economia da defesa da concorrência

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28/8/2009 1 Professores: Adriana Hernandez Perez ([email protected]) Mauricio Canêdo Pinheiro Monitora: Lavinia Hollanda . Economia da Defesa da Concorrência Ementa (preliminar) Tema Caso Material Semana 1 Introdução: objetivos e lei antitruste Lei 8.884/94, Motta, cap 1 Semana 2 e 3 Poder de mercado e bem estar, Metodologia antitruste Motta, cap 2 e 3 Semana 4, 5 Fusões horizontais Caso Nestlé-Garoto e/ou Ambev Motta, cap 5 Whiston, cap 3 Semana 6 e 7 Joint Ventures Caso Suzano-Votorantim e/ou GM-Toyota Motta, cap 4 Whiston, cap 2 Semana 8 e 9 Cartel Compras públicas Motta, cap 4 Whiston, cap 2 Semana 10 Preços predatórios Caso do Sal e Promoções da Gol; SBDC e outros Semana 11 e 12 Restrições Verticais: Contratos verticais de exclusão Caso Microsoft Interconexão na Fusão Oi-BrT Motta, cap 6 SBDC e outros Semana 13 Fusão e Efeitos Verticais São Juliano-Casil e/ou Copene/Odebrecht Motta, cap 6 SBDC e outros Semana 14 Tópicos em defesa do consumidor Armstrong (2008)

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Page 1: Economia da Defesa da Concorrência

28/8/2009

1

Professores: Adriana Hernandez Perez([email protected])

Mauricio Canêdo Pinheiro

Monitora: Lavinia Hollanda .

Economia da Defesa da Concorrência

Ementa (preliminar)

Tema Caso Material Semana 1 Introdução: objetivos e lei

antitruste Lei 8.884/94,

Motta, cap 1 Semana 2 e 3 Poder de mercado e bem

estar, Metodologia antitruste

Motta, cap 2 e 3

Semana 4, 5 Fusões horizontais Caso Nestlé-Garoto e/ou Ambev

Motta, cap 5 Whiston, cap 3

Semana 6 e 7 Joint Ventures Caso Suzano-Votorantim e/ou GM-Toyota

Motta, cap 4 Whiston, cap 2

Semana 8 e 9 Cartel Compras públicas Motta, cap 4 Whiston, cap 2

Semana 10 Preços predatórios Caso do Sal e Promoções da Gol;

SBDC e outros

Semana 11 e 12 Restrições Verticais: Contratos verticais de exclusão

Caso Microsoft Interconexão na Fusão Oi-BrT

Motta, cap 6 SBDC e outros

Semana 13 Fusão e Efeitos Verticais São Juliano-Casil e/ou Copene/Odebrecht

Motta, cap 6 SBDC e outros

Semana 14 Tópicos em defesa do consumidor

Armstrong (2008)

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BibliografiaOBRIGATÓRIA

Competition Policy: Theory and Practice, Massimo Motta, Cambridge Press, 2004.

Lectures on Antitrust Economics, Michael Winston, MIT Press, 2008.

Interactions between Competition and Consumer Policy, Mark Armstrong, Mimeo, 2008.

COMPLEMENTAR

� Economics of Regulation and. Antitrust. W. VISCUSI ; J. VERNON & J. HARRINGTON Cambridge: MIT Press , 1995. (VVH)

Handbook of Antitrust Economics, Paolo Buccirossi, MIT Press 2008.

Industrial Organization, A Strategic Approach, Jeffrey Church and Roger Ware, Irwin McGraw Hill. Você pode baixar o livro pela internet pelo link http://homepages.ucalgary.ca/~jrchurch/page4/page5/files/PostedIOSA.pdf

Revolução Antitruste no Brasil, Volumes 1 e 2, editor César Mattos, Ed. Singular.

Outros artigos que serão informados ao longo do curso.

Regras do curso� Regras da Graduação da EPGE;

� Aulas de reposição: serão 3� 2 marcadas: 2/09 e 14/09

� Avaliação: � 2 provas:

� 1ª prova na semana de provas (25/09);

� 2ª prova na semana de provas;

� Trabalho a partir dos casos:� Caso Nestlé-Garoto: análise da fusão;

� Caso Oi-BrT: enfoque no efeito da fusão na conduta (práticas verticais).

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Aula 1Biblio:� VVH (1995), cap 3;� Motta (2005), Cap 1;� Laffont (2005), pag 33 a 36.

� Oliveira, Gesner e Cinthia Konichi, A política de competição no Brasil na perspectiva do desenvolvimento, in Por uma Moderna Politica de Competição: ampliando as bases do alto crescimento no Brasil, Forum Nacional, Rio de Janeiro: José Olympio, 2006

Plano da aula de hoje1. Definição, objetivos;

2. Defesa da concorrência no Brasil:1. Lei Antitruste Brasileira 8.884/942. Guia para análise econômica para atos de concentração

horizontal;

3. Defesa da concorrência em países em desenvolvimento.

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Definição

� A defesa da concorrência visa garantir que a concorrência não seja restrita por práticas que prejudiquem a sociedade.

� Prejuízo: perda de bem estar (Sociedade ou Consumidores).

Motivação

� Três ingredientes são necessários para concorrência:

� Existência de um número suficiente de empresas ou entrantes potenciais na indústria;

� Estas empresas não devem entrar em colusão (formar cartéis);� A empresa que alcançar posição dominante, não deve abusar

desta posição.

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� Posições dominantes persistem em indústrias com:� Elevados custos afundados;� Efeitos lock-in e custos de mudança (switching costs);� Efeitos de rede.

� Empresas, para maximizar lucro, podem ter incentivo a:� Entrar em conluio (formar cartéis);� Comprar concorrentes de modo a reduzir a concorrência;� Praticar preços predatórios;� Excluir concorrentes.

A defesa da concorrência é pertinente em mercados sujeitos a falha de mercado.

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Defesa da Concorrência vs Regulação� Ambas são respostas do governo para corrigir falhas de mercado;� Diferenças:

� Procedimentos e instrumentos: � O regulador possui mais poder (decide preços, investimentos, produção) e� decide estrutura do mercado ;

� Timing:� Regulação ocorre ex-ante, DC ocorre ex-post;� DC possui espectro de análise mais amplo.

� Restrições informacionais:� Regulação geralmente é especializada por indústria;� DC atua em todo tipo de indústria, inclusive reguladas.

� Semelhanças no controle de fusões: � É uma forma de controle da estrutura do mercado;� Proposta de remédios:

� Remédios estruturais vs remédios comportamentais (monitoramento implica regulação da empresa avaliada)

� Justaposição em setores com segmento competitivo.

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Objetivos� Maximizar bem estar da sociedade:

� Preço baixo implica maior bem estar;� Foco no tamanho do bolo, não em sua divisão;� Aspecto dinâmico importante, ie, bem estar futuro deve ser levado

em conta.

� Maximizar bem estar do consumidor:� Problemático impor p = CMg

� Quem paga custos fixos?� Quem teria incentivos para inovar e investir?

� Essencialmente, W e S(q) são correlacionados positivamente.

Outros objetivos� Defesa de pequenas empresas:

� Não necessariamente em contraste com max. do bem estar social se gds conglomerados prejudicam concorrência;

� Na Comissão Européia (CE), o entendimento é que pequenas empresas são mais dinâmicas.

� Promoção da integração de mercados:� Na CE, proibição de discriminação de preços por país.

� Proteção da liberdade econômica:� Cláusulas entre parceiros verticais que limitam as escolhas do varejista

são desenhadas para incentivá-los a exercer o maior esforço possível de vendas.

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� Combater inflação:� Na Alemanha, motivação inicial para controle de cartéis.

� Justiça e equidade:� (Justiça)

Empresas que alcançam posição de monopólio devido a P&D tem direito a praticar preços acima do CMg. Nesse caso, se :� entrada é livre, lucros são dissipados por novos entrantes;� Entrada não é livre ou ganhos de escala permitem apenas uma empresa ativa na

industria:� regulação deve ser imposta.� Se regulação é inativa, intervenção deve vir da agência de concorrência (AC).

� (Equidade)Eficiência econômica favorece gdes supermercados versus mercearias. Se supermercados praticam preços predatórios, AC deve intervir.

A defesa da concorrência é afetada por

políticas públicas

� Razões sociais:� Uma fusão pode implicar demissões em massa da empresa adquirida;� Recessão econômica torna AC mais leniente em relação a cartéis;

� Razões políticas:� Concentração da mídia em mãos de políticos;� Concentração de recursos econômicos em poucas mãos pode levar à

partilha de grupos econômicos: caso da Alemanha e do Japão após 2GM.

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� Razões ambientais:� Ex: Proibição de importação e produção de máquinas de lavar menos

eficientes energeticamente. Decisão retira uma das variáveis de concorrência das empresas.

� Razões estratégicas (comércio e política industrial):� Campeões nacionais: fusões costumam ser incentivadas entre

empresas nacionais.� Política de exportação de cartéis: empresas nacionais são incentivadas

a cartelizar no preço de exportação, mas não no preço interno.

II. A defesa da concorrência no Brasil

� O sistema de defesa surge da evolução natural da economia de mercado.

� No Brasil, o SBDC surgiu para disseminar instituições de mercado;

1937 1988 1994

Fase intervencionista:

Modelo de substituição de importações (de capital);Controle de preços e abastecimento;Criação de instrumentos para intervenção: CIP e Sunab

Objetivo: industrialização da economia

Abertura:

Hiperinflação, falência fiscal,

choque de

concorrência.

Defesa da Concorrência

Lei 8.884/94

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Principais aspectos da lei de defesa da

concorrência brasileira

� Controle da conduta dos agentes econômicos: Artigos 20 e 21;

� Controle de fusões: Art 54.

Conduta� Artigo 20:

« Constituem infração da ordem econômica, independentemente de culpa, os atos sob qualquer forma manifestados, que tenham por objeto ou possam produzir os seguintes efeitos, ainda que não sejam alcançados:

� limitar, falsear ou de qualquer forma prejudicar a livre concorrência ou a livre iniciativa;

� dominar mercado relevante de bens ou serviços;� aumentar arbitrariamente os lucros;� exercer de forma abusiva posição dominante. »

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CADE não caracteriza como ilicita a conquista de mercado resultante de maior eficiência de agente econômico em relação a seus competidores.

Posição dominante: Ocorre quando uma empresa ou grupo de empresas controla parcela substancial de mercado relevante, como fornecedor, intermediário, adquirente ou financiador de um produto, serviço ou tecnologia a ele relativa.

Mínimo de 20% (vinte por cento) de mercado relevante, a critério do CADE.

� Art 21: Caracteriza infração da ordem econômica, certas condutas

(…).

Note que a Resolução 20 do CADE (1999) interpreta que não existe na lei brasileira uma infração per se.

Tanto práticas verticais como horizontais são avaliadas caso a caso (regra da razão).

Devem ser levados em conta custos resultantes da conduta mas tb possíveis eficiências sob o mercado e o consumidor.

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I - fixar ou praticar, em acordo com concorrente, sob qualquer forma, preços e condições de venda de bens ou de prestação de serviços;

II - obter ou influenciar a adoção de conduta comercial uniforme ou concertada entre concorrentes;

Incisos I e II qualificam cartelização.

IV - limitar ou impedir o acesso de novas empresas ao mercado;V - criar dificuldades à constituição, ao funcionamento ou ao

desenvolvimento de empresa concorrente ou de fornecedor, adquirente ou financiador de bens ou serviços;

VI - impedir o acesso de concorrente às fontes de insumo, matérias-primas, equipamentos ou tecnologia, bem como aos canais de distribuição;

Exclusão.

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XI - impor, no comércio de bens ou serviços, a distribuidores, varejistas e representantes, preços de revenda, descontos, condições de pagamento, quantidades mínimas ou máximas, margem de lucro ou quaisquer outras condições de comercialização relativos a negócios destes com terceiros;

Restrições em relações contratuais verticais.

XII - discriminar adquirentes ou fornecedores de bens ou serviços por meio da fixação diferenciada de preços, ou de condições operacionais de venda ou prestação de serviços;

XVIII - vender injustificadamente mercadoria abaixo do preço de custo;

Discriminação de preços.

Concorrência predatoria de preços.

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XXIII - subordinar a venda de um bem à aquisição de outro ou à utilização de um serviço, ou subordinar a prestação de um serviço à utilização de outro ou à aquisição de um bem;

Vendas casadas.

Controle de fusões� Art 54

« Os atos, sob qualquer forma manifestados, que possam limitar ou de qualquer forma prejudicar a livre concorrência, ou resultar na dominação de mercados relevantes de bens ou serviços, deverão ser submetidos à apreciação do Cade. »

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O Cade poderá autorizar os atos que

atendam às seguintes condições:

� tenham por objetivo, cumulada ou alternativamente:� aumentar a produtividade;

� melhorar a qualidade de bens ou serviço; ou

� propiciar a eficiência e o desenvolvimento tecnológico ou econômico;

Ganhos de escala:Eficiência produtiva

Eficiência dinâmica:Bem estar futuro

� Os benefícios decorrentes sejam distribuídos eqüitativamente entre os participantes da fusão de um lado, consumidores ou usuários finais de outro;

� não impliquem eliminação da concorrência de parte substancial do mercado relevante;

� sejam observados os limites estritamente necessários para atingir os objetivos visados.

§2º Também poderão ser considerados legítimos os atos previstos neste artigo (…) quando necessários por motivo preponderantes da economia nacional e do bem comum, e desde que não impliquem prejuízo ao consumidor ou usuário final.

Maximização do bem estareconômico agregado

Livre concorrência

Conduta

Max do bem estar do consumidor

?

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Guia para análise econômica para atos

de concentração horizontal

� Lançado em 2001, influenciado por guias internacionais de defesa da concorrência;

� Objetivos:

« …apresentar os procedimentos e principios que a SEAE e a SDE adotam na analise desses atos.»

« …instrumento de aplicação da regra da razão. »

� Analise é feita em 5 etapas.

As etapas da análise

econômica de atos de

concentração

exercicio unilateral, exercicio coordenado

Economias de escala;Economias de escopo;

externalidades

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Detalhe da etapa III

Exercicio do poder de mercado unilateral

Exercício do poder de mercado

coordenado

III. Defesa da concorrência em países

em desenvolvimentoUsualmente, países em desenvolvimento visam atrair capital

externo para investimentos em infra-estrutura.

� Características de países em desenvolvimento:

� Setor financeiro ineficiente (por exemplo, muito pequeno ou sujeito a fortes assimetrias de informação);

� Baixa credibilidade de suas instituições;� Pouca garantia das leis;� Transporte e comunicações ineficientes;� Pouca informação disponível a consumidores.

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A propensão a condutas

anticompetitivas� Colusão: Ocorre normalmente em indústrias com :

� Barreiras à entrada;

� Concentração de mercado;

� Restrições de capacidade: quão dificil é para as empresas expandirem capacidade:

� Impossibilidade da empresa que desvia do equilibrio colusivo ser capaz de absorver toda a demanda, mas retaliação das outras empresas frente ao desvio é limitada.

� Se a distribuição de parcelas de mercado não for muito heterogênea, empresas preferem não desviar do preço de cartel.

� Em países em desenvolvimento, propensão a colusão é reforçadapela:� Baixa credibilidade de suas instituições;

� Pouca garantia das leis;

� Logo, atos de concentração devem ser analisados dentro de uma otica mais dinâmica, pois ha maior probabilidade de colusão que em paises desenvolvidos.

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� Exclusão:� Criação de barreiras ao uso da infra-estrutura ou bens ou serviços intermediarios

a rivais no segmento competitivo;� Em paises em desenvolvimento exclusão é mais provavel pois:

� barreiras à entrada são mais importantes;

� Concorrência predatória:� Pratica de preço abaixo do custo marginal;� Impede a entrada de novas firmas ou expulsa empresas do mercado;� Em paises em desenvolvimento a concorrência predatoria, é mais danosa pois:

� Setor financeiro ineficiente

� Acordos horizontais:� Acordos podem compensar ineficiências no mercado de crédito.

� Efeitos contrarios:

� Ganho de eficiência pede uma atitude da AC mais tolerante, mas…

� Tal acordo exige monitoramento mutuo entre as partes, que frequentemente atuam no mesmo mercado, ie, são rivais.

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� Processo de liberalização em países em desenvolvimento:� Para atrair capital, governo normalmente é obrigado a propor

parcelas de mercado generosas para empresas operadoras;� Defesa de concorrência deve ser simples, transparente e com o

minimo de discreção possivel;

. A dificuldade de atrair capital vai favorecer estruturas de mercado que geram concorrência imperfeita.

Maior rigor sob a conduta de empresas que o usual exigido em paises desenvolvidos.

Conflito entre reguladores (ou comissões de

privatização) e AC

Para atrair capital, a regulação tende a favorecer um ambiente de mercado que gera concorrência imperfeita, mas ex-post AC tende a impedir acordos explicitos ou implicitos que criem restrições à competição.

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Algumas conclusões para AC em

países em desenvolvimento� Maior foco em casos de colusão, exclusão e competição

predatória devido a presença de:� Barreiras à entrada e� Mercado de crédito ineficiente;

� Mercado de crédito ineficiente pode favorecer maior leniência com respeito a acordos horizontais e joint-ventures.