[e-book] desenergização e o aterramento temporário

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  • 7/25/2019 [E-book] Desenergizao e o Aterramento Temporrio

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    Universo Lambda| Eng. Edson Martinho

    E-book: Desenergizao e o Aterramento Temporrio 2015

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    DESENERGIZAO

    E O

    ATERRAMENTO

    TEMPORRIO

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    SUMRIO

    INTRODUO ...................................................................................................................................... 3

    1.1 As Normas Regulamentadoras .................................................................................................. 3

    1.2 Regulamento X Normas Tcnicas .............................................................................................. 6

    2 A NORMA REGULAMENTADORA NMERO 10 ...................................................................... 7

    2.1 A importncia da anlise de risco .............................................................................................. 7

    3 DESENERGIZAO ....................................................................................................................... 10

    3.1 Sinalizao ................................................................................................................................... 11

    3.2 Bloqueio e Sinalizao ............................................................................................................... 12

    4 REENERGIZAO .......................................................................................................................... 14

    CONSIDERAES FINAIS ............................................................................................................... 16

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    INTRODUO

    O objetivo deste e-book discutir a desenergizao dos circuitos, e o aterramento

    temporrio como uma das medidas de proteo. Esta, entre outras medidas,

    imprescindvel na garantia da sade e segurana das pessoas que de alguma forma

    vo interagir com o circuito que foi desenergizado. O aterramento temporrio vai

    garantir que, na ocorrncia de alguma falha no procedimento, a equipotencializao e

    acionamento de dispositivos de proteo, minimizando os efeitos decorrentes do uso

    inadequado da energia eltrica.

    1.1 As Normas Regulamentadoras

    As Normas Regulamentadoras, conhecidas como NRs ou simplesmente

    Regulamentos tem por funo regulamentar e fornecer orientaes sobre os

    procedimentos necessrios ou obrigatrios para a obteno de um determinado

    resultado. Estes regulamentos so sempre criados e geridos por rgos do governo

    como o caso da ANVISA, por exemplo. No nosso mundo, a eletricidade, o conjunto

    de normas regulamentadoras emitidas pelo Ministrio do Trabalho e Emprego MTE,

    so as mais conhecidas e esto relacionadas com a segurana, sade e medicina do

    trabalho. Atualmente estes regulamentos do MTE formam um conjunto de 36

    documentos que so listados abaixo:

    Norma Regulamentadora N 01 - Disposies Gerais

    Norma Regulamentadora N 02 - Inspeo Prvia

    Norma Regulamentadora N 03 - Embargo ou Interdio

    Norma Regulamentadora N 04 - Servios Especializados em Engenharia deSegurana e em Medicina do Trabalho

    Norma Regulamentadora N 05 - Comisso Interna de Preveno de Acidentes

    Norma Regulamentadora N 06 - Equipamentos de Proteo Individual - EPI

    Norma Regulamentadora N 07 - Programas de Controle Mdico de SadeOcupacional

    Norma Regulamentadora N 07 - Despacho SSST (Nota Tcnica)

    Norma Regulamentadora N 08Edificaes

    Norma Regulamentadora N 09 - Programas de Preveno de Riscos Ambientais

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    Norma Regulamentadora N 10 - Segurana em Instalaes e Servios em Eletricidade

    Norma Regulamentadora N 11 - Transporte, Movimentao, Armazenagem e Manuseio deMateriais

    Norma Regulamentadora N 12 - Mquinas e Equipamentos

    Norma Regulamentadora N 13 - Caldeiras e Vasos de Presso

    Norma Regulamentadora N 14 - Fornos

    Norma Regulamentadora N 15 - Atividades e Operaes Insalubres

    Norma Regulamentadora N 16 - Atividades e Operaes Perigosas

    Norma Regulamentadora N 17Ergonomia

    Norma Regulamentadora N 18 - Condies e Meio Ambiente de Trabalho na Indstria daConstruo

    Norma Regulamentadora N 19 - Explosivos

    Norma Regulamentadora N 20 - Lquidos Combustveis e Inflamveis

    Norma Regulamentadora N 21 - Trabalho a Cu Aberto

    Norma Regulamentadora N 22 - Segurana e Sade Ocupacional na Minerao

    Norma Regulamentadora N 23 - Proteo Contra Incndios

    Norma Regulamentadora N 24 - Condies Sanitrias e de Conforto nos Locais de Trabalho

    Norma Regulamentadora N 25- Resduos Industriais

    Norma Regulamentadora N 26 - Sinalizao de Segurana

    Norma Regulamentadora N 28 - Fiscalizao e Penalidades

    Norma Regulamentadora N 29 - Norma Regulamentadora de Segurana e Sade no TrabalhoPorturio

    Norma Regulamentadora N 30 - Norma Regulamentadora de Segurana e Sade no TrabalhoAquavirio

    Norma Regulamentadora N 31 - Norma Regulamentadora de Segurana e Sade no Trabalho naAgricultura, Pecuria Silvicultura, Explorao Florestal e Aquicultura

    Norma Regulamentadora N 32 - Segurana e Sade no Trabalho em Estabelecimentos de Sade

    Norma Regulamentadora N 33 - Segurana e Sade no Trabalho em Espaos Confinados

    Norma Regulamentadora N 34Condies e Meio Ambiente de Trabalho na indstria Naval

    Norma Regulamentadora N 35 - Trabalho em altura

    Norma regulamentadora N 36Abate e processamento de carnes e derivados

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    Estas normas so citadas no captulo V, ttulo II da CLT Consolidao das Leis do

    Trabalho e foram aprovadas pela Portaria 3214 de 8 de junho de 1978, alm de terem

    aplicao obrigatria em todas as empresas brasileiras regidas pela CLT.

    Um ponto importante a esclarecer que uma norma regulamentadora primeiramente

    elaborada ou revisada por uma comisso tripartite, composta por representantes do

    governo, de empregadores e de empregados, portanto um documento de consenso

    entre os atores do cenrio a que se aplica. Tambm interessante informar que qualquer

    norma regulamentadora elaborada pela comisso tripartite tambm passa por um processo

    de avaliao pblica, conhecida como consulta pblica, onde a sociedade tem acesso ao

    texto base e podem opinar, enviando sugestes, crticas e colaboraes para que o texto

    seja melhorado e atenda a todas as necessidades de segurana e sade dos envolvidos.

    E por ltimo, mas no menos importante, um

    documento oficial do Governo e de aplicao

    obrigatria nos termos da lei, sendo fiscalizado

    pelas superintendncias regionais do trabalho e

    passveis de punio, que vo desde multas at

    o impedimento de funcionamento da empresa

    infratora.

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    1.2 Regulamento X Normas Tcnicas

    Uma norma regulamentadora tem o objetivo expressar o que se deve fazer para garantir a

    segurana e a sade dos trabalhadores que direta ou indiretamente atuem em um determinado

    servio. Quando o caso eletricidade, a norma de nmero 10 NR-10 tem em seu primeiro item esta

    definio:

    10.1.1 Esta Norma Regulamentadora - NR estabelece os requisitos e as condies MINIMAS,

    objetivando a implementao de medidas de controle e sistemas preventivos, de forma a

    garantir a SEGURANA e a sade dos trabalhadores que, direta ou indiretamente, interajam

    em instalaes eltricas e servios com eletricidade.

    J a norma tcnica, que de uso opcional*, na sua concepo, j que elaborado pela sociedade epublicado por uma associao, tem o objetivo de informar o como fazerpara garantir a segurana,

    conforto e qualidade. Traduzindo as experincias bem sucedidas em cada etapa.

    Podemos afirmar que as normas tcnicas so os complementos para as normas regulamentadoras,

    pois uma diz o que fazer e a outra o como fazer.

    Veja uma representao da relao entre normas regulamentadoras e normas tcnicas.

    Nota: * As normas tcnicas se tornam obrigatrias a partir de dispositivos legais como o cdigo de defesa do consumidor,leis municipais, a prpria NR-10 entre outras.

    O que fazer

    (Requisitos essenciais)

    O como fazer

    NBR 14039NBR 5410

    NR-10 Governo

    Sociedade

    Regulamento

    Norma

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    2 A NORMA REGULAMENTADORA NMERO 10

    A norma regulamentadora nmero 10 do Ministrio do Trabalho e Emprego foi publicada em

    1978 como parte de um conjunto de normas para garantia da segurana e sade do

    trabalhador e teve seu texto alterado em 2004 para se transformar em uma norma de gesto

    da segurana para trabalhadores e usurios que tenham contato direta ou indiretamente

    com a eletricidade.

    A NR-10 como conhecida tm, em sua essncia, requisitos para esta garantia, mas que

    deve sempre integrar medidas de controle de todos os riscos. Foi escrita e revisada de

    maneira a permitir esta integrao de forma adequada por todos os segmentos da indstria,

    comrcio e mesmo residncia, pois em locais de habitaes multifamiliares, h sempre

    funcionrios contratados em regime CLT e, portanto, passam a ser motivo de garantia de

    segurana e sade, sendo abrangidos pela norma.

    No se devem imaginar a NR-10 como uma receita de bolo onde todos os ingredientes e

    propores esto escritos, assim como a metodologia de se fazer com tempos, quantidades

    e condies. A NR-10, por ser uma norma de gesto, define o que deve ser feito, mas

    voc em conjunto com todos os envolvidos e usando tcnicas que se adequem a

    necessidade da situao (empresa, por exemplo), que vo definir a melhor forma degarantir a segurana de todos.

    2.1 A importncia da anlise de risco

    A norma NR-10 traz a necessidade de anlise de risco e quase todos os itens, pois um

    requisito importante para a vida. O item 10.2.1, por exemplo, diz: Em todas as intervenes

    em instalaes eltricas devem ser adotadas medidas preventivas de controle do risco

    eltrico e de outros riscos adicionais, mediante tcnicas de anlise de risco, de forma a

    NR-10

    Norma de gesto da segurana para trabalhadores e usurios que

    tenham contato direta ou indiretamente com a eletricidade.

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    garantir a segurana e a sade no trabalho.

    Poderamos at ignorar este item se houvesse a cultura de se preocupar com a segurana

    atravs de uma anlise de risco, mas muito comum encontrar atividade que sequer teve

    uma pequena avaliao. A maioria, quando feita, feita de forma muito sucinta e

    despretensiosa, deixando de lado muitas condies que deveriam ser analisadas para

    garantir a real segurana. O texto que usei como exemplo cita - adotar medidas preventivas

    e de controle do risco atravs de tcnicas de anlise de risco.

    O uso de umas das tcnicas disponveis muito importante. No cabe aqui discorrer sobre

    elas, mas apont-las como HAZOP Hazard and Operability Studies, APR Anlise

    Preliminar de Risco, AMFE Anlise de Modo de Falha e Efeito ou FMEA como

    conhecida pela sigla em ingls, alm de outras tcnicas.

    O texto ainda faz referncia ao principal objetivo de toda a norma que garantir a

    segurana e sade do trabalhador, e este deve ser o objetivo.

    Voltando a anlise prvia dos riscos envolvidos em uma atividade e sua importncia, no

    somente no trabalho dentro da indstria, mas em qualquer situao, vamos tomar como

    base qualquer atividade rotineira, como por exemplo, lavar o cho de casa:

    O planejamento do trabalho importante e para isso separamos os insumos,

    equipamentos e produtos que sero usados. No caso desta atividade, vamosseparar a mangueira e conect-la torneira, separamos tambm o produto que

    ser usado para a lavagem, como sabo, por exemplo, uma vassoura ou

    esfrego e, por fim, um rodo e panos para secar (caso no seque ao sol).

    Normalmente, este o procedimento que uma dona de casa precisa. Mas vamos lembrar

    que faltam algumas coisas: Inicialmente, quais os EPIs Equipamentos de Proteo

    Individual - e EPCs, Equipamentos de Proteo Coletiva so necessrios.

    Sugiro que se respondam algumas perguntas:

    Ser que a dona de casa pode lavar o cho descalada?

    Ser que no vo passar pessoas por aquele cho durante a lavagem?

    Ela vai lavar somente o cho ou vai aproveitar e lavar as paredes tambm

    (neste caso, as perguntas so: existe eletricidade, equipamentos ou qualquer

    elemento que possa ser danificado?).

    Observem que so inmeras pendncias que ficam em uma simples lavagem de cho. a

    que entra a anlise de risco. Uma avaliao criteriosa iria verificar que a pessoa que

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    executar o servio precisa de calado antiderrapante e outros EPIs

    para sua segurana, tambm avaliar que necessrio proceder a

    avisos sobre o piso escorregadio, e at barreiras para impedir que as

    pessoas passem por aquele local. A verificao e instruo do lavador

    sobre os riscos envolvidos de escorregamento e choque, entre outros, outro ponto a ser detectado na anlise e por a vai...

    Observaram como importante uma anlise de risco bem elaborada? Com esta anlise voc poder

    adotar as medidas necessrias, estabelecer procedimentos e garantir que qualquer atividade seja

    elaborada com segurana.

    Lembre-seat um saltador de paraquedas avalia todos os riscos antes de saltar.

    Faa voc o mesmo e sempre, em qualquer atividade.

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    3 DESENERGIZAO

    Sabemos que a DESENERGIZAO prioridade na proteo coletiva e deve ser usada sempre que

    for possvel. O trabalho em circuitos energizados deve sempre ser evitado, pois aumenta os riscos deforma significativa.

    O item 10.5 da NR 10 estabelece que para um circuito ser considerado desenergizado, ele deve seguir

    alguns passos que listo abaixo:

    a) Seccionamento;

    b) Impedimento de reenergizao;

    c) Constatao da ausncia de tenso;

    d) Instalao de aterramento temporrio com equipotencializao dos condutores dos

    circuitos;

    e) Proteo dos elementos energizados existentes na zona controlada (Anexo I);

    f) Instalao da sinalizao de impedimento de reenergizao.

    Observe que o Item A desta sequncia cita o seccionamento, ou seja, o que na maioria das vezes as

    pessoas entendem como desligar e confundem com a desenergizao. Seccionar desligar o

    equipamento, mas no desenergizar, como podemos confirmar nos itens subsequentes que

    compem a desenergizao.

    O impedimento de reenergizao garantido por bloqueio e sinalizao, que veremos mais frente,

    da mesma forma com a sinalizao,

    Outro passo importante a instalao de aterramento temporrio com equipotencializao dos

    condutores dos circuitos. Esta prtica garante que em qualquer energizao acidental que venha

    acontecer, o sistema de proteo ir ser atuado e a equipotencializao ser forada. Na prtica, voc

    curto-circuita os condutores e leva para a terra de forma a gerar um grande curto circuito no sistema

    fazendo os dispositivos de proteo atuarem, garantindo a segurana de quem estiver trabalhando.

    O processo de instalao relativamente simples, mas deve ser seguido rigorosamente conforme

    descrito muito bem pelos colegas Joo Barrico e Joaquim Gomes em seu MANUAL DE AUXLIO NA

    INTERPRETAO E APLICAO DA NOVA NR10.

    Item D: Instalao de aterramento temporrio com equipotencializao dos condutores dos circuitos.

    Constatada a inexistncia de tenso, um condutor do conjunto de aterramento temporrio dever ser

    ligado terra e ao neutro do sistema, quando houver, e s demais partes condutoras estruturaisacessveis. Na sequncia, devero ser conectadas as garras de aterramento aos condutores fase,

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    previamente desligados, obtendo-se assim uma equalizao de potencial entre todas as

    partes condutoras no ponto de trabalho. Observe-se que este procedimento est sendo

    realizado em uma instalao apenas desligada o que pressupe os cuidados relativos

    possibilidade de ocorrncia de arcos. importante controlar a quantidade de

    aterramentos temporrios implantados de forma a garantir a retirada de todas asunidades antes da reenergizao.

    3.1 Sinalizao

    Eu tenho um amigo que ao ministrar uma palestra e falar da importncia da sinalizao,

    ele diz mais ou menos assim:

    Voc sairia para viajar com seu carro, por

    uma serra, sinuosa.... noite... chovendo.....

    sem iluminao.....sem faris no seu

    carro..... e sem sinalizao na estrada?

    Pois bem, a sinalizao est intimamente

    ligada segurana. No exemplo que citei,

    se o dia estiver chuvoso e a iluminao

    ruim, mas houver as marcas na estrada para

    voc se balizar, e placas que possam identificar o caminho, a sua segurana aumenta eo risco diminui.

    Na empresa no diferente. A sinalizao deve ser sempre clara e com o mximo de

    informao possvel e importante. Observe que em qualquer situao de trabalho, por

    mais que o trabalhador conhea seu trabalho, avisos de segurana so necessrios e

    podem ajudar muito na definio da tarefa ou da ao.

    Recorrendo NR-10 novamente, vemos que o item 10.10 versa sobre sinalizao de

    segurana, e neste caso a segurana nos servios com eletricidade.

    Vejamos o texto:

    10.10.1 Nas instalaes e servios em eletricidade deve ser adotada sinalizao

    adequada de segurana, destinada advertncia e identificao, obedecendo

    ao disposto na NR-26 Sinalizao de Segurana, de forma a atender, dentre

    outras, as situaes a seguir:

    a) identificao de circuitos eltricos;

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    b) travamentos e bloqueios de dispositivos e sistemas de manobra e comandos;

    c) restries e impedimentos de acesso;

    d) delimitaes de reas;

    e) sinalizao de reas de circulao, de vias pblicas, de veculos e de movimentao de

    cargas;

    f) sinalizao de impedimento de energizao;

    g) identificao de equipamento ou circuito impedido.

    O texto claro no que diz respeito s aplicaes ou objetivos da sinalizao. Mas observe que ele

    remete a outra NR, a de nmero 26, que tem como objetivo definir cores, rotulagem preventiva e fichas

    com dados de segurana de produtos qumicos. Desta forma, o simples uso de etiquetas sinalizadoras

    de cor j pode auxiliar na interpretao dos tipos de riscos, ou natureza dos riscos, a que esto

    expostos os colaboradores que entram na zona controlada.

    3.2 Bloqueio e Sinalizao

    J tivemos a oportunidade de falarmos sobre a importncia da sinalizao e as regras que algumas

    normas definem para que a sinalizao seja eficiente. Agora vamos falar sobre a relao da

    sinalizao com o bloqueio de energias perigosas.

    Antes, vamos discorrer um pouco sobre os tipos de energias perigosas. No somente a energia

    eltrica, mas a energia trmica, energia mecnica - como energia de molas, por exemplo, e a energia

    hidrulica ou pneumtica so energias que podem ser perigosas e a anlise de risco ir definir se

    devem, ou no, ser bloqueadas e sinalizadas.

    Pela OSHAS 29 CFR 1910.147 (Controle de energia perigosa Bloqueio e Sinalizao) define-se que

    em locais de assistncia tcnica e manuteno, as energias perigosas devem ser bloqueadas com o

    intuito de no causar acidentes, vejamos duas partes do texto:

    Escopo. (i) Essa norma abrange a assistncia tcnica e a manuteno de mquinas e

    equipamentos no qual a energizao ou inicializao no esperada das mquinas ou

    equipamentos, ou a liberao de energia armazenada pode causar ferimentos aos funcionrios.

    Essa norma estabelece os requisitos mnimos de desempenho para o controle.

    Final idade. (i) Esta seo requer que os empregadores estabeleam um programa e utilizem

    procedimentos para adicionar dispositivos de bloqueio apropriados ou dispositivos de sinalizaopara as fontes de energia e fora isso para desabilitar mquinas ou equipamentos para evitar a

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    energizao, inicializao ou liberao no esperada de energia armazenada a fim de evitar

    ferimentos aos funcionrios.

    Observe que o texto fala de energizao ou inicializao no esperada, por este motivo

    que devemos bloquear a energia para que ela no seja acionada acidentalmente . Este

    bloqueio deve ser realizado por meio que garanta a no energizao acidental.

    Normalmente, se usa artifcios como cadeados. importante ressaltar que recomendado

    que se elabore um programa, que inclui avaliao do risco, definio do bloqueio

    apropriado, o procedimento para sinalizao, e a sequncia que deve ser utilizada para

    cada uma das etapas.

    .

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    4 REENERGIZAO

    Vamos falar agora da reenergizao, ou seja, do procedimento que deve ser tomado aps o trmino

    do trabalho.

    O primeiro passo verificar se o equipamento est em perfeito estado e todos os trabalhos que

    estavam sendo realizados foram feitos a contento.

    Em seguida, verifique se toda a equipe que participava do processo foi retirada da zona controlada,

    ficando somente as pessoas responsveis pela reenergizao.

    Verifique se todos os controladores de energia se encontram na posio neutra.

    Na sequncia, remova os dispositivos de bloqueio de todos os pontos de energia, seguindo os passosprevistos no procedimento de desbloqueio.

    Para finalizar, notifique por escrito e verbalmente, todos os envolvidos no processo de que o

    equipamento est liberado para ser utilizado.

    Registre todos os dados em um dirio para que possa ser consultado caso seja necessrio.

    A NR-10, traz em seu escopo a sequncia para a reenergizao. Esta sequncia est descrita no item

    10.5.2, que reproduzo a seguir:

    10.5.2: O estado de instalao desenergizada deve ser mantido at a autorizao para

    reenergizao, devendo ser reenergizada respeitando a sequncia de procedimentos

    abaixo:

    a) Retirada das ferramentas, utenslios e equipamentos;

    b) Retirada da zona controlada de todos os trabalhadores no envolvidos no processo de

    reenergizao;

    c) Remoo do aterramento temporrio, da equipotencializao e das protees

    adicionais;

    d) Remoo da sinalizao de impedimento de reenergizao;

    e) Destravamento se houver, e religao dos dispositivos de seccionamento.

    Observem que, de forma semelhante, os passos seguem praticamente a mesma sequncia e se

    preocupam com a remoo das pessoas que no estaro envolvidas com a reenergizao, a remoo

    dos bloqueios, alertando para que sejam removidos na sequncia adequada, e a comunicao da

    liberao para o trabalho que deve ser sempre de forma clara.

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    Tivemos a oportunidade de discorrer sobre a energizao e desenergizao. Espero que tenha

    ajudado a melhorar o entendimento sobre o tema e, principalmente, que tenha sido um bom motivo

    para ficar mais atento quando for executar um servio.

    Lembre-se que to importante quanto o procedimento para desenergizao o

    de reenergizao, pois todos devem levar em considerao a segurana de

    quem ir trabalhar na manuteno, reforma ou qualquer atividade que envolva

    energia.

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    CONSIDERAES FINAIS

    O objetivo deste e-book foi o de discorrer, sucintamente, sobre os requisitos que envolvem a

    desenergizao e reenergizao de circuitos eltricos, com base na Norma Regulamentadora Nmero

    10 - NR-10.

    Tivemos a oportunidade de apresentar alguns pontos importantes amparados em normas, para que a

    energizao e desenergizao de um ou mais circuitos sejam realizados de forma segura, mas, antes

    de tudo, importante criar a conscincia de que a vida deve ser preservada e os riscos avaliados de

    forma constante, principalmente quando o assunto eletricidade que no perdoa.

    Naturalmente este e-book no esgota o assunto, mas sim estimula a busca por literaturas que possam

    formar o conceito de segurana em qualquer atividade, sobretudo a de eletricidade.

    Espero poder ter contribudo para esta discusso e fico a disposio para continuar a contribuio.

  • 7/25/2019 [E-book] Desenergizao e o Aterramento Temporrio

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    Universo Lambda| Eng. Edson Martinho

    E-book: Desenergizao e o Aterramento Temporrio 2015

    17

    Quem Edson Martinho?Quem Edson Martinho?

    O engenheiro eletricista Edson Martinho formado pela Universidade de Mogi das Cruzes SP e

    possui ps-graduaes nas reas de Docncia do Ensino Superior e Marketing.

    Atua no setor eltrico e energtico h mais de 20 anos, sendo que h mais de 15 anos profere

    palestras por todo o pas (e fora dele) sobre diversos temas relacionados s instalaes eltricas

    de baixa tenso, segurana com eletricidade e distrbios da energia eltrica. Estima-se que j

    tenha proferido mais de 2 mil palestras.

    fonte e colunista de diversas publicaes especializadas, tendo escrito vrios artigos sobretemas relacionados eletricidade com segurana e qualidade.

    diretor executivo e fundador da ABRACOPEL Associao Brasileira de Conscientizao para

    os Perigos da Eletricidade, atualmente vice-presidente da Associao de Engenheiros e

    Arquitetos de Salto-SP, idealizador do Portal Universo Lambda, scio-diretor da Lambda

    Consultoria, empresa especializada em prestar assessoria s empresas com problemas de energia

    eltrica. A Lambda Consultoria possui um brao de treinamento, a Lambda Cursos, que

    administra os cursos ministrados pelo Eng. Edson Martinho.

    SITES:

    www.universolambda.com.br

    www.lambdaconsultoria.com.br

    www.lambdacursos.com.brwww.abracopel.org.br

    www.abrael.com.br

    FANPAGE:

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    TWITTER:

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