eco_ii_aula1- clima
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Ecologia IIAula 1 - climaAula 1 - clima
Universidade Federal de SergipeDepartamento de Biologia
Profa. Myrna Landim2006/2
Variações no meio físico
� Condições de temperatura, luz, substrato, umidade e outros fatores moldam:� As distribuições dos organismos� As adaptações dos organismos� As adaptações dos organismos
Clima – Variação espacial
� Clima - componentes previsíveis e imprevisíveis da variação espacial:� previsíveis
� Padrões em larga-escala (globais) primariamente � Padrões em larga-escala (globais) primariamente relacionados a distribuição latitudinal da energia solar
� Padões regionais primariamente relacionados a formas e posições das bacias oceânicas, continentes e cadeias de montanhas
� imprevisíveis � Perturbações estocásticas – extenção e localização
Clima – Variação espacial
� A Terra tem muitas zonas climáticasdistintas:� Dentro dessas zonas, topografia e solos
diferenciam ainda mais o ambientediferenciam ainda mais o ambiente
A Terra – “máquina solar”
� Superfície da Terra e atmosfera adjacente são uma máquina gigante de transformação de calor:� Energia solar é absorvida diferencialmente ao � Energia solar é absorvida diferencialmente ao
longo do planeta� Essa energia é redistribuida pelos ventos e
correntes oceânicas, e é por fim retornada ao espaço
Clima - padrões globais
� Consequências interrelacionadas:� Variação latitudinal em temperatura e
precipitação� Padrões gerais de circulação de ventos e � Padrões gerais de circulação de ventos e
oceanos
Clima - padrões globais
� Do Equador em direção aos Pólos:� Diminuição da temperatura� Diminuição da precipitação
Por quê? � Por quê? � Em maiores latitudes:
� Raios solares são espalhados sobre uma área maior� Raios solares viajam uma distância maior através da
atmosfera
Clima - padrões globais� Por quê?
� Em maiores latitudes:� Raios solares são espalhados sobre uma área maior� Raios solares viajam uma distância maior através da
atmosferaatmosfera
Temperatura
� número de horas de luz solar e quantidade de calor recebida � intensidade de luz = radiação total por
unidade de áreaunidade de área
Temperatura e precipitação -padrões globais
(http://www.nasa.gov/centers/goddard/images/content/187926main_fig1_rainfall.jpg)
Células de Hadley
� Células de Hadley constituem os principaispadrões de circulação atmosférica:� Ar quente e úmido sobe dos trópicos em direção
ao Norte e ao Sulao Norte e ao Sul� Com o resfriamento desse ar, ele eventualmente
desce a cerca de 30o N e S, e então retorna aosTrópicos, na superfície.
Células de Hadley
� Células de Hadley constituem os principaispadrões de circulação atmosférica:� Ar quente e úmido sobe dos trópicos em direção
ao Norte e ao Sulao Norte e ao Sul� Com o resfriamento desse ar, ele eventualmente
desce a cerca de 30o N e S, então retorna aosTrópicos na superfície
� Esse padrão move células secundáriastemperadas (30-60o N e S), que, por sua vez, movem células polares (60-90o N e S)
A Zona de Convergência Intertropical
� Correntes de ar superficiais nas células de Hadley convergem próximo ao Equador.� Ar quente e úmido subindo nas regiões� Ar quente e úmido subindo nas regiões
equatoriais resfriam e perdem muito de suaumidade como precipitação nessa zona.
� Com a descida desse ar fresco e seco próximode 30o N e S ele esquenta e sua capacidade de reter umidade aumenta, resultando naprevalência de climas áridos nessas latitudes.
Clima – Variação temporal
� Clima - componentes previsíveis e imprevisíveis davariação temporal:� Previsíveis
� variação sazonal� variação sazonal� variação diurna
� Imprevisíveis� Eventos em larga escala (El Niño, ciclones,…)� Eventos em pequena escala (padrões variáveis do
tempo)
Variação temporal X latitude
� Padrões temporais são previsíveis (ciclosdiurnos, lunares e sazonais).
� O eixo de rotação da Terra é inclinado 23,5o
em relação ao seu caminho ao redor do sol, em relação ao seu caminho ao redor do sol, levando a:� Variação sazonal na latitude do aquecimento
solar mais intenso da superfície da Terra� Aumento geral na variação sazonal do Equador
em direção aos Pólos, especialmente no hemisfério N
Variação sazonal no clima
� Progressão sazonal do zênite causa padrões de temperatura típicos.
� A Zona de Convergência Intertropical também migra sazonalmente:também migra sazonalmente:� A região de alta precipitação muda para N ou S
com a Zona de Convergência Intertropical� regiões áridas (30o N e S da Zona de
Convergência Intertropical) também mudam
A Zona de Convergência Intertropical
(http://eoimages.gsfc.nasa.gov/ve/15462/itcz_goes11.jpg)
Posição variável sazonalmente
� Fluxo superficial de ar nas células de Hadley é desviado pela rotação da Terra.
� diferenças na velocidade da movimentação da superfície da Terra no Equador e em latitudes mais altas (em latitudes maiores, a superfície se
O efeito de Coriolis
mais altas (em latitudes maiores, a superfície se move mais lentamente).
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� Efeito líquido desse desvio nos fluxossuperficiais:� para a direita no hemisfério N� para a esquerda no hemisfério S
O efeito de Coriolis
� Resultado:� ar se move em direção ao
oeste nas células tropicais� ar se move em direção ao
leste nas células
O efeito de Coriolis
leste nas célulastemperadas
� ar se move em direção aooeste nas células polares
� O mesmo ocorre com as correntes oceânicas
Correntes oceânicas
� Correntes oceânicas redistribuem calor e umidade.� Correntes oceânicas superficiais são
impulsionadas pelo vento.impulsionadas pelo vento.� Correntes mais profundas são estabelecidas por
gradientes de temperatura e salinidade.
Correntes oceânicas
(http://earth.usc.edu/classes/geol150/stott/variability/images/oceansurf/surfacecurrents.jpg)
Oceanos e precipitação
� Umidade das massas de ar é recarregada quando passam sobre corpos d’água� Chove mais no Hemisfério S (81% da superfície é
agua, contra 61% no Hemisfério N)agua, contra 61% no Hemisfério N)
(http://wennberg-wiki.caltech.edu/@api/deki/files/74/=EarthMap.jpg)
Resfriamento Adiabático
� esfriamento em maiores altitudes �expansão do ar ao subir (atmosfera rarefeita), com perda de energia (calor): rarefeita), com perda de energia (calor): 10oC/km (taxa adiabática)
� no caso do ar úmido � condensação da umidade com o resfriamento (ganha algum calor da condensação, que
Resfriamento Adiabático
algum calor da condensação, que parcialmente compensa o resfriamento: taxa adiabática úmida, 6oC/km
� massas de ar instáveis � esfriam mais rapidamente que a taxa adiabática
� massas de ar estáveis � esfriam a taxas mais lentas que a adiabática
Resfriamento Adiabático
lentas que a adiabática
� precipitação abundante no Equador e moderada a alta nas latitudes médias
� zonas tropicais e circunvizinhas aos pólos
Padrões de precipitação mundiais
� zonas tropicais e circunvizinhas aos pólos são relativamente secas
Padrões de precipitação mundiais
� precipitação abundante nas vertentes a barlavento, esparsa a sotavento
Sombras de chuva
� Massas de ar forçadas sobre montanhasesfriam e perdem umidade como precipitação(chuvas orográficas).
http://www.jms.aps.edu/JMS/Lopez/rain_shadow.jpg
Sombras de chuva
� Áreas a sotavento de grandes cadeias de montanhas são tipicamente mais quentes e maisáridas (causando o efeito das sombras de chuva).
(http://t3.gstatic.com/images?q=tbn:ANd9GcQbIVzkBQxe1SW1S2X6GgX0fWP1ENqjJW66W6o8dgBdS1LI5sP_&t=1)
� áreas litorâneas recebem mais precipitação do que áreas continentais
Padrões de precipitação mundiais
Áreas continentais
� O interior dos continentessão também tipicamenteáridos:� Distantes da fonte de recarga
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� Distantes da fonte de recargada umidade
� massas de ar chegando a essas áreas provavelmente jáperderam antes sua umidade
� Áreas costeiras tem climasmarítimos menos variáveisque o interior dos continentes.
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Fatores afetando o clima
� Distância dos oceanos� Correntes oceânicas� Direção dos ventos prevalentes
Relevo� Relevo� Proximidade ao Equador� El Niño, La Niña � Atividade humana
(The United Kingdom Environmental Change Network)
� diagramas climáticos de Walter & Lieth
Diagramas climáticos
Tarefa extra:
Construir o diagrama climático de uma região de Sergipe
� Diferenças:� Precipitação total� Temperatura média� Duração do período seco
Clima: sistemas de classificação
� Duração do período seco� Época (estação) das chuvas e seca� ...
� Sistema de classificação de Koeppen:
Clima: sistemas de classificação
Tarefa extra:
Pesquisar, no sistema de Koeppen, o(s) clima(s) de Sergipe
http://www.ilri.org/InfoServ/Webpub/fulldocs/CanthoManual/images/module42-1.gif
� Sistema de classificação de Koeppen:
Clima: sistemas de classificação
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N, 2
007)
Aquecimento global
� Dificuldade metodológica:� Dados mensurados (recentes)� Dados estimados (pretéritos)
Clima e Vegetação
� Fenologia:� estudo da “ocorrência de eventos biológicos
repetitivos, das causas de sua ocorrência em repetitivos, das causas de sua ocorrência em relação a fatores bióticos e abióticos, e das inter-relações entre as fases caracterizadas por esses eventos, da mesma ou de diferentes espécies” (Lieth,1974).
Fenologia
� Abordagens (Van Schaik et al., 1993): � exame do comportamento dentre indivíduos
de uma única espécie, ou grupo de espécies de uma única espécie, ou grupo de espécies relacionadas,
� registro da fenologia de espécies de guildasou comunidades
� Subsidiam:� análise da organização de comunidades e
ecossistemas
Fenologia
ecossistemas� estudos sobre interações animal-planta
� Observações fenológicas sistemáticas ao nível de comunidade:� identificação da existência de ritmos sazonais
� Correlação com variações nas condições bióticas e abióticas
Fenologia
� Correlação com variações nas condições bióticas e abióticas
� Análise das conseqüências destes ritmos para as comunidades
de polinizadores, dispersores e herbívoros em geral
� compreensão da utilização dos vários tipos de recursos
disponíveis em um determinado ambiente tropical
� Essenciais para o conhecimento da dinâmica dessas áreas, e
para um manejo e preservação mais adequados
� Estudos fenológicos
Fenologia
(http://www.cfr.washington.edu/classes.esc.401/ImagesGrowth/phenolseedling.gif)
� Estudos fenológicos. (
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Fenologia
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Interior
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Interior
Borda
Fig. 10 - Porcentagem de indivíduos de Rhizophora mangle em floração (a) efrutificação (b) nas áreas de borda e interior do bosque.