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ESPECIAL Nº2 Reforma Sector Defesa e Segurança Voz di Paz A Guiné quer Paz, a solução está em MIM cu Janeiro 2010 Número 0 Edição1 ECO da Voz di Paz Boletim Informativo Junho 2010 Número 4 Ano 1 ECO da Voz di Paz Boletim Informativo Sumário: • Editorial………………………………………………………..p.2 • Actividades da Voz di Paz….………..…………....…p.2 • Lei Orgânica de base da Organização das Forças Armadas (FA)…………............................................p.5 • Estratégias da VdP para garantir o sucesso da Reforma do Sector de Defesa e Segurança…….p.16 Reforma do Sector de Defesa e Segurança DOCUMENTOS

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ESPECIAL Nº2 Reforma Sector Defesa e Segurança Voz di Paz

A Guiné quer Paz, a solução está em MIM

cu

Janeiro 2010 Número 0 Edição1

ECO da Voz di Paz Boletim Informativo

Junho 2010 Número 4 Ano 1

ECO da Voz di Paz     Boletim Informativo

Sumário: • Editorial………………………………………………………..p.2 

• Actividades da Voz di Paz….………..…………....…p.2 

• Lei Orgânica de base da Organização das Forças 

Armadas (FA)…………............................................p.5 

           • Estratégias da VdP para garantir o sucesso da   

          Reforma do Sector de Defesa e Segurança…….p.16 

 

Reforma do Sector de Defesa e Segurança

DOCUMENTOS

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A reforma das Forças de Defesa e Segurança é uma necessidade. É uma evidência reconhecida por todos e proclamada pelos mais altos responsáveis do país. Como reformar? Tal é a questão que suscita divergências, hesitações e incertezas. Tal é a interrogação cuja resposta condiciona a evolução do processo que já não pode ser protelado sem pôr em causa o futuro do país. Lições das experiências anteriores: É claro que as respostas dadas através das experiências anteriores de reforma das forças de defesa e segurança fracassaram. É de notoriedade pública que este fracasso deve-se a causas como: a insuficiente importância dada às desigualdades denunciadas por certas categorias, nomeadamente os antigos combatentes; a insuficiente participação dos militares e paramilitares no processo da reforma desde a concepção até à implementação; a insuficiência das compensações distribuídas aos beneficiários; e a insuficiente sustentabilidade das medidas de reinserção. É notório que as experiências anteriores foram mal vividas pelas forças de defesa e segurança, e determinam atitudes de desconfiança e hostilidade face às novas iniciativas de reforma. Fazer, hoje, uma reforma que tenha hipóteses de sucesso pressupõe uma resposta apropriada e um tratamento adequado à herança negativa das tentativas anteriores de reestruturação do sector de defesa e segurança. A reposta susceptível de mudar o rumo do sector deverá ter base em três princípios: uma participação alargada, uma justa compensação e uma liderança nacional voluntarista. Os outros aspectos da reforma poderão girar em torno desta trilogia cujo primeiro princípio é a seguir apresentado:

Fafali Koudawo

Director da «Voz di Paz»

EDITORIAL

«Como Reformar as Forças Armadas?»

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Actividades dos Espaços Regionais de Diálogo e Parcerias: Estiveram envolvidos nesta reflexão que desenrolou em Bruxelas, no quadro da presidência espanhola na EU, participantes oriundos de ONG e associações, organizações interna-cionais, assim como instituições de ensino e pesquisa. A presença de Joseph Mutaboba, Representante Especial do Secretário Geral das Nações Unidas na Guiné-Bissau e Fafali Koudawo, Director da Voz di Paz permitiu salientar as especificidades históricas e actuais do processo de construção da paz e da nação no país. No dia 1 de Junho, Dia Internacional Da Criança, o Espaço Regional de Diálogo de Bafatá realizou um evento transfronteiriço que teve como pano de fundo a sensibilização à problemática das crianças “talibés”, que atravessam a fronteira para receberem uma formação religiosa em escolas corânicas no Senegal, mas que acabam por ser vítimas de uma exploração imposta pela prática da mendigagem. No encontro participaram mestres corânicos (Imames e Ustasses), alunos e seus pais, uma associação transfronteiriça para a promoção de

ESPECIAL Nº2

Actividades Voz di Paz - Junho 2010

O mês Maio terminou com a participação da Voz di Paz numa reflexão organizada pela União Europeia sobre a construção da paz e a construção do Estado.

Participação

A participação é capital para o sucesso de qualquer processo de reforma. Trata-se de assegurar o envolvimento efectivo de todos os actores, principalmente dosmilitares, paramilitares e antigos combatentes, em todas as fases, desde aconcepção da reforma até à sua aplicação. As reformas anteriores pecaram pelofacto de não terem associado os principais destinatários à elaboração das medidasaplicadas. Elas apareceram, por esta razão, como um corpo estranho, decididopor forasteiros e impingido num meio mal informado, reticente ou mesmo hostil. Para evitar este erro, a reforma a ser implementada deverá dar um espaçoimportante à escuta das forças de defesa e segurança. É esta auscultação quepermitirá conhecer as intenções e necessidades deste grupo, dissipar as dúvidasque envolvem o processo da reestruturação e modernização, lançar uma dinâmicapedagógica que elucide e responsabilize esta componente, assegurar umaapropriação da reforma que passará a ser assumida nos seus aspectos positivos ouconstrangedores pelos implicados no processo participativo, criar um consenso em torno deste exercício que deixará de ser polémico e assumirá uma dimensãointegradora. Esta dimensão integradora, baseada na inclusividade da participação,abarcaria também os actores governamentais, a sociedade civil e a população emgeral. A Iniciativa Voz di Paz que já tem trabalhos feitos no domínio da escuta dosmilitares também fez propostas que poderão ser aproveitadas e valorizadas.

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informativo a fim de divulgar actividades e textos legislativos à semelhança do Eco da Voz di Paz. Nos dias 23 e 24, a equipa da Voz di Paz participou numa conferência internacional organizada pelo Governo e UNIOGBIS com vista à sensibilização sobre a Reforma nas Forças de Defesa e Segurança. A conferência destacou esta Reforma como conditio sine qua non para o desenvolvimento do país. Nos dias 29 e 30 a Voz di Paz participou num retiro estratégico no quadro da Conferência Nacional de Reconciliação com o objectivo de definir o formato da conferência e a metodologia a ser usada. O presidente da comissão prometeu que o diálogo preliminar promovido no quadro da conferência começará pelos militares antes de seguir para as regiões. Emissões radiofónicas: No dia 1 de Junho, a emissão Bantaba de Paz difundida semanalmente graças a uma parceira entre a Voz di Paz e a Rádio Sol Mansi debruçou-se sobre o tema Ordenamento do território e conflitos. No dia 8 de Junho, a emissão teve como tema: Os efeitos da má governação no domínio social, com destaque especial à problemática das crianças Talibés e conflito. Esta emissão contou com o depoimento de individualidades da religião muçulmana, residentes na zona fronteiriça de Cambadju, convidadas pelo Espaço Regional de Bafatá. No dia 15 de Junho, a emissão tratou do tema: Gestão de recursos e conflitos: exemplo dos conflitos entre agricultores e criadores de gado na região Oio e zona fronteiriça. No dia 22 de Junho, a emissão debruçou-se sobre a insegurança dos bens e das pessoas, com os depoimentos de habitantes da Secção de Binar, na região de Farim. No dia 29 de Junho, a emissão curou do tema os cidadãos face à insegurança e o direito à protecção do Estado.

Actividades Voz di Paz – Junho 2010 Continuação

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e uma masculina que congregaram os vencedores das competições feitas nas secções. A vila de Quinhamel foi o palco desta final marcada pela distribuição de vários prémios. De igual modo, no dia 12 de Junho, o Espaço Regional de Diálogo de Oio realizou em Binar, na zona fronteiriça com o Senegal, um sarau cultural que tinha por objectivo criar um ambiente propício à prevenção de conflitos entre os habitantes da zona da fronteira. Entre outras actividades de confraternização, dois painéis de agricultores e criadores de gado debateram o tema “conflito entre pastores e criadores de gado”. As discussões, acesas, mas marcadas por um espírito de cordialidade e procura de solução para os problemas, permitiu construir um consenso em torno de estratégias simples, baseadas em cedências de ambas as partes, para evitar a persistência de situações geradoras de conflitos. As discussões destes painéis e as soluções propostas foram os temas de emissões difundidas pela Rádio Sol Mansi para servir de exemplo aos agricultores e criadores de gado das outras regiões que têm sensivelmente os mesmos problemas. Um outro resultado deste encontro de Binar foi a criação de uma Comissão mista de resolução de conflitos que tem por função de compensar a fraca presença do Estado na localidade. No dia 18 de Junho a Voz di Paz recebeu do Ministério da Família Coesão Social e Luta Contra Pobreza, uma proposta de parceria para orientar a concepção de um boletim

paz, a APALCOF (Associação com sede em Contuboel), a Associação de Horticultoras de Salquenhe (Senegal), representantes da Administração do Sector de Contubuel, e a população de Cambadju. A Voz di Paz participou, a convite do Gabinete Integrado das Nações para a Consolidação da Paz na Guiné – Bissau “UNIOGBIS”, na elaboração e apresentação de uma declaração pela paz feita pelas mulheres guineenses sobre a resolução de conflitos no dia Global Aberto das parcerias para a paz. A Voz di Paz procedeu, em parceria com a Rádio Sol Mansi, a uma formação de jornalistas das rádios comunitárias activas no país. A sessão de 2010 segue-se à de 2009, que impregnou jornalistas de 20 rádios comunitárias de valores e métodos para promover a paz pelas ondas comunitárias. As duas sessões de formação ministradas em 2010 tiveram lugar de 7 a 11 de Junho e de 28 de Junho a 3 de Julho, em Mansoa. Os módulos de formação foram concebidos por António Pacheco, conceituado jornalista da Rádio Renascença e Rádio das Nações Unidas, assistido por Mussa Sane, director da antena de Mansoa da Rádio Sol Mansi. No dia 7 de Junho, a Voz di Paz participou no lançamento oficial da iniciativa de promoção do diálogo, denominada projecto “Mon Ku Mon” resultante da cooperação entre “Djemberem de Cumpu Combersa” e a Organização Alemã Weltfriendensdienst (WFD). Djemberem de Combersa é uma iniciativa de oficiais militares que querem trabalhar para a promoção do diálogo como uma via de construção da paz. No dia 12 de Junho, o Espaço Regional de Diálogo de Biombo realizou a final das corridas pela paz feitas em todos os sectores. A competição teve uma prova feminina

Crianças talibés em Cambadju (Leitura do Alcorão)

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FOTOGALERIA Auscultação dos militares pela VdP Nov. 2009 e Jan.2010

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República, o seguinte:

ALTERAR A LEI ORGÂNICA DE BASES DA ORGANIZAÇÃO DAS FORÇAS ARMADAS

CAPÍTULO I

Princípios gerais

Artigo 1.º Âmbito

As Forças Armadas da Guiné-Bissau são um vector essencial da defesa nacional e constituem a estrutura do Estado que tem como missão fundamental garantir a defesa militar da Nação. As Forças Armadas obedecem aos órgãos de soberania competentes, nos termos da Constituição e da lei, e integram-se na administração directa do Estado, através do Ministério da Defesa Nacional. Os órgãos do Estado directamente responsáveis pela defesa nacional e pelas Forças Armadas são os seguintes: Presidente da República; Assembleia Nacional Popular; c) Governo; d) Conselho Superior de Defesa Nacional; e) Conselho Superior Militar. O Ministro da Defesa Nacional é politicamente responsável pela elaboração e execução da componente militar da política de defesa nacional, pela administração das Forças Armadas e resultados do seu emprego. Além dos referidos nos números anteriores, os órgãos do Estado directamente responsáveis pelas Forças Armadas e pela componente militar da defesa nacional são os seguintes:

 

REPÚBLICA DA GUINÉ-BISSAU

Assembleia Nacional Popular

Lei N.º /2010

Preâmbulo

A reorganização da estruturasuperior da Defesa Nacional e dasForças Armadas, enunciada comoprioridade para a Reforma doSector de Defesa e Segurança daGuiné-Bissau e igualmenteprevista no programa do Governo,constitui um imperativo face ànecessidade de criar e melhoradaptar os quadros institucionais eos processos de decisão e degestão de recursos à actualsituação de reestruturação dasForças Armadas em sintonia comas políticas de defesa e desegurança e as novas missões dasForças Armadas. Torna-se, por isso, indispensávelconcretizar a reforma do modelode organização da Defesa Nacionale das Forças Armadas, de modo areorganizar, implementar eoptimizar as condições deformação, de funcionamento, detreino, vivência nas Unidades,para assim permitir ocumprimento das missões dasForças Armadas, numa perspectivada utilização conjunta de forças,permitindo de uma formaequilibrada e racional, a suapreparação e empregoprivilegiando por fim a suainteroperabilidade. Concorre ainda para a necessidadeda reorganização a implementaçãode medidas que permitam acriação de infra-estruturas e aatribuição de equipamentos emeios, numa óptica de utilizaçãoe emprego conjunto e racionalperspectivando a optimização dagestão de recursos, suportada por

uma orientação clara de obediênciaaos actuais princípios dasorganizações castrenses, criandoassim condições para o progresso,desenvolvimento e segurança daRepública da Guiné-Bissau. A Lei Orgânica de Bases daOrganização das Forças Armadas,abreviadamente designada porLOBOFA, aprovada pela Lei n.º5/99, de 7 de Setembro, é uminstrumento que carece deactualização no actual quadro dereforma do Sector de Defesa eSegurança. Neste sentido, a presente propostade lei passa a incluir os princípios eos conceitos militares, bem como oquadro de decisão nas ForçasArmadas, incluindo as estruturas decomando em estado de guerra epara o cumprimento do conjuntodas missões que cabem às ForçasArmadas, bem como outrasquestões relevantes para a suaorganização, funcionamento edisciplina. As soluções consagradas napresente proposta de lei visam poisassegurar melhores condições paraa gestão e emprego de forçasmilitares, através de uma novaorganização superior das ForçasArmadas, incluindo o Comando dePessoal Conjunto (CPC), o ComandoLogístico Conjunto (CLC), o Estado-Maior Conjunto (EMC), o ComandoOperacional Conjunto (COC), oCentro de Informações e SegurançaMilitar (CISM), o Centro de Finançasdas Forças Armadas (CFFA), oCentro de Formação e Instrução aUnidade de Apoio Geral (UAG) e oComando Administrativo LogísticoConjunto Militar (CFIM), (CALC)este, quando efectivo. Assim: A Assembleia Nacional Populardecreta, nos termos da alínea c) doArtº 85ª da Constituição da

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Lei Orgânica de base da Organização das Forças Armadas

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enunciadas nos números anteriores são aprovadas pelo Conselho Superior de Defesa Nacional, sob proposta do Ministro encarregue da Defesa Nacional, elaborada com base em projecto do Conselho de Chefes de Estado-Maior.

Artigo 5.º Sistema de forças e dispositivo de

forças O sistema de forças define os tipos e quantitativos de forças e meios que devem existir para o cumprimento das missões das Forças Armadas, tendo em conta as suas capacidades específicas e a adequada complementaridade operacional dos meios. O sistema de forças é constituído por: Uma componente operacional, englobando o conjunto de forças e meios relacionados entre si numa perspectiva de emprego operacional conjunto e integrado; Uma componente fixa, englobando o conjunto de órgãos e serviços essenciais à organização e apoio geral das Forças Armadas e seus ramos. O sistema de forças deve, nos prazos admitidos nos planos gerais de defesa ou nos planos de contingência, dispor de capacidade para atingir os níveis de forças ou meios neles considerados. O sistema de forças é aprovado pelo Conselho Superior de Defesa Nacional, sob proposta do Ministro da Defesa Nacional, elaborada com base em projecto do Conselho de Chefes de Estado-Maior. O dispositivo de forças é aprovado pelo Ministro da Defesa Nacional, com base em proposta do Conselho de Chefes de Estado-Maior.

 

Conselho de Chefes de Estado-Maior; Chefe do Estado-Maior Generaldas Forças Armadas; Chefes de Estado-Maior doExército, da Marinha e da ForçaAérea.

Artigo 2.º Funcionamento das Forças

Armadas

A defesa militar da Nação,garantida pelo Estado, éassegurada em exclusivo pelasForças Armadas. O funcionamento das ForçasArmadas é orientado para a suapermanente preparação, tendoem vista a sua actuação parafazer face a qualquer tipo deagressão ou ameaça externa. A actuação das Forças Armadasdesenvolve-se no respeito pelaConstituição e pela lei, emexecução da política de defesanacional definida e do conceitoestratégico de defesa nacionalaprovado, e de forma acorresponder às normas eorientações estabelecidas nosseguintes documentosestruturantes: Conceito estratégico militar; Missões das Forças Armadas; Sistema de forças; d) Dispositivo de forças.

Artigo 3.º Conceito estratégico militar

O conceito estratégico militar,decorrente do conceitoestratégico de defesa nacionalaprovado, define as grandeslinhas conceptuais de actuaçãodas Forças Armadas e asorientações gerais para a suapreparação, emprego esustentação. O conceito estratégico militar éelaborado pelo Conselho de

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Chefes de Estado-Maior, aprovado pelo Ministro da Defesa Nacional e confirmado pelo Conselho Superiorde Defesa Nacional.

Artigo 4.º Missões das Forças Armadas

Nos termos da Constituição e dalei, incumbe às Forças Armadas: Desempenhar as missões militaresnecessárias para garantir asoberania, a independêncianacional e a integridade territorialdo Estado; Desempenhar as missões militaresnecessárias à protecção dosrecursos naturais e do ambiente noterritório nacional; Executar missões destinadas agarantir a liberdade e a segurançadas pessoas e bens contra asameaças externas, sejam elasmanifestas ou potenciais; Participar nas missões militaresinternacionais necessárias paraassegurar os compromissosinternacionais do Estado no âmbito militar, incluindo missõeshumanitárias e de paz assumidaspelas organizações internacionaisde que a Guiné-Bissau faça parte; Cooperar com as forças e serviçosde segurança tendo em vista ocumprimento conjugado dasrespectivas missões no combate a agressões ou ameaçastransnacionais; Colaborar em missões de protecçãocivil e em tarefas relacionadas coma satisfação das necessidadesbásicas e a melhoria da qualidadede vida das populações. As Forças Armadas podem serempregues, nos termos da Constituição e da lei, quando severifique o estado de sítio ou deemergência. As missões específicas das ForçasArmadas decorrentes das missões

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Os três ramos das Forças Armadas: Exército, Marinha e Força Aérea; Os órgãos militares de comando das Forças Armadas. Os órgãos militares de comando das Forças Armadas são o Chefe do Estado-Maior General das Forças Armadas e os Chefes de Estado-Maior dos ramos.

CAPÍTULO II Organização das Forças Armadas

SECÇÃO I

Órgãos de conselho

Artigo 9.º Disposições genéricas relativas aos

Órgãos de Conselho Órgãos de Conselho, destinam-se a apoiar as decisões do CEMGFA em assuntos especiais e importantes na preparação, disciplina e administração das Forças Armadas. São Órgãos de Conselho do CEMGFA: O Conselho de Chefes de Estado Maior; O Conselho Superior de Justiça e Disciplina; A Junta Médica Militar;

Artigo 10.º Conselho de Chefes de Estado-

Maior O Conselho de Chefes de Estado-Maior é o principal órgão militar de carácter coordenador e tem as competências administrativas estabelecidas na lei. São membros do Conselho de Chefes de Estado-Maior, o Chefe do Estado-Maior General das Forças Armadas, que preside e dispõe de voto de qualidade, o Inspector Geral das Forças Armadas e os Chefes do Estado-Maior dos ramos, sem prejuízo de outras entidades

A autoridade hierárquicacorresponde ao comando completoe verifica-se sem prejuízo deoutras dependências que sejamestabelecidas. A autoridade funcional é aautoridade conferida a um órgãopara controlar processos, noâmbito das respectivas áreas ouactividades específicas, e nãoinclui a competência disciplinar. A autoridade técnica é aautoridade conferida a um órgãopara fixar e difundir normas denatureza especializada, e nãoinclui a competência disciplinar.

Artigo 7.º Administração financeira

A administração financeira dasForças Armadas rege-se peloregime geral da contabilidade eadministração do Estado. As Forças Armadas, através dosseus órgãos, dispõem das receitasprovenientes de dotações que lhesejam atribuídas no OrçamentoGeral do Estado. As Forças Armadas possuemreceitas próprias a definir pordiploma específico, e cuja gestãodeve obedecer aos princípios eregras da contabilidade pública. Constituem despesas das ForçasArmadas as que resultem deencargos suportados pelos seusórgãos, decorrentes daprossecução das atribuições quelhe estão cometidas.

Artigo 8.º Estrutura das Forças Armadas

A estrutura das Forças Armadascompreende: Órgãos de Conselho; O Estado-Maior General das ForçasArmadas; A Inspecção Geral das ForçasArmadas;

Artigo 6.º Princípios gerais de organização

A organização das Forças Armadastem como objectivos essenciais oaprontamento eficiente e oemprego operacional eficaz dasforças no cumprimento dasmissões atribuídas. A organização das Forças Armadasrege-se por princípios de eficáciae racionalização, devendo,designadamente, garantir: A optimização da relação entre acomponente operacional dosistema de Forças e a suacomponente fixa; A articulação e complemen-taridade entre o Estado-MaiorGeneral das Forças Armadas e osramos, evitando duplicaçõesdesnecessárias e criando órgãosconjuntos, inter-ramos ou deapoio a mais de um ramo sempreque razões objectivas oaconselhem; A correcta utilização do potencialhumano, militar ou civil,promovendo o pleno e adequadoaproveitamento dos quadrospermanentes e assegurando umacorrecta proporção e articulaçãoentre as diversas formas deprestação de serviço efectivo. No respeito pela sua missãofundamental, a organização dasForças Armadas deve permitir quea transição para o estado deguerra se processe com o mínimode alterações possíveis. As Forças Armadas organizam-senuma estrutura vertical ehierarquizada e os respectivosórgãos relacionam-se através dosseguintes níveis de autoridade: Autoridade hierárquica; Autoridade funcional; Autoridade técnica.

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militares poderem ser convidadas aparticipar nas suas reuniões, semdireito a voto. Compete ao Conselho de Chefes deEstado-Maior deliberar sobre: A elaboração do conceitoestratégico militar; A elaboração dos projectos dedefinição das missões específicasdas Forças Armadas, do sistema deforças nacional e do dispositivo deforças; Os planos e relatórios deactividades de informações esegurança militares nas ForçasArmadas; A harmonização do anteprojecto daproposta de orçamento anual dasForças Armadas, a remeter aoConselho Superior Militar; Os anteprojectos das propostas delei de programação militar e de leide programação de infra-estruturasmilitares; Os critérios para o funcionamentoda formação e instrução militarconjunta ministradas no Centro deFormação e Instrução Militar nosentido de promover a doutrina e aformação militar conjunta dosmilitares das Forças Armadas; Os critérios para o funcionamentodo Hospital Militar Principal; O seu regimento. Compete ao Conselho de Chefes deEstado-Maior dar parecer sobre: As propostas de definição doconceito estratégico de defesanacional; O projecto de propostas de forçasnacionais; A doutrina militar conjunta econjunta/combinada; A promoção a oficial general e deoficiais generais;

Os actos da competência do Chefedo Estado-Maior General dasForças Armadas que careçam doseu parecer prévio; Quaisquer assuntos que sejamsubmetidos à sua apreciação peloMinistro da Defesa Nacional, bemcomo sobre outros que o Chefe doEstado-Maior General das ForçasArmadas entenda submeter-lhepor iniciativa própria, ou asolicitação dos Chefes do Estado-Maior dos ramos. A execução e a eventual difusãodas deliberações do Conselho deChefes de Estado-Maior competemao Chefe do Estado-Maior Generaldas Forças Armadas.

Artigo 11.º

Conselho Superior de Justiça e Disciplina

O Conselho Superior de Justiça eDisciplina (CSJD), é o órgãoconsultivo e de apoio ao CEMGFAem matéria disciplinar. A composição, o funcionamento eas atribuições do CSJD constam doRegulamento de Disciplina Militar.

Artigo 12.º Junta Médica Militar

À Junta Médica Militar (JMM),compete estudar e dar parecersobre atribuições de juntasmédicas dos militares e civis dasForças Armadas, bem comoatender as reclamações feitaspelos requerentes cujas juntas nãoforam autorizadas. O presidente da JMM é um oficialsuperior, em acumulação defunções.

A composição, competência e modo de funcionamento da JMM são definidos em lei especial.

SECÇÃO II

Estado-Maior General das Forças Armadas

Artigo 13.º Estado-Maior General das Forças

Armadas O Estado-Maior General das ForçasArmadas, abreviadamentedesignado por EMGFA, tem pormissão geral planear, dirigir econtrolar o emprego das ForçasArmadas no cumprimento dasmissões e tarefas que a estasincumbem. O EMGFA tem ainda como missãogarantir o funcionamento doCentro de Formação e InstruçãoMilitar e do Hospital MilitarPrincipal. O EMGFA constitui-se como oquartel-general das ForçasArmadas, compreendendo oconjunto das estruturas ecapacidades adequadas paraapoiar o Chefe do Estado-MaiorGeneral das Forças Armadas noexercício das suas competências.

Artigo 14.º Organização do Estado-Maior General das Forças Armadas

O EMGFA é chefiado pelo Chefe deEstado-Maior General das ForçasArmadas e compreende: O Estado-Maior Conjunto (EMC); Os Órgãos Centrais deAdministração e Direcção (OCAD); O Centro de Informações eSegurança Militar (CISM); O Centro de Finanças das ForçasArmadas (CFFA); Os Comandos-Chefes e Órgãosque, em estado de Guerraeventualmente se constituam nadependência do Chefe de Estado-Maior General das ForçasArmadas; A Unidade de Apoio Geral (UAG); Outros Órgãos.

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No âmbito do EMGFA inserem-se ainda como órgãos na dependênciadirecta do Chefe de Estado-Maior General das Forças Armadas eregulados por legislação própria: O Hospital Militar Principal (HMP); O Centro de Formação e InstruçãoMilitar (CFIM). O EMC constitui o órgão deplaneamento e de apoio à decisãodo Chefe do Estado-Maior Generaldas Forças Armadas, incluindo paraa prospectiva estratégica militar edoutrina militar conjunta, bem como para a componente militardas relações externas de Defesa. Os Órgãos de Conselho, destinam-se a apoiar as decisões do CEMGFAem assuntos especiais eimportantes na preparação,disciplina e administração dasForças Armadas. O Órgão de Inspecção, designadopor Inspecção Geral das ForçasArmadas (IGFA), destina-se a apoiar o CEMGFA no exercício da funçãode controlo e avaliação. Os Órgãos Centrais deAdministração e Direcção (OCAD)têm caracter funcional e visamassegurar a direcção e execução de áreas ou actividades específicasessenciais, de acordo com asorientações superiormentedefinidas. São OCAD, o Comando dePessoal Conjunto, o ComandoLogístico Conjunto, o ComandoOperacional Conjunto e o ComandoAdministrativo Logístico Conjunto,quando efectivo. O Centro de Finanças das ForçasArmadas (CFFA) assegura apreparação, promoção e aexecução orçamental, bem comotodas as actividades necessárias aofuncionamento da administraçãofinanceira das Forças Armadas. O Centro de Informações eSegurança Militares é responsávelpela produção de informações

necessárias ao cumprimento dasmissões das Forças Armadas e àgarantia da segurança militar. Em estado de guerra, podem serconstituídos, na dependência doChefe de Estado-Maior General dasForças Armadas, comandos-chefescom o objectivo de permitir acondução de operações militares,dispondo os respectivoscomandantes das competências,forças e meios que lhes foremoutorgados por carta de comando. A Unidade de Apoio Geral asseguraos apoios administrativo-logísticosnecessários ao funcionamento doEMGFA.

Artigo 15.º Chefe do Estado-Maior General

das Forças Armadas O Chefe do Estado-Maior Generaldas Forças Armadas é o principalconselheiro militar do Ministro daDefesa Nacional e o chefe de maiselevada autoridade na hierarquiadas Forças Armadas. O Chefe do Estado-Maior Generaldas Forças Armadas é o responsávelpelo planeamento e implementaçãoda estratégia militar operacional,respondendo em permanênciaperante o Governo, através doMinistro da Defesa Nacional, pelacapacidade de resposta militar dasForças Armadas, designadamentepela prontidão, emprego esustentação da ComponenteOperacional do Sistema de Forças. Em situação não decorrente doestado de guerra, o Chefe doEstado-Maior General das ForçasArmadas, como comandante dascomponentes que integram asForças Armadas, é o responsávelpelo emprego de todas as forças emeios do Sistema de Forças, paracumprimento das missões, nosplanos externo e interno, semprejuízo do disposto no artigo 24.º No exercício do comando, referido

no número anterior, o Chefe doEstado-Maior General das ForçasArmadas tem autoridadehierárquica sobre todos oscomandos e exerce o comandooperacional das forças conjuntas eforças nacionais que se constituamna sua dependência, tendo comosubordinados directos, para esteefeito, os comandantes daquelescomandos e forças.

Artigo 16.º Competências do Chefe do Estado-Maior General das Forças Armadas Compete ao Chefe do Estado-MaiorGeneral das Forças Armadas: Planear, dirigir e controlar aexecução da estratégia da defesamilitar, superiormente aprovada,assegurando a articulação entre osníveis político-estratégico eestratégico-operacional, emestreita ligação com os chefes deestado-maior dos ramos; Assegurar a direcção e supervisãodas operações militares aos níveisestratégico e operacional; Presidir ao Conselho de Chefes deEstado-Maior, dispondo de voto dequalidade; Desenvolver a prospectivaestratégica militar, nomeadamenteno âmbito dos processos de transformação; Certificar as forças conjuntas eavaliar o estado de prontidão, adisponibilidade, a eficácia e acapacidade de sustentação decombate de forças, bem comopromover a adopção de medidascorrectivas tidas por necessárias; No âmbito do planeamento deforças, avaliar a situação militar,emitir a directiva de planeamentode forças, avaliar a adequabilidademilitar das propostas de força,

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elaborar o projecto de propostas deforças nacionais, proceder àrespectiva análise de risco eelaborar o projecto de objectivosde força nacionais; No âmbito da programação militar: Elaborar, sob a directiva deplaneamento do Ministro da DefesaNacional, os anteprojectos depropostas de lei de programaçãomilitar e de lei de programação deinfra-estruturas militares,respeitantes às Forças Armadas; Após deliberação do Conselho deChefes de Estado-Maior, emitirparecer sobre o anteprojecto deproposta de lei de programaçãomilitar, a remeter a ConselhoSuperior Militar e após aprovada alei, acompanhar a correspondenteexecução, sem prejuízo dascompetências específicas de outrosórgãos e serviços do Ministério daDefesa Nacional; Gerir os sistemas de comando,controlo, comunicações einformação militares de âmbitooperacional, incluindo a respectivasegurança e definição de requisitosoperacionais e técnicos, emobservância da política integradoraestabelecida pelo Ministério daDefesa Nacional para toda a áreadas Comunicações, Sistemas deInformação e Tecnologias deInformação (CSI/TI) no universo daDefesa Nacional; Dirigir o Centro de Informações eSegurança Militares de naturezaestratégico-militar e operacional,em proveito do planeamento econduta das missões cometidas àsForças Armadas e das acçõesnecessárias à garantia da segurançamilitar, em articulação com osChefes de Estado-Maior dos ramos,designadamente nos aspectosrelativos à uniformização darespectiva doutrina eprocedimentos e à formação derecursos humanos. Coordenar, no âmbito das suas

competências e sob orientação doMinistro da Defesa Nacional, aparticipação das Forças Armadas noplano externo, designadamente nasrelações com organismos militaresde outros países ou internacionais eoutras actividades de naturezamilitar, nos planos bilateral emultilateral, incluindo acoordenação da participação dosramos das Forças Armadas emacções conjuntas de cooperaçãotécnico-militar em compromissosdecorrentes dos respectivosprogramas-quadro coordenadospela Direcção-Geral de Política deDefesa Nacional; Dirigir a acção dos representantesmilitares no âmbito da diplomaciarepresentativa no estrangeiro, semprejuízo da sua dependênciafuncional da Direcção-Geral dePolítica de Defesa Nacional; Planear e dirigir o treinooperacional conjunto e formularorientações para o treino a seguirnos exercícios combinados emcoordenação com os ramos; Dirigir a concepção e os processosde aprovação, ratificação eimplementação da doutrina militarconjunta e/ou combinada, emarticulação com os Chefes deEstado-Maior dos ramos; Dirigir a formação militarministrada no Centro de Formaçãoe Instrução Militar, em articulaçãocom os Chefes de Estado-Maior dosramos, no sentido de promover adoutrina e a formação militarconjunta dos militares das ForçasArmadas; Dirigir a assistência hospitalarprestada pelo Hospital MilitarPrincipal, em observância daspolíticas de saúde no âmbito militaraprovadas pelo Ministro da DefesaNacional; Dirigir os órgãos colocados na suadependência, designadamentepraticar os actos de gestãorelativamente ao pessoal militar e

civil que integra aqueles órgãos, sem prejuízo da competência dos Chefes de Estado-Maior dos ramos a que o pessoal militar pertence; Exercer as atribuições que lhe cabem no âmbito da justiça militar e administrar a disciplina nos órgãos de si dependentes; Submeter ao Ministro da Defesa Nacional os assuntos de carácter geral, específicos dos órgãos colocados na sua dependência; Propor o estabelecimento de restrições ao exercício do direito de propriedade, relativamente a zonas confinantes com organizações ou instalaçõesmilitares na sua dependência ou de interesse para a Defesa Nacional; Estudar e planear a preparação da passagem das Forças Armadas para o estado de guerra, nomeadamente quanto à mobilização e requisição militares e a forma de participação das componentes não militares da defesa nacional no apoio às operações militares, sem prejuízo e em articulação com os demais serviços competentes do Ministério da Defesa Nacional e propor em conformidade e quando as circunstâncias o determinarem; Dirigir as operações abrangidas pela alínea anterior em estado de guerra, nos casos e nos termos da legislação aplicável; Exercer, em estado de guerra ou de excepção, o comando operacional das forças de segurança quando, nos termos da lei, aquelas sejam colocadas na sua dependência. Compete ainda ao Chefe do Estado-Maior General das Forças Armadas, ouvido o Conselho de Chefes de Estado-Maior: Elaborar os planos de emprego de forças, de acordo com as directivas

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do Governo, e efectuar acoordenação internacionalnecessária aos empenhamentos noquadro multinacional; Elaborar e submeter à aprovaçãodo Ministro da Defesa Nacional osplanos de defesa militar e os planosde contingência; Propor ao Ministro da DefesaNacional o emprego das ForçasArmadas na satisfação decompromissos internacionais,designadamente as opções deresposta militar; Assegurar, com as entidadesresponsáveis pela SegurançaInterna, a articulação operacionalrelativa à cooperação entre asForças Armadas e as Forças e osServiços de Segurança para osefeitos previstos na alínea e) do n.º1 do artigo 4.º; Dar parecer sobre os projectos deorçamento anual das ForçasArmadas; Propor a constituição e extinção decomandos-chefes e forçasconjuntas; Propor ao Ministro da DefesaNacional a nomeação e aexoneração de titulares de cargosmilitares previstos na lei; Propor ao Governo, através doMinistro da Defesa Nacional, asnomeações e exonerações que sãoformuladas por sua iniciativa; Propor ao Ministro da DefesaNacional os níveis de prontidão ede sustentação das forças; Definir as condições do emprego deforças e meios afectos àcomponente operacional do sistemade forças no cumprimento dasmissões e tarefas referidas nasalíneas e) e f) do n.º 1 do artigo4.º; Aprovar e ratificar a doutrinamilitar conjunta e/ou combinada.

Em caso de ausência ouimpedimento, o CEMGFA ésubstituído no desempenho das suasfunções pelo CEM do Ramo demaior antiguidade no posto.

Artigo 17.º Nomeação do Chefe do Estado-

Maior General das Forças Armadas O Chefe do Estado-Maior Generaldas Forças Armadas é nomeado eexonerado pelo Presidente daRepública, sob proposta doGoverno, a qual deve ser precedidada audição do Conselho de Chefesde Estado-Maior. Em caso de exoneração ou vacaturado cargo, o CCEM submeterá aoGoverno, através do Ministro daDefesa Nacional, uma lista de trêsnomes que preencham as condiçõeslegais para a nomeação e cujoperfil e competências o Conselhoconsidere como adequados para odesempenho da respectiva função. Sempre que possível o Governodeve iniciar o processo denomeação do Chefe de Estado-Maior General das Forças Armadaspelo menos um mês antes davacatura do cargo, de forma apermitir a substituição dorespectivo titular. Se o Presidente da Repúblicadiscordar do nome proposto, oGoverno apresenta-lhe nova aproposta.

SECÇÃO III Inspecção Geral das Forças

Armadas

Artigo 18.º Natureza e missão

A IGFA é um órgão de inspecção efiscalização, directamentedependente do Chefe do Estado-Maior das Forças Armadas(CEMGFA), que tem por missãoapoiá-lo no exercício das funçõesde controlo e avaliação.

Artigo 19.º Competências

Compete à IGFA: Fiscalizar, no âmbito das Forças Armadas, o cumprimento das normas legais em vigor e das determinações do CEMGFA; Avaliar o grau de eficácia geral das unidades, estabelecimentos e demais órgãos das Forças Armadas, através da realização de inspecções ordinárias ou extraordinárias, que poderão ser gerais, operacionais, técnicas e de programas e sistemas; Recomendar as medidas consideradas adequadas para a resolução das deficiências detectadas durante a realização das inspecções. No exercício das suas competências a IGFA articula-se com a Inspecção-Geral de Defesa Nacional. A articulação referida no número anterior traduz-se na coordenação dos programas de inspecção.

Artigo 20.º Estrutura orgânica

A IGFA compreende: O Inspector-geral; O Gabinete do Inspector-Geral; Os Inspectores-adjuntos. O Inspector-geral é um brigadeiro-general e incumbe-lhe dirigir a IGFA. Os Inspectores-adjuntos doInspector-geral são oficiais que, pelas suas qualificações específicas, são necessários às inspecções a realizar, sendo nomeados por despacho do CEMGFA e com carácter temporário. Poderão ser criados, por despacho do CEMGFA e com natureza temporária, órgãos específicos que

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se mostrem necessários para aactividade inspectiva.

Artigo 21.º Gabinete do Inspector-Geral

O Gabinete do Inspector-Geral é oórgão de apoio directo e pessoal doInspector-geral e colabora naoptimização do emprego dos meiosatribuídos à IGFA. O Gabinete compreende: O chefe do Gabinete; Três Assessores A Secção de Expediente e Arquivo,à qual incumbe prestar o apoioadministrativo ao Gabinete.

SECÇÃO IV Ramos das Forças Armadas

Artigo 22.º

Ramos das Forças Armadas Os ramos das Forças Armadas —Exército, Marinha e Força Aérea —têm por missão principal participar,de forma integrada, na defesamilitar da Nação, nos termos dodisposto na Constituição e na lei,sendo fundamentalmentevocacionados para a geração epreparação das forças dacomponente operacional doSistema de Forças Nacional,assegurando também ocumprimento das missõesespecíficas aprovadas, de missõesreguladas por legislação própria ede outras missões de naturezaoperacional que lhes sejamatribuídas.

Artigo 23.º Organização dos Ramos das Forças

Armadas Para o cumprimento das respec-tivas missões, os ramos sãocomandados pelo respectivo Chefedo Estado-Maior e, compreendem: Os Estados-maiores; Os comandos de componente; Os órgãos de conselho; Os órgãos de inspecção;

Os órgãos de base; Os elementos das componentesoperacionais do sistema de forçasnacional. Os Estados-Maiores constituem osórgãos de planeamento e apoio àdecisão dos respectivos Chefes doEstado-Maior e podem apenasassumir funções de direcção,controlo, conselho e inspecçãoquando não existam órgãos comessas competências. Os comandos de componente —terrestre, naval e aérea —destinam-se a apoiar o exercício docomando por parte dos Chefes deEstados-Maiores dos ramos, tendoem vista: A preparação e o aprontamento dasforças e meios da respectivacomponente operacional do sistemade forças e ainda o cumprimentodas respectivas missões especificasaprovadas, de missões reguladaspor legislação própria e de outrasmissões de natureza operacionalque lhes sejam atribuídas,articulando-se funcionalmente eem permanência com o ComandoOperacional Conjunto; A administração e direcção dasunidades e órgãos da componentefixa colocados na sua directadependência. Os órgãos de conselho destinam-sea apoiar as decisões dos Chefes doEstados-Maiores dos ramos emassuntos importantes napreparação, disciplina eadministração do ramo. Os órgãos de inspecção destinam-sea apoiar o ex ercício da função decontrolo e avaliação pelos Chefesdos Estados-Maiores. Os Órgãos de Apoio asseguram osapoios administrativo-logísticosnecessários ao funcionamento dosramos em coordenação com osOCAD do EMGFA. Os elementos da componente

operacional do sistema de forçassão as forças e meios dos ramosdestinados ao cumprimento dasmissões de natureza operacional. Os ramos podem ainda dispor deoutros órgãos que integremsistemas regulados por legislaçãoprópria, nomeadamente o Sistemade Autoridade Marítima, o Sistemade Autoridade Aeronáutica, Busca eSalvamento e de outros que a nívelnacional venham a serconsiderados.

Artigo 24.º Chefes do Estado-Maior dos ramos Os Chefes de Estado-Maior doExército, da Marinha e da ForçaAérea comandam os respectivosramos e são os chefes militares demais elevada autoridade na suahierarquia, sendo os principaiscolaboradores do Chefe do Estado-Maior General das Forças Armadasem todos os assuntos específicos doseu ramo. No quadro das missões cometidas àsForças Armadas, em situação nãodecorrente do estado de guerra, osChefes do Estado-Maior dos ramosintegram a estrutura de comandooperacional das Forças Armadas,como comandantes subordinados doChefe do Estado-Maior General dasForças Armadas, visando apermanente articulação funcionaldo respectivo comando decomponente com o ComandoOperacional Conjunto. Os Chefes do Estado-Maior dosramos são ainda responsáveis pelocumprimento das respectivasmissões específicas aprovadas, demissões reguladas por legislaçãoprópria e de outras missões denatureza operacional que lhessejam atribuídas.  

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Artigo 25.º

Competências dos Chefes do Estado-Maior dos ramos

Compete aos Chefes do Estado-Maior de cada ramo, sem prejuízodo disposto no artigo 15.º: Dirigir, coordenar e administrar orespectivo ramo; Assegurar a preparação e oaprontamento das forças e meiosdo respectivo ramo; Certificar as forças do respectivoramo; Exercer o comando das forças emeios que integram o sistema deforças nacional pertencente ao seuramo, como comandantessubordinados do Chefe do Estado-Maior General das Forças Armadaspara a actividade operacional esem prejuízo das atribuiçõesespecíficas que lhes sejamcometidas nos termos da lei; As competências previstas na alíneaanterior não incluem as forçasconjuntas e os contingentes eforças nacionais que foremcolocados ou constituídos sobcomando operacional directo doChefe do Estado-Maior General dasForças Armadas, enquanto semantiverem nessa situação; Contribuir para a definição dadoutrina operacional específica doramo, de acordo com a doutrinamilitar conjunta estabelecida, adefinir pelo Estado-Maior Conjunto; Propor a nomeação e a exoneraçãonos termos da lei, dos oficiais parafunções de comando, direcção echefia no âmbito do respectivoramo, sem prejuízo do que sobre amatéria dispõe a Lei de DefesaNacional e das Forças Armadas; Planear e executar, de acordo comas orientações estabelecidas, asactividades de treino operacional. Compete ainda aos Chefes de

Estado-Maior dos ramos: Contribuir para a formulação eproposta da estratégia estrutural dorespectivo ramo, a suatransformação e a estratégiagenética associada aos sistemas dearmas necessários ao seureequipamento, em ciclo com asdirectivas ministeriais estabelecidas; Apresentar ao Chefe do Estado-MaiorGeneral das Forças Armadas asposições e as propostas dorespectivo ramo relativamente aosassuntos da competência daqueleórgão militar de comando; No âmbito do planeamento de forçase da programação militar deequipamento e infra-estruturas,efectuar as análises e elaborar aspropostas relativas ao respectivoramo; Decidir e assinar as promoções dosoficiais do respectivo ramo até aoposto de Capitão, inclusive; Propor ao Conselho de Chefes deEstado-Maior, nos termos da lei, apromoção a oficial Superior e deOficial Superior do seu ramo, ouvidoo Conselho Superior respectivo; Exercer as atribuições que lhecabem no âmbito da justiça militar eadministrar a disciplina norespectivo ramo; Propor o estabelecimento derestrições ao exercício do direito depropriedade, relativamente a zonasconfinantes com organizações ouinstalações do respectivo ramo oude interesse para a defesa nacional.

Artigo 26.º Nomeação dos Chefes do Estado-

Maior dos Ramos Os Chefes do Estado-Maior dosramos são nomeados e exoneradospelo Presidente da República, sobproposta do Governo. O CCEM, após audição do ConselhoSuperior do respectivo ramo,

submeterá ao Governo, através doMinistro da Defesa Nacional, umalista de três nomes que preenchamas condições legais para anomeação e cujo perfil ecompetências o Conselhoconsidere como adequados para odesempenho da respectiva função. Sempre que possível o Governodeve iniciar o processo denomeação dos Chefes de Estado-Maior dos ramos pelo menos ummês antes da vacatura do cargo,de forma a permitir nestemomento a substituição imediatado respectivo titular. Se o Presidente da Repúblicadiscordar do nome proposto, oGoverno apresenta-lhe a novaproposta

SECÇÃO V Disposições comuns

Artigo 27.º

Disposições comuns Dos actos do Chefe do Estado-Maior General das Forças Armadase dos Chefes do Estado-Maior dosramos não cabe recursohierárquico.

CAPÍTULO III As Forças Armadas em estado de

guerra

Artigo 28.º As Forças Armadas em estado de

guerra Em estado de guerra, as ForçasArmadas têm uma funçãopredominante na defesa nacionale o País empenha todos osrecursos necessários no apoio àsoperações militares e suaexecução. Declarada a guerra, o Chefe doEstado-Maior General das ForçasArmadas assume o comando

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completo das Forças Armadas, e éresponsável perante o Presidenteda República e o Governo pelapreparação e condução dasoperações. Em estado de guerra, o Chefe doEstado-Maior General das ForçasArmadas exerce, sob a autoridadedo Presidente da República e doGoverno, o comando completo dasForças Armadas, tendo comocomandantes adjuntos os Chefes do Estado-Maior dos ramos; Os Chefes do Estado-Maior dos ramos respondem pela execuçãodas directivas superiores egarantem a actuação dasrespectivas forças perante o Chefedo Estado-Maior General das ForçasArmadas, dependendo deste emtodos os aspectos. De modoidêntico procedem os Comandos-Chefes que venham a serconstituídos com o objectivo depermitir a condução de operaçõesmilitares, dispondo os respectivoscomandantes das competências,forças e meios que lhes foremoutorgados por carta de comando. O Conselho de Chefes de Estado-Maior assiste, em permanência, oChefe do Estado-Maior General dasForças Armadas na condução dasoperações militares e naelaboração das propostas denomeação dos comandantes dosteatros e zonas de operações. Compete ao Chefe do Estado-Maior General das Forças Armadas apresentar ao Ministro da Defesa Nacional, para decisão do ConselhoSuperior de Defesa Nacional, osprojectos de definição dos teatrose zonas de operações, bem como aspropostas de nomeação ouexoneração dos respectivoscomandantes e das suas cartas de comando.

CAPÍTULO IV Nomeações e promoções

 Artigo 29.º

Regras comuns quanto à nomeação do Chefe do Estado-

Maior General das Forças Armadas e Chefes de Estado-Maior dos

ramos O Chefe do Estado-Maior Generaldas Forças Armadas e os Chefes deEstado-Maior dos ramos sãonomeados, de entre os oficiaisgenerais e oficiais superiores, nasituação de activo, por um períodode cinco anos, sem prejuízo dafaculdade de exoneração a todo otempo e da exoneração por limitede idade. As nomeações referidas no pontoanterior são da competência doPresidente da República sobproposta do Governo, ouvido, nocaso do primeiro, o Conselho deChefes de Estado-Maior. Aos militares propostos para oscargos de Chefe do Estado-MaiorGeneral das Forças Armadas eChefes do Estado-Maior dos ramos,a que correspondam os postos deTenente-general ou Vice-almirantee Brigadeiro General ou Comodoro,é suspenso o limite de idade depassagem à reserva, desde a datada proposta do Governo,prolongando-se a suspensão,relativamente ao nomeado, até aotermo do respectivo mandato. As nomeações para os cargos deCEMGFA, Inspector da IGFA, Chefedo EMC, Comandante do COC,Comandante do CPC, Comandantedo CLC, Comandante do CFIM, doComandante do CAL, quandoefectivo, Chefe do CISM, Chefe doCFFA e do Comandante da Unidadede Apoio do EMGFA, devemobedecer ao princípio derotatividade entre os ramos dasForças Armadas.

Artigo 30.º Nomeações

As nomeações de oficiais paracargos de comando nas ForçasArmadas, bem como ascorrespondentes exonerações,efectuam-se por decisão do Chefedo Estado-Maior-General das ForçasArmadas, sem prejuízo do dispostonos números seguintes.

Compete ao Presidente daRepública, sob proposta doGoverno, formulada após ainiciativa do Chefe do Estado-MaiorGeneral das Forças Armadas eaprovada pelo Conselho Superior deDefesa Nacional, nomear eexonerar: O Inspector-geral das ForçasArmadas; O Presidente do Tribunal MilitarSuperior; Os comandantes-chefes; Os comandantes ou representantesmilitares junto de qualquer aliançade que a Guiné-Bissau sejamembro, bem como os oficiaisgenerais, comandantes de forçanaval, terrestre ou aérea,destinadas ao cumprimento demissões naquele quadro. Compete ao Governo nomear eexonerar, sob proposta do Conselhode Chefes de Estado-Maior, os Vice-Chefes de Estado-Maior dos ramos. Compete ao Chefe do Estado-MaiorGeneral das Forças Armadas,ouvido o Conselho de Chefes deEstado-Maior, nomear e exonerar ostitulares dos cargos seguintes: Comandantes dos comandos decomponente terrestre, naval, eaérea; Comandante do ComandoOperacional Conjunto; Comandante do Comando doPessoal Conjunto; Comandante do Comando daLogística Conjunto; Comandante do ComandoAdministrativo Logístico Conjunto,quando efectivo; Comandante do Centro deFormação e Instrução Militar; Comandante da Unidade de Apoiodo EMGFA; Chefe do Centro de Informações eSegurança Militar; Chefe do Centro de Finanças das

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Forças Armadas; Director do Hospital MilitarPrincipal; Aos militares propostos para ocargo de Presidente do TribunalMilitar Superior, bem como para oscargos militares em organizaçõesinternacionais de que a Guiné-Bissau faça parte, é desde a datada proposta do Governo, suspenso olimite de idade de passagem areserva,  prolongando-se a suspensão, relativamente aonomeado, até ao termo dorespectivo mandato.

Artigo 31.º Promoções

As promoções a oficial general,bem como as promoções de oficiaisgenerais, de qualquer ramo dasForças Armadas efectuam-se mediante deliberação nesse sentidodo Conselho Superior de DefesaNacional sob a proposta doGoverno, ouvido o Conselho deChefes de Estado-Maior. As promoções a Oficial Superior ede Oficial Superior efectuam-se por deliberação do Conselho de Chefesde Estado-Maior ouvidos osConselhos Superiores dos ramos erequerem confirmação peloConselho Superior de DefesaNacional. As promoções até ao posto deCapitão ou 1º Tenente, inclusive,efectuam-se exclusivamente noâmbito da Instituição Militar,ouvidos os Conselhos Superiores dosRamos, a confirmar pelo Conselhode Chefes de Estado Maior.

CAPÍTULO V Disposições transitórias

Artigo 32.º

Implementação da estrutura organizacional

A estrutura principal das ForçasArmadas é implementada de modofaseado e de acordo com acalendarização e conceito a definir

pelo Ministro da Defesa Nacionalsob proposta do Chefe do Estado-Maior General das Forças Armadas. O Comando Logístico Conjunto e oComando do Pessoal Conjunto,tenderão a fundir-se num únicoComando, designado por ComandoAdministrativo Logistico Conjuntoque será concretizado por despachodo Ministro da Defesa Nacional, sobproposta do Chefe de Estado-MaiorGeneral das Forças Armadas.

CAPÍTULO VI Disposições finais

Artigo 33.º

Articulação operacional entre as Forças Armadas

e as Forças e Serviços de Segurança

As Forças Armadas e as Forças e osServiços de Segurança cooperamtendo em vista o cumprimentoconjugado das suas missões para osefeitos previstos na alínea e) do n.º1 do artigo 4.º. Para assegurar a cooperaçãoprevista no número anterior, sãoestabelecidas as estruturas e osprocedimentos que garantam ainteroperabilidade deequipamentos e sistemas, bemcomo o uso em comum de meiosoperacionais. Compete ao Chefe do Estado-MaiorGeneral das Forças Armadas e àentidade responsável pelaSegurança Interna assegurar entresi a articulação operacional, paraos efeitos previstos nos númerosanteriores.

Artigo 34.º Símbolos e datas festivas

As Forças Armadas têm brasão dearmas, bandeira heráldica e hino eos seus ramos têm brasão de armase bandeira heráldica. As Forças Armadas e cada um dosseus ramos têm um dia festivo paraa consagração da respectiva    

memória histórica. Os símbolos e as datas previstas nosnúmeros anteriores são aprovadospor decreto-lei do Governo, porproposta do CEMGFA, através doMinistro encarregue da DefesaNacional

Artigo 35.º

Relação das unidades, estabelecimentos e demais órgãos A relação das unidades,estabelecimentos e demais órgãosque correspondem à organizaçãoprevista na presente lei orgânicaconsta de despacho do Ministroencarregue da Defesa Nacional, sobproposta do CEMGFA.

Artigo 36.º Desenvolvimento

As bases gerais da presente lei,nomeadamente no que respeita àorganização do Estado-Maior-General das Forças Armadas e dosramos, são desenvolvidas mediantedecretos regulamentares.

Artigo 37.º

Norma revogatória É revogada a Lei n.º 5/99, de 7 deSetembro.

Artigo 38.º Entrada em vigor

A presente lei entra em vigor no diaseguinte ao da sua publicação noBoletim Oficial. Aprovada em 07 de Maio de 2010

O Presidente da Assembleia Nacional Popular, Raimundo Pereira

O Presidente da República,

Malam Bacai Sanhá

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AUSCULTAÇÃO

•Gestão de Conflitos

IMPLEMENTAÇÃO

•Reabilitação e Reconstrução

MONITORIZAÇÃO

•Estabilização

CONSOLIDAÇÃO

•Consolidação

Redimensionar

Modernizar

Clarificar

Reforçar

Implementar

Associar

a participação do sector de Defesa e Segurança na consolidação da segurança sub‐regional;

estratégia nacional e internacional de mobilização de recursos para o investimento na Reforma do sector da defesa e segurança; 

a sociedade civil e a população em geral à implementação da Reforma do sector de defesa e segurança

a situação dos Combatentes da Liberdade da Pátria e restabelecer a sua dignidade

o sector de Defesa e Segurança em função da missão republicana atribuída pelo governo

as Forças de Defesa e Segurança em função das necessidades e reais capacidades económicas do país

FICHA TÉCNICA: Eco da Voz di Paz – Boletim Informativo Proprietário: Voz di Paz - Iniciativa para a Consolidação da Paz Coordenador: Fafali Koudawo Editora: Joacine Katar Moreira; Redactores: Fafali Koudawo; Joacine Katar Moreira; Manuela Lopes Concepção gráfica e fotocomposição: Joacine Katar Moreira Número: 4 Data: Junho 2010 Local: Guiné-Bissau Periodicidade: Mensal Tiragem: 1500 exemplares

Parceiro: Interpeace

Financiado pelo Governo da Finlândia

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Reforma das Forças de Defesa e Segurança para [email protected]

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ECO da Voz di Paz Boletim Informativo Estratégias da Voz di Paz para garantir o sucesso da Reforma das Forças Defesa e Segurança

DESMOBILIZAÇÃO

REINSERÇÃO

REINTEGRAÇÃO

AUSCULTAÇÃO

PARTICIPAÇÃO DE

TODOS OS ACTORES

REFORMA CONSENSUAL

SUCESSO DA REFORMA

Elaborado por

Joacine Katar Moreira e Fafali Koudawo

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