economia i (micro) - parte 1/3: aspectos introdutórios e teoria do consumidor
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Material Básico de estudo de Microeconomia para Administradores. Material utilizado na disciplina "Economia I" do IF Sudeste MG - câmpus Rio Pomba - Parte 1 de 3. Este arquivo contém tópicos referentes à Introdução à Economia e à Teoria do Consumidor.TRANSCRIPT
INSTITUTO FEDERAL DE EDUCAÇÃO, CIÊNCIA E TECNOLOGIA
DO SUDESTE DE MINAS GERAIS
CAMPUS RIO POMBA
ADM 120 – ECONOMIA I
Prof. Tharcisio Caldeira
Nº de Aulas: 72
Carga Horária Total: 66 horas
Objetivos da disciplina:
Apresentar os principais conceitos microeconômicos, permitindo ao
estudante uma melhor compreensão de fenômenos econômicos
envolvendo indivíduos, empresas e mercados. Desta forma, o futuro
administrador poderá ampliar sua capacidade de tomada de decisão em
um ambiente empresarial.
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ADM 120 – ECONOMIA I
Prof. Tharcisio Caldeira
Ementa:
A Ciência Econômica: seu(s) objeto(s), método(s) e paradigmas. Estrutura
e Desenvolvimento do Sistema Mercantil Capitalista. Os Indicadores de
Produto, Atividade e Bem-Estar Econômicos e suas Limitações.
Introdução à Microeconomia: Princípios Gerais da Determinação dos
Preços. A Função Oferta e o Equilíbrio da Firma em Concorrência Perfeita.
Formação de Preços em Concorrência Imperfeita. Estrutura, Padrões de
Precificação.
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CONTEÚDO PROGRAMÁTICO
N°
AULAS
T P
Aspectos introdutórios 2
O mercado: demanda, oferta e equilíbrio 4
Teoria do Consumidor: restrições orçamentárias, preferências e
a curva de demanda 4
Curva de demanda: elasticidade-renda, elasticidade-preço e
excedente do consumidor 6
A demanda de mercado 4
AVALIAÇÃO 01 – 30 PTS – 27 de março 4
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CONTEÚDO PROGRAMÁTICO
N°
AULAS
T P
Teoria da Produção: função de produção, isoquantas e
rendimento de escala 8
Teoria dos Custos: maximização de lucros, minimização de
custos, curvas de custos e a curva de oferta 8
A oferta de mercado 4
AVALIAÇÃO 02 – 30 PTS – 22 de maio 4
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CONTEÚDO PROGRAMÁTICO N° AULAS
T P
Equilíbrio de Mercado 6
Estruturas de Mercado: concorrência perfeita,
concorrência monopolística, oligopólio (oligopsônio) e
monopólio (monopsônio)
8
Bem-estar social, externalidades e bens públicos 6
AVALIAÇÃO 03 – 30 PTS – 09 de julho 4
EXERCÍCIOS DIVERSOS – 10 PTS
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BIBLIOGRAFIA BÁSICA:
1. VARIAN, H. R. Microeconomia: princípios básicos: uma
abordagem moderna. 7 ed. Rio de Janeiro: Elsevier, 2006.
2. PINDYCK, R. S.; RUBINFELD, D. L. Microeconomia. 6 ed. São
Paulo: Pearson Prentice Hall, 2005.
3. SOUZA, N. J. Economia básica. São Paulo: Atlas, 2007.
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BIBLIOGRAFIA COMPLEMENTAR
1. CABRAL, A. S.; YONEYAMA, T. Microeconomia: uma visão
integrada para empreendedores. São Paulo : Saraiva, 2008.
2. MANKIW, N. G. Introdução à economia: princípios de micro e
macroeconomia. São Paulo: Pearson, 2004.
3. VASCONCELLOS, M. A. S. Economia: micro e macro. 4 ed. São
Paulo: Atlas, 2009.
4. GREMAUD, A. P. et al. Manual de economia. 5 ed. São Paulo:
Saraiva, 2004.
5. ROSSETI, J. P. Introdução à economia. 20 ed. São Paulo: Atlas,
2004.
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A ECONOMIA E O PROBLEMA DA ESCASSEZ
O termo Economia deriva do grego oikosnomia (oikos – casa, e
nomus – gestão), e inicialmente dizia respeito à administração dos
recursos escassos.
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A ECONOMIA E O PROBLEMA DA ESCASSEZ
Não se deve confundir este conceito de Economia com o conceito
de Crematística (do grego khrema + atos), que define “a arte de
acumular riquezas” de forma ilimitada, por prazer
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A ECONOMIA E O PROBLEMA DA ESCASSEZ
Em Economia, tudo se resume a uma restrição quase física;
A LEI DA ESCASSEZ
Os bens e serviços só possuem preços porque são escassos, ou seja,
porque a quantidade disponível para consumo é menor que a
quantidade desejada pela sociedade.
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TIPOS DE BENS
Os bens podem ser considerados materiais (passíveis de possuírem
características físicas) ou considerados imateriais
(intangíveis, de caráter abstrato).
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DETERMINADOS BENS SÃO DEFINIDOS COMO DE
CAPITAL OU DE CONSUMO DE ACORDO COM SUA
UTILIZAÇÃO
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AS NECESSIDADES HUMANAS
E porque um bem é desejado?
Um determinado bem é
desejado porque é útil, e por
utilidade entende-se a
capacidade de um
determinado bem de
satisfazer uma necessidade
humana.
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AS NECESSIDADES HUMANAS
Lembrando que as necessidades variam de indivíduo para indivíduo:
um saco de batatas pode ser menos útil para um indivíduo de renda
mais elevada, do que para um indivíduo menos favorecido.
Da mesma forma, um automóvel de luxo possui uma utilidade para
um indivíduo da classe A muito diferente do que um indivíduo da
classe C.
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A ESCASSEZ E A ECONOMIA
Fica claro, então, que a sociedade apresenta necessidades ilimitadas
e que devem ser saciadas com recursos limitados.
Assim, a Economia tem como objetivo principal o estudo da
alocação dos recursos escassos entre usos alternativos e fins
competitivos, a fim de maximizar o bem-estar da sociedade.
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PROBLEMAS ECONÔMICOS BÁSICOS
Do ponto de vista da produção, quatro grandes problemas
propulsionam todos os estudos econômicos:
O QUE PRODUZIR?
PARA QUEM PRODUZIR?
QUANTO PRODUZIR?
COMO PRODUZIR?
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O MERCADO
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UMA ANÁLISE SIMPLIFICADA DO MERCADO
Imagine que em uma cidade comum existem dois tipos de
apartamentos: os próximos ao centro comercial e os demais
apartamentos, situados a uma maior distância do centro. Para
simplificar, os apartamentos são idênticos, diferenciados apenas
pela distância em relação ao centro.
Centro Comercial
Apartamentos próximos ao centro
Apartamentos distantes do centro
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UMA ANÁLISE SIMPLIFICADA DO MERCADO
Pessoas que trabalham no centro comercial geralmente preferem os
apartamentos próximos ao mesmo, em função do reduzido tempo de
deslocamento...
... se puderam pagar por ele.
Neste caso, só morarão no círculo externo os indivíduos que não
podem pagar por um apartamento próximo ao centro comercial.
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MODELO
Var. endógena
Var. endógena
Var. endógena
UMA ANÁLISE SIMPLIFICADA DO MERCADO
Assim, é possível elaborar um modelo que explique a formação dos
preços dos apartamentos próximos ao centro.
Neste modelo, o preço do aluguel
dos apartamentos próximos ao
centro é considerada uma variável
endógena (determinada por forças
descritas no modelo). Já o preço dos
apartamentos periféricos é
considerada uma variável exógena
(determinada por fatores não
discutidos no modelo).
Var. exógena
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UMA ANÁLISE SIMPLIFICADA DO MERCADO
O que determina o preço dos apartamentos
próximos ao centro?
Como determinar quem habitará estes
apartamentos, e quem morará na “periferia”?
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UMA ANÁLISE SIMPLIFICADA DO MERCADO
Para basear a análise do comportamento dos seres humanos, a
economia utiliza-se de dois princípios básicos que se seguem:
1. Princípio da otimização: as pessoas buscam escolher o melhor
padrão de consumo que estiver ao alcance;
2. Princípio do equilíbrio: os preços se ajustam até que o total de
pessoas que demandam um determinado bem seja igual à
quantidade ofertada deste bem.
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A CURVA DE DEMANDA
Suponha que existam quatro apartamentos para alugar no centro, e
John esteja disposto a pagar R$500 semanais pelo aluguel de um
apartamento. Paul estaria disposto a pagar R$490, George estaria
disposto a pagar R$480 e Ringo estaria disposto a pagar R$470.
Se o preço do mercado estiver acima de R$500 semanais, nenhum
apartamento será alugado. Contudo, se o preço estiver entre R$490 e
R$500, um apartamento será alugado (para John). Se o preço estiver
entre R$480 e R$490, dois apartamentos serão alugados. Se o preço
estiver entre R$470 e R$480, três apartamentos serão alugados, e se
o preço estiver abaixo de R$470 todos os apartamentos serão
alugados.
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A CURVA DE DEMANDA
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A CURVA DE DEMANDA
A curva de demanda, como é
possível perceber, possui
inclinação negativa, de forma que
a quantidade demandada se eleva
na medida em que os preços se
reduzem.
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A CURVA DE OFERTA
Após examinar como os indivíduos se comportam em relação à
locação de apartamentos próximos ao centro, o próximo passo
envolve a análise da oferta dos apartamentos.
Nesta cidade imaginária, existem muitos proprietários de imóveis
independentes, cada um disposto a alugar pelo maior preço que o
mercado possa suportar.
Como a informação circula livremente, os apartamentos acabam
sendo alugados pelo mesmo preço (as negociações se equilibram em
torno de um preço).
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A CURVA DE OFERTA
No entanto, a definição deste preço de equilíbrio, no caso da oferta
de apartamentos, depende essencialmente do prazo a ser observado.
Em um longo horizonte temporal, a permanência da cobrança de
elevados preços pelos aluguéis estimularia a construção de novos
apartamentos.
No entanto, no curto prazo, não seria possível alterar a quantidade
de apartamentos a serem colocados à disposição para aluguel.
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A CURVA DE OFERTA
No curto prazo, portanto, a oferta é fixa, independentemente do
preço a ser sobrado pelo aluguel.
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O EQUILÍBRIO DO MERCADO
Ao observar, ao mesmo tempo, o
comportamento da demanda e da
oferta de apartamentos para alugar
próximos ao centro comercial, é
possível identificar um único ponto
onde a quantidade demandada se
iguala à quantidade ofertada.
O preço observado neste ponto é
chamado preço de equilíbrio.
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O EQUILÍBRIO DO MERCADO
Se o preço a ser cobrado estiver
acima do preço de equilíbrio (p*), o
número de pessoas interessadas nos
imóveis será menor que a quantidade
de imóveis ofertados.
Isto fará com que os proprietários
acabem por reduzir seus preços a fim
de atrair mais inquilinos.
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O EQUILÍBRIO DO MERCADO
Se o preço estiver abaixo de p*,
haverá um excesso de pessoas
interessadas nos apartamentos.
Certamente os proprietários buscarão
a elevação dos preços (pois sempre
buscam a maior preço possível).
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O EQUILÍBRIO DO MERCADO
No longo prazo, a oferta de apartamentos pode se ajustar em função
dos preços praticados pelo mercado, de forma que a oferta pode
aumentar caso os preços permaneçam elevados.
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UMA ANÁLISE SIMPLIFICADA DO MERCADO
O exemplo do mercado de apartamentos
próximos ao centro serve para mostrar
que a economia pode desenvolver
modelos para explicar fenômenos
sociais, que representam a realidade de
forma simplificada.
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A TEORIA
DO
CONSUMIDOR
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A RESTRIÇÃO ORÇAMENTÁRIA
A teoria do consumidor parte de um pressuposto bem simples:
Os consumidores escolhem sempre o melhor conjunto de bens que
podem escolher
A questão em torno do “poder escolher” diz respeito à restrição
orçamentária do indivíduo
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A RESTRIÇÃO ORÇAMENTÁRIA
Para compreender melhor o conceito de restrição orçamentária,
suponha que, em uma determinada economia, um indivíduo possa
escolher apenas entre os bens 1 e 2 para consumir, de forma que a
quantidade consumida destes bens pode ser representada por x1 e x2.
Sendo os preços destes bens representados por p1 e p2, e a
quantidade de dinheiro disponível determinada por m, pode-se
definir a restrição orçamentária de um indivíduo por meio da
seguinte equação:
𝒑𝟏𝒙𝟏 + 𝒑𝟐𝒙𝟐 ≤ 𝒎
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A RESTRIÇÃO ORÇAMENTÁRIA
Todas as combinações dos produtos 1 e 2 que demandarem uma
quantidade de recursos inferior à m pertencerão ao conjunto
orçamentário do indivíduo.
Todas as combinações possíveis que demandem exatamente a
quantidade m de recursos, ou seja,
𝒑𝟏𝒙𝟏 + 𝒑𝟐𝒙𝟐 = 𝒎
determinam a chamada reta orçamentária do indivíduo, que definem
o limite dos gastos deste indivíduo.
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A RESTRIÇÃO ORÇAMENTÁRIA
Suponha que, em uma economia, um indivíduo escolha entre
adquirir roupas ou comida, sendo que alimentos custam 50 u.m
(unidades monetárias) e peças de vestuário custam 120 u.m.
Se a renda deste indivíduo é de 1500 u.m., sua restrição
orçamentária é definida por
50𝑥𝐴𝐿𝐼𝑀. + 120𝑥𝑉𝐸𝑆𝑇. ≤ 1500
50𝐴 + 120𝑉 ≤ 1500
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A RESTRIÇÃO ORÇAMENTÁRIA
Se este indivíduo optar por
consumir apenas roupas, ele
poderia adquirir 12,5 unidades de
vestuário (1500/120=12,5).
Se, por outro lado, o indivíduo
consumir apenas alimentos, ele
poderia adquirir 30 unidades de
alimentos (1500/50=30).
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Os limites do consumo extremo de cada produto indicam os pontos
onde a reta orçamentária intercepta cada um dos eixos
𝑥2 =𝑚
𝑝2−
𝑝1
𝑝2𝑥1
𝜕𝑥2
𝜕𝑥1= −
𝑝1
𝑝2
Qualquer
combinação dentro
do conjunto
orçamentário pode
ser adquirida pelo
indivíduo
Qualquer
combinação à
esquerda da reta
orçamentária não
pode ser adquirida
pelo indivíduo
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A RESTRIÇÃO ORÇAMENTÁRIA
Se, por um lado, os interceptos do gráfico indicam os extremos de
consumo dos bens 1 e 2, a inclinação da restrição orçamentária
possui interessante interpretação: A inclinação da restrição
orçamentária mede a taxa pela qual o mercado está disposto a
substituir o bem 1 pelo bem 2.
No exemplo do mercado de vestuário e alimentos, a inclinação da
restrição orçamentária é dada por 𝜕𝑥2
𝜕𝑥1= −
𝑝1
𝑝2= −
120
50= 2,4, de
forma que o indivíduo deve deixar de consumir 2,4 unidades de
alimento para cada unidade adicional de vestuário desejada, sem
alterar a restrição orçamentária.
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VARIAÇÕES NA RESTRIÇÃO ORÇAMENTÁRIA
No mundo real, a restrição orçamentária não se apresenta de forma
estática, pois variáveis fundamentais em sua definição (preços e
renda) variam ao longo do tempo.
Como variações nos preços e variações na renda podem
afetar a restrição orçamentária?
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Variações nos preços
Suponha que o preço do bem 1
aumente, enquanto o preço do
bem 2 e a renda se mantenham
constantes (ceteris paribus). O
aumento de p2 desloca o
intercepto horizontal para a
esquerda, reduzindo o volume
do consumo extremo do bem
2, e alterando as relações de
troca entre os bens 1 e 2
(inclinação da reta).
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Variações na renda
Se há um aumento na renda
mas os preços permanecem
inalterados, logo não há
alteração nos termos de troca
entre os bens (inclinação), mas
há um aumento nas
possibilidades de compra dos
dois bens, alterando os
interceptos e provocando um
deslocamento da restrição
orçamentária sem alteração da
inclinação.
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EXERCÍCIOS DE REVISÃO:
1. A princípio, o consumidor defronta-se com a reta orçamentária
𝑝1𝑥1 + 𝑝2𝑥2 = 𝑚. Depois, o preço do bem 1 dobra, o do bem 2
passa a ser oito vezes maior e a renda quadruplica. Escreva uma
equação para a nova reta orçamentária em relação à renda e aos
preços originais.
2. O que ocorre com a reta orçamentária se o preço do bem 2
aumentar, ceteris paribus?
3. Se o preço do bem 1 duplicar e o do bem 2 triplicar, como ficará a
reta orçamentária: mais inclinada ou menos inclinada? Porque?
Qual a nova inclinação da reta orçamentária?
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PREFERÊNCIAS
Retornando ao pressuposto:
Os consumidores escolhem sempre o melhor conjunto de bens que
podem escolher
A questão em torno do “poder escolher” diz respeito à restrição
orçamentária discutida anteriormente.
A questão em torno da escolha do “melhor conjunto de bens” diz
respeito às preferências do consumidor.
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PREFERÊNCIAS
O conjunto dos objetos de escolha do consumidor é chamado de
cesta de consumo.
Para simplificar a análise, vamos manter a suposição de uma
economia com apenas dois bens, x1 e x2, e duas cestas de consumo,
A e B, com distintas quantidades de x1 e x2, de forma que:
A: (xA1, xA2)
B: (xB1, xB2)
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PREFERÊNCIAS
Diante das duas cestas de consumo, o consumidor pode concluir que
uma cesta é melhor que a outra, ou poderá concluir que ele é
indiferente a ambas.
A > B: a cesta A é estritamente preferida à cesta B;
A ~ B: o consumidor é indiferente às cestas (semelhante satisfação)
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PREMISSAS SOBRE AS PREFERÊNCIAS
1. Integralidade: as preferências são completas, ou seja, sempre será
possível comparar quaisquer cestas de consumo. Assim, para
quaisquer cestas A e B, o consumidor poderá comparar as cestas e
definir que A > B, B > A ou A ~ B.
2. Transitividade: Se A > B, e B > C, sempre A > C.
3. Mais é melhor que menos: o consumidor sempre desejará uma
quantidade adicional dos bens disponíveis, exceto em raras
exceções.
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PREMISSAS SOBRE AS PREFERÊNCIAS
Cestas de Mercadorias
Cesta de
Mercadorias
Unidades de
Alimentação
Unidades de
Vestuário
I 10 15
II 5 25
III 20 10
IV 15 20
V 5 10
VI 5 20
0
5
10
15
20
25
30
0 5 10 15 20 25
Cesta
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AS CURVAS DE INDIFERENÇA
Desta forma é possível identificar,
para qualquer cesta de consumo
A, uma curva convexa de
indiferença composta por
inúmeras combinações (cestas)
dos bens x1 e x2 que são
indiferentes em relação à
cesta A.
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AS CURVAS DE INDIFERENÇA
Suponha que um consumidor consuma uma cesta com 4 de alimentação e
3 de vestuário. Ao solicitar a este consumidor que escolha mais quatro
cestas de consumo que seriam tão desejáveis quanto esta primeira, se
constrói o seguinte quadro:
CESTA ALIMENTAÇÃO VESTUÁRIO
A 1 12
B 2 6
C 3 4
D 4 3
E 5 2,4
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Cestas fora da curva de
indiferença não são
indiferentes ao consumidor
ALIMENTAÇÃO VESTUÁRIO
A 1 12
B 2 6
C 3 4
D 4 3
E 5 2,4
A
B
C
D E
0
2
4
6
8
10
12
0 1 2 3 4 5
Cesta
MELHOR
PIOR
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AS CURVAS DE INDIFERENÇA
Devido às premissas de preferência do consumidor, é possível definir que
as curvas de indiferença não podem se cruzar.
No exemplo ao lado, as cestas X e Z são
indiferentes em uma das curvas. Na outra
curva, as cestas Z e Y são indiferentes.
Pela premissa da transitividade, X e Y
também deveriam ser indiferentes. No
entanto, Y se encontra abaixo da curva
de indiferença de X, de forma que X ~ Y
mas ao mesmo tempo X > Y, o que é
absurdo.
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BENS SUBSTITUTOS
Dois bens são substitutos perfeitos quando o consumidor aceita
substituir um pelo outro a uma taxa constante, por exemplo, um
para um.
Se um consumidor precisa escolher entre dois
refrigerantes que, para ele, são praticamente
idênticos. Para este consumidor, uma cesta
com 10 unidades de cada é semelhante a uma
cesta com 20 unidades de somente um dos
refrigerantes, ou uma cesta com 18 unidades
de um e 2 unidades do outro refrigerante...
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BENS SUBSTITUTOS
Neste caso, a curva de
indiferença do consumidor é
uma reta com valor de
inclinação -1, o que indica
que para uma unidade
adicionada de um dos
produtos, a indiferença será
mantida com a retirada de
uma unidade do outro
produto.
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BENS COMPLEMENTARES
Bens complementares perfeitos são bens que são consumidos
sempre juntos e em proporções fixas.
Um exemplo de bens complementares
envolve o consumo de seringas e agulhas,
que só podem ser consumidas na
proporção de um para um. Em geral, não
há muito sentido no consumo de apenas
um dos dois, pois não há criação de
benefício nesta forma de consumo.
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BENS COMPLEMENTARES
No caso de bens
complementares, a curva de
indiferença apresenta o
formato de “L”, pois a
adição de unidades de
apenas um dos produtos não
proporciona aumento de
utilidade.
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BENS NEUTROS
Um bem neutro é aquele que
o consumidor não percebe
benefício algum em seu
consumo, se tornando
indiferente a ele,
independentemente da
quantidade.
Neste caso, a curva de
indiferença é vertical, pois
qualquer quantidade do bem
neutro é indiferente.
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BENS “NEGATIVOS” (MALES)
Se o consumidor não gosta de um
determinado bem (e se veja
condicionado a utilizá-lo), ele pode
compensar o consumo do bem não
desejado aumentando o consumo de
outro bem desejado.
Neste caso, a curva de indiferença
será positivamente inclinada pois,
para manter a indiferença diante de
um aumento do bem indesejado,
seria necessário um aumento do bem
desejado.
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AS CURVAS DE INDIFERENÇA
As curvas de indiferença bem-comportadas apresentam formato
convexo por alguns motivos:
A média ponderada entre duas cestas
indiferentes é preferida às duas cestas extremas.
A Taxa Marginal de Substituição (TMS) entre
dois bens é decrescente, de forma que quanto
mais o consumidor possui um dos bens, mais ele
deseja trocá-los pelo outro bem.
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TAXA MARGINAL DE SUBSTITUIÇÃO
A Taxa Marginal de Substituição (TMS) mede a proporção pela
qual um indivíduo está disposto a trocar um bem por outro.
Se retiramos alguma quantidade do bem 1 de um indivíduo (∆x1).
Para manter a mesma utilidade deste indivíduo, aumentamos a
quantidade do bem 2 (∆x2).
Assim, podemos definir que a taxa pela qual o consumidor substitui
o bem 1 pelo bem 2 pela equação:
𝑻𝑴𝑺: −∆𝒙𝟐
∆𝒙𝟏
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TAXA MARGINAL DE SUBSTITUIÇÃO
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TAXA MARGINAL DE SUBSTITUIÇÃO
À medida em que o consumidor
possuir mais do bem 2 (e
consequentemente menos do
bem 1), a disposição de trocar o
bem 1 pelo 2 diminuirá, motivo
pelo qual as curvas de
indiferença bem comportadas
são convexas.
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UTILIDADE
Como visto anteriormente, cestas que se situam à direita (ou acima)
de uma curva de indiferença são considerados preferidos à qualquer
uma das cestas situadas sobre a curva de indiferença. Cestas
situadas à esquerda (ou abaixo) da curva são preteridas em relação
às cestas sobre a curva.
Esta diferenciação se dá por conta da percepção que o consumidor
tem a respeito da utilidade fornecida por cada cesta de bens.
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UTILIDADE
Em economia, utilidade é o valor numérico que representa a
satisfação que um indivíduo obtém de uma cesta de mercado.
Com base neste conceito, se a compra
de uma camisa de futebol deixa o
consumidor mais feliz do que a
compra de um tênis, então pode-se
afirmar que a camisa de futebol tem
maior utilidade para o consumidor do
que o tênis.
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UTILIDADE
Uma função de utilidade, por sua vez, atribui um nível de utilidade a
cada cesta de mercado. Desta forma, é possível definir uma curva de
indiferença interligando todas as cestas que apresentam o mesmo
nível de utilidade.
A partir de uma função de utilidade u(x1, x2), o conjunto de todos os
pontos (x1, x2) que apresentam um valor constante k para tal função
forma a curva de indiferença.
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UTILIDADE
Se 𝑢(𝑥1, 𝑥2) = 𝑘 = 𝑥1𝑥2, a
curva de indiferença será
identificada pela fórmula
𝑥2 =𝑘
𝑥1
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UTILIDADE
Se 𝑢(𝑥1, 𝑥2) = 𝑥12𝑥2
2, a curva
de indiferença será
identificada pela fórmula
𝑥2 =√𝑘
𝑥1
Uma vez que a forma de
ordenação é semelhante, a
forma das curvas permanece
a mesma.
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UTILIDADE
Outra função de utilidade
comumente utilizada é a
função Cobb-Douglas,
definida por:
𝑢(𝑥1, 𝑥2) = 𝑥1𝑎𝑥2
1−𝑎
Em que a simboliza a fração
da renda gasta com o bem x1.
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UTILIDADE
Se 𝑢(𝑥1, 𝑥2) = 𝑥1 + 𝑥2, a
curva de indiferença será
identificada pela fórmula
𝑥2 = 𝑘 − 𝑥1
Esta fórmula serve para
explicar as curvas de
indiferença de bens
substitutos a uma taxa de um
pra um.
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UTILIDADE
Da mesma forma, é possível
identificar a função utilidade
de bens complementares.
Se a proporção de consumo
destes bens for um para um,
a função utilidade das cestas
de mercado será dada por
𝑢(𝑥1, 𝑥2) = min{𝑥1, 𝑥2}
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UTILIDADE MARGINAL
A utilidade marginal mede a satisfação adicional obtida pelo
consumo adicional de uma unidade de um determinado bem. Deste
conceito surge a noção de utilidade marginal decrescente, pois
quanto maior o consumo de um determinado bem, menor a
satisfação adicional obtida com o consumo de uma unidade
adicional deste bem.
𝑼𝑴𝒙𝟏=
∆𝑼
∆𝒙𝟏
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UTILIDADE MARGINAL E TMS
A Taxa Marginal de Substituição indica a proporção de substituição
do bem 1 pelo bem 2, sem alterar a utilidade total.
Unindo este conceito ao conceito de utilidade marginal, é possível
supor que ∆U = 0. Logo, tem-se que
0 = 𝑈𝑀𝑥1(∆𝑥1) + 𝑈𝑀𝑥2
(∆𝑥2)
− ∆𝑥2 ∆𝑥1⁄ = 𝑈𝑀𝑥1𝑈𝑀𝑥2
⁄
𝑻𝑴𝑺 = 𝑼𝑴𝒙𝟏𝑼𝑴𝒙𝟐
⁄
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A ESCOLHA DO CONSUMIDOR
Retornamos ao pressuposto da teoria do consumidor:
Os consumidores escolhem sempre o melhor conjunto de bens que
podem escolher
Uma vez que o “escolher o melhor” diz respeito às preferências e às
curvas de indiferença, e o “poder escolher” diz respeito à restrição
orçamentária, a teoria do consumidor mostra que a melhor escolha
do consumidor envolve a junção destes dois conceitos, indicando a
escolha da cesta mais preferida dentro do conjunto orçamentário.
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A ESCOLHA DO CONSUMIDOR
A escolha ótima do
consumidor ocorre quando ele
escolhe a cesta pertencente à
curva de indiferença mais
elevada que toca (tangencia) a
restrição orçamentária.
Esta cesta é a única
combinação (que fornece este
nível de utilidade) acessível
ao consumidor.
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As cestas localizadas na curva A,
por exemplo, não são acessíveis
ao consumidor, devido à restrição
orçamentária.
A maioria das cestas da curva C
são acessíveis, mas não fornecem
a mesma utilidade do que as
cestas da curva B.
A maior utilidade é obtida com o
consumo da cesta (𝑥1∗, 𝑥2
∗), na
curva B. Qualquer outra cesta
pertencente à curva B não está
acessível ao consumidor.
B C
A
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A ESCOLHA DO CONSUMIDOR
Além disso, se a cesta ótima é a que se situa no ponto onde a
restrição orçamentária tangencia a curva de indiferença, pode-se
afirmar que ambas apresentam a mesma inclinação neste ponto.
Se a inclinação da restrição orçamentária é dada pela taxa de troca
dos bens, e a inclinação da curva de indiferença é dada pela taxa
marginal de substituição, tem-se que no ponto da escolha ótima:
𝑇𝑀𝑆 = ∆𝑥2
∆𝑥1=
𝑝1
𝑝2
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A ESCOLHA DO CONSUMIDOR
Como 𝑇𝑀𝑆 = 𝑈𝑀𝑥1𝑈𝑀𝑥2
⁄ , é possível retratar a escolha ótima
como a situação onde o consumidor iguala seu benefício marginal
ao custo marginal de adquirir uma unidade adicional de um bem,
pois:
𝑇𝑀𝑆 =𝑈𝑀𝑥1
𝑈𝑀𝑥2
=𝑝1
𝑝2
𝑼𝑴𝒙𝟏
𝒑𝟏=
𝑼𝑴𝒙𝟐
𝒑𝟐
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EXERCÍCIOS
1. Porque as curvas de indiferença não podem se cruzar?
2. Chico está sempre disposto a trocar uma lata de Coca-Cola por
uma de Sprite, ou uma lata de Sprite por uma de Coca-Cola.
a. O que pode ser dito sobre a TMS de Chico?
b. Trace um conjunto de curvas de indiferença para Chico
c. Trace duas restrições orçamentárias com diferentes inclinações
e explique a escolha maximizadora da satisfação. A que
conclusão você pode chegar?
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EXERCÍCIOS
3. O que acontece com a TMS à medida que você se desloca ao
longo de uma curva de indiferença convexa? E em uma curva de
indiferença reta?
4. Porque a TMS entre dois bens deve se igualar à razão entre os
preços das mercadorias, para que o consumidor obtenha máxima
satisfação?
5. Trace uma linha de restrição orçamentária e uma curva de
indiferença que maximize a satisfação do consumidor. Agora,
suponha que um dos produtos passe a ser racionado pelo governo.
Explique porque há uma grande chance do consumidor sair
perdendo com isso.
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EXERCÍCIOS
6. Trace curvas de indiferença para hambúrguer e refrigerante,
sendo que:
a. José não gosta nem de hambúrguer nem de refrigerante;
b. Janaína adora hambúrguer, mas detesta refrigerante;
c. Dani adora hambúrguer; não gosta de refrigerante, mas bebe
se lhe for oferecido;
d. William adora hambúrguer e refrigerante, e consome
exatamente um refrigerante para dois hambúrgueres;
e. Bruna gosta de hambúrguer mas é indiferente a refrigerante;
f. Para Maria, um hambúrguer a mais proporciona o dobro de
satisfação que um refrigerante extra.
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EXERCÍCIOS
7. Fred está disposto a trocar quatro ingressos para o cinema por um
ingresso do jogo de futebol. Se cada ingresso do cinema custa $8,
e o ingresso do futebol custa $40, Fred deve fazer a troca? Por
quê?
8. Carlos divide R$60 em espetinhos e salgados. Espetinhos custam
R$5 e salgados custam R$4.
a. Ilustre uma escolha ótima para Carlos, com os espetinhos no
eixo horizontal. No ponto de escolha ótima, qual a TMS de
Carlos?
b. Suponha que haja um racionamento de espetinhos, em uma
quantidade inferior à que Carlos deseja. Ilustre a nova cesta
ideal dele.
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A DEMANDA DO CONSUMIDOR
A escolha ótima dos bens 1 e 2, em um determinado conjunto de
preços e de renda, é chamada cesta demandada do consumidor, de
forma que variações nos preços ou na renda interferem na escolha
ótima.
A função de demanda é a função que relaciona a escolha ótima a
diferentes valores de preços e rendas.
𝑥1𝑑 = 𝑥1(𝑝1, 𝑝2, 𝑚)
𝑥2𝑑 = 𝑥2(𝑝1, 𝑝2, 𝑚)
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A DEMANDA DO CONSUMIDOR
Se a quantidade demandada depende de preços e renda, é importante
identificar o efeito de mudanças nestas variáveis sobre a demanda
(escolha ótima) por um bem.
Como visto anteriormente, um aumento na renda desloca a restrição
orçamentária para a direita, de forma paralela.
Mas como isso afetaria a demanda?
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Bens Normais
Normalmente, se imagina que a demanda por um bem aumenta à
medida que a renda aumenta. Os bens que atendem essa suposição
são chamados de bens normais.
Então, em um bem normal, a quantidade demandada varia da
mesma forma que a renda:
∆𝑥1
∆𝑚> 0
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Bens inferiores
Porém, nem todos os bens se comportam desta forma. Um aumento
na renda pode causar redução da demanda por um bem.
Produtos de baixa qualidade, em geral, tem a demanda reduzida em
caso de aumento de renda.
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Curvas de Renda-Consumo e Curvas de Engel
Se a cada mudança na renda, a restrição orçamentária se desloca e
altera a escolha ótima do consumidor, é possível identificar a
interligar cada uma das cestas ótimas escolhidas para cada nível de
renda.
Se os preços permanecerem constantes (ceteris paribus) para os
bens 1 e 2, ao observar como a demanda varia de acordo com a
renda, é possível definir a curva de renda-consumo.
Além disso, ao reproduzir graficamente a relação entre renda e
demanda por um dos bens, é possível identificar a chamada curva de
Engel.
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Curvas de Renda-Consumo e Curvas de Engel
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Renda-Consumo e Engel para Bens Substitutos
No caso de bens substitutos, o consumidor se especializará sempre
no bem com menor preço (por exemplo, x1).
Desta forma, sua demanda é dada por 𝑥1 = 𝑚 𝑝1⁄ .
Se a renda aumentar, o consumo deste bem aumentará. A curva de
renda-consumo será o próprio eixo referente ao bem, e a curva de
Engel será uma reta com inclinação igual ao preço deste bem (pois
se o gráfico tem como eixos x1 e m, a curva tem como equação
𝑚 = 𝑥1𝑝1 e inclinação 𝑝1.
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Renda-Consumo e Engel para Bens Substitutos
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Renda-Consumo e Engel para Bens Complementares
No caso de bens complementares, como o consumidor utiliza
sempre a mesma quantidade de cada bem (não importa qual
quantidade), é possível observar que a demanda por um dos bens
(x1, por exemplo), pode ser dada por
𝑥1𝑑 =
𝑚
𝑝1 + 𝑝2
Desta forma, a curva renda-consumo será uma diagonal passando
pela origem, e a curva de Engel será uma reta com inclinação
(𝑝1 + 𝑝2)
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Renda-Consumo e Engel para Bens Complementares
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Renda-Consumo e Engel para preferências Cobb-Douglas
No caso de preferências Cobb-Douglas, 𝑢(𝑥1, 𝑥2) = 𝑥1𝑎𝑥2
1−𝑎, as
demandas pelos bem x1 e x2 são definidas por
𝑥1𝑑 =
𝑎 ∗ 𝑚
𝑝1 𝑥2
𝑑 =(1 − 𝑎) ∗ 𝑚
𝑝2
Se a, p1 e p2 forem constantes, a função será linear em relação à m.
Assim, a curva de Engel também será uma reta com inclinação
( p1 / a )
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Renda-Consumo e Engel para preferências Cobb-Douglas
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Curva preço-consumo e a curva de demanda
Como mudanças no preço afetam a escolha ótima?
Como visto anteriormente,
mudanças no preço de um dos
bens deslocam apenas seu
intercepto da restrição
orçamentária, de forma que
esta executa um movimento
giratório.
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Curva preço-consumo e a curva de demanda
Com o movimento giratório da restrição orçamentária, a cesta que
define a escolha ótima se alterará.
Ao unir todas as escolhas ótimas derivadas das mudanças de preço,
forma-se a curva preço-consumo.
Se a renda e o preço do bem 2 se mantiverem constantes, é possível
representar a quantidade consumida do bem 1, para cada nível de
preço deste bem (p1). A representação gráfica desta relação define a
curva de demanda para o bem 1.
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Curva preço-consumo e a curva de demanda
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A CURVA DE DEMANDA
Como visto, na maioria dos
casos (uma exceção envolve os
“bens de Giffen”) a curva de
demanda apresenta inclinação
negativa, pois a quantidade
demandada se reduz à medida
que o preço deste bem se eleva.
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A CURVA DE DEMANDA
A curva de demanda individual apresenta duas propriedades
importantes:
i. O nível de utilidade varia à
medida que se move ao longo
da curva: quanto menor o preço
do produto, maior a utilidade
obtida, pois é possível atingir
uma curva de indiferença
superior.
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A CURVA DE DEMANDA
A curva de demanda individual apresenta duas propriedades
importantes:
ii. Em qualquer ponto da curva
de demanda, o consumidor
maximiza sua utilidade: para
cada nível de preço, o
consumidor iguala a TMS à
razão dos preços dos bens
envolvidos, alcançando a maior
curva de indiferença possível.
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DEMANDA POR BENS COMPLEMENTARES E
SUBSTITUTOS
Após a apresentação da função de demanda, é possível definir de
forma precisa os bens substitutos e complementares, quando a
substituição ou a complementariedade não são perfeitos (casos mais
próximos do mundo real).
Por exemplo, lápis e canetas podem ser considerados substitutos
“imperfeitos”, de forma que são substitutos até certo ponto, apenas.
Sapatos e meias, por sua vez, também podem ser considerados
complementos “imperfeitos”, assim como pães e manteiga.
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DEMANDA POR BENS COMPLEMENTARES E
SUBSTITUTOS
Em termos de bens 1 e 2, o
bem 1 pode ser considerado
substituto caso sua demanda
aumente em função do
aumento do preço do bem 2,
ou seja:
∆𝑥1
∆𝑝2> 0
Em termos de bens 1 e 2, o
bem 1 pode ser considerado
complementar caso sua
demanda aumente em função
da redução do preço do bem
2, ou seja:
∆𝑥1
∆𝑝2< 0
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A DEMANDA DE MERCADO
E AS
ELASTICIDADES DA DEMANDA
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A FUNÇÃO DE DEMANDA
A curva de demanda definida anteriormente indica apenas a relação
entre o preço do bem e a quantidade demandada deste mesmo bem.
Uma função de demanda, por outro lado, pode incluir diversos
outros fatores que influenciam a decisão de consumo do indivíduo
como, por exemplo:
Preferência;
Preço do bem;
Preço de bens substitutos;
Preço de bens complementares;
Renda disponível.
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A FUNÇÃO DE DEMANDA
Imagine um indivíduo chegando a um restaurante e pedindo o
cardápio. Sua decisão de consumo, em geral, leva em conta os
seguintes aspectos:
Preferência por algum prato;
Preço do prato desejado;
Preço dos demais pratos (bens substitutos);
Preço dos acompanhamentos (arroz, fritas,
etc. – bens complementares);
Dinheiro disponível.
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A FUNÇÃO DE DEMANDA
Definindo os principais fatores que podem interferir na demanda por
um bem, tem-se que esta demanda é afetada da seguinte forma:
Preço do Produto (afeta inversamente a escolha);
Preço dos substitutos (afeta diretamente a escolha);
Preço dos complementos (afeta inversamente);
Renda do consumidor (afeta diretamente);
Preferência (afeta diretamente).
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Outros fatores e a curva de demanda
A demanda também é afetada pelo preço dos concorrentes.
Se o preço da Sukita diminuir muito, o consumo de Fanta diminui.
0
20
40
60
80
0 10 20 30 40 50 60
Pre
ço
Quantidade Consumida
Variações da Demanda
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Outros fatores e a curva de demanda
A demanda também é afetada pelo preço dos complementos.
Se o preço do pão aumentar, o consumo de margarina diminui.
0
20
40
60
80
0 10 20 30 40 50 60
Pre
ço
Quantidade Consumida
Variações da Demanda
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Outros fatores e a curva de demanda
A demanda também é afetada pela renda das pessoas.
Se o salário aumentar, o consumo aumenta.
0
20
40
60
80
0 10 20 30 40 50 60
Pre
ço
Quantidade Consumida
Variações da Demanda
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EXERCÍCIOS
1. Um consumidor consome um refrigerante genérico “A”, de má
qualidade, de forma que a quantidade consumida em relação aos
preços encontrados está disposta a seguir:
Preço
(R$)
Latas
Consumidas
0 12
0,50 10
1,00 8
1,50 6
2,00 4
2,50 2
3,00 0
a) Estime a equação da demanda, em função
apenas do preço do refrigerante A;
b) Se a cada queda de R$1,00 no preço da Coca-
Cola, a demanda de “A” aumenta em 3
unidades (mantendo o preço de “A”
constante), a Coca-Cola é considerada um
bem substituto ou complementar?
c) Escreva a equação da demanda de “A”, em
função do próprio preço e do preço da Coca-
Cola.
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EXERCÍCIOS
2. A demanda de um consumidor pelo bem X é definida pela
seguinte equação: 𝑄𝑋𝑑 = 25 − 3𝑃𝑋 − 2𝑃𝑌 + 1,5𝑃𝑍 + 0,25𝑅
a) Qual é o bem substituto e qual é o bem complementar em
relação ao bem X?
b) Qual a taxa marginal de substituição entre o bem X e seu
substituto?
c) O bem X é um bem inferior ou normal?
d) Estime uma curva de demanda para o bem X, com o preço de
X no eixo vertical.
e) Se o preço de Y aumentar, o que acontece com a curva de
demanda traçada em c)?
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EXERCÍCIOS
3. Outros fatores também podem afetar a curva de demanda.
Suponha uma curva de demanda por sorvetes. O que acontece com
a curva de demanda por sorvetes quando ocorre:
a) a chegada do verão e o aumento da temperatura?
b) uma reportagem na televisão indicando que o consumo
excessivo de sorvetes pode causar câncer de garganta?
c) ocorre um aumento nos preços dos sorvetes?
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A DEMANDA DE MERCADO
Sendo 𝑄𝑥1𝑑 = 𝑓(𝑃𝑥 , 𝑃𝑦 , 𝑅1) e 𝑄𝑥2
𝑑 = 𝑓(𝑃𝑥 , 𝑃𝑦 , 𝑅2) as funções de
demanda do bem X para os consumidores 1 e 2.
Em uma economia onde supomos ter n consumidores, é possível
definir a demanda de mercado do bem X pela soma das demandas
individuais de todos os consumidores, de forma que:
𝑄𝑥𝑑 = 𝑓(𝑃𝑥, 𝑃𝑦, 𝑅1, 𝑅2, … , 𝑅𝑛) = ∑ 𝑄𝑥𝑖
𝑑 = 𝑓(𝑃𝑥, 𝑃𝑦, 𝑅𝑖)
𝑛
𝑖=1
A curva de demanda do mercado é a soma das curvas de demanda
individuais
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ELASTICIDADE
A elasticidade pode ser definida como a sensibilidade da demanda
em relação a variações de preços ou renda, podendo ser subdividida
em três diferentes formas:
Elasticidade-preço da demanda;
Elasticidade-renda da demanda;
Elasticidade-preço-cruzada da demanda;
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Elasticidade-preço da demanda
A elasticidade-preço da demanda mede a sensibilidade da demanda
por um bem, em relação a variações no preço do próprio bem.
Uma vez que as variações no preço e quantidade são expressas em
termos percentuais, a elasticidade-preço da demanda pode ser
expressa da seguinte forma:
𝐸𝑃𝑑 =
∆𝑄𝑥 𝑄𝑥⁄
∆𝑃𝑥 𝑃𝑥⁄
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Elasticidade-preço da demanda
A elasticidade-preço também pode ser descrita da seguinte forma:
𝐸𝑃𝑑 =
∆𝑄𝑥 𝑄𝑥⁄
∆𝑃𝑥 𝑃𝑥⁄ ⟹ 𝐸𝑃
𝑑 =𝑃𝑥
𝑄𝑥
∆𝑄𝑥
∆𝑃𝑥
sendo que ∆𝑄𝑥 ∆𝑃𝑥⁄ representa a inclinação da curva de demanda.
Desta forma, é possível afirmar que a elasticidade depende não só
da inclinação da curva de demanda, mas também da quantidade e
preço. Desta forma, pode-se afirmar que a elasticidade varia ao
longo da curva.
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Elasticidade-preço da demanda
Suponha uma curva de demanda definida pela equação
𝑄𝑥𝑑 = 8 − 2𝑃𝑥
Percebe-se que é uma demanda linear, com inclinação constante ∆𝑄𝑥
∆𝑃𝑥=
𝜕𝑄𝑥
𝜕𝑃𝑥= −2
No entanto, a elasticidade varia ao longo da curva, à medida que os
valores de P e Q se alteram.
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Elasticidade-preço da demanda
𝐸𝑃𝑑 =
𝑃𝑥
𝑄𝑥
∆𝑄𝑥
∆𝑃𝑥
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Elasticidade-preço da demanda
Cabe ressaltar que a elasticidade-preço da demanda apresenta sinal
negativo, posto que a relação entre preço e quantidade demandada é
inversa. No entanto, convenciona-se utilizar o valor absoluto da
elasticidade (|𝐸𝑃𝑑|), para permitir comparações entre diferentes
elasticidades.
Uma demanda com elasticidade -3 é considerada “mais elástica”
que uma demanda com elasticidade -2, sendo que em matemática -3
seria considerado menor que -2. Daí a necessidade de se interpretar
os valores absolutos.
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Elasticidade-preço da demanda
Se um bem apresenta elasticidade-preço igual a 1, ele apresenta
elasticidade-preço unitária, de forma que uma variação percentual
no preço implica em uma variação percentual de igual proporção na
quantidade demandada.
Isso seria equivalente a indicar um bem que, em caso de aumento de
10% em seu preço, apresentaria como consequência uma redução de
10% nas vendas
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Elasticidade-preço da demanda
Por outro lado, se uma alteração percentual nos preços gera um
impacto mais que proporcional na quantidade demandada, pode-se
considerar que o bem possui uma demanda elástica.
𝐸𝑃𝑑 =
𝑃𝑥
𝑄𝑥
∆𝑄𝑥
∆𝑃𝑥> 1 ⟹ Demanda Elástica
Este é o caso de bens que, por exemplo, apresentam uma queda de
20% nas vendas após um aumento de 10% no preço.
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Elasticidade-preço da demanda
Por fim, um bem apresenta uma demanda inelástica quando a
quantidade demandada apresenta uma alteração percentual menor
que a alteração percentual do preço
𝐸𝑃𝑑 =
𝑃𝑥
𝑄𝑥
∆𝑄𝑥
∆𝑃𝑥< 1 ⟹ Demanda Inelástica
Este é o caso de bens que, por exemplo, apresentam uma queda de
apenas 5% nas vendas após um aumento de 10% no preço.
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Elasticidade-preço da demanda
Então é possível perceber que bens com elasticidade-preço da
demanda com valor superior a 1 (demanda elástica) são mais
sensíveis a mudanças nos preços praticados.
De forma análoga, bens com demanda inelástica (em relação ao
preço) são considerados mais insensíveis a mudanças nos preços.
Qual será melhor para reduzir
ou aumentar os preços
praticados?
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Elasticidade-preço-cruzada da demanda
A demanda por alguns bens também é afetada pelo preço de outras
mercadorias. Um exemplo é a demanda por creme dental, onde a
marca “X” pode ser facilmente substituída pela marca “Y”, de
acordo com o preço de “Y”.
A variação percentual da quantidade demandada do bem X, em
função de uma variação percentual no preço do bem Y é chamada
de elasticidade-preço-cruzada da demanda, e pode ser definida
como:
𝐸𝑃𝐶𝑑 =
∆𝑄𝑥 𝑄𝑥⁄
∆𝑃𝑦 𝑃𝑦⁄ ⟹ 𝐸𝑃𝐶
𝑑 =𝑃𝑦
𝑄𝑥
∆𝑄𝑥
∆𝑃𝑦
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Elasticidade-preço-cruzada da demanda
Diferentemente da elasticidade-preço da demanda, a elasticidade-
preço-cruzada pode apresentar sinal positivo ou negativo.
Se os bens em questão são substitutos, 𝐸𝑃𝐶𝑑 > 0;
Se os bens em questão são complementares, 𝐸𝑃𝐶𝑑 < 0.
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Elasticidade-renda da demanda
A elasticidade-renda da demanda descreve como variações
percentuais na renda provocam variações percentuais na quantidade
demandada.
𝐸𝑅𝑑 =
∆𝑄𝑥 𝑄𝑥⁄
∆𝑅 𝑅⁄ ⟹ 𝐸𝑅
𝑑 =𝑅
𝑄𝑥
∆𝑄𝑥
∆𝑅
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Elasticidade-renda da demanda
Se 𝐸𝑅𝑑 < 0, significa que aumentos na renda provocam a redução do
consumo deste bem, logo este bem é um bem inferior.
Se 0 ≥ 𝐸𝑅𝑑 ≥ 1, significa que aumentos na renda provocam
aumentos no consumo, logo estes bens são bens normais.
Se 𝐸𝑅𝑑 > 1, significa que aumentos na renda provocam aumentos
mais que proporcionais no consumo deste bem, logo este bem é um
bem superior.
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EXERCÍCIO
A demanda de um consumidor pelo bem X é definida pela seguinte
equação: 𝑄𝑋𝑑 = 25 − 3𝑃𝑋 − 2𝑃𝑌 + 1,5𝑃𝑍 + 0,25𝑅.
Sendo 𝑃𝑋 = 15, 𝑃𝑌 = 10, 𝑃𝑍 = 10 e R = 150,
a) Defina a quantidade demandada de X.
b) Se 𝑃𝑋 passar de 15 para 10, qual será a nova quantidade consumida
de X? Qual a elasticidade-preço de X?
c) Se 𝑃𝑌 passar de 10 para 8, qual será a nova quantidade demandada
de X? Qual a elasticidade-preço-cruzada de X em relação a Y? X
e Y são complementares ou substitutos?
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A demanda de um consumidor pelo bem X é definida pela seguinte
equação: 𝑄𝑋𝑑 = 25 − 3𝑃𝑋 − 2𝑃𝑌 + 1,5𝑃𝑍 + 0,25𝑅.
Sendo 𝑃𝑋 = 15, 𝑃𝑌 = 10, 𝑃𝑍 = 10 e R = 150,
d) Se 𝑃𝑍 passar de 10 para 12, qual será a nova quantidade
demandada de X? Qual a elasticidade-preço-cruzada de X em
relação a Z? X e Z são complementares ou substitutos?
e) Se R passar de 150 para 250, qual será a nova quantidade
demandada de X? Qual a elasticidade-renda de X? X é um bem
inferior, normal ou superior?