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Dr. Irineu Grinberg“100 Anos”, pág. 6

A opinião aqui manifesta é de plena responsabilidade dos seus autores.Para o leitor, fica a liberdade de contatá-los diretamente através de seus próprios e-mails.

Editorial

Alhos ou bugalhos?

Dr. Dácio Eduardo Leandro Campos “A tecnologia e a relação social”, pág. 38

Entendemos que é um consenso civilizado valorizar educação, cultura, conhecimento científico. Só para resumirmos uma sociedade pós moderna. Muito bem. Então, porque ainda tropeçamos em pleno século XXI (ou 21) com graves deficiências nestas questões? Todos querem longevidade, qualidade de vida,

Dr. Yussif Ali Mere Jr“O futuro continua incerto”, pág. 16

saúde. Então, porque entendem que são custos altos e devem ser dimensionados para uns poucos? Ou seja, repartir o bolo é um ato de extremo egoísmo humano. Uma péssima herança de presidências anteriores. Tipo: Uns devem viver em dar o sangue e a maioria deve morrer . Mitigar verbas para ciência, cultura e, a base de tudo, educação, é condenar inocentes à morte sem sentido, prematura. Apertaram o botão vermelho. Não tiveram a mínima chance. Mas, agora todos têm a reconhecida oportunidade de separar alhos de bugalhos. E vamos concretizar essa nova realidade. Custe o que custar. Quando atentaram contra a vida de uma renomada personalidade política, esta foi salva por uma elite de profissionais bem equipados, bem estudados, bem preparados. E se não fossem eles?

Alexandre Calegari“A importância do BI para o sucesso do laboratório”, pág.42

Confira a opinião dos nossos colunistas

Ligia Maria Mussolino Camargo“Tempo Futuro”, pág. 28

Dr. Rodrigo Masini“Poder para o paciente”, pág. 28

Dra. Heloisa da Rocha Picado Copesco“Cuidados com a pele da face durante o período da amamentação”, pág.42

ÍNDICE

06Evento/BH

Novidades no Congresso daSBAC, em 2019

26Saúde

Alzheimer - Não é só tristeza

12Hospitalar 2019

Pujança do mercado de saúde, mesmo em meio a cenário

macroeconômico incerto

Dr. Paulo Cesar Naoum “Do teste do cheiro aos exames laboratoriais”, pág. 24

Daniela Camarinha“O paciente no centro de todo o processo”, pág.34

Dr. Humberto Marques Tibúrcio“Belo Horizonte recebe o 46° CBAC”, pág. 4

36Doença de Chagas

Um problema negligenciado

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Nos dias 16 a 19 de junho, a Sociedade Brasileira de Análises Clínicas recebe em Belo Horizonte os colegas, professores e expositores para juntos participarmos do 46° Congresso Brasileiro de Análises Clínicas.

As oportunidades durante o congresso são muitas e as prioridade recaem sobre a atualização técnica e científica, a ampliação do networking, o encontro com colegas de todo o país, a descoberta das novidades de produtos e serviços nos estandes, além de um pouco de lazer.

Belo Horizonte oferece aos congressistas, professores e expositores muitas atividades para entretenimento, sem nunca se esquecer de que “Minas são muitas variadas”.

O 46º Congresso Brasileiro de Análises Clínicas proporciona excelente programação científica e gerencial, colocando temas que favorecem a manutenção e a melhoria das competências técnica, científica e gerencial. É fato que os professores que ministram os cursos, as palestras, as mesas redondas e os fóruns enriquecem ainda mais as atividades e a experiência dos que participam do evento.

A exposição de produtos e de serviços dará ao congressista a chance de ver e de conversar com os expositores, de iniciar ou de concluir bons negócios e também de se inteirar sobre o caminho para o qual estão avançando os equipamentos, os reagentes, os insumos ou os serviços laboratoriais. Novidades e atualizações que vão além destas, e o evento é o ambiente mais favorável para a melhoria do networking.

Claro que você irá se divertir em Belo Horizonte durante

os dias, ou melhor, durante as noites do Congresso, pois aqui não faltará opção para os mais variados gostos e exigências. No planejamento do 46° CBAC, assim como na execução das ações que daí decorreram, a satisfação dos participantes congressistas, professores e expositores ocupam ponto central.

Nossos colegas que ajudaram na preparação do congresso, sejam eles da SBAC/MG ou da SBAC Nacional, estarão com você nestes dias. Agradeço e reconheço aqui a dedicação que conferiram para chegar aos dias de evento em condições de satisfazer e surpreender os participantes. Falo do Dr. Barcelos - Presidente da SBAC, do Dr. Marcos Fleury - Coordenação Científica e também os membros do Comitê Científico – Dra. Mauren, Dr. Pedro D’Azevedo, Dr. Walter Ferreira e Dra. Maria Elizabeth. Bem como o Dr. Carlos Olney, Dr. Aureliano, Dr. Ivonaldo, Dr. Marcelo e o Dr. Vanderlei Machado - Presidente da SBAC/MG, e que foram além do que lhes é costume.

Agradeço também aos colegas congressistas, professores e expositores que nos retribuíram com a presença e o incentivo, em particular nos meses que antecederam os dias 16 a 19 de junho de 2019.

Estamos deixando para a SBAC, assim como para os próximos congressos brasileiros de análises clínicas, legados que você experimentará estes dias conosco aqui em Belo Horizonte. Obrigado por sua presença que nos alegra e confirma: planejar para o sucesso requer paciência e perseverança.

ERRATANa edição de abril/2019 (pág. 08), a jornalista Rita de Souza redigiu o texto da entrevista com informações a serem

substituídas pelo que segue abaixo:O Curso de Biomedicina do Centro Universitário Barão de Mauá conta com 400 estudantes nas suas diferentes etapas

e não “coloca 400 profissionais por ano no mercado de trabalho”, como foi dito na matéria “Profissionais e estudantes da saúde discutem novos critérios para realização do antibiograma”.

Ao completar 30 anos, a Sociedade Brasileira de Clínica Médica (SBCM) apresenta nova campanha publicitária institucional de valorização do médico clínico e por assistência de excelência aos cidadãos. “É uma especialidade que tem como premissa a prática da boa medicina e o respeito aos direitos do paciente”, argumenta Irene Ravache.

Segundo o professor doutor Antonio Carlos Lopes, presidente da SBCM, a Sociedade de Clínica Médica desempenha papel de relevância na linha de frente do Sistema de Saúde e na rede particular. “O Clínico está devidamente preparado para atender cerca de 70% das doenças, com os melhores resultados”. Temos no País, atualmente, 43.728 médicos com título da Sociedade Brasileira de Clínica Médica.

Valorização do Médico

Irene Ravache é madrinha de campanha de valorização da Clínica Médica no Brasil

Evento/BH

Belo Horizonte recebe o 46° CBAC

[email protected]

Dr. Humberto Marques TibúrcioPresidente do 46º CBAC

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Opinião

Dr. Irineu GrinbergEx-Presidente da SbacDiretor da Lab Farm [email protected]

100 AnosSe você, prezado leitor, acompanha as cifras

absolutamente incríveis que movem o mercado da alta tecnologia, não vai se surpreender ao constatar que o Facebook adquiriu o Instagram por US$ 1 bilhão e o WhatsApp por US$ 19 bilhões.

O setor Saúde, por tudo que as combinaçõesde biotecnologia, big data e inteligência artificial tem a oferecer, tornou-se um dos alvos prioritários do imenso capital cibernético.

A Amazon adquiriu a Pill Pack, uma empresa que vem revolucionando o mercado de venda de produtos farmacêuticos, pois disponibiliza a entrega a domicílio, em até 24 horas, os medicamentos encomendados, em embalagens próprias com as instruções de uso gravadas na embalagem, de acordo com a prescrição.

A preços de mercado. Uma operação para, no mínimo, assustar

todas as grandes redes de Farmácias existentes nos EUA.

Medicamentos nunca estiveram no rol preferencial de atividades da corporação, entretanto, a Pill Pack possui licença para vendê-los em todo o território americano. Esse atrativo

favorecerá também a rede de supermercados Whole Foods, também da Amazon. São cerca de 400 lojas que também poderão vender medicamentos ou tornar-se pontos de entrega adicionais aos pedidos Pill Pack.

Outro exemplo de incursão dos gigantes na área da saúde foi a aquisição pelo Google da DeepMind, uma empresa de tecnologia que desenvolve um sistema capaz de diagnosticar cerca de 50 doenças da visão, com muito mais presteza e exatidão que clínicas oftalmológicas.

Esta empresa desenvolve também sistemas capacitados a prevenir, diagnosticar câncer de mama.

São as técnicas de machine learning, desenvolvidas pela empresa e adaptadas à análise de dados, com muito mais quantidade e profundidade que qualquer profissional, pois os milhões de dados que acumulam jamais poderiam ser vistos e catalogados por um único, ou mesmo uma equipe de profissionais.

A soma dos dados colhidos de pessoas com qualquer tipo de enfermidade, se analisados e colecionados em gigantescos sistemas de informações, poderão acrescentar ao conhecimento médico todos os estágios, desde

uma fase totalmente incipiente ou muito inicial de uma determinada doença, bem antes do aparecimento dos sintomas clássicos. E, desta forma, antecipar diagnóstico, terapia e remetendo algumas patologias incuráveis ao “esquecimento”.

Esses fatos influíram a gigantesca Roche a adquirir por US$ 1,9 bilhões a Flatiron, apenas uma empresa que tem em seu portfolio os dados completos de saúde de 2,2 milhões de pacientes nos EUA. Pretende utilizar esse acervo procurando a melhor forma de atender pacientes com câncer, desde o diagnóstico precoce, até a cura.

Pode passar desapercebido, entretanto, algumas dessas evoluções tem aportado em nosso país, em como consequência, elevar a média de longevidade populacional.

Portanto, muito antes do que possamos imaginar, considerando a velocidade com que se discute a “reforma da previdência”, quando tudo estiver resolvido, negociado, sacramentado, com todos os carimbos assentados e privilégios garantidos, a idade recomendável para aposentadoria será aos 100 anos, para senhores e senhoras.

Quais são as novidades que a sua empresa vaiapresentar no Congresso da SBAC em 2019?

Congresso SBAC

Completando dez anos de atuação no mercado de insumos laboratoriais, com foco em análises clínicas e diagnósticos, a GTgroup vem se consolidando como uma das principais referências do país; com duas frentes de atuação: produtos de distribuição (com as marcas de maior reputação no mercado) e produtos de marca própria, validados e consolidados nos principais laboratórios do país.

Referência em reagentes de Bioquímica desde o início de sua trajetória, a GTgroup fez uma importante transição no ano de 2018, trazendo a produção de toda a linha para o território nacional. Com isso ganhamos em agilidade tanto na produção, quanto na entrega dos reagentes para nossos clientes. Além de contarmos com um corpo técnico-científico para auxílio na calibração/

programação dos equipamentos e em eventuais dúvidas ou informações necessárias.

Contamos ainda com a linha completa para coleta a vácuo, tubos tanto no plástico como no vidro, mini tubos para coleta pediátrica e animal, agulhas, garrotes, e scalp, ambos contam

com todos os certificados internacionais. Qualidade e tecnologia também nos referenciam nessa linha, que assim como a Bioquímica foi testada e validada nos maiores laboratórios do Brasil.

Temos inserido periodicamente novos produtos em nossa cartela de marca própria, e já contamos com linha completa de uroanálise, coagulação e coleta à vácuo. Além da GT Plastic, nossa linha de descartáveis plásticos que está ganhando novos produtos a cada novo ciclo de lançamento. Nosso objetivo nesse congresso e esse ano de 2019, é mostrar para os laboratórios, que a GTgroup é hoje, a referência em diagnostico.

Henrique Almada Gt Group

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Quais são as novidades que a sua empresa vaiapresentar no Congresso da SBAC em 2019?

Congresso SBAC

Na 46º Edição do Congresso SBAC a Biotécnica chega reforçando sua atual linha de produtos com as seguintes novidades:

- Hematologia Humana: Reagentes e Equipamentos- Hematologia Veterinária: Reagentes e Equipamentos- Bioquímica Veterinária (Point of care): Reagentes e

EquipamentosAlém dos lançamentos, também estaremos a disposição para

apresentar nossa tradicional linha de Reagentes e Equipamentos, com destaque especial para o Smart 200+, um sucesso de vendas em automação de Bioquímica e Turbidimetria.

A ECO Diagnóstica possui equipamentos e testes para point of care por imunoensaio fluorescente à base do marcador EURÓPIO, que permite uma detecção altamente sensível de antígenos e anticorpos com resultados mais precisos.

Os três modelos de analisadores formam uma plataforma única que realizam o mesmo menu de testes e utilizam cassete 2D, sem a necessidade de chip. O cassete possui todas as informações de lote, validade e procedimento do teste.

A linha F-Line possui o maior e mais exclusivo menu de testes para fluorescência em point of care do mercado e oferece resultados quantitativos e qualitativos com Índice de Corte (COI). O COI consegue avaliar o nível de infecção do paciente ajudando na padronização e evitando dúvidas na leitura do resultado.

Para agregar ao portfólio, a ECO Diagnóstica está lançando o A1c ECO Reader. Equipamento para leitura de Hba1c por cromatografia por afinidade ao boronato, aprovado por certificações internacionais (NGSP e IFCC). Possui controles disponíveis e pode realizar até 100 testes/hora.

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NOVIDADE 2019.Nova linha IMUNO-HEMATO da WAMA DIAGNÓSTICA.

A descoberta dos primeiros grupos sanguíneos revolucionou a medicina e proporcionou que muitas vidas fossem salvas.

Ao longo de um século, novos grupos foram conhecidos e muitos métodos para classificação deles foram desenvolvidos.

A Wama Diagnóstica, empresa com mais de 28 anos de experiência no mercado de diagnóstico laboratorial, tem a realização em apresentar ao mercado a nova tecnologia adquirida para a produção de antissoros para classificação dos grupos sanguíneos que originou a linha IMUNO-HEMATO.

Os antissoros desenvolvidos pela Wama Diagnóstica possuem alta eficiência, estabilidade e confiabilidade. Além disso, a nova linha de reagentes de imunohematologia conta também com reagentes complementares como o Controle de Rh e o potencializados PEG-LISS.

A linha Imuno-Hemato da Wama Diagnóstica dispõe atualmente de 6 reagentes: Anti-A, Anti-B, Anti-D, Soro de Coombs monoespecífico, PEG-LISS e Controle de Rh. Esse é começo de uma nova linha que, muito em breve, receberá novos reagentes complementares, antissoros e hemácias para completar a linha.

Uma das empresas mais tradicionais no mercado, a Greiner Bio-One chega nesta edição do CBAC apresentando para o setor de análises pré-analíticas uma nova linha de escalpes e cateteres, além de outros produtos que já tem seu espaço no mercado nacional, como o scanner vascular Greiner Bio-One AV400.

Reconhecida por sua expertise em produtos desenvolvidos para a área da saúde, a empresa austríaca conta atualmente com 30 subsidiárias, levando qualidade e tecnologia para seus clientes ao redor do mundo.

Acompanhe também a palestra “Fatores Pré-Analíticos: seus impactos nas amostras biológicas”, com o assistente técnico da Greiner Bio-One, Samer Sorato, no dia 18 de junho, das 12h00 às 13h30, sala 5.

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Principal evento multissetorial da cadeia da saúde nas Américas, a feira Hospitalar chegou em 2019 a sua 26ª edição. Reconhecida como a maior vitrine do mercado nacional e internacional do setor, o evento contou com a participação inédita do grupo Diagnósticos do Brasil (DB), um dos principais laboratórios de apoio de análises clínicas do país.

Com sedes nos estados do Paraná, São Paulo e Recife, o Diagnósticos do Brasil atua em todas as áreas de análises clínicas e tem capacidade para realizar 15 milhões de exames por mês. Para a Hospitalar, o laboratório de apoio do Brasil levou profissionais das áreas de Análises Clínicas, Patologia, Molecular e Toxicológica. Quem visitou o stand do DB, localizado no pavilhão azul, pode conhecer ainda mais sobre os serviços da empresa, e pode participar de ações promocionais e receber prêmios exclusivos.

Com o objetivo de conectar o mercado, aproximando compradores e fornecedores

e 1.200 marcas expositoras.A Hospitalar aconteceu entre os dias 21 a 24

de maio, no Expo Center Norte, em São Paulo.

Diagnósticos do Brasil participou da Hospitalar 2019

DB – Diagnósticos do BrasilTel.: (41)[email protected]

do setor de saúde, a feira Hospitalar é palco de congressos, palestras e apresentação de produtos e serviços inovadores. A edição de 2019 teve como tema central a mudança dos modelos de negócios na área de saúde com foco na experiência e no engajamento dos pacientes. O evento trouxe mais de 40 ações simultâneas

Feira internacional contou pela primeira vez com a presença de um dos maiores laboratórios de análises clínicas do país

Estande da DB na Hospitalar 2019

Hospitalar 2019 atesta pujança do mercado de saúde, mesmo em meio a cenário macroeconômico incerto

Hospitalar 2019

A Hospitalar, o mais importante evento de saúde e principal plataforma de negócios e networking do setor na América Latina, realizou sua 26ª edição entre 21 e 24 de maio, no Expo Center Norte, alcançando cerca de 90 mil visitas profissionais, interessados nos 36 eventos simultâneos, entre congressos, fóruns, palestras e workshops, nas novidades apresentadas por mais de 1.200 marcas expositoras, nacionais e internacionais. A edição de 2019 foi a primeira realizada sob a gestão da Informa Markets.

O tema central “Experiência e Engajamento do paciente” norteou os debates em torno da mudança no modelo de negócios, que coloca o paciente como coparticipante fundamental no processo de cuidado e decisões relacionadas à sua própria saúde, como alimentação e estilo de vida.

Lideranças do mercado de saúde também ecoaram em uníssono a importância da parceria entre os setores público e privado para avanços num cenário de demanda reprimida e progressiva.

Dentre os congressos realizados durante a Hospitalar destacaram-se o CISS (Congresso Internacional de Serviços de Saúde), o Hospitalar Facilities (equipamentos, soluções e serviços para manutenção da infraestrutura hospitalar), o HIMSS@Hospitalar (tecnologia e inovação com big data, analytcs, telemedicina e outros), Congresso de Reabilitação e saudabilidade (com foco tecnologia, no envelhecimento da população e prevenção), Saúde Suplementar e Corporativa (alianças, modelos e investimento, redefinição de papéis para novos cenários na saúde) e Atenção Domiciliar e Cuidados de Transição (estratégias para desospitalização e transição segura de cuidados em casa).

www.hospitalar.com

Durante a Hospitalar foram ainda realizadas três premiações, duas delas cujo objetivo foi o de destacar personalidades e iniciativas que promovem a saúde. Foram reconhecidos o trabalho da cardiologista pediátrica Rosa Célia Pimentel Barbosa, fundadora do Pro Criança Cardíaco, e os bombeiros de Brumadinho.

Uma terceira distinção foi dada aos hospitais que fazem o uso eficiente de informações e tecnologia para melhorar a qualidade da saúde e dos cuidados, bem como a segurança do paciente.

A Hospitalar conta com o apoio de importantes entidades do setor da saúde como a Associação Brasileira da Indústria de Artigos e Equipamentos Médicos, Odontológicos, Hospitalares e de Laboratórios (ABIMO); Confederação Nacional de Saúde (CNSaúde); Federação Nacional dos Estabelecimentos de Saúde (FENAESS); Sindicato dos Hospitais do Estado de São Paulo (SINDHOSP); Associação Nacional de Hospitais Privados (Anahp) e Associação Brasileira da Indústria de Alta Tecnologia de Produtos para Saúde (ABIMED).

O principal encontro de líderes e profissionais de saúde, realizado entre 21 e 24 de maio, apontou tendências para a sustentabi-lidade dos serviços do setor e a necessidade do paciente ser um co-gestor de sua saúde.

Equipe de profissionais da DB

Empresas participam da Hospitalar 2019

Da esquerda para a direita: Kaic, Gilson, Ícaro, MarceloBiotécnica, presença marcante na Hospitalar Estande da Greiner Bio-One12

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FEHOESP discute desospitalização e gestão de saúde na Hospitalar 2019

Hospitalar 2019

Congressos traçaram panorama das áreas no País e incentivaram participantes a pensar inovações no setor médico

A FEHOESP (Federação dos Hospitais do Estado de São Paulo), o SINDHOSP (Sindicato dos Hospitais, Clínicas e Laboratórios do Estado de São Paulo) e o IEPAS (Instituto de Ensino e Pesquisa na Área da Saúde) apoiaram a organização da Hospitalar 2019, no Expo Center Norte, em São Paulo. As instituições organizaram congressos de desospitalização e gestão de saúde para profissionais da área e interessados no assunto.

O 1º Congresso Brasileiro de Desospitalização foi aberto na quarta-feira, 22 de maio. Parceria entre o SINDHOSP com a CNSaúde (Confederação Nacional de Saúde) e a Fenaess (Federação dos Estabelecimentos de Serviços de Saúde). Com as presenças de representações das operadores de saúde, serviços de saúde e do presidente da Anvisa, William Dib, o congresso abriu debate para a questão da desospitalização .

Os participantes destacaram a necessidade da criação de regulamentação desse segmento, definir critérios para isso, que trarão segurança para pacientes, e segurança jurídica para médicos, hospitais , diminuindo a judicialização.

“Buscar medidas que tragam conforto e segurança ao paciente para mantê-lo longe dos altos riscos hospitalares e mais perto de seus familiares, torna a atenção mais humanizada, além de contribuir para a sustentabilidade do setor”, afirmou o presidente da FEHOESP e do SINDHOSP, Yussif Ali Mere Junior, durante a abertura. O presidente defendeu ainda uma unificação das exigências regulatórias para uma expansão segura da área e salientou a prática como caráter terapêutico na saúde.

Para Ali Mere Jr, a partir da publicação dessa nova legislação, haverá parâmetros de elegibilidade do paciente, definindo-se exatamente qual setor atenderá cada paciente, seja home care, hospital de transição, etc.

De concreto, o congresso criou um grupo de trabalho com todas as representações do setor para continuar debatendo o assunto e levar uma proposta formatada para a Anvisa a curto prazo.

Gestão Já na quinta-feira, 23 de maio, o presidente do

IEPAS, José Carlos Barbério, abriu o 1º Congresso Brasileiro de Gestão em Saúde. Painéis discutiram avanços na área e propuseram uma reflexão econômica e de como inovações em modelos de negócio podem propiciar o setor.

A ideia é criar um ambiente fértil e mostrar exemplos sólidos de como novas tecnologias podem ser incorporadas de forma efetiva ao serviço médico. “Essa mudança gera oportunidades que interessam a todo o setor e, pensando nisso, criamos este novo congresso para apresentar discussões que promovam inovação, competências, desafios de mercado, sustentabilidade e novos modelos de negócios e serviços”, afirmou o Barbério.

ECO Diagnótica na Hospitalar 2019

Dr. Carlos Ballarati, Dra. Paula Távora, Vinicius Pereira e Dr. Fábio Brazão

Equipe da ECO Diagnóstica na Hospitalar

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DR. YUSSIF ALI MERE JR

[email protected]

Governo novo, sangue novo. As reformas necessárias para que o País voltasse a crescer com sustentabilidade, enfim, seriam aprovadas por um Congresso eleito após os maiores escândalos de corrupção da história. As estimativas de crescimento econômico oscilavam entre 2,2% e 2,7% em janeiro de 2019. A expectativa dos brasileiros no início deste ano era de que o novo governo fosse capaz de aprovar mudanças de forma rápida e abrir caminho para o desenvolvimento. Pouco mais de quatro meses após o seu início, assistimos com certa perplexidade à inabilidade política do maior mandatário do País, que infelizmente se mostra mais propenso a espalhar opiniões polêmicas em suas redes sociais, e se distrair com isso, do que se empenhar em aprovar e implementar políticas públicas que hoje são imprescindíveis para os brasileiros.

O Banco Central admitiu, em meados de maio e aguarda a confirmação por parte do IBGE, de que

a economia pode ter recuado 0,68% no primeiro trimestre do ano. A equipe econômica já trabalha com uma estimativa menor de crescimento econômico, de aproximadamente 1,5%. Isso significa que o corte de despesas, que já estava em R$ 30 bilhões, terá de ser ampliado. Paulo Guedes, ministro da Economia, foi categórico durante audiência na Comissão Mista de Orçamento do Congresso em maio: “Estamos no fundo do poço”, disse.

A aprovação da reforma da Previdência não vai sanar, por si só, os problemas de desemprego e injustiça social. Mas ela resolve uma questão fiscal importante e sinaliza para o mercado alguns anos de equilíbrio, dando segurança aos investidores. Por isso, a tensão entre Executivo e Legislativo precisa ser equacionada o quanto antes e o governo se mostrar disposto e competente em montar uma base sólida, que garanta a aprovação de reformas importantes para que o Brasil cresça com sustentabilidade e nossos indicadores

Presidente da Federação e do Sindicato dos Hospitais, Clínicas e Laboratórios do Estado de São Paulo(FEHOESP e SINDHOSP) e do SindRibeirão

O futuro continua incertoeconômicos e sociais comecem a melhorar.

A verdade é que sem um rearranjo fiscal não há saída. Além das aposentadorias, uma reforma tributária que simplifique o dia a dia das empresas e traga mais justiça social, deve ser apreciada. E, claro, as reformas administrativa e política, que precisam ir ao encontro da modernidade, da austeridade com o dinheiro público e de uma maior participação social, permitindo ao cidadão o exercício da democracia de forma mais ativa.

O futuro do País ainda é incerto. Que os integrantes do Congresso Nacional sintam a responsabilidade histórica que têm e se mostrem superiores à inabilidade política e às declarações e postagens desastrosas feitas até o momento pelo presidente e seus familiares. E mais: que sejam protagonistas da guinada que precisamos. Que uma agenda positiva, que existe, possa ser apreciada e aprovada pelos deputados e senadores, pois disso depende o crescimento ou a derrocada do Brasil.

Opinião

Hospitalar 2019

ABIMED - Criar condições para que vivam a saúde e não a doençaCriar um ambiente no qual a tecnologia ajude

as pessoas a serem escutadas, tenham dúvidas solucionadas, seja como um cuidador que as ajude a integrar tratamentos em sua rotina e a viver a saúde, e não a doença, estão entre os requisitos mais importantes para propiciar uma boa experiência a pacientes e usuários do sistema de saúde. Esse foi um dos principais pontos de convergência entre os debatedores do painel “A tecnologia no engajamento e experiência do paciente‘’, promovido ontem pela ABIMED (Associação Brasileira da Indústria de Alta Tecnologia de Produtos para Saúde), na Feira Hospitalar.

O evento contou com a participação de Lívia Cunha, CEO e fundadora da startup Cuco Health; Scott Whitaker, CEO da AdvaMed (Associação de Tecnologia Médica Avançada, dos Estados Unidos); Sidney Klajner, presidente da Sociedade Israelita Brasileira Albert Einstein e Waldemir Cambiucci, Diretor do Centro de Tecnologia da Microsoft no Brasil. A mediação foi feita por Rodrigo Alberto Correia da Silva, advogado e professor de política regulatória e defesa da

concorrência no MBA da Fundação Getúlio Vargas.Klajner disse que o Einstein tem investido em canais

para melhorar a comunicação entre médicos e pacientes e destacou que recursos como a telemedicina são fundamentais para quebrar barreiras logísticas, promover acesso e entregar a melhor saúde possível. “Estamos a caminho de um processo de desospitalização da saúde. No futuro, usaremos cada vez mais os algoritmos e aparatos tecnológicos para que as pessoas sejam tratadas fora do hospital, inclusive casos cirúrgicos, e que aos hospitais caibam os casos de alta complexidade”, detalhou.

Para Cunha, a tecnologia tem que estar cada vez mais integrada na vida dos pacientes, educando-os de maneira lúdica, ajudando-os a aderir com mais facilidade aos tratamentos e orientando-os em todos os aspectos de sua saúde. “Hoje são as muitas inconveniências existentes na experiência do paciente que estimulam a criação de soluções que o ajudem a ter uma interação mais satisfatória com o sistema de saúde” afirmou. Além disso, disse, a aceitação da tecnologia pelos profissionais de saúde ainda é uma barreira que precisa

ser dissolvida, embora eles estejam amadurecendo.A mudança do papel do paciente em decorrência

das transformações digitais requer agilidade e que a indústria, bem como todo o ecossistema da saúde, se antecipem às novas demandas e a um cenário do qual já fazem parte recursos como mobilidade, redes sociais, nuvem inteligente, Big Data e Inteligência Artificial. “Existe ao nosso redor um paciente 4.0 e muitas opções tecnológicas que podem melhorar sua experiência. Mas isso requer que atuais desafios, como o de regulamentar o que já está pronto, sejam solucionados”, ressaltou Cambiucci.

Na avaliação de Whitaker existem quatro pontos determinantes que definirão, no mundo todo, se o desenvolvimento tecnológico, o acesso e o uso da tecnologia serão acelerados ou retardados: a aceitação dos profissionais de saúde; a adesão dos pacientes; a visão do sistema regulatório sobre tecnologia e a posição dos pagadores. “Precisamos juntar essas quatro peças em favor do paciente e dos usuários do sistema para garantir que tenham uma boa experiência de saúde” analisou.

A Nova Biomedical participou da Hospitalar 2019, no período de 21 a 24 de maio em São Paulo. Este ano o lançamento apresentado pela Nova foi o StatS-trip Hb/Hct, único medidor portátil capaz de medir hemoglobina e hematócrito, fornecendo resultados mais precisos que os métodos calculados. Durante o evento os clientes puderam conhecer o StatStrip Hb/Hct e também tirar suas dúvidas sobre produtos e equipamentos que fazem parte do portfólio da Nova Biomedical. Agradecemos a todos que participaram conosco durante a feira Estande da VIDA / GtGroup

MBiolog na Hospitalar 2019

Empresas participam da Hospitalar 2019

Estande da Cral

Estande da Wama

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e gravidez. Os autores consideram que a microalbuminúria tem se mostrado como um dos marcadores de lesão orgânica de maior utilidade, devido à sua sensibilidade, fácil realização e baixo custo permitindo monitorar a terapêutica escolhida e transformando-a em um marcador de risco. 4

Em seu portfólio, a Biotécnica conta com o kit para determinação de microalbuminúria, método imunoturbidimétrico com reagentes, controle e calibrador prontos para uso. Possui também uma linha de equipamentos com diversas opções para automação em bioquímica e turbidimetria.

Referências:1. CORESH Josef et. al. Prevalence of Chronic Kidney

Disease in the United States. JAMA. 298(17):2038-2047;2007.

2. CHILLARÓN Juan J. et. al. Prevalencia y factores asociados con la presencia de albuminuria y sus estadios en los pacientes con diabetes mellitus tipo 1. Nefrologia.33(2):231-6;2013.

3. GUTIÉRREZ RODRÍGUEZ, D.R. et. al. Microalbuminuria. Factor de riesgo renal y cardiovascular. NEFROLOGÍA. Volumen 26. Número 5. 2006.

4. ALONSO, Yudeynis Marisol Díaz et. al. Microalbuminuria como marcador de riesgo cardiovascular en pacientes hipertensos. Rev. Arch Med Camagüey.Vol20(6);2016.

Microalbuminúria como marcador preditivo de dano renal e cardiovascularOriginalmente, o conceito de microalbuminúria

estava relacionado à detecção de lesão renal precoce em pacientes diabéticos, denominada nefropatia incipiente. O termo microalbuminúria não reflete a medida de uma albumina de menor tamanho, mas é uma maneira de se referir a uma certa faixa de concentração de albumina na urina. A presença de albumina na urina é um fenômeno normal em todos os indivíduos, CORESH et al sugerem que a relação de albumina/creatinina na urina seja reportada em miligramas por grama. Albuminúria é definida quando essa taxa apresenta valores de 30 mg/g ou maiores, e se classifica em microalbuminúria (30 mg/g até 299 mg/g) e macroalbuminúria (valores maiores de 300 mg/g). Os estágios iniciais da doença renal crônica são definidos com base na combinação do dano renal (frequentemente monitorado pela dosagem de albuminúria) com a diminuição da função renal (quantificada pela determinação da taxa de filtração glomerular, estimada a partir da concentração urinária e sérica de creatinina).1

Em adultos a microalbuminúria está geralmente relacionada à hipertensão arterial e outros fatores de risco cardiovascular, como obesidade e diabetes. Nos diabéticos, está associada a nefropatias e hipertensão. CHILLARÓN et al verificaram que um em cada cinco pacientes portadores de diabetes mellitus tipo 1, após aproximadamente 15 anos apresentou albuminúria, que pode estar relacionada ao tempo de evolução da doença, à trigliceridemia, ao tabagismo e à hipertensão arterial. 2

GUTIÉRREZ RODRÍGUEZ et al destacam

que normalmente apenas moléculas de baixo peso molecular são eliminadas na urina, as maiores são retidas pela barreira glomerular. Se por alguma causa estes processos forem alterados as moléculas de tamanho maior, como a albumina, atingem a bexiga urinária. A presença de albuminúria foi reconhecida como um sinal adverso no prognóstico da doença renal. No estudo, informam que pacientes que apresentam albuminúria mais alta desenvolvem cicatrizes tubulointersticiais e evoluem para insuficiência renal crônica. Embora a albumina geralmente tenha ação antioxidante no túbulo, quando sua concentração aumenta, acarreta dano às células expostas. Além disso, a progressão da perda da função renal pode ser resultado de alterações hemodinâmicas compensatórias à nível glomerular, principalmente hipertensão e hiperfiltração glomerular dos néfrons remanescentes. 3

ALONSO et al desenvolveram um estudo apresentando a importância do monitoramento da microalbuminúria como marcador de risco cardiovascular utilizando amostras colhidas na primeira urina da manhã, repetindo o teste após 3 e 6 meses. Assim, classificam a microabuminúria em: intermitente, a que se verifica ocasionalmente; e, persistente, a que se apresenta em pelo menos duas das três determinações. Também é necessário considerar que os níveis de excreção de albumina na urina, dentre outros fatores, podem ser modificados por exercício intenso, presença de infecção urinária, uso de antiinflamatórios não esteroidais

Enrique Juan Brownwww.biotecnica.ind.br

[email protected] +55 (35) 3214-4646

Oncologia

Médica baiana será presidente do Comitê Mundial

da Sociedade Americanade Oncologia

“Sempre foquei muito nesta questão da Humanização, que é o que a ASCO traz como tema, porque acho que, só através dela é que a gente consegue acolher o paciente de forma integral e, juntamente com a equipe multidisciplinar, cuidar dele num momento tão delicado da vida”, comentou a especialista.

Ela toma posse do cargo no Congresso da ASCO, a conferência da especialidade

A médica baiana, Clarissa Mathias, será presidente do Comitê Mundial da Sociedade Americana de Oncologia Clínica (ASCO).A oncologista fez residência nos Estados Unidos, na Universidade da Pensilvânia, sendo referência na área atuando no Núcleo de

Oncologia da Bahia (NOB).Foto: Divulgação

Dra. Clarissa Mathias

acontece em Chicago, nos EUA, de 31 de maio a 4 de junho, reunindo mais de 32 mil profissionais de Oncologia, com o tema Medicina Humanizada.

“Nós temos aqui muitas pessoas que são exemplos do exercício humanizado da Medicina em todos os sentidos. Acho que o Brasil tem dado o exemplo disso. E eu fiquei muito feliz da ASCO ter escolhido esse tema, porque acredito na necessidade de cuidar dos pacientes de uma maneira global, a todo momento”, defende.

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Imagine uma pessoa cujos rins não funcionam mais e os médicos simplesmente “imprimem” outros novinhos para substituí-los. O surgimento da bioimpressão, evolução da tecnologia de impressão 3D, possibilitará que a troca de órgãos se pareça muito com uma simples substituição de peças de um automóvel, por exemplo. Esse é o futuro da medicina, chamado pelos especialistas de Saúde 4.0, e que será fruto de palestras e debates durante o congresso Inside 3D Printing Conference & Expo, dias 10 e 11 de junho, no Centro de Convenções Frei Caneca, em São Paulo.

A impressão de órgãos completos e funcionais ainda levará algum tempo para ser realidade, mas a ciência anda a passos largos e esse objetivo pode ser alcançado muito antes do que imaginamos. A bióloga geneticista e pesquisadora na área de Biofabricação e Bioimpressão de Tecidos, Janaina Dernowsek, acredita que dentro de dez anos será possível fazer curativos por meio de tecidos bioimpressos como a substituição de um trecho danificado de alguma artéria, cartilagem ou tecido ósseo, etapa que, ao ser atingida, abrirá as portas para desenvolvimento e produção de partes maiores do corpo humano. A cientista participará da mesa redonda “Saúde 4.0 - uma visão multidisciplinar do cenário brasileiro de manufatura aditiva”, no segundo dia da Inside 3D Printing Conference & Expo.

Futuro da Medicina

“É possível fazermos tecidos humanos bioimpressos em pequena quantidade. Mas o tempo de vida útil deles é baixo, em torno de 30 dias, porque não há estímulo físico, ou seja, eles perdem a propriedade mecânica dos vasos sanguíneos”, explica. O desafio é torná-los funcionais e duráveis como os tecidos humanos, que ao longo da vida se regeneram, mas isso depende da evolução tecnológica tanto no que envolve o material biogenético, quanto na melhoria das impressoras e softwares utilizados.

No momento, a bioimpressão começa a ser usada para estudo e análise de tumores. Com

Bioimpressão de órgãoso uso de células doentes, o tumor é impresso no mesmo formato e dimensão do encontrado no paciente. “Essa réplica é estudada individualmente, fora do corpo, e permite que os especialistas testem as drogas capazes ou não de aniquilar a doença, o que possibilita a produção de medicamentos personalizados. Neste contexto, a indústria farmacêutica deve ser a primeira a se beneficiar deste novo segmento”, diz Janaina Dernowsek.

Biogel – Numa impressora comum é preciso tinta para imprimir palavras ou desenhos no papel. Uma impressora 3D usa polímeros para construir objetos. Na bioimpressão, a matéria-prima é o biogel, uma espécie de gelatina formada por proteína e água, misturada com certos nutrientes que servem de alimento para as células introduzidas em seu interior. Essas células, retiradas do corpo do paciente, são reprogramadas geneticamente para que se transformem no tecido humano desejado. Depois de impresso, o tecido passa por um tempo de maturação em ambiente controlado para que as células se multipliquem e se juntem formando a estrutura desejada para ser implantada no corpo.

Serviço: INSIDE 3D PRINTINGData: dias 10 e 11 de junhoLocal: Centro de Convenções Frei Caneca –

São Paulo: Rua Frei Caneca, 569.Informações e inscrições pelo site:http://inside3dprintingbrasil.com.br/

Protótipo de um coração

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PROF. DR. PAULO CESAR NAOUM

[email protected]

Quando era criança lembro-me vivamente de um médico examinando minha avó. Para meu espanto infantil, arregalei os olhos quando o vi cheirando a urina que ela acumulou no penico branco durante a noite. Muito tempo depois fiquei sabendo que este procedimento olfativo caracterizava cheiros relacionados com disfunções orgânicas. Em seguida, num silêncio sepulcral, o médico arregaçou as pálpebras da vó com os dedos polegar e indicador dispostos como uma pinça, e concluiu que não tinha anemia.

O espetáculo continuou com um comando sem contestação: - Abra a boca e diga Ahhhh!!!. O médico além de ver as profundezas da garganta e da boca examinava o hálito. Diversos cheiros emanados pela garganta diziam muito a respeito de doenças específicas do sistema gastrointestinal. As costas da minha avó também foram exploradas neste notável exame clínico. Sobre a camisola de cambraia de linho o médico encostou sua orelha esquerda e ordenou que respirasse e expirasse forte. Com certeza importantes alterações orgânicas seriam desvendadas pelo pavilhão auricular, e que mais tarde deu origem ao estetoscópio. E, finalmente, de posse de um martelinho o doutor deu duas ou três pancadinhas nos joelhos esquerdo e direito da minha avó. Feito isto, o médico anunciou solenemente para a plateia emudecida e preocupada: - A senhora está com

infecção na garganta! Na sequência, determinou: Pincele esta garganta duas a três vezes ao dia com mertiolato!

Passaram-se anos e estas percepções foram substituídas por exames laboratoriais e de imagens, oferecendo mais suporte às avaliações supositivas. Inicialmente estas substituições foram lentas e contestadas. Até o final dos anos 60 do século passado muitos médicos acreditavam mais em suas avaliações clínicas do que em resultados laboratoriais e das imagens radiográficas. Havia nesta época divergências em relação aos resultados dos principais exames. Por exemplo, a glicosúria era avaliada por meio da visualização de mudança da cor da urina após reação química a quente, e as diversas fases de cor entre o âmbar e o marrom eram expressas em números de cruzes. Essas cruzes, entretanto, variavam de acordo com o humor e o conhecimento do analisador.

Por outro lado,os exames de fezes tinha mais crédito entre os médicos, tal eram as diversidades de vermes e ovos de parasitas que infestavam os intestinos das pessoas, principalmente daquelas que viviam no interior do Brasil e periferias das cidades. No início dos anos 70 as sociedades científicas internacionais vislumbrando os avanços de novas tecnologias laboratoriais, passaram a orientar formas de avaliarem com mais segurança os resultados dos exames.

Do teste do cheiro aos exames laboratoriais

Opinião

Desta forma, surgiram procedimentos pré-analíticos para coleta de sangue, urina, cultura microbiológica etc. Especificamente para coleta de sangue destacavam-se tipos de anticoagulantes e suas proporções, interferências de medicamentos nos resultados de alguns exames e, principalmente, o tempo de jejum do paciente. Milhares de pesquisas passaram a destacar que resultados confiáveis de todos os exames de sangue venoso requeriam jejum de oito a doze horas, conforme o tipo de análise solicitada.

Justificavam que exames realizados por reações que envolviam mudanças de cor, aglutinações e turvações, bem como aqueles que se faziam através de reações de antígenos e anticorpos (por exemplo, tipagem sanguínea ABO e Rh) sofriam influências de componentes alimentares, com destaques para sais minerais, gorduras e açúcares. Todo esse processo deu estabilidade nas relações entre resultados laboratoriais e suspeitas clínicas de patologias. Atônito, observo que, recentemente, empresas e sociedades de profissionais de laboratórios têm apoiado a liberação do jejum em exames de sangue, e pasmem, sem nenhuma fundamentação científica séria. O descrédito dos resultados de exames sem o devido jejum poderá desmontar toda a estrutura científica construída nestes últimos 60 anos.

Professor Titular pela UNESPDiretor da Academia de Ciência e Tecnologia,Acadêmico da ARLC

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Quando as pessoas idosas começam a se esquecer do que acabou de acontecer, as tais memórias recentes, diferentemente do que muitos imaginam este não é o primeiro sinal do Alzheimer. De fato é o estágio avançado da doença, indício de que a morte neuronal já vinha ocorrendo há tempos. Diferentes pesquisas apontam que a degeneração pode ter começado muitos anos antes.

Esta foi uma das conclusões dos pesquisadores liderados pela professora Lea Tenenholz Grinberg, patologista da Faculdade de Medicina da USP de São Paulo (FMUSP). Na investigação coordenada por ela, equipes se debruçaram sobre as amostras do chamado “banco de cérebros” do Projeto de Envelhecimento Cerebral da USP (na verdade são doados os encéfalos, que compreendem o cérebro, o cerebelo e o tronco encefálico). No Biobanco estão armazenados encéfalos de pessoas autopsiadas pelo Serviço de Verificação de Óbitos da capital (SVO), um dos maiores bancos de cérebros para estudos no mundo. Milhares de amostras de gente que morreu de outras causas, 60% deles com mais de 50 anos. A partir do questionário respondido pela família que fez a doação, foram rastreados sintomas de demência que não haviam sido diagnosticados em vida.

Um dos primeiros achados da pesquisa no banco de encéfalos, dez anos atrás, foi a constatação de que o Mal de Alzheimer teria seu início não no córtex cerebral, como se acreditava, e sim no tronco encefálico, que liga a medula espinhal ao restante da estrutura. Na autopsia das amostras foram encontradas lesões neurológicas condizentes com Alzheimer em uma parte específica do tronco cerebral, chamada núcleo dorsal de rafe, no mesencéfalo, na altura do pescoço.

Reportagem publicada na Revista Fapesp mostra como a descoberta dos pesquisadores jogou luz sobre as alterações orgânicas que antecedem a perda de memória. O tronco encefálico liga a medula espinhal ao cérebro e apesar de possuir apenas 1% dos 86 bilhões de neurônios do encéfalo, ele abriga “pequenas estruturas que desempenham funções fundamentais para a vida. Elas participam do controle da respiração, da fome, dos batimentos cardíacos, da pressão sanguínea e da temperatura corporal, além da regulação dos ciclos de sono e vigília. Também se conectam a regiões do cérebro que regulam o humor, a ansiedade e a formação e recuperação da memória”.

Não é só tristezaAlzheimer Texto: Regina Prado

A confusão de diagnóstico entre uma depressão patológica e uma tristeza natural diante da vida pode adiar a descoberta de um problema ainda maior no caso de idosos. O desequilíbrio emocional pode ser o primeiro sintoma do Mal de Alzheimer.

como acessos de raiva incompreensíveis, depressão e ainda alterações de sono e de apetite. Nesta região foram encontrados emaranhados neurofibrilares da proteína tau, além da existência de placas da proteína beta-amiloide, ambas típicas de Alzheimer.

TERAPIAS CONTRA A DEPRESSÃOProfissionais da saúde mental acreditavam

que ações para melhorar o bem estar geral do idoso, como atividades lúdicas, recreativas e que rompam o isolamento social poderiam afastá-los da depressão e assim prevenir o Mal de Alzheimer. As mais recentes descobertas, no entanto, podem mudar esta concepção – a alteração psiquiátrica pode ser um sintoma inicial da doença, e terapeutas, cuidadores e familiares precisam estar atentos para protegê-los.

As pesquisas realizadas na USP apontaram que a ocorrência da ansiedade e as oscilações de apetite e sono é três vezes mais alta em idosos com Alzheimer. No caso da depressão ela é quatro vezes maior e a agitação seis vezes maior em comparação com idosos saudáveis. Estas descobertas animaram pesquisadores porque permitirá, no futuro, o desenvolvimento de drogas de combate aos sintomas do Alzheimer antes que eles sejam irreversíveis. Os estudos atuais só são feitos em quadros avançados da doença e não têm alcançado resultados promissores. Por outro lado, a descoberta dos transtornos psiquiátricos ligados ao Alzheimer, sem relação com condições ambientais e sociais, pode auxiliar no encaminhamento de novas terapias, mas também demandará novos estudos para avaliar se os antidepressivos conhecidos agem da mesma forma em tecidos com lesões degenerativas, como é o caso.

Alguns especialistas acreditam que se o diagnóstico pudesse ser antecipado em dez anos, antes de uma perda maior de memória e da capacidade cognitiva, muitos idosos portadores do Alzheimer poderão até vir a morrer por outras razões e não da doença.

AVANÇOSNo geral, os focos principais de pesquisas

em laboratórios relacionadas a doenças degenerativas é justamente travar esta batalha contra o tempo, antecipar o diagnóstico mais

precoce para que as terapias possibilitem a qualidade de vida do paciente e possam abrir portas para o desenvolvimento de novas drogas antes que a morte neuronal seja incapacitante.

Em maio a Unicamp anunciou os estudos de uma ferramenta que abrevia o tempo de espera para confirmação do diagnóstico. Hoje a análise morfológica de perda de massa do cérebro pode tardar até 20 horas. Guilherme Adriano Folego, pesquisador do Instituto de Computação da Unicamp, conseguiu desenvolver um método que dá a resposta em apenas 15 minutos, mesmo que as lesões estejam ainda em estágio intermediário.

O professor Vitor Tumas, neurologista da Faculdade de Medicina da USP de Ribeirão Preto, ressalta que nem sempre o diagnóstico é simples porque existem outras causas importantes de demência. “A segunda causa de demência mais comum é a demência de origem vascular. Há outras causas de doenças neurodegenerativas e outras causas não neurológicas que também podem levar à demência. E a mista, vascular com Alzheimer, também é frequente. Por isso é importante investigar os aspectos clínicos e realizar exames que podem confirmar o diagnóstico. O exame mais usado de neuroimagem é a ressonância magnética do cérebro, e há ainda o exame do líquor cefalorraquidiano, onde se encontra a redução da proteína beta-amiloide”.

Na Universidade Federal de São Carlos o objetivo é aperfeiçoar um exame de sangue de baixo custo, ainda em estudo, para o diagnóstico de Alzheimer. Uma pequena quantidade de sangue, de indivíduos portadores e de pessoas saudáveis, recebeu partículas magnéticas, capturadas depois por um sensor com imã, descartável. A concentração da proteína ADAM10, que apresenta alterações com a evolução da doença, é então analisada na amostra. Segundo os pesquisadores, foi possível rastrear alterações mesmo em casos mais recentes. A ideia é monitorar a presença do biomarcador para identificar o estágio da patologia.

São promessas que podem demorar até uma década para estar acessíveis em clínicas e hospitais, mas se tiverem sucesso o retorno é inestimável, já que darão esperanças de novos tratamentos a estas pessoas, antes que tenham suas memórias apagadas para sempre.

USP mantém um dos maiores bancos de cérebros para pesquisas do mundo

Prof. Vitor Tumas: novos exames são fundamentais porque doenças degenerativas podem ter diferentes origens

Depois de analisarem 455 encéfalos de pessoas entre 58 e 82 anos sem diagnóstico de demência foi constatado que já havia sinais da morte de neurônios. Em trabalho posterior, nos questionários respondidos pelos familiares destes indivíduos, ficou evidente que parte deles apresentava manifestações clínicas de desequilíbrio emocional,

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LIGIA MARIA MUSSOLINO CAMARGO

Tempo do latim “tempus” possui vários significados, mas a definição que nos interessa é o tempo como a sucessão dos anos, das semanas, dos dias, das horas etc que envolvem, para o homem, a noção de presente, passado e futuro. O tempo é um meio contínuo e indefinido, no qual os acontecimentos parecem suceder-se em momentos irreversíveis. Temos aí um conceito quase filosófico de tempo.

A frase acima do escritor persa Abu-Shakur fala de vida, de aprendizagem e diz que o melhor professor é o Tempo, é a experiência que adquirimos com o tempo, a vivência que vamos

“Tempo Futuro”adquirindo com o passar do Tempo.

É lapidar também a frase do filosófo George Santayana (1863-1952): “Um povo que não conhece sua História está condenado a repeti-la.”

Precisamos conhecer nossa história, o nosso passado para que não caiamos nos mesmos erros no futuro. O tempo presente e o tempo futuro são consequências do tempo passado. Principalmente, na atualidade onde o que acontece num lugar do mundo chega até nós em “tempo real”. Isso influencia principalmente países que dependem de outros países para evoluírem, que dependem de suas tecnologias.

Aí então o conhecimento histórico e geográfico é indispensável.

Lembrei-me de um fato que ocorreu comigo há alguns meses atrás. quando fui a uma grande

[email protected]

Sócia da empresa Décio Camargo Ltda, professora de Língua Portuguesa. Ocupa a cadeira nº 24 da Academia Santarritense de Letras.

farmácia, de uma cidade grande e a moça tentava inutilmente escrever meu primeiro sobrenome e não conseguia. Eu lhe perguntei se já ouvira falar em Mussolini, ela respondeu ironicamente: “ Nem sei quem é. Acho que faltei à aula nesse dia.” A garota tinha o Ensino Médio completo (Segundo Grau completo).

É importante que conheçamos pelo menos quem foram os imperadores, os monarcas, os ditadores, os benfeitores deste planeta Terra, para que saibamos escolher nossos dirigentes.

Lembrei-me do amor e do respeito que minha mãe, descendente de imigrantes, possuía pelo estudo e uma lágrima rolou pelo meu rosto de indignação ou de pena nós brasileiros. Afinal:

“O futuro não é uma dádiva; é uma conquista.

“Talvez o tempo te ponha na suaescola, pois não terás melhor professor do que ele. ( Abu-Shakurpoeta persa do século X d.C)

Opinião

DR. RODRIGO MASINI DE MELO

CEO da IBusinessHealth, Data Scientist e Project manager

[email protected]

Poder para o pacientemais rurais dos EUA, que as pessoas percorram grandes distâncias para acessar os serviços de saúde. Como resultado, não é incomum os pacientes recorrerem à sala de emergência para fazer um teste de estreptococo, especialmente se não tiverem seguro.

No exemplo do paciente com dor de garganta poder fazer isso, e se o teste for positivo, o médico da emergência poderia prescrever um antibiótico. O custo dessa visita sem seguro não inclui apenas o teste e a medicação - o paciente também paga a taxa pelo médico e pelo hospital. Dependendo de onde o paciente mora, o custo de toda a visita pode acumular contas, totalizando centenas ou milhares.

Mas um kit de teste rápido comprado em seu CVS local (ou mesmo na Amazon) custa apenas cerca de US$ 35. Se o teste for positivo, o médico do paciente pode estar disposto a pedir uma receita para os antibióticos necessários para tratá-lo, que normalmente custam cerca de US$ 5 na maioria das principais farmácias de varejo. Testes médicos em casa que são usados para diagnosticar uma condição como estreptococo podem custar ainda menos para pacientes que têm seguro; enquanto os pacientes ainda teriam que pagar antecipadamente, como a Consumer Reports observou em 2015, várias grandes seguradoras reembolsam o custo do teste se ele for pedido pelo médico de um paciente e considerado clinicamente necessário.

Portanto, comodidade e redução de custos, o que todo consumidor procura em sua atividade consumidora é alcançada com esta metodologia. Aguardemos ansiosos por outras opções que possam nos tornar mais independentes e responsáveis pela nossa saúde.

A medicina está chegando à sala de estar da população. Na verdade, você poderia argumentar que já está lá. O primeiro kit de gravidez caseiro atingiu o mercado americano em 1976 (então foi chamado E.P.T. - primeiro para “teste de gravidez precoce” e depois para “teste à prova de erros”, o que, obviamente, não foi). Desde então, passou por várias otimizações - tiras de teste que mudam de cor, mais ou menos sinais - que levam aos testes no mercado hoje, muitos dos quais têm leituras digitais que simplesmente dizem “grávidas” ou “não grávidas”. Agora, a tecnologia é tão barata e onipresente que a empresa de móveis Ikea a usou em um anúncio recente, oferecendo descontos para as mulheres grávidas cuja urina, carregada de hormônios, revelou um código especial de desconto.

A visão do teste de gravidez em casa era nobre: uma mulher podia entrar em sua farmácia local e comprar alguma clareza médica sobre seu futuro reprodutivo, sem a necessidade imediata de discutir assuntos sensíveis ou tabus com os médicos.

Hoje, as avaliações em casa podem testar muito mais do que a gravidez. Você pode pegar testes para infecções do trato urinário, avaliar a fertilidade por meio de reserva de óvulos ovarianos e verificar se há doenças sexualmente transmissíveis em farmácias locais. Até kits de testes genéticos como o 23andMe estão agora disponíveis em varejistas como o Walmart. A internet possui outros tipos de kits para ajudar os consumidores a descobrirem tudo, desde a ancestralidade até o microbioma completo.

Esses testes fazem parte de uma tendência maior de assistência médica para melhorar o acesso dos pacientes aos serviços médicos e, ao

mesmo tempo, reduzir seus custos. O mercado de testes médicos está crescendo rapidamente: projeta-se alcançar US$ 340 milhões até 2022, à medida que os testes existentes se tornam mais acessíveis e os cientistas desenvolvem testes completamente novos.

Em um nível econômico, os exames médicos direto ao consumidor (DTC) poderiam ajudar as famílias de baixa renda ou rurais a ter acesso a cuidados médicos acessíveis, independentemente de estarem segurados, e reduzir os custos de saúde em geral.

Não há apenas uma razão pela qual os consumidores-pacientes são atraídos para exames médicos domiciliares. Problemas de saúde - seja para o indivíduo ou para alguém da família imediata - podem levar as pessoas a querer saber mais sobre o que está acontecendo em seus corpos. Mas a acessibilidade e usabilidade de testes médicos em casa permitiram que muitas pessoas participassem puramente por curiosidade.

Para muitos consumidores, os exames médicos em casa são atraentes não apenas porque são convenientes e discretos em comparação aos cuidados médicos tradicionais, mas podem ser mais acessíveis. Tomemos, por exemplo, uma pessoa com dor de garganta e febre. Esta pessoa não tem seguro de saúde ou médico de cuidados primários. Eles também não moram perto de clínicas comunitárias ou de atendimento de urgência, onde os pacientes podem ser atendidos mais rapidamente (e por menos dinheiro) do que um médico de atenção primária. Embora possa parecer incompreensível para as pessoas que vivem em áreas urbanas, não é incomum, em regiões

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Febre alta, mal-estar súbito e vômitos são sintomas comuns a diversas doenças como gripe, viroses e, até mesmo, a temida meningite. Devido a semelhança, a busca do paciente por consulta médica pode ser tardia, e confundir o diagnóstico médico inicial.

Caracterizada pela inflamação nas meninges, membranas que envolvem o cérebro e a medula espinhal, a meningite pode ser bacteriana, viral, fúngica, tuberculosa ou inflamatória.

A forma mais grave da doença é a bacteriana, que pode ser causada por bactérias como Neisseria meningitidis (meningococo), Streptococcus pneumoniae (pneumococo), Haemophilus influenzae, Mycobacterium tuberculosis, Streptococcus sp. (principalmente do Grupo B), Listeria monocytogenes, Escherichia coli e Treponema pallidum. Segundo o infectologista e professor do curso de Medicina da Universidade Positivo, Dr. Alexandre Arias, as duas primeiras são as mais preocupantes, pois evoluem rapidamente e podem provocar sequelas como cegueira, surdez, amputação de membros, consequências neurológicas que dificultam a fala e movimentos, e até mesmo, a morte.

Embora o número de casos não seja tão elevado, com redução no comparativo entre anos anteriores, a doença é considerada endêmica pelo Ministério da Saúde, podendo causar surtos e epidemias ocasionais. Em 2018, foram registrados 1.072 casos de doença meningocócica e 218 mortes, sendo que em 2017 foram 1.138 e 266 casos respectivamente. Já a meningite pneumocócica registrou 934 ocorrências e 282 mortes, em 2018, e 1.030 casos e 321 mortes, em 2017.

Com sintomas e consequências mais brandas, as meningites virais respondem por cerca de 60% dos casos da doença no País: foram registrados 7.873 casos e 93 mortes em 2018, e 7.924 casos e

Alto Risco

107 mortes no ano anterior. Os agentes causadores são Enterovírus, vírus do grupo herpes, arbovírus (dengue, febre Zika Vírus, Chikungunya e febre amarela), vírus do sarampo e da caxumba e adenovírus.

“Além de sintomas comuns de meningite, outros geralmente se apresentam posteriormente, como a sensibilidade à luz, letargia, rigidez no pescoço, confusão mental, delírio e convulsões. Por isso, inicialmente o diagnóstico clínico possa pender para doenças de menor gravidade”, alerta Arias. “O ideal é que o paciente ou responsável procure orientação médica assim que surgirem os primeiros sintomas e fique atento à evolução do quadro e resposta ao tratamento indicado. Caso os sintomas permaneçam ou piorem, deve-se dirigir ao pronto-atendimento imediatamente”, completa.

Avanços no diagnósticoPelo fato do tratamento ser diferente para

cada agente causador da meningite, o tempo e o diagnóstico preciso são fatores importantes no tratamento e cura. Neste cenário, os exames laboratoriais por biologia molecular são importantes aliados do tratamento médico: por meio da técnica de PCR (Reação em cadeia da

Meningite: desafio do diagnóstico e corrida contra o tempoPolimerase), identificam por meio do material genético os agentes causadores da doença, oferecendo resultados mais rápidos e com alta sensibilidade e especificidade.

Desenvolvedora e distribuidora de produtos para medicina diagnóstica, a Mobius Life Science fornece a laboratórios de análises clínicas kits moleculares. Entre eles, um que identifica a meningite bacteriana, especificando se a Neisseria meningitidis, o Streptococcus pneumoniae ou o Haemophilus influenzae estão presentes na amostra, e também um kit para detecção dos principais vírus que causam meningite – Enterovírus, Vírus Herpes 1 e 2, Vírus Varicela-zoster, Parecovírus humano e vírus da caxumba.

Professor Dr. Alexandre Arias

“Como a doença evolui rapidamente, quanto antes realizado o diagnóstico e iniciado o tratamento com medicação adequada, menores as sequelas e risco de vida”, pontua o responsável pelo controle antimicrobiano do Hospital Pequeno Príncipe, Dr. Fábio Motta. No entanto, o médico ressalta ainda que apesar da evolução no tratamento e diagnóstico da doença, a prevenção por meio de vacinas é fundamental.

Mais informações: http://mobiuslife.com.br ou (41) 2108-5296.

Especialista Dr. Fábio Motta

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hemoglobina e hematócrito, que são mais precisos do que os resultados calculados, com excelente correlação com os métodos de referência laboratorial. Com uma

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Diagnóstico rápido para Dímero-DA WAMA Diagnóstica, empresa líder de testes

rápidos no mercado brasileiro, apresenta um aliado no diagnóstico de doenças trombóticas, como a Trombose Venosa Profunda (TVP), caracterizada pela formação de coágulos em veias profundas da parte inferior das pernas e braços, podendo ser fatal quando o coágulo se solta e alcança os pulmões, causando o tromboembolismo pulmonar: o kit Imuno-Rápido Dímero-D. O teste detecta quantitativamente a concentração de Dímero-D em amostras de sangue total ou plasma humano, identificando indivíduos com risco de doenças trombóticas.

A Trombose Venosa Profunda apresenta complicações importantes, sendo, na fase aguda, o alto risco de deslocamento do coágulo, que pode alcançar os pulmões e ocluir um de seus vasos, ocasionando o Tromboembolismo Pulmonar. Quando há oclusão múltipla ou de vasos maiores, há o risco de falência cardíaca, infarto pulmonar e até morte. Na fase crônica, o risco de Tromboembolismo Pulmonar diminui significativamente, porém, devido ao represamento do sangue, há o aumento do risco de Insuficiência Venosa Crônica. Esta pode ocasionar sofrimento considerável ao portador, se caracterizando por inchaço crônico, sensação de peso e dor, escurecimento das pernas e, nos casos mais graves, abertura de feridas que podem demorar meses ou anos para cicatrização.

A formação dos coágulos se dá quando a cascata de coagulação é ativada, polimerizando o fibrinogênio solúvel do sangue, que possui um domínio E e dois domínios D, originando a fibrina. Posteriormente, ligações adicionais entre os domínios D do fibrinogênio são sintetizadas, formando um gel insolúvel que forma o suporte para a formação do coágulo. Quando há a digestão dos coágulos, são clivadas as ligações entre os domínios D e E, deixando as ligações entre os domínios D intactas. Esses dímeros de domínios D são então liberados na corrente sanguínea. Dímeros D não são presentes regularmente no plasma humano, sendo um marcador da fibrinólise endógena e, portanto, um indicativo de trombose ou coagulação intravascular disseminada.

O diagnóstico precoce da TVP é muito

importante, pois minimiza o risco de complicações tromboembólicas, uma vez que a terapia anticoagulante é eficaz na redução de sua morbidade e da mortalidade. Além disso, evita a exposição de pacientes sem a doença aos riscos da terapia com anticoagulantes.

Além disso, alguns estudos sugerem que a quantificação de Dímero-D pode diferenciar pacientes portadores de Dissecção Aguda da Aorta, Tromboembolismo Pulmonar e Infarto Agudo do Miocárdio, sendo um teste útil na triagem desses pacientes, podendo indicar mais precisamente o exame a ser realizado.

O kit Imuno-rápido Dímero-D da Wama é um kit imunocromatográfico altamente sensível e específico para detecção quantitativa de dímeros-D no sangue total ou plasma humano, identificando indivíduos portadores de doenças trombóticas. Dessa forma, a WAMA Diagnóstica oferece a seus clientes mais um kit garantido pelo rígido controle de qualidade ao qual o produto é submetido, justificando assim sua crescente participação no cenário nacional e internacional.

WAMA Diagnóstica disponibiliza kit para detecção de moléculas de Dímero-D em amostras de sangue total ou plasma humano

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Em Maio, estive presente no 10º Summit de Experiência do Paciente, organizado pela instituição americana Cleveland Clinic, em Cleveland, Ohio. Juntamente com um grupo de profissionais multidisciplinares daqui do Brasil, participantes da 2ª ClevelandExperience*, fizemos uma imersão no tema e voltamos com muitos insights e provocações.

A questão central que delineou todas as palestras foi “Empatia e Inovação Tecnológica”, e diante desse assunto trago uma provocação: o quanto estamos prontos para manter o cliente da área da saúde no centro?

Pensando sobre a melhor forma de impactar e trazer insights aos profissionais, acredito que a experiência se co-cria, ou seja, ela é criada em conjunto pelos stakeholders da saúde, incluindo o paciente. Apesar de ser vista como uma prática que virou foco de muitas empresas do segmento, representa algo básico que leva em consideração a qualidade e a segurança, e precisa ter como centro o paciente.

Mesmo sendo o mote de muitos eventos,

cursos, trabalhos de consultorias e até um novo cargo nas empresas, a experiência tem começo, meio, mas não fim. Ou seja, o desafio é manter o cliente no centro mesmo quando os interesses entre os players não sejam iguais.

Dentre outras inquietudes desse grupo, foi apontado como grande preocupação a forma com a qual os pacientes se tornam mais empoderados e como os profissionais da saúde respondem e acompanham essa independência por meio da empatia.

Conclui-se então que existe muito espaço e oportunidades para que prestadores e planos de saúde possam juntos estabelecer alianças de interesse mútuo que vão desde iniciativas baseadas em diagnóstico de doenças específicas até o compartilhamento de ferramentas tecnológicas que facilitem esse processo.

Para que esse processo seja consistente, é necessária uma visão 360º da gestão, garantindo uma experiência completa ao paciente, com o propósito de alcançar melhores resultados. Tudo está relacionado em trabalhar com um time interno e externo que inclua os

O paciente no centro de todo o processo

Daniela Camarinha

Administradora de Empresas com ênfase em Marketing, Pós-graduação em Gestão Empresarial, MBA em Marketing de Serviços e Comunicação e Mestrado em Gestão Estratégica. Forte atuação na área da saúde com mais de 20 anos de experiência no segmento de Medicina Laboratorial, Planos de Saúde e Indústria de Diagnóstico. É sócia proprietária da YouCare tendo participação ativa em projetos de Marketing e Acesso no segmento da saúde, professora de Marketing no MBA da PUC-SP e FGV, palestrante, membro do SINDHOSP (comitê de clínicas e laboratórios) e colunista de diversas publicações na area da saúde.

[email protected]

planos de saúde, fornecedores, médicos, co-criando valor em todas as áreas relacionadas, com o objetivo de reduzir sofrimento, aumentar o engajamento e promover qualidade de vida ao paciente sem necessariamente aumentar custos.

Sabendo da necessidade desse tema nas diferentes organizações, sejam elas de pequeno, médio e grande porte, desenvolvemos um núcleo na YouCare para auxiliar as tomadas de decisões e orientar as empresas a implementar o conceito do paciente no centro de todo o processo.

Solicite uma consultoria gratuita de 20 minutos com a equipe da YouCare e saiba como podemos te ajudar através do WhatsApp (11)98642-4719.

*A Cleveland Experience se refere a um evento anual da YouCare em parceria com a Cleveland Clinic, instituição americana referência em Experiência do Paciente, que leva um grupo de profissionais do Brasil para o Summit de Experiência do Paciente para networking, palestras e tour exclusivo.

Opinião

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Em 1909, o médico Carlos Chagas descobriu pela primeira vez o protozoário Trypanosoma cruzi no sangue de um ser humano. Era uma menina de 3 anos chamada Berenice, que estava em plena fase aguda da doença. Após 110 anos, a doença de Chagas ainda está longe de ser superada. Endêmica em 21 países da América Latina, ela afeta aproximadamente 6 milhões de pessoas no mundo.

Também conhecida como tripanossomíase americana, estamos falando de uma condição negligenciada e potencialmente fatal. Segundo estimativas, provoca 12 mil mortes por ano. E o problema vem crescendo nos últimos anos no Brasil, país com ao menos um milhão de infectados. O Ministério da Saúde afirma que o número de casos da doença na forma aguda mais do que triplicou de 2008 a 2017.

De acordo com o “Primeiro Relatório da OMS Sobre Doenças Tropicais Negligenciadas”, estima-se a perda de 752 mil dias de trabalho ao ano em decorrência de mortes pela doença na América Latina. É um gasto de 1,2 bilhão de dólares em produtividade perdida.

Só no Brasil, o absenteísmo de trabalhadores afetados pela doença de Chagas representa uma perda mínima estimada de 5,6 milhões de dólares por ano.

Na fase aguda inicial, os pacientes podem apresentar sintomas como inchaço no rosto e pernas, dor de cabeça, fraqueza e febre contínua. Na fase crônica, cerca de 30% dos infectados terá doença cardíaca ou digestiva. A cardiomiopatia chagásica é a manifestação mais crítica, sendo responsável pelo aumento de mortes devido a arritmias cardíacas ou insuficiência cardíaca progressiva, além de provocar acidente vascular cerebral (AVC).

Para combater a infecção, é preciso encarar a amplitude do quadro e atuar em diferentes frentes.

Artigo

Os desafios para vencer a doença de Chagas, um problema negligenciado

Uma é o controle do inseto conhecido como barbeiro, seu vetor de transmissão, principalmente em residências.

Isso exige uma atuação pública, que promova campanhas de detecção e aplicação de inseticidas em áreas endêmicas, a exemplo do Norte do país. Como forma de prevenção individual, recomenda-se repelentes e roupas de mangas longas durante atividades noturnas em áreas de mata.

Contudo, o protozoário T. cruzi pode ser disseminado de outras maneiras. Transfusão de sangue, alimentos contaminados e o transplante de órgãos estão entre elas, o que torna mais complexa a erradicação. Aliás, destaco aqui a possiblidade de transmissão oral por meio da ingestão de comidas contaminadas, como açaí e caldo de cana.

Além de políticas públicas eficientes, a comunidade científica precisa investir esforços para aprimorar a compreensão da doença de Chagas, fomentando a produção de mais pesquisas. Precisamos de dados para análise da doença e de seu impacto social, além de novas formas de tratamento.

Alguns avanços nesse sentido já estão sendo realizados. É o caso do primeiro estudo que terá o Brasil e países da América Latina como palco para investigar um tratamento para insuficiência cardíaca em pacientes com doença de Chagas. Ele deve ser iniciado ainda em 2019.

A medicação sacubitril-valsartana, que se

mostrou eficaz para pacientes com insuficiência cardíaca com fração de ejeção reduzida, será testada para o tratamento desta doença causada especificamente por doença de Chagas.

Por outro lado, necessitamos seguir firmes com programas já existentes, como o transplante cardíaco. Em 2018, o país realizou cerca de 380 procedimentos do tipo – é um número crescente a cada ano.

Apesar de centros de pesquisa brasileiros terem sido pioneiros no tratamento de pacientes chagásicos com insuficiência cardíaca crônica através do transplante, os números de procedimentos ainda são baixos em relação à população impactada.

Além disso, é preciso fomentar a capacitação de agentes de saúde. Segundo estudo recente desenvolvido pela Fundação Oswaldo Cruz em parceria com a organização Médico Sem Fronteiras (MSF), apenas 32% dos profissionais entrevistados em Unidades Básicas de Saúde (UBS) conhecem os procedimentos de diagnóstico da doença e somente 14% sabem o tipo de medicamento indicado.

Estamos diante de um problema de saúde pública global. Como a população está conectada e viajando a diferentes cantos do mundo, a doença de Chagas passou a atingir cada vez mais locais não impactados pelo barbeiro. Exemplos: Estados Unidos, Canadá e países europeus.

É preciso ampliar os investimentos e os esforços coordenados, fortalecer programas públicos e do terceiro setor e contar com iniciativas privadas para o desenvolvimento de pesquisas e serviços de saúde se quisermos vencer a doença de Chagas.

*Dr. Edimar Alcides Bocchi é livre-docente em cardiologia e professor-associado da Faculdade de Medicina da Universidade de São Paulo (USP), editor associado do JACC, e chefe da Unidade de Insuficiência Cardíaca do InCor-HCFMUSP.

*Dr. Edimar Alcides Bocchi

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médico atende o paciente e humaniza a relação na busca de resultados positivos no tratamento proposto. Basta uma busca rápida no navegador de internet para ler notícias sobre telemedicina, teleconsulta, aplicativos que utilizam a inteligência artificial tentando fazer o que o médico deve fazer e futuramente o que os profissionais da saúde devem fazer.

Não se pode afirmar que a “máquina” irá substituir o profissional da saúde, creio que há muito para acontecer e não teremos este panorama tão cedo, mas a preocupação que fica é o preço que pagamos pela tecnologia embarcada em detrimento da relação humana já tão dificultada pelo dia a dia e pelos dispositivos tecnológicos. Até pouco tempo atrás ouvíamos dizer que o melhor amigo do homem era seu cão, parece que o fiel cão perdeu seu posto para o celular.

Saudações biomédicas.

Opinião

DR. DÁCIO EDUARDO LEANDRO CAMPOSPresidente do CRBM – 1ª RegiãoDiretor da FAAP – Ribeirão Preto - SP

É fato que a tecnologia na área da saúde foi o foco nesta última década. O grande assunto do momento é a inteligência artificial que traz inovações na maneira de condução da saúde, na formatação de banco de dados e no apoio a relação profissional da saúde com o paciente.

Hoje os dispositivos móveis interagem no nosso dia a dia trazendo informações e dicas de saúde a medida que fornecemos informações pessoais de nossos hábitos alimentares e comportamento. De certa maneira é muito interessante podermos contar com estes aplicativos, entretanto alguns pontos temos que avaliar.

A inteligência artificial já é conhecida desde 1950 e atualmente falamos de tecnologia o tempo todo, o assunto é atraente, mas a realidade não é tão animadora. A tecnologia chega aos Hospitais de grande porte (particulares), isso seleciona o “cliente” que recebe o serviço. Dados recentes da

A tecnologia e a relação socialOrganização Pan Americana de Saúde informam que quase dois terços da população da América Latina não têm acesso a um simples exame de radiologia geral. Por mais tecnologia que os grandes centros, as grandes capitais de nosso País, apresentem comercialmente à sociedade, existe uma diferença gigantesca entre estes locais e o restante do País. Distorções nas quais a tecnologia não tem capacidade de dirimir neste momento.

Outro ponto a ser considerado é a relação profissional da saúde com o paciente, talvez este é o ponto focal mais importante para estudos futuros. A carência de profissionais médicos no Brasil, que até dezembro de 2018 somavam 452.801, tem explicação no tempo de formação profissional, no investimento alto durante este período, entre outras. Diante desta carência a tecnologia veio para modificar a relação até então solidificada, onde um profissional

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Pesquisa SBPC/ML

SBPC/ML aponta que 72% de pacientes crônicos só descobriram a doença após aparecimento de sintomas

Uma pesquisa* encomendada pela Sociedade Brasileira de Patologia Clínica/Medicina Laboratorial (SBPC/ML), revela que 72% dos pacientes com doenças crônicas só descobriram o problema após o aparecimento de sintomas.

Segundo o presidente da SBPC/ML, Wilson Shcolnik, este dado alerta para o fato de que “quando o paciente apresenta sintomas é sinal de que a patologia já está instalada. Logo, a população não está realizando exames clínicos e laboratoriais básicos como forma de prevenção, mas sim de diagnóstico”, explica.

A pesquisa, realizada entre os dias 28 de março e 7 de abril deste ano, nas cidades de São Paulo e Rio de Janeiro, revela ainda que:

96% dos entrevistados consideram exames laboratoriais importantes para prevenção

48% dos pacientes crônicos acham que deveriam ter feito exame com mais antecedência para prevenir doença

40% dos pacientes crônicos acham que deveriam ter feito exames complementares para prevenir doença

Shcolnik lembra que os testes descartam ou confirmam hipóteses de diagnóstico, apontam para a necessidade de uma investigação mais detalhada, auxiliam os especialistas em ações que podem evitar a manifestação da doença ou mesmo diagnosticá-la de forma mais precoce, aumentando as chances de tratamento e cura. “A Agência Nacional de Saúde Suplementar (ANS) estima que pacientes doentes custam 7 vezes mais do que um paciente saudável na mesma faixa etária e estudo da Universidade Federal de São Carlos (UFSCAR) aponta que doenças que só possuem alterações laboratoriais, sem manifestar sintomas, têm

chance de cura de 90%. Conclui-se que a realização de exames preventivos é menos onerosa ao sistema de assistência à saúde e mais benéfica ao paciente”, completa o presidente da SBPC/ML.

Overuse X underuseSegundo o presidente da SBPC/ML, os

depoimentos de diversas autoridades do setor que constantemente insinuam o desperdício de exames não apresentam evidências. “Os gastos em saúde no que tange à Medicina Laboratorial, segundo dados de literatura científica internacional, não ultrapassam 3% do total. Em contrapartida, a especialidade médica responde por apoio a 70% das decisões

clínicas do país, influenciando desfechos e resultados econômicos da assistência à saúde”, reforça.

Sobre os números de procedimentos laboratoriais com resultado dentro da faixa de normalidade, classificados como desperdício por alguns gestores de saúde, Shcolnik afirma que “esses resultados, na verdade, devem ser comemorados, num momento em que se valoriza e estimula ações de prevenção e promoção de saúde”.

A pesquisa - encomendada pela SBPC/ML - também aponta o interesse da população em realizar cada vez mais exames, como forma de prevenção a doenças:

Somente 17% dos pacientes acham que os médicos solicitam mais exames que o necessário

Metade (ou 51%) dos doentes acreditam que poderiam ter procurado ajuda médica com mais antecedência para evitar a doença ou retardá-la

64% dos pacientes crônicos controlam a doença por meio de exames laboratoriais

95% acredita que os exames laboratoriais são úteis ou muito úteis para o tratamento e controle da doença

Metodologia da pesquisa* Foram realizadas 400 entrevistas com

moradores da cidade do Rio de Janeiro e de São Paulo, maiores de 18 anos. Nesta população buscou-se ter uma maior participação de pessoas com pelo menos uma entre seis doenças crônicas: Cardiovasculares, Reumáticas, Renais, além de Diabetes, Tireoide, Câncer, (cerca de 83%) e outro grupo sem nenhuma dessas seis doenças (aproximadamente 17%).

Presidente da SBPC/ML, Wilson Shcolnik,

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A Quarta Definição Universal de Infarto do Miocárdio¹ estabeleceu critérios para o diagnóstico de IAM: ele é feito com base em um aumento ou queda de troponina, com pelo menos uma medida excedendo o percentil 99 de uma população saudável (indicando a presença de lesão miocárdica), no contexto de suspeita de isquemia coronariana (por exemplo, sintomas típicos, alterações no eletrocardiograma, evidência de perda da função miocárdica ou presença de doença arterial coronariana obstrutiva).

Se for diagnosticado, o IAM pode ser classificado em 5 tipos diferentes (figura 1), sendo 1 e 2 os mais frequentes. No entanto, um princípio destacado pela Definição Universal de IM é que, embora valores anormais de troponina de alta sensibilidade reflitam lesão de células miocárdicas, uma elevação não indica

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Troponina e Infarto Agudo do Miocárdio (IAM)Quarta Definição Universal de Infarto do Miocárdio - Sociedade Europeia de Cardiologia

a causa subjacente da mesma. O IAM é uma importante causa de liberação de troponina. No entanto, outros processos podem levar à lesão miocárdica e elevação da troponina em ausência de IAM (Figura 2). Em alguns casos, pode se tratar de lesão miocárdica crônica, na qual os valores permanecem elevados, mas não mudam substancialmente durante horas/dias.

Em contraste, uma lesão miocárdica aguda normalmente provoca mudança no padrão de valores da troponina e pode ser resultado de causas isquêmicas ou não-isquêmicas.

A lesão miocárdica é considerada aguda se houver aumento ou queda de valores de troponina. O diagnóstico de infarto do miocárdio, incluindo o tipo 2, requer evidência

clínica de isquemia miocárdica.Referências:1. Thygesen K, et al.Executive Group on behalf of the Joint European Society of Cardiology (ESC)/American College of Cardiology (ACC)/American Heart Association (AHA)/World Heart Federation (WHF) Task Force for the Universal Definition of Myocardial Infarction. Fourth Universal Definition of Myocardial Infarction (2018)Roche Diagnóstica Brasil Ltda. Atendimento ao cliente: 0800 77 20 295 www.roche.com.brAv. Engenheiro Billing, 1729, prédio 38 São Paulo - Brasil © 2019 RocheTodas as marcas mencionadas possuem proteção jurídicaCOBAS H, COBAS E e ROCHE CARDIAC são marcas registradas RocheAbril/2019 - Cód. MC-BR-00287Todos os reagentes comercializados no Brasil estão devidamente registrados, para obter a relação dos números de registro ligue para 0800 77 20 295

espontâneo: relacionado a isquemia devido a evento coronário primário como erosão da placa ou ruptura

secundário à isquemia devido ao desequilíbrio entre a demanda e o suprimento. Ex.: espasmo de coronária

Morte súbita com sintomas de isquemia miocárdica, acompanhada de supradesnivelamento do segmento ST-T e ou BCRE ou trombo de coronária na coronariografia

associado à intervenção coronária percutânea

associado à trombose de stent

associado à reestenose

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A nova linha de escalpes SAFETY VACUETTE®, também fabricada em material transparente, oferece abas de manuseio flexíveis com padronização de cores que indicam o tamanho da agulha e dispositivo de segurança para travamento definitivo da agulha após o uso, prevenindo acidentes.

Para auxiliar na punção venosa, o scanner vascular, Greiner Bio-One AV400, possui tecnologia de última geração. O equipamento projeta as veias na superfície da pele com máxima definição e em tempo real, possibilitando a visualização das veias para auxiliar em diversos procedimentos, desde a coleta de sangue até

em tratamentos estéticos e vasculares, o que o torna versátil e ideal para a realização de aplicações precisas.

Todas essas e outras soluções não apenas fortalecem a Greiner Bio-One como uma empresa de destaque no segmento pré-analítico, como tornam os procedimentos cada vez mais eficientes e seguros em laboratórios e hospitais de todo o Brasil, o que proporciona fortalecimento para o setor da saúde e a valorização dos profissionais da área assim como dos pacientes.

Confira os destaques da Greiner Bio-One

O Supremo Tribunal Federal (STF) decidiu no último dia 22, que o Poder Público deverá fornecer, com restrições, medicamentos sem registro na Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa). A maioria dos ministros da Corte Superior também determinou que a administração pública não deve ser obrigada a fornecer medicamentos sem registro que estejam em fase de testes. Para eles, nesses casos, a situação será analisada individualmente.

Na visão do advogado José Santana Júnior, especialista em Direito Médico e da Saúde e sócio do escritório Mariano Santana Sociedade de Advogados, a decisão do STF foi positiva, mas não resolve a Judicialização no fornecimento de remédios na saúde pública brasileira. “Os ministros

Medicamentos

do Supremo garantiram aos indivíduos o direito ao medicamento avaliando caso a caso, as necessidades e as condições clínica, social e a efetividade do tratamento individualmente. Entretanto, a decisão deve fomentar ainda mais a judicialização dos casos, já que a análise será individual. Ou seja, o mesmo medicamento poderá ser fornecido para um paciente e não para outro. Isso provocará novas discussões nos tribunais brasileiros”, avalia.

O advogado ainda destaca que os ministro do STF também forma cautelosos na decisão para “evitar a onerosidade dos cofres públicos com tratamentos ineficazes, garantindo aos cidadãos o acesso à saúde de forma competente e seguro”.

O especialista explica que o STF ponderou algumas condições e ressalvas para a concessão

“Decisão do Supremo pode aumentar a Judicialização para o fornecimento de remédios sem registro na Anvisa”, avalia especialista em Direito Médico e da Saúde

destes medicamentos. “O Poder Público não está obrigado a conceder medicamentos que ainda estão em fase de testes, sendo duvidoso ao paciente a eficácia do tratamento. Embora a votação dos Ministros tenha genericamente o mesmo entendimento, as ressalvas apontadas por cada um deles são diferentes, sendo necessário aguardar o término da votação para a conciliação de uma decisão final sobre o assunto”.

Entre as restrições apontadas pelos ministros estão: a necessidade da família do paciente não possuir condições de arcar com o medicamento; a impossibilidade da substituição do medicamento por algum já fornecido pelo SUS e; se a concessão do medicamento for imprescindível para o tratamento e da comprovação da eficácia do tratamento.

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Opinião

O mercado de medicina diagnóstica é altamente competitivo e para os laboratórios sobreviverem precisam ter informações operacionais das principais etapas dos seus processos de gestão na palma da mão. Hoje, os laboratórios gastam muito tempo na elaboração dos indicadores de desempenho, sobrando pouco tempo para análise crítica e tomada de decisão, principalmente por conta da dificuldade da extração dos dados. Nesse sentido, o Business Intelligence (BI), ou Inteligência de Negócios, pode ser decisivo para o laboratório.

O Shift BI, em sua versão 3.0 está sendo lançado em uma plataforma responsiva, harmonizado com programas de indicadores da Controllab e da IFCC 2016. A integração com LIS anula a intervenção manual e input de dados, permitindo que laboratórios eliminem atividades burocráticas, no

que se refere à montagem de indicadores. Assim, o trabalho do gestor deixa de ser operacional e se torna mais estratégico, gerando um ciclo de melhoria contínua para o negócio.

Para que o cliente utilize o Business Intelligence de maneira adequada, é preciso que sejam gerados indicadores em cada uma das etapas da jornada do paciente, do pré ao pós analítico. Erros de cadastro, demora no atendimento, falta de qualidade na realização do exame e atrasos na entrega dos resultados são exemplos de falhas que precisam ser monitoradas na jornada do paciente a fim de melhorar a gestão de laboratórios. O Shift BI pode ainda ser utilizado para mensurar o atendimento ou a exigência do usuário para aprimorar o trabalho serviço prestado pelo laboratório.

Além desses erros, existem outros indicadores

A importância do BI para o sucesso do laboratórioque podem ser estrategicamente monitorados, como é o caso dos financeiros e dos demográficos. Um exemplo é a possibilidade do usuário fazer a comparação da evolução do número de atendimentos na unidade em diferentes períodos e o detalhamento de resultado de cada unidade para saber se está dentro da meta estipulada. Tudo isso faz com que o processo de tomada de decisão seja mais eficiente, além disso, as informações podem ser acessadas pelo usuário fora do laboratório.

Diante dessas informações, o BI consegue integrar as informações de forma que sejam usadas de maneira estratégica pelo cliente, ajudando na tomada de decisões e no planejamento do laboratório. Onde o monitoramento e a análise de informações podem ser determinantes para o sucesso da organização.

ALEXANDRE CALEGARI

Mais de 16 anos de experiência em Tecnologia da Informação na área de Medicina Diagnóstica.Graduado em Tecnologia e Processamento de Dados pela UNIRP e pós-graduado em Administração de Empresas pela FGV, atualmente lidera projetos estratégicos da Shift e a área de Gestão de Produtos.Gerente de Produto da [email protected]

Conforme prometido na coluna anterior, hoje falaremos um pouquinho sobre os cuidados dermatológicos faciais para as recém mamães. Sem duvidas, os primeiros meses de vida de um bebê exigem muito da mãe, porem, é muito importante que haja um tempinho no dia para o auto cuidado materno. Por isso, hoje, vou dar algumas dicas de produtos que devem ser evitados neste período e procedimentos que podem ou não serem feitos:

1 - Não existem estudos que confirmem que aplicação de toxina botulínica e ácido hialurônico injetável (preenchedores) neste período, assim como durante o período da gestação, seja inofensiva. Por isso, minha opinião é: evite!

Espere a amamentação ter acabado para se expor a tais procedimentos.

2 - Utilize sabonetes específicos para face, e evite aqueles com ácidos salicílico oi retinóico. Prefira aqueles de limpeza suave ou de alta tolerância. Espere a espuma agir em face por cerca de 2 minutos para, após, lavar o rosto.

3 - Certamente seu dermatologista poderá te indicar bons produtos para este momento conforme a particularidade de sua pele. Invista em produtos que sejam compatíveis com sua pele neste período, que comumente muda de padrão (era seca e passa a ser oleosa, ou vice versa, por exemplo).

3 - Ideais para o clima brasileiro, hidratantes faciais em gel, alguns disponíveis com ácido

“Cuidados com a pele da face durante o período da amamentação”

Médica Dermatologista. Especialização em Dermatologia pelo Hospital das Clínicas da Faculdade de Medicina de Ribeirão Preto, Universidade de São Paulo - HC - FMRP- USP. Título de Especialista em Dermatologia pela Sociedade Brasileira de Dermatologia - SBD. Membro da Sociedade Brasileira de Dermatologia - [email protected]

hialurônico (permitido) em sua formulação, podem ser utilizados. Outras opções são hidratantes com vitamina C.

4 - A sequência correta é: Primeiro lave o rosto, depois aplique o protetor solar pela manhã (no mínimo FPS 30) e a noite, após lavar o rosto, aplique hidratante ou creme recomendado pelo seu dermatologista.

Pequenos momentos de cuidado com a própria pele podem fazer a diferença no dia da mamãe atarefada. É difícil fazer mas importante lembrar, então não deixe de se cuidar, mesmo que seja um período atribulado. É como diz o ditado popular: mamãe feliz é sinônimo de bebê feliz. Até a próxima coluna!

Dra. Heloisa da Rocha Picado Copesco

2019 - Maratona de Eventos

SETEMBRO53º Congresso Brasileiro de Patologia Clínica - Medicina Laboratorial

24 a 27 de Setembro de 2019 - Centro de Convenções Sul América - RJ

JUNHO - 46º Congresso Brasileiro de Análises Clínicas16 a 19 de junho de 2019 - Belo Horizonte-MG - www.cbac.org.br

Tel: (16) 3629-2119 e (16) 99702-9305

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