ecg antes, durante e depois da anestesia
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ECG antes, durante e
depois da anestesia.
Bruno Abreu de Oliveira
Definição
• O Eletrocardiograma
(ECG) é o registro
gráfico da voltagem
produzida pelas
células do miocárdio
durante sua
despolarização-
repolarização.
A Condução elétrica e o
Eletrocardiograma
Técnica
Principais Funções do ECG
• Avalia a função elétrica do coração.
– Arritmias Cardíacas.
– Distúrbios de condução.
– Aumento de volume de câmaras (60% de
sensibilidade).
– Síndromes isquêmicas.
– Auxiliar no diagnóstico de doenças do
pericárdio.
– Desequilíbrios eletrolíticos.
Quando utilizar o ECG no
exame pré operatório?
Avaliação Pré-Anestésica
Classificação
ASA
Descrição Exemplos
I Aparentemente hígido Procedimentos eletivos (OSH, orquiectomia).
II Doença Sistêmica Leve Neonatos e geriátricos (≤ 8 semanas ou ≥ 10 anos);
gestantes, obesos, cardiopatas compensados,
infecções localizadas.
III Doença Sistêmica Moderada Desidratação moderada e hipovolemia, anorexia,
caquexia, anemias, fraturas complicadas, hérnia
diafragmática, pneumotórax.
IV Doença Sistêmica Grave Choque, uremia, toxemia, desidratação grave,
hipovolemia, anemia grave, síndrome torção-
dilatação gástrica, doenças cardíacas e renais
descompensadas.
V Moribundos sem expectativa
de sobrevivência, com ou
sem cirurgia nas 24 horas.
Doença de múltiplos órgãos, choques, traumas
cranianos.
E Emergências (Acrescentada
ao estado físico ASA I a V)
Sugestão de Solicitação de
Exames pré anestésicosIdade
Estado Físico - ASA Até 6 meses 6 meses a 6 anos Acima de 6 anos
I e II Hematócrito, prioteína e
glicemia
Hematócrito, proteína e
função renal
Hematócrito, proteína,
função renal e urinálise.
III Hemograma, proteína,
gliucemia, função renal, pH,
gasometria e urinálise
Hemograma, ECG,
glicemia, função renal,
função hepática,
gasometria e urináluise.
Hemograma, ECG,
glicemia, função renal,
função hepática, eletrólitos
(Na, K, Ca), gasometria e
urinálise.
IV e V Hemograma, ECG, glicemia,
função renal, função hepática,
eletrólitos (NA,K,Ca),
gasometria e urinálise.
Hemograma, ECG,
glicemia, função renal,
função hepática, eletrólitos
(NA,K,Ca), gasometria e
urinálise.
Hemograma, ECG,
glicemia, função renal,
função hepática, eletrólitos
(NA,K,Ca), gasometria e
urinálise.
Fonte: HOVET – FMVZ - USP
Incidência de alterações
eletrocardiográficas pré anestésicas.
• Rabelo (2004)
65% apresentaram alterações
eletrocardiográficas.
• Carvalho et al (2009)
n=474 cães
46% apresentaram alterações
eletrocardiográficas.
Risco Anestésico
• Miller (1989)
– 41% dos óbitos em pacientes ASA I e ASA II
• Fantoni et al (1997)
n= 1196 procedimentos
• Óbitos: 22,2% ASA II
22,2% ASA III
22,2% ASA IV
33,3% ASA V
Incidência de alterações
eletrocardiográficas pré anestésicas.
Alterações eletrocardiográficas %
Aumento na duração do QRS 24,3
Aumento Na amplitude da onda T 20,5
QRS de baixa voltagem 8,6
Desvio de eixo para esquerda 8,6
Desvio de eixo para a direirta 6,5
Aumento da duração da onda P 6,2
Pausa sinusal 5,1
Bloqueio de ramo direito ou sobrecarga
VD4,1
Infradesnivelamento ST 2,74
BAV 1 grau 2,0
CVP 2,0
Taquicardia Sinusal 1,0
Supradesnivelamento ST 1,0
Taquicardia Ventricular 1,0
Taquicardia Atrial 1,0
CAP 1,0
Aumento da amplitude da onda P 0,7
Bradicardia Sinusal 0,7
Fibrilação Atrial 0,3
Ritmo Idioventricular 0,3
Prolongamento QT 0,3
Complexo de Escape Ventricular 0,3
Complexo de Escape Juncional 0,3
Complexo Juncional Prematuro 0,3
BAV de 2 grau 0,3
Fonte: Carvalho et al
Alteração eletrocardiográfica pré
anestésica:
O que fazer??
Escolher os fármacos e métodosanestésicos mais convenientes para a
situação.
Corrigir os fatores arritmogênicos
quando possível.
Fatores predisponentes de
Arritmias perioperatórias
• Distúrbios eletrolíticos.
• Flutuações da Pressão arterial e
temperatura corpórea.
• Hipóxia.
• Altos níveis de catecolaminas endógenas.
• Hipercapnia.
• Reações adversas à agentes anestésicos.
Eletrocardiograma Trans-operatório
Interação de Drogas Anestésicas e Pré
Anestésicas no SCVDroga Efeito SCV
Fenotiazínicos Hipotensão Arterial, Taquicardia reflexa
Butirofenonas Hipotensão arterial leve
Benzodiazepinicos Hipotensão arterial leve
Xilazina FC, BAV 1,2 e 3 graus, DC, Hipotensão Arterial
Barbituricos (Tiopental e
pentobarbital)
Bloqueio vagal, pouca alteração CV (Efeito acumulativo).
Propofol Hipotensão arterial leve
Etomidato Puco efeito CV
Cetamina FC, DC, PA , PAP, PVC, Inotrópico Positivo,.
Halotano Hipotensão Arterial, Reduz automatismo nodo sinusal,
sensibiliza miocárdio à ação da adrenalina
Isofluorano Hipotensão Arterial, FC
Fentanil Tônus vagal , FC
Alterações eletrocardiográficas mais
comuns durante procedimento anestésico.
• Taquicardia Sinusal:
– Superficialização do
plano anestésico.
– Compensatória à
hipotensão grave.
– Fármacos vagolíticos.
– Uso de catecolaminas
Alterações eletrocardiográficas mais
comuns durante procedimento anestésico.
Taquicardia Sinusal
Persistente
Hipóxia CVP
Miocárdio
Alterações eletrocardiográficas mais
comuns durante procedimento anestésico.
• Bradicardia Sinusal
– Fármacos que
aumentam o Tônus
Vagal
– Hipotermia
BAV
Alterações eletrocardiográficas mais
comuns durante procedimento anestésico.
• Hipóxia do miocárdio
Taquicardia Ventricular
Sustentada
Fibrilação ventricular
Alterações eletrocardiográficas mais
comuns durante procedimento anestésico.
• Ritmo nodal ou
juncional.
– Menos frequente
– Principalmente
cetamina e halotano.
ECG no Pós operatório
Imediato
• Acompanhar arritmias intermitentes e
alterações no traçado que não ocorreram
no trâmite cirúrgico:
• Descargas endógenas de catecolaminas (Dor).
• (Halotano). - Efeito residual associado à
catecolaminas
Síndrome torção – dilatação gástrica
Até 72 horas após cirurgia
Obrigado