economia solidária brasil e luxemburgo rosana kirsch viçosa, 11 de novembro de 2010

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Economia Solidária Brasil e Luxemburgo Rosana Kirsch Viçosa, 11 de novembro de 2010.

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Page 1: Economia Solidária Brasil e Luxemburgo Rosana Kirsch Viçosa, 11 de novembro de 2010

Economia SolidáriaBrasil e Luxemburgo

Rosana KirschViçosa, 11 de novembro de 2010.

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Um olhar, alguns lugares

Brasil

Luxemburgo

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Pontos de vista

http://www.sasi.group.shef.ac.uk/worldmapper/

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Contexto recente

BrasilAnos 80-90: ampliação do desemprego,

redemocratização, organizações da sociedade civil com atuação comunitária, primeiras ações de governo voltadas para ES.

LuxemburgoAnos 90: sindicatos e associações voltadas para

reinserção de trabalhadores-as no mercado de trabalho.

Page 5: Economia Solidária Brasil e Luxemburgo Rosana Kirsch Viçosa, 11 de novembro de 2010

Autor, protagonista...Sobre quem faz a economia solidária

Brasil: empreendimentos, entidades de assessoria e gestores-as públicos-as.

Luxemburgo: associações, cooperativas e organizações da sociedade civil.

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Brasil

12 %12 %

43,5 %43,5 %

10 %10 %

18 %18 %

16,5 %16,5 %

21.859 EES21.859 EES

1 .6 8 7 .0 3 5 Participan tes

6 3 % Hom en s

3 7 % Mu lh eres

Á rea de Atu ação:

4 8 % Ru rais

3 5 % U rban as

1 7 % Ru rais/ U rban as

Os empreendimentos são coletivos comum grupo de participantes constituído e as atividadeseconômicas definidas.Podem estar organizados como associações, cooperativas, empresasautogestionárias, clubes de trocas, redes, grupos produtivos informais e bancos comunitários.Podem ter ou não um registro legal, prevalecendo a existência real. A forma jurídica não é omais fundamental, mas sim a autogestão.

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Brasil

AUTOGESTÃO AUTOGESTÃO

C AR ACTERÍ STI C AS DOS EES %

Participação nas decisões cotidianas do EES 66

Periodicidade de assembléia mensal 62

Prestação de contas em assembléia geral 61

Eleição direta dos dirigentes 60

Facilidade de acesso a registros e informações 60

Coletivo de sócios(as) definem destino das sobras e uso de fundos

49

Plano de trabalho definido em Assembléia 42

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Luxemburgo

Os Centros de Iniciativa e de Gestão (CIG) são espaços de desenvolvimento de um sistema econômico com mais solidariedade e equidade.

Realizam projetos de interesse da comuna onde estão localizados.

A Rede OPE trabalha para o desenvolvimento local sustentável, por meio da criação de postos de trabalho, realizando atividades de educação continuada.

Page 9: Economia Solidária Brasil e Luxemburgo Rosana Kirsch Viçosa, 11 de novembro de 2010

Luxemburgo

Economia solidária:• Associações sem fins lucrativos;• Reestabelecer o laço social – solidariedade;• Preservação do meio ambiente;• Gestão compartilhada com comunas.

Page 10: Economia Solidária Brasil e Luxemburgo Rosana Kirsch Viçosa, 11 de novembro de 2010

O que faz a economia solidáriaBrasil

ATI VI DADES ECONÔMI CASATI VI DADES ECONÔMI CAS

PR O D U T O S A G R U PA D O S PO R T I PO D E A T I V I D A D E % EES

A G R O PE CU Á R I A , E X T R A T I V I S M O E PE S CA 4 1 %

A LI M E N T O S E B E B I D A S 1 7 %

A R T E FA T O S A R T E S A N A I S 1 7 %

T Ê X T I L E CO N FE CÇÕ E S 1 0 %

S E R V I ÇO S ( D I V E R S O S ) 7 %

A T I V I D A D E S I N D U S T R I A I S ( D I V E R S A S ) 2 %

CO LE T A E R E C I CLA G E M D E M A T E R I A I S 2 %

FI T O T E RÁPI CO S , L I M PE Z A E H I G I E N E 2 %

CR ÉD I T O E FI N A NÇA S S O LI D Á R I A S 1 %

O U T R O S ( PR O D UÇÃ O E S E R V I Ç O S ) 1 %

T O T A L 1 0 0 %

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O que faz a economia solidáriaLuxemburgo

- serviços de proximidade: limpeza de residências e de jardins residenciais;

- bicicletas: empréstimo e oficina de manutenção;- informática e acesso à internet;- hortas comunitárias e escolares;- manutenção de parques;- garderie;- cultura: trilhas com obras de arte, teatro fórum, produção e

divulgação de vídeos, palhaços;- marcenaria: recuperação de móveis, construção de parquinhos

para escolas;- brechó: recuperação e comercialização de roupas;- alimentação: preparação de refeições e comercialização de

lanches via internet);- construção civil;

- lojas comércio justo.

Page 12: Economia Solidária Brasil e Luxemburgo Rosana Kirsch Viçosa, 11 de novembro de 2010

E a remuneraçãoLuxemburgo: remuneração de salário mínimo (€1600,00) para trabalhadores-as em período de reinserção; diferença de ..... para quadro

fixo.REMU NERA ÇÃO M É DI A MENS AL DE S ÓCI OS ( AS)

QU E TRABALHAM NO EES

FAI XA DE REMU NERA ÇÃO EES % MÉDI A ( R$ )

Até ½ S M ( S alário M ín im o) 3 8 7 5 ,0 0

+ de ½ a 1 S M 2 4 2 1 7 ,0 0

+ de 1 a 2 S M 2 6 3 8 9 ,0 0

+ de 2 a 5 S M 1 0 8 9 6 ,0 0

+ de 5 S M 2 2 .8 3 7 ,0 0

TOTAL 1 0 0 % 1 6 6 ,0 0

Obs. 1:Obs. 1: 59% do s E ES indicaram que rem uneram o s sócios(as) que trabalham ou atuam no em preendim ento . No entanto , 50% do to tal de EE S ind icou o valo r médio da remuneração mensal.

Obs. 2:Obs. 2: F o i considerado o valo r do Salá rio Mín imo (SM) de 2007 (R $ 380,00)Brasil

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Políticas públicas

Brasil: leis e conselhos para a economia solidária em cidades e estaduais; SENAES e ações em diversos órgãos do governo federal; investimento voltados para educação, articulação e organização a partir de entidades de assessoria e de representação.

Luxemburgo: recursos das comunas e do ministério para viabilizar projetos e pagamento das remunerações.

Page 14: Economia Solidária Brasil e Luxemburgo Rosana Kirsch Viçosa, 11 de novembro de 2010

Educação e economia solidária

Brasil: assessoria à organização de grupos e acompanhamento aos empreendimentos, formação política e técnica... educação popular.

Luxemburgo: preparação individual para inserção no mercado de trabalho a partir da troca de experiência com outros-as trabalhadores-as e de atividades educativas específicas... educação cidadã.

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Projetos políticos

A Economia Solidária representa práticas fundadas em relações de colaboração solidária, inspiradas por valores culturais que colocam o ser humano como sujeito e finalidade da atividade econômica, em vez da acumulação privada de riqueza em geral e de capital em particular.

A perspectiva de transformação social que constitui o horizonte mais amplo do movimento de Economia Solidária só pode ser garantida se conseguirmos afirmar os empreendimentos solidários como motores de desenvolvimento local, solidário e sustentável, o que indica a responsabilidade e importância deste eixo e da estratégia de organização e articulação em redes e cadeias solidárias. baseada na apropriação coletiva, na autogestão, na sustentabilidade e na radicalização democrática.

www.fbes.org.br

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Projetos políticosA economia solidária é um terceiro pilar da economia ao lado de

uma economia de mercado e de serviço público. Seus objetivos:- Encontrar uma alternativa ao mercado capitalista e sua lógica de

maximização dos lucros e ganhos de produtividade através de uma atividade econômica, onde a prioridade é promover e proteger o bem-estar das pessoas na sociedade.

- Criar empregos para todos os cidadãos a trabalhar e viver com dignidade, mas pode, ao mesmo tempo servir para melhorar a qualidade de vida de toda a população.

- Responder às necessidades sociais e ambientais, negligenciados pelo sistema público ou privado, muitas vezes considerados inúteis na sua lógica de maximizar seus lucros.

- O interesse geral da comunidade e os benefícios sociais das suas atividades.

www.ope.lu

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Outra economia?