo para animais de estimação

O corpo é velado, chorado e cremado, como se deum funeral humano se tratasse, mas as cinzas, quesão depois cuidadosamente depositadas numa pe-quena caixa, pertencem a um animal de estimação.Custo: 190 euros.

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REGIÃO CENTRO

30 MAIO 200916 ÚLTIMAEconomia&Empresas

■ Gonçalo Silva

A empresa desen-volveu uma aplica-ção tecnológica,com certificação daApple, que permiteaos utilizadores deiPhone assistirem aemissões de televi-são “em temporeal”.

AWit Software, em-presa de Coimbrana área do desenvol-

vimento de software, temvindo a criar várias aplica-ções tecnológicas para oiPhone. A última “inven-ção” permite aos utilizado-res do telemóvel da Appleassistirem a emissões de te-levisão em tempo real.

“Os serviços disponibi-lizados pela Vodafone Por-tugal permitem aos utiliza-dores o visionamento de di-

versos canais. O serviço demobile tv já existia para ou-tros telefones, mas não pa-ra o iPhone e nós imple-mentámos essa aplicação,que está disponível atravésda Vodafone”, explica o di-rector de tecnologia da Wit.

O telefone apresentauma lista de canais quepassam a estar disponíveis

ao utilizador. “Os clientesapenas têm de aceder àApp Store da Apple paradescarregar, gratuitamen-te, a aplicação e posterior-mente subscrever o serviçojunto da Vodafone”, acres-centa Pedro Pereira.

Antes da “televisão”, aWit Software já tinha “lan-çado” outras aplicações pa-

ra o iPhone, uma das quaisdisponibiliza aos clientesum telemultibanco no ecrãdo telemóvel. “O sistemafunciona como um multi-banco. O interface gráficoé em tudo igual ao de umacaixa normal e permite fa-zer quase todas as opera-ções bancárias, menos le-vantar dinheiro. O progra-

ma liga à SIBS e, uma vezdentro da rede, as opera-ções são executáveis”, sub-linha o responsável. Outradas “invenções” da Wit foia criação do serviço MMSpara o iPhone. “As duas pri-meiras versões do telemó-vel não traziam esse servi-ço de mensagens multimé-dia”, adianta Pedro Pereira.

COIMBRA

Wit Software desenvolve aplicações para o iPhone

A WIT-Software é umaempresa criada em 2001como spin-off do InstitutoPedro Nunes e da Univer-sidade de Coimbra. Desen-volve produtos de softwarepara operadores de teleco-municações móveis e em-presas de outros sectoresque pretendam fornecerserviços móveis aos seusclientes ou colaboradores.

Aposta ainda na distribui-ção comercial em Portugal,através da Vodafone, com aqual mantém contrato deexclusividade, e no merca-do internacional, numaperspectiva de exportação.Com escritórios em Coim-bra, Leiria, Lisboa e S. Ro-se (Califórnia, Estados Uni-dos da América), empregaactualmente cerca de 60

pessoas e tem consolidadoa sua presença no mer-cado mundial, no-meadamentenos EstadosUnidos, Ca-nadá e váriospaíses da Euro-pa.

“Spin-off” do Instituto Pedro Nunese da Universidade de Coimbra

Visabeira reforçapresençaem Angola

OGrupo Visabeira, deViseu, está a preparar

projectos na área dos bio-combustíveis para Angola,que é já o seu maior mer-cado fora de Portugal, ten-do o volume de negóciosatingido no ano passado 60milhões de euros (cerca de15 por cento do total).“Acreditamos que o pesorelativo vai continuar a au-mentar. Vamos continuara investir nesse país, é nor-mal que assim seja”, garan-tiu Paulo Varela, vice-pre-sidente da Visabeira, quetem negócios em Angola,sobretudo, nas áreas das te-lecomunicações, turismoe imobiliário

EFAPELapresentouLogus 90

AEFAPEL, maior em-presa de capitais por-

tugueses fabricante de ma-terial eléctrico de média ebaixa tensão, com sede naLousã, apresentou a suamais recente novidade, anova série Logus 90, umaaparelhagem de Embe-ber de design moderno di-rigida ao mercado residen-cial. Trata-se de uma sériecompleta que, associadaaos mecanismos Mec 21,responde às necessidadesde conforto e de uma ade-quada utilização da ener-gia numa habitação mo-derna.

Vicaima aposta na AméricaLatina

As quebras de enco-mendas da Vicaima

na Europa estão a ser“muito compensadas”com as vendas do produtoPortaro para a região daAmérica Latina. Uma in-formação da empresa refe-re que, há sete anos, o Mé-xico foi a porta de entradana região da América Lati-na e a Vicaima tem esta-do a equipar com projectosresidenciais e hoteleirosque já ascendem às130.000 portas.

NÚMEROS

Antes da “televi-são”, a Wit Sof-

tware já tinha“lançado” outrasaplicações para oiPhone, uma das

quais disponibili-za aos clientes

um telemultiban-co no ecrã do te-

lemóvel

Pedro Pereira, director de tecnologia

da empresa

491mil era o número de desempre-gados registados nos centros deemprego no final de Abril e quepassou a ser o mais elevado desempre.

55%dos casos de incumprimento nopagamento das prestações do cré-dito à habitação devem-se a di-vórcios.

300mil euros/ano é quanto os clubesda II Liga pretendem receber dedireitos televisivos na época2009/2010, em vez dos actuais

50 mil.