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Durval

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Tomás de Aquino (1225-1274)

Mar tinho Luter o (1483-1546)

Max Weber (1864-1920)

Durval

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Maria L ygia de Carvalho Alli Molineir o. Vocação:uma perspectiva junguiana. A orientação vocacionalna clínica junguiana. Mestrado em Psicologia Clínica.PUC-SP, 2007

Carl Gustav Jung (1875-1961)

Durval

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Teoria do desenvolvimento psicossocial

- foco no ego (diferentemente de Freud, que focava oid);

- reconhecimento da importância da infância, mas semdesvalorizar as outras fases: adolescência, idadeadulta, velhice;

- em cada estágio da vida o ego passa por uma crise;- com base nos tipos de crise do ego, a vida é dividida

em oito estágios (a esposa, Joan Erikson, aprofundouo estudo de um nono estágio, dos anciãos);

- desfecho positivo da crise: ego forte e estável(ritualização);

- desfecho negativo da crise: ego mais fragilizado(ritualismo);

- a personalidade é reformulada e reestruturada apóscada crise do ego.

- nesta teoria, a preocupação não é delimitar cadaestágio por uma idade, mas por uma questão crucialque deve ser resolvida.

Vilma

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Os oito estágios progressivos dodesenvolvimento psicossocial

Os quatro primeiros estágios correspondem de modogeral à infância.

1) Confiança básica x Desconfiança básica (até 1ano de idade): nesta fase, a atenção, o carinho e apaciência dedicados à criança transmitem sentimentosde confiança ao bebê (cuidado com exageros);2) Autonomia x Vergonha e Dúvida (2 a 3 anos deidade): nesta fase, a exploração deve ser incentivada(de novo, sem exageros), para ajudar a construir acapacidade de autonomia;3) Iniciativa x Culpa (4 a 5 anos de idade): nestafase, se a iniciativa for bem desenvolvida, geraresponsabilidade; é um momento em que a pessoacomeça a desenvolver a necessidade de realizartarefas e de cumprir papéis;4) Construtividade ou Diligência x Inferioridade (6a 11 anos de idade): nesta fase, em meio à realizaçãode tarefas, surge na criança o interesse pelasprofissões; é um momento de imitação de papéis,ainda numa perspectiva imatura.

Os outros quatro estágios correpondem aos períodosde crise que começam, em geral, na adolescência, eseguem ao longo da vida:

5) Identidade x Confusão de Papéis (12 a 18 anos deidade, ou adolescência): a formação da identidade tem

uma dimensão psicológica e uma dimensão social.Neste estágio, ocorre a fusão entre componentes“dados”, como, p. ex., o temperamento e as aptidões,e opções “oferecidas”, como o status e os valores. Háa necessidade de integração entre passado, presente efuturo, e do desenvolvimento de uma coerência, paraque a pessoa se situe na sociedade;6) Intimidade x Isolamento (jovem adulto): é omomento para desenvolver uma auto-imagem firme, atolerância perante as próprias limitações e oreconhecimento das próprias potencialidades, com afinalidade de que a pessoa se torne uma colaboradorana sociedade;7) Produtividade (ou Generatividade) x Estagnação(adultez média ou meia-idade): a crise, aqui, podelever à integração no mundo do trabalho e àcapacidade de relacionamento; o indivíduo manifestamais intensamente sua necessidae de gerar, para sesentir produtor ou mantenedor de algo (p. ex.: ocuidado com os outros, a criação de uma obra, etc.);8) Integridade x Desesperança (maturidade ouvelhice): O desfecho positivo dessa crise gera osentimento de que a pessoa fez o melhor possível comsua vida, a confiança em si mesma e na humanidade;o desfecho negativo leva à estagnação e aosarrependimentos.

Segundo Joan Erikson, no 9º estágio (numa idade de90 anos, em média), a pessoa volta a se confrontarcom os desfechos negativos de todos os estágiosanteriores.

Vilma

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As crises da ação

- Na cultura pós-industrial, a vocação primordial dohomem, que seria transformar a realidade por meio deseu trabalho, se transformou numa ação que tem porfinalidade “fazer coisas”.- O homem não pode não agir, pois precisa,sobretudo o adulto, dar sentido a sua experiência.- Com a ação, o homem descobre a fragilidade (suaslimitações), mas, sem a ação, experimenta a solidão,fica sem uma ligação com a realidade.- As conseqüências de um mundo em que a açãoficou reduzida à dimensão de “fazer coisas” são:a) a ação fica à mercê dos desvios de suas intençõese de suas realizações (uma ação pode ser pensada,refletida, ou, ao contrário, instintiva, vivida ao sabordas circunstâncias: realização desligada dasintenções);

b) em vez de interação e negociação, existe apossibilidade de uma ação que não implique a pessoado outro, e que gera a exclusão;c) a ação só existe quando quem age tem razões emotivos claros para agir; sem isso, a ação é vividacomo impulso, sem possibilidade de ser mediada poruma justificação objetiva;d) é preciso haver um equilíbrio entre o processo (aação) e o procedimento (o fazer), para não haver atendência a valorizar às vezes só a perfeição da ação eoutras só a perfeição da obra; toda obra feita semesse equilíbrio acaba se tornando uma rejeiçãoincômoda;e) em toda ação há um jogo continuo de necessidade eincerteza; quando perdemos a consciência dessas duasdimensões, as ações se deixam tomar pelas regras danecessidade social e se reduzem a uma lógicapuramente instrumental.

Durval

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O adulto, sozinho, diante de suas decisões

- A sociedade pós-moderna é uma sociedade deresponsabilidades: o adulto é obrigado a decidir,mesmo quando a liberdade de decisão parece fictícia.- A cultura da responsabilidade recusa o acaso,invoca a implicação do ator mas rejeita asconseqüências dessa implicação (a pessoa é sempreresponsável, mas nunca culpada).- O adulto, assim, fica abandonado a sua solidão e asua imaturidade de decisão.

Durval

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Levinson

Quatro idades da vida, nas quais as pessoas encontramatividades e ajustamentos cruciais a serem realizados:infância (0-20 anos), adultez inicial (20-40 anos),adultez média (40-60 anos) e adultez tardia (acima de60 anos). Entre as idades há períodos de transição. Emsuas pesquisas, verificou esse padrão de estabilidade-transição-estabilidade. O conceito central é o de“estrutura da vida”, o padrão subjacente da vida deuma pessoa em determinado momento; oscomponentes primários da estrutura da vida são osrelacionamentos que o indivíduo mantém com osoutros (não apenas pessoas).

Bridges

Todo processo de transição na vida adulta possui trêsfases: o término de (1) uma situação, seguido de (2)um período de confusão e vazio que conduz a (3) umnovo começo.

Oatley

O autoconceito se estrutura por meio do desempenhode papéis. O autoconceito se transforma e se ajustaquando o sujeito enfrenta as tarefas e as transições davida.

Hall

O sucesso psicológico não está relacionado àprodutividade objetiva ou à eficiência, mas àpercepção do significado pessoal daquilo que a pessoafaz.

Korman

O sentimento do fracasso está relacionado com a crisede meia-idade: percepção da finitude da vida, reduçãode oportunidades de crescimento profissional, aprópria obsolescência, mudanças de papéis, falta desentido existencial, etc.

Durval

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Personalidades vocacionais

Segundo Holland, a personalidade vocacional de umsujeito se desenvolve como produto dahereditariedade em interação com o ambienteproporcionado pelos pais e as experiências singularesde reforço. Essa combinação resulta num estiloparticular de lidar com as situações da vida.

Tipologia das personalidades vocacionais

Pressuposto: a pessoa busca ambientes e profissõesadequados à expressão de sua personalidadevocacional. A correspondência entre o tipo pessoal e oambiental influencia a estabilidade, o sucesso e aperseverança na escolha vocacional.

Seis tipos:1) realista: não tem muita sociabilidade edesenvoltura interpessoal; possui tendênciasagressivas, que facilitam destrezas motrizes e forçafísica; tem facilidade com problemas concretos; éobjetivo nas ações e decisões; elege atividades queimpliquem manipulação objetiva de objetos emáquinas; valoriza recompensas materiais porconquistas tangíveis.2) investigador: é reflexivo, introvertido, ponderadoe comedido em suas ações; reprime emoções; apreciatarefas não estruturadas e não rotineiras, quepossibilitem autonomia e originalidade; gosta de

desafios e valoriza o conhecimento; busca acompreensão dos fenômenos por meio da obervação edo estudo metódico e rigoroso; evita atividades depersuasão, como vendas.3) artístico: expressa idéias e sentimentos; é intuitivoe criativo quando a questão é entender as situações darealidade; é sensível e emotivo, o que favorece acompreensão por empatia; é tímido e introvertido;evita rotinas e a conformidade a regras estabelecidas.4) social: aprecia vínculos humanos; evita situaçõesmuito intelectualizadas e o uso da força física; temsensibilidade e responsabilidade para auxiliar,orientar, tratar e resolver as dificuldades dos outros;gosta de se sentir aceito e respeitado nas atividadesque realiza, atraindo atenção com isso; comporta-sebem socialmente; tem desenvoltura verbal; é bom emsituações que envolvam sentimentos e mediaçãointerpessoal; valoriza os aspectos educacionais eterapêuticos.5) empreendedor: possui boa expressão verbal,persuasão e manipulação das pessoas; deseja poder estatus; valoriza o sucesso na política, nos negócios enas atividades que impliquem liderança; é decidido,extrovertido, ambicioso e otimista; é hábil no tratointerpessoal e na solução de problemas.6) convencional: cumpre normas e regulamentos; temautocontrole nos afetos; admira o status, o ganhomaterial, o poder ou o sucesso; é consciencioso eaplicado; gosta de atividades que exijam precisão,organização e planejamento; não admira soluçõesintelectuais; tem prudência e cautela.

Vilma

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- O valor serve como meta para orientar a vida dosujeito.- Comportamentos voltados para a realização dedeterminado valor carregam conseqüências sociais,psicológicas e práticas que podem estar em conflitoou ser compatíveis com a realização de outrosvalores.

1) PODER (status social e domínio);2) REALIZAÇÃO (sucesso pessoal de acordo com ospadrões sociais);3) HEDONISMO (prazer ou gratificação sensual);4) ESTIMULAÇÃO (excitação e novidade);

5) AUTODIREÇÃO (independência de pensamento eação);6) UNIVERSALISMO (compreensão, tolerância eproteção do bem-estar das pessoas e da natureza);7) BENEVOLÊNCIA (preservação e ampliação dobem-estar das pessoas próximas);8) TRADIÇÃO (respeito e comprometimento comcostumes culturais ou religiosos);9) CONFORMIDADE (restrição a ações e impulsosque possam prejudicar a outros e violar expectativassociais);10) SEGURANÇA (estabilidade social, derelacionamentos e de si mesmo).

Vilma

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De Fruyt & Mervielde

Cinco grandes fatores de personalidade:- extroversão- abertura- sociabilidade- escrupulosidade- neuroticismo

Nichols, Daiger & Power

- Pessoas com interesses diferentes possuem estilos detomada de decisão de carreira diversos, com diferentesgrau de sucesso.- Ex. Holland & Nichols observaram maior indecisãode carreira em estudantes com interesses artísticos;Holland, Daiger & Power perceberam que os tiposrealistas e convencionais são menos competentes paraa tomada de decisão em comparação com os tipossociais.

Durval

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Teoria do desenvolvimento de carreira

- Super propôs um modelo para descrever e explicar odesenvolvimento de carreiras composto de 14proposições.

- Sinteticamente:

1) As diferenças de habilidades, personalidade,necessidades, valores, interesses, traços eautoconceitos.

2) Essas diferenças levam as pessoas a se qualificarempara determinado número de ocupações.

3) Cada ocupação tem uma margem de tolerância.

4) As preferências, competências e situações mudamcom o tempo.

5) O processo de mudança se resume numa seqüênciade crescimento, exploração, estabelecimento,manutenção e declínio (em grandes e pequenos ciclos,dependendo da intensidade da mudança).

6) As características dos esquemas típicos de carreiravariam de acordo com fatores sociais e culturais.

7) O sucesso depende da maturidade de carreira numdeterminado momento.

8) A maturidade de carreira é o grau dedesenvolvimento vocacional do indivíduo.

9) Esse desenvolvimento pode ser ajudado.

10) O desenvolvimento profissional se resume àformação e implementação de autoconceitosocupacionais.

11) A síntese e compatibilização entre fatoresindividuais e sociais, entre autoconceitos e realidadeacontece num processo de desempenho de papéis e defeedback.

12) A satisfação depende de o indivíduo encontrar oscanais adequados para as suas características.

13) O grau de satisfação depende do grau deimplementação dos autoconceitos.

14) O foco da organização da personalidade pode sero trabalho e a ocupação, mas pode haver outros focos.

Vilma

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Importância do autoconceito

Trajetória. As vocações podem mudar com amodificação do autoconceito ao longo da vida. Ascarreiras são as trajetórias percorridas pelo sujeito nabusca de implementação desses autoconceitosrelacionados ao trabalho.Papéis. Quanto maior o número de papéissimultâneos desempenhados pelo indivíduo, mais ricoserá seu estilo de vida e maior a possibilidade dedesempenhar outros papéis com satisfação.Estabelecimento. É um estágio, entre os 25 e os 44anos, em que acontecem as atividades deestabilização, consolidação e progresso numa áreaocupacional (as mudanças não são mais de campo oude ocupação).Manutenção. Quando a pessoa tem certeza de queencontrou a carreira, vive o estágio de manutenção.Quando não tem certeza, tem de refazer o percurso(crescimento, exploração, estabelecimento).

Vilma

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Componentes fundamentais da motivação e

do comprometimento em relação à carreira

1) IdentidadeQuanto o indivíduo define a si mesmo por meio dotrabalho que realiza, ou seja, a importância da suaatividade de trabalho para a formação do seuautoconceito e da auto-estima. Isso inclui desejo decrescimento e reconhecimento na área profissional emque a pessoa está;

2) ResiliênciaA habilidade do sujeito para se adaptar e superarcircunstâncias problemáticas que venham a atingir sua

carreira, mesmo quando são desencorajadoras edesestruturantes. Implica autoconfiança, exigência derealização (que leva a aceitar novos aprendizados) edisponibilidade para se arriscar.

3) InsightConhecimento das próprias forças e fraquezas, quepermite estabelecer metas de carreira realistas eprodutivas.

Vilma

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Blau

Carreiras são vocações, dentro das quais as profissõessão apenas um tipo de expressão ocupacional.

Hughes

A carreira é um processo contínuo de busca,construção e reconstrução de significado.

Warr

A pessoa se anula e continua na mesma ocupação, pormedo das incertezas.

Schein

- Problemas que o profissional encontra na adultezmédia:a) em relação à carreira: especializar-se ou tornar-segeneralista; necessidade de estabelecer umaidentidade; choque entre expectativas e realidade;encontrar o equilíbrio entre trabalho, família eintereses pessoais;b) em relação a trajetória de vida: conscientização daprópria mortalidade; renovação de sentimentos econflitos experimentados na adolescência;transformação de papéis e limite de oportunidades porcausa da idade.

Durval

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Dois tipos de educadores

Apaziguadores- tentam nos descarregar do peso de qualquerconfrontação de sentido;- para eles, o equilíbrio interno da pessoa não pode serperturbado;- todos os meios são permitidos para a satisfação doinstinto ou da auto-realização;- a pessoa é estimulada a se conformar ao ser coletivo,em vez de investir na possibilidade de ser diferente.

Guias- fazem a pessoa se confrontar com os valores e ossentidos;- oferecem valores e sentidos ao desejo de sentido doeducando.

Propósito e meta

Para Dinielt, a educação está sempre subordinada aum propósito e ligada a uma meta. Quer saibam, quernão, os educadores sempre educam “para” algo,sempre dão uma direção.

“Você deve chegar a ser aquilo que deve ser”

- segundo esse princípio, a tarefa da educação é ajudara pessoa a desenvolver sua personalidade e sair daestreiteza e da unilateralidade de sua vida;- formar é introduzir numa vida superior, forçar a umaexperiência mais ampla e profunda que a que apessoa, voluntariamente, buscaria;- é preciso aceitar a pessoa como ela é, mas incentivá-lo a chegar aonde pode chegar.

Durval

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O educando como sujeito

- a formação é mais que transmitir um saberespecializado;- a ação educativa e os meios educativos(metodologias, técnicas, conteúdos, relacionamentos)visam tornar as pessoas artífices de seudesenvolvimento e do desenvolvimento social;- esse processo é mediado pelo educador.

A mediação do educador

- o educador ajuda a ampliar a consciência daslimitações e das possibilidades do trabalho;

- o educador apresenta a fadiga como parte dotrabalho;- o educador estimula valores criativos: a oferta de sipara a vida (fazer, criar, produzir);- o educador estimula valores vivenciais: aprender areceber da vida (experimentar a beleza da natureza, daarte, do lazer, do diálogo, da leitura);- o educador estimula valores de atitude: tomarposicionamento diante das situações da vida semdeixar de lado as próprias limitações e as dos outros(aceitação do sofrimento, da doença e da morte);- o educador ajuda a valorizar o modo de fazer e omotivo pelo qual as coisas são feitas.

Vilma

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Bártolo Paiva Campos

- observa os limites de uma orientação vocacional queprocure “emparelhar” as características do indivíduocom os requisitos das atividades profissionais: apessoa é levada a adotar construtos previamenteoferecidos;- em contrapartida, mostra uma evolução naperspectiva construtivista, que foca a integração entreo indivíduo e a sociedade de uma forma cognitiva(aumentando o papel do orientado e diminuindo o doorientador); essa abordagem ainda tem limitações,porque não escapa à confrontação entre o projetopessoal e o social;- indica como alternativa mais completa a perspectivaconstrutivista, desenvolvimental e ecológica, que dáprioridade à relação entre o sujeito e o mundo; nela,há espaço para o afetivo e o cognitivo, e não hádissociação com a atividade.

Jean-Pierre Boutinet

- aponta para a existência de uma confusão entreexperiência e hábito (Sartre o chamava “prático-inerte” e Heidegger, “inautenticidade);- a experiência do adulto já está organizada, mas épreciso que seja confrontada com alguma coisa nova:nesse confronto se manifesta um hábito ativo, que vaifavorecer o aparecimento de novas aptidões edesenvolver as já existentes;- ao contrário, sem o confronto com o novo, aexperiência é o lugar da construção do hábito passivo,que produz rotinas, escleroses e condicionamentos.

Jair Militão da Silva

- trabalha sobre a constituição de sujeitos queultrapassem o ambiente organizacional burocrático econsigam efetivar uma expressão e comunição social;- aponta para o risco de considerar o sujeito já pronto,um elemento implícito em qualquer obra humana.

Durval

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Caráter único

- toda vida humana tem algo insubstituível, aimpossibilidade de que um homem seja representadopor outro naquilo que só ele pode e deve fazer;- esse algo depende do homem, não do que ele faz,mas de quem ele, que faz, é e do modo como essehomem faz;- esse algo é o que dá sentido à existência

Trabalho e valor

- o trabalho pode representar o campo em que esse“algo único” do indivíduo se relaciona com acomunidade;- é aí que o trabalho recebe seu sentido e seu valor.

Profissão e personalidade

- A profissão dá à personalidade um leque deoportunidades constantes para que a personalidade serealize plenamente, por meio do cunho pessoal queimprime a sua obra profissional.

Vilma

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