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Cozinha à distância de um cliquePrograma de Formação em E-learning
14 de Junho de 2011
Docente:Luís Tinoca
Discentes:André Duarte
Cátia Santos
Nádia Gomes
Licenciatura em Ciências da Educação - 2º Semestre do 2º AnoTeorias da Aprendizagem em E-Learning
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IntroduçãoCurso de Formação em E-Learning
! Este curso de formação foi realizado no âmbito da Unidade Curricular de Teorias da
Aprendizagem em E-Learning, do segundo semestre do segundo ano, da Licenciatura em Ciências da
Educação do Instituto da Educação da Universidade de Lisboa.
Neste projecto iremos desenvolver um curso de formação, nomeadamente em E-Learning, no
qual desenhamos todo o contexto de aprendizagem, de forma a ser um processo activo da construção
do conhecimento.
O nosso curso de formação tem como temática a culinária, no qual demos o nome de “ Cozinha
à distância de um clique”, pois todos os que têm interesse neste tema poderão trocar experiencias e
conhecimentos sobre o mesmo.
O nosso projecto tem por objecto geral proporcionar a um vasto público (comunidade) a
oportunidade de aprender e ao mesmo tempo de ajudar a compreender sobre o interesse em comum
que todos os aprendizes têm.
O programa está dividido em:
• Cenário (E-Learning);
• Teoria da Aprendizagem (Comunidades de Prática);
• Objectivos do curso de formação;
• Modelo Pedagógico do curso;
• Indicações para os Formadores;
• Estrutura do curso;
• Metodologia da Avaliação a aplicar no curso;
• As Ferramentas de Comunicação que o curso terá de contemplar;
• Indicações para os Estudantes;
• Tarefas que os Estudantes vão ter de desenvolver;
• População alvo;
• Requisitos de candidatura para o curso;
• Organização e Horários do curso;
• Duração do curso.
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O Cenário
! Para o desenvolvimento deste curso optámos pelo cenário em E- learning. É
um modelo de ensino não-presencial suportado por ferramentas tecnológicas (síncronas e
assíncronas) escolhidas de acordo com os nossos objectivos, para desta forma facilitarmos
o acesso de todos os indivíduos, de forma a não haver impedimentos geográficos,
temporais e presenciais. Todos podem contemplar as aprendizagens que o curso
disponibiliza, consoante a disponibilidade que têm, pois não exige hora fixa nem
presença obrigatória numa sala aula tradicional, cada um realiza as suas actividades como
uma auto-gestão do seu trabalho.
Um outro ponto importante relativamente à escolha do cenário em E-learning
tem a ver com as questão práticas que o curso exige, pois queríamos demonstrar que um
curso tão prático como é confeccionar iguarias poderá ser desenvolvido exclusivamente,
como o próprio nome do nosso programa de formação indica, “Cozinha à distância de
um clique”, é possível ser desenvolvido. Tendo em conta a relevância do ambiente de
aprendizagem centrado na comunidade, estes ambientes potenciam as interacções sociais
e normas que valorizam a compreensão, o que leva os aprendentes a ter liberdade de errar
enquanto aprendem porque os pares não são competitivos mas sim cooperativos e
colaborativos em todo o trabalho desenvolvido. A existência de feedback da parte de
todos os participantes é um outro facto que fomenta uma vinculação entre a
comunidade, proporcionando uma boa aprendizagem e troca de conhecimentos. Desta
forma o ensino em E-learning potencia o aumento da possibilidade de divulgação do
conhecimento e da participação de um maior número de pessoas.
A Teoria de Aprendizagem! Comunidades de Prática (ou Communities of Practice”). São formadas por
pessoas que se envolvem num processo de aprendizagem colectiva, num contexto
partilhado de actividades. Estas pessoas partilham interesses comuns, cooperando entre
si, de forma a desenvolverem a sua aprendizagem relativamente a esse tema. No nosso
curso em particular, esperamos que se crie um espaço de produção de conhecimento e de
debate que possibilite o desenvolvimento das técnicas e capacidades de cada participante
no que diz respeito não só à Culinária mas também no trabalho em equipa.
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Para o nosso trabalho a teoria de aprendizagem seleccionada foi “comunidades de
prática”, sendo a mais adequada tratando-se de trabalho em grupo. A aprendizagem
engloba um processo de envolvimento em uma comunidade de prática, e nesse sentido
pretendemos através de fóruns de discussão e outras áreas de partilha, como o glossário,
possibilitar a interacção e a cooperação entre indivíduos.
Comunidades de prática são formadas por pessoas que se envolvem num processo
de aprendizagem colectiva, num contexto partilhado de actividades. Estas pessoas
partilham interesses comuns, cooperando entre si, de forma a desenvolverem a sua
aprendizagem relativamente a esse interesse.
Temos como foco que no nosso trabalho os participantes possam debater ideias,
conhecimentos e práticas no fórum de discussão, partilhando informação. Essa partilha é
muito importante para que cada indivíduo possa arrecadar e arquivar outras informações,
experiências, conhecimentos, ideias, pontos de vista diferentes daqueles que já possuía.
Deste modo, verifica-se um trabalho de equipa em comunidade, e neste aspecto,
temos também presente no nosso trabalho o blog individual, que possibilita a cada
indivíduo, guardar aquilo que o próprio sabe e conhece. Esta funcionalidade é um género
de portefólio em que se encontra presente os conhecimentos iniciais do utilizador e,
consequentemente, irão sendo anexadas as suas actividades de partilha e cooperação com
outras pessoas. Acaba por ser um “álbum de conhecimento”, onde se encontra o percurso
de aprendizagem do formando, como resultado da partilha e cooperação em grupo.
Uma das metas da Formação é que o grupo de formandos dê seguimento a esta
partilha e cooperação em grupo. A comunidade não deve apenas restringir-se ao período
de formação, mas sim dar continuidade ao trabalho em equipa, mantendo o espírito e
motivação de partilha e troca de informação, conhecimento e experiências em equipa,
sendo a entreajuda uma característica da comunidade.
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Os Objectivos
✴Demonstrar que um actividade prática como cozinhar pode ser descoberta
através de um método não tradicional neste área (Ensino a Distância).
✴Proporcionar o contacto entre pessoas de vários pontos do país com um interesse
em comum - a Culinária
✴Mostrar aos participantes que a capacidade de confeccionar iguarias saborosas e
atractivas está ao alcance de todos os que se interessam pela culinária
✴Desenvolver espírito de partilha, cooperação e troca de experiências
✴Aplicas técnicas e conceitos apreendidos nos módulos temáticos
✴Proporcionar um espaço para ensaiar novas experiências culinárias
✴Constr u i r juntamente com os formandos um referencia l teór ico
permanentemente disponível
✴Promover a reflexão em torno das práticas de concepção já existentes,
incentivando-se a partilha de experiências e soluções entre os formandos
interessados no reforço das suas competências culinárias
Modelo Pedagógico!
! Este curso é destinado a indivíduos geograficamente afastados, sendo a
aprendizagem mais adequada a aprendizagem colaborativa. Neste tipo de aprendizagem
são utilizadas ferramentas colaborativas de grupo de formandos, no qual a aprendizagem
é feita em grupo/equipa permitindo assim a interacção, cooperação e colaboração
mostrando assim uma maior capacidade para produzir conhecimento de mais qualidade,
maior diversidade de ideias e desenvolver o espírito crítico. As características
fundamentais da aprendizagem colaborativa referem-se à formação centrada mais nas
actividades do formando do que no formador; dá ênfase ao apoio mútuo entre os
formandos para encontrar respostas para temas de interesse comum; a aprendizagem é
baseada na resolução de problemas através da análise e debate entre grupo de formandos
e por fim dá prioridade à criatividade.
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Indicações para o(s) Formador(es)
! O formador deverá saber organizar e planificar os conteúdos a leccionar e as
actividades a realizar. Deverá ainda ser responsável por motivar os formandos a participar e
construir um ambiente de confiança e descontracção que permita o desenvolvimento de coesão
e empatia de grupo, encorajando todos os participantes a contribuir para a produção de
conhecimento, gerindo também conflitos eventualmente existentes. É ainda importante que o
formador tenha especial cuidado com a sua visibilidade, entregando aos formandos um papel
mais activo sempre que necessário.
! No curso desenvolvido, o feedback é bastante importante pois é um processo que
tem bastante destaque na aprendizagem tanto para os formandos como para o formador. O
feedback está presente em vários momentos, tanto a nível formativo como sumativo. Quanto a
nível formativo verifica-se com as participações semanais nos fóruns de discussão e nas
diferentes ferramentas disponíveis para os formandos; a nível sumativo irá constatar-se nas
avaliações das tarefas semanais, no qual a situação de aprendizagem termina com a avaliação
dessas mesmas tarefas. Uma outra forma no qual irá estar presente o feedback, para o formador
compreender o ponto de situação de cada formando ao iniciar o curso, será um questionário.
Estrutura do Curso! Para uma maior facilidade na organização da informação, o curso divide-se em 9
módulos, sendo o último dividido em sub-módulos:Módulo IMASSAS
Duração - Uma semana
Módulo II CARNE
Duração - Uma semanaMódulo III
PEIXE Duração - Uma semana
Módulo IVSALADAS
Duração - Uma semanaMódulo V
ENTRADAS E APERITIVOS Duração - Uma semana
Módulo VIBOLOS E SOBREMESAS
Duração - Uma semana
Módulo VII COZINHA VEGETARIANA E
MACROBIÓTICA
Duração - Uma semanaMódulo VIII
SOPAS Duração - Uma semana
Módulo IXCOZINHA INTERNACIONAL
Duração - Indefinido: uma semana por tema
Culinária JaponesaCulinária ChinesaCulinária AfricanaCulinária ItalianaCulinária Francesa
Culinária MarroquinaCulinária Mexicana
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Metodologia de Avaliação! A formação tem por base no Sistema de Ensino à Distância. As informações e os
conteúdos estão disponíveis permanentemente. No final de cada semana, cada formando deverá
escolher uma receita de acordo com o Módulo em discussão e confeccioná-la, colocando o
respectivo vídeo e a justificação de cada etapa da receita no Blog individual. Este vídeo será
avaliado de acordo com vários elementos, entre eles a criatividade, o rigor e a clareza na
explicação.
! Também a participação nas diferentes ferramentas e o auxílio prestado aos colegas de
formação serão elementos de avaliação, que deverá ser contínua.
As ferramentas de comunicação! Modelo de ensino não-presencial suportado por ferramentas tecnológicas escolhidas
de acordo com os nossos objectivos, para nos permitir um aumento de hipóteses a utilizar pelos
formandos.
! Fóruns de discussão
! Debate de ideias, troca de conhecimentos e de experiências, partilha de informação.
Organizados por tema. Semanais, de acordo com as temáticas abordadas nos diferentes módulos.
Esta participação no fórum tem como objectivo o debate entre os formandos, de forma a
que todos participem e aprendam uns com os outros. Esta actividade é representativa de
comunidade de prática, em que um grupo de pessoas com um interesse em comum, partilham
informação, ideias e opiniões, possibilitando o desenvolvimento da aprendizagem.
! Glossário
! Pretende reunir os significados das expressões utilizadas pelos participantes dos ingredientes discutidos e das técnicas enunciadas quer nos fóruns de discussão quer nas aulas.
! Recursos
! Pretende constituir uma fonte de informação permanentemente disponível, construída juntamente com os formandos
! Chats
! Organização de discussões semanais sobre cada módulo
! Blogs Individuais
! Enquanto plataformas de publicação e comunicação assíncrona, pretendemos que seja um género de portfólio onde fique registado todo o percurso de aprendizagem do formando, como resultado da partilha e cooperação em grupo.
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Indicações para os estudantes
! Os formandos deverão responder a um inquérito inicial que visa compreender
os conhecimentos, as experiências e as preferências dos participantes numa fase inicial.
! Para poderem efectuar as actividades de avaliação no decorrer do curso os
alunos precisarão de uma câmara de filmar e por sua vez uma máquina fotográfica para
publicar os seus vídeos e respectivas fotografias das iguarias que que confeccionarem.
Tarefas1. Conferências semanais com os chefs de cozinha sobre o tema abordado pelo módulo e
respectiva discussão, comentários e reflexão;
2. Confecção e gravação de uma receita escolhida pelos formandos de acordo com os
módulos, justificando a escolha e explicando os passos e as opções tomadas;
3. Participação na construção do Glossário e dos Recursos;
4. Construção de um Blog, enquanto Portfólio, e escolha de três colegas por módulo para
acompanhar e dar Feedback diária/semanalmente.
População-alvo
& Com o objectivo de permitir o acesso ao maior número de pessoas possível, a
formação destina-se a todas as pessoas interessadas em explorar um pouco mais sobre a
Culinária, partilhar o seu conhecimento ou até ajudar outras pessoas a desenvolverem as
suas capacidades para cozinhar. Não existem limitações na frequência do curso.
Requisitos de Candidatura! Não existem quaisquer requisitos de candidatura. O curso está disponível para
todos os que se interessam pela Arte de cozinhar e queiram participar neste processo de
partilha de experiências, sendo apenas necessário o pagamento de uma propina única que
garante a permanência na formação.
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Organização e Horários
! Não existirão turmas ou grupos diferentes: todos os participantes constituirão
uma comunidade que deverá entreajudar-se. Toda a informação alusiva ao curso estará
permanentemente disponível para que seja consultada sempre que necessário.
Duração do Curso! O Curso de Culinária “Cozinha à distância de um clique” não tem uma
duração máxima definida devido à natureza da formação. Tencionamos criar apenas o
“ponto de partida”, cabendo aos formandos dar continuidade à formação, escolhendo
novos temas para abordar, sempre relacionados com a Arte de Cozinhar.
Conclusão
Desenvolver este projecto teve como principal finalidade proporcionar um
contacto mais próximo e directo na realidade de ter de desenvolver um curso de
formação para o Ensino a Distância, no qual fez desenvolver competências de instractunal
´s disign, poderá ainda referir-se que foi uma preparação para a vida profissional como
licenciados em Ciências da Educação.
Concluímos que o curso de formação que desenvolvemos é não-estruturado, pois
temos os objectivos predefinidos, as tarefas que os aprendizes têm de desenvolver ao
longo do curso, toda a informação pertinente. No entanto foi desenvolvido para que haja
a possibilidade de haver outro percurso para assim responder às necessidades e
facilidades que possam surgir, pois através do aumento da interacção entre o formador e
os formandos poderá haver modificações ao longo do processo de aprendizagem.
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Referências Bibliográficas
• DePryck, K. (2006) Ensino a Distância: O quê, porquê e para quem? In J. Vermeersch (coord.) (2006). Iniciação ao Ensino a Distância, Brussel, Het Gemeenschasonderwijs.pp 9-17
• Pereira, A. (2006) Aspectos pedagógicos no ensino a distância In J. Vermeersch (coord.) (2006). Iniciação ao Ensino a Distância, Brussel, Het Gemeenschasonderwijs.pp 44-55
• Moran, J.M. (2005). “O que é a Educação a Distância”. Disponível online em http://www.eca.usp.br/prof/moran/dist.htm. Consultado a 30-05-2011
• Morgado, L. (2001). “O papel do professor em contextos de ensino online: Problemas e virtualidades”, Discursos, III Série, no especial, pp.125-138, Univ. Aberta.
• Moore, M. (2007). Handbook of Distance Education. Lawrence Erlbaum associates publishers.
• Smith, M. K. (2003, 2009) 'Communities of practice', the encyclopedia of informal education. Disponível online em www.infed.org/biblio/communities_of_practice.htm . Consultado a 16-05-2011
• Wenger, E. (2006) Communities of practice a brief introduction. Diposnível online em http://www.ewenger.com/theory/. Consultado a 16-05-2011