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Page 1: Tribuna Abril 15

QUINZENÁRIO INDEPENDENTE AO SERVIÇO DAS COMUNIDADES DE LÍNGUA PORTUGUESA

2a Quinzena de Abril de 2009Ano XXIX - No. 1061 Modesto, California$1.50 / $40.00 Anual

RELIGIÃO

Monsenhor Harvey Fonseca

RELIGIÃO Pag 26

O Rev. Donald Mor-gan irá substituir o Rev. Tony Mancuso como pároco da Ig-reja Nacional Por-tuguesa das Cinco Chagas em San José a partir de 1 de Jul-ho. O Padre Mor-gan é actualmente o Vigário Paroquial na

Igreja de Saint Simon em Los Altos.

Donald Morgan novo Pároco das Cinco Chagas

[email protected] • www.portuguesetribune.com • www.tribunaportuguesa.com

Antes um País que atravesse crises e as vença, do que uma dita-dura caquéctica, hipócrita e odiada. Viva Portugal Livre!

O Rev. Harvey Fon-seca foi ordenado Padre em 1992. É pá-roco de St. Jude Tha-ddeus Catholic Chur-ch em Livingston desde 1995 e recen-temente foi “honored by Pope Benedict XVI for “his faithful dedicated work and

ministry for the good of God’s people.”” An-teriormente trabalhou nas paróquias de Tula-re, Merced e Hanford. Parabéns.

25 de Abril f o re v e r & e v e r

António Menezes

Presidente do Grupo SATA

Grândola, vila morenaTerra da fraternidadeO povo é quem mais ordenaDentro de ti, ó cidade

Dentro de ti, ó cidadeO povo é quem mais ordenaTerra da fraternidadeGrândola, vila morena

Em cada esquina um amigoEm cada rosto igualdadeGrândola, vila morenaTerra da fraternidade

Terra da fraternidadeGrândola, vila morenaEm cada rosto igualdadeO povo é quem mais ordena

À sombra duma azinheiraQue já não sabia a idadeJurei ter por companheiraGrândola a tua vontade

Grândola a tua vontadeJurei ter por companheiraÀ sombra duma azinheiraQue já não sabia a idade

josé afonso

35 Anos de LiberdadeSalgueiro Maia, o mais puro Capitão de Abril (de braços aber-tos) tenta convencer as tropas governamentais a evitarem um banho de sangue, já que a VITÓRIA era certa.

“... não obstante sermos uma empresa do Governo dos Açores, temos que ter uma performance económica positiva, para garantir a nossa existência. Assim, os preços praticados reflectem os custos da operação, tão somente. As nossas aeronaves não fazem voo direc-to, por limitações de “range”, o que implica paragens técnicas e pernoitas das tripulações fora da base. Estes custos são muito importantes, bem como é o combustí-vel, claro está. Sobre este último factor, estamos a tra-balhar com base nos mercados forward para o Verão 2009, altura em que voaremos. O preço do combustível hoje, no Inverno, não será necessáriamente igual ao preço que pagaremos neste próximo Verão, como se constata da comparação dos preços “spot” e “forward”. O que importa realçar é que a SATA procura apenas cobrir os custos operacionais da rota!”

Leia a entrevista na página 16.

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2 15 de Abril de 2009SEGUNDA PÁGINA

Year XXIX, Number 1061, April 15, 2009

Cantar num coro é lindo..

O Bispo de San José actuou rápidamente na colocação do novo pároco da Igreja das Cin-co Chagas, uma importante paróquia da sua Diocese. Se fosse à espera de recomendações

da nossa comunidade, os resultados iriam demorar. As coisas tem de ser feitas com rapidez, ponderação e re-conhecer que a Igreja é universal e a língua deve ser o menor atropelo à religião.

Ao mudar de canal tive sorte outro dia, pois vi o final de uma Conferência da Igreja dos Mormons. A Conferên-cia acabou com o Coro do Tabernáculo daquela Igreja (cerca de 300 pessoas) a cantarem. Que lindo. Fez-nos lembrar as canções religiosas já tanto ou quanto antigas da maioria dos nossos coros, que já não condizem com a Igreja do Século XXI. O Domingo deve ser um dia de alegria, a Missa deve ser algo que nos contagia e o Coro deve ser o transporte das nossas alegrias para o Céu. É isso? Acho que não. Neste aspecto temos muito que aprender com outras cristandades. E o tempo está a fugir. Na Costa Leste as Igrejas Católicas estão a fechar todas os meses. Cabe aos católicos daqui saber o que querem! E rápidamente...

Leiam por favor o objectivo da Festa de Santo Antão de Stevinson. Está no anuncio da sua festa na página 20. Leiam-no com atenção, copiem-no e partilhem-no com outras organizações. Se o fizerem sentir-se-ão bem.

Na nossa edição de 1 de Abril houve coisas que deram nas vistas. Não fui eu que escolhi o mês de Abril para dar alarde a estas “ideias”. Está-se a tornar dificil inven-tar coisas novas. O mundo esta cheio de petas todos os dias e criar uma de raíz dá muito trabalho. Mesmo assim valeu bem a pena. Não valeu?

jose avila

EDITORIAL

Já há milhares de anos que os grandes ge-nerais sabiam que a melhor táctica, quan-

do as coisas não estavam a correr bem, era parar, re-cuar, reagrupar e discutir a nova estratégia até à vito-ria final. Milhares de anos depois, a nossa amiga e estimada Luso-American Education Foundation ain-da não aprendeu estas tác-ticas militares, que hoje, no nosso mundo em crise, se usam a todos os níveis.Como eu gostaria de não escrever o que vou escre-ver, mas a minha amizade e apreço pela Luso-Ameri-can Education Foundation faz-me ter de dizer o que penso, em prol de futuras melhorias na concepção das conferências. Para que é que serve fazer uma conferência se nin-guém lá vai?Quem são ou deveriam ser os “clientes” destas confe-rências?Esta é a primeira pergunta que a LAEF deve fazer a si propria.O grande problema das Conferências é que são muitas das vezes subsidia-das por entidades longe da nossa realidade, e quem subsidia não pede contas. Se alguém pedisse contas e resultados dos ultimos anos à Luso American

Education Foundation, as coisas já poderiam ter mu-dado. E porquê?Porque simplesmente os resultados positivos não existem. Estes encontros têm atraído pouca gen-te, muito menos aqueles que deveriam atrair. Uma conferência que revolve à volta de meia duzia de pes-soas, de mais de sessenta anos, e muitas delas estão lá porque são amigos dos amigos, não cumpre os ob-jectivos de quem, por amor à comunidade, se atreve a preparar uma agenda de trabalhos, que dá tanto tra-balho, quer tenha sucesso, quer não tenha.O que está em causa é que é preciso, necessário e urgente, estudar a nova estratégia para as futuras conferências.Quando fui responsável pela Noites Tauromáqui-cas cancelei uma porque só tinha 260 pessoas. E porquê? Porque eu não faço festas taurinas para tanta pouca gente. E sinto mais pena que estas coisas aconteçam porque quem tem estado à frente, são pessoas sabedoras, que perdem horas e horas da sua vida familiar a prepa-rá-las, mas de uma vez por todas tem de compreender que não podem continuar, sem ter um momento de

reflexão e pensar nos da-dos e resultado obtidos nas útimas conferências.Fiquei espantado quando ouvi dizer que a próxima Conferência iria ser rea-lizada em Berkeley. Em Berkeley? As conferências em Berkeley tem sido um fracasso total, como é que é possivel voltar-se ao lu-gar do crime?Com tantas Universidades e mesmo Hoteis em redor de San José, onde temos milhares de portugueses, e que é preciso conquis-tar a sua presença, como é que vamos para Berkeley? Para termos 5 pessoas a ouvir uma palestra?Nem sequer os alunos de português assistem à con-ferência. E mais. É pena vermos que mais de 95 % das pessoas que vão ao jantar inaugural da confe-rência não participam nas conferências. Dos 7 Exe-cutivos da LAEF só dois assistiram à mesma. Dos 16 membros do Board of Directors, só 4 vieram à conferência. Dos 14 mem-bros do Advisory Board só 3 foram a Turlock. O que é que me dizem a isto? Compreendo que al-guns possam estar ocupa-dos com outras manifes-tações culturais, mas pelo menos metade dessa gente deveria ter ido em soli-

dariedade com o Manuel Bettencourt e a sua equi-pa. E não só não participa-ram este ano, como nem o fizeram o ano passado.O produto vende-se onde existem clientes. Está pro-vado, mais que provado, que ninguém gosta de ir a Berkeley, que por sinal é um lugar extraordinário para mim, mas por razões que eu não entendo, não chama ninguém.Para 2009 convidaram o ex-Presidente da Republi-ca Portuguesa, Mario So-ares, para vir falar dos 100 anos da implementação da Republica em Portugal. Deixo à consideração de todos o valor ou a oportu-nidade desta conferência. A pergunta é esta - quem é que queremos que oiça essa palestra?Os jovens ou os “velhos” que já conhecem esta his-tória de trás para a frente?É preciso é ter coragem de parar, recuar e reagrupar, porque só aqueles que tem a vontade de o fazer terão sucesso.Estaremos sempre aqui para ajudar a mudar de pa-radigma. jose avila

PS - leiam com atenção o artigo do Nelson Ponta-Garça na pág. 4.

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3COLABORAÇÃO

Tribuna da Saudade

Ferreira Moreno

Escrevendo p’ró “Di-ário Insular” (28/Ju-lho/2001), Rui Messias anotou que “a primeira

referência documental sobre a freguesia da Feteira encontra-se datada de 1413. Um portulano re-alizado por um mercador floren-tino situa os ilhéus das cabras, ou pedras toscas, que se encontram diante da Feteira. Algumas déca-das mais tarde, o rei D. Manuel I vai doar os ilhéus ao morgado e provedor Pires do Canto. Segundo se lê no Dicionário Enciclopédico das Freguesias, Fernão de Hutra terá vivido desterrado durante sete anos nesse local”.Carreiro da Costa (Etnologia dos Açores, Volume I, pgs. 17-18, Ed. 1989), apontou que, na Terceira, “os ilhéus mais importantes são os chamados das Cabras, situa-dos a sudeste de Angra em frente

da freguesia do Porto Judeu. Os ilhéus das Cabras são em núme-ro de dois. O maior, a nascente, tem cerca de 150 metros de altura e possui, além de várias furnas, uma grande câmara vulcânica praticável p’ra pequenas em-barcações. A área total dos dois ilhéus é de cerca de 22 hectares e o canal que os separa, bastante profundo, é de perto de 200 me-tros de largura.A razão do nome, Ferreira Deu-sdado foi buscá-la à remota de-signação de Insula Capraria que, afinal, é atribuída à ilha de S. Mi-guel, versão que, por consequên-cia, tem muito de fantasia. Gas-par Frutuoso refere-se a eles, mas não lhes dá qualquer designação. Donde se conclui que o topónimo terá talvez a sua origem no fac-to de ali porem cabras a pastar, tanto mais que existe num deles uma enorme cisterna de água sa-lobra”.

No que diz respeito à história lendária de Fernão de Hutra, que acabou os dias da sua vida des-terrado nos ilhéus das Cabras, e que Ferreira Deusdado descreveu no seu livro publicado em 1907 ao título “Quadros Açóricos”, eis uma narrativa abreviada...Aparentemente, Fernão de Hutra foi um leviano moço faialense que se apaixonara por uma freira, e tencionando raptá-la fez pacto com o diabo. Mas foi mal suce-dido e forçado a sair da cidade da Horta com destino a Angra, continuando na vadiagem e ena-morando-se com uma das filhas do alcaide-mor. Este, p’ra evitar trágico desenlace, foi ter com o cunhado que era proprietário dos ilhéus das Cabras, e ambos conseguiram prender o boémio Hutra, transportando-o seguida-mente p’rós ilhéus.O desgraçado, doido de raiva, ali permaneceu durante sete anos e

sempre em pacto com o diabo, até que uma noite sentiu-se arre-pendido e morreu depois de ter sido absolvido e ungido por um fradinho, que misteriosamente lhe aparecera.Facto curioso: nas imediações dos Ilhéus das Cabras encontram-se uns penhascos chamados preci-samente ilhéus dos Fradinhos!Outra curiosidade: discorrendo àcerca da ilha das Flores, Fran-cisco Ferreira Drumond assina-lou que “além da pequena baixa denominada a Fraga tinha esta um pequeno ilhéu pegado a terra chamado das Cabras, porque lá andam estes animais e ovelhas pastando, mas não é de grande proveito”. (Apontamentos, pg. 424, Ed. 1990).E agora umas ligeiras conside-rações à memória do autor de “Quadros Açóricos”, que Vitori-no Nemésio apelidou “uma finís-sima aguarela com valiosíssimas notas de reconstituição histórica debuxadas à margem”.O dr. Manuel António Ferreira Deusdado nasceu em 1860 em Rio Frio, freguesia do concelho, comarca e distrito de Bragança. Em 1901 foi colocado profes-sor do Liceu Nacional d’Angra do Heroísmo, tendo falecido em 1918. (Joaquim Moniz de Sá Corte-Real e Amaral, Biografias & Outros Escritos, Edição 1989). Deixou uma vasta bibliografia de obras científicas e literárias.

As transcrições das lendas crono-gráficas (Quadros Açóricos), pu-blicadas originalmente na revista angrense “A Semana” sob o crip-tónimo “Cavaleiro de Miranda”, foram traduzidas em castelhano por Jimenes Blasco com o títu-lo “Leyendas de las islas de los Azores”.Numa informação de Nemésio, (Estrela d’Alva, 28 de Outubro de 1916), Deusdado era casado com uma senhora bondosa e ilustrada e das melhores famílias do arquipélago. Não tiveram filhos, mas acolheram no seu lar como seus, três sobrinhos órfãos.Alegadamente, o apelido Deusda-do derivou dum antepassado que tinha por costume usar a expres-são “Deus-dará” a fim de animar os soldados que comandava no Brasil. Por mercê de D. João IV, os descendentes obtiveram o di-reito de usar brasão de armas e a célebre frase passou a fazer parte do nome da família, posterior-mente transformado no apelido Deusdado.

À Volta dos Ilhéus das Cabras (2)

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4 15 de Abril de 2009COLABORAÇÃO

Part I

Para aqueles que não estiveram presentes na conferencia da LusoAmerican Education Foundation na Universidade de Turlock, aqui vão alguns dos excertos da minha apresentação:

As minhas reflexões de hoje irão ser direccionadas no contexto da veracidade da situação actual da comunidade Portuguesa, na minha perspectiva.

- A consciencialização das entidades comunitárias para a necessi-dade de um “novo paradigma” no que diz respeito à continuidade das instituições edificadas pela comunidade Portuguesa há muitos anos, é crucial.- Só se pensa na necessidade de integração de jovens quando já não há outra solução!- Quando se realiza uma serie de eventos em que os jovens não se revem, verifica-se um afastamento progressivo e irreversível.- Os Jovens Portugueses e Luso Descendentes, em geral não se identificam com o presente modelo da comunidade Portuguesa na diáspora. Porquê? Os eventos e as instituições na comunidade Portuguesa não reflectem as presentes necessidades, interesses e realidades dos Jovens.Apesar de tudo, verifica-se um Patriotismo talvez, nunca antes visto, dos Jovens Portugueses. Temos uma serie de ídolos, figuras que servem de inspiração para a possibilidade de nos afirmarmos como gente a nível mundial: Cristiano Ronaldo, José Mourinho, Mariza, Nelly Furtado etc…A incapacidade de integração de Jovens em posições de liderança em instituições na comunidade, na minha opinião, deve-se a 2 fac-tores distintos:

1 - Os jovens não tem a mesma disciplina e valores dos seus an-tepassados.

2 - Por outro lado os jovens não se identificam. Logo não sentem motivação para se integrarem.

- Apesar de tudo existe uma participação muito significativa de Jovens em actividades da comunidade mas sem poder de decisão… poder politico:Veja-se a constituição de Filarmónicas, Folclores etc.…- A maioria das nossas actividades sociais são alimentadas por uma necessidade de protagonismo social que é assustadora. Não se fazem coisas pelo prazer mas sim pela necessidade de afirmação pessoal na sociedade e manutentenção de um espírito de associativ-ismo de saudade que já não é o que era.- Não tenho qualquer razão de queixa a nível de possibilidade de integração em organizações Portuguesas. Ao longo dos anos tem-me sido dadas varias oportunidades. Obrigado! Mas, o problema surge depois...

Agradeço aos responsáveis o seu convite!

A segunda parte na próxima edição do Tribuna Portuguesa.

Presente e futuro da Juventude na Comunidade Portuguesa

Rarely does an opportunity pre-sent itself for five talented musi-cians who share the experience of having played music with each other at one period or another over the last 35 years, coupled to-gether with being friends for the same amount of time as is being experienced with the members of The Revivals.

The band, formed in mid-2008 with its current make-up, has pulled together their individual talents, but yet with a common love and respect for their classic Portuguese and American mu-sic repertoire, for what they jokingly say may very well be their “last stand”, thus, the choice of the band’s name, The Revivals, as in reviving oneself from a state of resting, sleeping, or from near death.

Although the band was recently formed, you’ve most likely seen one or more of it’s members in one band or another over the last 40 years.As you view the list of the bands that these gentlemen have played for over the years I’m sure you will find yourself saying “hey, I remember that band” and what was happening during that period in your life.

Your memory will bring you back to the fine selection of music tho-se respective bands had, and now Al, Mario, Manny, Frank, and Burt have come together once

again to bring you a selection of refined Fados, Boleros, Balinos, Marches, Cumbias, Sambas, Western, Rock & Roll, and many more new and classic hits that will satisfy your appetite for mu-sic that makes your event a me-morable one.

The Revivals’ official inaugura-tion, combined with a 50 Year Ce-lebration of the Azorean Refugee Act, a Scholarship Fund-raiser, is scheduled for Saturday, April 18th. The Steak and Shrimp Dinner event will take place at the SDES Hall, 30846 Watkins

Street in Union City. Doors will open at 6:30 p.m., Dinner at 7:00 p.m. followed by various enter-tainment, and then dancing to the music of The Revivals. Ticket information can be obtained by calling Manuel Escobar at 510-657-6635.

For your event, information for booking The Revivals can be ob-tained by calling 408-309-3002 or by email at [email protected]. The Revivals provide music for all occasions.

Al Furtado: Drums, Band leader. Started his professional career playing in his Dad’s band, Meu Portugal in 1968. Os Ibericos (1972-1974), Echos da Juventu-de (1974-1976), Cidalia Maria & Jose Elmiro (1976-1978), Perola Azul (1978-1980), Adagio (1980-1985), Os Lords (2006), The Re-vivals (2008).Mario Soares: Rhythm gui-tar, Vocals. Echos da Juventude (1974-1979), Atlanticos (1980-1994), Irmaos Unidos (1996), Os Lords (2006), The Revivals (2008).

Manuel Sousa: Lead guitar, Vocals. Estrelas de Portugal, Os Imi-grantes, Os Ibericos, Os Atlanticos, Rende-zvous, Nostalgia, The Revivals.

Frank Costa: Keybo-ards, Saxophone, Vo-cals. The Rhythm Kin-gs with Harold Vieira, Nova Alianca, Perola Azul, Adagio, The

Wave, Geria da Terra, Os Lords, The Revivals.

Burt Silva: Bass guitar, Vocals. Perola Azul, Adagio, Midnight, The Wave, The Silva Brothers Band, Os Lords, The Revivals.

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Serving our Portuguese Communities for over 140 anos

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Vice-President/Secretary Joseph Resendes. 408-438-6740 or our LUSO Offices at877-525-5876.

The Revivals’ official inau-guration, is scheduled for Saturday, April 18th at the SDES Hall, 30846 Wa-tkins Street in Union City

Da Música e dos Sons

Nelson Ponta-Garç[email protected]

“The Revivals” em Union City

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5COLABORAÇÃO

Traços do Quotidiano

Margarida da [email protected]

Muito Bons Somos Nós

Joel [email protected]

Requiem pela generosidade«Daquiapoucoarádiohá-detrazer-meoBenfica-Braga,duranteoqualan-darei aos pontapés por debaixo da mesa, ansioso por que Rentería acabe de vez comaraçadestenovo“benfiquismointeligente”,expressãoqueemsiprópriame parece um contra-senso»

No pretérito dia 28 de Março a I.D.E.S.I. , de Novato, realizou a sua anual Noite de Fados com Zé Duarte, Sandra Pache-

co e os guitarristas Helder Carvalheira, Manuel Escobar e João Cardadeiro. Para além da habitual audiência portuguesa, assistiu um bom número de pessoas ame-ricanas, incluindo membros do Mayflower Chorus, San Rafael, que visitarão Portugal em Abril, e que, apesar de não falarem a nossa língua, são grandes admiradores da nossa canção nacional.A noite começou com um jantar de “New York Steak”, preparado por pessoal da casa e que, na opinião de muitos, estava delicioso. Gostei de ver directores de ou-tras irmandades partilharem da saborosa refeição sem se terem de preocupar com a preparação da mesma como é costume. Uma noite de folga, bem merecida, para tantos que dedicam tanto do seu esforço e tempo ao serviço desta comunidade.A apresentadora da noite foi a conhecida poetisa D. Maria das Dores Beirão que, com o seu habitual à vontade e eloquência , abriu o espectáculo com uma breve ex-plicação do Fado, em inglês, para elucida-ção da audiência americana. Em seguida, apresentou o Presidente da I.D.E.S.I., o Sr. Bill Teixeira e sua esposa Joan, cuja dedi-cação e incansável trabalho já muito têm contribuido para o engrandecimento desta Irmandade.Após uma magnífica guitarrada pelo Con-

junto “Noites nas Sete Colinas”, Sandra Pacheco, que canta o Fado relativamente há pouco tempo, iniciou a sua actuação com alguns dos mais populares fados, in-cluindo “Rosa Enjeitada”, um dos meus fa-voritos, e que nem todos o sabem cantar na sua originalidade. Foi a primeira vez que ouvi a Sandra cantar e confesso que fiquei realmente muito bem impressionada com a sua actuação. Espero que ela continue a dedicar-se ao Fado e que obtenha o suces-so que bem merece.Depois foi o conhecido artista Zé Duarte, de San Diego, a subir ao palco numa actu-ação que a todos agradou pela sua bonita voz e boa disposição. Ele quis homenage-ar o seu pai, o Professor José Duarte, já falecido, interpretando dois fados com a letra dele. Ao terminar a sua actuação, o Zé chamou ao palco a Sandra para juntos fecharem a noite cantando “Tudo Isto é Fado”.Todos os artistas foram muito aplaudi-dos, tendo recebido, no fim do espectácu-lo, uma bem merecida ovação que, de pé, os convivas lhes ofereceram como prova de seu apreço.É de notar que algumas pessoas vieram de cidades tão longe de Novato como Win-dsor, San Jose e até de Gilroy, afirmando com a sua presença que, para além de se-rem admiradores do Fado, gostam de dar o seu apoio à nossa prata da casa e reco-nhecem a qualidade deste evento anual em Novato.

Ao terminar e como também fiz parte da comissão que organizou esta festa, quero agradecer a participação de todos os ar-tistas, dos convivas, dos colegas de tra-balho que partilharam comigo das dores de cabeça para se dar continuidade a este evento anual, especialmente a amiga Ma-ria Ramos, também “doente” pelo Fado e que tem muito mais jeito do que eu para vender bilhetes.Para a amiga D. Maria das Dores minha “irmã” na admiração pelo Fado, aqui vai o meu obrigado por ter aceite o convite para ser a apresentadora de mais uma inesque-cível noite de fados em Novato.Bem hajam todos! Valeu a pena!

Um rádio, como? Um leitor de CD? Um iPod?, perguntou-me a rapariga, atarantada,

correndo como sempre correm os empregados destas megalojas que hoje em dia nos deixam ler de graça uma enciclopédia inteira, mas nem por isso reservam um minuto que seja para responder à mais rápida das nossas perguntas. “Não, um rádio mesmo. Uma tele-fonia. Sei lá, um transístor… Um rádio!”, expliquei eu, atarantado também, enquanto corria atrás da rapariga e apanhava do chão os livros e os discos e os DVD que ela ia deixando cair, muito carregada, saltando de compu-tador em computador e fugindo de outras pessoas que, como eu, procuravam instruções. “O quê, um rádio mesmo? Daqueles anti-gos, só para ouvir rádio mesmo? Não. Acho que já não se vende”, respondeu-me. Fui encontrar um no indiano aqui ao lado – e agora aqui está ele. Na semana passada levou-me ao Funchal, onde Manuel Vilas Boas me ajudou a perceber a his-tória, as opções arquitectónicas e a estratégia urbanística (ou a falta dela) que marcaram a evolução da cidade ao longo destes 500 anos. Dias depois reconduziu-me a Jean D’Ormesson, cujas entre-vistas são ainda mais francas e livres do que os livros, pejadas daquela frescura e daquele des-comprometimento típico de um jovem bem nascido que se reco-

nheceu escritor sem com isso se confundir com Deus. Esta manhã acordou-me com Carlos César, que voltou a encher-me de or-gulho por ser açoriano o único líder regional capaz de digladiar-se com Lisboa sem alguma vez perder o sentido de Estado. E daqui a pouco há-de trazer-me o Benfica-Braga, durante o qual andarei aos pontapés por debaixo da mesa, ansioso por que Ren-tería ou Meyong acabem de vez com a raça deste novo e mui ir-ritante “benfiquismo inteligente”, expressão que em si própria me parece um contra-senso.A minha rádio, já se percebeu, é a TSF. Desdenho da RFM e da Co-mercial. Faço concessões à Radar quando me sinto confortável e à Marginal quando estou a preci-sar de conforto. Dou um salto à Antena 1 para cumprimentar o António Macedo e à Renascença para ouvir o “Bola Branca”. No fim, volto sempre a 89.5 FM. Ali ouço as primeiras notícias da ma-nhã e ali me encanto com as cró-nicas do Fernando Alves, o meu esquerdista preferido. Ali me aborreço com a demagogia dos ouvintes que telefonam e ali volto a encantar-me com as entrevistas do Carlos Vaz Marques. Ali tor-no a aborrecer-me quando João Pedro Pais irrompe na minha an-tena e ali me encanto ainda outra vez com as notícias, com a sua honestidade, com a sua justeza de procedimentos. É a minha rádio. A minha casa e o meu espaço de

evasão, quer esteja efectivamente em casa ou no carro, no ginásio ou de novo em casa. E o Philips AE 2160 é o meu rádio, agora que o Sony ICF-904L chegou ao fim da sua linha. E, se memorizo os modelos, é porque os rádios são efectivamente os meus apare-lhos preferidos. Tenho-os desde a infância – e ainda hoje, tantos anos depois dos gloriosos “dias da rádio”, me dão tudo o que têm sem me pedirem o que quer que seja. De forma que o Philips anda comigo por todo o lado. Tão de-pressa está no escritório como na cozinha, na marquise como na casa de banho – e, se não sai comigo de casa, é porque delega funções no congénere automóvel, cujo nome no entanto ainda nem decorei.E, agora que leio sobre o anún-cio de reforma feito por Howard Stern, que ainda há três anos assinou um contrato de 500 mi-lhões de dólares com a estação norte-americana Sirius, um ca-lafrio percorre-me a espinha. A Sirius é transmitida via satélite, modelo de difusão que está para a rádio como os canais de cabo estão para a televisão. E falhou: acumulou dívidas superiores a mil milhões de dólares, fundiu-se com a concorrente XM – e agora foram as duas ao fundo, urgentes de um refinanciamen-to que a mui depauperada banca norte-americana pôs no fundo da pilha dos pendentes. Com ela há-de afundar-se Howard Stern, a

última grande estrela deste mara-vilhoso meio de comunicação. E com eles, temo, afundar-se-á um dia o próprio meio. Ao contrário da televisão, a rádio já não reú-ne as famílias à sua volta. Perdeu ouvintes – e, se ainda consegue vender alguma publicidade, é ao preço da chuva. Mais do que a TV, precisa urgentemente de en-contrar um novo modelo de ne-gócio. Esse modelo era o satélite, em que cada ouvinte pagava pela

recepção. E fracassou.E eu, egoísta, temo por mim – e temo, naturalmente, pela rádio em geral e pela minha TSF em particular. Era a última coisa que me fazia falta nas minhas sema-nas terceirenses – e, se um dia vier a perdê-la, não vejo já o que mais possa prender-me a esta ro-tina de Lisboa.

in revista NS

Fado em Novato

Page 6: Tribuna Abril 15

6 15 de Abril de 2009COMUNIDADE

Falecimento

José T. GomesNov 22, 1921 - Abril 2, 2009

Com a idade de 87 anos, faleceu Jorge T. Gomes, nascido na freguesia da Ribeirinha, Ilha Tercei-ra. Trabalhou na agropecuária durante 50 anos e era membro da Igreja do Sagrado Coraçã de Je-sus de Turlock. Jose Gomes adorava jardinagem, festas portuguesas e touradas.Deixa de luto sua mulher Merces Rocha Gomes, de Turlock, filhos Tony F. Gomes, de Turlock, Louis F. Gomes e esposa Marissa, de San José; filhas Velma Furtado e marido Greg, de Tur-lock; Mary Lobão e marido Tony, de Escalon; irmã Esperença Evangelho, de Modesto; nora Judy Gomes, de Dacula, Georgia; 8 netos, Alex Gomes, Noah Gomes, Denise & Denni Holmes, Deborah Furtado, Armando & Isolda Lobão, Michelle Kindberg, Joey & Lauren Gomes, Kara Gomes; 8 bisnetos, Dustin & Destiny Holmes, Madison Kindberg, Emilie, Jacob & Me-gan Lobao, Joey & Benton Gomes.Foi precedido por seu filho Joe R. Gomes em 2008 e irmã Maria Martins. Tribuna Portuguesa envia sentidas condolências a toda a familia.

Coisas & Loisas

Tribuna sauda o novo Monsenhor Harvey Fonseca, pároco de Livingston. A Comunidade portuguesa deve sentir-se orgulhosa por mais esta distinção papal a um dos seus mais distintos filhos.

As festas estão à porta - só esperamos que elas com-preendam a crise que a comunidade portuguesa está a passar, tenham bom senso, porque o mundo não acaba em 2009. Haverá muitos mais anos para podermos “esbanjar” um pouco mais.

A IDES todos os anos publica a lista de todas as festas que se realizam na California e até algumas fora do Estado. O Tribuna aproveita esse trabalho para as publicar nestas páginas.O grande problema está em que muitas, mesmo muitas organizações nunca telefonam a IDES para lhes dizer as datas das suas festas. Aqui fica o pedido - por favor telefonem ao IDES no principio do ano e assim a lista poderia estar acessível muito mais cedo.

Leiam o artigo do Nelson Ponta-Garça na página 4 e talvez compreendam o que é que a nossa juventude pensa da nossa comunidade e das oportunidades perdidas. É obrigatório ler, meditar e discutir com os amigos. O mundo dos nossos filhos e netos está noutra onda, que é preciso sintonizar, com urgência.

Os novos Estúdios da KSQQ estão prontos e a mudança física dos velhos estudios para o novo será no dia 2 de Maio. A inauguração oficial será a meados de Maio, a confirmar. O Grupo Batista Vieira está de parabéns, pois os estudios são moder-nos, espaçosos e bem desenhados.

Devemos saudar a Luso American Edu-cation Foundation por ter homenageado 3 distintos professores da nossa comunidade. Não se tenha medo de homenagear quem merece. Há tanta gente boa na nossa comunidade que nunca foi reconhecida. Mais vale tarde do que nunca. De homenagens póstu-mas está o inferno cheio.

Continuo com muitas dúvidas se a equipa económica de Obama é capaz de mudar o rumo deste País. Porquê? Simplesmente porque eles vieram do mesmo Wall Street que tem causado esta “miséria” bancária que nos aflige a todos. Penso que sangue novo seria melhor. Deixem-se de nomes sonantes (que não marcam golos, como o nosso Ronaldo) e tragam gente nova que invente um novo mundo. Os que lá estão são da velha escola do Alto das Covas. Já não vão mudar muito.O mesmo se aplica aos CEO’s das nossas grandes companhias. É necessário uma limpeza de mentalidades, talvez se precise criar um HOMEM NOVO. A ver vamos.

CONVERSA COM JESUS Converse com Jesus todos os dias, durante nove dias orar: Meu Jesus em Vós depositei toda a minha confiança. Vós sabeis de tudo, Pai e Senhor do Universo, sois o Rei. Vós que fizestes o paralítico andar, o morto voltar a viver, o leproso sarar, Vós que vedes minhas angústias, minhas lágrimas, bem sabes, Divino Amigo, como preciso alcançar do Vós esta grande graça: (pede-se a graça com fé). A minha conversa conVosco, Mestre, dá-me ânimo e alegria de viver. Só de Vós espero com fé e confiança (pede-se a graça com fé). Fazei, Divino Jesus, que antes de ter-minar esta conversa que terei conVosco durante nove dias, eu alcance esta graça que peço com fé. Com gratidão publicarei esta oração para que outros que precisem de Vós aprendam a ter fé e confiança na tua misericórdia. Ilumine meus passos, assim como o Sol ilumina todos os dias o amanhecer e testemunha a nossa conversa. Jesus, tenho confiança em Vós, cada vez mais aumenta a minha fé, por graças alcançadas. A.V.

Oração ao Senhor Santo EspíritoEspírito Santo, vós que me esclareceis tudo, vós que me iluminais todos os cami-nhos, para que eu atinja o meu ideal, vós que me dais o dom divino de perdoar e es-quecer o mal que me fazem, e que a todos os instantes da minha vida estais comigo, eu quero neste curto diálogo, agradecer-vos por tudo, e confirmar mais uma vez, que nunca me quero separar de vós, por

maior que seja a ilusão material, não será o mínimo de um dia estar convosco e to-dos os meus irmãos na glória perpétua.

Obrigada mais uma vez. A pessoa deve fazer esta oração tres dias seguidos, sem dizer o pedido.Dentro de tres dias será alcançada a graça, por mais difícil que seja.Publicar assim que a receber.

Filomena

Page 7: Tribuna Abril 15

7COLABORAÇÃO

Rasgos d’Alma

Luciano [email protected]

Sorriso Primaveril

Catarina Freitas900 H Street, Suite GModesto, CA 95354Phone: 209.338.5500Cell: 209.985.6476Fax: [email protected]

Ainda bem que a Primavera che-gou. Já estava farto do Inverno si-sudo, seus dias curtos, manhãs

geladas, noticias tristes, deprimentes, ar-rasantes.Sem nos dar garantias nem facilitar mila-gres, ao menos a Primavera reaquece-nos o Sol, devolve-nos o bom tempo e renova-nos a esperança a juros baixos em dias me-lhores.Das noticias mais trágicas que mais re-centemente chocaram os States de Este a Oeste, o tiroteio mortal de quatro agentes policiais em serviço na vizinha cidade de Oakland chamou-nos a atenção para o facto de já nem um policia bem armado conseguir escapar ileso à enervante onda de crime violento que nos rodeia diària-mente cá na populosa Área da Baia onde vivemos.É triste mas é esta a realidade brutal que nos agride e deprime vezes demais nos tu-multuosos dias que passam.O que não podemos nem devemos fazer – arreliados quer pela crise económica quer pela criminalidade crónica – é deixarmos de viver à nossa vontade e escondermos a nossa melhor arma (o sorriso) contra os mais desastrosos safanões da vida.

Na vida, como já ouvimos tantas vezes do pensamento clássico dos filósofos antigos, nada se perde…tudo se transforma.Até mesmo das brutais lágrimas da morte um vívido sorriso pode nascer.John Hege foi um dos quatro policias fa-talmente atingidos no fatídico tiroteio de Oakland. Na sua carta de condução, à se-melhança do que fazem muitos outros mi-

lhares de concidadãos, expressara o desejo de, em caso de morte prematura, doar os seus orgãos vitais para poder vir eventu-almente a salvar a vida de outras pessoas cujo destino por vezes quase desespera nessas criticas listas de espera.De acordo com a California Transplant Donor Network, mais de vinte e um mil californianos aguardam todos os dias nes-sas dolorosas listas por orgãos resgatados à morte que lhe possam salvar a vida. No entanto, porque não há doadores em nu-mero suficiente, lastimosamente, um terço desses desafortunados nomes acaba por passar do dolente ficheiro hospitalar para o indesejado rol funerário dos que deixam este mundo à mingua.De facto, se houvesse uma maior sensi-bilização para este delicado drama, que até muito provàvelmente afeta alguns dos nosso leitores ou seus entes queridos, mais vidas poderiam ser salvas e muitos mais sorrisos restituidos.Quanto à morte, infelizmente, nada se pode fazer. É o que de mais certo tem a vida. Porem, quando dum único corpo humano que cessa de viver se consegue prolongar com êxito a vida a mais meia dúzia de inviduos agonizantes, pequenos milagres ocorrem.Trata-se, sem dúvida, dum assunto dema-siado sensivel para ser abordado superfi-cialmente. Contudo, por ser dramática matéria de vida e de morte, toda a atenção que lhe dermos será pouca.

Ao malogrado John Hege que viveu 41 anos, quase metade deles ao serviço hon-roso dos nossos direitos civis, várias são as pessoas que lhe ficarão eternamente gratas

pelo humanitário ges-to em doar os seus pre-ciosos orgãos em prol da felicidade alheia. Algures, um felizardo anónimo goza agora do seu (transplantado) coração. Dois outros usufruem dos seus (reenxertados) rins. E ainda um outro disfruta do seu (reci-clado) fígado. Muitas mais pessoas poderão vir num futuro próxi-mo a tirar partido da louvável generosida-de deste defunto ser humano que tambem doou a sua pele e os seus tendões, indis-pensáveis a vários tipos de cruciais ope-rações cirúgicas exigidas com gritante ur-gência nos mais diversos hospitais à nossa volta.Pode ser arrepiante mas, para quem so-brevive agora salutarmente à custa desses transplantados orgãos, cala fundo o mag-nifico exemplo deste extraordinário ho-mem de bem.Aos outros três colegas, lamentàvelmente, não lhes foi dada igual oportunidade de-vido ao estado demasiado severo das suas gravissimas lesões.Quanto ao tresloucado criminoso que fria-mente os baleou, de quem duvido alguem algum dia querer herdar algum dos seus envenenados orgãos, irònicamente, à custa das nossas taxas e enquanto a justiça dos

homens o permitir, vai gozar encarcerado mais algumas Primaveras.São os perturbantes desacatos do destino que custam muito a entender e muito mais a engolir.

Deve ser uma sensação fascinante a de se chegar tranquilamente às portas do céu de alma aberta a olhar cá para baixo com esse reconfortante sorriso primaveril a lembrar-nos que, embora cronològicamen-te demarcando o término, a morte não tem necessàriamente de representar o fim.A Primavera tem destes fascinios.

P.S. Curioso? Visite www.donatelifeca-lifornia.org

Page 8: Tribuna Abril 15

8 15 de Abril de 2009

Comunidades do Sul

Fernando Dutra

XVIII Aniversário da RTA

Como fora anunciado, a Direcção da Rádio Televisão Artesia le-vou a efeito no dia 21

do passado mês de Março, o seu jantar anual para celebrar o dé-cimo oitavo aniversário daquela estação televisiva ao serviço da comunidade portuguesa local.Pelo Presidente da Comissão, Frank Gaspar, foram feitos di-versos agradecimentos a todos quantos prestaram a sua colabo-ração e apresentou os restantes membros que, com a sua boa vontade, tornam possível a con-tinuação desta estação de comu-nicação social.Seguidamente o mestre de ce-rimónias e manager da RTA, Manuel Aguiar, que também é o principal locutor da estação, fez diversos agradecimentos e as apresentações da praxe.Manuel Aguiar explicou que o programa nasceu há dezoito anos e tem sido com inúmeros sacrifícios que se tem mantido

continuamente e com progresso. Hoje é uma estação recheada de óptimo material, com equipa-mento de alta categoria.Nas suas explicações não deixou de mencionar os nomes dos três fundadores do primeiro pro-grama de televisão, em língua portuguesa, no sul da Califor-nia, David Martins, Jose Side e Fernando Dutra. Foi um árduo trabalho e de persistência mas tudo foi conseguido com a boa vontade dos então Mayor e ma-nager da Cidade.Seguiu-se o lauto jantar servido por jovens da comunidade, com fina atitude para com todos, o que foi muitíssimo apreciado por todos os presentes vindos de Norte a Sul do Estado.

Terminado o jantar, Manuel Aguiar anunciou o início do tão esperado serão de fados, apre-sentou a primeira artista, uma elegante e simpática jovem da nossa comunidade, Justine Mar-tins, que apenas canta uma ou duas vezes por ano. Uma voz digna de apreciação e uma apre-sentação em palco que dá ideia de profissional. Cantou e encan-tou e foi merecedora dos aplau-

sos de que foi alvo.Chico Avila continuou com a primeira parte do serão. Será escusado mencionar a qualidade deste sobejamente conhecido e magnífico artista. Com a sua guitarra tocou e cantou fados e canções, incluindo o fado de Coimbra, sem duvida, um artista para manter um serão continua-mente animado.A segunda parte foi preenchida com a fadista, novidade na nossa comunidade, a jovem Nathalie Pires, vinda de New Jersey. En-cantadora sob todos os pontos de vista, uma excelente voz e uma apresentação no palco incondi-cionalmente digna de observa-ção.Cantou durante toda a segunda

parte e depois de ter sido anun-ciado o ultimo fado, o povo de pé, pediu mais um, a simpática artista aceitou e afinal cantou mais dois.Na America existem fadistas e guitarristas, capazes de satisfa-zerem as nossas comunidades. Este foi mais um exemplo, além de outros que a Rádio Televisão Artesia tem proporcionado à co-munidade. Com o árduo trabalho do casal Manuel e Luisa Aguiar e colaboração da respectiva di-recção, tudo tem sido possível na apresentação de diversos serões desta natureza.Acompanharam os supracitados artistas, os tão conhecidos mem-bros do grupo “Sete Colinas”, Helder Carvalheira à guitarra portuguesa, Manuel Escobar na viola e João Cardadeiro na vio-la baixo, que de vez em quando, deslocam-se de San José a esta comunidade para tomarem parte em eventos desta natureza. Es-tes exímios artistas são dignos de toda a nossa admiração e gra-tidão. Para uma noite de fados, são necessários bons fadistas, no entanto, serão imprescíndiveis, óptimas guitarras e violas.Nas pessoas do Presidente da Direcção, Frank Gaspar e Ge-neral Manager Manuel Aguiar bem como todo a direcção, sin-ceras congratulações por mais um exito obtido.

COLABORAÇÃO

A Igreja do Santo Ro-sário de Hilmar agra-dece ás organizações, associações, e irman-

dades que contribuiram com um donativo para a construção da nova igreja e mais uma vez solici-ta a sua generosa ajuda financeira para que este projecto que bene-ficiará a todos que participam e visitam esta paróquia se realize.

A paróquia e a Igreja do Santo Rosário e Santa Maria de Hilmar e Stevinson da Califórnia está em processo de angariar fundos para construir uma nova igreja nova em Hilmar. A campanha de angaria-mento começou há dois anos de-vido à necessidade de prover um edifício que tenha a capacidade para receber a todos os que aten-dem os serviços religiosos e even-tos. A campanha recebeu uma res-posta positiva, mas a assistência financeira suplementar é essen-cial para o sucesso deste projecto.

Quando este iniciativo e cam-panha começaram a paróquia já realizava seis missas em cada fim de semana com algumas de capacidade completa. Para aco-modar a todos a paróquia adicio-nou mais uma missa para o total de sete com apenas um pároco .

Com o desenvolvimento da pa-róquia e uma maior frequenta-ção semanal de paroquianos às missas a construção duma igreja nova é a única solução. Dias re-ligiosos, feriados, e dias santos de obrigação consistentemente resultam em falta de capacidade para todos. Muitos serviços de casamentos e rosários funerários forçam as pessoas a atenderem de pé no lado de fora da entrada da igreja existente. A necessidade de um Santuário maior é justificada .

A celebração da Festa da Nossa Senhora do Rosário tem lugar anualmente na igreja do Santo Rosário no quarto fim de sema-na em Outubro. Participam nesta celebração muitos emigrantes que vêm de longe e perto com uma grande devoção a Nossa Senho-ra. Para acomodar a todos nesta semana espiritual de serviços religiosos com novenas seguidas de missas, procissões de velas e de imagens, com o tradicional bodo de leite e cerimónias hon-rando e celebrando o património português uma tenda campal é erguida anualmente. Constru-ção duma nova igreja e a futura remodelação de um edifício de

acolhimento proverá lugar neces-sário para o conforto de todos.

Paroquianos de todas as idades e gerações têm apoiado esta campa-nha de angariamente de fundos. Embora tenhamos sido abenço-ados com quase dois milhões de dólares em promessas até à data, ainda temos um longo cami-nho para alcançar a nossa meta.

O ano passado, o nosso apelo de angariação de fundos foi manda-do a muitas das Organizações e Associações de Festas do Estado da Califórnia. A Festa de Nossa Senhora de Fátima, Mt. View da California, a Modesto Portugue-se Pentecost Association, bem como a Newman Pentecost Asso-ciation generosamente respode-ram ao nosso apelo. A paróquia do Santo Rosário agradece o seu apoio e generosidade. As suas doações são uma bênção muito necessárias para este projecto.

A paróquia e Igreja do Santo Rosário novamente faz o ape-lo de apoio financeiro para este grande projecto religioso e de proveito para todos. Nós pedi-mos a consideração da sua orga-nização e associação a hipótese de fazer uma contribuição para esta campanha financeira para a construção deste novo Santuári.o A generosidade da sua organiza-ção e associação para este pro-jecto de edificação do Santuário será reconhecida e abençoada.

Desde já agradecemos a sua gen-tileza e serviços que prestam de benefícios como organizações e associações de património por-tuguês. Se desejarem comunicar com a nossa companha ou para mais informação podem fazê-lo por telefone para a coordenadora, Christy Oliveira, para (209)667-8961 ou escrevendo para Holy Rosary New Church Fund 8471 Cypress St. Hilmar, Ca 95324 ou email:[email protected]

Todas as doações ou contri-buições em qualquer valor são aceites e verdadeiramente apre-ciadas. A comissão agradece-lhe a sua consideração e pede a Deus que continue abençoando a sua organização e associação.

Com fraternidade,

Padre Hilary Silva & Comissão Executiva

A Nova Igreja de Hilmar

Helder Carvalheira, Manuel Escobar e João Cardadeiro

Page 9: Tribuna Abril 15

9COLABORAÇÃO

O Fado é uma canção que me enche a alma. Se bem que haja al-guns alegres é, no en-

tanto, triste por natureza. A saudade é um sentimento, que consegue estar em mais de um lugar ao mesmo tempo. Quem parte saudades leva e quem fica, saudades tem. Muitos são os Fados que falam de saudade. Recordo-me que uma vez alguém me pediu para fazer uma quadra à saudade e eu res-pondi nestes termos:

Posso dizer na verdade Que há algo que Deus não fez É a palavra saudade Criação de um Português.

Nascido, simultaneamente, em Portugal e no Brasil, isso em minha opinião e na opinião de alguns entendidos, o Fado é uma canção da qual se gosta ou se detesta. Sim, por incrível que pareça, conheço pessoas que de-testam o Fado. Tive o prazer de várias vezes escutar a inconfun-dível Amália, em pessoa, e se bem que tarde ou nunca alguém a igualará, nós temos bons fadis-tas em Portugal e também aqui na nossa comunidade. Foi essa a razão que me levou ao I.D.E.S.I., em Novato, para ouvir o Fado. Desde já congratulo as pessoas dessa organização que não se

poupam a esforços e sacrifícios para que, de alguns anos para cá, pudéssemos ter uma noite de Fa-dos, no norte da baía. O conjunto “Sete Colinas” que com seus instrumentos acompa-nhou os artistas da noite, está a tocar cada vez melhor e sem, de forma alguma, querer tirar o va-lor ao João Cardadeiro e ao Ma-nuel Escobar, tenho que dizer que a guitarra Portuguesa, nas mãos do Helder Carvalheira, consegue falar, chorar, gemer e sorrir ao mesmo tempo. A guitarrada com que abriram a noite tocava-nos no mais recôndito da alma e fazia o coração palpitar. Os fadistas da noite, a Sandra Pacheco e o Zé Duarte, cantaram lindamente bem. Já havia escutado a Sandra e embora se notasse o nervosis-mo dela, isso pela preocupação

que tinha em querer actuar bem, não cometer erros, etc. etc., pou-cos minutos depois de começar, podia-se sentir o respirar, o à vontade e a segurança com que cantava. Continua Sandra que vais bem e a chuva cantada por ti nessa noite, parecia uma benção mati-nal ou um orvalho de madrugada que vem matar a sede às plantas sequiosas. Quanto ao Zé, o que posso eu dizer que já não tenha dito? Tem uma voz castiça e a presença de um homem do Pico. Pena que não tivesse cantado alguma das suas baladas, mas como a noite era de Fado, passou. Farei o possível para que ele venha ao norte da Baía e que traga o Zé da Adega. Em suma, foi uma noite formidá-vel e fiquei satisfeito pela manei-ra como todos actuaram. Se bem que o salão da I.D.E.S.I. seja uma ermida comparado com certas catedrais do Fado e que a cidade de Novato não se possa comparar com o “Little Portugal”, de San Jose, foi com muita ale-gria que vi os meus amigos João e Connie Goulart, de San Jose e o Joe e Honória Rosa, de Gilroy, vindos de longe até ao norte da baia, pois assim puderam ver que nestas paragens também há Por-tugueses e amantes do Fado.

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Envelhecer é privilégio de quem se prepara para viver ou de quem teve a sorte de nascer numa fa-mília de longevos, embora este

fator ajude, mas não determina, isolada-mente, uma caminhada mais elástica pela vida.Devido aos modernos tratamentos pre-ventivos das doenças da maturidade e as novidades no campo da estética, hoje em dia, cruzar a linha de chegada da terceira idade, não significa entrar em decadência, tampouco tem a ver com estar velho e sim, carimba, muitas vezes, o passaporte para a sonhada liberdade. Avançar no tempo, necessariamente, não significa entregar-se à solidão, à tristeza, à depressão, embora estender-se na idade tem lá a sua melancolia, pois implica em determinadas renúncias, entre as quais as de alguns bens materiais que nos acom-panharam vida afora. Entretanto, que falta nos fará a casa de campo, a da praia ou a da cidade, com seus imensos jardins, se os filhos e netos não gostam ou não têm tem-po para freqüentá-las, se os seus interesses são outros; se nossos amigos envelheceram e já não nos visitam com a antiga freqüên-cia; se o nosso corpo reivindica bem mais um confortável sofá para despojar-se do cansaço, do que o exercício ininterrupto de limpar os grandes espaços, os pesados móveis, os tapetes empoeirados, subir e descer escadas com os joelhos que teimam em reclamar a dor sem trégua; se a nossa coluna e musculatura não têm mais a mes-ma presteza de movimentos para acatar as ordens do nosso cérebro, para plantar, co-lher e trazer um jardim impecável, como fazíamos até bem pouco tempo atrás?Envelhecer, para muitos, significa arru-

mar gavetas, desfazer-se das roupas em desuso; doar objetos pessoais que se em alguma época foram imprescindíveis, ago-ra já não se tem onde guardá-los; pressu-põe deixar para trás as quinquilharias de valor sentimental e arquivar, de tudo, só as lembranças dos dias que se foram, das pessoas que partiram. Paradoxalmente, envelhecer significa de-sapossar-se para tomar posse de uma nova vida, de um novo tempo que pode ser tão bom e gratificante quanto foram as outras etapas vividas.Tais decisões e atitudes, para muitas pes-soas, têm o triste sentido, de alguma for-ma, de despedir-se da vida, mas devemos encará-las como se fossem só mais uma encruzilhada, diante da qual temos o livre arbítrio de escolher, dentre todas as op-ções, a estrada mais longa, bonita e florida e iniciar nova caminhada ou eleger um pe-queno atalho que nos levará mais rapida-mente para o fim.Há livros, revistas, programas de TV, di-cas na internet, etc., que ensinam como envelhecer com saúde, qual o tipo de ali-mentação que se deve adotar para baixar o colesterol, como evitar ou controlar o dia-betes, como exercitar o corpo para manter a agilidade e o vigor, enfim, como transi-tar por essa nova idade sem andar na con-tramão. No entanto, jamais encontrei um manual que ensinasse aos mais jovens - e às vezes à própria família – como dispen-sar tratamento digno, respeitar e interagir com os “envelhecentes”, sem tratá-los como a um bando de incapazes, como se fossem crianças que precisassem ser edu-cadas, que devessem receber ordens ou ficar de castigo.“Desrespeitar alguém mais velho é a ma-

neira mais ordinária de desrespeitar nossa própria relação com a vida”, afirma a Dra.Jocelem Mastrodi Salgado.Segundo Dr. Renato Maia, presidente da Associação Internacional de Gerontologia e Geriatria, o primeiro passo para bem en-velhecer é se manter ativo. Em seguida é preciso controlar fatores de risco. Por fim,

deve-se manter uma atividade intelectual, que não é vacina contra demência, mas ajuda a diminuir as chances. Mas, o grande preconceito que cerca as pessoas saudáveis, que se aproximam dos sessenta anos ainda é a sua sensualidade. A sociedade e os filhos, principalmente, acham que o processo de envelhecimento tira do coração o poder de amar e mata no corpo a libido, a volúpia, a vontade de sen-tir e dar prazer. Estão enganados. Para as mulheres, a menopausa, embora seus al-tos e baixos, traz consigo a certeza de não mais engravidar e com os hormônios em polvorosa, até porque a maioria faz reposi-ção, libertas do medo, sentem necessidade de amor e de sexo tanto quanto o homem,

dando ao caso as devidas exceções.Homens e mulheres, segundo médicos, guardadas as proporções, sentem o mes-mo ardor da juventude, uns mais, outros menos, embora sem a mesma vitalidade. Alguns se enchem de coragem e partem para arrumar nova companhia, se estão vi-úvos ou divorciados. Outros se acomodam às exigências da família ou, por vergonha (“o que os outros vão dizer?”), seguem sozinhos até a morte – verdadeira mutila-ção - e há também os que não têm grande “vocação” para o sexo, mas se ressentem da falta de um amor e o desejam mesmo que platônico.

Envelhecer (Rute Gomes – Austrália)

Mesmo que a minha peleNão tenha a textura de outrora... Toca-a! Como se tocasses a maciez do ve-ludo.Mesmo que os meus cabelos Se enfeitem de flocos de neve... Afaga-os! Com a ternura da criança.Mesmo que as formas do meu corpoSe alterem, em decadência... Acaricia-as! Com adoração de um escul-tor...Porque envelhecer não está no corpo, Está na alma!Envelhecer não é doença, Nem defeito!Envelhecer é honra, É o proveito de se ter vivido, Amado e sentido!Porque a Alma jamais envelhece,Enquanto nela, o Amor permanece!!

Page 10: Tribuna Abril 15

10 15 de Abril de 2009COLABORAÇÃO

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. ..os di lemas estão à vista e pre-

cisam de ser ref lectidos...

Já há anos que frequento o con-gresso anual da Luso-American Education Foundation, organiza-ção da qual sou membro há lar-gos anos e da qual tenho feito, de vez em quando, parte do conse-lho consultivo (advisory board). Este ano não foi excepção e lá estive no 33º congresso realiza-do na Universidade Estadual da Califórnia, Stanislaus. Há vá-rios anos que reflicto sobre este congresso. Tenho alguns textos, que estão incluídos nos livros América: O Outro Lado do So-nho e O Outro Lado da Saudade, analisando alguns congressos desta organização. Também já organizei, ou estive no cerne da organização, de meia dúzia. Daí que sinto uma obrigação de, mais uma vez, os reflectir. E desejo fazê-lo no contexto que durante 12 anos organizei o simpósio li-terário/dramático Filamentos da Herança Atlântica, que nunca foi bem compreendido na comunida-de, começando pela organização que o patrocinava, ou melhor, que recolhia os patrocínios que solici-tava aqui e em Portugal, organi-zação que no seu conjunto de 12 simpósios nunca perdeu dinheiro com o mesmo, mas que mesmo assim, sempre o hositilizou. É nesse contexto que gostaria de reflectir sobre o congresso da LAEF. Primeiro há que dizer-se, descomplexadamente, que mes-mo quando estes eventos têm fra-ca adesão, como aconteceu este ano, e tem acontecido em outros anos, estes espaços de reflexão comunitária são extremamente importantes. Daí que apresento, publicamente, os meus parabéns,

a quem trabalhou e organizou mais um congresso. É sempre uma tarefa árdua trabalhar-se num evento desta natureza. Mas acreditem que é um trabalho ne-cessário. Árduo, porque este tipo de acontecimento é completa-mente incompreedido por muita gente nas comunidades, particu-larmente pelos líderes do nosso associativismo e mesmo por pes-soas que estão ligadas ao ensino e à divulgação da cultura. Penso que este espaço que a LAEF disponibiliza, com o apoio duma comissão local, é impor-tante para se debater a metamor-fose da nossa comunidade. Já o escrevi nos livros supracitados que se perdermos o congresso da LAEF perderemos o único espaço que nos resta neste tipo de acontecimento. Já lá vão os outros acontecimentos que se promoviam de índole cultural por esta Califórnia. Estamos cada vez mais pobres em termos de acontecimentos culturais que vão além do simples, do pomposo, da efémera festa de conversa fiada com copos. Que os congressos da LAEF pre-cisam, duma séria e necessária re-flexão, ninguém o negará, mas há que reconhecer que sem eles es-tariamos num verdadeiro deserto cultural. Sem um único espaço regular onde ainda se possa apre-sentar estudos e análises, onde se possa debater e pensar as nossas vivências em terras californianas e no mundo norte-americano em geral. Os dilemas estão à vista e preci-sam ser reflectidos. Entre outros: onde estão as centenas de jovens

que temos a exercer a profissão de professores nos mais variados ramos do ensino primário, se-cundário e universitário? Onde está um espaço dedicado à refle-xão comunitária, nas suas várias vertentes? Onde está um espaço para a apresentação de estudos sobre as nossas comunidades? É que quer o encontro seja feito numa universidade, numa escola, ou numa associação o rigor ciên-tifico e o espaço sério para a refle-xão pode ser mantido. Aliás, só esse rigor poderá cativar as novas gerações de luso-descendentes ligadas ao ensino, às várias áreas do conhecimento e das artes.A reflexão é necessária porque o congresso não pode estar circuns-crito ao simples ritual de ser feito todos os anos. É que os eventos quando feitos por mera tradição perdem a inovação e a criativi-dade, factores fulcrais para um acontecimento desta natureza. E há que se partir do princípio con-gressos académicos, não podem, nem devem, ser medidos com a mesma bitola dos acontecimentos populares. Quero acreditar que com algum esforço por quem estuda as co-munidades, quem as analisa e as reflecte, no contexto do aglu-tinador melting pot americano, com um refrescar das ideias e dos objectivos que conduziram o congresso da LAEF durante mais de três décadas, este congresso, esta convivência cultural não só terá vida, como até poderá ter o renascimento necessário para en-frentar as novas comunidades que por aí despontam. Mas acima de tudo, há que estar-se consciente

que um dos elementos imperati-vos é restituir-se o elo académi-co, a reflexão comunitária duma forma séria e rigorosa.Noto ainda, como post-scriptum, que os jovens que assistiriam ao congresso, esses já se organiza-ram, e da reunião que ocorreu entre os directores dos clubes académicos nas escolas secundá-rias da Califórnia nasceu um site na Internet (Portugueseclubs—High School Portuguese Clubs of Califórnia—na Yahoo) para os jovens se interligarem e trocarem ideias, informações, projectos, etc.) É assim que se trabalha! Este também é o futuro dos Con-gressos da LAEF. É sempre agradável ir-se aos Açores, mesmo quando a viagem é em serviço. Recentemente, fui ao arquipélago por motivos do Portal Comunidades, do qual faço parte do conselho ciêntifico. Este é um portal que servirá como re-positório de trabalhos feitos por vários académicos, jornalistas, crónistas, escritores, poetas, tra-dutores, enfim, uma amalgama de gente que estuda e se preocupa com as nossas comunidades aço-rianas. Os trabalhos englobam os mais variados campos do conhe-cimento. É que por este mundo fora existem imensos estudiosos e académicos que estudam, nas mais variadas vertentes, a nossa experiência de emigrantes e de açor-descendentes.Apesar do Portal ter apenas al-guns meses de existência, já é um espaço cibernético com um número apreciável de ensiaos, crónicas e estudos sobre as nos-

sas comunidades, incluindo vá-rios sobre as nossas vivências nas comunidades da Califórnia. Daí que os leitores do Tribuna estão convidados a visitarem o Portal Comnidades, uma espécie de centro de conhecimento dos aço-rianos no mundo. Com o intuito de ser um site bilingue, poderão consultar trabalhos em portu-guês e em inglês. O Portal está localizado no comunidadessco-rianas.org ou comunidadesaco-rianas.com, podendo ainda ser acedido pelo azoreannetwork.org. Claro que se possa ques-tionar o porquê ou mesmo a ne-cessidade deste Portal. Acredito que esta é um boa decisão do governo dos Açores, da Direc-ção Regional das Comunidades, entidade patrocinadora do Por-tal, porque vem criar um espaço onde se possam reunir milhares de trabalhos feitos sobre as co-munidades açorianas no mundo e que andam bastante dispersos nas mais variadas publicações. Cria-se, com este Portal, um es-paço onde se possam armazenar textos necessários para investiga-ção que se queira fazer sobre as nossas comunidades. Num mun-do em que a Internet é cada vez mais importante, ainda bem que se deu o primeiro passo para que os estudos, as análises, os ensaios sobre as comunidades açorianas no mundo, estejam mais perto de todos, particularmente das novas gerações, as principais utilizado-ras das novas tecnologias.

Custo: $150,000.00 dolares.Aceitam-se ofertas

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11COLABORAÇÃO

O futuro da agropecuária...se transformou na corrente crise económica, incluindo, problemas de crédito;, altíssimos custos de energia, altos preços das rações e ainda o aumento do valor do dolar que afecta diretamente as exportações.Quando o dolar verde do Tio Sam estava perdendo valor, os produ-tos de lacticinios dos Estados Unidos vendiam a preços convi-dativos aos compradores intern-cionais. O dolar recuperou parte do seu valor, bem assim como os preços dos produtos do leite que continuam a subir ao mesmo tempo que problemas económi-cos globais destruiram o poder de compra aos mercados interna-cionais.Qual é o futuro, então? Uma clara realidade é que os preços de leite em geral neste primeiro trimestre de 2009 estão entre os mais baixos em algumas décadas, segundo a opinião de Ken Baily, economista de Penn State University, indicando que prejuizos vão forçar à liquidação de elevado número de vacas.Em anos passados, os produtores de leite foram capazes de admi-rávelmente recuperar financeira-mente períodos de preços baixos e tempos difíceis, muitas vezes

refinanciando os seus negócios e propriedades, no entanto nos nos-sos dias isto não é viável, devido à corrente crise financeira que estamos atravessando a nível glo-bal, enquanto as instituições ban-carias estão tomando uma atitude muito mais conservadora.Segundo Bob Cropp, economista da Universidade de Wisconsin, espera-se que na segunda metade do ano, os preços terão uma ligei-ra subida, mesmo quando a eco-nomia domestica vai recuperar vagorosamente e as exportações de produtos do leite não mostram um futuro muito brilhante, mas não se prevê que os preços pos-sam igualar aqueles de 2007 e princípios de 2008.Os jornais de maior tiragem no Vale de San Joaquim dedicaram recentemente uma desusada aten-ção aos precos da alfafa, principal alimento das vacas produtoras de leite, e a sua desusada descida de preço em relação ao ano an-terior. Para falar com a máxima franqueza, a repentina e desusa-da subida deste produto no ano passado foi a principal razão da presente crise na agropecuária. Presentemente os preços estão mais em linha com a realidade e pode ser vantajoso para a agricul-

Sabores da VidaQuinzenalmente convidaremos uma pessoa a dar-nos a receita do seu prato favorito, com uma condição - que saibam cozinhá-lo.

A nossa convidada nesta quinzena é Mary Aviz, nascida na Ter-ceira, casada com Fernando Aviz e residente em Hilmar.

Arroz Doce1 copo de arroz perola1 copo de açucar4 copos de leite2 copos de Heavy Whipping Cre-am1 colher de cha de sal1-8 colher de cha de lemon extract1-2 copo de manteiga

Poe-se tudo numa boa panela, me-nos a manteiga.Mistura-se tudo muito bem. Leva-se ao lume e mexe-se sempre ate comecar a ferver. Depois de levantar fervura, baixa-se o lume, mas continua-se sempre a mexer, enquanto arroz continua a ferver baixinho.Ao cabo de meia hora deita-se a manteiga. Continua-se a mexer de vez em quando ate cozer e estar na consistencia que a pessoa quer.Tudo isto leva mais ou menos uma hora.Poe-se tudo num pirex e polvilha-se o arroz com canela

Bom apetite!

tura em geral.Todas estas previsões podem estar erradas, o mercado tem sempre capacidade de mudanças rapidas, e esta industria tem de-monstrado uma tremenda capaci-

dade de recuperação financeira, pois caso contrário, familias na agropecuaria podem ver o seu sonho e sacrificio de uma vida inteira desfaser-se sem possibili-dades de recuperação.

... e a sua necessária reor-ganização.

Em anos passados produ-tores de leite chamaram o Dr. Boeke, veteriná-rio, e este à sua chega-

da com olhar intelegente e voz firme, diagnosticava que o caso desta vaca é um caso perdido e depois de uma pequena pausa de-clarava “eu penso que esta vaca vai morrer”. Se o Dr. Boeke tivesse dispen-sado qualquer tratamento a este animal muitas das vezes este te-ria recuperado e regressado à sua antiga produçã e como resultado muitos produtores olharam o Dr. Boeke como um trabalhador mi-lagroso, infelizmente assim não aconteceu.Presentemente o Chairman do Federal Reserve Board, Ben Ber-nanke e o novo Secretário do Te-souro, Timothy Geithner, terão que praticar uma série de mila-gres para permitir aos produtores de leite salvaguardar qualquer qualidade de ganhos no corrente ano. Todos apresentam diferentes razões do porquê de que 2007, que ofereceu a melhor situação na agropecuária em muitos anos,

Temas de Agropecuária

Egídio [email protected]

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12 15 de Abril de 2009COMUNIDADE

Dois acontecimentos re-centes revelam como o Vaticano, quando se trata de questões mo-

rais, parece continuar à margem do drama existencial de tantos seres humanos, a milhas de dis-tância e a séculos do presente. Refiro-me à condenação do uso de preservativos como prevenção contra a SIDA por Bento XVI, em visita à África, e a excomu-nhão, automática (ipso facto), dos médicos ou médicas e da mãe de uma jovem brasileira de nove anos grávida do próprio padras-to. Uma gravidez incestuosa e ge-minada que estava a pôr em risco de vida essa infeliz menina. Primeiro, a visita oficial do papa aos Camarões e Angola. Ainda em rota para os Camarões, na sua primeira viagem apostólica à África, o papa, mesmo antes de pôr pé em terra, faz surpreenden-te proclamação doutrinária de-senraizada da vida como ela exis-te fora das muralhas do Vaticano e para além das grades de ferro dos conventos e abadias. Deixou o mundo perplexo e deu a im-pressão de uma incompreensível e aparente falta de sensibilidade perante o sofrimento humano de um continente inteiro. A gravi-dade e extensão do problema da SIDA em África, cerca de 22 mi-lhões de pessoas afectadas pela terrível doença, equivalente a um terço de todos os casos que se co-nhecem actualmente no resto do mundo, não pode ser tratado com esta frieza dogmática e distancia-mento académico. Uma autêntica crise que merece bastante mais

compreensão e empatia. Segundo ele o problema da SIDA não se resolve nem mitiga com preservativos. É pecado usá-los. “Não se pode resolver o problema com a distribuição de preservati-vos. Pelo contrário, isso aumenta o problema”- disse o papa ainda abordo do avião que o levaria à pequena nação do nordeste afri-cano. Estaria o ele a referir-se a uma dupla pena, nesta vida por causa da doença e na outra por causa do pecado? Já o seu ante-cessor, João Paulo II, afirmara, em várias ocasiões, que o único meio de evitar a transmissão do perigoso vírus era a abstinência sexual. Os preservativos, tam-bém segundo ele, ainda compli-cam mais o problema porque dão a falsa impressão de segurança, contribuindo deste modo para uma maior transmissão da epi-demia! Mas a razão subjacente a esse principio ético é que o acto sexual só é moralmente legítimo orientado para a procriação. Por outras palavras, segundo a dou-trina oficial da igreja o prazer sexual como expressão de amor, mesmo entre pessoas casadas, só por si não é legitimo!Não foi a primeira vez que Ben-to XVI cria controversa com as suas declarações. Na sua primei-ra visita papal à terra natal, a Ale-manha, na cátedra da sua antiga universidade, incendeia o mundo muçulmano com a citação de um obscuro imperador bizantino, ao considerar o islamismo uma reli-gião violenta. Depois no Brasil, tenta desculpar as barbaridades do colonialismo com os benefí -

cios da expansão da fé.Todavia a excomunhão no caso do aborto no Recife, ainda melhor demonstra esta intransigência e rigidez dogmáticas. A excomu-nhão para penalizar os interve-nientes da interrupção da gravi-dez de uma menina de nove anos: a mãe da menina e o pessoal mé-dico que realizou a cirurgia. Esta atitude do arcebispo da diocese do Recife, inicialmente apoiada pelo Vaticano foi mais tarde re-pudiada por um alto dignitário da Cúria Romano ao vir criticar e discordar publicamente da de-cisão: “Em vez de excomungar, seria necessário e urgente salvar a vida inocente da jovem abusada e restituir-lhe a dignidade que

a igreja sabe e deve proclamar.” (Tradução livre do Osservatorio Romano)A excomunhão foi a ‘arma espi-ritual’ mais temida e usada pela igreja através dos tempos. Na idade média, foi o recurso mais eficaz para pôr em ordem os reis e imperadores mais renitentes ou os heréticos mais perigosos. Rei ou imperador excomungado era governante desgraçado, os subalternos ficavam libertos dos deveres feudais de submissão e obediência. Excomungar alguém era ten-tar expulsá-la do seio da igreja, quando todo o mundo cristão acreditava que fora da Igreja Ca-tólica não havia salvação. Assim,

uma pessoa excomungada era uma pessoa condenada. Hoje em dia, mesmo entre os católicos e nas faculdades teológicas pou-ca gente acredita que apenas na Igreja Católica há salvação. Ape-sar de tudo, a igreja continua a excomungar, séculos depois de se ter descoberto que o sol não gira à volta da terra, de se ter chegado à lua, decifrado o código genéti-co, inventado o computador e o telemóvel, encontrado no cére-bro humano milhões de células e, sobretudo, chegar à conclusão de que afinal Deus não é do sexo masculino!

A Margem da Realidade e da Vida

Papa Bento XVI e José Eduardo dos Santos, Presidente de Angola

Em 2008 a SATA perdeu 2,9 milhões de euros As seis empresas do Grupo SATA – SATA SGPS, SATA Air Açores, SATA Internacional, SATA Express, Azores Express e SATA Gestão de Aeródromos – obtiveram no exercício passado um resultado negativo con-solidado de 2, 9 milhões de euros.Em igual período, o valor dos provei-tos totais ascendeu a 252, 6 milhões de euros, o que representa um cresci-mento de cerca de + 8,3% em relação ao valor dos proveitos totais regista-dos no exercício de 2007.Os resultados operacionais do Grupo SATA foram afectados, sobremanei-ra, pelo aumento dos custos de com-bustível verificados em ambas trans-portadoras, em particular, na SATA Internacional.Os custos operacionais da SATA Internacional relacionados com o combustível, aumentaram, por com-paração com o exercício transacto de 2007, cerca de 18 milhões de euros, o que reflecte, essencialmente, um efei-to preço e não quantidade.De notar que a escalada do preço do jet-fuel ocorreu com especial acuida-de no 3º trimestre – quando o preço

do jet-fuel atingiu os 147 dólares (USD) barril – o que coincidiu com o período de maior actividade de voos, por força da sazonalidade da opera-ção, notoriamente concentrada no Verão IATA, quando a SATA Inter-nacional apresenta maior número de voos, nomeadamente de longo curso da frota A310, mais intensivos ener-geticamente, portanto.De salientar, ainda, a descida tráfe-go registada no último trimestre de 2008, devido à conhecida deteriora-ção da conjuntura económica.O Grupo SATA, transportou no pe-ríodo em causa 1,5 milhões de pas-sageiros, menos 17 mil que em 2007, com um load-factor de 73% na SATA Internacional e de 63% na SATA Açores, indicadores semelhantes aos verificados em 2007.O valor dos subsídios recebidos pela SATA Internacional nas rotas da Rede Regular Doméstica (Lisboa – Ponta Delgada, Porto – Ponta Delga-da, Funchal – Ponta Delgada, Lisboa – Santa Maria, Lisboa – Terceira, Porto – Terceira e Lisboa – Horta), em função dos passageiros residentes

Apontamentos da Diáspora

Caetano Valadão [email protected]

e estudantes dos Açores transportados, foi de 6.821 milhões de euros, o que representa 3,3% do total da facturação da SATA Inter-nacional ou 11 euros por lugar dos mais de 600.000 lugares oferecidos nestas rotas, em 2008.

in auniao.com

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13COLABORAÇÃO

Agua Viva

Filomena [email protected]

Casa dos Açores de Hilmar em Festa

Está a ser demais! De cada vez que escutamos, vemos ou lemos as notícias de qualquer lugar do mundo, é deveras assustador, em termos de predadores sexuais. Está pior que uma epidemia.Não há cidade ou lugarejo onde não existam esses tarados. Hoje mesmo, pela primeira vez, dispus-me a fazer uma pesquisa por algumas cidades mais conhecidas e próxi-mas, e fiquei com ar de espanto. Este assunto é mesmo sério. Só na área onde vivo, estão registados oitenta e dois predadores sexuais, e um pouco mais acima já serão oi-tenta e oito.Que raio se está passando pela mente dessa gente deprava-da, que sem medir consequências, vai fazendo vítimas, ao que parece sem um mínimo de remorso, criando o medo, a dúvida, o pânico, a desgraça e o luto no coração e nas casas de tantas famílias, concerteza traumatizadas para o resto dos seus dias.Sempre que desaparece uma criança, comunidades inteiras se movimentam no sentido de encontrá-la, e curiosamente, penso muitas vezes, se entre os que a procuram, não estará o culpado, fazendo-se passar por amigo para disfarçar a sua grande malvadez. Uma espécie de lobo com pele de cordeiro… Tudo é de crer!Com tanta tragédia, desde a própria família com abusos de toda a ordem, a pessoas estranhas, será que o castigo imposto pelos tribunais, na maioria dos casos, vem sendo justo? Duvido muito. Muitos são os que foram condenados a muitíssimos anos de prisão. E para quê? Melhor sustentar um burro a pão de ló do que manter por anos um estafermo do diabo que foi capaz de semelhante barbárie contra uma criança. A raiva que me dá, é que ainda há quem defenda estes répteis que alegam em tribunal terem sido também vítimas e que por isso agora julgam-se no direito de vingar a sua desgraça em criaturas inocentes. Isto vai até ao cú-mulo da indignação.Tem de haver outro processo de punir todo e qualquer predador sexual, antes que isto se torne um ciclo vicioso. E pensar que por esta California fora e restantes estados há auto-estradas sem fim, tantos caminhos e canadas para limpar… Se é que um individuo que comete um crime de tal natureza mereça ainda o benefício de viver.Afinal, quantas mais Sandras Cantu, Polly Klas, Caylee Marie Anthony têm de morrer?. E onde está a outra me-nina Haleigh Cummings que há três meses não aparece, e muitas outras já desaparecidas neste ano que só há pouco começou? Onde está o direito de uma criança brincar, cor-rer e saltar livremente?Depois deste e outros acontecimentos semelhantes, a ver se ainda haverá disposição para achar a palavra “sexy”, o símbolo de tudo o que é bom, a palavra-chave para desig-nar os adjectivos bonito, atractivo, elegante, encantador, criativo, charmoso, e demais qualificativos que chamem a atenção dos depravados sem vergonha nem sentimentos, que para satisfazerem os seus apetites miseráveis, roubam e estrangulam a inocência, deixando lares em amargura e desespero. Para qualquer trapo que se vista, mesmo que seja numa criança, diz-se que está “sexy”. A isto, tam-bém se pode chamar “crise de palavras ou de pouca inte-ligência”. Já alguém pensou nisto? Quando se veste uma criança, deve dizer-se que está linda, amorosa, graciosa, preciosa, impressionante… E tantos outros adjectivos que glorificam o estímulo do ser humano desde a mais tenra idade, sem ofender desde cedo o mais recôndito da sua alma.É preciso ter cuidado com as palavras. Se para os adultos há palavras que ferem e matam, nas crianças podem deixar marcas para sempre nas suas pequenas e inocentes vidas.

Está a ser demais!

1600 Colorado AvenueTurlock, CA 95382Telefone 209-634-9069

No dia 22 de Março de 2009, a Casa dos Açores esteve em festa. Além da apresentação publica dos seus Gru-pos Mar Bravo, Violas e de Matan-ças, tambem houve a apresentação de um livro da escritora e poetisa Maria Fernanda Simões, de Han-ford.A sessão começou com as palvaras do Presidente da Casa dos Açores, José Brum, que deu as boas vindas a todos os presentes. De seguida o Se-cretário Vital Marcelino apresentou o orador da tarde, Manuel Eduardo Vieira, ex-Presidente e actual Con-selheiro da Casa dos Açores, que apresentou o novo livro de Maria Fernanda Simões.O orador disse que era “impossivel falar deste ultimo livro “As Lava-deiras, suas lidas e maluqueiras” , sem primeiramente fazer referência ao primeiro trabalho da autora, que

se denomina “Os Meses das nossas Raízes - Crónica e Poesia”, por achar que o segundo livro é uma comple-mentariedade do seu primeiro traba-lho.Amor, união, doçura, amizade, despedida, emoção, saudade, são sentimentos descritivos e um can-to de amor à terra que a viu nascer, no Lugar das Terras, Lajes do Pico, Açores.”Após a cerimonia do livro, foram apresentados publicamente os Gru-pos da Casa dos Açores de Hilmar - Grupo Folclorico Mar Bravo, Grupo de Violas e o Grupo das Matanças.Foi entregue aos directores dos gru-pos uma placa de reconhecimento e agradecimento e a todos os elemen-tos dos grupos o devido cartão de sócio.Cada grupo apresentou algumas mo-das, do seu vasto reportorio e no fim

e a fechar, Vital Marcelino, Antonio Azevedo, Jorge Teixeira e Joaquim Moules improvisaram cantigas do Pezinho do Bezerro, das Velhas, e mesmo uma desgarrada a desafio.Cerca de duas centenas de pessoas estiveram presentes, que deram uma prova que vale apena e que se pode fazer algo cultural de grande valor nesta Casa dos Açores de Hilmar.Foi uma optima ideia da Casa dos Açores ter junto estes dois eventos num só.Todos ganharam com isso, muito em especial a escritora, porque, como todos sabem, a apresentação de li-vros nas nossas comunidades não é fácil fazer.

PS - desculpem a qualidade das fo-tografias.

Paulo Silva, Director Cultural da Casa dos Acores, Manuel Eduardo Vieira, apresentador do livro, Maria Fernanda Simoes, escritora, Jose Brum, Presidente da Casa dos Acores de Hilmar.Embaixo - Grupo de Violas da Casa dos Acores de Hilmar

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14 15 de Abril de 2009COMUNIDADE

You and your family and friends

are cordially invited to attend the IDES Supreme Youth President

Testimonial and Breast Cancer Fundraiser Dinner/Dance

Honoring Christine M da SilvaIDES Hayward Hall

1105 C StreerHayward, CA

May 9, 2009

Social 6:00 pm Dinner 7:00 pmDance 9:00 pm

Barbeque Tri-Trip Dinner$18.00 per person Children (6 to 12) $7.00

Childreen 5 and under free of charge

Call IDES - 510-886-5555 or email [email protected]

Profit will be donates to the Susan G. Komem for the Cure

(Breast Cancer Research)

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15PATROCINADORES

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16 15 de Abril de 2009SATA

António Gomes de Menezes, Presidente do Grupo SATA

Em termos simples explique à comuni-dade da Califórnia a necessidade dosaumentos das passagens Oakland/Ter-ceira, mesmo com os preços do petróleo a descerem 73%?

O objectivo estratégico da SATA na Amé-rica do Norte é, como se sabe, crescer de modo sustentado. Todas as rotas entre Portugal e América do Norte estão perfei-tamente liberalizadas, no âmbito do Open Skies Agreement, entre os EUA e o Cana-dá e a União Europeia. A SATA não rece-be subsídios do Governo dos Açores nas rotas da América do Norte, pelo que tem que evitar prejuízos comerciais, sob pena de deixarmos de existir!É importantíssimo ter em mente que a SATA Internacional está proibida de rece-ber subsídios directos do seu Accionista, o Governo dos Açores, pois tal violaria a Lei da Concorrência da União Europeia (Au-xílios Estatais). De facto, a SATA Interna-cional apenas recebe subsídios em função dos residentes dos Açores transportados dos Açores para o Portugal Continental. É uma percentagem muito baixa, 3%! Mes-mo assim, em 2008, olhando para o nosso relatório e contas concluímos que os sub-sídios da SATA foram de apenas 3.35% do total dos proveitos.Dito de outra forma, não obstante sermos uma empresa do Governo dos Açores, te-mos que ter uma performance económica positiva, para garantir a nossa existência. Assim, os preços praticados reflectem os custos da operação, tão somente. As nos-sas aeronaves não fazem voo directo, por limitações de “range”, o que implica para-gens técnicas e pernoitas das tripulações fora da base. Estes custos são muito im-portantes, bem como é o combustível, cla-ro está. Sobre este último factor, estamos a trabalhar com base nos mercados forward para o Verão 2009, altura em que voare-mos. O preço do combustível hoje, no In-verno, não será necessariamente igual ao preço que pagaremos neste próximo Ve-rão, como se constata da comparação dos preços “spot” e “forward”. O que importa realçar é que a SATA procura apenas co-brir os custos operacionais da rota! Obvia-mente que muito gostaríamos de praticarpreços mais baixos, mas, para assegurar a sustentabilidade da operação, temos que inverter a situação deficitária do passado recente e reverter para uma trajectória sus-tentável, de cobertura dos custos operacio-nais da rota, para não tomarmos medidas mais drásticas como seria, sem dúvida, cancelar a rota.

Nesta altura de crise, não acha que os preços das passagens deste ano não só vão prejudicar as comunidades ame-ricanas e canadianas, mas também os próprios Açores, que irão ver as suas receitas diminuírem em diversos níveis com a falta dos emigrantes?

Temos hipersensibilidade em relação à nossa função social. É com enorme prazer que, olhando para os mais de 20 anos de presença nos EUA e no Canadá, conclu-ímos que temos vindo sempre a crescer! Todos os anos temos mais voos e mais passageiros, com brevíssimas excepções relacionadas com conjunturas menos po-sitivas! Assim, quem olha aos números com boa-fé e como olhos de ver tem que concluir que a SATA muito tem feito na América do Norte e que quer fazer muito mais e melhor! Este Verão teremos mais voos para a América do Norte! Cerca de 900 voos ao longo do ano!Estamos prestes a obter o estatuto de voar regular, e não charter, como ora sucede, por parte do DOT dos EUA. Nos EUA temos um modelo comercial, de distribui-ção, marketing e vendas, muito moderno.

Desde logo, os agentes de viagens infor-matizados têm acesso, em tempo real, aos lugares e às tarifas de todos os voos da SATA. Desde o dia 19 de Maio de 2008passamos a permitir, no nosso site www.sata.pt ou no da Azores Express www.azoresexpress.com reserva, pagamentos, emissão, com pré-seating, on-line, 24/7, real time! Este projecto, de ter uma pre-sença on-line, foi pensado, em larguíssima medida, com os EUA em mente, por força de ser um mercado geograficamente dis-perso, difícil de cobrir com os canais tra-dicionais, portanto, por um lado, e onde os hábito de e-commerce estão muito avança-dos, por outro. Actualmente promovemos, também, a venda de hotéis e rent-a-car on-line.Denominamos este projecto, de estar on-line, de Click To Fly, pois para viajar com a SATA basta um Click! Claro está que os Agentes de Viagens continuam a ser a grande força de vendas da SATA e assim esperamos que continue a ser. Investimos, como nenhuma outra Companhia o faz nos EUA, diga-se em abono da verdade, em Comissões de Vendas para os Agentes de Viagens estarem com a SATA. Estamos, pois, a modernizar muito a nossa presença comercial nos EUA! Pagamos ao Google para sermos visíveis na Web, estamos nosportais como o Travelocity, Orbitz, Ex-pedia, enfim, os mais conhecidos, sem dúvida! Pagamos também muito dinhei-ro em publicidade nos meios tradicionais e apoiamos muitas fam trips aos Açores. Tudo isto para quê? Para que seja cada vez mais fácil viajar com a SATA! Se Deusquiser, melhoraremos ainda mais, inclu-sive, no que respeita ao preço das passa-gens.Todavia, não podem subsistir dúvidas que a SATA tem procurado oferecer mais voos! Basta olhar ao nosso programa de voos para este Verão, de 2009!

Quase todos os anos se ouve dizer que a SATA não está interessada nesta rota? Qual é a sua opinião?

A SATA sente que a América do Norte é, simplesmente, de importância estratégica vital para o seu crescimento. Temos uma vocação Atlântica e queremos cada vez mais ser a Companhia Número 1 nos voos entre Portugal e a América do Norte. Nes-te sentido, o mercado da Califórnia é in-teressantíssimo. Sentimos, porém, que há que melhorar vários aspectos. Desde logo, gostaríamos de ter uma aeronave que pu-desse fazer o voo non-stop.Isto, a acontecer, terá que esperar pela substituição do A310, o que está, como é

sabido, em estudo. Em segundo lugar, te-mos feito muito lobby para que as entida-des governamentais portuguesas invistam mais na promoção dos destinos turísticos portugueses nos EUA! Não temos dúvida alguma que o investimento na promoção de destinos tão interessantes como osAçores será um investimento de eleva-díssimo retorno! Porém, este esforço de promoção deverá existir, na nossa óptica, numa lógica de concertação entre públicos e privados.

Quais são os objectivos da SATA a mé-dio e longo prazo em relação a Califór-nia?

O nosso grande objectivo é aumentar a notoriedade dos destinos SATA para in-crementar o fluxo de passageiros e voos. Muito gostaríamos de ter uma operação

menos sazonal, com mais voos durante todo o ano... Sentimos que para tal temos que aumentar a notoriedade do destino e promover não só o mercado da saudade, o nosso mercado mais querido, mas também o mercado de lazer, dos Americanos que nunca foram a Portugal. Daí a nossa es-tratégia comercial on-line. Posso também adiantar que, com a recente luz verde para passar para o formato regular, procuramos construir os code-shares com Companhias Americanas para que seja mais económico e fácil chegar aos Açores vindos da Cali-fórnia via SATA Internacional via Boston. Temos em carteira várias parcerias estra-tégicas para a Califórnia.Posso adiantar que decorrem “as we spe-ak” trabalhos técnicos conducentes a uma parceria que poderá ser uma grande alavanca comercial na nossa presença na

Califórnia que será tornada pública já no próximo dia 01 de Maio e que será, sem dúvida, um importante testemunho ma-terial do nosso empenho e compromisso em servir o grande mercado da Califórnia. Será sonhar demasiado alto em ter um voo o ano inteiro, perguntarão alguns? O que nós sentimos é que os destinos da SATA em Portugal, com destaque natural e evi-dente para os Açores, merecem todos os esforços neste sentido!

Para quando os voos directos entre Oakland e Terceira?

É uma boa pergunta. Como disse, há a questão técnica do “range” das aeronaves. Cada aeronave tem um número de milhas que pode voar non-stop. A nossa maior ae-ronave, o Airbus A310-300 não tem esta capacidade técnica. Veremos quais as ca-

racterísticas técnicas do seu sucessor.

Já agora uma sugestão: se há pessoa que merece que o seu nome venha escrito num avião da SATA, essa pessoa cha-ma-se Bernie Ferreira. No vosso próxi-mo avião seria capaz de fazer isso?

Por tradição, o Senhor Presidente do Go-verno dos Açores é quem sugere o nome dos Aviões.Os actuais nomes estão muito ligados aos nomes das Ilhas e questões políticas afins.Contudo, há que convir que é uma linda sugestão e não a deixaremos de sugerir ao Senhor Presidente.

“O que importa realçar é que a SATA procura apenas cobrir os custos operacionais da rota! Obviamente que muito gostaríamos de prati-car preços mais baixos, mas, para assegurar a sustentabilidade da operação, temos que in-verter a situação deficitária do passado recen-te e reverter para uma trajectória sustentável, de cobertura dos custos operacionais da rota, para não tomarmos medidas mais drásticas como seria, sem dúvida, cancelar a rota.”

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17SATA

Quem é António Gomes de Menezes?António José Vasconcelos Franco Gomes de MenezesLocal de Nascimento | Freguesia de São José, Ponta Delgada.Data de Nascimento | 04 de Dezembro de 1972Estado Civil | Casado; 2 filhos

Habilitações:

Ph.D em Economics pelo Boston College, Ches-tnut Hill, Massachusetts, EUA em 2000, tendo o grau sido reconhecido pela Universidade dos Açores como equivalente ao Grau de Doutor a 27 de Dezembro 2007.Master of Sciences em Economics pelo Boston Colllege, Chestnut Hill, Massachusetts, EUA,em 1997.Pós-Graduação Programa Avançado de Gestão para Executivos ( PAGE ) pela UniversidadeCatólica Portuguesa em 1995.Programa Erasmus, Universidade de Gotemburgo, Suécia, em 1994Licenciatura em Economia pela Faculdade de Economia da Universidade Nova de Lisboa em 1994.

SituaçãoProfissional:

Presidente do Conselho de Administração do Grupo SATA, desde 1 de Novembro 2007.Professor Auxiliar da Universidade dos Açores,

desde Janeiro de 2000.

PercursoProfissional:

Desempenhou funções de investigador e assisten-te nas Universidades de Boston e Harvardpossuindo vasta obra editada nas áreas da macro-economia, emprego, transportes aéreos eprodutividade.Em termos empresariais, é desde 2006 , vogal não executivo do Conselho de Administração daAgência para a Promoção do Investimento dos Açores ( APIA ) e da Asta – Atlântica, Sociedade de Turismo e Animação.Foi, também, gerente da firma Eng. Luis Gomes, SA, de 2001 a 2003, e Consultor de Empresas,pela Multiconsult e Norma Açores, bem como analista Técnico da Electricidade dos Açores (EDA).

Actividade de Gestão:

Orientador Cientifico – Investigador Responsável do Centro de Estudos em Economia Aplicada doAtlântico – Pólo Açores (Centro de Investigação Acreditado pela FCT)Director do Curso de Economia ( de Janeiro de 2001 a Fevereiro de 2007 )Coordenador da área de Métodos Quantitativos do Departamento de Economia e GestãoMembro do Conselho Pedagógico

História da SATA

Acerca do Grupo SATA

A diferença está no ar com o Grupo SATA, que se distingue por continuar a trazer o mundo às ilhas do Atlântico e por colocar em tudo o que faz o seu know-how aeronáutico e boa parte da sua alma açoriana. O Grupo de empresas SATA não tem cessado de crescer ao longo dos últimos anos.A frota do Grupo SATA divide-se pelas suas duas companhias de transporte aéreo. Á SATA Air Açores pertencem os equipa-mentos ATP (64 lugares) e Dornier (18 lugares), por seu turno, a SATA Internacional voa com A310-300 com 222 lugares e A320-200 com 165 lugares.A SATA Internacional opera 7 rotas entre a Região Autónoma dos Açores o Continente e a Região Autónoma da Madeira.À saída dos Açores, voa para as cidades Europeias: Madrid, Lon-dres, Manchester, Amesterdão, Dublin, Frankfurt, Viena eParis. Opera, ainda, várias ligações entre Portugal e a América do Norte, nomeadamente, entre Ponta Delgada, Terceira,Lisboa, Porto e Faro, de um lado, e Providence, Boston, Toronto, Montreal e Oakland, de outro. Á saída do Funchal voa para diver-sas cidades Europeias, como, entre outras, Madrid, Dublin, Paris, Nantes (entre outras cidades da ProvínciaFrancesa), Jersey e variados destinos Ingleses. A partir de Lisboa, a SATA Internacional desenvolve uma vasta operaçãoAtlântica vocacionada para o lazer/charter, voando para pontos como Porto Seguro, Salvador e Natal, no Brasil, Punta Cana, Santo Domingo, Samaná, nas Caraíbas, Sal e Boavista, em Cabo Verde, Agadir, no Norte de África, para além de um significativo número de pontos operados em charters ad-hoc.Por sua vez, a companhia aérea SATA Air Açores voa entre as nove ilhas do Arquipélago dos Açores, entre as Ilhas do Arquipé-lago da Madeira e efectua ainda voos regulares entre os Arquipé-lagos da Madeira e Canárias. Efectuou, em 2007, mais de 14 mil ligações aéreas.

Um grupo de cinco açorianos notáveis (entre os quais Augusto Rebelo Arruda) tomou a iniciativa de lançar os fundamen-tos da empresa SATA Air Açores ao fun-dar, em 21 de Agosto de 1941, a Sociedade Açoriana de Estudos Aéreos, Limitada. Passados seis anos, em 1947, foi alterada a sua designação para Sociedade Açoria-na de Transportes Aéreos, Limitada. A 15 de Junho, a SATA iniciou os voos com um avião Beechcraft (CS-TAA). Baptizado de “Açor”, transportava 7 passageiros e 2 membros de tripulação, fazendo as liga-ções aéreas entre as ilhas de São Miguel (na pista de Santana, até 1969), de Santa Maria e da Terceira (na pista da Achada, Lajes).Em 1969, o Aeroporto de Nordela (hoje, Aeroporto João Paulo II), próximo da ci-dade de Ponta Delgada, foi inaugurado e aberto ao tráfego civil. Serve ainda de Base Operacional da SATA. Dois anos depois, a TAP Portugal passou a realizar voos regu-lares entre Lisboa e Ponta Delgada. Em 24 de Agosto de 1971, é inaugurado o Aero-porto da Horta, e em 1972, é inaugurado o Aeroporto das Flores. Em 1972, é decidida a compra dos aviãos AVRO HS 748 com capacidade para 48 lugares, que voam nos Açores desde 1969. Entre 1981 a 1983, são construídos aeroportos nas restantes ilhas do arquipélago pelo Governo Regional.Em 1976, a Força Aérea Portuguesa cede à SATA 2 aviões DC-6 e é proposta a regio-nalização da empresa à Assembleia da Re-pública. Em resultado da greve dos pilotos da TAP Air Portugal, o que obriga a fazer voos directos para Lisboa com os aviões DC-6, chegando até mesmo a fretar um Boeing 707, para descongestionar o tráfe-go acumulado nos Açores. A 14 de Abril de 1977, atingiu-se a marca de 1 milhão de passageiros transportados.

SATA Empresa PúblicaInicialmente foi constituída como empresa privada, mas o estatuto da empresa SATA evoluiria em 17 de Outubro de 1980, para

uma empresa pública sob tutela do Gover-no Regional dos Açores passando a desig-nar-se Serviço Açoriano de Transportes Aéreos, Empresa Pública, embora manten-do a sigla de sempre - SATA. Foi compra-da ao Grupo Bensaúde, ficando 50% das acções pertencer ao Governo Regional dos Açores, e as restantes, à TAP Air Portu-gal, EP. Em 1980, adere à Associação Eu-ropeia de Companhias Aéreas Regionais (sigla ERA) e à Associação Internacional de Transportes Aéreos (sigla IATA). Em 1986, Dr. Mota Amaral, então Presidente do Governo Regional dos Açores, sugere a adopção da designação “SATA Air Aço-res”.Desde 1985, tem início os voos charters para a América do Norte. A Azores Ex-press, empresa do Grupo SATA, efectua voos charter dos Açores para os EUA. A SATA Express, empresa do Grupo SATA, efectua voos charter entre os Açores e o

Canadá. Em 1988, a SATA muda de cores e edita a revista de bordo bilíngue Paralelo 38, actualmente Espírito Açoriano/Azore-an Spirit.Entre 1989-1990, os aviões Avro são gra-dualmente substituidos pelos aviões da British Aerospace tipo ATP. O primei-ro avião de nome “Santa Maria” entra ao serviço em 1989, o segundo avião de nome “Flores”, em 1990, e o terceiro avião de nome “Graciosa”, em 1991. Em 1991, o pequeno avião Dornier 228-212 inicia as ligações aéreas para a Ilha do Corvo, substituindo o avião Aviocar C212 da FAP (Força Aérea Portuguesa).Em 1994, na celebração do 50.º aniversá-rio da Organização Internacional Aviação Civil (sigla ICAO), decidiu atribuir uma medalha de honra a uma entidade ou in-dividualidade que, em cada Estado Mem-bro, tivesse dado um relevante contributo ao desenvolvimento da aviação civil. Em

Portugal, essa medalha foi atribuída à SATA Air Açores.

Frota do Grupo SATAEm 2007, a frota de aviões do Grupo SATA era formada por:

3 Airbus Industrie 320/2004 Airbus Industrie 310/3005 British Aerospace ATP1 Dornier 228-212

in wikipedia.com

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18 15 de Abril de 2009COMUNIDADE

O futuro das Conferências está no “networking”Que melhor começo para a XXXIII Conferência da Luso American Education Foundation do que a homenagem prestada a três distintos professores - Antonio Borba, Henry Escobar e Isabel Cabral-Jo-hnson. Que melhor começo para esta conferência do que ouvir a juventude de Tulare a ler poesia e a cantar as nossas bonitas canções de antanho.Que melhor começo para esta conferência do que vermos o maior numero de professores juntos a trabalhar e a partilhar experiências didácticas.Que melhor começo do que ouvir jovens a parti-lhar o sentimento de comunidade e a necessidade de mudanças urgentes.Foi pena que, muitos daqueles que se arvoram em líderes comunitarios e que gostam de ter titulos por pertencerem a organismos com responsabilidades não tenham comparecido a esta Conferencia e a muitas outras. É necessário e urgente que um tsu-nami varra a nossa comunidade e tal como a crise financeira de agora, nos torne melhores, com futuro e com apetências de sempre fazer melhor.Escolhemos o workshop dos professores para me-lhor compreender os seus anseios. Nunca tínhamos visto tantos professores de português juntos, o que satisfaz qualquer um, muito em especial aqueles, nós incluido, que sempre pensámos que havia qual-quer coisa errada para os professores não se junta-rem, quando têm objectivos comuns. Talvez seja um primeiro passo para a reconciliação dos professores e o entendimento que eles devem ter da importan-cia da sua acção na nossa comunidade.Na outra sala, discutia-se o papel da comunidade no sistema cívico e comunitário americano, a juventu-de e as organizações portuguesas.O que nós gostaríamos de ver era os jovens falarem para os jovens e não para uma assistência de pais e avós deles. O futuro faz-se com eles, não connosco. Esta deve ser a lição a tirar desta conferência.Depois do almoco ainda houve apresentações de diversos livros: O Pijama, de Higina da Guia; As Lavadeira, suas lidas, de Maria Fernanda Simões; Azores, Nine islands, One History, de Susana Gou-lart; Politician of Portuguese Descent in California, de Alvin Graves (ainda não publicado); Portuguese Women of California, de Cristina Avila; O Cantico do Silencio, de José Luis da Silva; Capelinhos, a Volcano of Sinergies, por Tony Goulart.Nesta conferência também se discutiu os projectos dos Clubes Portugueses nos Liceus americanos.Em termos de organização só temos que aplaudir. O pior é o resto - a malta que faz falta.De salientar a ausência de qualquer representação do Consulado Português de San Francisco nos dois dias da Conferência. Estranho, não é? Ou não?

Elmano Costa, Jose Luis da Silva, Henry Escobar, Isabel Cabral-Johnson, Antonio Borba, Cristina Sousa e Manuel Bettencourt.

Henry M Escobar, nasceu no Faial e emigrou para a America aos 9 anos de idade. Tirou a sua licenciatura em 1972 na California State University, Stanis-laus e Mestrado no Chapman College, Orange, California. Actualmente é Su-perintendente do Distrito Escolar de Livingston.Isabel Cabral-Johnson nasceu na Ter-ceira, viveu em São Jorge antes de vir para a California aos 7 anos.

Tirou a Licenciatura na California State Universty, Stanislaus e recebeu o Mes-trado do Chapman’s University.É presentemente Superintendente do Distrito Escolar de Hilmar.Antonio Borba, nasceu em São Jorge e veio para a California aos 17 anos.Fez a sua licenciatura na California Sta-te University, Stanislaus, Mestrado na School Administration e doutorou-se em Educação na University of Pacific,

California.O seu currículo, tal como o dos seus colegas, é vastíssimo e depois de se re-formar da Superintendência do Distrito Escolar de Salida, voltou, a convite, à Universidade como Associate Professor in the Departmenet of Advances Stu-dies in Education, na California State University, Stanislaus.Parabéns aos três distintos professores.Serão sempre exemplos para muitos.

Esta malta jovem de Tulare agitou a noite primeira da Conferência com boa musica e disposição

Tulare sempre presente, agora em poesia. Foi só pena que para a malta mais velha, e como diria o nosso amigo Conselheiro, a nossa poesia lida em Inglês não sabe tanto a português.Embaixo - estes encontros de professores que houve na Conferência, não devem ser feitos anualmente. Seria bom haver mais, com mais partilhas de ideias. Todos ganhariam.

Mesmo com pouca gente, tudo o que se ouve, discute e partilhe é importante, só que a idade dos participantes tem de ser diferente. É preciso mais “networking”.Embaixo - mais uma homenagem aos jovens, poucos, mas muito bons.

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19COMUNIDADE

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20 15 de Abril de 2009COMUNIDADE

Festa de Santo AntãoStevinson

18, 19 e 20 de Abril de 2009Sábado, 18 de Abril 2009

11 am Formação do Pézinho. Acompanhando os seguintes cantadores - Manuel dos Santos, de Artesia, Adelino Toledo, de Hilmar, José Ribeiro, de Modesto e António Azevedo, de Hilmar. Tocadores - Pedro Reis, de Turlock e Dimas Toledo, de Turlock. A seguir ao Pézinho haverá o leilão dos animais oferecidos. Será servido caçoilha a todos os presentes na festa. 8 pm - 12 am Dança com Alcides Machado

Domingo, 19 de Abril de 2009

11 am Formação da Procissão do Salão para a Igreja de Santa Maria de Stevinson, com a Imagem de Santo Antão, acompanhada pela Filarmónica Lira Açoriana.

11:30 am Missa celebrada pelo Padre Domingos Machado. Terminada a Eucaristia terá lugar a Procissão até ao Salão, onde serão servidas as tradicionais Sopas e Carne. Durante a tarde haverá leilão das Ofertas

8 pm - 12 am Dança com Alcides Machado e Emily.

Segunda-feira, 20 de Abril de 2009

5 pm Abertura dos portões da Praça de Stevinson8 pm Corrida de Toiros com o cartel abaixo mencionado

1ª Corrida de Toiros da TemporadaToiros de Manuel do Carmo (3) e

Manuel da Costa Jr. (3)

CavaleiroSário Cabral

MatadoresFernando Ochoa

José Luis Angelino

Forcados Amadores de Turlock

Banda de LivinsgtonAdmissão - $20.00

“O objectivo desta Festa é construir um LAR PARA A TERCEIRA IDADE e continuar a oferecer BOLSAS DE ESTUDO para estudantes de Ciências Animais, além de apoiar a Paróquia do Santo Rosário e Santa Maria, conforme as suas carências”

Presidente Germano e Jacinta Soares

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21PATROCINADORES

FRATERNAL ACTIVITIES OF THE SOCIETY

Luso American Fraternal FederationSociedade Portuguesa Rainha Santa Isabel

APRIL 2009 LAFF

Date Time Council City LocationS a t u r d a y , 25th

6:30 pm Cocktails7:00 Dinner

23B-45C TracyP r e s i d e nt s Visit

I.P.F.E.S. Hall430 W 9th StreetTracy

MAY

Saturday, 2nd 7:00 pm 9:30 pm

All Luso members

are invited

IdahoP r e s i d e nt s Visit

Magic Valley Portuguese Hall625 E Ave FWendell, Idaho

Friday, 15th 7:00 pm 9:30 pm

All Luso members

are invited

F r e m o n t -Union CityP r e s i d e nt s Visit

SDES Hall30846 Watkins St, Union City, CA

S a t u r d a y , 16th

6:00 pm7:00 pm

All Luso members

are invited

San PabloP r e s i d e nt s Visit

Mapple Hall1 Alvarado Squa-re, San Pablo

Sunday, 17th 12:00 pm4:00 pm

All Luso members

are invited20-30’s

Testimo-nial

M o d e s t o /MantecaP r e s i d e nt s Visit

MRPS Hall133 N Grant StManteca, CA

Friday, 22nd 6:30 pm9:30 pm

All Luso members

are invited

ChinoP r e s i d e nt s Visit

Chino DES Hall5216 Riverside Drive, Chino

APRIL SPRSIS a t u r d a y , 18th

Sunday, 19th

5:00 pm No Host Cocktail

12:00pm

114122130140

SelmaP r e s i d e nt s VisitErika Car-doza559-307-7033

SPAA Hall1245 Nebraska Ave, Selma

Cost: $20.00 per person

LUSO AMERICAN LIFE

20-30’s Associate President Liz Alves, State President Liz Rodrigues, State Youth President Gary Resendes

Contact LAFF 925-828-4884

SPRSI Presidents:

Constance Brazil, Tisha Cardoza, Brianne Mattos

Festa de Nossa Senhora de Fatima de Oakdale

13-19 de Abril de 2009Presidente: Joe e Maria RodriguesVice-Presidentes: Duarte & Mary BentoSecretario: Mario RodriguesTesoureiro: Joe Parreira

Segunda-feira, 13 de Abril aQuarta-feira, 157:00 pm - Terço7:30 pm - Missa em Português

Quinta e Sexta-feiras 16, 17 de Abril6:00 pm - Confissões em Português7:00 pm - Terço7:30 pm - Missa em Português

Sabado, 18 de Abril7:00 pm - Missa em Português, seguida da Procissão de Velas

Domingo, 19 de Abril10:30 am - Missa em Português, seguida de Procissão. Depois será servido almoço a todos os presentes.Durante a tarde haverá leilão. Agradecemos as vossas ofertas para o leilão e também a vossa presença.O servico religioso estará a cargo de Fr. Luis Dutra, Pároco de Castelo Branco, Faial, Açores e Monsenhor Aloys Conrad Gruber

St. Mary’s ChurchC/O Pontiac & Oak Avenues, Oakdale, CA

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22 15 de Abril de 2009COMUNIDADE

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23PATROCINADORES

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24 15 de Abril de 2009TAUROMAQUIA

A Sorte de Varas discutidana TerceiraA jornada de promoção da importância da Sorte de Va-ras atingiu os objectivos propostos e desejados pela orga-nização da Tertúlia Tauromáquica Terceirense: a Tenta Comentada na Praça de Toiros Ilha Terceira contou com a presença de duas ou três centenas de aficionados e, à noite, o Auditório da Universidade dos Açores/Pólo da Terceira ficou a “rebentar pelas costuras”, tal a afluência de interessados nas palavras, afirmações e explicações ali transmitidas pelo saber e experiência de António Cas-tañares, escritor e jornalista, João Folque de Mendonça, ganadeiro/criador de toiros, Rafael Trancas, picador, e Gomez Escorial, matador de toiros.Arlindo Teles, presidente da TTT, situou neste tempo de contestação à Festa dos Toiros a necessidade da iniciativa para uma cabal percepção e defesa do que verdadeira-mente está em causa com a mais que provável legalização da Sorte de Varas pelo parlamento dos Açores, abrindo a conferência que prendeu até depois da meia noite as aten-ções duma plateia ávida de argumentos para cimentar, se tal era preciso, a convicção de que a Festa na Região apenas será grande se puder, efectivamente e à luz da lei e do direito, dispor do instrumento “medidor” da justeza da selecção nas explorações de criação de bravo e, nas praças, re-velador da autên-tica casta, bravu-ra e qualidade do toiro num ritual - o toureio - que se exige de profun-didade e entrega, de parte a parte.António Cas-tañares recuou no tempo para a perspectiva his-tórica da Sorte de Varas e a natural evolução do tér-cio ao longo dos últimos quatro séculos.Passo a passo, até chegar ao que hoje é a sorte de picar, o escritor espanhol deixou claro que apenas com as varas se atinge o “toreo de cante grande”, afinal o que milhões de aficionados nas praças de todo o mundo procuram e esperam de cada vez que ocupam os lugares nos tendi-dos.Na sequência lógica do pensamento e convicções expres-sas por Castañares, Gomez Escorial, matador de toiros, afiançou que a Sorte de Varas é, afinal, a essência do tou-reio.Toda a faena é baseada no acerto dos puyazos concreti-zados pelo picador. Se porventura o tércio não cumpre, a faena não passará dum sacar de passes, com maior ou menor técnica, com maior ou menor ilusão de bele-za e espectáculo, perante um animal que pouco ou nada transmite e exige do toureiro e, logo, não aquece a alma do aficionado, nem entusiasma o espectador.Rafael Trancas “saiu à praça” para falar do quão difícil é a arte de picar toiros, função onde há que dominar, simul-taneamente, o cavalo, o toiro e a vara.Para o mais requisitado picador português, a selecção do Bravo não faz sentido, nem possui real valia, sem a sorte de picar. A selecção passa pelo uso das varas. O exem-plo - disse - está no que de importante se produz com tal prática na Herdade de Adema, na selecção dos famosos e lendários “Palha”, da responsabilidade de João Folque de Mendonça.Antes de “chegar à corrida”, Rafael Trancas apontou a in-congruência da inexistência do primeiro tércio no espec-táculo em Portugal na medida em que, para seleccionar com autenticidade, é utilizada a vara de picar. O picador deixou no ar a questão de saber onde está a lógica de não picar os toiros se se picam as garraias...

... a corrida é muito mais que festa e espectáculo...Já “montado e pronto para exercer a função”, Rafael Trancas explicou como e onde devem ser os toiros pica-dos para que possam ser atingidos os verdadeiros objec-tivos da Sorte de Varas.Com propriedade, Trancas revelou que o toiro deve ser picado dois dedos atrás do morrilho, adiantando desde logo que “ só há orelhas se o picador fizer bem o seu trabalho” .Quanto às vozes daqueles que afirmam que o trabalho do picador é fácil, Rafael Trancas expressou a certeza de

que a função é bem complexa pois há que dominar, ao mesmo tempo, o cavalo, o toiro e a vara.Foi com autêntica paixão que João Folque de Mendonça, ganadeiro/criador de toiros, defendeu o uso e a prática da Sorte de Varas, tanto na criação e selecção de Bravo no interior das ganadarias, como nas praças de toiros.O responsável da Adema e do ferro “Palha”, para quem a corrida é muito mais que festa e espectáculo, não tem dú-vidas de que apenas a sorte de picar pode revelar em toda a verdade e autenticidade o ritual em que o toiro mostra a casta, a bravura e a qualidade na procura da investida (luta) contra a muleta.Muito ao contrário do que possa ser interpretado como forma de “facilitar” a tarefa do toureiro/matador, a Sorte de Varas desperta o toiro, torna-o mais atento, mais acu-tilante e perigoso, e, como tal, sublima o ritual, valoriza o espectáculo, emociona o aficionado, no fundo, torna verdadeiro e autêntico o binómio vida/morte, encarado de frente, sem falsos pudores ou morais duvidosas.A vasta assembleia no Auditório da Universidade dos Açores não se limitou a ouvir falar os mestres. Interveio como se impunha, colocou questões, dúvidas, pediu es-

clarecimentos sobre um ou outro porme-nor, deixando a garantia, e outra situa-ção não seria de esperar, de que a reposi-ção da Sorte de Varas é de-sejada e com celeridade.Nesse sentido m a n i f e s t a -ram-se tam-bém vários d e p u t a d o s a ç o r i a n o s presentes na conferência.

De todos os que usaram da palavra sobressaiu a promes-sa de que, à semelhança do que já haviam feito em 2003, contribuirão com trabalho e voto para a reposição da Sorte de Varas.Para que se aperceba a noção da importância e abrangên-cia das intervenções dos deputados presentes na plateia do Auditório da Universidade dos Açores/Pólo da Ter-ceira, havia-os de ilhas tão distantes como Santa Maria e Corvo.

Mário Aguiar Rodrigues

in aunião.com

NOTA - um agradeci-mento ao nosso amigo e aficionado Mario Rodri-gues, da Terceira, que ao escrever este artigo nem sabia que o mesmo iria ser apreciado nestas banda do Pacifico onde de vez em quando ain-da se brinca (e bem) aos toiros. Claro que nunca teremos sorte de varas na California, a não ser nas tentas, e é por isso que a selecção das nossas vacas tem de ser muito criteriosa para podermos ter materia prima boa.A California já teve a oportunidade de ouvir o grande ganadero João Folque de Mendonca, que também esteve na Terceira, numa Noite Tauromáquica, realizada em Turlock. Os aficionados da Tercei-ra devem estar satisfeitos pelo sucesso da Confe-rencia.Assim se faz festa brava.Parabéns.

jose avila

... apenas a sorte de picar pode revelar em toda a verdade e au-tenticidade o ritual em que o toi-ro mostra a casta, a bravura e a qualidade na procura da investida (luta) contra a muleta.

João Folque de Mendonça

Tiro o meu chapéu ao real-izador do documen-tario sobre a vida do matador de toiros El Fandi. Vale a pena comprar ou arrendar o DVD, para perce-bermos ainda melhor, o que é a vida de um matador aos 21 anos, que para ser alguém no mundo dos toiros, os sacrificios que são necessários fazer.

As tentas já mexem por todos os lados do nosso Vale de San Joaquin. Que pena que tenho não ter o dom da ubiquidade, isto é, poder estar presente em todos elas ao mesmo tempo.

Tiro o meu chapéu aos organizadores da Conferencia sobre a Sorte de Varas realizada na Terceira. Se não forem os aficionados a pugnarem pelos seus direitos, não serão os políticos que farão alguma coisa a favor da Festa. A maioria deles nem são aficio-nados. E se alguns vão apoiar a ideia é só porque tem medo de perder o seu lugar na Assembleia. Os politicos (muitos) são piores que os toiros. Os toiros investem nobremente para se defender, os políticos apoiam porque tem medo de perder o tacho. O que eles sabem, a mim já me esqueceu.

Agora com a crise em Portugal a apertar, vocês nem fazem ideia dos telefonemas que se recebem na California de artistas a oferecerem-se para tourear nas nossas praças. Mesmo com o dólar fraco e a crise a latejar, somos sempre uma grande nação, uma grande força de trabalho e uma grande aficion. Dólar é dólar, o resto são....cantigas. Dias melhores virão.

A primeira pega de um futuro forca-do - um dia tem de ser, nem que seja a um carneiro como se fazia na Graciosa. Chama-se Justin Martins.

Quarto Tércio

José Á[email protected]

Page 25: Tribuna Abril 15

25PATROCINADORES

VISITAS OFICIAIS PARA O MÊS DE ABRIL

April 17, 2009 – 6:30 PMOfficial Visit, Co. #15, San Francisco. Tel: 415-731-3002 Aril 18, 2009 – 7:00 PMOfficial Visit, Co #1, San Leandro. Tel: 510-814-0697 April 19, 2009 – 12:30 PMOfficial Visit, Co #24, Stockton. Tel: 209-477-6441

April 25 Saturday Official Visit, Co #37 Monterrey Tel: 831-758-9709

15 de Maio : 6:00PM – Official Visit, Co. # 99 (with Co. #68)Gustine Tel: (209) 854-6604 6.:00PM – Official Visit, Co. #68 (with Co. #99) Newman Tel: (209) 862-2405

Maio

Page 26: Tribuna Abril 15

26 15 de Abril de 2009ARTES & LETRAS

Diniz [email protected]

Apenas Duas Palavras

O nosso amigo Diniz Borges foi às Ilhas e eu aproveitei para lhe roubar este espaço cultural do nosso jornal e se

mais espaço houvesse mais poesia eu teria escolhido para comemorar os 35 anos da mudança de um país adormeci-do durante 48 anos.O meu 25 de Abril começou meses an-tes. Estava a estudar na nova Universi-dade de Aveiro e vivia na Costa Nova, mesmo em frente à praia. Eu e o meu amigo Carlos Carepa, hoje residente no Faial. Num dia de Inverno de 2007, ba-teram à porta e então eu vi um jovem Policia fazer-me continência e chamar-me Tenente, “O nosso Comandante pre-cisa falar com o meu Tenente.” Aí eu compreendi que a minha sorte de nunca ter ido à Guerra do Ultramar devido à alta classificação que tive no Curso de Oficiais em Mafra em 1966, tinha acabado naquele momento.Guia de marcha para Mafra. Curso de Capitães. Eu era o mais novo de todos. Tinha só 28 anos. Encontrei o meu an-tigo Comandante da Terceira como se-gundo Comandante de Mafra. Éramos muito amigos. Comíamos quase sempre juntos na mesma mesa, enquanto de-corria uma instrução toda feita a laser. Nunca atirei um tiro.Em Fevereiro de 1974, comecei-me a aperceber do interesse que muitos capi-tães tinham para comigo por causa da amizade que eu nutria com o segundo Comandante. Eu não percebi na altura.Foi preciso o 25 de Abril para eu com-prender toda essa intriga.O resto da história fica para um outro 25 de Abril.A poesia também é liberdade.

jose avila

Esta é a madrugada que eu esperavaO dia inicial inteiro e limpoOnde emergimos da noite e do silêncioE livres habitamos a substância do tempo

Sophia Andresen

25 de Abril

Esta é palavra que aguardavatrinta anos volvidos e mais trêsé a madrugada continuada, hoje e sempre e outra vez, em que nós livres nos revemos, na primordial razão d’Abril amanhecer.

Mel de Carvalho

Eu Sou Português Aqui

Eu sou português aquiem terra e fome talhadofeito de barro e carvãorasgado pelo vento norteamante certo da morteno silêncio da agressão.

Eu sou português aquimas nascido deste ladodo lado de cá da vidado lado do sofrimentoda miséria repetidado pé descalçodo vento.

Nascideste lado da cidadenesta margemno meio da tempestadedurante o reino do medo.Sempre a apostar na viagemquando os frutos amargavame o luar sabia a azedo.

Eu sou português aquino teatro mentirosomas afinal verdadeirona finta fácilno gozono sorriso dolorosono gingar dum marinheiro.

Nascideste lado da ternurado coração esfarrapadoeu sou filho da aventurada anedotado acasocampeão do improviso,trago as mão sujas do sangueque empapa a terra que piso.

Eu sou português aquina brilhantina em que embrulho,do alto da minha esquinaa conversa e a borrascaeu sou filho do sarilhodo gesto desmesuradonos cordéis do desenrasca.Nasciaquino mês de Abrilquando esqueci toda a saudadee comecei a inventarem cada gestoa liberdade.

Nasci aqui

ao pé do marduma garganta magoada no cantar.Eu sou a festainacabadaquase ausenteeu sou a brigaa luta antigarenovadaainda urgente.

Eu sou português aquio português sem mestremas com jeito.Eu sou português aquie trago o mês de Abrila voardentro do peito.

José Fanha

Abril de Abril

Era um Abril de amigo Abril de trigoAbril de trevo e trégua e vinho e húmusAbril de novos ritmos novos rumos.

Era um Abril comigo Abril contigoainda só ardor e sem ardilAbril sem adjectivo Abril de Abril.

Era um Abril na praça Abril de massasera um Abril na rua Abril a rodosAbril de sol que nasce para todos.

Abril de vinho e sonho em nossas taçasera um Abril de clava Abril em actoem mil novecentos e setenta e quatro.

Era um Abril viril Abril tão bravoAbril de boca a abrir-se Abril palavraesse Abril em que Abril se libertava.

Era um Abril de clava Abril de cravoAbril de mão na mão e sem fantasmasesse Abril em que Abril floriu nas armas.

Manuel Alegre

Liberdade

Viemos com o peso do passado e da sementeesperar tantos anos torna tudo mais urgentee a sede de uma espera só se ataca na torrentee a sede de uma espera só se ataca na torrente

Vivemos tantos anos a falar pela caladasó se pode querer tudo quanto não se teve nadasó se quer a vida cheia quem teve vida paradasó se quer a vida cheia quem teve vida parada

Só há liberdade a sério quando houvera paz o pãohabitaçãosaúde educaçãosó há liberdade a sério quando houverliberdade de mudar e decidirquando pertencer ao povo o que o povo produzir.

Sérgio Godinho

25 DE ABRIL

Depois de retiradas as mordaças,Sorrisos se abriram, iluminados,Por não sentirem mais as ameaças,Dos anos que viveram flagelados. Todo cano de qualquer espingarda,Por cravo vermelho fora adornadoE a revolução desencadeadaEnterrou a repressão no passado. Nas ruas, um mar de gente felizCantava pelos cantos da cidade...Juntavam-se às tropas, os civis,Num grito de vitória e liberdade. Pelas partes da Baixa e do TerreiroMarcharam, com esperança no futuro,Deixando para trás o lamaceiroDa história, daquele tempo obscuro. Muita gente alegremente acenava,Saudando aquele povo varonilQue por uma Pátria livre marchava,Na luta do vinte e cinco de abril.

Lenya Terra

A Rapariga do País de Abril

Habito o sol dentro de tidescubro a terra aprendo o marrio acima rio abaixo vou remandopor esse Tejo aberto no teu corpo.

E sou metade camponês metade mari-nheiroapascento meus sonhos iço as velassobre o teu corpo que de certo modoé um país marítimo com árvores no meio.

Tu és meu vinho. Tu és meu pão.Guitarra e fruta. Melodia.A mesma melodia destas noitesenlouquecidas pela brisa no País de Abril.

E eu procurava-te nas pontes da tristezacantava adivinhando-te cantavaquando o País de Abril se vestia de tie eu perguntava atónito quem eras.

Por ti cheguei ao longe aqui tão pertoe vi um chão puro: algarves de ternura.Quando vieste tudo ficou certoe achei achando-te o País de Abril.

Manuel Alegre

Afinaloquefoio25deAbril? O que aconteceu de tão importante nessa data?

Eu vou explicar:

Antes do dia 25 de Abril de 1974, o nosso país vivia mergulhado na tristeza e no medo. Durante mais de 40 anos, quem governou Portugal até esse dia foi Salazar e, logo a seguir, Marcelo Caetano. Não havia democracia, não se realizavam elei-ções livres e ficavam sempre os mesmos a mandar. As pessoas não tinham liberdade para dizer o que pensavam sobre o go-verno. Havia a PIDE, uma polícia política que vigiava, prendia e torturava quem tivesse ideias contrárias às do governo.

Com o 25 de Abril, mudou muita coisa no nosso país: acabou a ditadura e começou a democracia. O povo português passou a ter liberdade porque aconteceu uma revolução, a Revolução dos Cravos. O povo saiu à rua para comemorar a festa da Democracia, com os soldados que nos libertaram da Ditadura. Toda a gente se abraçava. Os soldados colocaram cravos nos canos das suas espingardas, simboli-zando uma mudança pacífica de regime. Muitos distribuíam cravos vermelhos. As pessoas gritavam «O POVO, UNIDO, JAMAIS SERÁ VENCIDO».

Por este motivo, o dia 25 de Abril foi declarado «DIA DA LIBERDADE» e é feriado nacional.

António Pedro (3ºano) 23 de Abril de 2004

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portugueseS e r V i N G T h e P O r T u G u e S e – A M e r i C A N C O M M u N i T i e S S i N C e 1 9 7 9 • e N G L i S h S e C T i O N

How beautiful is the color of l iberty!

Five Wounds School will close down after 49 years

Dia de Petas

Ideiafix

Miguel Valle Á[email protected]

Rev. Don Morgan new Pastor for Five

Wounds Church

Rev. Donald Morgan has been appointed Pastor of Five Woun-ds National Portuguese Parish by the Most Reverend Patrick J. McGrath, Bishop of San Jose. The appointment is effective July 1, 2009. Father Morgan is the ol-dest of four children of Mary and the late William Henry Morgan. He was born April 6, 1947 in Montreal, Canada and attended St. Brendan Elementary School, Cardinal Newman High School, Assumption University of Wind-sor and the University of Toronto where he earned B.A. and B.Ed. degrees.

His parish affiliations have in-cluded St. Brendan’s (Montreal), Our Lady of the Assumption (Windsor, Ontario), St. Swithin’s (Southsea, England), Holy Rosa-ry (Toronto), Holy Family (San Jose) and Sacred Heart (Sarato-ga). Father Morgan is currently Parochial Vicar of St. Simon’s Parish in Los Altos.Father Morgan was a religion te-acher for 30 years in various Ca-tholic Schools in Canada and the United Kingdom. As a teacher of religion he felt most happy when passing on the truths of the Ca-tholic faith to others. He was involved in pastoral roles of student care and retreat ministry.Father Morgan was always very involved in the liturgical life of the Church. “I feel very close to God whenever I have the oppor-tunity to join with others in praising God at the Eucharist and the Liturgy of the Hours,” he said.Father Morgan began formal theological studies for the priesthood in 2002 at the Franciscan School of Theology at the Graduate The-ological Union in Berkeley. In 2004, after being accepted as a can-didate for priesthood by the Diocese of San Jose, he continued his studies at Saint Patrick’s Seminary at Menlo Park. He served as a deacon at Sacred Hear Parish in Saratoga in 2006. He was ordai-ned priest by Bishop Patrick McGrath on May 26, 2007.Father Morgan enjoys serving as a priest in the Diocese of San Jose. “I love the parish life here, the wonderful involvement of the laity in the life of the Church and its multi-cultural character,” he said. “The Portuguese Catholics of the Bay Area have made a unique contribution to the life of the Church in the Bay Area with their strong faith, devotion to the Church, and their special cultural expressions of worship and liturgy. Five Wounds Parish Church is certainly one of the most beautiful churches in the Diocese of San Jose. It is an architectural treasure and is a landmark of faith in the busy world of Silicon Valley. The people of Five Wounds have so much to offer the community,” he continued.Father Morgan has already met with the Parish Council of Five Wounds Portuguese National Parish which is currently working on a parish mission statement and vision for the future. “I am looking forward to serving with the people of Five Wounds,” he said.

April 25, 1974 would not be any ordinary day. My pa-rents and my younger brother were in mainland Por-tugal. I was along with my little sister staying with our grandparents on Terceira Island. As a 5-year-old, I don’t exactly remember that historic day, but I do remember the days and months that preceded and followed it.How life was before: How my dad would order books through the mail (almost three decades before Ama-zon.com) prior to their official censorship board re-view. How my grandfather would listen to BBC and other freedom radios on short wave radio with plenty of static and an occasional fine tuning of the anten-na (not all radio stations reached the middle of the Atlantic) to listen to the unfiltered news. How my dad established Velas, São Jorge’s first art gallery and used it as a front for a bookstore after his request for a bookstore was rejected by the Portuguese govern-ment and named it after a famous native of that island who most people didn’t even know — composer and maestro Francisco Lacerda. How my parents would organize cultural events in the most remote of São Jorge’s villages — I still remember listening to Carl Orff’s “Carmina Burana” for the first time at age 3 or 4.On the day: My parents and my brother had joined the crowd on the streets of Lisbon to welcome the Portuguese Army and courageous Captain Salgueiro Maia from the Practical School of Cavalry in Santa-rem in freeing Portugal of 48 years of dictatorship. My brother turned to my parents after seeing the ar-

tillery blocking the streets and said “Vamos p’ra casa!” (Let’s go home!).How life was after: Upon my parents’ return to Terceira, I was marveled by my brother’s little drawings, posters, and stickers of that wonderful day in Portuguese history. I remember having to be extremely quiet while my dad was recording important speeches from politicians over the ra-dio. I remember going to downtown Angra do see President then-General, António de Spínola and I was fascinated by his monocle. I started imita-ting politicians; in a mock debate, I played Álvaro Cunhal, then communist leader, while my brother played Mário Soares, future Prime Minister and President. Some vandalism marked my memory—the burning of the Portuguese Communist Party’s building in Angra. A few years later, I mourned as then-Prime Minister Francisco Sá Carneiro, the Social Democrat leader, and Defense Minister Adelino Amaro da Costa were killed in a still not fully explained plane “accident” at Camarate, just outside Lisbon’s Portela International Airport.To this day, when I hear Zeca Afonso’s “Grândola Vila Morena” (the song that signaled the begin-ning of the Carnation Revolution), read Manuel Alegre’s “Trova do vento que passa” or Jorge de Sena’s “Cantiga de Abril” (“Qual é a cor da liber-dade?”/What’s the color of freedom?), a chill still runs through my spine. How beautiful is indeed the color of liberty! Viva o 25 de Abril SEMPRE!

Bishop Patrick J. McGrath issued a letter, March 26, to parents and teachers of Five Wounds Scho-ol in San Jose, and also to pastors, principals and diocesan employees explaining the closure, at the conclusion of the current term, of Five Wounds Ca-tholic elementary school. The bishop wrote: “Five Wounds Elementary School has struggled with low enrollment for a number of years. Despite recent dedicated efforts to attract and retain students, the school’s student population has continued to de-cline. Sadly, this development, taken together with the resulting financial situation, make it impossible for the school to continue beyond the present term.“Our first priority over the next few weeks will be to assist all families who wish their children to con-tinue their elementary education in a Catholic scho-ol. There is room in our neighboring schools, and those communities look forward to welcoming the current Five Wounds School students for the 2009-2010 school year. We will also be assisting the tea-chers at Five Wounds School to seek employment at other Catholic schools in the diocese.“I am grateful to the entire school community — fa-culty, parents, students, alumni, and friends, as well as the parish clergy and the diocesan Department of Education, for their dedication to Five Wounds School, especially during these past few challen-ging years.“Let us move forward in a spirit of cooperation, so that this season of spring may be a time of sharing memories and saying good-bye in ways that honor the school and its history.”The school was founded by Rev. Mario B. Cordeiro in 1960 as part of the Five Wounds Portuguese Na-tional Parish.

Portuguese Tribune launched surveyThe Portuguese Tribune is collecting personal sto-ries of students, faculty, staff, family members, and supporters of the Five Wounds School via an onli-ne survey at that can be accessed on the Tribune’s website.Within 48 hours of launching the survey, 51 peo-ple have responded (74% students, 10% supporters, 10% parents/grandparents, 4% staff, 2% faculty).A student who attended the school from 1996 throu-

gh 2005, shared that “All my years at Five Wounds are fond memories. I spent the majority of my life attending Five Wounds and I’m thankful that Five Wounds served as a foundation for my life. And I couldn’t be more thankful for the friends that I made at Five Wounds. I know for a fact that the friendships I made at Five Wounds will never fade and it brings me joy to think about all our fun times together during class and at school functions like the carnival, retreats, and field trips.” She further stated that “I can definitely say that all the teachers at Five Wounds had a positive influence within my life. Looking back throughout my years, the tea-chers that have had the most impact are: Ms. Ja-ramillo (kindergarten), Ms. Donnelly (3rd grade), Mrs. Harris (6th and 7th grade), Mr. Hanson (8th grade), Mr. Siberts (History), and Mr. Encarnacao (Math).”Another student from 1986 through 1990 shared that “The family like feeling I experienced with the students and teachers at the school. Everyone prac-tically knew each other and we partook in so many different activities together such as choir, attending theatrical performances, learning to play the flute, talent shows, religious plays, Portuguese language class, and sports. It really was a well rounded lear-ning experience.” As for who shaped her life, the answer was “The Nuns. They always impressed me with their wide array of abilities and interest for the students. From Sister Julia’s leadership skills to Sis-ter Irene’s stern yet concerned demeanor to Sister Fatima’s passion for music. They all played a major role in shaping our academic lives.”

When asked about the potential future of the Five Wounds School grounds, the respondents chose:

61% Portuguese language school52% as a youth center50% music learning center40% senior center (day assistance)39% community center32% independent/charter non-Catholic school23% homeless shelter (St. Isabel’s Kitchen)23% retired religious residence18% senior assisted living18% small business center

Our April 1st edition included a couple of April Fool’s Day jokes. Unfortunately, the announcement of Fr. Mancuso’s departure from Five Wounds Church was not one of them, but the other two “sto-ries” on this page were only partially true.The Luso-American Education Foundation will continue its edu-cation conference into its 34th edition at UC Berkeley next year. The teachers’ cruise is accurate. The “story” of a University of Porto graduate taking on Facebook for infringing on its “mexeri-co” idea was made up.All in good fun for April Fool’s! Miguel Valle Ávila

English section editor

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28 15 de Abril de 2009ENGLISH SECTION

Amanda Borge exhibits at SCU

31 years of União Popular

Amanda Borges, the 2008 Portuguese Tribune Inspiration of the Year and graduating senior at Santa Clara University, held a joint exhibit at the university’s Department of Art last April 1, 2009.The talented Portuguese-American artist explored love’s little moments with acrylic on canvas paintings and a photographic montage.“4 deadly reasons for not breaking up” (acrylic on canvas), “Friendly date” (color photography), “Clasp” (acrylic on canvas), and “Are you in love with me now? Are you in love with me now?” (acrylic on canvas) showcased Amanda’s artistic techni-ques before a group of fellow artists, faculty members, family, and admirers.Amanda has previously shown her art at the Dia de Portugal festival.The Portuguese Tribune appreciates the invitation to the exhibit, congratulates Amanda on her graduation, and wishes her continued success.

PALCUS MixerOne of the three existing Portuguese marching bands in San Jose, Sociedade Filarmónica União Popular, celebrated its 31st anniversary on Sun-day, April 5, 2009.Mass was celebrated at Five Wounds Portuguese National Church by Rev. António Reis. During the second collection, a group of young musicians from the band played a beautiful piece from the old choir.Following Mass, the band members exited the church where other bands were awaiting — Por-tuguese Band of San Jose (Banda Velha), So-ciedade Filarmónica Nova Aliança of San Jose, Filarmónica União Portuguesa of Santa Clara,

Nova Artista Açoreana of Tracy, and Lusitania Band of the North Bay.União Popular’s board of directors is presided by Francisco Aguiar, vice president Regina da Rosa, secretaries Raul Marques and Maria Azevedo, treasurers Elio Azevedo and Tania Azevedo, musical directors Jose da Silva Jr. , Eduardo Fer-reira, Maria do Ceu Marques, directors Fernando Silva, David Sousa Jr., Manuel Alves, and Roge-rio da Rosa, and maestro Henry Ramos.Congratulations to União Popular for another an-niversary and for keeping our Portuguese musical traditions alive.

“Senhor dos Passos” Procession

Five Wounds Portuguese National Church holds the procession of “Senhor dos Passos” on the fourth Sunday of Lent where different statues of Jesus Christ on His way to the Calvary are revered by the faithful.This year’s procession took place on March

29 and followed the normal route — church to IES Chapel to Five Wounds Lane to 28th Street returning to the church for a special blessing by Rev. Tony Mancuso, church pastor. The youth had carpeted the route with colored bark with religious symbols.

On April 2, 2009, the Portuguese American Leadership Council of the United States (PALCUS) hosted a business mixer at the Portuguese Historical Museum in San Jose’s Kelley Park.Torben Rankine, country manager for the Leadership Business Con-sulting, spoke on the consulting services that his firm offers. Leader-ship Business Consulting, a Portuguese company with headquarters in Lisbon and offices in Madrid, Luanda, Johannesburg, and San Fran-cisco, is an international management consulting company committed to assuring the highest possible standards of quality and professional conduct through the delivery of personalized services.Nelson Ponta-Garça, Portuguese Tribune’s columnist, music teacher, TV host, and entrepreneur, also addressed the diverse audience of PALCUS guests.The Portuguese Historical Museum opened in the evening specially for this event.

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29ENGLISH SECTION

Manjericão - portuguese for basil

California Chronicles

Ferreira Moreno

Basil, an herb with aro-matic leaves which are used as seasoning, is called manjericão in

Portuguese. Curiously, in the-Azores Islands, there is a popular folk dance named Manjericão, which dates to the islands ear-ly settlement. Most of the lyrics include the word manjericão, but the music and dancing steps vary from island to island, particularly on the islands of St. Miguel, St. Jorge, Faial, Flores and Pico. In addition to the originality and vivacity of its music and chore-ography, the dance holds a high place among the most favorite and cheerful Azorean folk dan-ces. Some of the lyrics are ex-pressions of love, romance and mystery, such as: No flower can be compared with the basil’s flo-wer; it has charm and fragrance which delights the heart. The flo-wer of the basil opens up at ni-ght, so it will not reveal its lover’s name. According to Jenny Linford (A Pocket Guide to Herbs), basil was thought to be native to India and the Middle East, but it is now cultivated around the world, with many varieties available. There are a number of ancient beliefs and myths associated with basil. It was said to have grown around Christ’s tomb after the Resurrec-tion, and was seen as a symbol

of love. It also had a darker side, thought to breed scorpions, and the ancient Greeks and Romans associated it with poverty and misfortune. In culinary terms, basil is parti-cularly linked with Mediterra-nean cuisine, where it adds its aroma to dishes such as tomato salads, pasta sauces, garlic, pine nuts, Parmesan cheese and olive oil. Historic medicinal applica-tions of basil range from a diges-tive aid to a cough mixture. Apparently, basil was once consi-dered to be a sacred herb. Accor-ding to Maguelonne Toussaint-Samat (History of Food), women were not allowed to pick it, and the gathering process was a ritual. The officiating priest had to puri-fy his right ha’id with water from three different springs, sprinkled with an oak branch. He had to be dressed in new garments, without anything made of metal about his person. Basil is a sensitive herb. It must be used fresh, because it loses most of its character when dried. It is a very fragile plant and must be used with care. Cooking spoils it, so it is. best used raw, eith.er whole, chopped or crushed. Basil is called “pistou’’ in Provence be-cause it is the principal flavor in “soupe au pistou’’ (pistou means pounded). It is very tasty in sala-ds, patés and tomatoes.

Basil is also a name for a male in-dividual. In Portuguese it is spel-led Basilio. O Primo Basilio (Cousin Basil) is one of several literary works written by Eca de Queirs (1845-1900), a Portuguese author. Deserving special reference is St. Basil the Great (329-379), Arch-bishop of Caesarea, Doctor of the Church and Patriarch of Eastern Monks. He was one of a family of ten children. His eldest sister was St. Macrina, his second bro-ther St. Gregory of Nyssa, and his youngest brother St. Peter of Sebaste. His parents were St. Ba-sil Senior and St. Emmelia, and his grandmother St. Macrina the Elder. The monks and/or priests who follow the Rule of St. Basil the Great are traditionally called Ba-silians. It was St. Basil who first set up the innovative concept that cenobitic or community life was superior to the eremitic life of the isolated hermit. He also believed that fasting and austerities should not interfere with prayer or work, that work should form an integral part of monastic life, not merely as an occupation, but for its own sake and in order to do good to others, and that monasteries should be near towns. All this was a new departure in monachism. According to the Encyclopedia britannica, St. Ba-

sil established a rule of life stric-tly cenobitical, with common prayer seven times a day, com-mon work, and common meals. It was, in spite of the new ideas, an austere life, of the kind called contemplative, given up to prayer, the readings of the Scriptures, and hea-vy field work. Basilian monachism spread from Greece to Italy, and more impor-tantly to Russia, whe-re it became the norm of monachism for all the Slavonic lands. In Moscow’s Red Square stands St. Basil’s Cathe-dral, considered to be one of Moscow’s histo-ric and artistic treasu-res. In Vallejo, Califor-nia, there is St. Basil’s parish church, founded in 19141. A teaching order of Ba-

silians was established in France in 1802, later spreading to Cana-da and the United States. From 1978 to 2005, the Basilian Fathers taught at Bishop O’Dowd High School in Oakland, California.

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30 15 de Abril de 2009

Because of recent news that Five Wounds Ca-tholic School has its closing in 2009, I wan-

ted to take this opportunity to re-cognize a former teacher named Sister Helena and voice on the current state of California’s edu-cation.

Sister Helena was a vivacious third grade teacher and vice-principal at Five Wounds Catho-lic School. She was known for her Irish accent, green-collared shirts, and operatic voice. She was strict in her methods while being a friend to her students. It has been roughly fifteen years since the last time I saw her, yet I often think about her as one of my best teachers.

On the last day of school, I stayed after class as usual and helped Sister Helena pack up and prepa-re for the following year. She as-signed me to clean out an arts and

crafts cabinet and allowed me to take home many goodies. In the time I was helping her, she talked to me about the importance of studying, keeping good grades and going to college. Even more, she told me to keep writing. She mentored me in ways that I ne-eded at that time and helped me believe in myself. I was too young to appreciate the importance of our conversation. Somehow, her words bonded to my brain like cat fur on black pants and I ended up taking her advice. A few years la-ter I found out she died of ovarian cancer. When I found out, I rea-lized what an affect this woman had on my young mind and how grateful I really am to her. Unfor-tunately, today our children are losing inspirational teachers like Sister Helena in California.

On that note, the California Department of Education gave 26,500 California teachers layoff notices (pink slips) on March 15,

2009. According to the Seattle Times, officials claim many, if not most, of early lay-off notices could be lifted by June. Even more, school districts across California expect a whopping $8 billion in further cuts over the next year. What exactly is California doing? If we lose te-achers, we fill up classrooms. If the classrooms are too full, stu-dents lose quality education that will later affect their capacity to compete in the real world. If lay-offs are not lifted in June, the state of California’s youth faces a grim future.

This is serious business. Ameri-can students already fall behind in mathematics and sciences in comparison to India and China. In the book, The World is Flat, by New York Times columnist and author Thomas Friedman, is a closer look at exactly how far behind the U.S. is technologi-cally to Asia. He proposes that

teachers introduce and promote more vigorously opportunities for students to find interest in mathematics and sciences. With an $8 billion blow to California’s schools, it will be a while befo-re children can compete in the global work force. It is difficult to picture the future because it is unknown, but we must make an effort to prepare children for their futures. Taking their rights to a valuable education is an insult to students. Laying-off teachers, cutting successful programs and over-crowding classrooms causes

a backward shift in education. How can we expect children to be successful in the future, if they do not have the opportunities?

We need to pay close attention to how the lay-offs are affecting children. Furthermore, we need to stand behind teachers who are now also facing a grim future. Lastly, we must voice our opinion to our government by writing let-ters to our Representatives and Senators. The recession is awful, but do not let it affect the quality of education children receive.

Portuguese Language Camps at Concordia Language Villages

ENGLISH SECTION

Do meu Jardim

Alicia Filomena [email protected]

Last summer, Portuguese was added as the 15th “Village” at Concordia Language Villages. The mission of Concordia Language Villages focuses on “preparing young people for responsible citi-zenship in our global community.” The organi-zation has been in operation for nearly 50 years in the State of Minnesota and operates its villages in pristine campgrounds in the North Woods of the State as well as at a beautiful camp site near Savannah, Georgia. In the midst of nature, Con-cordia provides language camps in 15 different languages for approximately 10,000 students each summer. Since last year, Portuguese has been among these languages and the village is called Mar e Floresta.After a very successful inaugural year in the summer of 2009, the Mar e Floresta Portuguese Language Village will offer several options for “villagers,” as the participants are known at the camp, to participate in this exciting opportunity of learning Portuguese language and culture in a relaxing, culturally enriching camp atmosphere. Below are the program options and schedule by age group and cost, for these programs:

The High School Credit program listed in the schedule above provides students with credits equivalent to a one-year study of the language. In most cases high schools across the nation accept these credits toward the total number of units that the student needs to graduate. Since these pro-grams are also accredited, students may use these units to meet university entrance requirements for foreign language study.

Financial Aide/Scholarships

Thanks to the generosity of donors, merit scho-larships are available and Mar e Floresta is spon-soring an essay contest funded by the Fundação Luso Americana para o Desenvolvimento (FLAD) of Portugal which offers multiple $1,000 scholar-ships to participants in this summer’s camps. For more information about the contest, please con-sult the following URL:http://www.concordialanguagevillages.org/new-site/Registration/Scholarships/portuguese_con-test.php

Program Focus and Highlights

The program for the Mar e Floresta Portuguese Language Village was carefully crafted to provide the “villagers” with an overview of Portuguese as a global language and as such it attempts to have students experience the languages and cultures of the entire Portuguese- speaking world. The cur-riculum development process for Mar e Floresta was guided by an Advisory Board that included two members from California, Professors Diniz Borges and Duarte Silva.Like all of the other Villages at Concordia, Mar e Floresta focuses on providing rich, authentic, experience-based learning activities that engages the students in using the language and participa-ting in cultural activities. The activity-based pro-gram is augmented with formal learning sessions in small group settings and facilitated by langua-ge counselors that have been prepared to deliver the curriculum in an interactive manner.

Acquiring Portuguese in a Safe and Po-sitive Learning Environment

Each of the 15 villages at Concordia, and Mar e Floresta is no exception, offer a very safe envi-ronment that is conducive to learning and igniting students’ enthusiasm about the language and cul-tures they are studying as well as the nature that surrounds them. The villages become authentic oases for learning not only about the languages and cultures they are studying, but about how to respond creatively and critically to issues that transcend national boundaries. All of this indeed prepares them to become responsible global citi-zens.

Additional information

Parents who wish to enroll their children in the Mar e Floresta Portuguese Language Village may download a registration form at this URL: http://www.concordialanguagevillages.org/newsite/Re-gistration/assets/registration_forms/SummerYou-th_Registration_fillable.pdf

For general information about Concordia Langua-ge Villages, please logon to: www.Concordia-LanguageVillages.org and for specific informa-tion about Mar e Floresta, please contact Janice Wahlstrom, at [email protected] or 651-647-4357, ext. 302.

Every Sunday before 5:30pm Mass, Fr. Tony paces up and down the sidewalk in front of the church, praying with rosary beads in hand. He constantly has a joyful smile that no one can ignore.As Saint Francis of Assisi once said, “Preach always. If necessary, use words.”Fr. Tony’s actions changed many people without him saying anything.Fr. Tony’s service at Five Wounds has been of humility, respect, and love. Even his name exudes informality as he places himself at the people’s level. As a good leader, he has done what many people thou-ght was impossible: achieved unity through humility and love.I will always remember his incredible reverence during Mass and his world class sermons. His words have penetrated the hearts and souls of many, especially mine. I’ll never forget his stories and cliff hangers that left parishioners in a state of reflection and meditation. Because of this, the 5:30pm Mass has increased in attendance and I have been told by parishioners that the Mass and Fr. Tony have inspired them and gi-ven them hope. His positive attitude leads us towards seeking a deeper relationship with God and selfless love for others.Fr. Tony will be missed by all parishioners and the surrounding community. Through his prayers and actions, he has taught us to love God and our neighbors. With this inspiration, let us move forward in serving others with same great love.Thank you, Fr. Tony, for your service and friendship.

Franklin Soares

A Tribute to Fr. Tony

California is backtracking

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31PATROCINADORES

Compre um livro português de dois em dois meses e verá que se sentirá mais feliz

Torneio de Golfe do Portuguese Athletic Club em colaboração com Franklin Oliveira

Dia 16 de Maio de 2009

Del Monte Golf Course em Monterey

Para inscrições, telefonar para o PAC 408-287-3313

Hole-in-One = $12,000.00 dólaresHaverá muitos outros prémios e surpresas

Se gosta de Golfe, não falte!

Page 32: Tribuna Abril 15

32 15 de Abril de 2009ÚLTIMA PÁGINA


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