d.pedro e d.ines

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História de Amor D.Pedro e D. Inês Agrupamento de Escolas Moinhos da Arroja

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Historia do amor de D.Pedro e D.Ines.

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Page 1: D.Pedro e D.Ines

História de Amor

D.Pedro e D. Inês!

Agrupamento de Escolas Moinhos da Arroja

Page 2: D.Pedro e D.Ines

PREFÁCIO

D. Pedro e D. Inês viveram uma das mais belas e trágicas histórias de

amor, uma história que foi imortalizada em poemas, filmes, dramas, pinturas,

esculturas e que ainda hoje continua a encantar corações.

Conheces esta história? Sabes que Luís de Camões a contou, pela boca

de Vasco da Gama, na sua obra Os Lusíadas?

Então lê o que os alunos do 9ºC escreveram, a partir da leitura que

fizeram desse episódio.

Page 3: D.Pedro e D.Ines

AMOR DE D.PEDRO E D.INÊS

Estava D. Inês, nos campos do Mondego, linda e tranquila,

gozando os melhores anos da sua vida, quando este triste

episódio aconteceu. Ali recordava o seu amado Pedro,

confidenciando o seu amor à Natureza, vivendo naquela ilusão

alegre e ingénua que não iria durar muito.

!

Page 4: D.Pedro e D.Ines

Também D. Pedro a recordava, também ele a trazia sempre no pensamento, noite e dia, lembrando os tempos felizes que viveram juntos

!

Page 5: D.Pedro e D.Ines

CONDENAÇÃO À MORTE

Assim vivia D. Pedro, rendido àquele rosto que o sujeitava, mas o velho pai

prudente, ouvindo o murmurar do povo e vendo que o filho não queria casar

com mais ninguém, mandou matar D. Inês. Ele acreditava que só com o sangue

poderia acabar com o amor entre eles. Quem consentiu que a espada antes

erguida contra os mouros fosse agora levantada contra esta fraca dama

delicada?

Os horríficos algozes traziam-na perante o rei, que só por a ver, assim

ajoelhada, se apiedava, mas o povo não se demovia e, com falsas e cruéis

razões, persistia na ideia da sua morte. Tristes e piedosas palavras proferiu ela,

saídas só da mágoa e da saudade do príncipe e filhos, que estava prestes a

deixar. Levantou para o céu os olhos piedosos (os olhos, porque as mãos

estavam atadas) e, atentando nos seus filhos cuja orfandade temia, começou a

dizer:

- Se até os animais, que nasceram ferozes, demonstram compaixão por

crianças, como aconteceu com Nino, Rómulo e Remo, então tu, que tens rosto

e sentimentos humanos (se é humano matar uma fraca donzela só por amar),

também deves ter respeito a estas criancinhas, já que não te comove a minha

inocência.

- Tu que soubeste vencer os mouros, usando a tua espada, deves

também saber dar a vida a quem não cometeu erros para perdê-la.

- Mas se, mesmo assim, achas que devo ser punida, manda-me para

outro lugar, distante de D. Pedro, para a fria Sibéria ou para a Líbia ardente,

onde viverei para sempre chorando. Ali, verei se consigo achar, entre leões e

tigres, a piedade que não encontro entre os homens. Ali, criarei estes filhos que

aqui vês, chorando pelo meu amado D. Pedro.

Page 6: D.Pedro e D.Ines

!

Page 7: D.Pedro e D.Ines

CRIME SEM PERDÃO

Comovido por estas palavras que o magoam, o rei queria perdoar D. Inês,

mas nem o povo nem o destino a fez escapar à morte. E os ministros

desembainharam a espada de aço fino, apesar da hesitação do rei. Como,

como é que se podem dizer cavalheiros se pretendiam trespassar uma dama

delicada?

Tal como Polycena, sacrificada injustamente diante da mãe, que

endoidecia, sempre se manteve serena, assim D. Inês se expôs ao duro

sacrifício, morta pelo coração, ferida no branco peito, onde guardava todo o

amor que tinha por D. Pedro. E enquanto aquela espada a trespassava, Inês

chorava. Assim agiram aqueles ministros, não pensando nas consequências

dos seus actos.

Bem podias, ó Sol, afastar os teus raios deste episódio.

E vós, côncavos vales, como conseguistes ecoar o nome de D. Pedro que

da sua boca saía?

Tal como uma flor cândida e bela cortada antes do tempo, maltratada por

uma menina que a trazia na grinalda, que perde o cheiro e a cor, assim está

Inês, morta, pálida, as maçãs do rosto sem cor…

As filhas do Mondego choraram durante muito tempo esta morte e das

suas lágrimas brotou uma fonte, a Fonte dos Amores, que para sempre

perpetua o nome de D. Inês de Castro.

Page 8: D.Pedro e D.Ines

“Tal está, morta, a pálida donzela,

Secas do rosto as rosas e perdida

A branca e viva cor, co a doce vida.”

Canto III d’ Os Lusíadas, Estrofe 134.

Page 9: D.Pedro e D.Ines

Turma do 9ºC

CIMA: Maria João, Ana Rita, Daniela, Bruna, Gonçalo, Gerson, Edmilson,

Ricardo, João Monteiro, João Pedroso, Diogo Silva, António

BAIXO: Stefany, Carla, Patricia, Joana, Franciliny, Jessica, Nélia, Mafalda, Diogo

Rosa, Diogo Martinho