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PLANO NACIONAL DESADE MENTAL20072016
RESUMO EXECUTIVO
COORDENAO NACIONAL PARA A SADE MENTAL
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PLANO NACIONAL DESADE MENTAL20072016
RESUMO EXECUTIVO
COORDENAO NACIONAL PARA A SADE MENTAL
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Este documento um Resumo Executivo do Plano Nacional de Sade Mental, aprovado naResoluo do Conselho de Ministros n. 49/2008.
Dever ser consultada a verso original em:http://www.acs.min-saude.pt/2008/01/18/plano-accao-servicos-de-saude-mentala partir do stio na internet do Alto Comissariado da Sade:http://www.acs.min-saude.pt
PORTUGAL, Ministrio da Sade, Alto Comissariado da Sade,
Coordenao Nacional para a Sade MentalPlano Nacional de Sade Mental 2007-2016 Resumo ExecutivoLisboa: Coordenao Nacional para a Sade Mental, 2008 56 p.
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Coordenao Nacional para a Sade MentalAv. Joo Crisstomo, 9, 7 piso, 1049-062 LisboaT. +351 21 330 50 50, F. +351 21 330 50 97
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978-989-95146-6-9
280247/08
Julho 2008
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Plano Nacional de Sade Mental 20072016ndice
Pg.
I
01.
02.
II
01.
02.
III
IV
01.
02.
03.
04.
05.
06.
07.
08.
09.
10.
11.
V
1.1.
1.2.
1.3.
1.4.
2.1.
2.2.
2.3.
4.1.
4.2.4.3.
4.4.
4.5.
INTRODUO
SADE MENTAL: UMA PRIORIDADE DE SADE PUBLICA
SADE MENTAL EM PORTUGAL: RESUMO CRTICO
VISO, VALORES E PRINCPIOS
VISOVALORES E PRINCPIOS
OBJECTIVOS
REAS DE ACO ESTRATGICA
ORGANIZAO DOS SERVIOS DE SADE MENTAL DE ADULTOSDESENVOLVIMENTO E MELHORIA DA REDE NACIONAL DE SERVIOS LOCAIS DE
SADE MENTAL (SLSM)
REABILITAO PSICOSSOCIAL E DESINSTITUCIONALIZAO DOS DOENTES
MENTAIS GRAVES
SERVIOS REGIONAIS DE SADE MENTAL
HOSPITAIS PSIQUITRICOS
ORGANIZAO DOS SERVIOS DE PSIQUIATRIA E SADE MENTAL DAINFNCIA E ADOLESCNCIA
DESENVOLVIMENTO E MELHORIA DE SERVIOS
A) AO NVEL DOS CUIDADOS DE SADE PRIMRIOSB) AO NVEL DOS CUIDADOS ESPECIALIZADOS DE MBITO LOCAL
C) AO NVEL REGIONAL
D) SERVIOS PARA SITUAES ESPECIAIS
FORMAO
OUTRAS MEDIDAS
SADE MENTAL E CUIDADOS DE SADE PRIMRIOS
ARTICULAO INTER-SECTORIALEM ACTIVIDADE DE REABILITAO PSICOSSOCIAL
EM ACTIVIDADE DE PREVENO E PROMOONA PREVENO E TRATAMENTO DOS PROBLEMAS ASSOCIADOS AO ABUSO DE
DROGAS E LCOOL
AO NVEL DOS CUIDADOS A GRUPOS VULNERVEIS
COM O MINISTRIO DA JUSTIA
LEGISLAO DE SADE MENTAL E DIREITOS HUMANOSFINANCIAMENTO E GESTOSISTEMA DE INFORMAOAVALIAO E GARANTIA DE QUALIDADERECURSOS HUMANOSARTICULAO COM AS ORDENS RELIGIOSASINVESTIGAO
IMPLEMENTAO E AVALIAO
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33
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IINTRODUOSADE MENTAL: UMA PRIORIDADE DE SADE PBLICASADE MENTAL EM PORTUGAL: RESUMO CRTICO
01.
02.
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01.SADE MENTAL: UMA PRIORIDADE DE SADEPBLICA
Os estudos epidemiolgicos mais recentes demonstram que as per-turbaes psiquitricas e os problemas de sade mental se tornarama principal causa de incapacidade e uma das principais causas de
morbilidade, nas sociedades actuais. A carga de perturbaes men-tais tais como a depresso, dependncia do lcool e esquizorenia oiseriamente subestimada no passado, devido ao acto de as aborda-gens tradicionais apenas considerarem os ndices de mortalidade,ignorando o nmero de anos vividos com incapacidade provocadapela doena. Das 10 principais causas de incapacidade, 5 so pertur-baes psiquitricas.
Tambm, segundo a Academia Americana de Psiquiatria da Inn-cia e da Adolescncia e a OMS-Regio Europeia, uma em cada cincocrianas apresenta evidncia de problemas de sade mental e este
peso tende a aumentar.Para alm das pessoas que apresentam uma perturbao dia-
gnosticvel, muitas tm problemas de sade mental que podem serconsiderados subliminares, ou seja, no preenchem os critriosde diagnstico para perturbao psiquitrica mas esto tambm emsorimento, devendo beneciar de intervenes.
Com base na avaliao das reormas de sade mental realizadasem inmeros pases e nos dados proporcionados pela largussimainvestigao realizada sobre a eectividade e os custos dos vrios
tipos de servios, a OMS e outras organizaes internacionais deen-dem que os servios de sade mental devem organizar-se de acordocom os seguintes princpios:
Garantir a acessibilidade a todas as pessoas com problemas desade mental; Assumir a responsabilidade de um sector geo-demogrco,com uma dimenso tal que seja possvel assegurar os cuidadosessenciais sem que as pessoas se tenham que aastar signica-tivamente do seu local de residncia (dimenso estimada entre200.000 e 300.000 habitantes);
Integrar um conjunto diversicado de unidades e programas,incluindo o internamento em hospital geral, de modo a asseguraruma resposta eectiva s dierentes necessidades de cuidadosdas populaes;
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I
Introduo
Das 10 principaiscausas de inca-pacidade, 5 sopsiquitricas
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Ter uma coordenao comum; Envolver a participao de utentes, amiliares e dierentes enti-dades da comunidade; Estar estreitamente articulados com os cuidados primrios desade; Colaborar com o sector social e organizaes no governa-mentais na reabilitao e prestao de cuidados continuados adoentes mentais graves. Prestar contas da orma como cumprem os seus objectivos;
02.SADE MENTAL EM PORTUGAL: RESUMO CRTICO
Embora escassos, os dados existentes sugerem que a prevalncia
dos problemas de sade mental no se aastar muito da encontradaem pases europeus com caractersticas semelhantes, ainda que osgrupos mais vulnerveis (mulheres, pobres, idosos) paream apre-sentar um risco mais elevado do que no resto da Europa.
A anlise do sistema de sade mental em Portugal mostra algunsaspectos positivos na evoluo das ltimas dcadas. Foi um dos pri-meiros pases europeus a adoptar uma lei nacional (1963) de acor-do com os princpios da sectorizao, a qual permitiu a criao decentros de sade mental em todos os distritos e o aparecimento devrios movimentos importantes, tais como os da psiquiatria social e
da ligao aos cuidados de sade primrios.A nova legislao de sade mental, aprovada nos anos 90 (a Lei
n 36/98 e o Decreto Lei n 35/99) reorou este capital, de acordocom os princpios recomendados pelos organismos internacionaismais importantes na rea da organizao dos servios de sademental.
A criao de servios descentralizados oi um desenvolvimentocom um impacto muito positivo para a melhoria da acessibilidadee qualidade dos cuidados, permitindo respostas mais prximas das
populaes e uma articulao maior com centros de sade e agnciasda comunidade. A cobertura do territrio nacional por estes serviosainda muito incompleta, mas comparando a situao actual com asituao h 30 anos, verica-se que se deram passos importantes.
A anlise dosistema mostra
alguns aspectospositivos nas
ltimas dcadas
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Introduo
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Um outro aspecto positivo oi o desenvolvimento de programase estruturas de reabilitao psicossocial, criados a partir do nal dosanos 90, ao abrigo do Programa Horizon da CE, do Despacho 407/98e da legislao de apoio ao emprego. Embora com um mbito limi-tado, estes programas representaram uma ruptura signicativa coma situao anterior, na qual estruturas como residncias na comu-nidade e empresas sociais para doentes mentais graves eram total-mente inexistentes em Portugal. Apesar destes aspectos inegavel-mente positivos, a alta de planeamento e de apoio consistente melhoria dos servios de sade mental levaram a que Portugal setenha atrasado signicativamente neste campo em relao a outrospases europeus. Os dados existentes e a anlise dos resultadosdos estudos eectuados no mbito deste relatrio indiciam que osservios de sade mental sorem de insufcincias graves, a nvel daacessibilidade, da equidade e da qualidade de cuidados.
Com eeito:
O nmero de pessoas em contacto com os servios pblicos(168.389 pessoas em 2005) mostra que apenas um pequena
parte das que tm problemas de sade mental tm acesso aosservios pblicos especializados de sade mental. Mesmo assu-mindo que apenas as pessoas com doenas mentais de algumagravidade procuram os servios de sade mental o que sabemosno corresponder verdade , o nmero de contactos (1,7% dapopulao) ainda assim extremamente baixo em relao ao queseria de esperar (pelo menos 5 a 8% da populao sore de umaperturbao psiquitrica de certa gravidade em cada ano).
A maior parte dos recursos continua concentrada em Lisboa,
Porto e Coimbra. Servios criados em vrios pontos do pas, comexcelentes instalaes, uncionam apenas parcialmente e, nal-guns casos, tm unidades por abrir, por no ter sido possvel xarprossionais, que se tm acumulado nos hospitais dos grandescentros.
A distribuio de psiquiatras entre hospitais psiquitricose departamentos de psiquiatria e sade mental de hospitaisgerais continua a ser extremamente assimtrica (2,6 e 1,1 mdi-cos por 25.000 habitantes, respectivamente). Situao tantomais dicil de justicar quanto apenas 24% do total de utiliza-dores dos servios oram atendidos nos Hospitais Psiquitricose 71% das consultas oram realizadas nos hospitais gerais.
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O internamento continua a consumir a maioria dos recursos(83%), quando toda a evidncia cientca mostra que as inter-venes na comunidade, mais prximas das pessoas, so as maiseectivas e as que colhem a preerncia dos utentes e das amlias.Uma consequncia inevitvel desta distribuio de recursos oreduzido desenvolvimento de servios na comunidade registadoem Portugal. Muitos servios locais de sade mental continuamreduzidos ao internamento, consulta externa e, por vezes, hospi-tal de dia, no dispondo de Equipas de sade mental comunitria,com programas de gesto integrada de casos, interveno nacrise e trabalho com as amlias.
O recurso preerencial aos servios de urgncia e as dicul-dades reportadas de marcao de consultas, sugerem a existn-cia de problemas de acessibilidade aos cuidados especializados.Por sua vez, o intervalo entre a alta e a consulta subsequente,associada proporo de reinternamentos ocorridos semqualquer contacto em ambulatrio, tambm encontrada no mes-mo estudo, sugere a existncia de problemas de continuidade de
cuidados. As equipas de sade mental continuam a contar com umescasso nmero de psiclogos, enermeiros, tcnicos de serviosocial, terapeutas ocupacionais e outros prossionais no mdi-cos, mantendo a maior parte das equipas o padro tradicionaldos servios de internamento psiquitrico em vez do padro hojeseguido nos servios modernos de sade mental.
A qualidade dos servios, de acordo com a avaliao eectuadacom a participao dos prossionais, encontra-se na aixa ineri-
or do razovel. O nvel de qualidade dos servios de ambulatrio inerior ao das unidades de internamento, num momento emque a tendncia cada vez maior no sentido inverso.
As reas mais crticas de incumprimento de critrios e padresde qualidade so as que dizem respeito aos recursos humanos(dotao, distribuio, composio interdisciplinar do sta) e organizao administrativa.
O nvel modesto de recursos disponveis para a sade mental emPortugal certamente um dos actores que tem dicultado o desen-
volvimento e a melhoria dos servios neste sector. Ao contrrio doque sucede noutros pases, os grupos de utentes e amiliares nuncativeram uma voz activa na sociedade portuguesa. A perspectiva desade pblica e a cultura de avaliao de servios sempre oramrgeis na rea da sade mental em Portugal. Resultado: os recursos
Os recursosatribudos
sade mental soindiscutivelmente
baixos
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atribudos sade mental so indiscutivelmente baixos se atender-mos ao impacto real das doenas mentais para a carga global dasdoenas. A anlise dos dados disponveis mostra que tanto os recur-sos nanceiros, como os recursos humanos, se encontram distribu-dos de uma orma muito assimtrica entre as vrias regies do pas,entre hospitais psiquitricos e departamentos de hospitais gerais,entre unidades de internamento e de ambulatrio.
O modelo de gesto e nanciamento dos servios tem constitu-do outro constrangimento undamental na evoluo dos servios desade mental. Ao colocar-se o centro dos servios locais nos hos-pitais gerais, no cumprindo a determinao de os transormar emcentros de responsabilidade, impediu-se qualquer tentativa consis-tente de desenvolvimento das redes de cuidados na comunidade.Os hospitais psiquitricos, por seu lado, na ausncia de qualquerplano nacional ou regional, e de um modelo de contratualizao claro,tm podido uncionar sem qualquer obrigatoriedade de atender aosobjectivos que lhes esto atribudos pela lei de sade mental. Noque se reere s instituies das Ordens Religiosas, tem prevalecido
um modelo de articulao e de compensao nanceira que no claro nem racional. Em resumo, o modelo de gesto e nanciamentoexistente um modelo totalmente anacrnico, que omenta o disun-cionamento do sistema e impede qualquer tentativa de desenvolvi-mento dos servios de acordo com os objectivos que, em princpio,se pretendem alcanar.
Uma anlise da situao em Portugal no pode deixar de sedebruar tambm sobre outros pontos que merecem uma reernciaespecial:
A reduzida participao de utentes e amiliares A escassa produo cientca no sector da psiquiatria e sademental A limitada resposta s necessidades de grupos vulnerveis A quase total ausncia de programas de promoo/preveno.
As diculdades e insucincias so muitas, e devem ser tomadas emdevida considerao. Na actualidade, no entanto, existem tambmalgumas oportunidades que podem ajudar a superar muitas destasdiculdades, de que se destacam: o programa de cuidados continu-
ados e integrados, o desenvolvimento das unidades de sade ami-liar e a criao de unidades de psiquiatria e sade mental nos novoshospitais gerais em construo/projecto.
Algumas medidas acilitadoras da investigao, no nosso pas,previstas para os prximos anos, podem tambm ajudar a superar
A investigaoepidemiolgicae de servios extremamenteecaz para o
desenvolvimentode uma cultura desade
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as diculdades registadas a este nvel. Este ponto particularmenteimportante: o aumento da capacidade de investigao em psiquiatriae sade mental, em particular da investigao epidemiolgica e deservios, um actor extremamente ecaz para o desenvolvimentode uma cultura de sade pblica e de avaliao, e para a constituiode uma massa crtica que essencial para a melhoria dos cuidadosde sade mental.
Finalmente, devem ser plenamente aproveitadas as oportuni-dades oerecidas pela cooperao internacional. A OMS, que jdeu uma contribuio valiosa para a elaborao deste relatrio,est disposta a ornecer cooperao tcnica na sua implementaoe avaliao. A Unio Europeia, por seu turno, na sequncia da apro-vao da Declarao de Helsnquia e do Green Paper sobre sademental, poder certamente aportar contributos importantes paraas reormas a desenvolver e ajudar a integrar Portugal no movi-mento de modernizao dos servios de sade mental actualmenteem curso a nvel europeu.
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Introduo
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IIVISO, VALORES E PRINCPIOS01.02. VISOVALORES E PRINCPIOS
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II
Viso, Valores e Princpios13
01.
02.
VISO
VALORES E PRINCPIOS
Assegurar a toda a populao portuguesa o acesso a servios habili-tados a promover a sua sade mental, prestar cuidados de qualidadee acilitar a reintegrao e a recuperao das pessoas com esse tipode problemas.
VALORES PRINCPIOS
Sade mental indivisvelda sade em geral
Os cuidados devem ser prestados no meiomenos restritivo possvel A deciso de internamento s deve sertomada quando esgotadas todas as alternati-vas de tratamento na comunidade
Direitos humanos As pessoas com perturbaes mentaisdevem ver respeitados todos os seus direitos,incluindo o direito a cuidados adequados,residncia e emprego, assim como protecocontra todos os tipos de discriminao
Cuidados na comunidade Os cuidados devem ser prestados no meiomenos restritivo possvel A deciso de internamento s deve sertomada quando esgotadas todas as alternati-vas de tratamento na comunidade
Coordenao e integraode cuidados
Os servios em cada rea geo-demogrcadevem ser coordenados e integrados, de modoa acilitar a continuidade de cuidados
O Plano orienta-se pelos valores e princpios seguintes:
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II
Viso, Valores e Princpios14 Plano Nacional de Sade Mental 20072016
Resumo Executivo
VALORES PRINCPIOS
Abrangncia(comprehensiveness)
Os servios em cada rea geo-demogrcadevem incluir um leque diversicado de dispos-itivos e programas, de modo a poder respond-er ao conjunto de necessidades essenciais decuidados de sade mental das populaes
Participao comunitria As pessoas com perturbaes mentais devemser envolvidas e participar no planeamento edesenvolvimento dos servios de que bene-
ciam Os amiliares de pessoas com perturbaesmentais devem ser considerados como par-ceiros importantes na prestao de cuidados,estimulados a participar nesta prestao e areceber o treino e educao necessrios
Proteco dos gruposespecialmente vulnerveis
As necessidades dos grupos especialmentevulnerveis (eg. crianas, adolescentes, mu-lheres, idosos e pessoas com incapacidade),devem ser tomadas em considerao.
Acessibilidade e equidade Os servios devem ser acessveis a todas pes-soas, independentemente da idade, gnero,local de residncia, situao social e econmica.
Recuperao (recovery) Os servios de sade mental devem criarcondies que avoream a auto-determinaoe a procura de um caminho prprio por partedas pessoas com problemas de sade mental
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IIIOBJECTIVOS
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III
Objectivos17
OBJECTIVOS
O Plano visa prosseguir os seguintes objectivos:
Assegurar o acesso equitativo a cuidados de qualidade a todasas pessoas com problemas de sade mental do Pas, incluindo asque pertencem a grupos especialmente vulnerveis;
Promover e proteger os direitos humanos das pessoas comproblemas de sade mental;
Reduzir o impacto das perturbaes mentais e contribuir para apromoo da sade mental das populaes;
Promover a descentralizao dos servios de sade mental, demodo a permitir a prestao de cuidados mais prximos das pes-soas e a acilitar uma maior participao das comunidades, dosutentes e das suas amlias;
Promover a integrao dos cuidados de sade mental no sis-tema geral de sade, tanto a nvel dos cuidados primrios, comodos hospitais gerais e dos cuidados continuados, de modo a acili-
tar o acesso e a diminuir a institucionalizao.
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ORGANIZAO DOS SERVIOS DE SADE MENTAL DE ADULTOSDESENVOLVIMENTO E MELHORIA DA REDE NACIONAL DE SERVIOS LOCAIS DE SADE MENTAL (SLSM)
REABILITAO PSICOSSOCIAL E DESINSTITUCIONALIZAO DOS DOENTES MENTAIS GRAVES
SERVIOS REGIONAIS DE SADE MENTAL
HOSPITAIS PSIQUITRICOS
ORGANIZAO DOS SERVIOS DE PSIQUIATRIA E SADE MENTAL DAINFNCIA E ADOLESCNCIA
DESENVOLVIMENTO E MELHORIA DE SERVIOS
A) AO NVEL DOS CUIDADOS DE SADE PRIMRIOS
B) AO NVEL DOS CUIDADOS ESPECIALIZADOS DE MBITO LOCAL
C) AO NVEL REGIONAL
D) SERVIOS PARA SITUAES ESPECIAIS
FORMAO
OUTRAS MEDIDAS
SADE MENTAL E CUIDADOS DE SADE PRIMRIOS
ARTICULAO INTER-SECTORIALEM ACTIVIDADE DE REABILITAO PSICOSSOCIAL
EM ACTIVIDADE DE PREVENO E PROMOO
NA PREVENO E TRATAMENTO DOS PROBLEMAS ASSOCIADOS AO ABUSO DE DROGAS E LCOOL
AO NVEL DOS CUIDADOS A GRUPOS VULNERVEIS
COM O MINISTRIO DA JUSTIA
LEGISLAO DE SADE MENTAL E DIREITOS HUMANOSFINANCIAMENTO E GESTOSISTEMA DE INFORMAOAVALIAO E GARANTIA DE QUALIDADERECURSOS HUMANOSARTICULAO COM AS ORDENS RELIGIOSASINVESTIGAO
IVREAS DE ACO ESTRATGICA01.02.
03.
04.
05.
06.
07.
08.
09.
10.
11.
1.1.
1.2.
1.3.
1.4.
2.1.
2.2.
2.3.
4.1.
4.2.
4.3.
4.4.
4.5.
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IV
reas de Aco Estratgica1
01.ORGANIZAO DOS SERVIOS DE SADE MENTALDE ADULTOS
A Lei n 36/98, de 24 de Julho, e o Decreto-Lei n 35/99, de 5 deFevereiro, descrevem de orma detalhada o modelo de organizaode servios de sade mental em Portugal.
Neste contexto, entende-se que, em relao organizao deservios, importa sobretudo defnir as estratgias que promovama concretizao da organizao proposta pela lei.
Esta concretizao coloca quatro grandes desafos:
Completar a rede nacional de Servios Locais de Sade Mental(SLSM) e promover a dierenciao dos cuidados prestados porestes servios;
Desenvolver servios e programas para a reabilitao e desins-titucionalizao de Doentes Mentais Graves (DMG);
Desenvolver os Servios Regionais de Sade Mental (SRSM)necessrios para complementar os Servios Locais em reasespeccas;
Coordenar a reestruturao dos hospitais psiquitricos medidaque as respostas por eles asseguradas orem sendo transeridaspara outros servios.
Estas dierentes componentes esto naturalmente dependentesumas das outras, pelo que as estratgias para a sua implementaodevero ser consideradas em conjunto. No adianta completar a rede
nacional de servios locais se no se promover ao mesmo tempo adierenciao dos cuidados prestados por estes servios, ajudando-osa desenvolver programas integrados na comunidade. No possveldesenvolver a reabilitao e a desinstitucionalizao se no existiremna comunidade equipas que apoiem os doentes e as amlias. Final-mente, no possvel desenvolver novos servios mais prximos daspessoas se a maior parte dos recursos continuarem concentrados notratamento intra-hospitalar.
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IV
reas de Aco Estratgica
1.1.DESENVOLVIMENTO E MELHORIA DA REDE NACIONAL DESERVIOS LOCAIS DE SADE MENTAL (SLSM)
A reestruturao dos servios, neste captulo especco, requero desenvolvimento de duas estratgias articuladas entre si:
1. uma estratgia destinada a transerir para novos departamentosde psiquiatria e sade mental de hospitais gerais (DPSM) os cuida-
dos ainda dependentes dos hospitais psiquitricos, de modo a quese possa completar a rede nacional de SLSM;
2. uma estratgia destinada a promover o desenvolvimento, nestesservios, de equipas ou unidades de sade mental comunitria.
Esta estratgia deve incluir o desenvolvimento e avaliao deexperincias piloto nas vrias regies do Pas, destinadas a testara eectividade de Equipas ou Unidades de Sade Mental Comunitria(ESMC ou USMC), com as seguintes caractersticas:
Objectivos: prestar cuidados a um determinado sector geo-
-demogrco, incluindo:1. Programa integrado para Doentes Mentais Graves, com gestode casos por terapeutas de reerncia;2. Programa de ligao com a Sade Familiar e apoio a pertur-baes mentais comuns;3. Programa de apoio a doentes idosos;4. Programa de preveno nas reas da depresso e suicdio.
Composio e uncionamento: equipas multidisciplinares, comorte participao de enermeiros e outros tcnicos no mdicos.
Financiamento e modelos de remunerao: nanciamento combase em modelo de contratualizao, que tome em consideraoa actividade e cobertura populacional, incluindo o estudo de novomodelo remuneratrio dos prossionais que integre suplementosrelacionados com a produtividade, bem como prmios relaciona-dos com a complexidade e qualidade do trabalho desenvolvido.
At 2016, todos os servios locais de sade mental devero passar aser assegurados por DPSM de hospitais gerais. Para tal, os servioslocais que ainda hoje dependem dos hospitais psiquitricos devero
ser progressivamente transeridos para hospitais gerais, de acor-do com o aseamento e as medidas previstos para cada Regio deSade (ver Anexo). Ao mesmo tempo, sero desenvolvidas equipas/
At 2016 todos osservios devero
passar a serassegurados por
DPSM de hospi-tais gerais
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IV
reas de Aco Estratgica21
/unidades de sade mental comunitria nos dierentes SLSM. OsDPSM actualmente existentes que, por insucincia de recursos,no se encontram ainda a uncionar em pleno, sero objecto deateno particular e urgente, de modo a que possam desempenharcabalmente as suas unes.
1.2.REABILITAO PSICOSSOCIAL E DESINSTITUCIONALIZAODOS DOENTES MENTAIS GRAVES
A abordagem da Sade Mental Comunitria d cada vez maiornase manuteno dos doentes na respectiva comunidade resi-dencial, com promoo da sua autonomia e integrao social, em vezde os connar, mais ou menos de orma permanente, em instituiespsiquitricas.
O desenvolvimento recente da Rede Nacional de CuidadosContinuados Integrados ir permitir o desenvolvimento de respostasespeccas de cuidados continuados integrados no mbito da sademental, a prever em diploma prprio.
Estas respostas, da responsabilidade conjunta dos Ministrios doTrabalho e da Solidariedade Social e da Sade, tero como objectivogeral a prestao de cuidados continuados integrados a pessoas comperturbaes mentais graves e/ou incapacidade psicossocial que seencontrem em situao de dependncia.
As respostas especcas dos cuidados continuados integrados
no mbito da sade mental constituem um segmento especializadoda Rede Nacional de Cuidados Continuados Integrados, criada pelodecreto-lei n 101/2006, de 6 de Junho, regendo-se pelos princpiosa denidos, com as devidas adaptaes a denir no diploma prprioprevisto para a rea da sade mental.
De acordo com este diploma, a prestao de cuidados continu-ados integrados de sade mental assegurada por: Unidades de convalescena. Residncias de treino de autonomia, residncias de apoio mxi-
mo, residncias de apoio moderado e residncias autnomas. Unidades Scio-Ocupacionais. Equipas de apoio domicilirio.
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reas de Aco Estratgica
1.3.
1.4.
SERVIOS REGIONAIS DE SADE MENTAL
HOSPITAIS PSIQUITRICOS
De acordo com o modelo previsto na Lei, devem ter mbito regionalos servios de sade mental que, pela elevada especializao oupela racionalidade de distribuio de recursos, no seja possvel oujusticvel dispor a nvel local. Num contexto de escassez de recur-sos, h que garantir que o desenvolvimento destas unidades no
venha comprometer a resposta s necessidades mais prementes,como, por exemplo, os cuidados aos doentes mentais graves. Impor-ta ainda assegurar que a criao de servios mais especializados seeectue nos quadros institucionais mais adequados para a colabo-rao com outras especialidades, o ensino e a investigao.
Neste contexto, nos prximos cinco anos, so criados:
Servios regionais de internamento para doentes inimputveise para doentes diceis nas seguintes instituies: Hospital Jliode Matos, Hospital Sobral Cid e Hospital Magalhes Lemos;
Trs unidades de tratamento para perturbaes do comporta-mento alimentar, em hospitais gerais a determinar, nas regiesde Lisboa, Centro e Norte.
Toda a evidncia cientca disponvel veio mostrar que a transiode hospitais psiquitricos para uma rede de servios com base nacomunidade a estratgia de desenvolvimento de servios que me-lhor garante a melhoria da qualidade de cuidados de sade mental.
Como se assinala na Rede de Reerenciao de Psiquiatriae Sade Mental, publicada pela Direco-Geral da Sade em 2004,a tendncia internacional, em particular nos pases da Unio Euro-peia e da Amrica do Norte, tem sido para a reduo dos hospitaispsiquitricos, atravs da diminuio das suas lotaes e do seu pro-gressivo encerramento ou reconverso para outras reas de sadeou sociais. A OMS, no Relatrio Mundial de Sade, de 2001, dedi-cado sade mental, insta os pases desenvolvidos a: (1) encerraros hospitais psiquitricos, (2) desenvolver residncias alternatvas,
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(3) desenvolver servios na comunidade, e (4) prestar cuidadosindividualizados na comunidade para doentes mentais graves. NaDeclarao Europeia de Sade Mental, assinada pelo Governo por-tugus, em Helsnquia, em 2005, por seu turno, os Ministros daSade da Unio Europeia comprometeram-se, entre outros pontos,a desenvolver servios baseados na comunidade que substituam oscuidados prestados em grandes instituies a pessoas com proble-mas de sade mental graves.
A legislao de sade mental portuguesa inclui disposies cla-ras sobre o papel dos hospitais psiquitricos na ase de transiodurante a qual os novos servios se vo desenvolver. Para garantiruma implementao adequada destas disposies legais, as activi-dades so desenvolvidas, de acordo com os seguintes princpios:
Os principais critrios a considerar nas estratgias de reestru-turao dos hospitais psiquitricos so:1. as necessidades prioritrias de cuidados das populaes,2. a evidncia cientca disponvel quanto eectividade dos di-erentes modelos de interveno, e3. a deesa dos direitos das pessoas com problemas de sademental;
As mudanas a eectuar devem acilitar a criao de servioslocais de sade mental com base na comunidade e internamentoem hospitais gerais, bem como a integrao psicossocial daspessoas com problemas de sade mental;
Nenhum servio poder ser desactivado at ao momento emque esteja criado o servio que o substitui;
Os doentes e amiliares devem ser envolvidos nas mudanasa eectuar desde o incio.
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02.ORGANIZAO DOS SERVIOS DE PSIQUIATRIA ESADE MENTAL DA INFNCIA E ADOLESCNCIA
Em Portugal urgente desenvolver servios e programas que permi-tam respostas de qualidade s necessidades de cuidados da innciae adolescncia, a nvel da preveno e do tratamento, de acordo com
os seguintes objectivos: Promover a sade mental inantil e juvenil junto da populao, Melhorar a prestao de cuidados, avorecendo e implementan-
do a articulao entre os servios de sade mental inanto-juvenile outras estruturas ligadas sade, educao, servios sociais edireito de menores e amlia.
2.1.DESENVOLVIMENTO E MELHORIA DOS SERVIOS
A organizao dos servios de Psiquiatria e Sade Mental da Innciae Adolescncia deve permitir a prestao de cuidados a trs nveis:Cuidados de Sade Primrios, servios especializados de nvel locale servios especializados de nvel regional. As medidas especcaspara cada um destes nveis, bem como outras medidas de mbitomais geral, incluem:
A) Ao nvel dos Cuidados de Sade PrimriosA prestao de cuidados a este nvel assegurada por Grupos ouNcleos de Apoio Sade Mental Inantil, constitudos por pros-sionais dos centros de sade e unidades de sade amiliar, com aconsultoria de um Psiquiatra da Inncia e Adolescncia do servioespecializado local, que tm as seguintes unes:
Triagem, avaliao e atendimento de casos menos graves(crianas / amlias de risco ou com psicopatologia ligeira);
Articulao e parceria com outras estruturas da comuni-dade (por exemplo, servios sociais, escolas e jardins de inncia,Comisses de Proteco de Crianas e Jovens em Risco, Equipas deInterveno Precoce, instituies de acolhimento para crianas emrisco, Centros de Atendimento a Toxicodependentes (CAT), projectosde interveno psicossocial local);
Cuidados deSade Primrios:
Triagem Articulao
Parceria
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B) Ao nvel dos Cuidados Especializados de mbito localOs cuidados de nvel local, prestados pelos servios/unidadesespecializados de Psiquiatria e Sade Mental da Inncia e Adolescn-cia integrados em hospitais gerais, so desenvolvidos e melhoradosatravs de aces que incluem:
Programao de novas Unidades/Servios de Psiquiatria daInncia e Adolescncia em todos os hospitais centrais e distri-tais, incluindo os novos hospitais em ase de planeamento e cons-
truo, por orma a cobrirem toda a rea geogrca do Pas; Constituio de uma equipa multidisciplinar num prazo mxi-mo de 6 meses aps a entrada do primeiro psiquiatra da innciae adolescncia;
Participao do psiquiatra da inncia e adolescncia, chee deservio/coordenador da Unidade, no rgo directivo do Centro deResponsabilidade local;
Denio de espaos prprios, com condies de privacidade,para atendimento de crianas/adolescentes e suas amlias;
Desenvolvimento prioritrio de intervenes de articulao coma comunidade.
C) Ao nvel regionalOs Departamentos de Psiquiatria e Sade Mental da Inncia e Ado-lescncia de mbito regional, localizados em Lisboa, Porto e Coimbra,asseguram, alm do existente ao nvel dos servios locais, as seguin-tes valncias:
Servio de Urgncia,
Unidade de Internamento em servios prprios, com condiese recursos humanos adequados s necessidades especcas destesdoentes;
Ncleos de interveno em reas especcas para patologiasmais complexas e unidades especializadas para as aixas etrias daprimeira inncia e adolescncia.
rea de investigao, em ligao com as Universidades;
D) Servios para situaes especiais destinados a crianas comnecessidades muito especcas e que requerem um atendimento
em estruturas especializadas, como por exemplo: crianas com per-turbao autistica, lhos de pais com doena mental, crianas vti-mas de maus tratos e com ligao ao sistema judicial, crianas comperturbao mental grave de evoluo prolongada.
Nvel regional: Urgncia Internamento reas especcas Investigao
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2.2.FORMAO
Implementar mdulos obrigatrios de psiquiatria da innciae da adolescncia nas cadeiras de psiquiatria e pediatria do cursode medicina. Garantir a entrada anual de internos de psiquiatria da innciae adolescncia, na capacidade ormativa mxima dos servios
idneos para esse m. Implementar programas de ormao em sade mental da inn-cia e adolescncia para tcnicos de sade, prossionais da edu-cao, segurana social e servios judiciais de menores.
2.3.OUTRAS MEDIDAS
Para alm da estreita ligao j enunciada com os cuidados desade primrios, desenvolvimento da articulao entre os serviosde sade mental inanto-juvenil e os:
Servios de pediatria Servios de psiquiatria geral, alcoologia e apoio a toxicodepen-dentes. Servios ligados educao Servios sociais
Servios judiciais de menores e amlia. Implementao de programas de preveno validados interna-cionalmente, direccionados para reas e grupos de risco diversos;
Promoo da organizao dos hospitais e reas de dia em un-cionamento e a criao de novas estruturas deste tipo nos serviosespecializados;
Desenvolvimento das unidades de internamento j existentes,criando-se espaos independentes para internamento de crianase de adolescentes;
Criao, em colaborao com a Justia, a Segurana Social eoutros departamentos governamentais, de estruturas de longa perma-nncia que possam responder s necessidades de crianas e adoles-centes com perturbaes psiquitricas graves e sem apoio amiliar.
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03.SADE MENTAL E CUIDADOS DE SADE PRIMRIOSA soluo para uma progressiva melhoria quer da articulao decuidados, quer da resposta dos mdicos de amlia implica:
A) Independentemente das ormas de articulao, deve ser de-nido com clareza o mbito de actuao que da responsabilidade
dos Cuidados de Sade Primrios e aquele que da responsabili-dade dos cuidados psiquitricos especializados (eg. psicoses agu-das, depresso com risco de suicdio, ansiedade reractria ao trata-mento, toxicodependncias e as perturbaes da personalidade).
B) Deve ser criado um projecto transversal, que inclua as seguin-tes reas:
Programa de ormao em exerccio, com contactos regularesnos centros de sade (eg. superviso de casos, consulta ombro--a-ombro);
Melhoria da qualidade da inormao de reerenciao e deretorno;
A nvel do internato de especialidade de psiquiatria, ormaoem sade mental comunitria, a eectuar em sectores com reco-nhecida experincia de articulao;
Incluso nos programas dos SLSM de actividades regularesde articulao com os Cuidados de Sade Primrios.
Monitorizao peridica de um conjunto de indicadores per-tinentes caracterizao da sade mental das populaes (eg.padro de prescrio de psicormacos, taxa de suicdio, casosscio-psiquitricos recorrentes).
Criao e aplicao peridica de instrumentos de avaliaoda satisao dos utentes, designadamente criados com a par-ticipao de associaes de utentes e amiliares, bem como dosprossionais em dierentes contextos de articulao.
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04.ARTICULAO INTER-SECTORIAL
4.1.EM ACTIVIDADES DE REABILITAO PSICOSSOCIAL
As vertentes da reabilitao prossional, de reabilitao residenciale da participao social tm necessariamente que ser desenvolvidasora dos servios de sade e integradas na comunidade. Exigem, porisso, outros recursos e metodologias e pressupem uma partilha dasresponsabilidades entre a sade mental e os outros sectores.
As respostas de cuidados continuados integrados so um instru-mento importante para regular a participao conjunta das reas dasade e da segurana social, permitindo assegurar o apoio residen-
cial e ocupacional aos doentes com patologias graves que originamincapacidade ou dependncia. Importa articular esta nova rede coma Rede Nacional de Apoio aos Militares e Ex-Militares PortuguesesPortadores de Perturbao Psicolgica Crnica.
O acesso das pessoas com doenas mentais a respostas tradi-cionalmente dirigidas s pessoas com decincia deve ser eec-tivamente potenciado, pois em certos domnios da reabilitaopsicossocial os modelos que se aplicam podem ser idnticos. Importaaproveitar a reviso das polticas de emprego activo em curso paradesenvolver mecanismos que permitam promover o emprego apoia-
do de pessoas com doenas mentais, como orma de as integrar nomercado de trabalho.
O apoio residencial em habitao independente exige nego-ciaes com o Instituto de Habitao e Reabilitao Urbana, com asautarquias e respectivos servios de habitao, devendo ainda serconjugado com as unidades que prestam apoio domicilirio na reada Sade Mental .
Na rea da inncia e da adolescncia indispensvel promo-ver a articulao entre os servios de sade mental e os servios da
segurana social, nomeadamente as Comisses de Proteco deCrianas e Jovens em risco (CPCJ).
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4.2.EM ACTIVIDADES DE PREVENO E PROMOO
Com base no documento da Rede Europeia para a Promoo daSade Mental e a Preveno das Perturbaes Mentais (UE, 2006)so privilegiadas as seguintes estratgias:
1. Programas para a primeira inncia, que incluem aconse-lhamento pr-natal, interveno precoce, ormao parental,preveno da violncia domstica e do abuso inantil, inter-venes amiliares e resoluo de confitos;
2. Programas de educao sobre sade mental na idade esco-lar, sensibilizao de proessores, preveno da violncia juve-nil, aconselhamento para crianas e adolescentes com proble-mas especcos, preveno do abuso de drogas, programas dedesenvolvimento pessoal e social, preveno do suicdio e dasperturbaes do comportamento alimentar;
3. Polticas de emprego e de promoo da sade mental noslocais de trabalho, reduo e gesto dos actores de stressligados ao trabalho e ao desemprego, reduo do absentismopor doena psquica;
4. Programas de preveno da depresso, ansiedade e do suic-dio, linhas telenicas de apoio para pessoas isoladas, restriodo acesso aos meios de suicdio;
5. Polticas de luta contra a pobreza e a excluso social, medidasde apoio a amlias em risco social ou amlias multi-problemas,a pessoas sem-abrigo, avaliao do impacto das polticas sociais
na sade mental, luta contra o estigma;6. Sensibilizao e inormao em diversos sectores, como osCuidados de Sade Primrios, escolas, centros recreativos,locais de trabalho, programas na televiso e Internet, comuni-cao social em geral.
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4.3.NA PREVENO E TRATAMENTO DOS PROBLEMAS ASSOCIA-DOS AO ABUSO DE LCOOL E DROGAS
Os Centros Regionais de Alcoologia oram recentemente integradosno Instituto da Droga e da Toxicodependncia, I.P. (IDT), subsistindo,agora, a necessidade de articulao a nvel local com os servios desade mental, nomeadamente com aqueles em que existam unidadesuncionais de interveno alcoolgica.
Sero denidas a curto prazo as responsabilidades dos dierentesintervenientes nesta matria, bem como os princpios que deveroreger a cooperao entre os servios de sade mental e os serviosdo IDT.
Neste mbito, considerando a requncia com que as situaes deurgncia relacionadas com o consumo de substncias so atendidasnos servios de urgncia psiquitrica, e dada a escassez de psiquia-tras nos servios de sade mental, ser promovida a participao dos
psiquiatras do IDT na prestao de servios de urgncia psiquitrica.
4.4.A NVEL DE CUIDADOS A GRUPOS VULNERVEIS(EG. PESSOAS SEM ABRIGO, VTIMAS DE VIOLNCIA, ETC).
A necessidade de assegurar cuidados especcos de sade mental
a alguns grupos especialmente vulnerveis hoje aceite em todoo mundo. Entre estes grupos destacam-se, para alm da situaoj reerida das crianas e dos idosos, os sem abrigo e as vtimas deviolncia.
No que se reere s pessoas sem abrigo e aproveitando as experi-ncias j desenvolvidas entre ns, sero desenvolvidos programasde sade mental especcos para esta populao nas equipas res-ponsveis pelos SLSM onde vivem geralmente os sem abrigo. Numaprimeira ase, prev-se o desenvolvimento de um projecto piloto,
susceptvel de extenso aps avaliao.Quanto ao problema da violncia domstica, salienta-se a compe-tncia da Comisso para a Cidadania e a Igualdade de Gnero (CIG)para assegurar a coordenao interministerial necessria ao combate violncia domstica, e promover a discusso pblica deste tema.
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Destaca-se a importncia de constituir uma rede entre todos osorganismos pblicos e privados que lidam com a violncia doms-tica, para que se estabeleam regras mnimas de atendimento.Para que se possam alcanar estes objectivos, os SLMS deverodesenvolver projectos na rea da violncia domstica.
4.5.COM O MINISTRIO DA JUSTIARelativamente aos doentes inimputveis, os cuidados psiquitricosso assegurados por trs servios (Lisboa, Porto e Coimbra), deven-do o seu desenvolvimento e uncionamento uturos ser denido nombito das negociaes em curso entre os Ministrios da Justiae da Sade.
A prestao de cuidados de sade mental s pessoas que seencontram em estabelecimentos prisionais est integrada nas nego-ciaes em curso entre os Ministrios da Justia e da Sade. Paraelaborar propostas de solues para estes problemas, criado umgrupo de trabalho Sade Mental/Justia dedicado a: (1) prestao decuidados de psiquiatria e sade mental a doentes inimputveis e apessoas com doenas mentais que se encontram em estabelecimen-tos prisionais, (2) elaborao de percias mdico-legais psiquitricas,(3) prestao de cuidados por determinao judicial a pessoas comproblemas de sade mental, nomeadamente crianas e jovens.
Criao do grupoSade Mental /Justia
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05.
06.
LEGISLAO DE SADE MENTAL E DIREITOSHUMANOS
FINANCIAMENTO E GESTO
A legislao portuguesa mantm-se pereitamente actualizada,j que contempla a generalidade das questes mais relevantes narea da sade mental e respeita, no essencial, as recomendaes
internacionais mais recentes. No parece, portanto, justicar-se aelaborao de uma nova lei de sade mental, mas sim regulamentaralguns aspectos da sua aplicao, nomeadamente quanto gestodo patrimnio e das penses das pessoas residentes nos hospitaispsiquitricos.
Os servios de sade mental em Portugal tm um sistema de gestoe nanciamento desadequado e que no propicia o desenvolvimentodos cuidados na comunidade. A introduo de proundas mudanasno sistema de gesto e nanciamento dos servios de sade mental uma prioridade absoluta para o uturo.
O estabelecimento de um oramento nacional para a sade men-
tal constitui uma medida undamental para a implementao dasreormas preconizadas neste Plano.O estabelecimento de um modelo de nanciamento baseado emprincpios de contratualizao outra medida prioritria, passando,para isso, a ser assegurado um centro de responsabilidade/custospara os DPSM. Este modelo de nanciamento tem em consideraoas especicidades dos cuidados de sade mental, pelo que no centrado apenas nas linhas de produo prevalecentes nos hos-pitais gerais (internamento, consultas, hospital de dia e urgncias),o qual insuciente para refectir as actividades realmente desen-volvidas pelos servios de sade mental.
Tal como estabelece a lei, os DPSM devero passar a constituirverdadeiros Centros de Responsabilidade com um oramento asso-ciado a um programa contratualizado.
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07.
08.
SISTEMAS DE INFORMAO
AVALIAO E GARANTIA DE QUALIDADE
Tendo em linha de conta as vantagens que a inormao traz paraa tomada de decises undamentadas em domnios complexos queexigem padres de qualidade cada vez mais elevados, ser desen-volvido um sistema de inormao que proporcione os meios maisadequados para suporte tomada de deciso e aco na rea daSade Mental e o seu acompanhamento a nvel poltico.
O sistema de inormao servir no s para auxiliar nos proces-sos de deciso, monitorizao e avaliao, mas tambm para cons-tituir a base para o estudo e o conhecimento da Sade Mental emPortugal.
O conceito de qualidade e as suas dimenses associadas (avaliaode qualidade, garantia de qualidade, melhoria contnua de quali-dade) ocupam actualmente um lugar estratgico na planicao dosservios de sade em geral, e dos servios de psiquiatria e sademental em particular.
, pois, necessrio aumentar signicativamente a expresso dosprocessos de implementao, de avaliao e garantia de qualidade
nos servios de psiquiatria e sade mental do Pas.Para se alcanar este objectivo, ser desenvolvido e implemen-
tado um processo de avaliao de qualidade dos servios de psi-quiatria e sade mental de acordo com os seguintes passos:
Finalmente, sero desenvolvidas e avaliadas novas ormas de gestodos servios, de modo a permitir uma maior participao e responsa-bilidade de diversos grupos de prossionais e de organizaes nogovernamentais.
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Identicao de polticas de melhoria da qualidade; Elaborao de documentos inormativos e normativos; Desenvolvimento de procedimentos de acreditao (avaliaopor agentes externos); Monitorizao dos servios de sade mental (avaliao poragentes internos); Integrao dos procedimentos de avaliao e garantia de quali-dade na rotina dos servios; Reviso constante dos mecanismos de qualidade; Diuso das boas prticas.
O desenvolvimento deste processo toma em considerao os diver-sos nveis e agentes implicados no planeamento e prestao de cui-dados, uma vez que no possvel avaliar a qualidade atravs deuma perspectiva nica ou isolada.
Tomando em linha de conta a multiplicidade de nveis, dimensese indicadores (estrutura, processo e resultados), o desenvolvimentoe implementao do processo de avaliao de qualidade implica umconjunto de opes, tais como:
1. O modelo de avaliao sero simultaneamente desenvolvi-dos um sistema de monitorizao dos servios, simples e fexvel,e um sistema de avaliao de mbito nacional;
2. O agente da avaliao independentemente dos procedimen-tos de monitorizao interna (rotina), dever ser eectuada comregularidade avaliao por agentes externos, como preconizadopela OMS;
3. O mbito da avaliao de acordo com os conhecimentos
cientcos actuais, a avaliao dever englobar no s variveisde estrutura e de processo, como tambm de resultados. Istoimplica a utilizao de metodologias e instrumentos de colheitade dados comuns nos diversos servios do pas;
4. A seleco de indicadores constitui uma das reas maissensveis e problemticas na avaliao de qualidade em sademental, devendo interligar-se com os sistemas de inormaoexistentes nos servios de sade do Servio Nacional de Sadee nos organismos centrais e regionais do Ministrio da Sade;
5. A avaliao da satisao de utentes e amiliares dever azerparte integrante de qualquer processo de avaliao de qualidade
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09.RECURSOS HUMANOSO investimento na rea dos recursos humanos decisivo para o xitoda reorma dos cuidados de sade mental que agora se pretendeiniciar com a aprovao deste Plano. O modelo de organizao detrabalho na quase totalidade dos servios continua excessivamente
centrado no mdico e nas intervenes intra-hospitalares.A partici-pao de outros profssionais (psiclogos, enermeiros, assistentessociais, terapeutas ocupacionais, etc.) tem vindo a aumentar, mascontinua ainda muito longe do indispensvel para um adequadouncionamento das modernas equipas de sade mental.
Para superar estas diculdades, so tomadas medidas pararedenir os rcios recomendados para cada grupo prossional,tomando em considerao as caractersticas do trabalho dasequipas de sade mental nos dias de hoje, que apontam parauma maior participao de enermeiros, psiclogos, assistentessociais, terapeutas ocupacionais e outras prosses relevantespara a sade mental.
So, de seguida, estimadas com rigor as necessidades uturas nosvrios grupos prossionais, a partir dos rcios aprovados. S combase nesta estimativa se poder planear a ormao e as estratgiasde contratao dos prossionais das vrias disciplinas.
So tambm accionadas medidas que, por um lado, acilitema ormao em servio dos prossionais, e, por outro, promovama introduo de mudanas na ormao pr e ps-graduada das
vrias disciplinas, de modo a permitir uma melhor preparao dosprossionais em aspectos essenciais dos cuidados de sade mentaldo uturo.
Uma distribuio mais equitativa dos recursos humanos dispo-nveis entre os grandes centros e a perieria s se poder atingiratravs da combinao de vrios tipos de medidas. Fundamental-mente, importa interromper o ciclo criado no passado, em que seoram admitindo sem critrio mais prossionais em alguns serviosdo Porto, Coimbra e Lisboa. Para interromper este ciclo, so, por
um lado, restringidas as entradas de novos prossionais em Porto,Coimbra e Lisboa aos casos em que estes novos prossionais quemclaramente vinculados a Equipas Comunitrias dos Servios Locais,e, por outro, so criados mecanismos que acilitem a xao de
A participao deoutros pros-sionais continuaainda muito longedo indispensvel
Distribuio maisequitativa dos re-cursos humanosdisponveis
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prossionais nos servios ora das trs principais cidades do Pas.Para acilitar a xao de prossionais nos locais onde existemmaiores carncias, recorre-se a dierentes estratgias. Para tornarmais atractivo o seu trabalho, so tomadas medidas que passam pelacriao de incentivos nanceiros e de boas condies de trabalho aosprossionais envolvidos. Por outro lado, promovida a vinculaoprecoce de prossionais a estes servios, na ase em que realizamo internato.
10.ARTICULAO COM AS ORDENS RELIGIOSAS EMISERICRDIAS
As Ordens Religiosas tm representado, no conjunto do sistemaprestador de cuidados de sade mental em Portugal, uma partemuito signicativa das respostas disponveis.A sua articulao comos servios do SNS est regulada por um acordo que vigora h maisde duas dcadas e que deve ser actualizado.
Proceder-se-, assim, a uma reviso daquele acordo, tendo emconta a legislao que enquadre os acordos com o sector social,nomeadamente o diploma que regulamente as respostas dierencia-das de cuidados continuados integrados de sade mental, dieren-ciando mais claramente os cuidados na doena aguda dos de longa
durao (cuidados continuados) e tornando mais claras as relaesde cooperao assistencial, atravs da denio de regras de ree-renciao entre os servios pblicos e os estabelecimentos depen-dentes dos Institutos das Ordens Religiosas.
O novo acordo denir ainda um modelo de nanciamentoassente em programas concretos, ajustados ao tipo de doentee de cuidados.
So igualmente criadas condies para que estas instituies se pos-sam integrar no processo de recongurao do modelo assistencial,
garantindo-lhes o acesso aos programas de desinstitucionalizaoque venham a ser desenvolvidos.Alm das Ordens Religiosas, tambm a Santa Casa da Misericr-
dia do Porto, que retomou a gesto do Hospital do Conde de Ferreira,
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11.INVESTIGAO
dando continuidade a perto de um sculo de actividade, tem sido umparceiro nesta rea da prestao de cuidados.
So assim desenvolvidas as iniciativas necessrias para se en-contrar um novo modelo de protocolo que obedea aos mesmosprincpios denidos para as Ordens Religiosas e que enquadrea cooperao que tem existido com estas Instituies.
Embora uma parte signicativa da investigao seja realizada emambiente acadmico, a prtica de investigao uma rea quedeve ser omentada, alargada a contextos no acadmicos e diun-dida/ disponibilizada ao maior nmero possvel de prossionais depsiquiatria e sade mental.
Para tal, so desenvolvidas aces a nvel da divulgao regularda actividade cientca, do nanciamento de projectos de investi-gao, da ormao em investigao clnica e avaliao de servios,assim como da promoo de uma experincia de investigaodurante a ase do internato da especialidade de psiquiatria.
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IMPLEMENTAO E AVALIAO
A experincia obtida, tanto em Portugal, como noutros pases,mostra que a principal razo pela qual muitos dos processos demelhoria dos cuidados de sade mental no conseguem alcanaros objectivos pretendidos tem a ver com diculdades de implemen-tao. Na verdade, a implementao das reormas dos servios desade mental , hoje em dia, um processo complexo, que envolve
mudanas importantes a nvel de instalaes, distribuio e or-mao dos recursos humanos, desenvolvimento de novos mtodosde trabalho e aectao de recursos nanceiros, entre outros.
De acordo com as recomendaes da OMS nesta matria, impor-ta assegurar, em primeiro lugar, a existncia de uma entidade queassuma a responsabilidade da coordenao da execuo do planoe que possua as competncias tcnicas indispensveis, bem comoa capacidade de deciso necessria para conduzir com xito um pro-cesso de reorma que implica mudanas estruturais importantes.
A necessidade desta coordenao oi proposta pela ComissoNacional para a Reestruturao dos Servios de Sade Mental,que incluiu entre as suas recomendaes a criao de uma unidadecoordenadora da implementao do Plano de Sade Mental, no m-bito do Ministrio da Sade e, igualmente, a existncia, em cadaAdministrao Regional de Sade, de uma unidade ou equipa coma competncia tcnica indispensvel para a coordenao das acesde mbito regional.
Assim, est previsto o desenvolvimento do Plano no mbito doAlto Comissariado da Sade, bem como a nomeao de um coorde-
nador nacional.A divulgao e discusso do Plano entre todas as pessoas que,directa ou indirectamente, tm a ver com prestao de cuidados desade mental, em particular a partir do SNS, essencial promoode uma ampla participao na implementao do Plano, pelo que seprev a organizao de conerncias e reunies para este m.
O xito da implementao do Plano depende, tambm, da capaci-dade de liderana dos que tm a responsabilidade da organizaodos cuidados a nvel das ARS, I.P. e das direces dos serviose programas de sade mental, pelo que se promover um progra-ma nacional de ormao de dirigentes em organizao e melho-ria dos cuidados de sade mental, com a colaborao de centrosde ormao competentes neste domnio.
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O desenvolvimento de experincias de demonstrao outra estrat-gia de eccia comprovada na implementao de reormas de servios.So, assim, promovidas experincias deste tipo nas reas de maiorinovao, como por exemplo, projectos de equipas e unidades desade mental comunitria e projectos de cuidados continuados.
Em complemento da monitorizao e avaliao interna, prev-seuma avaliao externa da reorma, a executar com a colaboraoda OMS, entre 2007 e 2012.
40 Plano Nacional de Sade Mental 20072016Resumo Executivo
V
Implementao e Avaliao
-
7/29/2019 saude mental preveno
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41Plano Nacional de Sade Mental 20072016 VImplementao e AvaliaoResumo Executivo
ACTIVIDADES RESPONSABILIDADE CALENDRIO INDICADOR
IMPLEMENTAO E AVALIAO DO PLANO DE SADE MENTAL
Divulgao do plano entre prossionais,utentes, amiliares, ONG e outras enti-dades da comunidade
ACS, CNP At 31/3/08 Nmero de activida-des de divulgaorealizadas
Organizao de uma conerncia nacio-nal sobre o plano, com a participao derepresentantes das vrias associaesprossionais e cientcas de psiquiatriae sade mental do pas, bem como de
peritos da OMS
CNP Entre 15/12/07e 31/7/08
Conerncia realizada
Desenvolvimento de Programa nacionalde ormao de dirigentes em organizaoe melhoria de servios de sade mental
CNP, com a colaboraode universidades
Entre 15/12/07e 30/6/09
Nmero de activi-dades de ormao
Desenvolvimento de experincias pi-loto (projectos de equipas e unidades desade mental comunitria)
CNP e servios de sa-de mental a determinar
Entre 1/2/08 e30/9/12
Nmero de projectos
Desenvolvimento de experincias pilotoe projectos de cuidados continuados
CNRCCI e CNP At 31/12/16 Nmero de projectosimplementados
Avaliao externa da implementao doplano Protocolo de cooperao com a OMS
Ministrio da Sade,ACS
Entre 15/12/07e 30/9/12
Elaborao do Proto-colo Relatrios de
avaliaoLEGISLAO E DIREITOS HUMANOS
Criao de Grupo de Trabalho sobre Direi-tos Humanos e Sade Mental
CNP, Ministrio da Jus-tia, Conselho Nacionalde Sade Mental eAssociaes de Utentese Familiares
31/3/08 Constituio do Grupo
INFORMAO, FINANCIAMENTO E GESTO
Criao de um sistema de inormao quegaranta, com ecincia, a recolha e trata-mento da inormao de todas as institu-
ies prestadoras
Ministrio da Sade(ACSS, CNP)
31/12/08 Sistema instalado emtodas as instituies
Estabelecer um oramento nacional paraa sade mental
A partir de2008
Oramento denido
Implementar modelo de nanciamentobaseado em princpios de contratualizao
31/3/08 Oramento-programa2009
Passagem dos DPSM a Centros de Res-ponsabilidade
CNP, ACSS, ARS, admi-nistraes dos hospitaise direces dos DPSM
At nal de2008
2 experincias piloto
At 31/12/10 30% dos DPSM
At 31/12/12 Todos os DPSM
Desenvolvimento de projectos inovadoresde gesto de servios com participaodos grupos de prossionais ou organiza-es no governamentais
CNP, ACSS At 31/12/083 experincias Nmero de projectoslanados
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42 Plano Nacional de Sade Mental 20072016Resumo Executivo
V
Implementao e Avaliao
ACTIVIDADES RESPONSABILIDADE CALENDRIO INDICADOR
RECURSOS HUMANOS
Levantamento, por estabelecimento desade, dos prossionais que esto a tra-balhar em servios de sade mental oucom interveno em sade mental.
ACSS, ARS e CNP At 30/6/08 Relatrio elaborado
Denir o modelo de uncionamento dasequipas dos servios de sade mental e asatribuies dos dierentes proissionais queintegram estas equipas. Redeinir os rcios
recomendados para cada grupo proissional
CNP em colaboraocom a ACSS
At 30/6/08 Documento commodelo denido
Estimar as necessidades previsveis deprossionais de sade mental nos prxi-mos 10 anos
Equipa de trabalho cons-tituda pela CNP, ACSSe ARS, com colaboraodas Unidades de Mis-so para os CuidazzdosPrimrios e para osCuidados ContinuadosIntegrados
At 30/10/08 Documento com esti-mativa eectuada
Elaborar e implementar um plano de or-mao em servio para prossionais chaveno desenvolvimento de novos servios de
sade mental
CNP com a colaboraoda OMS, instituiesde ensino do pas com
especial competnciana matria e ACSS
Elaborao at31/03/08.Implementao
entre 1/4/08 e31/12/12
Plano elaborado.Aces de ormaoeectivadas
Acordar com as autoridades com compe-tncia na matria a introduo de mudan-as na ormao ps-graduada dos die-rentes grupos prossionais envolvidos naprestao de cuidados de sade mentalque acilitem uma participao mais e-ciente destes prossionais em serviose programas de base comunitria
CNP e ACSS, em colabo-rao com as Ordensdos Mdicos e dos En-ermeiros, a AssociaoPr-Ordem dos Psic-logos, etc.
At 31/10/08 Protocolo de acordocelebrado
Elaborao de um plano de vagas de Inter-nato de Psiquiatria e Psiquiatria da Inn-
cia e Adolescncia, que tome em conside-rao a necessidade de acilitar a xaode mdicos aos servios menos centrali-zados, e, ao mesmo tempo, garantir umaormao slida dos novos psiquiatras
ACSS em colaboraocom ARS e CNP
At 31/10/08 Documento com plano
Elaborar plano de contrataes privi-legiando explicitamente as Equipas deSade Mental Comunitria (ESMC)
ACSS, ARS, CNP e conse-lhos de administrao dosHP e hospitais gerais dePorto, Coimbra e Lisboa
01/10/07 a31/12/08
Contratos eectuados
Reorar os recursos humanos dos ServiosLocais de Sade Mental mais periricos,utilizando quando necessrio os mecanis-
mos de mobilidade actualmente existentes
ACSS, conselhos deadministrao de HPe de hospitais gerais de
Lisboa, Porto e Coimbra,conselhos de adminis-trao dos servios peri-ricos em questo
At 31/7/09 Evoluo do nmerode prossionais
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43Plano Nacional de Sade Mental 20072016 VImplementao e AvaliaoResumo Executivo
ACTIVIDADES RESPONSABILIDADE CALENDRIO INDICADOR
Elaborar um novo modelo remuneratriodos prossionais das ESMC, que inclua,alm de uma remunerao base, suple-mentos relacionados com a produtivi-dade, bem como prmios relacionadoscom a complexidade e qualidade do tra-balho desenvolvido
ACSS, CNP At 31/12/08 Documento com novomodelo
DESENVOLVIMENTO DE SERVIOS LOCAIS DE SADE MENTAL MEDIDAS GERAIS
Denio dos princpios orientadores do
uncionamento das USMC/ECSM e dosrequisitos estruturais e humanos indis-pensveis para o seu desenvolvimento
CNP At 31/7/08 Documento tcnico
terminado
Desenvolvimento e avaliao de experin-cias piloto nas vrias regies do pas, des-tinadas a testar a eectividade de USMC/ECSM, que prestem cuidados a um sectorgeo-demogrco determinado e incluam:1- Programa integrado para Doentes Men-tais Graves, com manejo de casos porterapeutas de reerncia; 2- Programa deligao com a Sade Familiar e apoio a per-turbaes mentais comuns; 3- Programa deapoio a doentes idosos; 4- Programa de pre-veno nas reas da depresso e suicdio
CNP, ARS At 31/12/10 Nmero de experin-cias a uncionar
Dados de actividadee custos
Organizao progressiva nos SLSM deUnidades ou Equipas de Sade MentalComunitria (USMC/ECSM), responsveispelos cuidados prestados a sectores decerca de 80.000 habitantes, de acordocom a alnea a) do nmero 2 do art 10do Decreto-Lei 35/99, de 5 de Fevereiro
. At nal de2008. At 2012. At 2016
Entrada em unciona-mento de USMC/EC-SMC: 5 UnidadesPelo menos uma porSLSM Cobertura total
DESENVOLVIMENTO DE SERVIOS LOCAIS DE SADE MENTAL PLANEAMENTO REGIONAL
DESENVOLVIMENTO DA REDE DE SERVIOS LOCAIS DE SADE MENTAL DA REGIO NORTE
Funcionamento com plano de actividadesprprio e dotao de oramento privativodas Equipas Comunitrias de Matosi-nhos, Porto, Pvoa/Vila do Conde e SantoTirso/Troa, do HML. Preparao da suatranserncia para o Hospital Geral deSanto Antnio, Unidade Local de Sadede Matosinhos e para os Centros Hospi-talares de Pvoa de Varzim/Vila do Condee do Mdio Ave
CNP, ARS Norte 31/12/08[Preparao detransernciaem uno dodesenvolvimen-to de novosservios
Planos de actividadese oramentos
Criao dos Servios de Psiquiatria eSade Mental naqueles hospitais visando
a transerncia de responsabilidades
At 31/12/08 Servios criados
Desenvolvimento de servios de mbitoregional no HML
At 31/12/08 Servios regionaiscriados
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44 Plano Nacional de Sade Mental 20072016Resumo Executivo
V
Implementao e Avaliao
ACTIVIDADES RESPONSABILIDADE CALENDRIO INDICADOR
DESENVOLVIMENTO DA REDE DE SERVIOS LOCAIS DE SADE MENTAL DA REGIO NORTE
Consolidao das medidas tomadas noperodo anterior, com o desenvolvimentode diversas respostas na comunidadenas dierentes reas assistenciais
CNP, ARS Norte At 31/12/16 Servios e unidadescriados
Como resultado do alargamento da reada ARS Norte at aos limites da NUT IINorte, as reas a sul do Douro transitarampara SLSM da Regio e ser criado o DPSM
do Hospital de S. Sebastio
At 31/12/08 DPSM do Hospital deS. Sebastio criado
Medidas para a reabilitao e desinstitu-cionalizao de doentes psiquitricos deacordo com plano a denir
CNRCCI, CNP, ARSNorte
At 31/12/16 Unidades criadas
DESENVOLVIMENTO DA REDE DE SERVIOS LOCAIS DE SADE MENTAL DA REGIO CENTRO
Criao do Centro Hospitalar Psiquitricode Coimbra juntando o HSC, o Hospital doLorvo e Centro Psiquitrico de Recupe-rao de Arnes, com sede no HSC
CNP, ARS Centro At 31/1/08 Centro Hospitalarcriado
Acerto das reas de infuncia dos vriosservios de acordo com a nova congu-
rao da regio Centro
At 31/12/08 Documento com novasreas de infuncia
Transerncia dos servios locais da reaaecta ao Hospital do Lorvo para o HSCe integrao das Unidades de Agudos deambos no HSC
At 31/12/08 Transerncia eectuada
Criao das Unidades de Sade MentalComunitria de Pinhal Interior e LitoralSul, aectas ao Centro Hospitalar Psiqui-trico de Coimbra
At 31/12/08 Unidades criadas
Criao da Unidade de Sade Mental Comu-nitria do Litoral Norte, aecta aos HUC
At 31/12/09 Unidade criada
Reorganizao do atendimento das urgn-cias de Coimbra num nico local
At 31/12/08 Funcionamento cen-tralizado da urgncia
Desenvolvimento das Unidades deSade Mental Comunitria de Pinhal Sule Coimbra Norte
At 31/12/12 Relatrios sobreuncionamento dasnovas unidades
Transerncia do internamento de agu-dos do Centro Hospitalar Psiquitrico deCoimbra para hospital geral
At 31/12/16 Novo DPSM criadoe dados de actividadeassistencial
Medidas para a reabilitao e desinstitu-cionalizao de doentes psiquitricos deacordo com plano a denir
CNRCCI, CNP, ARSCentro
At 31/12/16 Nmero de doentesenvolvidos
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4Plano Nacional de Sade Mental 20072016 VImplementao e AvaliaoResumo Executivo
ACTIVIDADES RESPONSABILIDADE CALENDRIO INDICADOR
DESENVOLVIMENTO DA REDE DE SERVIOS LOCAIS DE SADE MENTAL DA REGIO DE LISBOA E VALE DO TEJO
Constituio de um Centro Hospitalarjuntando o HJM e o HMB
CNP, ARS LVT At 31/12/07 Centro Hospitalarcriado
Abertura do internamento do HospitalGarcia de Orta e transerncia da respon-sabilidade assistencial plena da rea deAlmada/Seixal para o DPSM deste hospital
At 31/7/08 Dados de actividadeassistencial
Funcionamento com plano de actividadesprprio e oramento privativo da EquipaComunitria de Sintra do HMB e pre-parao da sua transerncia para o HFF
At 31/12/08 Plano de actividadese oramento
Criao de DPSM no Centro Hospitalar deLisboa, Zona Central, de modo a integrardesde j a valncia de sade mental napreparao em curso do uturo HospitalTodos os Santos
At 31/12/08 Diploma de criao
Funcionamento com plano de actividadesprprio e dotao de oramento privativoda Equipa Comunitria de Loures do HJMe incio de preparao da sua transern-cia para o novo hospital de Loures
At 31/12/08 Plano de actividadese oramento
Funcionamento com plano de actividadesprprio e dotao de oramento privativoda Equipa Comunitria de Torres Vedras doHJM e incio de planeamento da criao doDPSM de Torres Vedras/Caldas da Rainha
CNP, ARS Lisboa e Valedo Tejo
At 31/12/09 Plano de actividadese oramento
Funcionamento com plano de actividadesprprio e dotao de oramento privativoda Equipa Comunitria de Vila Franca deXira e incio de planeamento da criao doDPSM do Hospital Reynaldo dos Santos
At 31/12/09 Plano de actividadese oramento
Novas instalaes para o DPSM do CHLO At 30/6/09 Novas instalaes
criadas
Reestruturao das urgncias psiquitri-cas de Lisboa e Vale do Tejo: Concen-trao do atendimento das urgncias
At 31/12/08 Dados sobre activi-dade assistencial
Contratao de mais pessoal no CentroHospitalar Mdio Tejo, de modo a asse-gurar o uncionamento do internamento
At 31/12/08 Prossionais con-tratados
Redenio das reas de infunciados vrios servios de sade mental daRegio, de acordo com as novas reas deinfuncia dos hospitais gerais
At 31/12/08 Documento comnovas reas deinfuncia
Aumento do nmero de camas do inter-namento do DPSM do HFF
At 31/12/12 Relatrio da ampli-ao
Transerncia dos cuidados de sade men-tal da rea de Sintra para o DPSM do HFF
At 31/12/12 Dados da actividadeassistencial
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46 Plano Nacional de Sade Mental 20072016Resumo Executivo
V
Implementao e Avaliao
ACTIVIDADES RESPONSABILIDADE CALENDRIO INDICADOR
DESENVOLVIMENTO DA REDE DE SERVIOS LOCAIS DE SADE MENTAL DA REGIO DE LISBOA E VALE DO TEJO
Criao dos DPSM de Torres Vedras/Caldas da Rainha, do Centro Hospitalarde Cascais, Loures, Reynaldo dos Santose Todos os Santos
CNP, ARS Lisboa e Valedo Tejo
At 31/12/12 Diplomas de criao
Transerncia dos cuidados de sademental das reas de infuncia do CentroHospitalar de Cascais, dos hospitais deLoures, Reynaldo dos Santos, Todos os
Santos e Torres Vedras/ Caldas da Rainhapara os DPSM nestes hospitais
At 31/12/12 Dados da actividadeassistencial
Construo das instalaes do DPSM deTorres Vedras/ Caldas da Rainha
At 31/12/12 Relatrios da obra
Medidas para a reabilitao e desinstitu-cionalizao de doentes psiquitricos deacordo com plano a denir
CNRCCI, CNP, ARS LVT At 31/12/16 Nmero de doentesenvolvidos
DESENVOLVIMENTO DA REDE DE SERVIOS LOCAIS DE SADE MENTAL DA REGIO DO ALENTEJO
Criao de condies para a instalao daunidade de internamento para doentesagudos no Hospital do Esprito Santo
(vora)
CNP, ARS Alentejo At 31/12/08 Nova unidade criada
Desenvolvimento de um programa quepermita assegurar a continuidade dos cui-dados essenciais s populaes do distritode Beja, atravs do reoro da equipa desade mental (projecto piloto, a desen-volver com carcter de urgncia) e assegu-rar a criao de unidade de internamento
At 31/12/08 Dados sobre activi-dades assistenciais
Assegurar a criao de um novo internamen-to de agudos integrado no edicio da Uni-dade Local de Sade do Norte Alentejano
At 31/12/08 Novo internamentocriado
Melhorar o atendimento das urgnciasnos vrios distritos, explorando a possi-bilidade de estabelecer ormas de coope-rao entre eles.
At 31/12/08 Protocolo de acordoeectuado
Medidas para a reabilitao e desinstitu-cionalizao de doentes psiquitricos deacordo com plano a denir
CNRCCI, CNP, ARSAlentejo
At 31/12/16 Alternativas criadas
DESENVOLVIMENTO DA REDE DE SERVIOS LOCAIS DE SADE MENTAL DA REGIO DO ALGARVE
Incluir um novo DPSM no programa donovo hospital central do Algarve
CNP, ARS Algarve At 31/3/08 Programa uncionaldo novo hospital
Desenvolver um projecto de Unidade ou
Equipa de sade mental comunitria
At 31/12/08 Documento com
projectoReorganizar o atendimento das urgncias At 31/12/08 Protocolo de acordo
eectuado
Medidas para a reabilitao e desinstitu-cionalizao de doentes psiquitricos deacordo com plano a denir
CNRCCI, CNP, ARSAlgarve
At 31/12/16 Unidades criadas
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47Plano Nacional de Sade Mental 20072016 VImplementao e AvaliaoResumo Executivo
ACTIVIDADES RESPONSABILIDADE CALENDRIO INDICADOR
SERVIOS DE SADE MENTAL DA INFNCIA E DA ADOLESCNCIA
Criao de Novas Unidades/ Servios: CNP, ARS N de unidadescriadas
4 na Regio de Lisboa e Vale do Tejo; 2 naRegio Centro; 3 na Regio Norte
At 31/12/09
2 na Regio Alentejo; 2 na Regio Algarve At 31/12/12
Nos novos Hospitais, de acordo com asnecessidades locais
At 31/12/16
Abertura de 1 Unidade de Internamentono Departamento de Psiquiatria da Inn-cia e Adolescncia de Coimbra
CNP, ACSS, ARS Centro At 31/12/09 Abertura da unidade
Criao de 10 Equipas piloto de SadeMental Comunitria
At 31/12/09 Arranque das equipas
Criao de novas Equipas ACSS, ARS At 31/12/16 Arranque das equipas
Estudar a possibilidade de, integradamentecom as polticas de inncia e juventude, cri-ar estruturas residenciais na comunidade
CNRCCI, CNP e MTSS De acordo complano
Residncias criadas
Criao de grupo de trabalho misto paradenio de respostas a problemas de
Crianas e Jovens em Risco
CNP, MTSS, Ministriosda Justia e da Educao
31/3/08 Protocolo do acordo
Formao de mdicos especialistas eacordo com plano de vagas a denir
CNP, ACSS, ARS At 31/12/09At 31/12/12At 31/12/16
N de internos queconcluem a ormao
Programa de Sade Mental na Gravideze Primeira Inncia European EarlyPromotion Project
CNP At 31/12/09 Implementao doprograma
MELHORIA DA QUALIDADE
Desenvolvimento de uma poltica de ava-liao e garantia de qualidade (metodo-logia, seleco de indicadores, processo
de implementao, recurso a entidadesexternas de avaliao)
CNP At 30/6/08 Documento pronto
Avaliao de qualidade dos servios nacio-nais, abrangendo os vrios dispositivos deprestao de cuidados e a rea de cumpri-mento de direitos dos doentes (atravs dorecurso a instrumentos da OMS)
SLSM, entidade ex-ternade avaliao
At 31/12/08 Proporo de Uni-dadesem que o processooi nalizado
Avaliao dos nveis de satisao dosutentes dos servios de psiquiatria,englobando elementos quantitativos equalitativos
CNP desenho do mode-lo de avaliao
At 30/6/2008 Nvel mdio de satis-ao dos utentes dosservios de psiquia-tria (dierenciando osvrios dispositivos)
SLSM implementao A partir de1/10/08. Aplicao derotina. Anlise pelomenos anual
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4 Plano Nacional de Sade Mental 20072016Resumo Executivo
V
Implementao e Avaliao
ACTIVIDADES RESPONSABILIDADE CALENDRIO INDICADOR
MELHORIA DA QUALIDADE
Implementao de normas de tipo organi-zativo na actividade de rotina em todos osservios do pas (eg, protocolo de recep-o e acolhimento, direitos e deveres deutentes, inormao genrica sobre osprocessos teraputicos)
CNP coordenao daelaborao das normase guidelines
At 31/10/08 Proporo de serviosque tm um sistemade normas organizati-vas implementado
Implementao de normas de boas prti-cas assistenciais
CNP denio dasnormas
SLSM implementao
At 31/12/08 Normas elaboradas eimplementadas
Elaborao e implementao de normassobre programas teraputicos integradospara doentes com perturbaes psiqui-tricas graves, incluindo reabilitao, deacordo com a evidncia cientca
SLSM implementao At 31/10/08 Normas produzidase diundidas pelosServios
At 31/12/08 Proporo deServios com normasimplementadas
INVESTIGAO
Levantamento regular e divulgao eec-tiva da produo cientca na rea da
psiquiatria e sade mental realizada emPortugal ou com a participao de pros-sionais portugueses
CNP Levantamentoeectuado
durante os3 primeirosmeses de cadaano
Apresentao daproduo cientca
(indexada) de2007em website at 30 deAbril de 2008A partir da, mantercom regularidadeanual
Negociao de uma linha de nancia-mento para investigao em epidemio-logia e em avaliao de programas deinterveno integrada em psiquiatria esade mental
CNP, FCT Negociao aser eectuadaat 31/12/08
Acordo rmado
Organizao de dois cursos modulares
de curta durao (na rea de investi-gao clnica e na rea de avaliaode programas e servios), que possamser eectuados em diversos pontos dopas, nomeadamente ora dos grandescentros urbanos, com dois objectivos:1- melhorar as competncias em meto-dologia de investigao e 2- omentara criao inormal de redes de investi-gao entre diversos centros com inte-resses similares
Promoo a cargo da
CNP, com colaboraode prossionais, servi-os, departamentoscom experincia cient-ca reconhecida
Organizao
dos mdulosat 31/7/08
Mdulos disponveis
at 31/3/08
Incio dos cursos em2008
Implementao de 3 a 5 projectos-piloto de
avaliao de servios ou de eectividade deprogramas de interveno integrada (eg,perturbaes psicticas, ligao aos cuida-dos primrios de sade, suicdio, psiquia-tria da inncia e adolescncia)
Promoo e seleco
dos projectos (median-te candidatura) a cargoda CNP, com nancia-mento pblico
Elaborao e
seleco at30/10/08
Seleco dos projec-
tos terminada em30/6/08
Incio dos projectosem Julho de 2008
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4Plano Nacional de Sade Mental 20072016 VImplementao e AvaliaoResumo Executivo
ACTIVIDADES RESPONSABILIDADE CALENDRIO INDICADOR
Estimular a prtica de investigaodurante os Internatos Mdicos (psiquia-tria, psiquiatria da inncia e adolescn-cia), atravs da criao de um estgioobrigatrio de investigao, realizadoem instituio credenciada em Portugalou no estrangeiro, com a durao mnimade 3 meses, a negociar com as entidadescompetentes na matria
Colgios das Especia-lidades da Ordem dosMdicos, em colabo-rao com os Departa-mentos Universitriosde Psiquiatria e SadeMental
Negociaoeectuada at31/12/08
Incio em 2008 ou nomomento da revisodos contedos dosInternatos
DESENVOLVIMENTO DE SERVIOS REGIONAIS
Denio dos princpios orientadores dodesenvolvimento e uncionamento dasunidades para doentes inimputveis
Ministrios da Justia eda Sade
At 31/10/08 Documento terminado
Denio dos princpios orientadores dodesenvolvimento e uncionamento das uni-dades para doentes diceis e para per-turbaes do comportamento alimentar
CNP At 31/10/08 Documento terminado
Elaborao do plano de desenvolvimentodas unidades regionais
At 31/10/08 Plano terminado
HOSPITAIS PSIQUITRICOS
Desenvolver os servios locais de sademental assegurados pelos HP, reorandoa interveno comunitria
Administraes dos HP Incio imediato.Todas asequipas comoramentoprprio em2009
Nmero de equipascom oramentoprprio. Actividadesassistenciais
Concentrar o internamento de doentesagudos em HP de Coimbra, no HSC
Administrao do Cen-tro Hospitalar Psiqui-trico de Coimbra
At 31/12/08 Nmero de doentesinternados nos HP deCoimbra
Transerir para os novos hospitais geraisos servios locais das respectivas reasde infuncia
CNP,administraesdos HP, administraesdos novos Hospitais
Gerais com Psiquiatria
medida queorem sendocriados
DPSM criados
Concentrar as respostas prestadas por HPem Porto, Coimbra e Lisboa num nicohospital em cada cidade (HJM, HML e HSC)
CNP, administraesdos HP
At 31/12/12 Nmero de HP emLisboa e Coimbra
Transerir todos os servios locais desade mental ainda dependentes de HPpara DPSM com base em hospitais gerais
CNP, administraes dosHP, administraes dosnovos Hospitais Geraiscom Psiquiatria
31/12/16 DPSM criados
Reorganizar os espaos e reconverter osrecursos dos HJM, HML e HSC, de modo aassegurar o uncionamento dos servios
regionais de sade mental de base instituci-onal previstos em Lisboa, Porto e Coimbra.
CNP, Administraesdos HP
Progressiva-mente, at31/12/2016
Servios regionaiscriados
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0 Plano Nacional de Sade Mental 20072016Resumo Executivo
V
Implementao e Avaliao
ACTIVIDADES RESPONSABILIDADE CALENDRIO INDICADOR
HOSPITAIS PSIQUITRICOS
Preparar a sada dos doentes a desins-titucionalizar
CNRCCI e CNP De acordocom o ritmode criao deestruturasdos cuidadoscontinuados
Nmero de doentesdesinstitucionali-zados
REABILITAO, DESINSTITUCIONALIZAO, INTEGRAO SOCIAL E CUIDADOS CONTINUADOS
Aprovao do Diploma sobre as respostasde cuidados continuados no mbito dasade mental )
MTSS, CNRCCI e CNP 31/3/08 Diploma aprovado
Nomeao do Grupo Tcnico Coordena-dor das respostas de cuidados continu-ados no mbito da sade mental a nvelnacional
31/01/08 Nomeao eectuada
Elaborao do Plano de Aco do GrupoTcnico Coordenador das respostasde cuidados continuados no mbito dasade mental a nvel nacional
MTSS, CNRCCI e CNP At 31/7/08 Plano elaborado
Lanamento de experincias piloto de
acordo com plano a denir
CNRCCI, MTSS e CNP 30/6/08 Experincias iniciadas
Desenvolvimento de experincias pilotoe projectos de cuidados continuados deacordo com plano a denir
CNRCCI, MTSS e CNP Entre 15/12/07e 30/9/12
Nmero de projectos
Regulamentao do emprego apoiadopara pessoas com doena mental no m-bito da reviso das polticas de empregoactivo em curso.
CNP, Instituto doEmprego e FormaoProssional / MTSS
31/12/08 Projecto de diplomalegal
Regulamentao da habitao apoiada CNP, Instituto da Habi-tao e ReabilitaoUrbana
31/12/08 Parcerias com asautarquias
Lanamento de projectos de CuidadosContinuados Integrados de Sade Mentalde acordo com o plano a denir
CNRCCI, CNP e MTSS Projectos deacordo complano nacional(2008-2016)
Relatrios dosprojectos
Medidas para reabilitao e desinstituci-onalizao de doentes psiquitricos deacordo com plano a denir.
CNRCCI, CNP, ACSS,ARS
Entre 15/12/07e31/12/16
Nmero de doentesenvolvidos em proces-so de reabilitaoe de novas unidades
Apoio do desenvolvimento de ONG querepresentam utentes e amlias e gruposde auto-ajuda, de acordo com a legis-lao prpria
CNP, INR / MTSS A partir de2008
Apoios nanceiros ede outro tipo dispen-sados
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1Plano Nacional de Sade Mental 20072016 VImplementao e AvaliaoResumo Executivo
ACTIVIDADES RESPONSABILIDADE CALENDRIO INDICADOR
ARTICULAO COM AS ORDENS RELIGIOSAS E MISERICRDIA DO PORTO
Constituio de um grupo de trabalhomisto para elaborar uma proposta con-creta de reviso do acordo de 1983 comas Ordens Religiosas
CNRCCI, CNP Propostaapresentadaat 31/7/08
Documento c/proposta
Denio de um protocolo de cooperaocom as Ordens Religiosas
At 31/12/08 Protocolo acordado
Constituio de um grupo de trabalhomisto para elaborar uma proposta con-creta de reviso do Protocolo com a San-ta Casa da Misericrdia do Porto
CNRCCI, CNP, ARSNorte
Propostaapresentadaat 31/7/08
Documento c/proposta
Denio de um protocolo de coope-rao com a Santa Casa da Misericrdiado Porto
At 31/12/08 Protocolo acordado
SADE MENTAL E CUIDADOS PRIMRIOS
Promover Aces de Formao / Sensi-bilizao dos clnicos gerais na rea daSade Mental nos Centros Sade
Departamentos de Psi-quiatria / SLSM (em arti-culao com os vriosCentros de Sade darea geogrca)
Anual, de 2008em diante
N de sesses / ano
Promover a articulao com os Cuidadosde Sade Primrios
MCSP, CNP:
Departamentos dePsiquiatria/ SLSM
Direco dos Centrosde Sade
Anual, de 2008em diante
N de reunies / ano
Promover a melhoria da inormao dereerenciao e de retorno
Anual, de 2008em diante
Relatrio anual comanlise crtica e pro-postas de melhoria /Unidade de SadeMental
Promover a divulgao e partilha de in-ormao sobre indicadores de SadeMental na populao a cargo
2008 emdiante
Relatrio anual /Unidade de SadeMental
ARTICULAO INTERSECTORIAL NA REA DA PREVENO/PROMOO
Luta contra o estigma CNP, comunicaosocial, ONG, utentes eamlias
2008-2010 Campanha NacionalAntiestigma
Apoio a grupos vulnerveis ou em riscosocial
CNP, MTSS 2008-2016 Cooperao com asComisses de Pro-teco de Crianas eJovens em Risco
Luta contra a excluso social dos semabrigo
CNP, MTSS, autarquias 2008-2010 Parceria com aCmara Municipal deLisboa
Criao de Plataorma de Aco para aPreveno em Sade Mental (cooperaoentre os diversos sectores das polticas)
CNP, MTSS, da Sade eda Educao
At 31/12/08 Protocolo da Plata-orma
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2 Plano Nacional de Sade Mental 20072016Resumo Executivo
V
Implementao e Avaliao
ACTIVIDADES RESPONSABILIDADE CALENDRIO INDICADOR
ARTICULAO INTERSECTORIAL NA REA DA PREVENO/PROMOO
Preveno do suicdio e da depresso CNP, MCSP Avaliao demodelo at31/12/08Disseminaode modeloentre 1/1/09 e31/12/12
Relatrios de ava-liao
Estabelecimento de acordo com o IDT
sobre preveno do abuso do lcool edas drogas
CNP, IDT 31/12/08 Protocolo do acordo
Preveno da violncia domstica e doabuso inantil
CNP, MTSS, da Edu-cao,CIG
Avaliao demodelo at31/12/08Disseminaode modeloentre 1/1/09 e31/12/12
Relatrios de ava-liao
ARTICULAO COM O INSTITUTO DA DROGA E DA TOXICODEPENDNCIA
Denio dos princpios de colaborao