e a vara de arão flosreceu desenvolvendo um ministério frutífero - pr. levy ferreira de souza

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...E A Vara de Arão Floresceu

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À DEUS MINHA FONTE DE VIDA E INSPIRAÇÃO

Á MINHA ESPOSA TÂNIA

COM TODO AMOR DA MINHA VIDA

ÀOS MEUS PAIS: PR. JOEL AMÂNCIO E LOIDE EXEMPLOS DE UM MINISTÉRIO FRUTÍFERO

AS MEUS FILHOS: PR. LEVY JR. – LÍVIA E LIA HERANÇAS DO SENHOR JESUS CRISTO PARA MIM

AOS GENROS E NORA: PR. TIAGO – PR. NASCIMENTO E JOSANA

DÁDIVAS DE DEUS COMO SENDO VERDADEIROS FILHOS

ÁS NETAS: REBECA – ANA LUÍZA E TÂNIA LAÍS DÁDIVAS SUBLIMES DE DEUS E ALEGRIA PARA NOSSA FAMÍLIA

À IGREJA ASSEMBLÉIA DE DEUS – LIMEIRA/SP E SEU MINISTÉRIO LOCAL

NOIVA QUERIDA DE JESUS CRISTO SOB NOSSA LIDERANÇA DESDE 2006

Dedicatória-

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...E A Vara de Arão Floresceu

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“ILUMINADOS OS OLHOS DO VOSSO CORAÇÃO,

PARA SABERDES QUAL A ESPERANÇA DA VOSSA

VOCAÇÃO E QUAL AS RIQUEZAS DA GLÓRIA DA SUA

HERANÇA NOS SANTOS.” Efésios. 1:7

Uma Palavra –

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...E A Vara de Arão Floresceu

5

AO DEUS PAI, FILHO E ESPÍRITO SANTO, que me escolheu e chamou, vocacionando-me para sua

maravilhosa obra;

AO MEU FILHO, PR. LEVY JR., pela diagramação e montagem desse trabalho,além das sugestões oportunas;

AO Designer Ricardo A. dos Santos Campos pelo excelente

trabalho de arte gráfica da capa, parabéns;

À PROFESSORA Márcia Aragão, pela revisão gramatical

AO PROFESSOR PASTOR Jonas Ferreira pela revisão teológica

A TODOS QUE DIRETA OU INDIRETAMENTE CONTRIBUIRAM PARA A EXECUÇÃO DESSE TRABALHO, QUE O SENHOR

JESUS VOS ABENÇOE..

Agradecimentos-

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...E A Vara de Arão Floresceu

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SUMÁRIO

Dedicatória.............................................................................................05

Apresentação..........................................................................................09

Prefácio..................................................................................................13

Agradecimento........................................................................................16

Uma palavra...........................................................................................18

I- A vocação ministerial......................................................................21

Compreendendo a vocação........................................ Aperfeiçoando a vocação........................................... Aceitando a vocação................................................. Compartilhando a vocação........................................ Manifestando a vocação........................................... II- A chamada ministerial....................................................................41

A preparação ministerial................. O tempo de Deus na chamada................................ O caminho no deserto a ser percorrido.................... Elegendo companheiros e conselheiros.................... Exercendo a chamada com coragem.......................

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III- Requisitos essenciais da chamada............................................69

A humildade..................................................... A obediência..................................................... A submissão..................................................... A perseverança................................................. A convicção...................................................... iV- algumas formas de conquistar posição ministerial..............97 A usurpação..................................................... A negociação................................................... A nomeação.................................................... A eleição......................................................... A consagração.................................................. V – Exemplos de Ministérios frutíferos..........................................117 O Ministério de Abraão........................................ O Ministério de Moises........................................ O Ministério de Jose............................................ O Ministério de Arão.......................................... Posfácio ...........................................................................................138

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APRESENTAÇÃO

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Senti-me honrado em ser convidado pelo pastor Levy Ferreira de

Souza para prefaciar este compêndio “...E a vara de Arão floresceu”, terceiro

livro de sua autoria, contendo valiosos ensinamentos sobre o ministério

eclesiástico.

Com muita propriedade, pastor Levy trata com clareza e habilidade a

questão da vocação ministerial, suas implicações para o obreiro cristão e da

compreensão e aceitação que se deve ter acerca do ministério pastoral.

Sabemos que existem muitas obras que tratam sobre o ministério,

porém este livro ilustra de maneira direta a preparação, os requisitos e os

exemplos bíblicos de personagens que marcaram a sua geração através de

uma liderança saudável, íntegra e forte.

Mais do que nunca, a nossa família, nossa sociedade, igreja e nossa

geração, precisam de líderes que façam a diferença; que tenham o profundo

desejo de fazer a vontade de Deus e realizar a sua obra (Jo 4.34); que

produzam frutos eternos para Deus (Jo 15.16); e que compreendam sua

verdadeira identidade ministerial (1Tm 1.1).

Ao discorrer sobre os requisitos básicos para o líder de hoje, o autor

fala de aspectos como humildade, obediência, submissão, perseverança e

convicção. Tenho por certo de que se esses requisitos forem colocados em

PREFÁCIO

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prática pelos leitores, irão nortear a cada companheiro em um ministério de

êxito, crescimento e desenvolvimento.

Outro ponto importante desta obra é a gama de personagens bíblicos.

Desde os patriarcas do Antigo Testamento, até os Apóstolos do Novo

Testamento, o autor vai desenhando a vida, caráter, atitudes, os fatores

negativos e positivos na vida e obra de diversos homens de Deus. Tenho

certeza de que ao terminar esta obra, o leitor terá crescido no conhecimento

bíblico e poderá analisar como está sendo desenvolvido o seu ministério

pastoral.

Lições claras e objetivas, linguagem de fácil compreensão e exemplos

diretos marcam esta importante obra de autoria do pastor Levy.

Conhecendo a vida de dedicação a Deus e o profícuo ministério do

pastor Levy Ferreira de Souza, convido a todos para ler, reler e pesquisar

esta ferramenta que temos em nossas mãos.

Mergulhe nesta leitura, reflita e tome a decisão em ser um obreiro

aprovado por Deus e pela igreja do nosso Senhor e Salvador Jesus Cristo.

Em Cristo;

Pr. João Carlos Padilha de Siqueira

Presidente da Assembléia de Deus no Campo de Presidente Prudente/SP

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O Ilustre pastor Levy Ferreira de Souza, lança agora sua

terceira obra com título de: “ E a vara de Arão Floresceu”.

Após ter lido os originais e constatei o louvável esforço do

autor no sentido de proporcionar aos obreiros de uma forma em

geral, ensinamentos que constituem subsídios necessários ao

melhor desempenho do ministério que Deus lhes confiou.

É um trabalho simples e alicerçado na palavra de Deus, bem

como nas experiências do autor.

Certamente é um livro escrito com humildade e fruto der

meditação e estudo na palavra de Deus.

É uma obra para auxiliar principalmente novos obreiros que,

após a meditação, possam colocar em prática, pois o ministério é

dom de Deus.

Com toda certeza foi com sincero desejo de ajudar a outros

companheiros que esta obra foi preparada; Devemos atentar para o

seu tema “ E a vara de Arão Floresceu”.

Queridos irmão obreiros, companheiros da obra do Senhor,

como tem sido o seu ministério? Tem florescido? Não se esquece

que somos uma varinha nas mãos de Deus e precisamos frutificar,

UMA PALAVRA

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porque conforme nos indica a palavra de Deus, cada um receberá

galardão segundo o seu trabalho .

O autor teve a felicidade de dirimir muitas dúvidas e

orientar, em sua maneira simples de apreciar os fatos e comentá-

los a que, cada obreiro deve conservar-se humildemente, como

nos recomenda a palavra de Deus em I Pe 5:06 que nos diz “

humilhai-vos pois debaixo da potente mão de Deus para que, a seu

tempo vos exalte”.

Sobretudo, como obreiros do Senhor não nos esqueçamos

dos conselhos do apóstolo Paulo à Timóteo “ Procura apresentar-se

a Deus aprovado, como obreiro que não tem do que se

envergonhar e que maneja bem a palavra da verdade”

Vosso companheiro em Cristo Jesus;

Pr. Joel Amâncio de Souza,

Presid. benemérito da Assembléia de Deus

Campo de Limeira/SP

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“Porque os dons e a

vocação de Deus são irrevogáveis.”

Romanos 11:29

I – A VOCAÇÃO MINISTERIAL AL AAAAMIMMINISTERIAL

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Compreendendo a vocação ministerial.

A vocação ministerial é dada por Deus, tendo em vista

que é uma disposição da alma e do espírito da pessoa para

desenvolver uma atividade na obra do Senhor.

Assim, Deus elege seu servo e o vocaciona para fazer

Sua obra aqui na terra, exatamente na posição e função que

entende ser necessário para o que convém ao Seu reino terreno.

Deus jamais se engana, Sua escolha sempre é perfeita,

Ele observa a necessidade da Sua obra, escolhe o homem ou a

mulher e o vocaciona, porém, naturalmente, o ser humano, que é

dotado de livre arbítrio, pode aceitar desenvolvê-la ou não.

Há inúmeros exemplos bíblicos que mostram pessoas

vocacionadas por Deus que rejeitaram executar as tarefas por Ele

determinadas, Na verdade, receberam a capacidade vocacional de

Deus mas não a desempenharam, ou seja, não despertaram o dom

que receberam, tornando-se vasos inúteis.

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O apóstolo Paulo escreveu a Timóteo, seu cooperador,

conselhos que demonstram claramente a possibilidade do

vocacionado adormecer o dom que recebeu do Senhor na sua vida,

conforme segue:

“...por este motivo eu te exorto que desperte o dom de Deus,

que há em ti...”

II Timoteo 1:6

A capacitação vocacional vem de Deus, e observamos,

desde as histórias bíblicas antigas até as contemporâneas, a

existência de pessoas das mais diversas condições sociais,

profissionais e culturais que receberam a capacitação vocacional de

Deus, desempenhando com brilhantismo e sucesso a sua chamada

ministerial, conforme a vontade divina.

A capacitação vocacional pode se dar em diversas áreas

ministeriais: cântico, evangelismo, ensino, aconselhamento, etc.

Para isso, Deus vocaciona os seus servos e os capacita, de acordo

com a necessidade da sua obra e a Sua obra e soberana vontade.

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É importante destacar que a vocação ministerial é

diferente da chamada ministerial; aquela é a capacitação para o

exercício de uma obra, esta, a indicação do tempo de Deus para o

exercício ministerial.

É necessário que tenhamos a compreensão clara da

vocação para que possamos executar a tarefa incumbida,

exatamente dentro da vontade divina. Nossos interesses ou

vaidades pessoais não podem prevalecer diante dos projetos de

Deus para nossa vida e ministério, porque Ele é o dono da obra.

Ao mesmo tempo em que Deus preparava Moisés para

ser o líder do povo hebreu, também preparava e vocacionava seu

irmão Arão para ser o seu cooperador naquela mesma tarefa, pois

de alguma maneira Arão se destacava entre os hebreus e Deus,

portanto estava preparando tudo isto.

Deus sabe que nós, por mais capacitação que tenhamos,

jamais poderemos exercer nossas atividades ministeriais e

vocacionais de forma isolada. Dessa forma, quando nos prepara

para uma obra, tem também o compromisso de preparar aqueles

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que nos auxiliarão, dando-lhes o espírito necessário para exercerem

a tarefa de cooperadores.

O dono da obra é o primeiro a ter interesse que ela seja

executada com eficiência, portanto prepara toda a estrutura

necessária para o sucesso total.

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Aperfeiçoando a vocação;

“...Ele mesmo vos há de aperfeiçoar...”

1 Pedro 5:10

Deus não faz nada imperfeito, e gradativamente

prepara e capacita o vocacionado para o exercício da tarefa que lhe

será proposta.

Podemos observar como Deus lapidou Moisés ao longo

de oitenta anos. Nos primeiros quarenta (êxodo 2:1-10), preparou-

o culturalmente e nos quarenta anos seguintes, preparou-o

socialmente, psicologicamente e espiritualmente (êxodo 2:11-22).

Sabendo Deus que Moisés deveria, no futuro, organizar

o Seu povo para que se comportasse como uma nação organizada,

tratou de colocá-lo, desde menino, dentro do palácio de Faraó, o

maior e mais poderoso líder do mundo antigo, para que ali fosse

preparado em toda ciência do Egito.

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“Moisés foi instruído em toda ciência do Egito e era poderoso

em palavras e obras.”

Atos 7:22

Observamos que Moisés, desde logo, compreendeu o

que Deus queria com a sua vida, haja vista que andando por entre

o povo, procurou defender um dos seus irmãos israelitas das mãos

do seus algozes. Entretanto, ele não estava devidamente preparado

para iniciar o trabalho que Deus lhe colocara no coração, e assim,

fora do tempo, não obteve sucesso.

“Naqueles dias, sendo Moisés já grande, saiu a ter com seus irmãos e atentou para

suas cargas. Vendo que um egípcio feria um de seus irmãos, matou o egípcio e o

escondeu na areia”

Exodo 2:11,12

Moisés compreendia que havia um propósito de Deus na

sua vida, mas ainda, faltava um aperfeiçoamento, um burilamento

para que o trabalho que Deus lhe requeria pudesse ser

efetivamente executado.

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Hoje também encontramos obreiros que, apesar da boa

intenção de servir a Deus, não estão devidamente preparados para

tal. Falta preparação, lapidação e capacitação, a fim de que a obra

do Senhor seja feita com eficiência, e sobre tudo no tempo de

Deus.

Moisés possuía um vasto conhecimento científico

– cultural, pois fora instruído em toda ciência do Egito, mas isso

não foi suficiente para lhe proporcionar qualificação na obra que

Deus lhe vocacionara. Era necessário um preparo mais profundo, e

este só poderia ser ministrado por trás das montanhas de Mídiã, no

deserto, junto de ovelhas que nem mesmo eram suas.

Assim, Deus “transferiu” Moisés para a “escola do

deserto”. Ali, havia de ministrar-lhe outras lições, as quais não

poderia receber dentro do palácio de Faraó. Este era o

aperfeiçoamento ministerial de que necessitava. Um curso intensivo

realizado ao longo de mais quarenta anos.

É importante ressaltar que para executar, os Seus servos

necessitam passar pela “escola de aperfeiçoamento” e preparação

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vocacional de Deus, para que, no tempo de Deus, o obreiro

chamado esteja preparado para fazer a obra do reino de acordo

com a Sua vontade.

Sempre haverá necessidade de obreiros na seara do

Senhor. Foi Jesus quem disse: “... grande é a seara e poucos os

ceifeiros...”, e, realmente é assim, estamos sempre à procura de

obreiros preparados e com chamada.

Não podemos aceitar a justificativa de que “há muita

necessidade” na obra do Senhor para consagrarmos obreiros sem o

respectivo preparo e vocação, sendo certo que, como disse Jesus,

haverá sempre necessidade de obreiros.

Ao longo dos anos de trabalho ministerial, infelizmente,

temos observado alguns incidentes tristes na obra do ministério.

Obreiros experientes e de conceito destacado apressam-se em

“impor as mãos precipitadamente” sobre a cabeça de cooperadores

que ainda não estavam preparados para a obra do ministério.

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Devemos ter o cuidado de aprender a esperar o tempo

de Deus. Inclusive, a própria natureza criada e controlada por Ele

nos dá esta lição: um cacho de bananas que amadurece junto a

própria planta tem um sabor perfeito, no entanto, quando o

agricultor tem pressa do amadurecimento da fruta e a coloca na

“estufa” para um amadurecimento mais precoce, o resultado é uma

fruta sem sabor.

Assim são os obreiros que não se deixam “amadurecer”

no tempo de Deus. Suas mensagens são insossas, não têm sabor,

pois “foram amadurecidos” na estufa.

É bem verdade que a fruta amadurecida na própria

planta está sujeita às intempéries da natureza: ataques de insetos,

açoites dos ventos, choques de temperatura, chuvas e

tempestades, mas superadas as dificuldades, ao prová-las,

constata-se que o sabor é especial.

Há casos de obreiros que, apadrinhados, chegaram ao

ministério pastoral muito rapidamente sem jamais dirigir um ponto

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de pregação, e há outros casos ainda piores que não são dignos de

relatos. Isso é lamentavelmente!

A vocação ministerial deve ser lapidada, aperfeiçoada,

antes que a chamada seja efetivamente posta em prática, para que

a obra do ministério seja frutífera e honrosa.

Na expansão do reino de Deus, o nome do Senhor Jesus

Cristo precisa ser glorificado permanentemente. Esta é a essência

do evangelho genuíno, e, para tanto, o obreiro precisa de preparo e

conscientização.

Uns obreiros despreparados, inexperientes ou imaturos

poderá perder-se pelo orgulho ou vaidade e o prejuízo será

inevitável para o reino de Deus, além da reprovação ministerial que

ele sofrerá.

Por isso mesmo o apóstolo Paulo escreveu a Timóteo,

fazendo recomendações diretas sobre a separação ou escolha de

obreiros para o serviço do Senhor Jesus, os quais, deveriam ter,

pelo menos uma condição importante:

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“...Não neófito, para que ensoberbecendo, não venha cair na

condenação do diabo...”

I Timóteo 3:6

Aceitando a vocação ministerial.

“...e a uns pôs Deus na Igreja, primeiramente apóstolos, depois profetas, mestres,

operadores de milagres,dons de curar,socorro,

governos, variedades de línguas...”

I Cor. 12:28

A aceitação da vocação é requisito fundamental para que

o Senhor da seara possa continuar trabalhando na vida do seu

servo.

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Há pessoas bem preparadas e com profundo

conhecimento das coisas de Deus que não se sentem vocacionadas

pessoalmente para a obra do ministério.

Muitos crentes estão exatamente na posição e condição

de preparação, adequados para fazer a obra de Deus, no entanto

em seus corações, entendem que o trabalho é para outras pessoas,

pois, não se consideram dignas de tal responsabilidade, vejamos o

caso de Samuel:

“...ora, Samuel ainda não conhecia o Senhor, e ainda não lhe tinha sido manifestada a

palavra do Senhor.”

1 Samuel 3:7

Certamente, há muitas maneiras do Senhor escolher e

vocacionar seus servos, mas a forma que utilizou-se com Samuel foi

maravilhosa.

Diz-nos a palavra de Deus que, Samuel foi entregue

para conviver com o sacerdote Eli. Morando no templo, desde tenra

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idade, suas atividades eram estritamente vinculadas à casa de

Deus.

Hoje, sabemos que Deus estava preparando e

vocacionando Samuel para ser o mais completo líder que esteve à

frente do povo de Israel. Mas foi preciso uma aceitação humilde

para que Deus pudesse agir na sua vida. Como podemos observar,

após várias incompreensões e instruções, Samuel afinal pôde dizer:

“... fala Senhor, que o teu servo ouve...”

1 Samuel 3:10

Conhecemos histórias bíblicas de homens que se

recusaram a ser preparados e vocacionados por Deus, que se

rebelaram contra a vontade do Senhor, e outros ainda, que

obtiveram vocação para o serviço de Deus, mas que, se recusaram

a executar a tarefa.

É claro que aos desobedientes e insubmissos existe a

repreensão de Deus, como foi o caso do Profeta Jonas que,

felizmente, ao final, curvou-se à soberana vontade do Senhor e

cumpriu seu ministério.

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Ainda hoje, existe grande carência de obreiros para

executar a obra de Deus, principalmente em lugares de difícil

convivência social. Alguns quando estão em fase de preparação e

recebem uma “credencial”, pedem logo uma carta de mudança para

a “cidade grande” sob as mais diversas justificativas, deixando

assim a “escola do deserto” sua cidade de origem, onde por anos,

foi preparado pacientemente para ajudar na obra do Senhor.

Que pena!!! Perde a obra de Deus, perde também o

obreiro, porque:

“...aquele que leva a preciosa semente, gemendo e chorando, voltará, sem dúvida,

trazendo consigo seus molhos...”

Salmos 126:6

Muitos obreiros preferem priorizar empregos, salários

bons, benesses da política e outras propostas momentâneas em

detrimento à obra de Deus, rejeitando a vocação que lhe foi

outorgada pelo Pai.

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Em certa ocasião, quando pastoreávamos em uma

região muito difícil economicamente no interior do Estado de São

Paulo, e ao necessitar de um obreiro para uma determinada

congregação do campo, convidamos um irmão presbítero para tal

responsabilidade, que nos respondeu indignado: “um dia posso até

sair para o campo, mas não com este salariozinho que o senhor

oferece aos dirigentes...”.

Aquele companheiro tinha bom preparo teológico para o

ensino da palavra; era vendedor autônomo itinerante, e tinha filhos

em tenra idade. Tudo contribuía para a sua vocação ministerial, no

entanto rejeitou o convite. Certamente, perdeu muitas bênçãos de

Deus; em tempo algum sequer chegamos a lhe oferecer valores

salariais.

Deus vocaciona, mas devemos aceitar com alegria as

condições iniciais oferecidas e assim nos dispormos para que Ele

possa completar a obra na nossa vida, para que possamos dar

muitos frutos.

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Quando o homem de Deus tem certeza da sua vocação,

a convicção lhe constrange a confiar naquele que o vocacionou,

Jesus Cristo.

Detalhes não têm muita importância para aqueles que

têm certeza de que Deus o está preparando para uma obra. Assim,

quando chegar o momento, não se ouvirá nenhuma daquelas

respostas que, algumas vezes, os líderes ouvem dos seus

auxiliares:

“...Vou orar primeiro, para saber se é da vontade

de Deus!!!”

“...Vou fazer uma prova com Deus para confirmar

se devo ou não aceitar o convite!!!”

“...Vou falar com minha esposa para saber se ela

concorda com esse convite!!!”

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Estas e outras muitas são as desculpas daqueles

que não têm convicção da sua vocação, pois estão

inseguros ou confusos.

Compartilhando a vocação ministerial.

“...Eu João, que também sou vosso irmão, companheiro nas aflições e no

Reino e paciência de Jesus Cristo-

Apocalipse 1:9

O obreiro é também um ser social que portanto vive em

comunidade, assim sendo, deve compartilhar com as pessoas da

sua convivência, a vocação que lhe está sendo outorgada por Deus.

O apóstolo Paulo era especialista em compartilhar com a

Igreja e com os irmãos as suas dificuldades e os seus objetivos:

“...que luteis juntamente comigo, nas orações a meu favor...”

Romanos 15:30

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De fato, quando o crente aceita a vocação que Deus está

lhe proporcionando, nada mais justo que compartilhar com os que

lhe são próximos, tais como: Igreja, amigos, familiares, etc.

Não é pouco comum, acontecer de obreiros se

oferecerem para fazer a obra de Deus fora do âmbito de residência

ou domicílio da sua família, e ser, posteriormente, surpreendido

com a oposição da própria família.

Muito provavelmente, a família não foi informada em

tempo oportuno sobre a vocação daquele companheiro que

cometeu o erro de guardar somente para si aquele sentimento

vocacional.

Há alguns que surpreendem a família com uma vocação

missionária para outros países, algo que a própria esposa nem

sonhava.

Deixar de compartilhar com as pessoas da convivência

diária, ministério e igreja quanto à chamada vocacional de Deus, é

um grave erro, porque quem assim procede perde orações,

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intercessões, aconselhamento, orientações e, sobretudo, a

participação de pessoas importantes e até indispensáveis para o

desenvolvimento do seu ministério, como é o caso da esposa,

quando o obreiro que é casado.

Para toda a atividade humana, existe um ônus quanto a

responsabilidade assumida e na obra de Deus não é diferente.

Assim, quando o crente se sente vocacionado para o

desenvolvimento da obra de Deus, deve também informar os

familiares e, a partir daí, continuamente, promover diálogo sobre o

assunto, a fim de que a família, principalmente, seja participante

daquela vocação, que apesar de ser individual, trará também

reflexos para toda a família.

A família precisa ser participante da vocação do obreiro,

porque sua participação, ainda que psicológica ou emocional é

fundamental para o bom desempenho do trabalho vocacional do

servo de Deus.

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O obreiro que não consegue envolver os seus familiares,

amigos e próximos com a sua vocação, fazendo-os compreender

que realmente é alguém vocacionado para obra de Deus,

certamente não conseguirá convencer mais ninguém.

Os nossos familiares devem ser os primeiros a serem

convencidos de que somos realmente servos de Deus, e que Deus

nos está vocacionando, ou tem vocacionado para uma obra no seu

reino.

A importância desse compartilhamento traz também

dividendos futuros ao obreiro, uma vez que sua família que

participou de todos os estágios da sua chamada, sentir-se-á

compromissada com a mesma.

É certo que o obreiro solitário terá grandes dificuldades e

obstáculos para desempenhar, na íntegra, o que requer o seu

ministério. Também é certo que o obreiro apoiado pela sua família,

esposa e filhos e demais membros, terá grandes vantagens e

facilidades no desempenho de suas atividades ministeriais.

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Feliz o obreiro chamado e vocacionado que tem uma

família participante do seu ministério, pois certamente terá sucesso.

Manifestando a vocação ministerial.

“...E crescia Jesus em estatura, sabedoria e em graça para com

Deus e os homens -

Lucas 22:52

O apóstolo Paulo incentivava continuamente os seus

companheiros a desenvolverem sua vocação ministerial, vejamos o

que disse a Timóteo:

“medita estas coisas, ocupa-te nelas, para que o teu aproveitamento

seja manifesto a todos.”

1 Timóteo 4:15

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O crescimento e o amadurecimento do obreiro é, sem

dúvida, gradativo e contínuo. Nada acontece da noite para o dia,

tampouco por circunstâncias adversas, ou pelo acaso,

principalmente em se tratando da obra de Deus.

A conveniência se houver, nunca será pelo interesse

humano, mas, estritamente, pela vontade divina.

Jamais podemos manifestar a vocação para o trabalho

de Deus, porque ocorreu uma aposentadoria ou um desemprego,

ou qualquer outra justificativa de ordem social ou pessoal.

Sabemos de muitos obreiros que rejeitaram, por anos e

anos, o convite para sair ao campo de trabalho para executar a

obra do Senhor, e que, após descobrir que não encontravam mais

vagas no mercado de trabalho por diversas razões, procuraram o

ministério para, então, se oferecer, “voluntariamente” para ir ao

campo fazer a obra do Senhor.

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...E A Vara de Arão Floresceu

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É claro que estes companheiros estavam buscando

resolver seus problemas pessoais, e não interessados realmente em

fazer a obra de Deus. Que o Senhor nos livre de tais obreiros.

O nosso trabalho deve ser manifesto a toda a igreja, a

todos os amigos, a todos os conhecidos, para que todos confirmem

que há uma vocação ministerial se desenvolvendo na nossa vida.

É claro que, uma vez que a vocação para o reino de

Deus é manifesto a todos, o ministério da Igreja tomará

conhecimento e avaliará a condição do obreiro, dando-lhe mais

oportunidades para melhor e maior aperfeiçoamento na obra do

reino de Deus.

Além disso, um cooperador que sente que há um

desabrochar da vocação ministerial no seu ser, deve, desde logo,

cuidar de todos aspectos da sua vida social, profissional, familiar e

sobre tudo espiritual.

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...E A Vara de Arão Floresceu

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Na vida social, cuidar do seu relacionamento diário com

as pessoas, manter as questões financeiras sob controle, ser

honesto, íntegro e pontual nos compromissos.

No setor profissional, desempenhar suas funções com lisura,

sinceridade, profissionalismo, sendo exemplo de trabalhador entre

os demais.

No âmbito familiar, desempenhar com cuidado a função

de cabeça da família, no equilíbrio do amor e da disciplina,

conforme determina a palavra de Deus.

E, por fim, na área espiritual, uma das melhores formas

de compartilhar a vocação ministerial, certamente é falando menos

e desenvolvendo mais, porque a obra de um cooperador fala mais

alto do que suas palavras.

O importante é como desenvolve suas funções de

cooperador, como desempenha suas tarefas de diácono, como

executa seu ofício de presbítero, e assim por diante.

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Em bom tempo já declarou o apóstolo quando ensinava

a esse respeito:

“...quem servir bem como diácono, adquirirá para sí boa posição e muita

confiança na fé que há em Cristo Jesus...”

I Timóteo 3:13

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“...mas a nossa

capacidade vem de

Deus.” 2 Corintios. 3:5

I I– A CHAMADA MINISTERIAL MINISTERIAL

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A preparação ministerial.

“...Vem, agora pois, e Eu te enviarei a Faraó, para que tires o meu

povo do Egito...”

Êxodo 3:10

É interessante observar fatos que envolveram o

cooperador Marcos, no início do seu ministério, para que possamos

compreender que a preparação é fundamental na execução do

ministério.

Nota-se que Marcos, também chamado de João,

sobrinho de Barnabé, foi levado com o Apóstolo Paulo e Barnabé

para juntos efetuarem a primeira viagem missionária, conforme nos

relata o livro sagrado.

“...e tinham também a João (Marcos) como auxiliar...”

Atos 13:05

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A seqüência do relato bíblico apresenta grandes

dificuldades e lutas que se abateram contra estes servos de Deus

naquela viagem evangelística.

Provavelmente, Marcos não estava ainda preparado para

tais dificuldades, e, conforme observamos pela palavra, retornou

para Jerusalém, deixando os companheiros seguirem viagem sem

sua companhia.

Tudo indica que a presença de Marcos, um homem

jovem e forte, era importante, principalmente porque Barnabé, seu

tio, era de idade avançada e Paulo tinha dificuldades de visão.

Observando o lamentável episódio que ocorreu entre o

apóstolo Paulo e Barnabé, quando do início da segunda viagem

missionária que ambos pretendiam fazer, percebemos que Paulo

ficou muito decepcionado com a desistência de Marcos na viagem

anterior.

Barnabé, mais uma vez, convidou Marcos para aquela

segunda viagem missionária, o que foi prontamente aceito, porém

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o apóstolo Paulo se opôs à companhia de Marcos, como vemos no

texto a seguir:

“...mas a Paulo não parecia razoável que levassem aquele (Marcos) que desde

Panfília se tinha apartado deles, e não os

acompanhou naquela obra...”

Atos 15:38

De fato, ocorreu ali a discordância momentânea entre

Paulo e Barnabé por conta da imaturidade comportamental de

Marcos, fato compreensível para Barnabé, mas inadmissível,

naquele momento para o apóstolo Paulo.

É claro que os extremos são sempre desaconselháveis,

uma vez que observada a imaturidade e despreparo inicial de

Marcos, apontaremos também para a intolerância e impaciência de

Paulo.

Ainda bem que Deus faz a sua grande obra através de

homens fracos e falhos, para que ninguém se glorie (Hb 7:28).

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Barnabé não abandonou Marcos e prosseguiu na obra de

Deus ajudando-o a se preparar melhor para executar o trabalho do

Senhor. Anos depois, observamos Marcos ajudando o mesmo

Apóstolo Paulo que o rejeitara no início, ainda que na prisão:

“...Aristarco que está preso comigo vos saúda, como também Marcos,

o sobrinho de barnabé...”

Colossenses 4:10

Marcos já não era mais desnecessário e tinha uma

grande qualidade: não era rancoroso, ainda que rejeitado a

princípio, pois agora servia como auxiliar de Paulo no que era

necessário.

De fato, Marcos se deixou preparar para a obra do

ministério, e esse preparo levou-o, mais tarde, a escrever um dos

Evangelhos que leva o seu próprio nome.

Marcos estava preparado para realizar a obra de Deus,

alguns anos mais tarde, de forma que observamos o apóstolo

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Paulo, no final do seu Ministério, requisitando sua presença nos

seguintes termos:

“...só Lucas está comigo, toma Marcos e traze-o contigo, porque me

é muito útil para o ministério...”

2 Timóteo 4:11

A preparação é condição indispensável para que o

chamado por Deus execute uma grande obra no reino de Deus.

Quanto mais bem preparado, melhor será o obreiro para a seara do

mestre.

Deixar-se preparar para a obra do Senhor é como uma

ferramenta que é lubrificada, revisada e amolada pelo artífice, ou

profissional; quanto melhor a ferramenta, melhor o trabalho

executado.

Somos ferramentas na mão do mais perfeito dos

artífices, que é o nosso Senhor Jesus Cristo.

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Por isso, o apóstolo Paulo ensinou a Timóteo dizendo:

“...de sorte que, se alguém se purificar desta coisas, será vaso para honra,santificado e

idôneo para uso do Senhor e preparado para toda boa obra...”

2 Timóteo 2:21

Que o Senhor nos ajude para que possamos estar

preparados para fazer a Sua obra conforme a Sua soberana

vontade.

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O Tempo de Deus na chamada Ministerial.

“...porque tudo tem o seu tempo determinado, e há tempo para

todo o propósito debaixo do céu...”

Eclesiastes - 3:1

É importante compreender que, embora Deus tenha

vocacionado e chamado alguém para o exercício da Sua obra aqui

na terra, o tempo pré-estabelecido para o início deste trabalho

também é determinado por Ele.

Não se deve adiantar, tampouco atrasar o tempo de

Deus para o exercício ministerial. É preciso entender o tempo de

Deus e não interferir nele. Não nos esqueçamos de que Deus é

perfeito e que um dos Seus principais atributos é a onisciência, pela

qual Ele conhece com precisão o tempo exato para cada propósito.

Muitos são os obreiros que têm prejudicado o seu

ministério porque não interpretaram corretamente o tempo de Deus

para o início do seu ministério e, ou se apressaram, ou retardaram

o tempo, perdendo assim a oportunidade preciosa dada por Deus.

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Como já podemos analisar anteriormente, a preparação

para o exercício ministerial é muito importante. Não podemos

abdicar dela, tampouco devemos atropelar o tempo estabelecido

por Deus para não sofrermos prejuízos.

Há obreiros que são convocados pelo ministério da

Igreja com o objetivo de que se inicie sua legítima jornada

ministerial (2 Tm. 2:5). Infelizmente, muitos apresentam objeções

para justificar suas recusas; uns por problemas familiares; outros,

por problemas profissionais e até econômicos.

Ao contrário, outros se oferecem voluntariamente para

fazer a obra de Deus, entretanto observamos, em muitos casos,

que ainda não é o tempo de Deus, haja vista que faltam muitos

requisitos essenciais para o exercício ministerial dos mesmos,

sobretudo a prova, que é fundamental para o serviço efetivo da

obra do Senhor e que deve ser imposta ao obreiro, conforme

determina a palavra de Deus.

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“...sejam primeiramente provados, depois sirvam se forem achados

irrepreensíveis...”

1 Timóteo 3:10

Conhecemos casos de obreiros que foram consagrados

para o santo ministério, sem jamais dirigir um culto, pior ainda,

casos em que receberam liderança de campo, sem sequer ter

dirigido um ponto de pregação.

É claro que os prejuízos estão patentes diante de todos,

uma vez que até a mensagem dos tais não tem sabor, e , sabe-se

que os seus constituintes (padrinhos) estão profundamente

arrependidos.

A própria natureza nos dá exemplos preciosos de como é

importante esperar o tempo determinado para todas as coisas.

Vejamos o que acontece com a banana; conforme já comentado

anteriomente: o lavrador tem duas opções, poderá recolher o cacho

da fruta antecipadamente e colocá-la para madurar sob

condicionamento artificial, ganhando tempo e beleza estética e

perdendo sabor; ou ainda esperar o tempo em que a fruta deverá

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madurar no próprio pé, sujeita às intempéries, ataques dos animais

e insetos, perdendo tempo, beleza estética, mas ganhando em

qualidade, sabor...., Sabemos que comercialmente, o lavrador

sempre opta pela primeira situação, uma vez que o seu objetivo é o

lucro. Entretanto, na obra de Deus, a melhor opção é a segunda,

tendo em vista que a qualidade do fruto é imprescindível para

Deus.

Assim, ainda que se demore mais tempo para a

formação de um obreiro, ao final, a qualidade será bem melhor,

haverá melhor sabor na mensagem, melhor qualidade no exercício

do ministério, e a obra do Senhor ganhará muito com isto.

Infelizmente há alguns obreiros, que por precipitação

dos seus constituintes (padrinhos), foram forçados a madurecer

como a banana na estufa, artificialmente. Eles chegaram rápidos

demais ao ministério, entretanto, por mais que se esforcem, têm

um ministério sem sabor, sem qualidade.

Em períodos de consagração de obreiros, os líderes de

campo sofrem todo o tipo de achaque, pressões etc. Há obreiros,

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inclusive, que não se acanham de se oferecer para consagração e

outros, após as consagrações, chegam a questionar seus líderes por

não terem sido indicados. Que Deus nos livre dos tais.

Melhor esperar o tempo do amadurecimento no pé da

fruta, ou seja, o obreiro deve ser provado primeiramente,

exercendo atividades diversas na obra do Senhor, sofrendo, se for

o caso, todas as provações advindas da exposição do trabalho - as

“tempestades” de lutas e tribulações, os “ataques” dos

perseguidores - sem nenhuma proteção aparente, buscando ajuda

do dono da seara para sobreviver às intempéries e se fortalecer na

presença de Deus.

Deus tem uma forma especial de tratar e burilar cada

um dos seus obreiros, não há uma regra.

É difícil, até penoso, mas valerá a pena, o ministério de

tal obreiro que paga o preço, pois será mais honrado, mais forte,

mais firme, embora tenha que dizer como o apóstolo Paulo, ao final

do seu ministério:

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“...ninguém conseguirá me perturbar, pois trago em meu

corpo (vida), as marcas de Cristo ...”

Gálatas 6:17

Estas marcas são inevitáveis aos obreiros que esperam o

tempo de Deus para o exercício da sua chamada ministerial, mas

também é a verdadeira credencial que legitima o obreiro como

verdadeiro soldado de Cristo Jesus.

Desta maneira, o obreiro não precisa constantemente

estar “dando carteirada”, ou seja, apresentando credencial para

provar que é Ministro do Evangelho, porque sua vida traz as marcas

de um verdadeiro servo de Deus diante do povo da cidade onde

habita.

Há poucos meses, para nossa vergonha, presenciamos

um episódio lamentável em nosso meio ministerial, três de nossos

presbíteros foram “convidados” a mudar de região para o campo de

um determinado “líder”. Sem nos comunicar, os mesmos se

transferiram rapidamente para aquele local, e quinze dias depois

foram indicados, para serem consagrados ao santo ministério.

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Entendemos, então, qual fora a “proposta” que levara aqueles

obreiros a se mudarem tão rapidamente para o outro campo.

Lamentavelmente, a história teve desfecho

desagradável, pois alguns meses mais tarde, esses companheiros

retornaram para a nossa região, exibindo sua nova condição e

status de pastor, requerendo reconhecimento, o que, obviamente

não foi concedido, dado a forma matreira e precipitada com que foi

feita a indicação; além disso, não devemos abrir l precedentes.

É claro que os referidos obreiros foram vítimas de um

líder de campo irresponsável, interesseiro e desqualificado, que

como Balaão, teve interesses escusos no que tange à obra do

Senhor. Deus os julgará.

Não se arrependerão jamais, aqueles que esperarem

com paciência o tempo de Deus. Serão reconhecidos no tempo

certo e darão frutos saborosos na lavoura do Senhor, glória a Deus!

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O caminho no deserto a ser percorrido.

“...e disse João batista: eis o cordeiro de Deus...e dois discípulos

o deixaram e seguiram a Jesus...”

João 1:35

Ao sair do rio Jordão, Jesus imediatamente seguiu para o

deserto aonde foi tentado por quarenta dias e quarenta noites.

Muito embora observemos que dois dos discípulos de

João Batista tenha seguido a Jesus, após o seu batismo no Jordão,

no entanto não os vemos no deserto com Jesus quando da

tentação de quarenta dias e quarenta noites.

Com efeito, é muito significativa as três áreas que foram

provadas por ocasião da tentação de Jesus no deserto, mas ao que

tudo indica, os dois “interesseiros” desistiram desde logo já na

entrada do deserto, e “perderam a chamada...”.

De fato, os evangelistas, Mateus, Marcos e Lucas,

destacam que a tentação de Jesus no deserto consistiu no ataque

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ao que podemos chamar de as três principais áreas na vida de um

homem de Deus, ou seja, o deserto que cada um de nós tem de

percorrer, pedindo graça a Deus para sair vencedor como foi o caso

de Jesus.

Observamos, que no primeiro ataque do diabo, Jesus foi

confrontado e colocado à prova nas suas necessidades natural e

pessoal, conforme o que podemos extrair do texto que se refere ao

momento da tentação:

“...se tu és filho de Deus, manda que estas pedras se

transformem em pão...”

Mateus 4:3

Obviamente, que o tentador conhece, sempre, as

necessidades momentâneas que nos cercam e jamais perde

oportunidade de nos provocar, tentar e assim por diante.

A necessidade natural, pessoal e momentânea de Jesus

era alimento, e o tentador lhe apresentou a oportunidade de

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encurtar sua jornada no deserto com uma sugestão aparentemente

inofensiva, e, é claro que Jesus não sucumbiu à sua provocação.

O que era naquele momento pão para Jesus pode ser

muitas outras coisas para nós, tendo em vista que nossas

necessidades natural e pessoal são inúmeras e variam de pessoa

para pessoa em gênero, grau e número, conforme as circunstâncias

que se nos acercam.

O dinheiro, por exemplo, é a mais freqüente, uma vez

que, através dele, podemos suprir a maioria das nossas

necessidades pessoal e natural. O dinheiro, materialmente falando,

é a solução imediata para a maioria das necessidades humanas,

sem dúvida.

Assim, ele, é sempre o principal instrumento de tentação

utilizado contra as pessoas de um modo em geral, principalmente

dos servos de Deus, os quais têm compromissos com o Seu reino.

Também na questão ministerial o dinheiro tem

conquistado a sua influência, porque, é essencial para a

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sobrevivência humana, entretanto no reino de Deus, precisamos

lembrar que é a Fé o elemento primordial.

É sabido que há líderes oferecendo consagração

ministerial em troca de recompensa financeira, inclusive através da

Internet, onde qualquer pessoa tem possibilidade de obter

“credencial de pastor” no término de um curso teológico on-line.

Que bagagem ministerial pode ter, um “teólogo” desses,

que freqüentou um curso vago e não experienciou as provações

exigidas pelo ministério? Vale relembrar o que nos diz o texto

Sagrado:

“...e estes sejam primeiramente provados, depois

sirvam se forem irrepreensíveis...”

I Timóteo 3:10

Há, pelo menos, cinco formas de se conquistar uma

posição ministerial são elas: a Consagração, a Usurpação, a

Negociação, a Nomeação e Eleição, sobre as quais falaremos mais

adiante.

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Ainda, no segundo ataque, observamos que o tentador,

diante do povo religioso, procurou atingir Jesus em outra área, a

eclesiástica, haja vista que O levou ao pináculo do templo,

certamente em dia de comemoração, provavelmente no dia do

sábado, e lhe tentou:

“...se tu és filho de Deus, lança-te daqui para baixo...”

Mateus 4:6

É claro que o tentador estava procurando atingir a área

ministerial de Jesus. O seu interesse era provocar vaidade pessoal

Nele diante das pessoas que se encontravam no pátio do templo.

Era o momento de Jesus se projetar diante do povo, de se

apresentar em grande estilo, sendo amparado nos braços de anjos,

assim seu sucesso estaria garantido, conforme queria fazê-lo crer o

tentador, e é evidente que Jesus o rechaçou.

Quantas formas existem de sermos tentados na vaidade

diante do povo de Deus?

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O inimigo usa, constantemente, de pequenas coisas

para que os obreiros do Senhor se envaideçam diante do povo, e

muitos se perdem na soberba, na altivez ou na vaidade pessoal,

extinguindo o Espírito Santo do seu ministério, agindo carnalmente

diante do povo de Deus.

Não podemos nos esquecer da atitude desvairada do rei

Saul, que no fim do seu reinado, rasgou, perante o povo de Deus,

as vestes do sacerdote pedindo-lhe, na verdade praticamente

exigindo, que fosse honrado diante deles, vejamos:

“...disse então Saul a Samuel:pequei, honra-me porém agora diante dos

anciãos do meu povo e diante de Israel...”

I Samuel 15:30

Diante do texto bíblico acima, observamos que Saul

equivocou-se duas vezes; a primeira, ao rasgar as vestes do

sacerdote Samuel para forçá-lo a dar-lhe honra diante do povo e a

segunda, referir-se ao povo como sua propriedade.

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Ora, caros companheiros, o rasgar das vestes do

sacerdote, o exigir honra diante do povo e a expressão “meu povo”

ou “minha Igreja” são atitudes muito frequentes em nosso meio,

lamentavelmente.

Muitos “obreiros” rasgam as vestes dos seus Pastores

quando não são satisfeitos nas suas requisições, pelo que passam a

criticar, murmurar e até difamar, esquecendo-se de todos os

benefícios que recebeu até então e como verdadeiros ingratos

agridem sem piedade com palavras e atitudes grosseiras àqueles

que foram usados por Deus para, outrora, lhes abençoar, ou seja,

“rasgam as vestes dos seus líderes”.

Além disso, há ainda os que desejam a honra ministerial

diante da Igreja, com efeito, utilizam-se de todos os meios

possíveis para alcançá-la, e esta busca se acentua quando o

ministério da Igreja está se mobilizando, passando pelo crivo alguns

obreiros que deverão ser indicados ao santo ministério.

Então começa a corrida, a pressão, os pedidos de

intercessão e tudo o que julgam necessário fazer para alcançar os

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objetivos. É claro que esses objetivos na maioria das vezes, não se

concretizam porque os verdadeiros homens de Deus, ainda que sob

a ameaça de terem suas vestes “rasgadas” injustamente, não se

dobram a este tipo de pressão ou qualquer outro.

Lamentavelmente, alguns obreiros aceitam convites para

mudar de ministério, com promessas de consagração, e, de fato,

após a “conquista”, pleiteiam o retorno através de amigos e

padrinhos, sem, obviamente, abrir mão de suas consagrações,

fazendo questão de frisar “...foi concedida por Deus”.

Ora, ora, se estas pretensas consagrações foram,

segundo apregoam, concedidas por Deus, por que então não

desejam permanecer no ministério que foi o suposto “canal de tão

grande bênção”?

Evidente que tais obreiros não conseguem esconder a

decepção que sentem de pertencerem a tais “ministérios”, a ponto

de desejarem retornar para seu lugar de origem.

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Descobriram, tardiamente, que não foi tão honroso

assim, ser consagrado através daquele ministério.

Melhor seria ter esperado o tempo preparado por Deus,

servindo ao Senhor e aguardando na Sua misericórdia, o tempo

necessário.

Não devemos esquecer o que está registrado no texto

sagrado acerca destas coisas:

“...e ninguém toma para si esta honra senão aquele que for chamado

por Deus como Arão.”

Hebreus 5:4

Portanto, devemos ter cuidado para não rasgarmos as

vestes dos nossos líderes, como também não buscarmos honra

para nós mesmos, e tampouco pensarmos e agirmos como Saul.

De fato, Saul disse: “honra-me diante do meu povo”.

Ora, o povo não é nosso, o povo, a igreja é do Senhor Jesus Cristo,

e nós somos seus cooperadores, como bem disse o apóstolo Paulo:

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“...Porque nós somos cooperadores de Deus e vós sois lavoura

de Deus e edifício de Deus”

I Corintios 3:9

Não é incomum ouvirmos alguém dizer “minha Igreja”, e

ainda pior, há alguns que agem como se a Igreja de Jesus fosse

realmente propriedade sua. Lamentavelmente, não são poucos os

que assim se comportam, se esquecendo-se de que a Igreja é de

Jesus, o qual deu Sua vida por Ela. Passem os anos que passarem

dirigindo o rebanho do Senhor, este continuará sendo do Senhor

Jesus.

É claro que Deus não entrega a Sua honra a quem quer

que seja, e portanto, tais obreiros terão grande decepção e

amargura de espírito, porque serão lembrados através de duras

provações, que a Igreja é de Jesus Cristo e que Ele, Jesus, domina

sobre Sua Igreja.

“...Edificarei a minha Igreja e as portas do inferno

não prevalecerão contra Ela”

Mateus 16:18

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Jesus não sucumbiu diante da segunda proposta do

inimigo, repreendeu-o e saiu vencedor da batalha. Assim devemos

também proceder, pois a tentação chega e nós precisamos estar

vigilantes para não sermos vencidos por ela.

A terceira proposta de satanás foi para atingir Jesus no

âmbito social, diante do povo em geral, vejamos:

“...e mostrando todos os reinos do mundo, disse-lhe: tudo isto te darei se

prostrado me adorares”

Mateus 4:9

Ainda bem que o apóstolo Paulo já dizia que nós

conhecemos bem os ardis de satanás, se não, deveríamos

conhecer, visto que ele é medíocre e continua com os mesmos

embustes.

Satanás não conseguiu vencer Jesus no âmbito das suas

necessidades pessoais, procurou combatê-lo diante da Igreja e da

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sociedade em geral, mas não obteve sucesso, e assim continua

fazendo, suas táticas são antigas, não mudaram.

Há obreiros que conseguiram vencer o tentador diante

das suas necessidades pessoais, materiais, fisiológicas etc. Também

conseguiram suplantá-lo quando tentado na sua vaidade diante da

Igreja de Jesus, mas alguns não conseguiram vencê-lo diante da

sociedade. Com efeito, este ataque é muito forte, provocador,

desafiador.

O tentador promete tudo: casas, carros, posição social e

somente exige adoração, ou seja, espaço para ser homenageado,

destacado e honrado.

A perspicácia de satanás é tal que consegue convencer

muitos, isto porque grandes homens de Deus se venderam. As

vezes não por dinheiro, mas por destaque social e outras formas,

esquecendo-se, ou ainda pior, perdendo o foco, o objetivo e se

enveredando para a busca do destaque social oferecido pelo diabo,

através de atitudes desvairadas que, ao contrário do que lhes foi

oferecido, os levam à destruição, humilhação e derrota.

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O destaque, a ascensão metaórica e a glória prometida

diante da sociedade, através de marketing em jornais, televisão,

política e outros meios de propaganda e difusão, fazem sucumbir

grandes homens de Deus, lamentavelmente.

As propostas são imensuráveis com promessas de

infalibilidade, garantias de resultados brilhantes, entretanto quase

sempre com resultados frustrados por circunstâncias adversas e

justificativas decepcionantes para aqueles que se deixaram levar.

Por trás de todas estas promessas, sempre o obreiro do

Senhor Jesus deverá se prostrar diante de alguém ou de alguns,

consequetimente deixará de ser servo de Cristo, e certamente será,

servindo interesses particulares, à revelia do interesse do reino de

Deus.

Que o Senhor Jesus nos livre de tais propostas, e que

continuemos com foco do reino de Deus.

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O deserto é inevitável àqueles que têm verdadeira

chamada de Deus para o exercício do ministério, não adianta

atalhos, desvios, caronas ou outros meios de encurtar ou facilitar o

caminho.

O legítimo e verdadeiro homem de Deus não aceita

facilidades, resigna-se e cumpre o seu ministério conforme o que

determina a palavra de Deus:

“...Mas em nada tenho a minha vida por preciosa, contanto que cumpra com alegria a

minha carreira, e o ministério que recebi do Senhor Jesus...”

Atos 20:24

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...E A Vara de Arão Floresceu

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Elegendo companheiros e conselheiros

“...a ti, fiel companheiro de jugo, também peço que as auxilie pois juntas

se esforçaram comigo no evangelho, ...”

Filipenses 4:3

Nem todo o companheiro poderá ser seu conselheiro,

assim como nem todo o conselheiro deverá ser seu companheiro.

Há diferenças fundamentais nas características de

alguém que pode ser chamado de companheiro ou conselheiro.

Antes de tudo mais, convém ressaltar que

tradicionalmente o obreiro, ou alguém que desenvolve uma carreira

ministerial, à medida que segue sua jornada pelo deserto das

provações e tribulações, vai perdendo “companheiros” e “amigos”

pelo percurso, se tornando alguém, se não solitário, no máximo

com pouquíssimos amigos e companheiros.

Lembremo-nos de que quando Jesus saiu do Jordão,

dois discípulos de João Batista o deixou e seguiu a Jesus, que se

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...E A Vara de Arão Floresceu

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dirigiu ao deserto onde foi tentado por quarenta dias e noites, e

com toda a certeza, aqueles dois não estavam no deserto com

Jesus.

Por essas e outras razões, é importante que o obreiro

cultive na sua vida ministerial, amizades duradouras e saudáveis.

O próprio Jesus tinha amigos e era do conhecimento de

todos que Ele tinha relacionamentos mais próximos de uns do que

de outros, como é o caso de João, o chamado “discípulo amado”.

Cristo também mantinha laços estreitos com Lázaro e

chorou em ocasião de sua morte, provocando observação de alguns

que diziam: “veja como Ele o amava...”

Isso justifica o fato de Jesus, no momento de, talvez,

maior agonia da sua vida e ministério, ter escolhido três discípulos

para acompanhá-lo na oração particular que efetuou no Monte das

Oliveiras pouco antes de ser preso.

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Não é pecado um homem de Deus ter amigos, ao

contrário, é estranho que muitos homens de Deus se fechem para

esse aspecto tão importante e necessário para uma saudável vida

em comunidade.

É importante ressaltar que uma amizade deve ser

cultivada através dos anos, e isso custa alguma dedicação, mas

valer a pena. Somente o tempo revelará a importância de certas

amizades que foram cultivadas por muitos anos.

Não poderia deixar de mencionar a destacada amizade

bíblica entre Davi e Jonatas, amizade que salvou a vida de Davi,

como todos os conhecedores da Bíblia sabem.

“...O homem que tem muitos amigos pode congratular-se, mas há amigo

mais chegado que um irmão...”

Proverbios 18:24

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Um amigo é também companheiro, diferentemente do

conselheiro, por isso estes dois personagens tão importante e

irrecusáveis na vida de um servo de Deus, devem ser escolhidos e

cultivados com carinho e muito cuidado, cada um na sua destacada

função na convivência diária.

Companheiro, amigo é aquele que acompanha

diariamente a nossa vida, estando perto ou longe, estará sempre

ciente de muitos detalhes da nossa vida. Imaginemos um

companheiro fofoqueiro, falador, precipitado, imprudente,

certamente estará sempre colocando as pessoas em sua volta em

dificuldades e vergonha, pelo que um homem de Deus não se faz

acompanhar por alguém com essas qualidades tão desanimadoras.

Um companheiro é alguém que nos acompanha

permanentemente, assim é importante que essa pessoa seja, se

possível, portadora de virtudes melhores do que as nossas, de

qualidades superiores, tendo em vista que, se queremos e devemos

melhorar a cada dia, então, faz-se necessário que aqueles que nos

cercam diariamente sejam pessoas melhores qualificadas do que

nós.

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Por outro lado, não menos importante, precisamos

eleger nossos conselheiros, para que no transcurso da vida e

desempenho ministerial, possamos ter referências seguras e pontos

de vista sábios para os momentos de decisões difíceis.

Com efeito, há muitos faladores sobre todos os assuntos,

entretanto, poucos conselheiros sábios, pelo que diz a palavra do

Senhor:

“...Cada pensamento com conselho se confirma, e com conselhos

prudentes faze a guerra...”

Proverbios. 20:18

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Exercendo a chamada com coragem.

“...Sê forte e corajoso, porque tu farás este povo herdar a terra que,

sob juramento, prometi dar a seus pais...”

Josué.1:6

Sem dúvida nenhuma, uma das virtudes essenciais para

o exercício de um ministério frutífero e abençoado é a coragem.

Os grandes, destacados e vitoriosos homens de Deus.

exerceram seus ministérios com muitas virtudes e qualidades

especiais, e todos s possuíam uma virtude em comum: a coragem.

A começar exemplificar por Moisés, que a despeito de ser

considerado por Deus como o homem mais manso da terra, esta

virtude não dispensou a coragem necessária para dirigir o povo de

Deus pelo deserto. Sem qualquer forma de logística para garantir o

sucesso da jornada, além da fé, indubitavelmente, necessitou de

muita coragem para enfrentar aquele desafio, pelo que, desde

sempre se reflete sobre seu exemplo de líder corajoso.

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Os obstáculos que se impuseram contra Moisés eram

quase intransponíveis, inimigos internos e externos, oposição até

mesmo entre membros da família, chegando a níveis tão

insustentáveis, que houve necessidade da intervenção divina, como

no caso da contradição de Core e depois da oposição de sua irmã,

Miriã.

Todo o transcurso da jornada, durante quarenta anos,

Moisés precisou ser forte e corajoso, uma vez que os obstáculos se

multiplicavam a cada dia.

Como homem, esse líder exemplar, passou por

momentos de desânimo, cansaço, histeria e angústia, entretanto

tais circunstâncias momentâneas, não foram suficientes para

enfraquecer sua coragem, como bem nos revela a história.

Quantas lições importantíssimas podemos extrair da vida

desse extraordinário homem de Deus.

Certamente a coragem de Moisés foi uma das razões

pelas quais Deus o escolheu para aquela tarefa tão difícil, de

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conduzir o povo de Deus através do deserto, e enfrentar todos os

desafios decorrentes daquela jornada.

Companheiros, o nosso desafio não é muito diferente

daquele de Moisés. É verdade que os tempos são outros, no

entanto, está aí diante de nós o povo de Deus, o mesmo Deus,

como também o deserto se estende diante de nós, cheio de

obstáculos, desafios e os inimigos não são tão diferentes.

Porventura não se manifesta em nosso meio os “Abirãos”

e os “Datãs”?

Quem de nós, já não ouviu o lamento dos desanimados

que se amedrontaram diante dos inimigos e gigantes querendo

voltar atrás?

O que dizer dos falsos profetas que se levantam entre o

povo, falando de derrotas e destruições, instigando o povo de Deus

contra seus líderes?

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É na família que é o ataque mais doloroso. Quem de nós

não sofreu o ódio ou rancor, o ciúme ou inveja, dentro de casa,

justamente daqueles que deveriam apoiar, abençoar, orar e

cooperar?

Notem, amados, que estamos inseridos em um contexto

que somente mudam os nomes dos protagonistas, do tempo e do

local, mas as circunstâncias são as mesmas.

Assim, outro comportamento não se exige, senão aquele

que foi uma constante na vida e ministério de Moisés: a Coragem.

A timidez não agrada a Deus. Quem tem compromisso

com Ele e sua obra, necessita também de coragem para tomar

decisões desafiantes, projetos ousados e atitudes de fé, os quais

não serão colocados em prática se no momento adequado faltar a

coragem.

Impossível exercer uma chamada com brilhantismo e

vitórias se a coragem não estiver latente na vida do homem de

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Deus. Ela está sempre associada à valentia, não no sentido da

violência, mas no sentido do ânimo pronto, da perseverança.

Um corajoso que não seja valente, certamente é um

inconsequente, e um valente sempre será corajoso. A palavra de

Deus nos anima:

“...Deus não nos deu o espírito de covardia, mas de

poder, amor e moderação...”

II Timóteo 1 : 7

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“...Pela fé, Abraão,

quando chamado,

obedeceu...” Hebreus. 11:8

III – REQUISITOS ESSENCIAIS DA CHAMADA

MINISTERIAL

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A obediência na chamada.

“...melhor obedecer do que sacrificar...”

I Samuel. 15:22

Sem dúvida nenhuma, o ser humano, enquanto viver,

sempre terá, em algum momento, que exercer atividades regidas

pela obediência.

Esta atitude é tão importante e fundamental na vida do

ser humano que a escritura sagrada relata determinantemente que

até Jesus, enquanto homem, aprendeu a obedecer.

Não restam dúvidas de que um bom líder necessita,

antes de tudo, ser um bom liderado, e se é liderado, então terá que

se sujeitar às ordens do líder.

O texto de I Samuel 15:22 foi inserido num contexto de

circunstâncias muito graves, tratando de fatos relacionados ao

comportamento do rei Saul, exatamente quando fez-se de

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desentendido e distorceu a ordem proferida pelo profeta Samuel,

executando meia ordem, ou seja, obedecendo pela metade.

Tal comportamento foi classificado pelo profeta Samuel

semelhante à feitiçaria e considerado rebelião.

Algo tão chocante merece atenção especial.

Ora, se a obediência parcial é classificada como rebelião

e feitiçaria, que se poderá dizer da desobediência de fato?

Notemos que, aquilo que parece simples e remediável,

não é tolerável pela palavra do Senhor, assim, um homem de Deus

deve pautar seu comportamento pela obediência, uma vez que o

reino de Deus é constituído por líderes, os quais administram a

igreja de Cristo na terra, e esta depende de homens obedientes

para que o reino de Deus se expanda na terra.

Por isso a ordem de Deus através das escrituras

sagradas é veemente no que se refere à obediência, vejamos:

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“...Obedecei vossos pastores...”

Hebreus 13:17

Como já demonstramos, a obediência está diretamente

relacionada a uma ordem, uma determinação.

Assim, quem deseja servir a Jesus Cristo e trabalhar para

o reino de Deus, precisa também entender que a obediência é um

requisito indispensável, e que não lugar para desobediência.

Não estamos falando de comportamento servil,

escravidão, sem direitos a diálogo ou coisa semelhante, (longe de

nós tais forma de trabalho), até porque aceitamos que é

perfeitamente possível a cooperação mútua entre aqueles que

desejam trabalhar na seara do mestre, utilizando-se das indicações,

conselhos e sugestões, entretanto compreendendo que, ao final,

deve prevalecer a ordem estabelecida por aquele que foi colocado

por Deus para determinar a decisão final.

Sempre que nos referimos à obediência, a memória nos

lembra da parábola de Jesus sobre o senhor, seus dois filhos e sua

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vinha, conforme o texto bíblico de Mateus 21:28. O texto destaca a

ordem que o pai deu, igualmente, aos dois filhos para que ambos

fossem trabalhar na sua vinha, sendo que o primeiro respondeu

que iria, entretanto não foi; o segundo filho, inicialmente respondeu

que não iria, todavia, arrependido, foi e executou a ordem do seu

pai.

Daí, surge a clássica pergunta de Jesus: quem fez a

vontade do pai?

Assim, presume-se que o Senhor Jesus, dono da vinha,

até aceita nosso comportamento, inicialmente, contraditório, desde

que, ao final, compatível com a obediência exigida pela sua palavra.

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A obediência na chamada ministerial;

“...Embora sendo filho aprendeu a obedecer por

aquilo que padeceu...”

Hebreus 5: 8

Ainda que a obra do ministério seja um trabalho

voluntário, é necessário a obediência durante seu exercício.

Como seria possível o desenvolvimento do reino de

Deus, se cada um dos obreiros do Senhor Jesus trabalhasse

segundo seus próprios pensamentos?

O apóstolo Paulo, ensinando acerca do ministério na

casa de Deus, esclareceu que Deus estruturou uma hierarquia na

sua obra, querendo o aperfeiçoamento do santos.

É como se o dono da obra nos admoestasse acerca da

desorganização como forma de impedir o crescimento da Igreja. De

fato, nada mais prejudicial à obra do Senhor do que a sublevação

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às determinações da liderança, a desobediência às ordens

emanadas do ministério que administra a casa de Deus.

Por assim dizer, não é demais relembrar o que disse o

apóstolo Paulo:

“...A uns pôs Deus na Igreja, primeiramente

Apóstolos, depois Profetas, Pastores...”

Efésios 4 : 11

Se há hierarquia, há que se ter também obediência, pelo

que não haveria razão de existir a primeira, se não houvesse

necessidade do cumprimento da segunda.

Jesus Cristo, na sua eterna Onipotência, Onisciência e

Onipresença, vivendo em perfeita comunhão e harmonia com o Pai

e o Espírito Santo, jamais precisou obedecer, uma vez que a

contrariedade não fazia parte da sua existência.

As três pessoas da Trindade: o Pai, o Filho e o Espírito

Santo. Tendo os mesmos atributos celestiais e eternos, jamais se

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desentenderam, ou executaram qualquer contradição entre si, pelo

que, não necessitam de obediência.

Entretanto, quando Jesus veio a este mundo para

executar o projeto da salvação da raça humana, tornou-se homem.

Então, como homem precisou aprender a obedecer em todos os

níveis humanamente necessários.

Como filho, obedeceu a seus pais, como profissional de

carpintaria obedeceu a seu mestre, e, como executor de um projeto

arquitetado desde antes da fundação do mundo, obedeceu ao Pai,

Deus, em toda perfeita execução do mesmo, vejamos:

“...Como pois se cumpriria as escrituras, segundo a qual

assim deve suceder?...”

Mateus 26:54

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Essa foi a expressão de Jesus, quando Pedro cortou a orelha do

servo do sumo sacerdote que lhe prendia naquela noite da traição.

Como se pode observar, o desejo de Jesus era obedecer

a tudo que estava previamente estabelecido no plano da salvação,

e não permitiu nenhuma manifestação em sua defesa, ainda que

bem intencionada, como era o caso.

Certamente não foi fácil obedecer, para quem não tinha

experiência alguma nesse campo, todavia Jesus tirou nota dez.

A obediência na obra do ministério é imprescindível para

o bom andamento e crescimento do reino de Deus na terra.

Não importa a condição social dos obreiros, devem

obedecer, não importa a condição financeira do obreiro, devem

obedecer.

Nesses tempos em que a Igreja está passando na terra,

algo “sui-generis”, ou seja, algo novo, está acontecendo. Muitas

pessoas abastadas estão se convertendo, e outros crentes estão

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recebendo grande prosperidade do Senhor, e, muitos recebem a

chamada para a obra do ministério. Então, vejam companheiros,

acontece algo inusitado: alguém que tem muitos empregados à sua

disposição deve, agora, obedecer ao ministério da Igreja na mesma

condição dos demais.

Graças a Deus que a obra de Deus não comporta

protecionismo ou exceções.

Um grande empresário, se for verdadeiramente chamado

por Deus para a obra do ministério, deve obedecer ao seu pastor,

por mais humilde e rude que ele seja, é determinação de Deus.

A obediência se demonstra em cada ato, ou cada

comportamento e ação, de forma que o obreiro deve ter o cuidado

de fazer tudo conforme as determinações, sem distorcer a ordem

segundo seu pensamento.

Lembremo-nos do rei Saul, que tendo recebido uma

ordem do homem de Deus, manipulou-a, distorceu-a, e, como

podemos verificar no relato das escrituras, teve punição severa.

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“...porém disse Samuel...o obedecer é melhor que o sacrificar e o atender

melhor do que a gordura de carneiros...”

I Samuel 15 : 22

A desobediência de Saul era pautada em uma boa causa

espiritual. Dizia Ele que o povo se assenhoreou do melhor do

interdito para oferecer sacrifício a Deus. Vejam que boa e

justificada atitude aos olhos humanos, todavia Deus exige

obediência. Tal atitude custou o reino a Saul. Que Deus nos ajude e

nos dê sabedoria, sobretudo obediência ao ministério da Igreja e

aos nossos superiores para que permaneçamos debaixo da bênção,

fazendo sua obra com alegria.

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A submissão na chamada ministerial;

Concluímos o capítulo que aborda o tema da obediência,

e, a propósito, estamos iniciando o capítulo que trata da submissão

ministerial, a sucessão do tema é proposital para demonstrar a

grande diferença entre ambos.

À primeira vista tais temas parecem ser equivalentes ou

similares, entretanto, veremos a seguir que há uma profunda

diferenciação entre ambos, e por isso mesmo estamos estudando

ambos separadamente.

Como já estudamos anteriormente, a obediência é uma

atitude vinculada a uma ordem imediata, enquanto que a

submissão, assunto deste capítulo, é uma condição permanente do

estado de espírito de uma pessoa.

Não é por acaso que o escritor aos hebreus mencionou

as duas palavras distintamente no mesmo versículo, certamente

porque ambas têm sua distinção bibliologicamente. Vejamos:

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“...obedecei vossos guias, e sede submissos para

com eles, pois velam por vossas almas...”

Hebreus 13 : 17

A submissão é um dom precioso que Deus pode dar

àqueles que desejam fazer a sua obra com amor e dedicação.

A própria palavra já declara que é uma missão inferior

(sub), pelo que desde já se conclui que alguém com espírito altivo,

soberbo, egoísta ou exaltado, jamais aceitará tal função.

A submissão é a condição de alguém que está

permanentemente disposto a obedecer, a se submeter à

determinação do seu líder, em outras palavras, é o companheiro

que todo o líder pediu a Deus.

Um companheiro com este requisito não faz o seu líder

perder noites de sono, orando e pensando em como deverá

proceder para propor, por exemplo, uma mudança de congregação

ao seu liderado.

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Ao submisso, o líder sabe que pode determinar com

tranqüilidade, porque certamente não vai ocorrer motins entre os

que o cercam, tampouco se fará de vítima diante daqueles que o

ouvem diariamente.

O obreiro que tem a graça de ser submisso, jamais

usará termos comprometedores contra o ministério diante da Igreja

que dirige, como já ouvimos e sofremos algumas vezes:

“...Estou sendo arrancado desta Igreja...”

“...Gostaria de permanecer aqui nesta Igreja...más..tenho que obedecer...”

“...Tenho que deixar esta Igreja, mas meu coração está partido de dor...”

Pior ainda, são aqueles que após pedir sua transferência

por razões pessoais, não têm a hombridade de declarar seu pedido

à comunidade, e, na despedida, usam termos que deixam

transparecer, ou subentender que estão sendo removidos por

determinação exclusiva do ministério da Igreja.

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Que comportamento lamentável para um homem de

Deus, na verdade está obedecendo, mas não se verifica o atributo

da submissão em tal companheiro.

Outro sim, a submissão não trata apenas de alguém

estar disposto a obedecer sem restrição, mas de, alguém disposto a

obedecer exatamente como foi ordenado.

Alguns há que obedecem, entretanto sempre dando um

toque da sua vontade, do seu pensamento, da sua visão no

resultado da determinação.

Companheiros assim demonstram que lá no recôndito do

seu coração não consideram boa direção na administração do seu

líder, e procuram “melhorar” a forma ordenada.

É importante saber que há determinações ministeriais,

que a despeito de não representarem o que há de melhor ou mais

plausível para a situação, certamente emanam de Deus através do

líder por Deus constituído, e se houver algum prejuízo aparente,

Deus assim o quis.

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Há sempre um propósito para todas as determinações e

permissões de Deus, assim que, muitos líderes há que tomam

decisões temerárias e depois ficam orando e se perguntando:

“porque Senhor, porque tomei tal decisão?”

Obviamente, Deus tem no comando todas as coisas e

deseja que os liderados sejam em tudo sujeitos e submissos aos

seus líderes constituídos por Deus para o bem da sua obra aqui na

terra, Glória a Deus!

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A humildade na chamada ministerial;

“...e revesti-vos de humildade, porque Deus resiste aos

soberbos, mas dá graça aos humildes...”

I Pedro 5 : 5

Nada mais inconveniente e desagradável que um obreiro

exaltado. Os termos “eu sou”, “eu faço”, “eu tenho”, “eu sei”, são

uma constante em suas ilações.

Em torno do obreiro exaltado não cabe cooperadores,

mas somente bajuladores, pois os mesmos não aceitam quaisquer

aconselhamentos de quem quer que seja, a não ser a concordância

dos que o cerca.

São companheiros que pensam que somente existem

obreiros piores e obreiros melhores, de primeira ou de segunda

classe, quando na verdade, pela palavra de Deus, somos

complementos uns dos outros no que se refere à obra de Deus.

Vejamos o que diz a bíblia:

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“...um é o que planta, outro é o que rega, mas Deus é

quem dá o crescimento...”

I coríntios 3 : 7

Nada mais claro do que essa palavra para nos admoestar

que o que nos diferencia é apenas a função diária plantar ou

regarporque o principal, que é o crescimento, é feito mesmo pelo

Senhor da seara, Jesus Cristo. Glória a Deus!

A soberba, o orgulho, a exaltação ou a vaidade não têm

guarida na obra do Senhor Jesus.

Todos aqueles que entraram por esse caminho,

terminaram frustrados, solitários, rejeitados pela Igreja, pelo

ministério e, sobretudo, pelo dono da vinha que é o Senhor Jesus

Cristo.

“...a soberba precede a queda, mas diante da

honra vai a humildade...”

Provérbios 15 : 38

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A humildade é um estado de espírito, é condição íntima

de alguém que não busca honra a todo custo.

A evidência poderá até surgir na vida de alguém que

seja humilde, mas de forma natural como resultado de um trabalho

voluntário de amor, abnegação, dedicação e sinceridade.

A glória não deve ser perseguida pelo verdadeiro e

legítimo homem de Deus, o estrelato jamais será a bandeira

principal de um humilde servo de Deus, certamente aqueles que

buscam tais condições se apagarão a seu tempo, pois está muito

bem declarado por Deus que: “...a minha honra a outrem não

darei...”

Não é sem tempo lembrarmos de Saul que no fim do seu

reinado, rasgou as vestes do sacerdote Samuel e em desespero

gritava:

“...pequei, honra-me diante dos anciões do meu povo e diante

de Israel, e volta comigo...”

I Samuel 15 : 30

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Interessante é notar que o exaltado sempre procede da

mesma forma: quer ser honrado diante dos grandes e também

diante do povo de Deus.

E pior ainda, mesmo quando está sendo rejeitado por

Deus, pensa ainda que o povo é “seu”, como foi o caso de Saul.

Não deixemos de observar outra coisa importante que

sempre se repete, que é o fato do soberbo, exaltado, querer

sempre pegar uma carona na credibilidade que os verdadeiros

homens de Deus têm diante do povo de Deus, é o caso de Saul que

pedia: “volte comigo...”

Há verdadeiros mercenários, com títulos diversos de

missionários, cantores, evangelistas, conferencistas etc., que

buscam de todas as formas um carimbo de passagem por uma

Igreja representativa e notória, uma carta de apresentação, uma

foto com líderes notáveis para que sejam honrados mais adiante.

Lembremo-nos do início da chamada de Saul, como era

humilde, embora o profeta de Deus lhe demonstrasse de todas as

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formas que Deus o escolhera, ainda assim, Saul humildemente

dizia:

“...porventura não sou eu filho da tribo de Benjamim,

e a minha família não é a menor de todas

as famílias da nossa tribo?...”

I Samuel 9 : 21

Eis aí, meus companheiros, a diferença de expressão de

alguém que se apresenta humildemente no princípio do seu

ministério, e finalmente, transforma-se num homem arrogante,

prepotente, exaltado e em busca de honra, no final do mesmo

ministério.

Infelizmente, a história se repete continuamente.

É preciso vigilância para não sucumbir diante de tantas

tentações de poder e de domínio sobre o povo de Deus.

O homem de Deus não deve ser tímido, tampouco pode

perder o controle e pouco a pouco se assenhorear do rebanho do

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Senhor pensando que é seu, dominar o púlpito pensando que é

seu, apossar-se do microfone pensando que é seu, pregar em todas

as reuniões principais, pensando que é o melhor pregador do

ministério.

A humildade caracteriza o verdadeiro homem de Deus,

mesmo nas suas mais simples ações, visto que, de todas as

formas, o obreiro deve resistir à tentação que todo o homem tem

de ser o centro das atenções, de ser a estrela do palco, de ser o

indispensável.

Humildemente, todo o verdadeiro servo de Deus deve

proferir como o apóstolo Paulo, que diante dos elogios que,

certamente lhes ofereciam, ele respondia dizendo:

“...pela graça de Deus, sou o que sou...”

I Coríntios 15 : 10

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A perseverança na chamada ministerial;

“...e Jesus lhe disse: ninguém que lança mão do arado e olha para trás é apto para o

reino de Deus...”

Lucas 9 : 62

Com efeito, a perseverança é um dos atributos

essenciais para o sucesso ministerial do obreiro.

Não se tem notícia de que alguém em toda história da

humanidade tenha conseguido seus objetivos, ou conquistado seus

alvos sem que tenha havido resistências de todas as formas,

imprevistos de todas as maneiras.

Assim, todo o objetivo para ser alcançado deve o

interessado se munir dessa virtude imprescindível para a conquista.

A perseverança é um estado de espírito, não se trata

apenas de ânimo momentâneo para execução de alguma tarefa.

O ânimo é a disposição específica para determinados atos,

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enquanto que a perseverança é um sentimento contínuo que flui de

dentro da alma daqueles que a possui.

O apóstolo Paulo em momento de profunda reflexão

escreveu algo extraordinário acerca desse tema o qual, sem dúvida,

é a alavanca de propulsão para a vida de milhares de crentes em

todo o mundo, conforme transcrito a seguir:

“...quem nos separará do amor de Cristo? – a tribulação ou a angustia, a perseguição

ou a fome, a nudez o perigo ou a espada?..., em todas essas coisas somos mais do que

vencedores por aquele que nos amou...”

Romanos 8 : 35-37

Quem tem essa convicção, certamente persevera até

alcançar os objetivos tanto ministerial quanto como profissional,

familiar e assim por diante.

Infelizmente muitos obreiros há que, durante sua

jornada ministerial, sempre estão desistindo de alguma coisa. Falta-

lhes a perseverança. Desistem do coral da igreja na primeira luta

que aparece, desistem do diaconato na primeira chuva que se lhe

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acomete quando está cuidando dos veículos ou dos átrios da Igreja,

desistem do presbitério porque tem um mês que não recebem

oportunidade para pregar ou algo semelhante.

Outros ainda há que desistem de ser dirigentes de

congregação porque a comunidade que lhe foi confiada é de difícil

acesso, porque não há cooperadores à sua disposição, sentem-se

só diante da Igreja.

É importante compreendermos que se não tivermos a

virtude da perseverança em nossa vida, companheiros, sempre

haverá justificativas plausíveis ou não para desistirmos das tarefas

que nos são oferecidas.

Precisamos resistir ao desânimo, não podemos dar lugar

ao fracasso. O homem de Deus faz sua autoavaliação regularmente

e observa sua produtividade diante Dele, e se for negativa, deve se

nos desdobrar até conquistar um saldo positivo, frutífero na obra do

senhor.

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Não devemos ficar apenas na reflexão de que “a vara de

Arão floresceu...”, senão que também a nossa vara, como obreiros

do Senhor Jesus Cristo, deve florescer continuamente.

Um certo pastor, já idoso, nos procurou-nos algum

tempo, dando-nos conta da sua longa jornada de cooperador em

outras regiões do estado de São Paulo. Ao final, relatou sua

situação de penúria financeira, residindo em uma favela com a

esposa e ainda tendo que cuidar de outros familiares, e isso apenas

com um salário de aposentadoria.

Pediu-nos para interceder junto à convenção ou até a

nossa sede ministerial no Belém/SP; no que me prontifiquei.

Ao procurar quem de direito entendemos ser necessário,

ouvimos do líder que bem conhecia o requerente que, há muitos

anos, o referido companheiro mais atrapalhava do que ajudava a

obra de Deus, pois onde era colocado a obra minguava. Assim,

transferido de cá para lá, aquele companheiro, apesar de muito

submisso, não demonstrou ser produtivo.

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Este é o resultado da situação de alguém que jamais se

autoavaliou quanto a seu trabalho no reino de Deus.

Erra gravemente, quem pensa que dirigir uma Igreja ou

congregação é o mesmo que dirigir um culto. Certamente que há

muitos jovens inteligentes e dinâmicos na comunidade que podem

dirigir um culto com muito mais dinamismo do que qualquer pastor

ou dirigente.

Outras atividades há, as quais outros não podem fazer, e

que, o pastor, dirigente ou responsável espiritual não podem se

abster, tendo em vista serem os sacerdotes incumbidos para tais

atividades, como liderança, organização, autoridade, visitação,

aconselhamento, etc.

Precisamos entender qual é a função que Deus nos

colocou para exercer no corpo de Cristo, e assim, cumprir com

eficiência e perseverança, nossa tarefa, até a volta de Cristo Jesus.

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Quanto a essa questão do bom funcionamento do corpo

de Cristo, o apóstolo Paulo esclareceu muito bem quando ensinou o

seguinte:

“...porque o corpo não é um só membro, mas muitos; se o pé disser: porque não sou

mão, não sou do corpo; se a orelha disser: porque não sou olho, não sou do corpo...;e

se todo o corpo fosse o olho, onde estaria o ouvido? E se todo o corpo fosse o ouvido,

onde estaria o olfato?...”

I coríntios 12 : 14 – 17

Dessa forma, queridos companheiros, não importa a

posição que Deus nos têm colocado para exercer no corpo, não

importa, desde que a desempenhemos com eficiência e

perseverança, porque Deus é o dono da obra e sabe muito bem

aonde nós vamos desempenhar melhor nossa função. Glória a

Deus!

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A convicção na chamada ministerial;

A importância da convicção na chamada ministerial é

muito grande, certamente a falta dela é a causa de muitos

companheiros largar o arado, olhar para trás, retroceder na jornada

e desistir da chamada.

Hipoteticamente, imaginemos o caso de Abraão: se ele

não tivesse convicção da sua chamada por Deus, teria suportado

tantas lutas? Teria superado tantos obstáculos? Teria persistido

tantas décadas de espera nas promessas de Deus?

Ainda se pensarmos em Moisés; não tivesse ele

convicção da sua chamada, superaria seus temores? Teria energia

suficiente para dirigir um povo tão obstinado? Estaria sereno e

constante em seus objetivos de alcançar a terra prometida durante

quarenta anos?

O que fez esses homens avançarem sem jamais

retroceder foi, sem dúvida, a convicção da chamada de Deus para

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suas vidas e a certeza de que estavam absolutamente na vontade e

determinação de Deus.

Daí a importância dessa convicção para cada um de nós

que servimos na seara do mestre; ela, a convicção é nosso

combustível para movimentar nossas vidas de forma produtiva no

reino de Deus.

Essa convicção é a resultante dos indícios da

manifestação de Deus em nossa vida. Desde os primeiros passos da

fé, quando Deus planeja a escolha de alguém para o seu trabalho,

os sinais que se seguem ao longo da vida – sonhos, visões,

profecias – e tudo o mais que está disponível para Deus se

manifestar são elementos que provocam que o Senhor da seara,

realmente tem chamado seu servo para obra.

“...pela fé, Abraão quando chamado, obedeceu, a fim de ir para um lugar que devia

receber por herança, partindo

sem saber aonde ia...”

Hebreus 11 : 8

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A fé de Abraão era resultante da convicção que tinha

dentro de si, que, na verdade, Deus lhe tinha chamado e

determinado sua saída, certamente uma convicção inabalável que

intitulamos de fé.

Essa convicção falta a alguns obreiros que de vez em

quando proferem palavras de desânimo e acabam desistindo da

obra do Senhor. Alguns chegam a dizer para os companheiros e até

para a igreja sob sua responsabilidade:

“...nem sei como cheguei a ser pastor...”

“...sou melhor profissional...do que pastor...”

„...vou cuidar da minha vida e deixar esse negócio de pastor de lado...”

Não tem muitos dias que um desses companheiros,

revelou – nos, em lágrimas, que nos entregava a igreja sob seus

cuidados e que após dez anos exclusivamente na obra de Deus,

voltaria a trabalhar profissionalmente, e em condição de alguém

muito decepcionado com o reino de Deus, dizia:

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“...se trabalhar para o Senhor significa tudo isso que tenho passado...então não quero

mais dirigir nenhuma igreja...”

Estas atitudes, infelizmente, não são tão esporádicas

assim, meus irmãos, elas resultam da falta de convicção daqueles

que iniciam na obra de Deus por achá-la interessante, bonita, por

pensarem que existe uma compensação financeira, enfim por

buscarem honra ou homenagens pessoais.

Depois de alguns anos, quando tudo isso se frustra, não

resta mais nada que possa manter a pessoa na obra do Senhor.

Por isso é importante se ter a convicção da chamada

ministerial, porque um homem que a tem não se frustra e jamais

recuará, jamais desistirá, jamais largará o arado, a não ser por

razões mais que justificadas, tais como: limitações pela idade

avançada, pela saúde, etc.

Que Deus nos ajude, para que possamos ter a convicção

necessária da nossa chamada ministerial, a fim de servirmos a

Deus, em tempos favoráveis ou desfavoráveis, sem jamais desistir.

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Diariamente temos informações de pessoas que recuam,

retrocedem diante do povo de Deus e isto tem sido motivo de

grandes escândalos; tendo em vista que pessoas em tais condições,

normalmente, não tem caráter forte suficientemente para assumir

sua própria falta de convicção, e passam a culpar Deus e o mundo

todo por suas derrotas.

“...mas o justo viverá da fé, e se ele recuar, a minha

alma não tem prazer nele...”

Hebreus 10:38

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“...Verdade é que

alguns pregam a

Cristo por inveja e

porfia, outros de

boa mente...” Filipenses 1:15

IV– FORMAS DE CONQUISTAR POSIÇÃO MINISTERIAL

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Eleição Ministerial;

Em nossa sociedade contemporânea existem muitas

igrejas tradicionais e importantes que constituem seu corpo

eclesiástico – pastores, presbíteros e diáconos – por meio de

eleições. Entretanto, à luz da palavra de Deus, tais eleições não

têm fundamentos.

Muitos justificam tal atitude com base na escolha

apostólica de Matias, nos primeiros dias da igreja primitiva.

Todavia, se observarmos com prudência e cuidado

vamos perceber que ele foi mencionado apenas no dia da sua

separação, parecendo-nos que o seu ministério não floresceu.

“...e lançando-lhes sortes, caiu a sorte sobre Matias, e por voto comum, foi contado

com os onze apóstolos...”

Atos 1: 26

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Essa eleição, nos parece, foi um tanto precipitada, haja

vista que posteriormente observamos a intervenção direta de Jesus

Cristo na escolha de Paulo que foi e é reconhecidamente apóstolo

entre os demais, ao contrário do que ocorreu com Matias.

Não se pode com isso, alguns se arvorarem em causa

própria e a despeito de não serem reconhecidos por um ministério

idôneo, propalar aos quatro cantos que são pastores consagrados

diretamente por Deus.

O caso do apóstolo Paulo foi único, especial e jamais

repetido por Deus, exatamente para que ninguém torne isso uma

regra. Exceção é exceção e não podemos a qualquer pretexto

transformá-la em regra, de forma nenhuma.

Por muitas razões, a eleição não tem base bíblica, assim

não convém lançarmos mão desse método muito que é racional,

mas nem um pouco espiritual.

As coisas de Deus, principalmente no que se refere ao

ministério, devem ser decididas com oração, jejum e todo o

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cuidado espiritual, bem como a necessária prova do obreiro, além

da verificação de todos os requisitos espirituais e vocacionais já

apresentados.

Certamente Igrejas tradicionais que lançam mão desse

método, têm se decepcionado muito.

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Nomeação Ministerial;

A nomeação é o ato de indicar alguém para exercer uma

função que de outra maneira não lhe caberia.

Não podemos negar que em muitas circunstâncias faz-se

necessária a nomeação de alguém para atender a necessidade da

obra de Deus, quando não se encontram à disposição pessoas

devidamente credenciadas e habilitadas para a função.

É o caso de nomear um obreiro que não seja batizado

com Espírito Santo, para eventualmente dirigir alguns cultos e

responder por uma comunidade, na falta de obreiros que

preencham todos os requisitos da Igreja Pentencostal.

Às vezes, em muitas regiões do Brasil, os homens

migram para trabalhar em outras regiões, consequentemente, a

igreja perde periodicamente muitos obreiros, acontecendo de se

haver necessidade de nomear irmãs para a atividade de diaconisa,

atendendo assim a deficiência momentânea da igreja.

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Temos um caso interessante de nomeação nas

escrituras, que diz respeito ao exílio de Davi, Abimeleque, o sumo

sacerdote, foi morto com seus auxiliares, acusado de protegê-lo.

Seu filho, Abiatar, escapou do massacre e procurou a

Davi, sendo muito bem recebido, e, como trazia consigo o principal

das vestes sacerdotais, foi nomeado por Davi como seu sacerdote

no período de exílio.

Posteriormente, tendo Davi reconquistado o reino,

encontramos Zadoque, o sumo sacerdote nomeado por Saul,

juntamente com Abiatar, sumo sacerdote nomeado por Davi,

ambos traballhando conjuntamente.

Não há registros de como as atividades sacerdotais eram

conciliadas entre ambos.

“...Zadoque pois, e Abiatar, tornaram a levar para Jerusalém

a Arca de Deus, e ficaram ali...”

II Samuel 15 : 29

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Observa-se que em um período muito triste de Israel,

quando Davi estava sendo rejeitado por uma parcela dos príncipes

e pelo povo, Deus colocou sem sua vida um dos sacerdotes que

sobreviveu à mortandade dos demais companheiros.

Davi entendeu que Deus lhe estava enviando alguém

com capacidade espiritual e ministerial para lhe dar a devida

assistência necessária naquele momento crítico.

Até porque, Abiatar trazia consigo o principal das vestes

sacerdotais, ou seja, tudo que seria necessário para o desempenho

do ofício sacerdotal e imediatamente foi nomeado sacerdote de

Davi e seus soldados.

Passado aquele período turbulento, o estreitamento da

amizade, a confiança, a dívida de gratidão que se formou entre

ambos, certamente foi motivo de registro nas crônicas de Israel,

pois foi um único momento em que se verificou a existência e

convivência de dois sumos sacerdotes trabalhando

concomitantemente em Israel.

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A nomeação, às vezes, é necessária, mas nem sempre é

aceitável ou tolerável na obra de Deus. O ideal é que se ore e

busque a Deus para enviar ceifeiros para sua seara, uma vez que

são poucos os ceifeiros.

Tendo conhecimento de que há falta de obreiros, o líder

dirigente previne-se preparando homens que possam efetivamente

desempenhar funções na casa de Deus no futuro.

Escola teológica, escola missionária, escola bíblica de

obreiros e muitas atividades são outras formas de preparar

obreiros, que no futuro poderão ser muito úteis no reino de Deus.

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Negociação Ministerial;

Bom seria se não houvesse possibilidade de negociação

na obra do Senhor, entretanto, esse é um tema que se faz muito

presente em nossos dias. principalmente nesta era da internet onde

se pode comprar quase tudo, por exemplo, credenciais de pastor,

certificado de ordenação, cursos de teologia à distância com direito

a credencial de pastor, etc.

Como se isso não bastasse, sabemos de pastores de

campos ministeriais, graças a Deus que não são do nosso ministério

- Belém - que oferecem consagração ao ministério, em troca de

valores financeiros. Que Deus tenha misericórdia dos tais.

Não há muito tempo soubemos de uma situação pouco

comum: uma igreja – salão, mobília, membros – supostamente

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constituída e prosseguiu com os trabalhos normalmente, filiando-se

a um ministério mais conhecido.

São tantas as notícias de negociações, que seria cômico

se não fosse trágico e vergonhoso para todos nós.

Os convites para mudar de comunidade com a proposta

de vantagem ministerial, ou seja, consagração ao ministério, são

negociações que envolvem muitas pessoas, principalmente os

divisores de trabalhos.

Tais divisores, para receber apoio de obreiros incautos,

oferecem posição ministerial, e muitos sucumbem diante da

negociação, deixando-se levar pela proposta indecente.

A negociação pode envolver pessoas, dinheiro,

comunidades, posições ministeriais, não importa, sempre será

negociação e não podemos nos esquecer de que tudo isso é

reprovado pela palavra de Deus e pelo próprio Senhor da Seara.

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Lembremo-nos de que quando o apóstolo Paulo exercia

suas funções em uma determinada localidade, um homem, que

vivia de adivinhações e engano, propôs-lhe negociação do dom de

curar e o apóstolo Paulo deu-lhe a resposta certeira que serve,

hoje, para todos os negociadores de altar.

“...O teu dinheiro seja contigo para perdição, pois o dom de Deus não se alcança por

dinheiro, tu não tens parte nem sorte nessa palavra,porque o teu

coração não é reto diante de Deus...”

Atos 8 :20, 21

Há ainda os negociadores da palavra e dos cânticos, os

quais estão tendo livre acesso na maioria das igrejas por todos os

lugares.

A existência desses, deve-se ao fato de que muitos

pastores se deixam levar por propostas (negociação), que incluem

até vantagens econômicas.

Pastores que se deixam levar pela falsa idéia de igreja

cheia de pessoas, e que inconseqüentes, não atinam para o fato de

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que no próximo culto aquelas mesmas pessoas aventureiras estarão

à procura da próxima festa onde outros cantores estarão se

apresentando.

O que dizer daqueles grupos que se oferecem para

arrecadar altas somas de dinheiro, bem como doações do povo,

negociando a cinqüenta por cento para cada parte, Igreja e

pregador!

Por que existem tais negociadores movimentando-se por

aí? Certamente, porque há pastores liberando os púlpitos para os

tais.

Não esqueçamos, companheiros, que a Igreja não é

nossa e que haverá o dia de darmos conta da nossa mordomia ao

dono da obra. E será aí que muitos vão pagar caro por terem

negociado vergonhosamente com o rebanho do Senhor Jesus.

O apóstolo Pedro já previa essa situação, pelas

advertências que recebemos em suas epístolas, como segue:

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“...e por avareza, farão de vós negócio, com palavras fingidas; sobre os quais já de

largo tempo não será tardia a sentença,e a sua perdição não dormita...”

II Pedro 2 : 3

Assim meus irmãos, a negociação ministerial nos dias de

hoje não é coisa nova, tampouco surpreendente, já se falava dela

desde o princípio da Igreja.

Precisamos valorizar o reino de Deus, valorizar o

ministério da Igreja. Não devemos liberar os púlpitos para

quaisquer pessoas, há que se proceder com sabedoria e prudência,

cada um de nós tendo responsabilidade e compromisso com a

palavra de Deus e a Igreja de Cristo.

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Usurpação Ministerial;

Apossar-se indevidamente de uma posição ministerial,

sem a devida autorização ou consagração, é no que se traduz a

expressão acima.

Será possível que tal situação exista no seio do

ministério da Igreja?

Ora, ora, companheiros, se já observamos a existência

da eleição, da nomeação e da negociação, por que duvidaríamos da

existência da usurpação no ministério da Igreja?

Há poucos meses, um companheiro de ministério sofreu

duro golpe de traição e usurpação temporária no seu campo

ministerial.

Um dos pastores auxiliares entendeu ter direitos

trabalhistas junto a administração da igreja e, sem nenhum pudor,

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impetrou ação trabalhista contra a Igreja, pedindo, desde logo,

liminarmente, o arresto do templo que dirigia como garantia de

pagamento futuro. O Juiz que pouco entende de ministério

eclesiástico, deferiu de pronto a liminar, ficando então a

comunidade da congregação a mercê do usurpador pelo tempo do

julgamento final da ação, que transcorreu em alguns anos.

Mercê de Deus, ao final, o nosso amigo, pôde reassumir

a administração daquela congregação novamente.

Sobre pessoas assim, o apóstolo Paulo registrou:

“...entrarão no meio de vós lobos cruéis, que não pouparão o rebanho, se levantarão

homens que falarão coisas perversas para atraírem discípulos após si...”

Atos 20 : 29,30

A ganância carnal para liderar o rebanho do Senhor

Jesus é grande, e o que é pior, são pessoas de perto e não de

longe, pessoas da mais alta confiança da administração da Igreja,

pessoas que participam das “reuniões dos doze” diariamente.

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Claro que não é de se admirar, uma vez que a primeira

tentativa de depor o líder e reinar em seu lugar, aconteceu nada

mais nada menos que no glorioso reino dos céus.

Um querubim, ungido como principal entre os demais,

desejou o lugar de Deus e de acordo com a bíblia o referido

usurpador conseguiu convencer um terço dos anjos a lhe

acompanhar na empreitada. Assim registram as escrituras:

“...Como caíste do céu, ó estrela da manhã, filho da alva! Como foste lançado

por terra, tu que debilitavas as nações! Tu dizias no teu coração: subirei

ao céu; acima das estrelas de Deus exaltarei o meu trono, e no

monte da congregação me assentarei, nas extremidades

do norte; Subirei acima das mais altas nuvens, e serei

semelhante ao altíssimo. Contudo serás precipitado

para o reino dos mortos, no mais profundo

do abismo...”

Isaias 14 : 12-15

Seu nome significava “o brilhante” e a bíblia o chama de

“filho da alva” e “sinete da perfeição”.

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Ao ser criado, a bíblia nos sugere que ele desfrutava da

mais alta posição do reino dos espíritos e cheio de força, sabedoria,

beleza, glória e autoridade, todavia se exaltou e resolveu usurpar o

trono do Altíssimo,

Vejamos, portanto, que esse sentimento de usurpação

começou exatamente onde seria improvável: no coração – “ tu

dizias no teu coração”.

Ainda hoje, tais sentimentos podem iniciar nos corações

daqueles que são mais próximos, que têm mais atribuições no

ministério, dos que gozam de mais confiança e assim por diante.

Que o Senhor nos livre dos tais.

O que se passa no coração do homem não podemos

detectar, a menos que o Senhor revele pelos seus dons espirituais,

todavia, companheiros, podemos captar alguns sintomas por meio

de palavras proferidas por pessoas que estão contagiadas com esse

sentimento tão terrível.

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Após ser contagiado com o sentimento da exaltação e

soberba, aquele anjo desviado e depois caído, proferia de forma

muito peculiar, expressões pactanciosas, tais como:

“...eu ...subirei ao céu...”

“...eu...exaltarei o meu trono...”

“...eu...me assentarei no monte da congregação...”

“...eu...subirei acima das mais altas nuvens...”

“...eu...serei semelhante ao altíssimo...”

Analisando essas expressões podemos perceber que a

mente e o coração desse anjo estavam completamente dominados

pelo sentimento maligno da usurpação.

Assim, por esses sintomas externos, meus irmãos,

quando observamos algum pastor auxiliar se expressar com muitos

“eu”, “sou”, “sei”, “fiz” e outras expressões próprias de quem quer

se sobrepor, tenhamos cuidado com o tal, pois tem cheiro de

usurpação no ar.

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Consagração Ministerial;

“...Por essa causa te deixei em Creta, para que pusesses em boa

ordem as coisas que ainda restam, e de cidade em cidade

estabelecesses presbíteros, como já te mandei...”

Tito 1:5

No princípio, quando da formação da igreja, os apóstolos

ficaram com grande responsabilidade de sair por todo mundo na

propagação do evangelho de Cristo Jesus.

Pensemos na circunstância em que não havia referência

para analogia, de forma que tudo era muito novo e único nos

acontecimentos da Igreja da escola apostólica.

Hoje temos referências de tudo que precisamos executar

no reino de Deus, exemplos bons e maus, úteis e inúteis,

edificantes e catastróficos.

No entanto, quanto à consagração ministerial, estamos

ainda aprendendo há quase dois mil anos.

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Lamentavelmente, ainda sofremos com as más escolhas

que fazemos quanto à consagração de obreiros. Sem querer

generalizar, mas a qualidade de nossos candidatos à consagração

está sofrível.

Grande parte das Igrejas constituídas hoje, ainda não se

organizaram com conselho de crivo, órgão tão necessário para

depurar os maus obreiros, ou ainda os despreparados obreiros da

listagem para consagração.

Assim, as indicações se sucedem, as consagrações

acontecem e enchemos nossos púlpitos de obreiros, apenas no

título, os quais em boa parte não podem assumir quaisquer

compromisso no reino de Deus por razões diversas.

Para piorar a situação, muitos consagrados nem mesmo

são batizados com o Espírito Santo, o que contraria frontalmente a

determinação da palavra de Deus, pois o obreiro deve ser “cheio do

espírito”.

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Vemos, então, obreiros tristes assentados nos púlpitos

das igrejas, obreiros desonrados, obreiros desqualificados para as

funções ministeriais que consequentemente, não podem ter

oportunidade para pregar porque não pregam, não podem ter

oportunidade para ensinar porque não têm preparo para tal e assim

sucessivamente.

Como haverá um ministério frutífero na vida de alguém

que não é qualificado para o exercício da função ministerial?

Seja filho, seja parente, seja amigo, seja bonzinho ou

seja qualquer outro qualificativo interessante que possa haver nas

pessoas que nos cercam, não é requisito para a consagração

ministerial.

Ao mesmo tempo que o apóstolo Paulo determinou a

Tito que estabelecesse presbíteros por onde fundasse igrejas,

alertou também a Timóteo, dizendo:

“...Conjuro-te diante de Deus e do Senhor Jesus Cristo, que guardes

estas coisas e que nada façais por parcialidade, e que

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a ninguém imponhas precipitadamente as mãos...”

I Timóteo 5 :21,22

Outra coisa não queria dizer o Apóstolo, senão que,

antes de apresentarmos este ou aquele para consagração a

qualquer função na Igreja, devemos, antes de tudo, provar o

candidato e verificar com muito cuidado seus antecedentes cristãos,

eclesiásticos e até civis e criminais.

Com pesar relatamos fatos que bem demonstram a

necessidade de profunda pesquisa e observação na vida daqueles

que poderão ser consagrados ao santo ministério da casa de Deus,

conforme muitos precedentes:

Há alguns anos, quando ainda cooperávamos auxiliando

na obra, deparamo-nos com situação de grave conflito e vias de

fato dentro da casa de Deus.

Um determinado obreiro daquela congregação liderava

vários outros para agredir fisicamente o nosso líder na época, e

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fatos muito desagradáveis e incompatíveis com a fé cristã

aconteceram ali sob a destacada liderança daquele obreiro.

Anos mais tarde, encontramos aquele líder agressivo e

rebelde ostentando uma credencial de consagração em nossa

convenção fraternal.

Que pena! Certamente, se a pessoas que o indicou para

consagração apurasse com cuidado o passado cristão daquele

obreiro, pensaria muito antes de conduzi-lo à consagração.

Não se trata de qualquer tipo de vingança ou revanche,

mas de qualificação do obreiro, cujo temperamento deve sempre

ser pautado pelo equilíbrio, temperança e nunca promover

escândalos na obra de Deus, como foi aquele triste fato.

Não podemos nos esquecer de que por outro lado,

somos humanos, e portanto, passíveis de falhas.

Quem de nós, pastores líderes, não temos algum tipo de

decepção pessoal por ter apresentado para consagração alguém

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que depois se revelou completamente diferente daquilo que

conhecíamos?

O que dizer de Jesus Cristo que enquanto esteve na

terra, como homem, escolheu doze discípulos e um deles foi o seu

próprio traidor?

Obviamente que não devemos nos justificar com tais

exemplos, mas buscar a Deus e pedir sabedoria, bem como

discernimento do Espírito Santo para ao indicarmos companheiros

para a obra do Senhor, estes sejam verdadeiras bênçãos no reino

de Deus.

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“...Frutificando em

toda boa obra, e

crescendo no

conhecimento de

Deus...” Colossenses 2 :10

V – UM MINISTÉRIO FRUTÍFERO

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...E A Vara de Arão Floresceu

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O Ministério de Abraão;

Ao tratar de um ministério frutífero, não poderíamos

deixar de mencionar o de Abraão, ainda que sucintamente.

Sabemos que ministério é uma área específica e principal

de atividade pré-estabelecida; é a vocação, é a disposição da alma

e do espírito da pessoa, influenciados por Deus, para desenvolver

uma atividade na sua obra.

Portanto, podemos dizer, sem sombra de dúvidas, que

de forma específica Abraão recebeu um ministério de Deus para

desempenhar uma tarefa muito importante, de forma que Deus

teve que vocacioná-lo para tal.

Se observarmos com cuidado, inicialmente veremos

Abraão como um fazendeiro comum, cuidando dos seus animais e

administrando seus negócios entre seus familiares em Ur dos

Caldeus.

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Até que em um dado momento, recebe a manifestação

de Deus na sua vida e começa a sentir, de alguma forma, a

chamada de Deus para uma tarefa específica e muito clara

inicialmente:

“...Sai da tua terra, da tua parentela, e da casa de teu pai e vai para

a terra que te mostrarei; de ti farei uma grande nação, e

te abençoarei, e te engrandecerei o nome...”

Gênesis 12:01

Abraão é considerado nosso pai na fé, porque

justamente creu na chamada e nas promessas de Deus, sem ter

nenhum parâmetro ou referência para analisar o que estava

acontecendo naquelas manifestações divinas.

Obviamente, este título de “pai na fé” lhe foi-lhe

imputado pela situação inusitada em que Abraão se encontrava,

tendo que decidir aceitar ou não.

Aceitando a chamada, deveria proceder toda a

determinação, conforme expressamente exposta, demonstrando a

aceitação do que lhe fora proposto.

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Abraão decidiu aceitar a chamada ministerial, e assim,

partiu sem saber para onde deveria ir, conforme a palavra do

Senhor: “...para uma terra que te mostrarei...”

“...Pela fé, Abraão, quando chamado, obedeceu, a fim de

ir para um lugar que receberia por herança, e,

partiu sem saber aonde ia...”

Hebreus 11:08

Agora, Abraão iniciava uma nova etapa na sua vida na

total dependência da direção e vontade de Deus, assumindo o

compromisso de seguir exatamente a orientação daquele que o

chamou, Deus.

Certamente, ele sabia que o sucesso daquela jornada de

fé na palavra e promessa de Deus dependia da sua fidelidade e

cumprimento da responsabilidade cujo fim não sabia quando nem

como aconteceria.

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Hoje, observando a exemplar jornada de fé de Abraão,

podemos extrair lições inigualáveis para quem quer ter uma vida de

obediência para com Deus, entretanto, muitos querem receber as

promessas de Abraão, mas não querem fazer a jornada dele:

caminhar dentro da direção de Deus.

O frutificar de uma vida ministerial nas mãos de Deus

não acontece da noite para o dia. É preciso entender que a

paciência, a perseverança e outros atributos já estudados devem,

permanentemente, acompanhar aqueles que desejam conquistar as

promessas de Deus na sua vida ministerial.

Não há como saltar etapas da chamada ministerial

legítima, pois Deus não pactua com trapaceiros, com falsificadores

da palavra, falsificadores de consagrações, falsificadores de

diplomas de teologia, ou mesmo credenciais de ministros. Deus não

tem compromisso com essa gente.

É claro que os falsários existem e que tudo que é

legítimo no reino de Deus pode ser plagiado pelo seu inimigo, muito

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embora, aqueles que são guiados pelo espírito não se deixam levar

pelas aparências.

O objetivo de Abraão era seguir o alvo traçado por Deus

na sua vida, e assim, confiante, ele prosseguiu.

Da mesma forma nós, que desejamos viver uma vida

dirigida por Deus, devemos observar sua vontade e direção para

nossa vida e ministério e seguir com resignação sem jamais olhar

para trás.

Os frutos ministeriais na vida de Abraão foram se

apresentando durante a jornada. Isso nos demonstra que

diariamente devemos frutificar no reino de Deus.

A primeira demonstração de frutificação na vida de

Abraão foi a obediência sem questionamento, pela qual ele deixou

tudo para trás e seguiu segundo a determinação de Deus.

Depois, vemos Abraão demonstrando outros frutos

como, por exemplo, o amor fraternal devotado a seu pai e seu

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sobrinho Ló, com os quais, certamente, desejava compartilhar as

bênçãos da promessa. Sabemos que por intervenção divina tudo foi

mudado, mas não podemos negar o amor de Abraão pelos seus

mais íntimos.

Observamos ainda a frutificação no ministério de Abraão

em quando seus servos e os de Ló entraram em atrito.

Demonstrando sabedoria e humildade, Abraão falou com Ló:

“...Não haja contenda entre nós, por que somos irmãos...se escolheres à direita, irei

para a esquerda, e se escolheres a esquerda, irei para a direita...”

Gênesis 12:8,9

Em época de escassez e necessidade, tal decisão tão

despojada de interesse egoísta é muito difícil de se tomar. Só

mesmo quem tem o fruto do espírito é capaz de agir assim.

Ainda posteriormente, podemos verificar mais frutos no

ministério de Abraão, o da piedade, haja vista que na solidão do

deserto, diante das necessidades básicas de água e alimentação,

após a partida de Ló e os seus, Abraão edifica um altar de adoração

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a Deus e lhe oferece sacrifício, recebendo mais uma manifestação e

confirmação das promessas de Deus na sua vida.

“...Disse o Senhor a Abraão, depois que Ló se separou dele: Ergue os teus

olhos e olha para o Norte, para o sul, para o Oriente e o Ocidente,

porque tudo o que vês Eu darei a Ti, e à tua descendência

para sempre...”

Gênesis 13:14,15

Enquanto Ló pensava que estava tomando posse do

melhor daquela região, Deus estava dando posse a Abraão de toda

a terra.

O melhor é permanecer na direção de Deus, ainda que

isso custe lágrimas, decepções e humilhações, se temos a

convicção de que estamos na perfeita direção de Deus, o melhor é

permanecermos firmes produzirmos frutos na jornada.

Tempos depois, observamos Abraão dando o fruto do

perdão e da misericórdia quando foi em socorro do seu sobrinho e

de toda a cidade onde vivia, Sodoma, que fora atacada e

seqüestrados todos, inclusive Ló e sua família.

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Abraão, com auxilio de outros líderes da região e a

bênção de Deus, liderou o resgate com sucesso.

Interessante notar que através daquela batalha, Deus

exalta Abraão diante de muitos povos da região; além de ter um

feliz encontro com o sacerdote Melquisedeque de quem recebeu

pão e vinho e bênção especial, a quem pagou o dízimo.

Abraão teve um ministério frutífero e é referência para

aqueles que desejam desempenhar um ministério cujos frutos

sejam notório a todos.

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O Ministério de Moisés;

Outro exemplo clássico de ministério frutífero é o de

Moisés.

Embora já tenhamos mencionado acerca da sua

chamada, é importante, nesse momento, refletirmos um pouco

sobre como é possível desenvolver um ministério frutífero diante

das dificuldades de uma caminhada ministerial como exemplo,

trataremos da jornada dos filhos de Israel pelo deserto sob a

liderança ministerial de Moisés.

Moisés foi escolhido desde o ventre para, a seu tempo,

liderar o povo de Deus que vivia oprimido no Egito. Sua preparação

durou oitenta anos; quarenta anos no Egito e quarenta, no deserto

de Midiã.

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Como já estudamos, Moisés passou por uma preparação

antes de exercer sua vocação e chamada diante do povo de Deus.

Assim, podemos perceber que, a preparação de um homem de

Deus, legitimamente, poderá ser bem mais longa que propriamente

o período de desenvolvimento do seu ministério propriamente dito.

No caso de Moisés, dois terços de sua vida foram sendo

preparados para a obra do ministério e apenas um terço, realmente

dedicado a desempenhar sua atividade específica diante do povo de

Deus.

Em vários momentos do período da sua preparação,

aflorou em Moisés sua natureza carnal, embora seja considerado

por Deus o homem mais manso da terra:

“...e era o varão Moisés mui manso, mais do que todos os homens que

havia sobre a terra...”

Números 12:03

Apesar disso, matou um egípcio para defender um

Hebreu, fugiu com medo de ser morto, agrediu os pastores que não

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deram a preferência às filhas de Getro, quando estas traziam seu

rebanho para beber água.

Mesmo durante a execução da liderança do povo de

Deus, também cometeu atos temerários, dignos de nota. Um deles,

conforme registrado nas escrituras, é a quebra das tábuas da lei

escritas pelo dedo de Deus quando Moisés presenciou o povo

adorando o bezerro de ouro.

Esse comportamento de Moisés, apesar de não ser

exemplar, mostra-nos que devemos ter paciência e equilíbrio diante

das situações críticas e inusitadas pelas quais podemos passar ao

longo do nosso ministério, a fim de evitamos prejuízos na obra.

Houve o fato, também, em que Moisés feriu a rocha de

Meribá duas vezes, quando Deus lhe dera ordens de apenas falar à

rocha, e então, nós observamos que, pela angústia e opressão,

Moisés esqueceu-se da exata determinação de Deus. A ordem era

para falar e não bater na rocha. Moisés exorbitou e bateu, não só

uma, senão que duas vezes sobre a rocha.

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Com esse fato, aprendemos que devemos ter prudência

e cuidado com as determinações de Deus e que jamais podemos

torcer, acrescentar ou diminuir sua palavra.

Ainda que tenha revelado ser um homem de duras

palavras e atitudes, Moisés desempenhou um ministério frutífero.

Foi abençoado e protegido por Deus em toda a jornada; quer

diante dos inimigos internos, como foi o caso de Corá e seus

companheiros, que diante dos inimigos externos, as nações pela

qual passava. Até dentro da família, quando sua própria irmã Miriã

lhe fez oposição, Deus precisou intervir e o fez para demonstrar a

todos que Moisés era Seu escolhido.

Moisés demonstrou uma liderança frutífera, avançada e

dinâmica, uma vez que, após ouvir os conselhos do seu sogro

Getro, utilizou-se de outros líderes para administrar com mais

eficiência o povo de Deus.

A liderança de Moisés mostra-nos que administrar o povo

de Deus, não é fazer todas as coisas sozinhos. Liderar não é

executar tarefas com absolutismo, porque o próprio Deus que é

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Onisciente, Onipresente e Onipotente não utiliza desse método

absolutista, mas delega poderes a nós, seus ministros, para que

sua vontade seja feita na sua obra.

Deus não busca perfeição de nós, mas busca fidelidade,

conforme se observa na sua palavra:

“...Não é assim com meu servo Moisés, que é fiel

em toda minha casa...”

Números 12:07

Que Deus nos ajude a desempenhar um ministério

frutífero tal qual o ministério de Moisés que, apesar das falhas,

obteve alto grau de comunhão e aprovação de Deus.

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O Ministério de José do Egito;

“...E contando o sonho a seu pai e seus irmãos, seu pai lhe repreendeu

dizendo: que sonho é este que sonhaste, Porventura

viremos eu, tua mãe e teus irmãos a

Inclinar-nos perante ti em terra?...”

Gênesis 37:10

Observemos que, inicialmente, desde os pais aos irmãos

de José não aceitavam a sua liderança, conforme se vê.

É evidente que Deus não poderia levantar o ministério

de José diante dos seus irmãos, por isso a oposição, o ciúme e a

perseguição começaram desde logo.

Para preparar José, Deus, então, utilizou-se da escola de

que mais gosta: a escola da provação, pois seu propósito final era a

preservação da casa de Israel.

Muito interessante observar que toda a jornada de José,

distância da casa de seu pai, as provações e experiências vividas,

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nada mais eram do que a preparação de Deus na vida de alguém

que, nem imaginava, mas seria o governador do Egito, e que assim

estava sendo preparado para uma tarefa muito difícil e árdua, e

portanto a preparação deveria ser adequada.

Com efeito, o trauma emocional de ser desprezado e

vendido por seus próprios irmãos, a humilhação por ser tratado

como escravo, daria a José a humanidade necessária para

administrar seus servos. A chefia da casa de Potifar dar-lhe-ia

experiência de liderança e costumes egípcios a tentativa de

sedução por parte da mulher de Potifar, garantir-lhe-ia o equilíbrio

de emoções necessário para um líder que não deveria se deixar

levar por bajuladores a prisão injusta ensinar-lhe-ia que ao julgar,

todos os detalhes de um fato, devem ser observados.

E, por fim, a fidelidade ao propósito de Deus, não sendo

volúvel, não desistindo jamais, não se decepcionando com Deus,

compreendendo que Deus tem um propósito em todas as

provações pelas quais passamos, preparando-nos para uma grande

tarefa, conforme se vê na vida de José.

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“...Disse José a seus irmãos: Não temais, vós intentaste o mal contra mim, porém Deus

o tornou em bem, para fazer como se vê neste dia, conservando em

vida a um povo grande...”

Gênesis 50:19,20

Ao final, vemos José, um homem bem preparado para as

funções que lhe foi confiada, equilibrado, sábio, prudente, sem

rancores e apto para executar as tarefas a ele confiada por Faraó e

muitas outras. O objetivo de Deus na sua vida, foi cumprido e como

resultado temos a preservação da casa de Israel, Seu pai.

Sem dúvida, o ministério de José foi frutífero, exemplar e

digno de destaque para a eternidade.

“...E disse José a seus irmãos: Eu morro, mas Deus certamente vos visitará, e vos fará

subir desta terra para a terra que jurou a Abrão, Isaque e a Jacó...e, fareis

transportar meus ossos daqui...”

Gênesis 50:24,25

Certamente que muitos de nós, em vários aspectos da vida e

ministério, sofremos situações idênticas a de José, entretanto temos seu

exemplo para copiar, uma vez que não permitiu que o desânimo dominasse

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sua vida, não aceitou que o ódio e o rancor invadissem sua alma, não

permitiu lugar de vingança no seu coração.

No Egito, constituiu família e serviu a seus senhores com toda

fidelidade e dedicação. Aos poucos, devido a seu comportamento íntegro,

conquistou confiança e posição privilegiada.

Enfim, José aceitou com serenidade o propósito de Deus na sua

vida e deixou-se levar pela vontade divina.

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O Ministério de Arão;

“...e eis que a vara de Arão, pela casa de Levi, florescia, porque produzira flores, e

brotara renovos e dera amêndoas...”

Números 17:08

O grau de vínculo familiar entre Arão e Moisés foi a

razão de grande contenda entre os filhos de Israel, porque não

aceitavam a representação sacerdotal de Arão perante seus filhos.

Entendiam que Moisés havia indicado Arão,

simplesmente, por ser seu parente próximo. O ciúme e a inveja

impedia-os de ver a direção de Deus na consagração de Arão.

Mas Deus não deixa a confusão se delongar em prejuízo

da sua obra e logo toma as providências necessárias para dissipar

qualquer mal entendido que possa trazer consequências negativas

para o seu povo. E foi o que fez.

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Uma das formas mais eficientes para demonstrar que

alguém é realmente servo escolhido e nomeado por Deus, é a

frutificação na obra do Senhor e foi exatamente isso que ele fez.

Dentre as varas que representava cada tribo de Israel,

Deus fez a vara de Arão florescer e produzir Frutos, ou seja,

ocorreu um a situação de manifestação divina para convencer os

contradizentes.

A história se repete continuamente. Ainda hoje,

precisamos produzir frutos diariamente na atividade do ministério, a

fim de que todos possam entender que temos uma chamada para a

obra de Deus.

Frutos podres ou azedos não comprovam a chamada

divina; são necessários frutos doces e perfumados, agradáveis

diante do povo de Deus. As nossas atividades são frutos que se

desenvolvem diante do povo e através da nossa vida diária, o

ministério é confirmado ou não.

“...Para que possais andar dignamente diante do Senhor, agradando-lhe em tudo,

frutificando em toda a boa obra,e crescendo no conhecimento de Deus...”

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Colossenses 1:10

Um ministério frutífero é aquele que, na direção de Deus,

floresce e cresce em conhecimento e experiências, mesmo diante

das adversidades, uma vez que estas são inerentes ao

desenvolvimento natural de um ministério regido pelas mãos do

Senhor.

O homem de Deus, no desempenho de suas atribuições

na obra do Senhor, seja qual for sua função, sempre estará

preocupado com os frutos do seu trabalho. Não estamos falando de

trabalho material, como reformas de templos, construções, etc; se

bem que isto é muito importante e necessário para um ministério

crescente, mas nos referindo a frutos espirituais.

Precisamos entender que o reino de Deus, como bem

disse Jesus, “não é comida nem bebida”, ou seja, não é relacionado

a coisas físicas, materiais, mas espirituais. Assim, os frutos do

nosso trabalho ministerial devem ser, também, espirituais.

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Não é incomum que um obreiro assuma uma igreja, e

logo em seguida, querendo demonstrar administração ativa e

resultados agradáveis, promova pintura do templo, reforma dos

átrios e outras atividades materiais inerentes, entretanto, pouco

tempo depois, observamos que o progresso só ficou no material.

Onde está o fruto espiritual do nosso trabalho, que é o

crescimento da Igreja como um todo, ou seja, elevação do número

de membros, crescimento na graça de Deus e no conhecimento da

sua palavra?

A comprovação definitiva de que somos obreiros

legitimamente vocacionados e chamados por Deus, é confirmada

justamente pelos frutos produzidos, como podemos observar pela

Palavra:

“...nisto é glorificado meu pai, que deis muito fruto,

e assim sereis meus discípulos...”

João 15:08

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Foi preciso que a vara de Arão florescesse para que o

povo o aceitasse como sacerdote escolhido e aprovado por Deus.

Jesus falou sobre os frutos que devemos produzir e qual

a relação deles com nosso caráter ministerial dizendo:

“...portanto, por seus frutos os conhecereis...”

Mateus 7:20

Jesus ensinava sobre os falsos obreiros, sobre os falsos

profetas e sobre os lobos devoradores do rebanho, e demonstrava

que somente havia uma maneira de se verificar quem é quem no

reino de Deus: através dos frutos.

Há ainda uma lição final a se aprender sobre a vara de

Arão que floresceu; Deus chama, vocaciona e o ministério, na

orientação de Deus, separa e envia para a obra. Vale lembrar que

Deus não abandona jamais o seu escolhido e estará sempre na

retaguarda dando o suporte necessário, o socorro bem presente

para aqueles que verdadeiramente e legitimamente se entregam de

coração para fazer sua obra.

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Não há o que temer, companheiros! Sejamos fiéis,

valentes e perseverantes, por que Deus cuida tem compromisso

com sua obra. façamos a nossa parte que Ele jamais deixará de

fazer o que Lhe compete, lembremo-nos do que o apóstolo Paulo

escreveu aos obreiros do Senhor:

“...Eu Plantei, Apolo regou, mas Deus deu o crescimento; pelo que nem o que planta é

alguma coisa, nem o que rega, mas Deus que dá o crescimento; ora

a que planta e o que rega são um, mas cada um receberá mo seu galardão

segundo o seu trabalho, porque nós somos cooperadores de

Deus e vós sois lavoura e edifício de Deus...”

I coríntios 3:6-9

Nada mais elucidativo que este ensino de Paulo. Não

somos dono da obra, por mais anos que passemos diante dela, o

povo não é nosso, é “lavoura de Deus”, “edifício de Deus”.

Finalizando este estudo, não devemos deixar de observar

que há tempo para todas as coisas, inclusive há o tempo de

frutificar, quando este passar, devemos guardar a convicção do

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dever cumprido na obra do Senhor. Parece-nos que esse era o

comportamento do Apóstolo Paulo quando se expressou:

“...Porque eu já estou sendo oferecido por aspersão de sacrifício, e o tempo da minha

partida está próximo, combati o bom combate, acabei a carreira e guarde

i a fé, desde agora, a coroa da justiça me está guardada,a qual,

o Senhor, o justo juiz, me dará naquele dia, e não somente

a mim, mas a todos que também amarem

a sua vinda...”

II Timóteo 4:6-8

Assim, enquanto Deus nos der oportunidade e saúde

para trabalhar na sua seara, devemos produzir o máximo, frutificar

com sabedoria, enfim florescer.

Não vamos perder tempo com o desnecessário, com o

supérfluo, nem permitamos que a vaidade ou a soberba invada

nosso ser e contamine o nosso ministério, permaneçamos sempre

na humildade, e demos toda honra para Deus.

Há uma convocação de Jesus a ser atendida ainda:

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“...e aproximando-se a noite, disse ao seu mordomo, pague-lhes o jornal começando

pelos derradeiros, até aos primeiros; assim, os derradeiros serão

os primeiros, e os primeiros serão os derradeiros, porque muitos

são chamados mas poucos escolhidos...”

Mateus 20: 8 e 16

Que Deus tenha misericórdia de nós para que, além de

chamados, sejamos também escolhidos do Senhor, como

aprovados e frutificados na sua seara; amém.

Vamos trabalhar, o Senhor nos chama, certamente

somos os trabalhadores da undécima hora, da ultima convocação,

portanto, não desperdicemos a oportunidade de fazer o melhor

para Deus.

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A nobreza e a sublimidade do ministério cristão exige

daquele que escreve sobre ele, que seja criterioso, que tenha

profundidade bíblica, e, sobretudo, que tenha uma bagagem

ministerial que já o tenha transformado automaticamente numa

autoridade espiritual no assunto.

Quem conhece o Pastor Levy Ferreira de Souza, e

conseqüentemente, o seu histórico ministerial, sabe perfeitamente

que se trata de uma autoridade no assunto.

Por conseguinte, depois de ler cuidadosamente a presente

obra, fruto da pena sapiente do supracitado escritor, sinto-me

duplamente honrado: Primeiro por fazer parte do ciclo de amizade

do Pastor Levy, o que me proporcionou o indescritível privilégio de

ser um dos primeiros a bebericar desse rio sapiencial de instruções

concernentes à vocação e chamada ministerial. Segundo, porque a

critério do autor, coube a mim, o menor de todos, o privilégio de

posfaciar uma obra que tem um caráter educativo, para o seleto

grupo de obreiros e ministros que o Senhor Jesus Cristo escolheu e

pôs na Igreja, a sua noiva querida.

POSFÁCIO

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...E A Vara de Arão Floresceu

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Caríssimo leitor, esta obra que com absoluta certeza, já

enriqueceu os seus conhecimentos, e que vai abrilhantar a sua

biblioteca, precisa ser transformada por todos nós, numa

ferramenta na formação de novos obreiros, e, sobretudo, no

sentido de fomentar um ministério frutífero, nesta última hora da

Igreja do Senhor Jesus, aqui na terra.

Que Deus, a fonte de vida e inspiração, continue inspirando o

Pastor Levy Ferreira de Souza, a fim de que novos temas possam

ser abordados, e como este, possam também promover o

aperfeiçoamento dos santos para o desempenho do ministério, para

a edificação do corpo de Cristo, conforme a palavra de Deus pelo

apóstolo Paulo aos Efésios 5.12.

Pr. Jonas Rodrigues Ferreira

Escritor, conferencista, e presidente do Conselho de Ética, Doutrina

e Disciplinas da Assembléia de Deus – Campo de Limeira/SP

Fim