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PREVENÇÃO DE ITU ASSOCIADA AO PREVENÇÃO DE ITU ASSOCIADA AO CATETER VESICAL DE DEMORACATETER VESICAL DE DEMORA
Dra. Sylvia Pavan Rodrigues de Paula
PREVENÇÃO DE ITU ASSOCIADA AO CATETER PREVENÇÃO DE ITU ASSOCIADA AO CATETER VESICAL DE DEMORAVESICAL DE DEMORA
EPIDEMIOLOGIAEPIDEMIOLOGIA
DADOS DO CDC – ATLANTA (1992)
Admissão hospitalar/ano33.000.000
Cateterismo vesical/ano 6.000.000
Casos de ITU nosocomial/ano >1.000.000
Custo unitário adicional U$ 500 a U$ 1.000
Custo anual U$ 3.000.000.000
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EPIDEMIOLOGIAEPIDEMIOLOGIA
As ITU associadas ao CVD correspondem a aproximadamente 40% de todas as infecções hospitalares.
70 a 80% dos casos de ITU hospitalar estão relacionados a CVD. 5 a 10% após procedimentos cirúrgicos que necessitam de manipulação do TU. 25% de bacteriúrias ou candidúrias associadas a ITU em pacientes cateterizados por
mais de 7 dias. Sistema de drenagem fechado. Aumento médio de 3,8 dias no tempo de permanência hospitalar. Letalidade entre 12,7 e 30%. Aumento 3 vezes maior na letalidade.
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EPIDEMIOLOGIAEPIDEMIOLOGIA
GERMES MAIS COMUMENTE ISOLADOS NO ANO DE 1990 E 1992 EM HOSPIATIS AMERICANOS – DADOS DO CDC
PATÓGENOS % 1990 %1992
Escherichia coli 26 18
Enterococcus sp. 16 13
Pseudomonas aeruginosa 12 11
Klebsiella sp. e Enterobacter spp. 12 13
Candida spp. 9 25
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EPIDEMIOLOGIAEPIDEMIOLOGIA
Duração do cateterismo vesical
1. Curta duração ↔ Até 7 dias ↔ ITU em 10 a 50% dos casos
2. Duração intermediária ↔ De 7 a 30 dias
3. Duração longa ↔ Acima de 30 dias ↔ 100% de ITU
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ETIOPATOGENIAETIOPATOGENIA
VIAS DE ENTRADA DO PATÓGENO PARA CAUSAR ITUVIAS DE ENTRADA DO PATÓGENO PARA CAUSAR ITU
6. Ascendente → Via periureteral ou contaminação do cateter.
8. Hematogênica → Secundária a uma bacteremia.
10. Contigüidade ou extensão direta → Extensão direta de processos infecciosos.
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ETIOPATOGENIAETIOPATOGENIA
VIAS DE ENTRADA DO PATÓGENO PARA CAUSAR ITU EM RELAÇÃO AO CATETER VESICAL
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ETIOPATOGENIAETIOPATOGENIA
Características do microrganismo invasor
Antígenos capsulares
Produção de toxinas e enzimas
Adesão ao epitélio ou ao cateter
Colonização periuretral
Mecanismos de defesa
Características da urina
Fluxo urinário
Mucosa do trato urinário
Resposta imune
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ETIOPATOGENIAETIOPATOGENIA
BIOFILME
É um acúmulo de exopolissacarídeo e uma complexa comunidade de células bacterianas com capacidade de aderência a materiais protéticos ou tecidos lesados do organismo, favorecendo a colonização. O biofilme é uma combinação de gel, íons, afinidade cromatográfica e análises químicas, sendo 80% da sua estrutura formada por ácido teitóico e 20% por proteínas.
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ETIOPATOGENIAETIOPATOGENIA
BIOFILME
As colônias biofilme positivas são mais virulentas do que as colônias biofilme-negativas. As bactérias que produzem o biofilme são de 10 a 1000 vezes mais resistentes à ação de drogas antimicrobianas.
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ETIOPATOGENIAETIOPATOGENIA
ALGUNS MICRORGANISMOS CAPAZES DE PRODUZIR BIOFILME
Yersinea pestis, Enterococcus faecalis, Pseudomonas aeruginosa, Escherichia coli, Staphylococcus aureus, ECNListeria monocytogenes, Streptococcus mutans, Streptococcus sanguinis, Klebsiella oxytoca, Stenotrophomonas maltophilia, Candida albicans
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ETIOPATOGENIAETIOPATOGENIA
BIOFILME
Ação de alguns antimicrobianos sob a presença do Biofilme:
ANTIMICROBIANO % DIMINUIÇÃO NA EFICÁCIA
Pefloxacino 30
Teicoplanina 52
Vancomicina 63
Rifampicina Não foi comprovada diminuição importante (0,99)
Adaptado de: Maestre MM, Maestre VJR. Biofilm: Modelo de comunicación bacteriana y resistencia a los antimicrobianos. Rev Esp Quimioterap. Mar 2004. 17 (1):26–28.
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ETIOPATOGENIAETIOPATOGENIA
BIOFILME
IMPACTO DO BIOFILME NA ECONOMIA
Infecção Hospitalar 65%
Gastos/ano U$ 1 bilhão
Adaptado de: Boyce JM. Epidemiology and Prevention of Nosocomial Infections. In: Crossey B, Archer LG editors. The Staphylococci in Human Disease. New York: Churchill Livingstone. 2000.
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ETIOLOGIAETIOLOGIA
ESTRATÉGIAS PARA O CONTROLE DO BIOFILME NO CATETER VESICAL
Pomadas e lubrificantes com antimicrobianos
Saco coletor com antimicrobiano
Impregnação do cateter com antibiótico ou óxido de prata
Uso de antibiótico sistêmico
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PREVENÇÃO E CONTROLEPREVENÇÃO E CONTROLE
TIPOS DE CATETERES VESICAL
Silicone ↔ Menos tendência à incrustação
Látex
Teflon
Impregnadas com ATB
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CRITÉRIOS PARA DIAGNÓSTICO EM ITU CRITÉRIOS PARA DIAGNÓSTICO EM ITU HOSPITALAR - CDCHOSPITALAR - CDC
Infecção urinária sintomática
Deverá ser encontrado 01 dos seguintes dados:
Febre (> 37,8°C)
Urgência miccional
Freqüência aumentada
Disúria
Dor/sensibilidade suprapúbica
≥ 01 cultura e 105 UFC/ml, com no máximo 02 espécies de microrganismos.
Deverá ser encontrado 02 dos seguintes dados:
Testes positivos para estearase de leucócitos e/ou nitrato.
Piúria ≥10 leucócitos/ml³ ou ≥ 3 leucócitos/campo.
Duas culturas de urina com o mesmo agente.
Microrganismos vistos pelo Gram de urina não centrifugada.
Cultura com mais da 105 UFC/ml de um único uropatógeno em paciente tratado com ATB adequado.
Diagnóstico médico.
Médico institui ATB apropriado.
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CRITÉRIOS PARA DIAGNÓSTICO EM ITU HOSPITALAR – CDCCRITÉRIOS PARA DIAGNÓSTICO EM ITU HOSPITALAR – CDC
Bacteriúria assintomática
Cateter urinário presente 7 dias antes da cultura de urina. Ausência de sintomas Presença de cultura apresentando uma contagem de microrganismos ≥ 105 UFC/ml,
com no máximo 2 espécies.
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CRITÉRIOS PARA DIAGNÓSTICO CLÍNICO EM ITU HOSPITALAR – CDCCRITÉRIOS PARA DIAGNÓSTICO CLÍNICO EM ITU HOSPITALAR – CDC
Outras infecções do trato urinário
Devem ser encontrados um dos seguintes dados:
Isolamento de microrganismo de fluido (exceto urina) ou de tecido do local infectado.
Abscesso ou outra evidência de infecção observada diretamente, durante cirurgia ou por histopatológico.
Febre (≥ 37,8°C), dor localizada ou sensibilidade no sítio envolvido, acrescido de um dos seguintes sintomas:
- Drenagem purulenta do local
- Hemocultura POSITIVA sem outro foco aparente
- Evidência radiográfica de infecção
- Diagnóstico médico
- Médico instituiu a terapia antimicrobiana adequada
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COLETA DE CULTURAS EM PACIENTES CATETERIZADOSCOLETA DE CULTURAS EM PACIENTES CATETERIZADOS
Desinfecção do local de punção com álcool a 70%:
Seringa estéril
Seringa estéril
Técnica asséptica
Punção no local específico do sistema de drenagem
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DIAGNÓSTICO LABORATORIALDIAGNÓSTICO LABORATORIAL
Exame microscópico da urina
Coloração pelo método de Gram
Urinocultura
Hemocultura
Antibiograma
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MÉTODO DE COLETA CONTAGEM BACTERIANA
(UFC/ml)
PROBABILIDADE DE INFECÇÃO
Punção suprapúbica Gram-negativo: Qualquer contagem
Gram-positivo: > 10³
99%
99%
Cateterização 104 – 105
10³ - 104
<10³
Provável
Suspeita, repetir
Improvável
DIAGNÓSTICO LABORATORIAL DIAGNÓSTICO LABORATORIAL
Adaptado de Hellerstein
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DIAGNÓSTICO LABORATORIALDIAGNÓSTICO LABORATORIAL
Amostras de urinoculturaAmostras de urinocultura
Processo rápido do material (no máximo em 20 ninutos), evitando tempo superior a 60 minutos refrigerada (até 4°C no momento da semeadura).
Idealmente coletar amostra após 48 horas da retirada do cateter.
Cateterizados ↔ Punção do cateter na proximidade da junção com o tubo de drenagem.
Punção suprapúbica ↔ Indicada em casos duvidosos de ITU.
Extremidade do cateter de Folley ↔ Contaminação.
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COMPLICAÇÕES RELACIONADAS À CATETERIZAÇÃO VESICALCOMPLICAÇÕES RELACIONADAS À CATETERIZAÇÃO VESICAL
Bacteriúria Bacteremia ↔ Acomete até 5% dos pacientes. Obstrução do trato urinário ↔ Proteus mirabillis Disfunção renal Hidronefrose 53 a 55% das sepses por BGN são provenientes do trato urinário. Letalidadedos casos de bacteremia varia entre 13 a 30%. Evidências de mau prognóstico:
HipotermiaLeucocitoseCálculo urinárioPielonefrite Abscesso perinefrético
2/3 dos casos de febre em cateterizados de longa data estão relacionados à ITU.Associação com febre aumenta a letalidade em 60%.
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COMPLICAÇÕES RELACIONADAS À CATETERIZAÇÃO VESICAL COMPLICAÇÕES RELACIONADAS À CATETERIZAÇÃO VESICAL
RELACIONADAS AO CATETERISMO PROLONGADO
Uretrite Fístula ureteral Abscesso escrotal Orquite Epididimite Abscesso escrotal Abscesso periureteral Pseudopólipo hemorrágico da bexiga Metaplasia da mucosa vesical Câncer de bexiga
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PREVENÇÃOPREVENÇÃO
MEDIDAS FUNDAMENTAIS
Indicação criteriosa.
Sistema coletor fechado.
Precaução padrão.
Treinamento da equipe (técnica asséptica).
Manipulação com técnica asséptica ↔ Lavagem das mãos e uso de luvas.
Sabão degermante para a manipulação do saco coletor, além do uso de luvas.
Medir o risco diário de ITU em pacientes sondados.
Monitora a presença de bactérias MDR na urina de pacientes sondados.
Identificar surtos.
Precauções para pacientes com bactérias MDR.
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INDICAÇÃO DE ANTIBIOTICOPROFILAXIAINDICAÇÃO DE ANTIBIOTICOPROFILAXIA
Troca de sonda vesical de longa permanência.
Procedimentos urológicos em paciente sondado com urina infectada.
Sondagem de curta permanência.