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Uberlândia, 03 de maio de 2018 Estatuto da Federação Brasileira de Modelos das Nações Unidas TÍTULO I ORGANIZAÇÃO INSTITUCIONAL Capítulo I da Definição e Objetivos Art. 1º. A Federação Brasileira de Modelos das Nações Unidas (MUNs, sigla em inglês), abreviada FEBRAMUN, é uma iniciativa independente que reúne diversos modelos brasileiros de simulação de organismos internacionais com fins educacionais e sem fins lucrativos, políticos ou religiosos, de duração ilimitada, com personalidade jurídica distinta da dos seus associados. Art. 2º. A Federação tem o objetivo de promover a integração e engajamento entre os MUNs, assim como oferecer um espaço de diálogo para que os(as) organizadores(as) possam ter maior acesso a informações dentro do escopo da comunidade de modelos nacional. Art. 3º. São finalidades da Federação: I – Apoiar e estimular a realização de Modelos de Simulação em todo o território nacional, cooperando e oferecendo apoio necessário para a manutenção de sua estabilidade e crescimento; II – Primar pela efetivação e aplicação da Declaração de Brasília de 2017 entre seus membros; III – Estimular a harmonia e integração entre Modelos de Simulação; IV – Promover o diálogo e a troca de conhecimento entre seus integrantes; V – Promover o estudo e a pesquisa científica sobre relações internacionais, difundindo os seus princípios e propósitos;

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Uberlândia, 03 de maio de 2018

Estatuto da Federação Brasileira de Modelos das Nações Unidas

TÍTULO I

ORGANIZAÇÃO INSTITUCIONAL

Capítulo I

da Definição e Objetivos

Art. 1º. A Federação Brasileira de Modelos das Nações Unidas (MUNs, sigla em inglês),

abreviada FEBRAMUN, é uma iniciativa independente que reúne diversos modelos

brasileiros de simulação de organismos internacionais com fins educacionais e sem fins

lucrativos, políticos ou religiosos, de duração ilimitada, com personalidade jurídica distinta

da dos seus associados.

Art. 2º. A Federação tem o objetivo de promover a integração e engajamento entre os MUNs,

assim como oferecer um espaço de diálogo para que os(as) organizadores(as) possam ter

maior acesso a informações dentro do escopo da comunidade de modelos nacional.

Art. 3º. São finalidades da Federação:

I – Apoiar e estimular a realização de Modelos de Simulação em todo o território nacional,

cooperando e oferecendo apoio necessário para a manutenção de sua estabilidade e

crescimento;

II – Primar pela efetivação e aplicação da Declaração de Brasília de 2017 entre seus

membros;

III – Estimular a harmonia e integração entre Modelos de Simulação;

IV – Promover o diálogo e a troca de conhecimento entre seus integrantes;

V – Promover o estudo e a pesquisa científica sobre relações internacionais, difundindo os

seus princípios e propósitos;

VI – Primar pelo respeito e promoção de Direitos Humanos;

VII – Incentivar a utilização de simulações de negociação como ferramenta pedagógica de

ensino;

VIII – Buscar a democratização dos Modelos de Simulação em âmbito nacional;

IX – Promover o combate a toda e qualquer forma de opressão dentro do âmbito de

simulação;

X – Apoiar causas sociais dentro do âmbito de simulações;

XI - Firmar parcerias em prol da Federação e de seus membros.

Parágrafo Único. Esta Federação não se limita às finalidades aqui elencadas, podendo outras

também serem acrescentadas, conforme necessidade.

Capítulo II

dos Associados

Art. 4º. A Federação será composta por um número ilimitado de associados, sendo estes

modelos:

I - Organizados por alunos do ensino superior;

II - Que ofereçam anualmente ao menos um comitê de simulação ou negociação

internacional, há no mínimo 2 (dois) anos ou desde o momento de sua criação;

§1º. Simulações não associadas podem participar como membro postulante até o momento de

sua primeira edição, quando poderão, caso desejem, se tornar membros ativos.

§2º Para sua associação, seguindo os procedimentos padrão elencados abaixo, um MUN

postulante deverá comparecer à edição subsequente do Encontro Brasileiro Anual dos

Modelos das Nações Unidas (EBRAMUN) seguinte à sua aplicação formal para poder ter sua

solicitação avaliada durante a própria edição do Encontro.

§3º Fica vedada a associação ou participação enquanto membro observador de qualquer

instituição, empresa ou entidade com fins lucrativos.

Art. 5º. Os associados serão admitidos por meio de uma carta de motivação escrita pelo

modelo e enviada à Diretoria Executiva, de forma a ser aprovado ou não em Assembleia

Geral por meio de maioria simples.

Art. 6º. Os associados serão subdivididos em:

I - Membros ativos: aqueles que gozam de direitos plenos na federação bem como têm

responsabilidade com os deveres;

II - Membros postulantes: modelos interessados em compor a federação que ainda não foram

associados oficialmente através do Encontro Brasileiro dos Modelos das Nações Unidas

(EBRAMUN);

III - Membros inativos: associados que, por determinado período, não gozam plenamente dos

direitos previstos pela federação devido a aplicação de medida administrativa sobre o

modelo;

IV - Observadores: aqueles que não estão incluídos na categoria de simulações de organismos

internacionais mas que, de alguma forma, têm relação com os mesmos;

Capítulo III

dos Direitos e Deveres

Art. 7º. Os membros ativos da Federação tem como direitos:

I - Requerer sua exclusão do quadro social, bem como afastamento temporário no período

máximo de um (01) ano, mediante pedido escrito apresentado à Presidência, que decidirá

sobre essa última hipótese.

II - Acesso pleno aos benefícios, serviços, programas e projetos que por ventura sejam

disponibilizados pela Federação, como o Banco de Dados.

III - Solicitar auxílio socioeconômico para a Comissão de Responsabilidade Social para fins

de assegurar a participação ativa e o cumprimento dos deveres por modelos associados que

apresentem empecilhos financeiros.

Art. 8º. Os membros ativos da Federação tem como deveres:

I - Cumprir com o que foi acordado na Declaração de Brasília de 2017 bem como com o que

está definido neste estatuto;

II - Pagar uma anuidade descrita no artigo 23 deste Estatuto;

III - Participar anualmente do encontro da Federação, sendo permitido até 2 (duas) faltas com

justificativa válida a ser avaliada pela comissão administrativa.

Art. 9º. Além disso, os Membros Associados terão direito de desfrutar dos serviços da

Federação, bem como têm o dever de contribuir com estes;

TÍTULO II

COMPOSIÇÃO

Art. 10. A Federação é composta por:

I. Assembleia Geral;

II. Presidência;

III. Conselho Fiscal;

IV. Comissão Administrativa;

V. Comissão de Responsabilidade Social;

Parágrafo Único. O conjunto dos órgãos Presidência, Conselho Fiscal, Comissão

Administrativa e Comissão de Responsabilidade Social representa a Diretoria Executiva;

Art. 11. Declarações dos Encontros da Federação não serão, necessariamente, vinculantes,

sendo que cláusulas vinculantes devam ser destacadas como tal;

Capítulo I

da Assembleia Geral

Art. 12. A Assembleia Geral constitui o órgão de deliberação e instância máxima decisória

da Federação, sendo esta composta por um representante anunciado pelo(a)

Secretário(a)-Geral de cada MUN Associado:

§1º O cargo de representante de cada MUN Associado não poderá ser o(a)

Secretário(a)-Geral;

§2º Cabe a cada Secretariado ou equivalente dos Associados decidir seu próprio processo

interno para eleição ou nomeação do representante do MUN dentro da Assembleia Geral.

§3º É de responsabilidade do(a) Secretário(a)-Geral, ou respectivo(a) líder de projeto, indicar

a escolha final à Presidência, na figura do Presidente da edição corrente do Encontro

Brasileiro dos Modelos Nações Unidas (EBRAMUN), juntamente com o prazo da entrega da

candidatura para as próximas eleições.

Art. 13. Cada Associado contará com o poder de um voto em nome do seu respectivo MUN,

dentro do princípio de paridade de votos entre cada MUN.

Art. 14. Os membros têm mandato de tempo variável de proporcionalidade com o tempo

entre edições do Encontro Anual, a partir do entendimento de datas variáveis entre Encontros.

Os mandatos serão delimitados, portanto, através do edital de eleição com um período de

co-gestão entre os(as) representantes eleitos(as) da Diretoria Executiva;

Parágrafo Único. Um MUN que passou por troca de gestão ou por requerimento do

Secretariado poderá trocar seu(sua) representante, caso seja julgado necessário e desde que

este(a) não seja integrante dos órgãos da Diretoria Executiva.

Art. 15. É prevista a possibilidade de levantamento de uma Moção de Não-Confiança de um

dos(as) representantes da Assembleia Geral, sejam ou não empossados(as) de cargos na

Diretoria Executiva, por parte de outros representantes da Assembleia.

§1º A Moção deverá ser levantada de maneira pública através dos canais oficiais de

comunicação da Federação pelos representantes ou Secretários(as)-Gerais de cada Associado.

§2º A Moção deverá ser levada para votação entre os(as) representantes da Assembleia Geral

e precisa de ⅔ (dois terços) dos votos totais de Associados para ser aprovada, excluindo-se o

voto do membro contra quem a Moção foi levantada.

Capítulo II

da Diretoria Executiva

Art. 16. A Diretoria Executiva é composta pela Presidência, pelo Conselho Fiscal, pela

Comissão de Responsabilidade Social e pela Comissão Administrativa;

§1º O mandato de um(a) representante da Assembleia Geral que detenha função em qualquer

área da Diretoria Executiva não poderá ser substituído pela organização de seu MUN;

§2º Entretanto, é reservado ao Secretário(a)-Geral ou equivalente do MUN com representante

em função de Diretoria Executiva o direito de poder levantar à Assembleia Geral a Moção de

Não-Confiança necessária para a substituição de seu representante. Caso aprovada, o MUN

indicará um representante que substituirá o antigo representante em sua função na Diretoria

Executiva;

§3º Uma Moção de Não-Confiança de um MUN contra seus(suas) representantes nas funções

da Presidência pode incluir todos(as) os(as) membros desta;

Capítulo III

da Presidência

Art. 17. A Presidência da Federação é o órgão máximo de gestão responsável por:

I - gerir ativos financeiros e imagem institucional;

II - determinar equipe para gerir a Base de Dados e da Consultoria;

III - coordenar as atividades da Assembleia Geral;

IV - a coleta de votos em votações deliberativas da Assembleia, além de sua moderação;

V - organizar e realizar o EBRAMUN após a edição anual da Simulação cujo representante

seja o Presidente.

§1º A Presidência é composta por um Presidente, um Vice-Presidente e um Tesoureiro, todos

indicados pelo mesmo MUN em chapa a ser eleita em Assembleia Geral.

§2º É dever da Presidência a observância das regras, princípios e propósitos descritos neste

Estatuto, sempre atuando em concordância com este.

§3º O(A) Presidente deverá ser o representante de seu MUN na Assembleia Geral.

Art. 18. Está a cargo do(a) Presidente a representação institucional da Federação, o

encabeçamento da organização do EBRAMUN, e a coordenação das atividades da

Presidência.

Art. 19. Cabe ao (à) Vice-Presidente substituir e auxiliar o(a) Presidente nas funções relativas

à Presidência.

Art. 20. É função do(a) Tesoureiro(a) a elaboração de relatórios financeiros internos, a

gerência dos recursos da Federação e para a realização do EBRAMUN, bem como a

elaboração de prestação de contas a ser apresentada para a aprovação ou rejeição do Conselho

Fiscal.

Capítulo IV

do Conselho Fiscal

Art. 21. O Conselho Fiscal tem como função a aprovação ou rejeição das contas emitidas

pela Presidência, bem como pela aprovação ou rejeição de propostas de parcerias emitidas

pela Presidência.

Seção I - Arrecadação de Recursos

Art. 22. A arrecadação de recursos para a Federação deverá consistir das seguintes formas:

I - Contribuição compulsória de anuidade pelos Membros Associados;

II - Contribuições voluntárias por parte de Membros Associados;

III - Recebimento de Patrocínios;

IV - Recebimento de doações a fim de cumprir as funções sociais da Federação;

V - Vendas de produtos e serviços oferecidos pela Federação;

VI - Outras fontes.

Art. 23. Membros Associados deverão contribuir com anuidade fixa de R$100,00 para a

Federação a ser paga no quinto dia útil do mês de janeiro, além de qualquer quantia

voluntária, como regulado pelo artigo 24.

§1º Modelos até sua 3ª Edição poderão solicitar ao Conselho Fiscal desconto de R$50,00,

mediante comprovação de que este se encontra em sua 3ª edição ou menor.

§2º Serão considerados modelos em até sua 3ª edição, para fins deste artigo:

I - Modelos que não sejam comprovados como continuação de outros modelos em nome

diferente com mais de três edições;

II - Modelos que se mantiveram em hiato por mais de 5 (cinco) anos após sua última edição

ou sua penúltima edição.

Art. 24. Modelos Associados poderão contribuir voluntariamente com qualquer quantia à

Federação, em qualquer momento do ano, à sua discrição.

Parágrafo Único. Contribuições de Instituições com fins lucrativos que possam ter braços

que se qualifiquem como Membros Associados estão vedados de fazer tais contribuições, que

se configurariam como patrocínio ou doação.

Art. 25. Caberá à Presidência da Federação organizar e gerir métodos alternativos de

arrecadação como rifas; venda de objetos; venda de inscrição para palestras, workshops e

outros eventos; venda de revistas próprias e outras formas de arrecadação de recursos.

Art. 26. É permitido o recebimento de ativos financeiros com finalidade de patrocinar a

Federação, provido que sejam seguidos os procedimentos descritos nos art. 33 e 34 deste

Estatuto.

Art. 27. A Federação aceitará doações financeiras cujo uso deverá ser definido pelo Conselho

da Federação;

§1º Doações de materiais também poderão ser aceitas, provido haja necessidade desses

materiais para uso da Federação;

§2º Doações de ativos financeiros oriundas de organizações não-governamentais de cunho

social, cultural e humanitário serão diretamente destinadas ao Comitê de Responsabilidade

Social.

Seção II - Alocação de Recursos

Art. 28. O Conselho Fiscal deverá avaliar com base nos critérios deste capítulo as contas

apresentadas pela Presidência ao final de seu mandato e em cada trimestre de sua gestão.

§1º Chapas postulantes à Presidência deverão conter, em seu plano de Gestão, plano

orçamentário que deverá ser seguido dentro do limite do possível.

§2º O relatório final contendo as contas anuais a ser apresentado no final do mandato deverá

prover ao Conselho Fiscal as notas fiscais que comprovem a alocação de recursos, bem como

todos os documentos relevantes, durante todo o período.

§3º Os relatórios trimestrais deverão também conter as notas fiscais e outros documentos

relevantes para comprovar a alocação de recursos ao longo daquele trimestre.

§4º A aprovação ou rejeição dos relatórios trimestrais e final deverá ser realizada e informada

à Presidência em, no máximo, 10 (dez) dias úteis.

Art. 29. Necessariamente, deverão ser alocados no mínimo 10% de toda a receita anual,

excluídas as doações já destinadas para essa finalidade, da Federação para cumprir com os

propósitos sociais desta Federação, aos cuidados do Comitê de Responsabilidade Social.

Parágrafo Único. Caso essa verba social não tenha sido totalmente utilizada, ela deverá ser

automaticamente repassada para as mesmas causas na próxima gestão, acumulando-se como

verba mínima.

Art. 30. Despesas da Presidência a fim de cumprir ajuda de custo para a realização de suas

atividades não poderão exceder 5% da receita anual.

Art. 31. Despesas e receitas que não cumpram com os propósitos e princípios desta

Federação, incluindo as que não prezem pela igual distribuição de benefícios entre os

Membros Associados, deverão ser rejeitadas pelo Conselho Fiscal.

Seção III - Diretrizes para Parcerias

Art. 32. Entende-se por “parcerias” acordos da Federação com instituições diversas a fim de

consolidar:

I - parcerias institucionais que não envolvam transferência de ativos financeiros;

II - patrocínios e apoios, que por sua parte incluam a transferência de ativos financeiros.

Art. 33. A busca por parcerias poderá ser realizada pela Presidência da Federação ou

qualquer representante de Modelo Membro em nome da Presidência, sendo que sua

aprovação deve ser deliberada e aprovada pelo Conselho Fiscal.

§1º A Presidência deve submeter a proposta de parceria ao Conselho Fiscal, que prosseguirá

com a análise e contato com o potencial parceiro à luz das diretrizes definidas pela

Assembléia Geral para aprovação de parcerias.

§2º A aprovação ou rejeição da proposta de parceria deve ser realizada e informada a

Presidência em, no máximo, 5 (cinco) dias úteis.

§3º O Conselho Fiscal deverá aprovar a proposta de parceria por maioria simples.

§4º Não deverá ser aprovada nenhuma parceria que sacrifique os propósitos e princípios da

Federação.

Art. 34. A Federação consolidará parcerias institucionais e de patrocínios com a finalidade de

cumprir com suas funções primárias de representar e beneficiar seus Membros Associados e

pelo cumprimento de seu propósito social.

Parágrafo Único. Acordos firmados entre a Federação e seus parceiros deverão ser

apresentados pela Presidência, por meios institucionais de comunicação, a todos os Membros

Associados até 2 (dois) dias úteis após sua aprovação pelo Conselho Fiscal.

Art. 35. A Federação tem a prerrogativa de firmar parcerias que beneficiem diretamente seus

Membros Associados e que incluam ações organizacionais pontuais por parte destes em

função do escopo da parceria.

§1º Ao receber proposta de parceria pela Presidência, o Conselho Fiscal deverá classificá-la

como pertencente ou não ao descrito neste artigo.

§2º Parcerias classificadas neste artigo requerem aprovação adicional em, no máximo, 5

(cinco) dias úteis por dois terços de votos favoráveis pelo Conselho da Federação, após sua

aprovação pelo Conselho Fiscal.

Capítulo VII

Comissão de Responsabilidade Social

Art. 36. A Comissão de Responsabilidade Social é composta por 2 (dois) representantes

eleitos, sendo prevista em Estatuto a possibilidade de eleição de assessores juntamente à

chapa postulante, devido à especificidade do trabalho. A Comissão e os seus representantes

estão incumbidos de planejar e executar tarefas relacionadas à deselitização dos MUNs, bem

como à promoção da diversidade, conforme previsto no artigo abaixo.

Art. 37. São objetivos da Comissão de Responsabilidade Social:

I - elaborar, executar, acompanhar políticas, programas, projetos e ações relacionadas à

inclusão, acessibilidade, permanência de público de contexto socioeconomicamente diverso

nas simulações e em suas organizações;

II - conduzir a elegibilidade de participantes para possíveis editais elaborados em sua

competência para auxílios diversos, como especificado nas ações da Federação;

III - conduzir e avaliar os processos de inclusão dos diferentes modelos, criando relatórios

específicos que possam auxiliá-los a aumentar diversidade de público e incentivar boas

práticas;

IV - desenvolver estudos e pesquisas sobre políticas, boas práticas, programas e ações

afirmativas que possam ser incorporadas no âmbito da Federação;

V - ser um canal de referência para acolhimento, orientação e aconselhamento em relação a

possíveis violações de direitos e questões relacionadas às causas sociais;

VI - garantir o comprometimento da Federação com as questões sociais em todos os

encontros e assembleias, para que essa questão não seja considerada de menor relevância

dentro da Federação

VII - Permitir um fórum permanente de discussões sociais em todos os encontros da

Federação, garantindo, pelo menos, um espaço dedicado à essa temática.

VIII - Elaborar orçamento próprio e planejamento financeiro em diálogo com o Conselho

Fiscal.

IX - Administrar financeiramente o orçamento que lhe é atribuído

X - Registrar memórias e atividades conduzidas pela Comissão de Responsabilidade Social

de forma a fomentar uma memória institucional em relação às nossas práticas.

Art. 38. A Comissão de Responsabilidade Social conduzirá em sua estrutura uma Ouvidoria

permanente em formato digital para acolhimento de possíveis demandas de opressões e de

discriminações no âmbito da Federação.

§1º Em casos delicados e/ou que necessitem de averiguação de detalhes sigilosos, a Comissão

de Responsabilidade Social convocará por meio randômico duas representações da Federação

para mediar e dar parecer à Comissão de Responsabilidade Social sobre o ocorrido, para

maximizar neutralidade nessa condução.

§2º Caberá à Comissão de Responsabilidade Social realizar sanções relativas ao parecer

conduzido por federados convocados, em nível de severidade:

I - Advertência Oral;

II - Exclusão de fala em assembleia;

III - Não-participação nos encontros da Federação;

Capítulo VI

Comissão Administrativa

Art. 39. A Comissão Administrativa é composta por 3 (três) representantes de MUNs na

Assembleia Geral, eleitos por essa Assembleia, e tem a função de avaliar, a pedido de

qualquer representante de Membro Associado, o cumprimento deste Estatuto e possíveis

violações dos parâmetros deste pelos Membros Associados, incluindo os membros da

Diretoria Executiva.

Art. 40. A Comissão Administrativa poderá instituir medidas administrativas contra

quaisquer Membros que violem diretrizes estabelecidas neste Estatuto.

Parágrafo Único. Medidas Administrativas podem incluir:

I - Suspensão do direito do voto;

II - Tornar um Membro Ativo em Inativo;

III - Tornar Membro inelegível a cargo da Diretoria Executiva por até 5 (cinco) anos;

Capítulo VII

das Eleições

Art. 41. As Eleições para todos os cargos da Presidência, Conselho Fiscal, Comissão

Administrativa e Comissão de Responsabilidade Social serão realizadas nominal e

presencialmente na Assembleia Geral a ser realizada ao final da edição anual ordinária do

EBRAMUN.

Parágrafo Único. As demais Comissões serão instituídas nos termos deste estatuto e de seus

respectivos regimentos e editais, desde que posterior à eleição dos cargos mencionados no

caput deste artigo.

Seção I - Comissão Eleitoral

Art. 42. A Comissão Eleitoral será composta automaticamente pelos três membros da

Presidência da Federação.

§ 1° Os membros da Comissão Eleitoral poderão se candidatar apenas aos cargos da

Comissão Administrativa, Conselho Fiscal e Comissão de Responsabilidade Social para o

ano seguinte.

Art. 43. A Comissão Eleitoral, no prazo máximo de 45 (quarenta e cinco) dias antes da

edição anual ordinária do EBRAMUN, fará publicar nos meios oficiais de comunicação da

Federação edital de convocação das eleições para os cargos disputados.

§1º No edital constarão a data, o horário, o local das eleições, o prazo, o procedimento para

inscrição das candidaturas e os critérios base para a elaboração do plano de gestão dos

postulantes, além da possibilidade e forma de campanha para os cargos da Diretoria.

§2º O edital de convocação das eleições, bem como a lista de membros ativos poderão ser

impugnadas no prazo de 72 (setenta e duas) horas contados de sua disponibilização.

§3º Em nenhum caso a impugnação suspenderá o edital.

§4º O Membro que se considerar indevidamente inativo poderá se candidatar, desde que

apresente sua impugnação de forma tempestiva.

§5º As impugnações sempre deverão acompanhar, desde já, as razões que a motivaram, sendo

publicadas juntamente com a lista dos inscritos.

§6º As impugnações serão decididas pela Comissão Administrativa, sendo o resultado da

decisão divulgado a todos os Membros Associados.

§7º No caso de acolhimento da impugnação deverá a Comissão Administrativa decidir

fundamentadamente:

I - pela conversão do status de membro inativo para ativo conforme impugnação realizada;

II - pelo deferimento da candidatura anteriormente rejeitada;

III - pela publicação de novo edital, respeitado o período de até 30 (trinta) dias anteriores à

edição anual do EBRAMUN, quando se verificar vício não sanável.

Seção II - Da Presidência, Comissão Disciplinar Permanente do Conselho Fiscal

Art. 50. As candidaturas aos cargos da nova Presidência, Comissão Administrativa,

Comissão de Responsabilidade Social e do Conselho Fiscal serão registradas junto à

Comissão Eleitoral.

§ 1° A candidatura à Presidência será feita por chapa que deverá ser composta por membros

da equipe - ressalvado o(a) Secretário(a)-Geral - de um mesmo MUN associado, não podendo

o mesmo candidato figurar em dois ou mais cargos ao mesmo tempo dentro da mesma chapa

ou candidatar-se por chapas diversas, mesmo que em cargos distintos.

§2º Cada MUN poderá indicar apenas uma candidatura à Presidência;

§3º A candidatura ao Conselho Fiscal, Comissão Administrativa e Comissão de

Responsabilidade Social deverá ser una, devendo o candidato ser parte da equipe do MUN a

qual representa e estar em acordância com a indicação do(a) Secretário(a)-Geral de sua

simulação para a Assembleia Geral.

§4º O requerimento de inscrição de chapas será subscrito pelo Secretariado do MUN que

representa.

Art. 51. A Comissão Eleitoral examinará as candidaturas quanto aos requisitos formais

impostos pelo Estatuto, no prazo máximo de 03 (três) dias após o encerramento das

inscrições, devendo publicar sua decisão fundamentada nos mesmos moldes do edital de

convocação das eleições.

§1° Da decisão que se manifestar sobre a candidatura, caberá recurso à Comissão

Administrativa, o qual deverá ser interposto no prazo de 03 (três) dias a contar de sua

publicação.

§2° Na hipótese do parágrafo anterior, é obrigatória a apreciação do recurso com posterior,

decisão da Comissão Administrativa, inclusive considerando fatos novos, possíveis

obscuridades, contradições ou omissões, de forma escrita a ser publicizada a todos os

membros associados.

§3º Caso o mérito recursal se restrinja ao embate sobre MUN que fora erroneamente

considerado inativo e, ao final, entenda-se pela manutenção da qualidade de membro inativo

do candidato, a chapa, em nenhuma hipótese, poderá ser retificada.

Art. 52. Serão eleitos para as Comissões Administrativa, de Responsabilidade Social e para o

Conselho Fiscal os candidatos mais votados entre os membros Associados presentes.

Art. 53. A chapa eleita para Presidência, será aquela que obtiver maioria simples do número

de votos na Assembleia Geral, sendo prevista a realização de segundo turno de votação com

as duas chapas mais votadas.

§1º Será admitido a eleição por voto aberto, desde que a Assembleia Geral assim decida, por

maioria qualificada de seus membros ativos presentes, em votação obrigatoriamente aberta.

§2º Os turnos de votação devem ser realizados em sequência durante o EBRAMUN, com

espaço de fala de até 15 minutos, antes da votação do segundo turno, para cada uma das duas

chapas que passaram a esta fase para apresentação de seus projetos.

§3º Caso haja apenas uma ou duas chapas concorrendo à Presidência, estas terão o mesmo

espaço de 15 minutos de fala para apresentação de seu projeto anteriormente à votação.

Art. 54. A ordem de votação para cada órgão da Diretoria Executiva deverá seguir a seguinte:

Presidência, Conselho Fiscal, Comissão Administrativa e Comissão de Responsabilidade

Social.

§1º Os membros integrantes da Assembleia Geral podem se candidatar para mais de um

cargo da Diretoria Executiva, ressaltando-se que a Presidência é a única que admite inscrição

de chapa.

§2º Um membro eleito para um cargo, seguindo a ordem de precedência da votação,

automaticamente tem sua candidatura revogada, seguindo a premissa inviolável que veta uma

mesma pessoa de acumular dois cargos.

TÍTULO III

PRINCÍPIOS E DIRETRIZES FUNDAMENTAIS DAS AÇÕES SOCIAIS;

Capítulo I

das Definições

Art. 55. Para efeito nos artigos deste título, define-se por público de contexto

socioeconomicamente diverso grupos minoritários historicamente marginalizados, tais como

sexualidades dissidentes, mulheres, negras e negros, comunidades tradicionais.

Capítulo II

dos Princípios e das Diretrizes

Seção I - Dos Princípios

Art. 56. A Federação se norteia pelos princípios de:

I - diversidade das condições socioeconômicas dos participantes de simulação, bem como de

seus organizadores e integrantes da Federação;

II - atendimento às possíveis necessidades financeiras, de acesso e de permanência desse

público diverso;

III - igualdade de direitos e não-discriminação de qualquer natureza entre os membros

participantes;

IV - divulgação ampla dos benefícios, serviços, programas e projetos que porventura sejam

elaborados pelas simulações participantes e àquelas recomendadas pela Federação;

V - valorização da unidade acordada entre os membros, dando possibilidade de

auto-organização das simulações e seu entendimento de realidades territoriais distintas e

diversas;

VI - acesso à informação pelos membros participantes, em forma de documentos, relatórios,

prestação de contas, salvaguardado o sigilo de informações que potencialmente ponham em

risco o exercício da Federação e/ou a preservação da integridade pessoal daqueles

envolvidos;

Seção II - Das Diretrizes

Art. 57. A Federação se baseia nas seguintes diretrizes;

I - Responsabilização da Federação por garantir sua deselitização a partir da participação de

pessoas socioeconomicamente diversas em seu corpo administrativo e nos seus órgãos de

tomada de decisões, entre assembléias e possíveis conselhos criados;

II - Recomendação às simulações de políticas sociais inclusivas de acordo com o presente

estatuto;

III - Comprometimento das simulações participantes da Federação em aplicar, conceder,

implementar as políticas sociais que porventura sejam elaboradas em unidade acordada;

Seção III - Das Ações

Art. 58. As ações de assistência socioeconômica da Federação poderão ser desenvolvidas nas

seguintes áreas:

I - transporte;

II - alimentação;

III - vestimenta;

IV - hospedagem;

V - apoio pedagógico;

VI - acesso, participação de participantes com deficiência, transtornos globais do

desenvolvimento, altas habilidades, superdotação.

TÍTULO IV

SUPORTE E SERVIÇOS

Capítulo I

do Calendário Oficial

Art. 59. A Federação criará um Calendário Oficial com as datas das simulações federadas, a

ser disponibilizado no site da Federação e em suas redes sociais, para acesso ao público em

geral.

§1º É responsabilidade da Federação manter e atualizar o Calendário Oficial com as datas das

simulações e o período de inscrições de cada uma.

§2º É responsabilidade das simulações federadas informar as suas datas para a Federação de

forma a manter o Calendário Oficial atualizado.

Capítulo II

da Divulgação das Simulações Federadas

Art. 60. A Federação concederá espaço em suas redes sociais e site para que as simulações

divulguem:

I - abertura de inscrições;

II - palestras e eventos;

III - informações úteis à simulação;

IV - data do evento.

Parágrafo Único. As simulações não federadas não terão espaço nos meios de divulgação da

Federação, exceto por decisão da Presidência.

Capítulo III

da Troca de Experiências

Art. 62. A Federação pode fomentar a criação de cursos preparatórios de caráter

procedimental e comportamental para os Membros Associados, permitindo a expansão e o

intercâmbio de conhecimentos, respeitando a política de não intervenção entre simulações.

Art. 63. A Federação deve ser um espaço de cooperação e troca de experiências entre seus

Membros Associados nos aspectos acadêmicos e administrativos, abrangendo, mas não

limitando a:

I - consultorias acerca de comitês e organizações não convencionalmente simuladas;

II - assistência em questões organizacionais e gerenciais;

III - aconselhamento em demandas financeiras.

Art. 64. A Federação promoverá aos Membros Associados treinamentos e materiais

relacionados à prevenção e à supressão de casos de machismo, racismo, LGBTfobia,

intolerância e discriminações de quaisquer espécies, intentando a articulação de mecanismos

eficazes para combate às opressões.

Art. 65. Os Membros Associados deverão fornecer à Federação relatórios de desempenho

sobre as suas edições, contendo os pontos positivos e negativos de cada uma.

§1º Ficará a critério dos Membros Associados definir quais conteúdos, dentre esses, podem

ou não ser compartilhados com a Federação;

§2º A Federação deve desencorajar fortemente o compartilhamento de informações sensíveis

e que poderiam comprometer de alguma forma as simulações federadas, seus organizadores e

participantes;

Capítulo IV

da Base de Dados

Art. 66. Compete à Federação a criação de uma base de dados comum a todos os Membros

Associados.

Parágrafo Único: Essa base de dados consistirá de documentos advindos de todos os

Membros Ativos e, da mesma maneira, poderá ser acessada integralmente por todos.

Art. 67. Os documentos de posse da Federação são classificados em:

I - Exclusivos, que não poderão ser solicitados por Observadores e Postulantes;

II - Não exclusivos, que poderão ser solicitados por Observadores e Postulantes.

Parágrafo Único: Será elaborada uma lista pública com os nomes dos documentos não

exclusivos, para requisição dos Observadores e Postulantes.

Art. 68. A lista pública será criada e atualizada por uma equipe designada previamente pela

Presidência.

Parágrafo Único: Fica a cargo da equipe disponibilizar a lista no site da Federação.

Art. 69. Os Membros Associados deverão disponibilizar sua produção acadêmica de

elaboração própria e as regras de procedimento utilizadas pela simulação, sendo considerados

documentos não exclusivos:

§1º Por produção acadêmica, compreende-se guias de estudos; regras de procedimento;

manuais de resolução de conflitos; manuais de pesquisa acadêmica e de formatação (ABNT,

APA, Chicago etc.).

§2º Esses deverão ser disponibilizados no prazo máximo de um ano após o fim da simulação

ficando sujeito a medidas administrativas.

Art. 70. Os Membros Associados também disponibilizarão documentos administrativos,

relatórios de desempenho e contatos de parcerias, de forma a contribuir positivamente com a

organização de outros MUNs, sendo considerados documentos exclusivos.

§1º Por “documentos administrativos”, compreende-se planos de atividades; relatórios

ambientais; materiais de divulgação; formulários de gestão de pessoas; sistemas de logística

interna; editais, formulários e modelos de processo seletivo; estratégias de captação de

recursos; entre outros que a simulação considere pertinente compartilhar.

§2º O compartilhamento desses documentos não é compulsório, porém é fortemente

recomendado.

Art. 71. Clubes de Simulação observadores são autorizados a requisitarem o acesso a

documentos não exclusivos da referente base de dados, obtendo-os mediante aprovação da

Presidência.

Parágrafo Único. Tais documentos estarão disponíveis para consulta em lista pública,

publicada no site.

Art. 72. A Presidência da Federação, com autorização do MUN ao qual pertence o material,

reservará o direito de, à sua discrição, compartilhar os materiais exclusivos a Membros

Associados com observadores, simulações e indivíduos não-federados ou Membros

Postulantes.

Parágrafo Único. Ao determinar o cabimento do compartilhamento de materiais exclusivos a

simulações federadas com entes não-federados, a Presidência da Federação deverá considerar

o grau de consolidação do ente em questão de maneira a avaliar quanto tais materiais

viabilizariam a estruturação dessa simulação.

Art. 73. Fica terminantemente proibido o plágio, entendido como o uso não referenciado,

parcial ou integral, de quaisquer materiais de Membros Associados veiculados por intermédio

da Federação ou publicados em nome da Federação, assim como o compartilhamento desses

materiais em desconformidade com os dispositivos dos documentos basilares da Federação

ou sem a autorização expressa da Presidência da Federação;

§1º A detecção de plágio ou de compartilhamento não autorizado de materiais veiculados por

intermédio da Federação ou publicados em nome da Federação pode implicar em punições;

§2º Será de responsabilidade da Presidência da Federação assegurar que entes, federados ou

não, que denunciarem casos de plágio ou compartilhamento não autorizado de materiais

administrados pela Federação não sofram retaliações de nenhuma forma.

Capítulo V

da Consultoria e Estruturação de Novas Simulações

Art. 74. Fica estabelecido o serviço de Consultoria, responsável por auxiliar projetos e

simulações novas a se estruturarem, bem como prestar apoio a outras simulações já

consolidadas.

§1º As simulações, sejam elas associadas ou não, podem requisitar a Consultoria por

intermédio da Presidência.

§2º A Consultoria será prestada por uma equipe definida pela Presidência.

Art. 75. É dever da Federação produzir, em seu próprio nome, manuais recomendativos que

sirvam de orientação para:

I - produção de guias;

II - escrita acadêmica e formatação em ABNT/APA/Chicago/outras;

III - qualificação do ISBN/CAPES e publicação em periódicos;

IV - treinamentos de equipe;

V - projetos de secretariado e estruturação logística;

VI - gestão financeira e execução de eventos;

VII - prospecção de parcerias e patrocínios;

VIII - promoção da acessibilidade, diversidade e combate às opressões.

§1º Os Membros Associados devem disponibilizar seus próprios documentos como subsídio à

produção de tais manuais;

§2º Tais manuais estarão disponíveis a todos os Membros Associados e podem, por decisão

discricionária da Assembleia Geral, ser compartilhados com simulações não associadas, a fim

de consolidá-las.

Capítulo VI

da Integração de Outras Simulações à Federação

Art. 76. A Federação será responsável por intermediar e coordenar, em conjunto com os

Membros Associados, os esforços de sondagem, contato, aproximação e associação de outras

simulações, condicionada ao compromisso com os propósitos e princípios da Federação e

conforme os demais critérios de associação detalhados no artigo 4º deste Estatuto.

Parágrafo Único. É dever da Federação buscar integrar a si, igualmente, as simulações

voltadas para o ensino médio e as simulações voltadas ao ensino superior, levando esse fator

em consideração ao apontar Membros Associados para estabelecer contato conforme o

disposto no parágrafo primeiro deste artigo.

Capítulo VII

das Relações com Instituições Similares

Art. 77. É dever da Federação buscar contato com outros projetos de âmbito nacional,

regional e local, organizados por estudantes de graduação e com propósitos e estruturação

correlatos aos dos Membros Associados, incluindo, mas não limitados a sociedades de

debates e competições de “júri simulado”, com o objetivo de estabelecer redes de contato

com seus corpos executivos e promover a integração entre suas respectivas comunidades e a

Modelândia.

§1º A comunicação entre a Federação e os corpos executivos desses projetos deverá ser feita

tendo em mente as conquistas e desafios compartilhados entre as distintas atividades e a

repercussão positiva do intercâmbio de informações e experiências entre elas.

§2º A Federação deverá estar aberta à possibilidade de desenvolver parcerias e conferir status

de observador a corpos executivos dessas atividades, sem que se implique obrigação ou

responsabilidade a tal.

TÍTULO V

DA CONTRAPARTIDA ACADÊMICA E SOCIAL

Art. 78. Simulações, modelos e afins que possuam interesse em participar da Federação,

entendem como princípios:

I - liberdade de pensamento e de expressão, sem discriminação de qualquer natureza;

II - indissociabilidade entre o ensino, a pesquisa e a extensão;

III - fomento à interdisciplinaridade;

IV - avaliação e aprimoramento constante da qualidade;

V - compromisso social com os problemas globais;

VI - compromisso com a paz, com a defesa dos Direitos Humanos e a preservação do meio

ambiente.

Capítulo I

do Ensino

Art. 79. O ensino nas simulações pode ser entendido como o treinamento de habilidades

específicas relacionadas ao exercício diplomático. Assim como mencionado na Declaração de

Brasília de 1 de agosto de 2017 em seu preâmbulo, podem-se destacar as seguintes

habilidades:

I - Sentimento de liderança;

II - Empoderamento e protagonismo do alunado;

III - Escrita;

IV - Prática argumentativa;

V - Capacidade de negociação;

VI - Mediação e arbitragem;

VII - Produção horizontal de conhecimento.

Capítulo II

da Pesquisa

Art. 80. A pesquisa nas simulações tem por objetivo difundir, produzir e criticar

conhecimentos relacionados aos eixos temáticos das simulações e problemas globais

distintos.

Art. 81. À Federação cabe o fomento à pesquisa e a multiplicação de conhecimentos sobre a

formalização em relação à comunidade acadêmica nos meios que tiverem ao seu alcance,

entre os quais:

I - disponibilização de materiais e conhecimentos técnicos que simulações federadas já

tiverem produzido;

II - esclarecimento sobre possíveis convênios com Universidades conectadas com a realidade

territorial do modelo;

III - possibilidade de vinculação de professores orientadores, pesquisadores voluntários,

especialistas em tópicos relacionados aos temas;

Capítulo III

da Extensão

Art. 82. A extensão de simulações tem como premissa transformar relações entre simulação e

sociedade, através da educação, cultura e ciência.

Art. 83. Cabe aos modelos assegurar que existam ações de extensão que transcendam os dias

de evento, consignando em seus orçamentos, recursos para esse fim.

Art. 84. Tais ações precisam ter em vista o atendimento às demandas sociais, cumprindo o

papel social da extensão universitária, de forma que se atentem às realidades que os cercam e

impactem positivamente a comunidade ao seu redor.

TÍTULO VI

DISPOSIÇÕES GERAIS E TRANSITÓRIAS

Art. 85. Este estatuto só poderá ser alterado por meio de Reunião Estatutária.

§1º Para solicitar a Reunião Estatutária, um Membro deverá propor moção para Assembleia

Geral, que deverá ser aprovada pela Maioria Qualificada dos Membros Ativos e deverá ser

realizada em Encontro Emergencial, sendo a sede definida pela Assembleia Geral.

§2º Qualquer emenda ao Estatuto que adicione, remova ou altere um artigo deverá ser votada

individualmente pela Maioria Qualificada dos Membros Ativos presentes para ser aprovada.

Art. 86. A Federação só poderá ser extinta por consenso absoluto dos Membros Ativos

durante o EBRAMUN, em que estejam presentes os representantes dos Modelos na

Assembleia Geral e as lideranças dos Membros Associados.