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ESTATUTO DA CRIANÇA E DO ADOLESCENTE – ECA Lei 8.069/90 & INCLUSÃO Profª Drª Isis Longo CEU MENINOS 03/07/12

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ESTATUTO DA CRIANÇA E DO ADOLESCENTE

– ECA Lei 8.069/90 & INCLUSÃO

Profª Drª Isis Longo

CEU MENINOS03/07/12

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Objetivos: reflexão-ação sobre os preceitos do ECA

- Ser criança e adolescente antes do ECA

- Por que o Brasil aprovou o ECA?

- Que mudanças vieram com o ECA?

- Conquistas e dificuldades após 22 anos do ECA

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Percurso:

� Curta – metragem “Lisa e Jonas”

� Curta – metragem

� Construção de “estigmas”

� Breve panorama leis anteriores ao ECA

� Mudanças de paradigma com o ECA

� ECA & Educação

� Debate

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CRIANÇA X DELINQUENTE

� INGÊNUA� BOA� ALEGRE� MEIGA� OBEDIENTE� SINCERA� CAUSA SENTIMENTO DE CARINHO

� MARGINAL NATO� CRUEL� LADINO� FRIO� DESORDEIRO� DISSIMULADO� CAUSA SENTIMENTO DE MEDO

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NORMAL X DEFICIENTE

� Perfeito;� Potencial;� Autonomia;� Aprende com facilidade;

� Educação formal para todas as modalidades de ensino;

� Defeituoso;� Limitado;� Tutela;� É treinável;� Educação formal limitada ao diagnóstico da patologia;

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Construção dos estigmas

�Para Goffmam os estigmassimbolizam sinais sociais de inferioridade, como:

� defeitos físicos, � distúrbios mentais, � defeitos de raça, nação e religião;

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Estigmas

� Para Foucault a prática social ocidental, revela a exclusão dos diferentes, com a categoria dos indignos, como:

� pobres, � vagabundos, � presidiários, � velhos, loucos, idotas, � homossexuais, prostitutas;

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Construção do estigma do delinquenteinfanto-juvenil

� Crianças pobres

� Famílias desestruturadas

� Abandono precoce

� Baixo grau de inteligência

� Elevado grau de inteligência

� Carga hereditária de desvios genéticos

� Gosto / índole para criminalidade

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Marginalidade

� Cesare Lombroso – PERFIL do criminoso

� Teorias criminalistas do século XIX

� Preconceito de classe, gênero e etnia

� Ideal da Eugenia – “raça pura”

� Branqueamento como purificação da raçabrasileira

� Perfil do criminoso: negro, mestiço, jovem, classes populares

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Brasil, meu Brasil brasileiro...

� Heranças coloniais:

� Privilégios de classe/desigualdade social;

� Escravidão/racismo;

� Patriarcado/machismo;

� Patrimonialismo/corrupção;

� Oligarquias/democracia liberal;

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J.B. Debret

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J.B. Debret

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Leis para os “menores”

� Código Penal de 1890 –

� Critério do DISCERNIMENTO

� Direito penal, criança julgada como adulto a partir dos 9 anos de idade;

� Código de Menores de 1927

� Código de Menores – juiz Mello Mattos;

� Categoria de menor: abandonado; delinquente; órfão; libertino; trabalhador;

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Leis para os “menores”

� Lei de Emergência de 1943

� Legislação da Era Vargas;

� Criação do SAM – Serviço de Atendimento ao Menor; reformatório, imputação do critério de periculosidade ao menores;

� Código de Menores de 1979

� FUNABEM, FEBEMs

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PROTEÇÃO DOS DIREITOS DA CRIANÇA E DO ADOLESCENTE

� Declaração dos Direitos da Criança –

ONU 1959

� defesa da proteção especial.

� universalização dos direitos a todas as crianças.

� garantia da educação primária gratuita e obrigatória.

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Convenção sobre os Direitos da Criança – ONU 1989

� Defesa do princípio da prioridade imediata [absoluta]

� Defesa de três áreas de direitos:� a) sobrevivência; � b) desenvolvimento; � c) proteção.

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Por que o Brasil aprovou o ECA?

� Brasil em 1980...� Crise do milagre econômico� Desgaste do regime militar� Luta pela Anistia� Pressão dos movimentos sociais para a volta da democracia

� Diretas Já!� Pactos para Nova República

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Por que o Brasil aprovou o ECA?

� Pressão popular & pressão externa...

- Pastoral do Menor

- MNMMR (Movimento Nacional de Meninos e Meninas de Rua)

- UNICEF denuncia extermínio de crianças

- Brasil ratifica Convenção da ONU pelos Direitos da Criança

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CONSTITUIÇÃO FEDERAL - 1988

� Art. 227: “É dever da família, da sociedade e do Estado assegurar à criança e ao adolescente, com absoluta prioridade, o direito à vida, à saúde, à alimentação, àeducação, ao lazer, à profissionalização, àcultura, à dignidade, ao respeito, à liberdade e à convivência familiar e comunitária, além de colocá-los a salvo de toda forma de negligência, discriminação, exploração, violência, crueldade e opressão”.

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Que mudanças vieram com o ECA?

� Mudanças de Método

� Mudanças de Conteúdo

� Mudanças de Gestão

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Mudanças do Método

� Doutrina da Proteção Integral X Doutrina da Situação Irregular

� Doutrina da Proteção Integral impõe garantias jurídicas que asseguram direitos para sujeitos em condição peculiar de desenvolvimento, com a substituição da Doutrina da Situação Irregular que tinha o caráter punitivo do Código de Menores (1979)

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Mudanças de Conteúdo

� Reorganização das políticas públicas em:

a) políticas sociais básicas;

b) políticas complementares;

c) programas de proteção especial para crianças e adolescentes em situação de risco.

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Mudança de Gestão

A gestão das políticas será realizada pelos

Conselhos dos Direitos da Criança e do

Adolescente, nas três esferas de governo:

� CMDCAs;

� CONDECAs,

� CONANDA;

Cria-se o órgão autônomo: Conselho Tutelar

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O Conselho Tutelar

� O Conselho Tutelar é o órgão público que atua na esfera municipal para zelar pelo cumprimento dos direitos da criança e do adolescente (ECA - artigo 131).

� Conforme o artigo 136 do ECA, as atribuições do Conselho Tutelar são:

� atender crianças e adolescentes nas hipóteses previstas nos artigos 98 e 105, aplicando as medidas previstas nos artigos 101, I a VII;

� atender e aconselhar os pais ou responsável, aplicando as medidas previstas no artigo 129, I a VII;

� promover a execução de suas decisões;

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Quais as conquistas e as dificuldades nesses 22 anos do ECA?

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Avanços e dificuldades: mudança de mentalidade e práticas sociais

� Doutrina da Proteção Integral X Doutrina da Punição;

� Persistência de Estigmas: “do menor”

(carente, abandonado, infrator, delinquente) “do deficiente como incapaz´” X Universalização do direito de ser criança e adolescente;

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Avanços e dificuldades –reordenamento institucional� participação popular nas

instâncias colegiadas (Conselhos);

� processo lento de “desmontagem” das FEBEM’s;

� Processo lento de “incorporação” do ECA nos currículos e práticas escolares

� criação CEDECA’s –Centros de Defesa (assistência jurídico-social);

� implantação de serviços de assistência psico-social e jurídica;

� Polícias Militares & novos procedimentos para a incorporação do ECA na ação policial;

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Avanços e Dificuldades

� Vanguarda da legislação do ECA X campanha midiática pelo rebaixamento da idade penal

� Medidas de Proteção e Socioeducativas X senso comum que o ECA só garante direitos e não deveres

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Medidas de Proteção

� Artigo 98: “As medidas de proteção àcriança e ao adolescente são aplicáveis sempre que os direitos reconhecidos nesta Lei forem ameaçados ou violados:

� I – por ação ou omissão da sociedade ou do Estado;

� II – por falta, omissão ou abuso dos pais ou responsável;

� III – em razão de sua conduta”.

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Medidas Específicas de Proteção

� Artigo 101: Verificada qualquer das hipóteses previstas no artigo 98, a autoridade competente poderádeterminar, dentre outras, as seguintes medidas:

� I – encaminhamento aos pais ou responsável, mediante termo de responsabilidade;

� II – orientação, apoio e acompanhamento temporários;

� III – matrícula e freqüência obrigatória em estabelecimento oficial de ensino fundamental;

� IV – inclusão em programas comunitário ou oficial, de auxílio à família, à criança e ao adolescente;

� V – requisição de tratamento médico, psicológico ou psiquiátrico, em regime hospitalar ou ambulatorial;

� VI – inclusão em programa oficial ou comunitário de auxílio, orientação e tratamento a alcoólatras e toxicômanos;

� VII – abrigo em entidade;� VIII – colocação em família

substituta”.

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Medidas Socioeducativas

� Artigo 112: Verificada a prática de ato infracional, a autoridade competente poderá aplicar ao adolescente as seguintes medidas:

� I – advertência;� II – obrigação de reparar o dano;� III – prestação de serviços à comunidade;� IV - liberdade assistida;� V – inserção em regime de semi-liberdade;� VI – internação em estabelecimento educacional;� VII – qualquer uma das previstas no artigo 101, I –VI.

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Medidas pertinentes aos pais ou responsável- Artigo 129: são medidas

aplicáveis aos pais ou responsável:

� I – encaminhamento a programa oficial ou comunitário de promoção àfamília;

� II – inclusão em programa oficial ou comunitário de auxílio, orientação e tratamento a alcoólatras e toxicômanos;

� III – encaminhamento a tratamento psicológico ou psiquiátrico;

� IV – encaminhamento a cursos ou programas de orientação;

� V – obrigação de matricular o filho ou pupilo e acompanhar sua freqüência e aproveitamento escolar;

� VI – obrigação de encaminhar a criança ou adolescente a tratamento especializado;

� VII – advertência;� VIII – perda da guarda;� IX – destituição da tutela;� X – suspensão ou destituição

do pátrio poder”.

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ECA & EDUCAÇÃO� Art. 53. A criança e o adolescente têm direito à educação,

visando ao pleno desenvolvimento de sua pessoa, preparo para o exercício da cidadania e qualificação para o trabalho, assegurando-se-lhes:

I - igualdade de condições para o acesso e permanência na escola;

II - direito de ser respeitado por seus educadores;III - direito de contestar critérios avaliativos, podendo recorrer às

instâncias escolares superiores;IV - direito de organização e participação em entidades

estudantis;V - acesso à escola pública e gratuita próxima de sua residência.Parágrafo único. É direito dos pais ou responsáveis ter ciência do

processo pedagógico, bem como participar da definição das propostas educacionais.

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Art. 54. É dever do Estado assegurar àcriança e ao adolescente:

� I - ensino fundamental, obrigatório e gratuito, inclusive para os que a ele não tiveram acesso na idade própria;

� II - progressiva extensão da obrigatoriedade e gratuidade ao ensino médio;

� III - atendimento educacional especializado aos portadores de deficiência, preferencialmente na rede regular de ensino;

� IV - atendimento em creche e pré-escola às crianças de zero a seis anos de idade;

� V - acesso aos níveis mais elevados do ensino, da pesquisa e da criação artística, segundo a capacidade de cada um;

� VI - oferta de ensino noturno regular, adequado às condições do adolescente trabalhador;

� VII - atendimento no ensino fundamental, através de programas suplementares de material didático-escolar, transporte, alimentação e assistência à saúde.

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Art. 54. É dever do Estado assegurar àcriança e ao adolescente:� § 1º O acesso ao ensino obrigatório e gratuito édireito público subjetivo.

� § 2º O não oferecimento do ensino obrigatório pelo poder público ou sua oferta

� irregular importa responsabilidade da autoridade competente.

� § 3º Compete ao poder público recensear os educandos no ensino fundamental,

� fazer-lhes a chamada e zelar, junto aos pais ou responsável, pela freqüência à escola.

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� Art. 55. Os pais ou responsável têm a obrigação de matricular seus filhos ou pupilos na rede regular de ensino.

� Art. 56. Os dirigentes de estabelecimentos de ensino fundamental comunicarão ao Conselho Tutelar os casos de:

I - maus-tratos envolvendo seus alunos;II - reiteração de faltas injustificadas e de evasão escolar, esgotados os recursos escolares;

III - elevados níveis de repetência.

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� Art. 57. O poder público estimulará pesquisas, experiências e novas propostas relativas a calendário, seriação, currículo, metodologia, didática e avaliação, com vistas à inserção de crianças e adolescentes excluídos do ensino fundamental obrigatório.

� Art. 58. No processo educacional respeitar-se-ão os valores culturais, artísticos e históricos próprios do contexto social da criança e do adolescente, garantindo-se a estes a liberdade da criação e o acesso às fontes de cultura.

� Art. 59. Os municípios, com apoio dos estados e da União, estimularão e facilitarão a destinação de recursos e espaços para programações culturais, esportivas e de lazer voltadas para a infância e a juventude.

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Como vivenciar o ECA nas práticasescolares?1] Apropriação do ECA pelos educadores/as, alunos/as, familiares,

comunidade escolar, para a construção de um Projeto Político Pedagógico baseado nos valores democráticos e humanistas;

2] Aproximação de nossas escolas com os conselheiros/as tutelares da região;

3] Participação da Comunidade Escolar nos Fóruns Regionais de Defesa dos Direitos da Criança e do Adolescente, bem como no Fórum Municipal - FMDCA;

4] Conhecer o Conselho Municipal dos Direitos da Criança e do Adolescente;

5] Criação imediata de Grêmios Estudantis em todas as escolas para o fortalecimento do protagonismo infanto-juvenil;

6] Participação em atividades sobre a política de atendimento ao segmento infanto-juvenil, como as Conferências DCAs;

7] Entender a indisciplina como parte do processo de formação das crianças e dos adolescentes;

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ECA & INCLUSÃO

� Art. 11. É assegurado atendimento integral à saúde da criança e do adolescente, por intermédio do Sistema Único de Saúde, garantido o acesso universal e igualitário às ações e serviços para promoção, proteção e recuperação da saúde. (Redação dada pela Lei nº 11.185, de 2005)

� § 1º A criança e o adolescente portadores de deficiência receberão atendimento especializado.

� § 2º Incumbe ao poder público fornecer gratuitamente àqueles que necessitarem os medicamentos, próteses e outros recursos relativos ao tratamento, habilitação ou reabilitação.

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ECA & INCLUSÃO

� Art. 66. Ao adolescente portador de deficiência é assegurado trabalho protegido.

� Art. 112. Verificada a prática de ato infracional, a autoridade competente poderáaplicar ao adolescente as seguintes medidas:

§ 3º Os adolescentes portadores de doença ou deficiência mental receberão tratamento individual e especializado, em local adequado às suas condições.

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Da Proteção Judicial dos Interesses Individuais, Difusos e Coletivos

� Art. 208. Regem-se pelas disposições desta Lei as ações de responsabilidade por ofensa aos direitos assegurados à criança e ao adolescente, referentes ao não oferecimento ou oferta irregular:

II - de atendimento educacional especializado aos portadores de deficiência;

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Das Infrações Administrativas

� Art. 245. Deixar o médico, professor ou responsável por estabelecimento de atenção à saúde e de ensino fundamental, pré-escola ou creche, de comunicar à autoridade competente os casos de que tenha conhecimento, envolvendo suspeita ou confirmação de maus-tratos contra criança ou adolescente:

� Pena - multa de três a vinte salários de referência, aplicando-se o dobro em caso de reincidência.

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Desafios para a popularização do ECA

� Defesa incondicional dos Direitos Humanos;

� Combate ao rebaixamento da idade penal;

� Combate à pedofilia;

� Combate ao trabalho infantil;

� Combate à desigualdade de classe, gênero, etnia;

� Combate ao assassinato de jovens pobres, negros e mestiços;

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Bibliografia� BENEVIDES, M.V. Cidadania Ativa. São Paulo, Ática, 1991.� DEL PRIORE, M.(Org.). História das Crianças no Brasil. São Paulo: Contexto, 2000.� ECA - Estatuto da Criança e do Adolescente. Lei 8069/90� FOUCAULT, M. Vigiar e Punir. – 33ª ed – Rio de Janeiro: Vozes, 2007.� FOUCAULT, M. Os anormais. São Paulo: Martins Fontes, 2001.� GOFFMAN, E. Estigma: Notas sobre a manipulação da identidade deteriorada. 4ª.

Ed.- Rio de Janeiro: LTC, 1988.� HOLANDA, S.B. Raízes do Brasil. – 26ª. Ed. – São Paulo: Cia das Letras, 2001.� LIBERATTI, W.D. & CYRINO, P.C.P. Conselhos e Fundos no Estatuto da Criança e

do Adolescente. São Paulo: 1997.� LONGO, I.S. Conselhos Tutelares e escolas públicas de São Paulo: o diálogo

preciso. São Paulo: Doutorado, FEUSP, 2008.� MENDES, E.G. & COSTA, A.C.G. Das necessidades aos direitos. São Paulo:

Malheiros, 1994.� RODRIGUES, G.A. Os filhos do mundo: a face oculta da menoridade (1964-1979).

Dissertação/ FFLCH/USP, 2000.� SCHWARCZ, L. O espetáculo das raças. São Paulo: Cia das Letras, 2000.� SCHILLING, F. [Org.] Direitos Humanos e Educação – outras palavras, outras

práticas. São Paulo: Cortez, 2005.� VIOLANTE, M.L.V. O Dilema do Decente Malandro. São Paulo: Cortez, 1989.

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Iconografia

� Hieronymus Bosch (1450 — 1516) – A Nau dos Loucos;

� Influências de Cesare Lombroso no Brasil humordarwinista.com

� Jean-Baptiste Debret (1768 – 1848) –Funcionário passeia; O jantar no Brasil;

� Arnaldo Angeli Filho (1956) – Charge – Nos Porões da FEBEM (2006);

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Para tod@s

“Mesmo assim, não nos desarmemos, mesmo em tempos insatisfatórios. A injustiça social ainda precisa ser denunciada e combatida. O

mundo não vai melhorar sozinho”

Eric Hobsbawm– Tempos Interessantes

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[email protected]

Violência, abuso e exploração sexual

DISQUE-DENÚNCIA -0800-99-0500

(ligação gratuita)

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II – VOTO DOS RELATORES

A organização da educação especial adquire, portanto, seus contornos legítimos. O que passou faz parte do processo de amadurecimento da sociedade brasileira. Agora é preciso por em prática, corajosamente, a compreensão que foi alcançada pela comunidade sobre a importância que deve ser dada a este segmento da sociedade brasileira.

Com a edição deste Parecer e das Diretrizes que o integram, este Colegiado está oferecendo ao Brasil e aos alunos que apresentam necessidades educacionais especiais um caminho e os meios legaisnecessários para a superação do grave problema educacional, social e humano que os envolve.

Igualdade de oportunidades e valorização da diversidade no processo educativo e nas relações sociais são direitos dessas crianças, jovens e adultos. Tornar a escola e a sociedade inclusivas é uma tarefa de todos.

Brasília, 03 de julho de 2001

Conselheiro Kuno Paulo Rhoden- Relator Conselheira Sylvia Figueiredo Gouvêa- Relatora

Parecer CNE/CEB 17/2001