eca - slide

23
Medidas Socioeducativa s Internação Grupo 04 Ludmila Rezende Monick Lebron Priscila Enedina Tayane Ferreira Zuleica Aparecida olítica da Criança e do Adolescente Contagem - 2013

Upload: prittysmariano

Post on 13-Dec-2014

156 views

Category:

Documents


0 download

TRANSCRIPT

Page 1: ECA - Slide

Medidas Socioeducativas

Internação

Grupo 04Ludmila RezendeMonick Lebron Priscila EnedinaTayane Ferreira

Zuleica Aparecida

Política da Criança e do AdolescenteContagem - 2013

Page 2: ECA - Slide

Abordaremos o tema das medidassocioeducativas, por intermédio da análise do disposto no Estatuto da Criança e do Adolescente (Lei nº 8.069/90), apresentando suas inovações no tratamento destinado à situação da criança e do adolescente em conflito com a lei.

Page 3: ECA - Slide

Até o século XIX as crianças e os adolescentes não eramvistos como seres merecedores de tratamento especial, adequado ao seu estado de vulnerabilidade por encontrar-se em fase de desenvolvimento.

Crianças e adolescentes estavam sujeitos a legislaçõesbaseadas na “Doutrina do Direito Penal do Menor”, sendo que cabia ao juiz averiguar o grau de esclarecimento do infrator com relação ao ato praticado, analisando os elementos da conduta do delinquente e de sua vida, para então impor-lhe a pena que julgasse adequada. A criança era tratada quase como se fosse um adulto.

Page 4: ECA - Slide

A Constituição de 1988 estabeleceuregras diferentes em relação às crianças e aos adolescentes tornando-os sujeitos dedireitos e que mereciam proteção integral quanto aos seus superiores interesses deste modo, o art. 227 dispõe sobre o princípio da proteção integral de crianças eadolescentes.

Page 5: ECA - Slide

SINASE - Sistema Nacional De Atendimento Socioeducativo

Breve Histórico

Page 6: ECA - Slide

Durante o ano de 2002 o CONANDA e a Secretaria Especial doDireitos Humanos (SEDH/ SPDCA), em parceria com a Associação Brasileira de Magistrados e Promotores da Infância e Juventude (ABMP) e o Fórum Nacional de Organizações Governamentais de Atendimento à Criança e ao Adolescente (FONACRIAD), realizaram encontros estaduais, cinco encontros regionais e um encontro nacional com juízes, promotores de justiça, conselheiros de direitos, técnicos e gestores de entidades e/ou programas de atendimento socioeducativo.

Como resultado desses encontros, acordou-se que seriam constituídos dois grupos de trabalho com tarefas específicas embora complementares, a saber: a elaboração de um projeto de lei de execução de medidas socioeducativas e a elaboração de um documento teórico-operacional para execução dessas medidas.

Page 7: ECA - Slide

Em fevereiro de 2004 a Secretaria Especial dos Direitos Humanos(SEDH), por meio da Subsecretaria de Promoção dos Direitos da Criança e do Adolescente (SPDCA), em conjunto com o Conanda e com o apoio do Fundo das Nações Unidas para a Infância (UNICEF), sistematizaram e organizaram a proposta do Sistema Nacional de Atendimento Socioeducativo - SINASE.

O documento está organizado em nove capítulos.

Em resumo o SINASE é um conjunto ordenado de princípios, regras e critérios, de caráter jurídico, político, pedagógico, financeiro e administrativo, que envolve desde o processo de apuração de ato infracional até a execução de medida sócio educativa.

Page 8: ECA - Slide

De acordo com o ECA as Medidas Protetivas sãoaplicadas em situações de risco pessoal e social e as Medidas Socioeducativas em situações onde haja prática de ato infracional pelo adolescente.

As medidas socioeducativas, elencadas no art. 112do ECA, destinam-se, exclusivamente, ao adolescente autor de ato infracional e devem ser aplicadas observando-se a capacidade desse adolescente em cumpri-las, dadas as circunstâncias e a gravidade da infração cometida.

Page 9: ECA - Slide

Medidas Socioeducativas

Advertência;Obrigação de reparar o dano;Prestação de serviços à comunidade;Liberdade assistida; Inserção em regime de

semiliberdade; Internação em estabelecimento educacional;Qualquer uma das previstas no art. 101 I a VI

As medidas podem ser em meio aberto ou privativas de liberdade

Page 10: ECA - Slide

Medidas Privativas de Liberdade

Semiliberdade - A medida de semiliberdade equipara-secom a medida de internação, face à sua intervenção imediata no direito de ir e vir. Assim, o ECA estabelece, no seu art. 120, §2º, que “a medida não comporta prazo determinado, aplicando-se no que couber, as disposições relativas à internação”. Pode ser aplicada de forma autônoma, ou como forma de transição para o meio aberto. Para o atendimento da medida socioeducativa de semiliberdade, observam-se em parte as obrigações contidas no art. 94 do ECA, garantindo-se, no entanto,interação imediata com os serviços da comunidade.

Page 11: ECA - Slide

A proposta validada pelo Estado de Minas Gerais, desde meados de 2001, é de atendimento em ambiente residencial, favorecendo a formação de pequenos grupos, facilitando-se, com isso, as atividades externas, que devem ocupar maior parte do tempo.

A medida de semiliberdade não deve ser identificada como de privação da liberdade, pelo contrário, já que sua proposta está centrada na realização de atividades externas, em sua maioria, no âmbito da comunidade, portanto, em meio aberto: atividades educacionais, laborais, culturais, recreativas, etc...

Page 12: ECA - Slide

Internação - A aplicação da medida socioeducativa de internaçãodeve se ater aos critérios definidos no art.122 do ECA: tratar-se de ato infracional cometido mediante grave ameaça ouViolência à pessoa; por reiteração no cometimento de outras infrações graves; e por descumprimento reiterado e injustificável da medidaanteriormente imposta, sendo neste caso, de no máximo 3 meses. Esta medida está sujeita aos princípios da brevidade, da excepcionalidade e do respeito à condição peculiar do adolescente como pessoa em desenvolvimento. Para o atendimento da medida socioeducativa de internação, deve-se assegurar o cumprimento de todas as obrigações contidas no art. 94 do ECA. Para tanto, o Governo do Estado de Minas Gerais vem propiciando, nas novas

Page 13: ECA - Slide

unidades, um atendimento em pequenos grupos – unidades com capacidadepara, no máximo, 40 adolescentes – atendendo proposta pedagógica específica.

As medidas socioeducativas de semiliberdade e de internação, em razão da restrição ao direito de ir e vir do adolescente autor de ato infracional, demandam o amparo estatal para sua execução, sendo de responsabilidade do Governo Estadual.

O órgão responsável pela liberação de vagas para o atendimento de internação e semiliberdade no Estado de Minas Gerais é a Subsecretaria de Atendimento às Medidas Socioeducativas – SUASE, ligada à SECRETARIA DE ESTADO DE DEFESA SOCIAL.

Page 14: ECA - Slide

As unidades de internação e semiliberdade devem estabelecer com a Autoridade Judiciária responsável pelo acompanhamento da execução o prazo para avaliação da medida, nos termos do art. 121, §2º, do ECA, que não pode exceder de 6 meses, quando, então, deve ser encaminhado relatório psicossocial do adolescente, inclusive com referências sobre o Plano Individual de Atendimento (PIA), desenvolvido durante o atendimento na internação ou na semiliberdade.

A proposta pedagógica deve ser pautada em etapas próprias da evolução do atendimento, visando ao ingresso do adolescente no contexto da vida social, especialmente estudantil e profissional. Para tanto, a garantia de uma equipe técnica multiprofissional é essencial para o sucesso do atendimento.

Page 15: ECA - Slide

A internação não possui prazo determinado, ou seja a sentença que aexecuta não traz o prazo que a medida vai durar, ela poderá ter a duração de até 3 anos e em hipótese alguma ultrapassará esse prazo, sendo que a cada seis meses será reavaliada em decisão judicial conforme o art. 121, §§ 2º e 3º, do ECA.

O adolescente sujeito à medida de internação apenas sabe que não ficará internado por prazo maior que 3 anos.

Caso um adolescente tenha cometido um roubo em coautoria com uma pessoa maior de idade, o adolescente poderá ficar recolhido na instituição por até 3 anos sem direto a nenhum abrandamento da medida, tendo a restrição de sua liberdade durante todo tempo da pena.

Page 16: ECA - Slide

O Assistente Social faz parte da equipe técnica junto com os psicólogos que sãoos responsáveis pelo acompanhamento da situação processual do adolescente, bem como pela garantia do atendimento integral. Permanecem nas unidades apenas no horário comercial.

Cabe ao assistente social atuar de acordo com sua especificidade, garantindo o diálogo interdisciplinar, sem perder de vista o que é particularidade do Serviço Social.

Ao chegar na unidade de internação o adolescente passará pelaequipe médica, e em seguida será atendido pela equipe Técnica. É nesse momento que o profissional irá fazer o primeiro esclarecimento ao adolescente quanto a seus direitos e deveres, orientando-o acerca do dia a dia na unidade e buscando informações (uso de substâncias psicoativas, problemas de relacionamento, familiares que realizarão visitas) que auxiliarão na melhor inserção do adolescente na medida de internação.

Page 17: ECA - Slide

O profissional de Serviço Social nas unidades de internação precisa comprometer-se com a efetividade do atendimento realmente socioeducativo, situando seu trabalho na perspectiva da garantia de direitos. Assim, o assistente social acompanhará o adolescente durante toda a medida de internação, na perspectiva do atendimento integral. Apenas para melhor compreensão do que está sendo proposto, é possível organizar didaticamente o trabalho do assistente social em três grandes dimensões que possuem interlocução entre si: atendimento ao adolescente, atendimento à família, participação na unidade de internação.

Busca-se nesses espaços orientar o mesmo em relação a seus projetos de vida, à necessidade de profissionalização, escolarização. Procura-se ainda nestes atendimentos trabalhar questões familiares, questões relacionadas ao dia a dia na unidade, sempre respeitando a disposição do adolescente para o diálogo.

Page 18: ECA - Slide

O profissional de Serviço Social que trabalha em unidades queexecutam a medida de internação não pode perder de vista que o seu trabalho deve ser orientado pelo atendimento integral e, portanto, esse profissional pode e deve verificar se o adolescente está recebendo esse atendimento. Desta forma, o assistente social busca assegurar que o adolescente receba alimentação, atendimento médico, odontológico, oportunidades de profissionalização, além de verificar, registrar e notificar aos seus superiores quaisquer violações aos direitos dos adolescentes, tanto por outros servidores da instituição quanto por outros adolescentes.

O profissional de Serviço Social vai procurar conhecer a dinâmica familiar, as necessidades, os recursos, utilizando-se para isso do estudo social, visita domiciliar e entrevista.

Page 19: ECA - Slide

A partir da particularidade de cada família, o profissional terácondições de desenvolver junto ao adolescente, estratégias para o fortalecimento de vínculos familiares e, caso seja necessário, realizará encaminhamentos da família à rede de serviços sociais dos municípios.

Quando o adolescente é desinternado com extinção de medida, torna-se praticamente impossível realizar o acompanhamento, mas a intervenção bem planejada e efetiva deve garantir que, ao sair, ele tenha condições de continuar o processo de ressocialização, ou seja, deve sair com a documentação pessoal exigida, perspectiva de trabalho, garantia de continuidade de escolarização, entre outros.

Page 20: ECA - Slide

Conclusão

Na atualidade as crianças e adolescentes conquistaram respeito diante a sociedade já que se entende que estes se encontram em desenvolvimento com isto tornam-se vulneráveis, fazendo com que precisem de proteção e de acompanhamento especiais para cada etapa de suas vidas. Ganharam proteção e de acompanhamento especial para cada etapa de sua vida, o que lhes deu direitos e proteção jurídica, inclusive para o caso de cometimento de atos infracionais. A legislação regula a intervenção do Estado para que sejam assegurados às crianças e adolescente todos os seus direitos fundamentais, mesmo que esteando em conflito com a lei.

Page 21: ECA - Slide

Nesse caso, são previstas as medidas protetivas e medidas socioeducativas. Com o objetivo de orientar, acompanhar e a educar para o convívio em sociedade. Tais medidas são tomadas tendo o Estatuto da Criança e do Adolescente como fonte legal.

A medida socioeducativa de internação tem a particularidade de ser aplicada em casos excepcionais, apenas quando nenhuma das outras se mostre efetivas e adequadas aquela situação podendo ser aplicada somente quando forem atendidos os requisitos legais.

A medida socioeducativa de internação não tem duração definida, apenas não poderá exceder o prazo de 3 anos, no entanto podemos dizer , ainda, que a mesma medida socioeducativa é aplicada em casos como, roubo e estupro seguido de morte.

Page 22: ECA - Slide

Referências

http://www.scielo.br/scielo.php?pid=S010166282011000100003&script=sci_arttext (04/05/2013 – 12:16)Cartilha: Sistema Nacional de Atendimento Socioeducativo (SINASE)Secretaria Especial dos Direitos HumanosConselho Nacional dos Direitos da Criança e do AdolescenteCONANDA - Brasília, 2006 - Presidência da República / Secretaria Especial dos Direitos Humanos 1ª Edição- Ano 2006 – Tiragem: xx exemplares Cartilha: Medidas Socioeducativas – MPMG - Embasamento legal e teóricoConstituição Federal de 1988Estatuto da Criança e do Adolescente – Lei 8.069/90SINASECartilha do CEDCA/MGPrograma de Liberdade Assistida e Prestação de Serviços à Comunidade – BHProjeto Marista Crescendo – BH

Page 23: ECA - Slide

Fim

23 anos