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Page 1: Portuguese Tribune April 15th 2011

QUINZENÁRIO INDEPENDENTE AO SERVIÇO DAS COMUNIDADES DE LÍNGUA PORTUGUESA

2a Quinzena de Abril de 2011Ano XXXI - No. 1107 Modesto, California$1.50 / $40.00 Anual

www.portuguesetribune.com www.tribunaportuguesa.com [email protected]

Aficionados daFesta Brava

oferecem $10,000 à POSSO

SCSC - $18,000 para o cancro "Goals for a Cure"Tal como anunciámos na nossa última edição, o Santa Clara Spor-ting ofereceu este ano $18,000 ao El Camino Hospital Foundation, para ajuda na realização de mamografias grátis para mulheres de baixa renda e sem seguro de saude. Este projecto co-meçou há três anos e no total o Sporting já doou mais de $65,000 dólares para esta tão importan-te causa.Durante todo o mês de Outubro as quase 700 crianças do Sporting, jogam futebol usando camisas cor de rosa, a cor designada ao câncer de mama, e usam a ima-ginação para arrecadar dinheiro. Bravo...

Nelson Ponta-Garça

Júri nos Açores

Pág. 9

O Jantar de Homenagem aos Ganaderos da Cali-fornia, patrocinado por um grupo de aficionados da Área da Baía (Mário Sousa, Dimas Alves, Al-fredo Cunha, Jorge Pires, José Nunes, Joaquim Avila) rendeu $10,000 dólares para a POSSO - Portuguese Organization of Social Services and Opportunities. Esta foi mais uma maneira ima-ginativa de um grupo de pessoas poder ajudar a Comunidade mais necessitada. Assim se faz a Festa, assim se faz Comunidade.

Dimas Alves, Mário Sousa e Joaquim Avila prestes a entregar o cheque de $10,000 a Manuel Bettencourt, Presidente da POSSO (à esq.). Pág.15

Corrida de Toiros Comemorativa dos 35 anos do Grupo de Forcados de Turlock e da alternativa do Cavaleiro Sário Cabral Praça de Stevinson, 29 de Maio de 2011, pelas 5 horas

Ver reportagem na nossa próxima edição

Procissão do Senhor dos Passos em S.José

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Year XXXI, Number 1107, Apr 15th, 2011

2 15 de Abril de 2011SEGUNDA PÁGINA

EDITORIAL

Por sermos o que somos, e donde vimos, é mais fácil virar-nos para Portugal, para dizer bem ou mal do nosso país.É verdade que fica muito mal a todos os portu-

gueses serem "invadidos" por três entidades (União Euro-peia, FMI e Banco Central Europeu) que vem a nossa casa ensinar-nos a fazer contas de somar e multiplicar. Porque, para emprestar 80 biliões, repito, 80 biliões de euros (114 biliões de dólares), essas entidades têm de compreender como é que vamos poder pagar de volta daqui a uns anos o que vamos pedir emprestado. E esse dinheiro é só até 2013. E depois? Depois, ao ritmo que as coisas vão, ven-deremos os anéis, os dedos e fechamos a porta a Portugal por uns tempos. Emigraremos outra vez...É vergonhoso termos chegado ao que chegámos. Em 1983 e 1986, pode-se hoje compreender essa intervenção, pe-los desatinos de uma revolução, que nessa data teve muita gente culpada, mas infelizmente ninguém em Portugal paga nada. E ainda hoje é verdade.Vejam o discurso do Bastonário da Ordem dos Advoga-dos na Sessão Solene de Abertura do Ano Judicial, para compreeenderem como vão as coisas em Portugal. (www.youtube.com/watch?v=pb8sZR-bl6o)

Tudo isto vem a propósito, de nós, também na nossa "casa" da América e California, estarmos enterrados até às orelhas com dívidas, que vai ser muito difícil podermos pagar por muitos bons anos. Lembram-se quando a China comprou a nossa dívida soberana por diversas vezes?Tivemos quase a fechar o Governo Federal, por falta de orçamento a tempo e horas e na California estamos perto da bancarrota, se não descobrirmos, todos juntos, um pro-cesso de equilibrar as nossas contas.

Pergunta-se: como que foi possível, também nós, nesta terra rica da América, entrarmos em paranóias despesis-tas, que hoje são incontroláveis. Infelizmente, o sistema de dois partidos não é flexivel bastante para se poder ter um meio de solucionar problemas. Basta um deles dizer não, a quase tudo, e tudo pára, nesta terra de 308 milhões de habitantes.Não basta elegermos um Presidente, um Governador, um Congressista, um Senador, se tudo gira à volta de muitos interesses corporativistas. Precisamos sim, de homems e mulheres, que defendam os seus constituintes.Um exemplo - o Tribuna paga taxas, mas as maiores cor-porações da América não pagam um dólar que seja em taxas. Mais, as maiores corporações estrangeiras na Ame-rica também nada pagam. Será isto justo? Mas o maior problema que temos, é que os nossos po-líticos não conseguem descobrir maneiras de poupar, se não através de cortes nas escolas, nos pro-fessores, na polícia, nos bombeiros, na as-sistência social, nos hospitais estatais, nas estradas.E a pergunta vem sempre a mesma - man-damos os nossos filhos para as melhores escolas e depois eles não conseguem dar conta do recado quando entram na política, por muitos estudos que tenham.Será que a nossa massa cinzenta emigrou para outros países, ou será que há mesmo falta de massa cinzenta? Será que tanta tec-nologia obscurece os neurónios de quem tem responsabilidades políticas?

Quando no outro dia abri a televisão, a

RTPi, e vi o fim de um Congresso realizado em Portugal, pensei que estava no Congresso do partido dominante da China ou da Coreia do Norte, tal foi o unanimismo, tal o número de bandeiras nacionais, tal o número de améns, que dá para desconfiar. Nesses outros países, sabemos bem o que acontecia antigamente aos seus líderess depois desses fandangos folclóricos.

Duas organizações, duas imaginações, duas maneiras de fazer comunidade. 700 jogadores do Santa Clara Sporting Club e um grupo de aficionados da Festa Brava, arrecada-ram $28,000 dólares para causas justas, boas e merecedo-ras do nosso apoio e da nossa alegria.Como temos dito tantas vezes, há muita maneira de se "ganhar" dinheiro para boas causas. Estes são dois gran-des exemplos a seguir.

josé avila

Ver o agrelho nos olhos dos outros

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3PATROCINADORES

fotos de Diliana Pereira

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4 15 de Abril de 2011COLABORAÇÃO

Por favor, não culpem os professo-res!Há dias encontrei-me com uma antiga colega, na sua sala de

aula. Como geralmente acontece sempre que professores se encontram, tentámos não falar de escola nem de rapazes mas, logo esquecemos e quase imediatamente ela me disse: “Fui ao Congresso de Edu-cação da Luso American Education para ver que materiais e métodos estão sendo usados. Esperava ouvir professores e de-bates relacionados com o ensino da língua portuguesa nos Estados Unidos. Saí de lá um pouco desiludida”. “Eles não têm a mí-nima ideia”, ela continuou. Olhei para a sala de aula dela. As paredes estavam co-bertas de desenhos e trabalhos manuais e escritos — sinal de movimento, crianças, e muita alegria. “O que preciso são ideias, métodos, e materiais diversos que me aju-dem no ensino do português a crianças de várias idades, capacidades, e motivação. Ao fim do dia, preocupada em preparar as lições e entregá-las à vice-principal; apre-sentar os resultados dos níveis de leitura dos meus alunos ao principal; corrigir as redaçcões e devolvê-las com notas e su-gestões detalhadas, como os pais exigem; escrever objectivos para os vários alunos que têm ILPs… e por aí além, não tenho tempo nem energia para ainda preparar li-

ções de português para a classe que ensino voluntária depois da escola. Todos a exigir mais e mais.” “Eu sei, eu sei,” disse compadecida. Tro-cámos algumas ideias sobre o ensino em geral e o futuro do ensino da língua portu-guesa nos Estados Unidos em particular, e prometemos encontrarmo-nos mais vezes sabendo perfeitamente que isso não acon-teceria.Cheguei a casa e a Portuguese Tribune es-perava-me sobre a mesa da cozinha. Como sempre, fui direita à editorial e fiquei es-tupefacta com o ataque aos professores de português. Duas ou três páginas à frente, um correspondente teve a audácia de co-mentar e criticar um certo professor de Português por sair prematuramente duma recepção no PAC (Portuguese Athletic Club). Mal sabia o pobre que, ao vir lec-cionar para a San Jose High School, perde-ria toda a sua independência e tornava-se propriedade da comunidade portuguesa. E surpreende-nos a falta de professores portugueses ou dos que sim existem não quererem conviver entre nós!É sempre a mesma cantiga, os professores são os culpados. “…56% dos professores de português não se dignaram lá ir (ao Congresso)”, afirma a editorial. Será que os 44% dos que sim compareceram se sentem agora mais informados e capacitados para

ensinar crianças a língua dos seus avós? E se o tal professor de português tinha uma emergencia em casa, ou, Deus nos livre! não tivesse gostado da apresentação? Ingénuamente, a minha amiga pensava que o Congresso de Educação se destinava a apoiar os professores e identificar e re-solver problemas de instruçcão e currícu-lo. Julgando pelos comentários na Tribuna e pela lista de convidados, actividades e a vasta colecção de photos, o Congresso foi um apanhado de muitas coisas incluindo um workshop dos professores. Parece que foi também uma oportunidade para se fa-lar, ouvir, e deliciar com certos aspectos da nossa cultura. Um pretexto para velhos amigos se encontrarem, umas merecidas férias para outros, e muito em especial uma oportunidade para ver e ser visto. Nada errado com isso. Até tive bastante pena de lá não ter estado também, mas por favor, não culpem os professores pela falta de comparência neste Congresso de Edu-cação. Sabe-se muito bem, principalmente os professores, que quando mais de 50% dos alunos numa turma falham um exame, a responsabilidade é do professor que não soube apresentar a matéria devidamente aos alunos. Se realmente desejamos a pre-sença de 100% dos professores que estão directamente envolvidos no ensino da lín-

gua portuguesa em California, os verda-deiros soldados nesta campanha para a so-brevivência e continuidade do português nos Estados Unidos, então teremos que os apoiar e, muito respeitosamente, reco-nhecer o trabalho que fazem, muitas vezes sem renumeração, salas próprias ou con-dições apropriadas ao ensino. Poderíamos começar por lhes oferecer um quarto num hotel para pernoitar a noite do Congresso e já nem digo oferecer almoços, jantaradas, e transportes como o fizemos com muitos dos “distinguidos convidados e dignitá-rios.”Sim, nem só de palavras vivem os homens e acrescento, os professores já estão satu-rados de acções “só para inglês ver.” Va-mos lá a ver se “…os novos responsáveis da Língua Portuguesa nos Estados Uni-dos” já sabem tudo ou ainda têm alguma coisa a aprender com os “velhos” profes-sores deste lado do Atlântico. Gostaria de acrescentar que, nós os professores, sabe-mos que estamos num Congresso de Edu-cação quando pelo menos 90% dos orado-res e 95% dos tópicos estão relacionados com a educação de crianças e adolescen-tes. Aposto que assim foi no Congresso de Professores em San Francisco.

Confusão Política

Não culpem os Professores

A Outra Voz

Goretti Silveira

[email protected]

Afinal, tudo, ou quase tudo no mundo é po-lítica. E o bicho hu-mano, como alguém o

classificou um dia, é um “animal político". É um animal político, vive da política e para a política. Tudo o mais é acessório.A política actua entre o povo de qualquer latitude, pela ideia, a convicção, os interesses, os pre-juizos, etc. Podíamos dizer que a política, em democracia, condi-ciona a vida em comum, a ide-ologia e não raro, inspira a luta, quando outras ideologias, mitos, interesses ou superstições se lhe opõem.Por tal motivo, a maioria das his-tóricas sangueiras que o mundo tem visto, têm sido inspirada pe-las maiores crenças ou movi-mentos políticos de cunho patri-ótico, religioso ou imperial. Ou pelas diversas maneiras de pen-sar e de estar no mundo.A democracia, concebida pelos pensadores e filósofos da anti-guidade clássica, que os chama-dos “Pais da Pátria” americana, adoptaram, foi inspirada pelo pensamento desses homens sá-bios, como uma maneira de esta-belecer a paz na sociedade e no Mundo, e não mais uma crença, superstição ou mito.Vem este intróito a propósito da chamada “Grande Entrevista”, na Emissora Nacional Portuguesa, a que há dias assisti. E, olhando pa-norâmicamente aquele grupo de “Homens Bons” e escolhidos, fi-quei com pena deles e dos irmãos do país onde tenho as raízes.Ali estavam aqueles professores universitários, e até um padre procurando compreender e defi-

nir o estado calamitoso da econo-mia e da alma do país. A situação foi vista de vários ângulos, e o que mais me tocou, foi a visão hu-manista do padre presente. Que, aparentemente, ele não viera ali para vender religião, mas tentar compreender o aspecto humano, humanizado e humanitário do problema que defronta Portugal no actual momento. Porque, mes-mo aí, não deixa de estar imerso o sentido espiritual da mensagem

do Mestre..Em 1948, em Portugal, ainda ra-paz de sangue na guelra, eu era assinante da revista “Vértice”, de Coimbra, orgão do movimento “Neo-Realista”, onde pontifica-vam escritores jovens, desde Mi-guel Torga, a Fernando Namora, Virgilio Ferreira e muitos outros, artistas plásticos, poetas e músi-

cos como Lopes Graça, etc. E o ponto fulcral desses trabalhado-res do pensamento, era lutar pelo que classificavm de um “Novo Humanismo”. Uma maneira hu-mana de conceber a sociedade e o mundo. Uma luta suave contra a ditadura, e aquilo que o Presi-dente Rosevelt então classificava na América como “capitalismo selvagem”, causador da Grande Depressão, e lutava para impor neste país, um “capitalismo com

face humana”.E era isso também o que os in-telectuais da “Vértice” - amor-daçados pela censura e receosos do Tarrafal - proclamavam com a sua mensagem “neo-realista”.Mas procuravam fazê-lo ao de leve, para não provocar a ira do “homem” de Santa Comba.Os portugueses eram então con-

siderados os mais pobres e anal-fabetos da Europa, e onde as remessas ganhas com imensos sacrificios, por esses imigrantes, eram consideradas uma das gran-des fontes de receita de Salazar. E já então, de boca meio calada, se pedia uma sindicância às gran-des fortunas. E muitas dessas fortunas, centenas de vezes au-mentadas, são ainda um marco monumental, dividindo a socie-dade portuguesa. Há individuos

em Portugal, em car-gos semelhantes, ga-nhando mais do que na America e nos países da Europa. Na grande entrevista foi até men-cionado o facto de os carros de alta gama se verem com mais fre-quência nas estradas portugugesas, do que na Europa ou na Ame-rica.

Portugal está sofrendo do mesmo mal de que sofrem

os Estados Unidos, a Inglaterra, Grécia, Ir-landa, Espanha e ou-tros. Não o Canadá, graças à sua política diferente da nossa. A

disparidade económica provocada, precisamente, pela falta de “Humanismo” nas rela-ções económicas, financeiras e humanas, está provocando uma baixa geral no nível e qualidade de vida, no trabalho e nas rega-lias que o povo usufruia. E neste aspecto parece que a procissão ainda vai no adro. O tal “capi-

talismo selvagem” de que falava Roosevelt, está cá de novo. As corporações americanas têm no estrangeiro mais de 400 biliões de dólares, que não trazem para o país para não pagar imposto. Parte desse capital está desenvol-vendo industrialmente a China, país que amanhã poderá vir a fa-zer sombra aos Estados Unidos. Ao mesmo tempo que devemos à China, dezenas de biliões que temos de pagar.O economista e prémio Nobel, Paul Kruggman, por razões que ele lá sabe, é contra as medidas demasiado restritivas, adopta-das tanto aqui como em Portu-gal e em outros países europeus, e vaticina que tais medidas, vão agravar ainda mais a crise. Sem dinheiro o povo não compra. E se não vender, a indústria não pode produzir, se não exportar o excedente. Mas se os países im-portadores, estão passando pela mesma crise, cria-se o circulo vi-cioso. Se não vende, não produz. Se não produz, não dá emprego. E se não há emprego, agrava-se a miséria e o mal estar social, e o estado de crise vai levar mais tempo a resolver. Este é o dilema de uma sociedade consumista, que tem de vender, para viver. Leio outros economistas, mas a minha simpatia vai para Paul Kruggman. Sem gasto nem in-vestimento, não há produção, e sem consumo, não há emprego. E é, neste momento, o grande mal de Portugal e dos portugueses, e mesmo aqui, na terra do “sonho americano”.

Do Tempo e dos Homens

Manuel Calado

[email protected]

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Falecimento

Nazaré Sousa Ataíde06/12/1946 ~ 04/11/2011

Faleceu no dia 11 de Abril de 2011, Teresa Sousa Ataíde, natural da Ilha Graciosa e re-sidente em San José, California.Era filha de Rosa Ataíde e Manuel de Sousa Ataide, ambos falecidos.Deixa de luto seus irmãos, Theresa, Arlin-do e Florentino Ataíde, sua cunhada Rosie Ataíde, sobrinhos Lucy, Arlindo Jr., Vanessa e Priscilla.Tambem deixa a chorar a sua morte três so-brinhos-netos, Abigail, Nazário e Sophia.As visitas serão das 6 às 9 pm, no dia 18 de Abril no Willow Glen Funeral Home, com vigília às 7 horas da tarde. A Missa de Corpo Presente terá lugar no dia 19 de Abril às 11 am na Igreja Portuguesa das Cinco Chagas, seguindo-se o funeral para Santa Clara Mis-sion Cemetery.Tribuna Portuguesa envia sentidas condo-lências a toda a família Ataíde.

5COLABORAÇÃO

Tribuna da Saudade

Ferreira Moreno

Na sequência da pré-via crónica “Freiras e Confeitos”, apresento agora algumas ligeiras

referências a este produto caseiro dos confeitos que, aparentemen-te, há desaparecido no mercado de guloseimas regionais. Na tradição local ficou registada a popularida-de dos Confeitos da Ribeira Gran-de (em S. Miguel dos Açores), aos quais o meu saudoso conterrâneo Ezequiel Moreira da Silva (1892-1974) dedicou esta singela e mimo-sa quadra:

Pedi ao meu namoradoUm cartucho, mão a mão,Em cada confeito gradoBatia o meu coração.

No segundo volume do “Aponta-mento Histórico & Etnográfico”, publicado pela Direcção Escolar de Ponta Delgada, somos devida-mente informados que o fabrico de confeitos na Ribeira Grande teve início após a extinção das or-dens religiosas em 1834, “quando a bisavó de Maria Alcídia do Rego Teixeira recebeu em sua casa uma noviça do convento de Angra do Heroísmo”.Através dos tempos, as freiras evidenciaram-se sempre na arte culinária da doçaria. E foi assim, por mero capricho do destino, que o segredo na feitura dos confeitos

veio parar à Ribeira Grande. Diz-se até que, nesta confecção dos confeitos, e por largo tempo, a família teria usado uma bacia de cobre originalmente utilizada pela ribeiragrandense Madre Te-resa da Anunciada (1658-1738), quando ela fazia confeitos no Convento da Esperança do Se-nhor Santo Cristo dos Milagres.A receita fundamental dos con-feitos foi recolhida e transmitida pela minha estimada conterrâ-nea Zenaida Borges Miranda, num trabalho que passou p’rós arquivos de Antropologia Cultu-ral em 1981, ao cuidado de Rui Sousa Martins da Universidade dos Açores.Não ajunto aqui a transcrição da receita, simplesmente por ser de-masiado longa e tão meticulosa que exigiria muito espaço. Mas desde já asseguro que é uma ta-refa morosa fazer confeitos, im-plicando dias e muitas miudezas p’ró seu fabrico.De valor inestimável e afamados pela sua qualidade e apresenta-ção em tempos passados, foram certamente os confeitos produzi-dos pela D. Maria Alcídia e seu marido Manuel da Costa Cor-reia, mais conhecido por Ma-nuel Sacristão, pois que exerceu as funções de sacristão na Igreja Matriz, da Ribeira Grande, por mais de meio século.

Cartuchos de ConfeitosNo interior dos confeitos havia amêndoas torradas ou frutas cristalizadas, e também sementes de erva doce. Os confeitos eram vendidos ao público ou p’ràs mer-cearias, ao quilo ou em cartuchos de papel de tamanho e preço va-riáveis. Os confeitos apareciam com especial incidência geral-mente p’la Festa da Páscoa, no Domingo de Ramos, e por oca-sião das procissões dos Terceiros e dos Passos.

Os confeitos estiveram igualmente associados a uma tradição do pas-sado.

Trago ainda gravado na lembran-ça o costume de, à saída da igreja após os casamentos, se atirar aos noivos pétalas de flores mistura-das com confeitos, numa expres-são de abundân-cia e desejos de felicida-des.Num misto de nostalgia e saudade, recordo o al-voroço cau-sado entre as crianças que, aos pulos ou de gatinhas, a torto e a direito, entre risos e griti-

nhos, atiravam-se à procura dos confeitos. Santos tempos de paz e simplicidade!Havia até mesmo uma espécie de ritual na venda ambulante dos confeitos, a que graciosamente se referiu o supracitado Aponta-mento Histórico & Etnográfico, e que ora me apraz transcrever.Os típicos vendedores transpor-tavam os confeitos em cestas de vimes de forma oval, com tam-pa e asa, forradas no interior por uma toalha branca adornada com rendas ou bordados, ficando os extremos fora das cestas.Dentro das cestas guardavam-se os cartuchos, enquanto outros cartuchos de diversos tamanhos eram expostos sobre a parte inte-rior da tampa, levemente descaí-da p’rá trás. Por sua vez, estas

cestas eram transportadas sobre o braço esquerdo dos vendedores que lá iam apregoando a merca-doria por entre a multidão que transitava pelas ruas.E de toda a parte surgiam noivos

a comprar cartuchos de confeitos p’ra mimosear as suas noivas, ou então acorriam os pais sorriden-tes e tão gulosos c’mós próprios filhos.Presentemente, talvez por ser um trabalho muito pesado e demora-do, consta-me que a indústria ar-tesanal dos confeitos já passou ao estafado rol dos esquecidos.

Ó rapaz da cesta,Dá-me desses confeitinhos,P’ra eu dar em lembrança,A quem me der beijinhos.

PHPC announces the release of its latest publication, the luxury edition of the book IV International Conference on The Holy Spirit Festas, a hard cover, full color, 100-page, photojournalist’s report of the June 2010 conference in San José, California, by Miguel Valle Ávila, Assistant Editor of The Portuguese Tribune. All author proceeds revert in benefit of the San José State University Portuguese Studies Program.

Book Orders: www.PortugueseBooks.org or www.Amazon.comOnly $35.00

IV International Conference on the Holy Spirit FestasMiguel Valle Ávila

ULTIMA HORA Porto, Benfica e Braga, pela primeira vez na

história, juntos nas meias-finais da Liga Europa

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6 15 de Abril de 2011COMUNIDADE

No pretérito dia 19 de Março, teve lugar a anual Noite de Fados organizada pela I.D.E.S.I., de No-vato. Este ano foram convidados os fadistas Ana Vinagre, de New Bedford, e David Garcia, de San Jose, e, como sempre, o Conjunto de Guitarras Sete Colinas.Apesar do mau tempo que asso-lou a Califórnia naquele dia, além dos convivas habituais destes ar-redores, houve também pesso-as que se deslocaram de longe para aplaudir os artistas e apoiar

a organização que tudo faz para manter esta tradição, pois não é fácil com um limitado orçamen-to continuar a trazer bons fa-distas a Novato e oferecer um abundante e tradicional jantar à portuguesa. Mas, como diz o di-tado: “Mais faz quem quer do que quem pode!”Já conhecia a voz castiça da Ana Vinagre mas nunca a tinha visto actuar pessoalmente. Gostei do seu estilo e do bem elaborado re-pertório, mas, como sou amante tradicionalista do fado, prefiro que não seja intercalado com

tanto chiste. Porém, a audiência aplaudiu-a calorosamento de-monstrando o seu apreço. Para mim, a surpresa da noite foi a actuação do jovem David Gar-cia. Como me disse a mana Ce-cília: “ Por onde é que ele tem ele andado que não é mais conheci-do?” Bem, agora já muita gente ficou a conhecer este fadista que,

além de possuir uma linda voz, é muito simpático e sabe comu-nicar com a audiência tanto em inglês como em exemplar portu-guês, o que é de admirar uma vez que ele nasceu neste país. Quando ele foi contratado o co-mité desconhecia-o, mas confiou na recomendação do Sr. Manuel Escobar. Ainda bem, pois o David deixou as melhores impressões pela sua passagem por Novato. Na opinião de muitos convivas, o David irá longe interpretando o

nosso Fado. Confesso aqui a mi-nha pontinha de orgulho por ele se considerar filho do Pico apesar de ter nascido na Califórnia. De-sejo-lhe as maiores felicidades.O que posso dizer sobre os gui-tarrista Helder Carvalheira, João Cardadeiro e Manuel Escobar, que já não foi dito? Simplesmen-te, que os acordes dos seus ins-trumentos encantam e enterne-cem. Bem hajam!Envio um especial agradecimento à D. Maria das Dores Beirão pela sua mestria como apresentadora da noite, pois ela tem sempre as

palavras certas no momento cer-to.Como membro do Comité do Fado da I.D.E.S.I., estou muito grata a todos os participantes e aos que trabalharam incansavel-mente para tornar possível mais uma bem sucedida Noite de Fa-dos.

Ouça Miguel Canto e Castro em www.kigs.com

Fins dos anos 50, talvez princípios dos anos 60 que a memória já me atraiçoa nas contas, noi-

te cálida em Lisboa e o vetusto Pavilhão dos Desportos a abarro-tar de aficionados do hóquei em patins, de incondicionais adeptos do Hóquei Clube de Sintra e do Sport Lisboa e Benfica, vivendo todos eles a promessa de um hó-quei tão vibrante e tão vernáculo quanto o abençoado Portugal que o viu frutificar, vivendo todos eles a esperança de um espectá-culo desportivo de qualidade de extasiar, graças aos seus emi-nentes intérpretes, graças à feliz coincidência que naquela jornada inesquecível trouxera ao recinto lisboeta um leque de hoquistas de atributos invulgares.Um Sintra - Benfica em hóquei em patins nos anos 50 e 60 re-presentava um espectáculo de enorme expectativa, uma peça de sumptuosa encenação, um deleite para os sentidos. Decorridos apenas oito minutos do jogo e o Benfica - impondo-se pela batuta de Cruzeiro e golos de José Lisboa e Perdigão - vencia o Hóquei de Sintra, inapelavel-mente, por 2 - 0. O Sintra, porém, repleto de gente da terra - da terra mais linda do mundo, essa Sintra de sonho e de conto de

fadas! -, tinha o esforçado José Magalhães na baliza, “O Senhor" António Raio no eixo da defesa, Edgar, “O Magnífico”, a mandar ao centro e, no ataque, a corroer e a demolir as defesas "inimigas", Rui Faria, "galgo" do rink e, fi-nalmente, Pompílio, o homem do stick mágico, o avançado único, raro, empolgante, sensacional.E foi o genial Pompílio - que não patinava, antes fluía, como água em regato - quem na noite cálida deu a volta ao resultado, “pintan-do a manta” de ponta a ponta do rink, espalhando o pânico no re-duto adversário. Foi o genial Pompílio quem ma-ravilhou o Pavilhão dos Despor-tos, fabricando um hóquei tão rendilhado como filigrana, hó-quei sublime, ao alcance de mais ninguém. Foi o genial Pompílio quem as-sinou por três vezes golos de encantar pavilhões do mundo in-teiro, oferecendo-os ao seu Sintra como que em bandeja de platina e agrinaldando-os com a sua arte de pasmar. Pompílio Louro Silvestre deixou-nos já lá vão alguns meses e Sin-tra ficou mais pobre. Sintra ficou mais pobre porque perdera um dos seus mais glori-ficados atletas, porque perdera um hoquista fruto da terra, que

talentoso pela Graça de Deus se elevara a internacional de consi-derável merecimento. Sintra ficou mais pobre porque perdera um valiosíssimo bi-campeão nacional, um campeão europeu júnior e um campeão mundial sénior.Sintra empobreceu quando Pom-pílio partiu porque perdera um filho que em representação do prestigioso clube da Vila que o vira nascer o transportara aos mais altos cumes. Sintra empobreceu quando viu partir um filho que em represen-tação do seu país elevara Portugal ao apogeu e à glória em palcos mundiais do hóquei sobre rodas.Pelo hóquei em patins nacional desfilaram "dinastias" de jogado-res de insofismável valor. Não é, porém, deles que hoje vim aqui falar. Vergado perante a memória de Pompílio, é dele que vim aqui di-zer quanto admirei esse porten-toso hoquista Sintrense de habi-lidade inimitável, de imaginação tão prodigiosa que o seu hóquei transcendia e valorizava qualquer táctica de qualquer treinador, de classe tão inesgotável que jogava o hóquei em patins como se o seu stick fosse a patinha dum gato e a bola um novelo de lã...Descansa em paz, Pompílio.

Noite de Fados

Traços do Quotidiano

Margarida da [email protected]

A Vida Real

Edmundo MacedoO Grande Pompílio

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7COLABORAÇÃO

Rasgos d’Alma

Luciano [email protected]

Não passa dum passa-tempo. Descontrai-me e dispõe-me bem. Sempre que posso,

procuro levá-lo na brincadeira. Encaro-o como forma fugidia de iludir o “stress” que me esmorece o dia a dia. Escrever para o jor-nal, para mim, é isto mesmo. Não me peçam para fazê-lo muito a sério. Não me sinto tanto à vonta-de nem lhe acho tanta piada. Nem piei. Quando, em animado batepapo de lusíadas patriotas, me tentaram talhar tema para este texto, apenas sorri. Pretendiam convencer-me a abordar a polé-mica atualidade da semana que passava: “Então, vais debruçar-te sobre o abanão ao engenheiro Sócrates, o safanão do professor Cavaco ou o apagão na Catedral (traduzido por alguns como o leve puxão d’Orelhas ao cegão do Pintacosta)?...” Voltei a sorrir e tratei de me es-quivar. De facto, é uma tentação enorme. Chafurdar no futebol ou na política duma forma super-ficial, para quem não tem mais nada que fazer, apaixona a malta, danada para arengar até mais não poder. Começam em conversa enfadonha e acabam numa za-ragata medonha. Cada qual com sua mania, “a tua pior do que a minha”, puxa a brasa à sua sardi-nha, e os ânimos fervem em água fria. Às vezes, tanto se ralha que só não dá em sopapos porque não calha. Calhou-me ir ao jantar-convívio promovido pelos amigos da Praia da Vitória e confesso que, uma vez mais, adorei. Mal entrei na espaçosa sala da briosa Banda Velha, não tive dificuldade em decidir. Abanão? Safanão? Apa-gão? Desilusão. Não vou lá, não! Hoje não há disposição. Prefi-ro comentar este transatlântico abração que anualmente se esten-de da saudosa pista das Lages à acolhedora costa do Pacífico.A festa esteve em grande. Promo-vida por uma já rotinada organi-zação com empenho em dar o seu

melhor, ano após ano, proporciona aos convivas uma agradável noite em cheio. É o programa sempre aliciante dum serão prolongado por entre sorrisos abundantes, pa-lavras carinhosas e abraços aper-tados de amigos que se revêem com o coração a pedir-lhes que não deixem de se abraçar. E eles, mal saboream o arroz de maris-co regado com bom vinho tinto lá da terra, deliciam-se na adoça-da sobremesa antes de passarem nova ronda pelas outras mesas e estreitarem ainda mais esse sen-tido abraço que animicamente os reaproxima e reconforta. Filhos da mesma ilha, separados anos e anos pelas reles vicissitudes da fria imigração, a matarem sauda-des com a alma a fervilhar-lhes de requentada emoção. Um deles, o meu velho amigo João Costa – já não nos víamos, sei lá, desde os nossos quinze anos – estava ali, homem feito fotógrafo profissional, para pro-mover ao vivo, com dedicató-rias autografadas, a nova edição do seu vistoso livro “Olh’esse toiro!”, um sucesso acarinhado pelo festeiro povo da ilha e pelas formidáveis gentes da diáspora, sobretudo os mais aficionados da festa brava.

Outro amigo de longa data, figura de trans-cendente relevo nas belas artes açorianas,

também de passagem por cá, Ala-mo Oliveira, oportuno a brindar-nos com a agradável surpresa da sua inimitável presença, sempre benvinda e aplaudida onde quer que apareça entre nós.Da comitiva promotora das Fes-tas, onde Roberto Monteiro, o popular presidente da novel edi-lidade praiense, cada vez mais e melhor nos seduz com o caracte-rístico à vontade da sua cativante mensagem, poderíamos realçar individualmente os restantes ele-mentos representativos duma fra-terna missão de salutar intercâm-bio que sempre nos toca muito a fundo. Não o vamos fazer. Não

Santos-Robinson Mortuary

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há espaço aqui. Como também já não havia na ampla sala da aco-lhedora Banda Velha, digna anfi-triã da elegante confraternização que maravilhou todos os presen-tes. Vieram de perto e de longe para se associarem a gosto e ao vivo à mística genuína do mítico Ramo Grande, desinibido em ca-maradagem que nos cai sempre muitíssimo bem a qualquer hora do do dia ou da noite.Tive pena de ter que sair mais cedo porque sei que o animado convívio se prolongou até às tan-tas. Depois dos discursos da praxe e da reconhecida homenagem ao

saudoso Norberto Azevedo, hou-ve cantoria, fado, condecorações e muitos mais merecidos aplau-sos. Havia gente afeta a divergen-tes opiniões políticas e adepta de rivais clubes de futebol. As me-sas, porém, redondinhas de en-tusiasmo, não permitiram quais-quer partidarismos absurdos nem clubites inadequadas. O pessoal estava ali, de livre vontade, a ce-lebrar o melhor do seu concelho bem como da sua ilha. Tudo correu às mil maravilhas. Quando assim é, ficamos todos de parabéns. Cai-nos melhor o

abração. P.S. Para a próxima edição, se tudo correr de feição, e como bom “lampião”, focarei com isenção o feito do superdragão, campeão do apagão.

Abraço na Praia

CD das Heroínas à VendaO CD inclui:“As Heroínas em Dia de Amigas”, por Hélio Costa e “Na Terra da Cowboia-da” Contacto: 562-547-0055 ou 562-802-0011Por favor mandem um Cheque ou Money Orderem nome de José Enes com esta forma para aDirecção abaixo indicada. Nome:________________________________Rua:_________________________________Cidade:_______________________________Estado:_______________________________Zip:_________________________________Tele: ( )_____________________________

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Page 8: Portuguese Tribune April 15th 2011

8 15 de Abril de 2011

CANTIGAS AO DESAFIONovidades de 2010, em DVD e CD

. Cantoria da Senhora da Luz, 2010

. Cantoria da Filarmónica de S. João, 2010

. Cantoria p. o Pequeno Jonathan, 2009

. IV Encontro de Veteranos, 2010Cantorias editadas anteriormente:. Guerra de Cantigas ao Desafio, 2005. Grande Tarde do Improviso, 2005. Cantigas ao Desafio no S. Maria, 2006. Nova Guerra de Cantigas, 2007. Só Desgarradas, 2008. Cantadores de Guerra Cantam Paz, 2009

Livros de cantigas ao desafio também à venda.Vasco Aguiar, Meio Século a Cantar ao DesafioJosé Plácido, Quarenta Anos a Cantar ao DesafioJosé Gaudino, Quase M. Século a Cantar ao Desafio

Encomendas. Escreva ou telefone para: José Brites

(Por favor fazer cheques em nome da editora)Peregrinação Publications USA Inc.P. O. Box 4706, Rumford, RI 02916 USATel: (401) 435-4897 Fax: (401) [email protected] www.portuguese-books.com

COLABORAÇÃO

Em nome das Artes, Em nome da POSSO

Agua Viva

Filomena [email protected]

Há já uns anos que a visita vem sendo cumprida, como pro-messa de mordomia:

Vir da Praia da Victória, da Ilha Terceira até à California. É um trato já feito de ano para ano que tem vindo a criar raízes de ami-zade cada vez mais profundas, tanto por parte dos que já as ti-nham por ter nascido no conce-lho da Praia, como dos que vêm recebendo os visitantes, sempre à espera de inovações no programa das Festas. Mas não é pròpria-mente de um programa de Festas que a Edilidade Praiense vem falar, embora o mote seja dado sempre nesse sentido. A Banda Portuguesa de São José tem sido o normal cais de chegada e encontro dos Amigos da Praia com os visitantes e por isso se enfeita com a cor do seu brazão: o vermelho. Ou talvez porque os organizadores serão pràticamen-te todos do Benfica...

Faz-se a hora social, o jantar, os discursos da praxe, as apresenta-ções. Falar de obras no Concelho, torna-se mais importante que qualquer outro programa. Afinal, o emigrante quando volta, quer ver a sua terra bonita e asseada, a sua gente bem alojada e feliz, desde a primeira à terceira idade, com qualidade de vida. Roberto Monteiro, presidente da Câmara da Praia, nos projectos que mos-tra, apresenta essas preocupa-ções, já a pensar no seu próprio futuro e nos da sua idade. Por sua vez, o Presidente das Festas de Agosto, que também é presidente do grupo de teatro Alpendre, Valter Peres, convida todos a irem sem receio, porque o programa está a ser feito em nome das Artes, de forma a nin-guém se arrepender.Do que ninguém se arrependeu, foi de ficar para ouvir a Cantoria por José Fernando e Hélder Pe-reira, vindos da Terceira, acom-

panhados por Jorge Reis e Chris Martins; Crystal Mendes, Luis Sousa e David Garcia, cantaram Fado, acompanhados por Hélder Carvalheira e Manuel de Sousa. Seja como for, a casa enche-se de todas as cores e o que conta é o valor do abraço, a cor do sorriso e a esperança que é sempre verde para receber quem vier por bem. Para o próximo ano, Mário Aze-vedo, em memória de seu saudo-so pai, Norberto Azevedo, será o anfitrião. Felicidades!

Felicidade, é o que todos desejam atingir, sobretudo numa época de crise como a que se atravessa e ao que tudo indica para durar. Mas é nessa situação que mais as pessoas se unem para que a Vida seja menos difícil, e também me-nos solitária. Trinta e cinco anos a projectar soluções de ajuda, não tem sido fácil para a POSSO. Unindo boas vontades de amigos voluntários, para além da ajuda

governamental, é sempre tarefa que não pode parar, ainda que o futuro se apresente negro e as ajudas sempre poucas para as ne-cessidades de todos os dias.Davide Vieira, foi o mestre de ce-rimónias para o delicioso banque-te realizado na I.E.S., que contou com a presença de entidades dos Districtos 5 e 3, do Condado de Santa Clara, Xavier Campos, e Dave Cortese e António Costa Moura, Cônsul-Geral de Portu-gal em São Francisco. Com a presença assídua e atenta de Manuel S. Bettencourt, Mary Sousa, José Luís da Silva, estu-dantes do Clube Português da Pleasant e Piedmont High Scho-ol, e de muitos voluntários torna-se evidente que a POSSO, há-de vingar por muito tempo. Foi com este propósito que Mário Sousa aliando-se a um Grupo de Aficio-nados da Área da

Baía, preparou um jantar de an-gariação de fundos, no PAC, a favor da POSSO, que rendeu dez mil dólares. Outros, ofereceram todo o seu belo talento, como o Grupo de Hélio e Maria das Do-res Beirão, com David e Júlia Borba, Jesse Beirão Hudak, Ci-priano Martins, Sheryl Ross, Yu-Ting Wang, que acompanharam Lorraine Jacinto, Mirelle Leal, Natália Rosa, Silvia Soares e Da-vid Garcia. Mas, um novo e lindo talento despontou no grupo: Gra-ce Beirão, que fez a música para o poema da sua avó, Maria das Dores, cantou-o e tocou na viola clássica, Minha Ilha, Minha Gen-te. Com gente assim, estou certa, as coisas boas não morrem.

A foto da QuinzenaNos finais dos anos 50's, o futebol na Ilha Terceira era pai-xão, eram campos cheios de gente, como se vê nesta foto num célebre jogo Lusitânia-Angrense. Reparem nos car-ros. Hoje, o futebol nas Ilhas é com estádios vazios.

Cantos PopularesVENDE-SE

Terra de Semeadura e Arvoredo, com mais de 776,000 m2, locali-zado nas Travessas, Freguesia da Ribeira Seca, melhor conhecida pela “Ferreira da Marceneira”, “O Coração da Ribeira Seca”, Con-celho da Calheta, Ilha de São Jorge, Açores. Tem uma frente junto ao Caminho, a estrada central da ilha. Tem uma excepcional vista para a Ilha do Pico. Os interessados devem chamar para (408) 258-1347

ACTUAÇÕES DE ALCIDES MACHADO

ABRIL

04/22/ BACALHAU GRILL04/30/ ISTW WATSONVILLE

Maio

05/01/ ISTW Watsonville05/08/ LATON05/13/ HAYWARD 05/14/ HAYWARD Com Tony Borges05/21/ BUHACH05/22/ BUHACH05/28/S LEANDRO06/04/CROWS LANDING06/05/ CROWS LANDING06/11/BUHACH06/12/EASTON Com Nelia06/18/LOS BANOS06/19/ LOS BANOS06/25/ BUHACH06/26/STEVENSON

Eu vivendo por vós morro,Vós por mim viveis morrendoQuisera acabar a vidaPara ficares vivendo.

Para eu ficar vivendo?Vós a mim me daes tormento;'Stou vendo que desejaesQue eu morra antes do tempo.

Não morres antes do tempo, Minha prenda tão querida;Se eu conhecera a morte, Eu te compraria a vida.

Eu te compraria a vida,Depois n'uma prima dera,No alicerce do amorVós sois a primeira pedra.

Page 9: Portuguese Tribune April 15th 2011

9 COMUNIDADE

Nelson Ponta-Garça é Juri no Açor TalentosO concurso de interpretação da cançao é dividido por quatro fa-ses até se apurar um vencedor que irá gravar um CD single nos EUA. As fases do concurso serão acompanhadas por um júri convi-dado pela produção para escolher as canções que irão passar às fa-ses seguintes. Uma primeira fase de selecção de concorrentes, uma segunda fase de eliminatórias em formato Karaoke, uma terceira fase de semifinais e uma última fase, a grande final. As semifinais e final serão em formato com ban-da ao vivo para acompanhar os concorrentes.O projecto Concurso Regional RTP Açores – Açoriano Orien-tal/Açores TSF de interpretação da canção com o título genérico “Açor Talentos” nasce de uma par-ceria entre a empresa Closeup, Açoriano Oriental/Aço-resTSF e RTP Açores com o intuito de se marcar uma identidade própria no espectro musical açoriano. Será um projecto anual onde se estenderá gradualmente a todo o território do Arquipélago dos Açores e Comunidades Açorianas no Norte da América.A Final terá lugar nas Portas do Mar no dia 15 de Abril.10 concorrentes apurados, pela primeira vez transmis-são em Stereo da RDP Açores em simultâneo com a RTP Açores. O vencedor irá gravar nos EUA.Nas fotos podem-se ver aspectos da segunda semifinal

do Açor Talentos que encheu pela segunda vez o Coliseu Micaelense com Apresentação de Miguel Decq Mota e Beatriz Feijó, onde foram apurados 4 Talentos dos Açores para a Final..O Júri foi constituído por (ver foto) Nelson Ponta Garça, Produtor Musical; Filipe Larsen, Produtor Musical; José Andrade, Presidente da Comissão Executiva do Coliseu: Rui Simas, Jornalista: Fernan-

do Pereira, Cantor; Bruno Pacheco, Director Regional da Juventude e Armando Moreira, Encenador.

A Banda Citabria irá tocar ao vivo com os finalistas e apresentará o seu mais recente single.Actualmemente no Açores, Citabria irão trabalhar em conjunto com NPG Productions com o objectivo de criar uma música com o vencedor do Açor Talentos. Citabria é uma banda de rock progressivo, formada em 2008, em San José, Califórnia. Fundada pelo baterista Kevin Azevedo e pelo baixista Edgar Fernandez, mais tarde incorporaram o guitarrista Nate Dias e o vocalista Leopoldo Larsen. Estes são os elementos que criaram o poderoso e único som da Banda Citabria. in açortalentos webpage

Page 10: Portuguese Tribune April 15th 2011

Escalon é uma pequena cidade ao Norte de Modesto, no Vale Cen-tral, com cerca de 7, 257 habitantes assim divididos: 85.23% brancos, 0.57% African American, 0.96% Native American, 1.09% Asiaticos, 0.18% Ilhas do Pacífico, e 8.72% de outras raças. Hispânicos ou Lati-nos de qualquer raça são 18.87% da população.É lá que existe uma das melhores Filarmónicas da California - Azo-res Band of Escalon, que agora comemorou o seu 31º Aniverseario.

10 15 de Abril de 2011COLABORAÇÃO

Reflexos do Dia–a–Dia

Diniz [email protected]

Há que continuar a apostar no Congresso

A cidade de Tulare, no centro-sul do vale de S. Joaquim acaba de ser palco do trigésimo quinto congresso sobre educação e cul-

tura da Luso-American Education Foun-dation. Foi um acontecimento marcante, particularmente porque todas as associa-ções portuguesas e luso-descendentes da cidade de Tulare estiveram envolvidas neste evento. O Congresso sobre educa-ção e cultura, pertenceu e foi feito com a comunidade. As Comunidades Portuguesas: o nosso património, o nosso futuro, foi o tema escolhido pela comissão organizadora que congregou 22 pessoas li-gadas ao ensino e ao nosso movimento associativo. Fo-ram quatro dias compostos por exposições de arte, incluindo um artista vindo de Portugal; apresentações livros, com a apresentação de 5 livros dife-rentes, desde poesia a ensaio; sessões variadas que foram desde a gastronomia à genealogia, de me-todologias para professores até à história de Portugal em inglês, de uma dança de carnaval de crianças até à projecção de um trabalho sobre as gentes das Fajãs de S. Jorge; de uma apresentação sobre a pre-sença dos Rotários do centro da Califór-nia (Rotary Clubs of Central California) em Angola até à literatura, onde foi feita a trajectória das editoras académicas e não académicas que têm publicado obras sobre as comunidades e divulgado a literatura portuguesa traduzida para o inglês. Hou-ve ainda um espaço para vários autores da diáspora, presentes no Congresso, apre-sentarem algo das suas respectivas obras. E o Congresso terminou olhando para o futuro com um painel de 4 jovens profis-sionais ligadas às nossas comunidades que

reflectiram o peso da comunidade nas suas vidas e como vêem a comunidade amanhã. Houve música pelo maestro Hélio Beirão e o casal David e Júlia Borba, Folclore dos Açores pelos alunos de Português IV das escolas secundárias de Tulare e, como se mencionou uma dança de carnaval de crianças. Foi mais um espaço para a comunidade se rever, para reflectirmos quem somos e como somos. Para se aprender com aca-

démicos vindos de Portugal, dos Açores, do Canadá e de ambas as costas dos Es-tados Unidos. Tivemos representação de entidades representantes do governo da re-pública e da região autónoma dos Açores. Entidades que, tal como todos quantos es-tiveram em Tulare, testemunharam o que se faz nesta comunidade em termos de en-sino da língua e cultura portuguesas, em termos do nosso movimento associativo, em termos de preservação do legado cul-tural e em temos de se olhar para o futuro que será muito, muito diferente. Aliás, já começa a ser diferente.O congresso da Luso-American Education Foundation deve ser isso mesmo, um espa-ço anual para se pensar as comunidades. É mais do que sabido que com cada dia que se passa as nossas comunidades mu-

dam, ficam mais luso-americanas e menos portuguesas. É que apesar do calendário festivo da Califórnia portuguesa ser abun-dante, não são muitos os espaços para reflectirmos quem somos. O congresso da Luso-American Education Foundation continua a ser o único espaço em que se pode reflectir as comunidades e em que fala de assuntos tão pertinente como: o en-sino da língua portuguesa, os estudos aca-démicos sobre as nossas comunidades, o

intercâmbio e o diálogo entre académicos, escritores e artistas em geral das nossas comunidades e de Portugal. E tudo isto é de suma importância para as nossas vivên-cias, que têm que, forçosamente, ir além do que é popular e efémero. As nossas comunidades de origem portu-guesa na Califórnia, precisam, de cada vez mais destes espaços e precisamos que os mesmos sejam abrangentes. Que tenham capacidade de albergar todos os sectores das artes, do conhecimento, do diálogo e do intercâmbio cultural e académico. E que sejam, cada vez mais, eventos com a presença das outras culturas que compõem o nosso mosaico cultural norte-americano. É que temos que estar conscientes que a comunidade de origem portuguesa no estado da Califórnia é uma comunidade

com mais de um século e que nela existem gente de outras etnias que acabam de fazer parte da nossa cultura como nós também usufruímos das várias culturas que nos ro-deiam, melhor das várias culturas com as quais coabitamos, quotidianamente.Há que continuar a apostar no congresso da Luso-American Education Foundation, o qual também passa por um período de reflexão e ajustamentos. Porém é essencial que todas as nossas comunidades tenham

a sua participação. Chegou o momento do congresso ir além das quatro cidades onde tem sido alternadamente realiza-do na última dúzia de anos. É essencial que seja um congres-so de toda a Califórnia e que os professores de português, os principais beneficiários do mesmo, larguem a sua letár-gica situação e participem, activamente, neste espaço úni-co na Califórnia. É que de 28 professores convidados, ape-nas 10 apareceram, 5 dos quais

de Tulare. Embora alguns tenham razões justificáveis, a realidade é que ao longo dos últimos anos, um congresso que tem tido sempre um espaço para os professores de língua e cultura portuguesas raramen-te, tem tido uma boa participação dos nos-sos docentes, dos meus colegas. Assim, é muito mais difícil preservar o que temos e expandir a nossa presença no mundo ame-ricano. Se é certo que o congresso de Tulare da LAEF para 2011 foi marcante, não é me-nos certo que há aspectos que têm que ser revistos e repensados, mas acima de tudo há que continuar com esta peregrinação cultural que há 35 anos vem acontecendo nas nossas comunidades.

Aniversário da Azorean Band of Escalon

Azorean Band of Escalon em frente à sua Sede

À direita: Terry Silveira, Mestre

Embaixo: Alvarino Borba e a sua equipa, sempre na rectaguarda da festa

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11COLABORAÇÃO

... são uma realidade.Cerca do ano 2050, está previsto que serão necessários 100% mais de alimentos, que virão sem dú-vida, da nossa eficiência e aper-feiçoamento tecnológico.A presente população da Terra é de cerca de 6.5 biliões presente-mente, esperandos-se que chega-rá aos 9 biliões em 2050, e uma subida de 2.5 biliões de habitan-tes a partir da presente contagem de hoje. Segundo fontes credí-veis, os mercados continuarão a aumentar a demanda em produ-tos essenciais tais como, proteína animal e cereais. Esta foi a con-clusão dos peritos e convidados especiais do “Dairy Profit Semi-

nars” durante a recente “World Ag Expo”. Esta mensagem e es-tudo centralizou-se nos económi-cos da alimentação, e as preferên-cias do consumidor. A mensagem que ficou, é que o globo Terra, terá que depender dos avanços tecnológicos para concretizar a difícil tarefa de alimentar as po-pulações, substancialmente, eco-nómicamente e com segurança. A escolha e crítica, é para que as populações possam ter as suas preferências como consumidores é necessário que estes e a tecno-logia se compreendam e aceitem mutuamente.Em várias ocasiões no passado temos já abordado este caso e não queremos ser repetitivos, mas

achamos que estes números, que não são nossos, são muito im-portantes para compreendermos o presente e futuro paradoxal do Mundo em que vivemos. Nós não temos mais terra. Nós não temos mais água ou recursos naturais. Temos portanto que deitar mãos a disponíveis e seguras tecnolo-gias, para alcançar os nossos ob-jetivos na criação de um mundo melhor.Nos países desenvolvidos (Norte America, Europa e Japão), uma pequeníssima proporção da sua total população é composta de crianças e adoloescentes. Esta demografia é totalmente oposta nos países em desenvolvimento, que têm populações mais jovens, e com o crescimento das suas economias, os seus níveis de vida

sobem e os hábitos alimentares ficam mais exigentes.Estes peritos falaram da insegu-rança alimentar - em 2010 uma em cada seis pessoas no mundo passou fome, e entre 2008 e 2010 uma estimativa de 18.2 milhões de pessoas morreram de má nu-trição. Nos Estados Unidos em 2008, alimentação insuficiente atingiu 14.6% das famílias a mais alta percentagem desde que se mantém números. No Estado de Indiana, a assistência alimen-tar aumentou em 2008-2009 tanto como 38%.Na China, o Primeiro Ministro Wen Jiabao, disse que tinha um sonho, para providenciar cada cidadão, especialmente crianças, com uma suficiente dieta de lei-te para cada dia. Aumentando a quantidade actual de 100 gramas, para 300 gramas por dia, se com-pararmos com os Estados Unidos (presentemente 706 gramas por dia) um país como a China teria de crescer de 18 milhões de va-cas, para 36 milhões.Na India, presentemente gasta-se 50% do ordenado na alimenta-ção, aproximadamente o mesmo que era nos Estados Unidos há 100 anos. A Secretária para a Agricultura da India diz que não é aceitável ou sustentável conti-nuar assim e estar dependente de outros países, incluindo os Esta-dos Unidos para a sua alimenta-ção, e que a resposta são novas tecnologias.

Em 27 estudos-sondagens em 26 países entre 2001-2010, cerca de 97,000 compradores-consumi-dores responderam - uma sólida maioria de 95% disseram que os três principais requerimentos, são economia, nutrição e sabor, apenas 4% compram baseado no luxo, produto orgânico ou local, ou preferências religiosas.Em 1990, o Reino Unido decidiu implementar uma série de restri-ções em como conduzir a Agri-cultura Animal. Há no entanto a lei de impensáveis consequên-cias, que vem com este tipo de decisões, de ignorar a tecnologia. Pela primeira vez na sua história ficaram dependentes da impor-tação de alimentos, para a sua propria alimentação. Se falarmos de segurança global, esta é muito mais eficaz nos países, cuja balan-ça económica é positiva. Grandes avanços se devem à tecnologia na produção agrícola e agropecuá-ria. Para produzir hoje 1 galão de leite, usa-se 65% menos água do que em 1944. Por exemplo, o uso da terra é 34% menos por cada li-bra de carne do que era em 1977. A mensagem final destes semi-naros é que a Industria Agrícola dos Estados Unidos tem uma tre-menda história para contar, e que a resposta esta na Substancialida-de, Eficiencia e Tecnologia, que podem largamente reduzir o uso de recursos naturais na produção de alimentos.

Temas de Agropecuária

Egídio Almeida

[email protected]

Novas tecnologias para a alimentar a Humanidade...

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12 15 de Abril de 2011COMUNIDADE

Aniversário de Casamentoem Stockton

O casal Isalino e Guiomar Santos, residentes em Stockton, celebraram o seu 45º aniver-sário de casamento, na companhia de seu filho Isalino Santos Jr., nora Marissa e neto Nicholas. O casamento foi celebrado na Catedral da Anunciação em Stockton no dia 16 de Abril de 1966. Tribuna Portuguesas envia saudações amigas ao casal Santos.

Barbados para vendaVendem-se cachorros da raça Barbados da Ilha Terceira, puros.

Tratar com Joe Morais

209-678-2489

Mario da Costa Machado nasceu no dia 11 de Fevereiro de 1919 em Lisboa, Portugal. Era filho de Herminia da Cos-ta Machado e Antonio Machado. Tinha uma irmã Beatriz da Costa Machado e um irmão, Carlos da Costa Machado. Estudou no Instituto Superior Técnico de Lisboa, recebendo a licenciatura de En-genharia Eléctrica. Em seguida foi pre-miado pelo governo português com uma bolsa de estudos e partiu para Liverpool, Inglaterra para um curso de aperfeiçoa-mento. Durante os seus estudos universi-tários foi atleta filiado ao Sporting Clube de Portugal tendo participado em várias competições como futebol, remo, ma-ratonas e patinagem. Participou ainda com muito sucesso em teatro estudantil representando peças históricas e em co-médias. Em 1938 casou-se com Mavilia Estrela Cabral Machado e tiveram duas filhas, a Dra. Mina Machado-Holsti e a Dra. Luisa Maria Estrela Machado-Suhonos.A sua larga carreira de profissional co-mecou na década de 50 chefiando uma equipa de técnicos que instalou uma rede de estações de telefone automáticas no norte de Portugal. Serviu ainda nas for-ças armadas portuguesas num batalhão especializado em telecomunicacoes. Quando a multinacional IBM decidiu abrir uma sucursal em Lisboa ele foi um dos cinco primeiros engenheiros locais. A sua competencia e dedicação levaram-no a cargos de grande responsabilidade profissional no, Egipto, Espanha, Holan-da, Canada e Estados Unidos. Na Cali-fornia, realizou um dos seus sonhos e

fez parte da equipa de engenheiros que apoiou o progama dos vôos Apollo da NASA, baseado em Ames Research Ins-titute em Mountain View, California, de onde se reformou.Nunca esquecendo a sua origem portu-guesa, foi com grande orgulho que di-rigiu como Presidente o Clube Cabrillo Civico #1 em San Francisco e foi um dos fundadores do clube “Os Amigos de Lisboa”, director da Luso American Education Foundation e autor de mui-tos artigos jornalisticos promovendo a história, lingua e cultura Portuguesa na California. Juntamente com sua esposa foram durante anos os proprietários do estabelecimento comercial “Casa Portu-guesa” em San Leandro.Faleceu em tranquilidade na sua residen-cia no dia 25 de Marco de 2011, em West Sacramento. Sobrevivem-lhe a sua espo-sa Mavilia Machado, filhas Mina e Lui-sa, a sobrinha Herminia Machado Clara de Lisboa, Portugal, o genro Walter N. Suhonos, netas; Karina Louise Estrela Holsti-Green, Larissa Karina Suhonos e bisneta Mayea Estrela Green de Sydney, Australia.No dia 31 de Março, pelas 10:00, foi cele-brada uma missa pela sua alma na Igreja de Santa Isabel (Saint Elizabeth Church), 1817 12th Street, em Sacramento, CA. seguindo-se o funeral.

Armando Martins

Falecimento

Mario da Costa Machado

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13 COMUNIDADE

Aproveitando a estadia da cantora Lenita Gentil no Vale Central, Chico Avila juntou ami-gos e proporcionou uma bonita noite de fados na sua Adega.

Miguel Canto Castro e Isabella Castro grandes amantes do Fado

João Machado, Chico Avila, Lenita Gentil, Manuel Escobar, João Cardadeiro e Juliana Medeirso, que tam-bém cantou o Fado

Fados no Bacalhau Grill em San José

O Bacalhau Grill ultimamente tem-se distinguido pelos muitos even-tos que tem proporcionado aos seus amigos, na sua renovada sala.É uma maneira de dar a conhecer artistas locais, bem como artistas que nos visitam, como foi o caso de Lenita Gentil, que tinha actuado no Aniversário da Rádio Televisão Artesia.Com casa cheia, primeiro cantou o Chico Avila, que desde há uns tempos tem enveredado pelo Fado, como uma maneira de exprimir a sua versatilidade artística.Depois veio a Lenita Gentil, com a sus voz fadista, encher os ares de San José, de bonitos e conhecidos fados.Foi uma noite muito agradável e espera-se que outras deste género se seguirão para gáudio dos amantes do fado e das canções tradicionais.Os artistas foram acompanhados pelo Chico Avila, Manuel Escobar e João Cardadeiro.

Os responsáveis pelo evento mereceram estar contentes

Lenita Gentil na California

Page 14: Portuguese Tribune April 15th 2011

14 15 de Abril de 2011 COMUNIDADE

Page 15: Portuguese Tribune April 15th 2011

15 COMUNIDADE

Fazer o bem a saber a quem... Texto e Fotos deFilomena Rocha

Felicidade, é o que todos desejam atingir, sobretudo numa época de crise como a que se atravessa e ao que tudo indica para durar. Mas é nessa situação que mais as pessoas se unem para que a Vida seja me-nos difícil, e também menos solitária. Trinta e cinco anos a projectar soluções de ajuda, não tem sido fácil para a POSSO. Unindo boas vontades de amigos voluntários, para além da ajuda go-vernamental, é sempre tarefa que não pode parar, ainda que o futuro se apresente negro e as ajudas sempre poucas para as necessidades de todos os dias. Davide Vieira, foi o mestre de cerimónias para o delicioso banquete realizado na I.E.S., que contou com a presença de entidades dos Districtos 5 e 3, do Condado de Santa Clara, Xavier Campos, e Dave Cortese e António Costa Moura, Cônsul-Geral de Portugal em São Francisco. (ler mais na página 8)

Davide Vieira, MC, com o County Supervisor Dave Cortese

Novos artistas a despontar na Comunidade: Grace Beirão, Jeff Beirão Hudak, Mireille Leal, Silvia Soares, Da-vid Garcia, Natália Rosa, Lorraine Jacinto.

Mary Sousa, Executive Director da POSSO com Xavier Campos e Sam Liccardo, Vereadores da Câmara de San José

Jeff Beirão Hudak, David Borba, Cipriano Martins, Hélio Beirão, Julia Borba, Sheryl Ross e Yu-Ting Wang

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16 15 de Abril de 2011COMUNIDADE

Por iniciativa de um grupo de aficionados da Área da Baía, realizou-se no dia 2 de Abril no Portuguese Athletica Club de San José, um jantar de homenagem aos Ganaderos da California.O jantar decorreu muito animado, com a sala decorada a primor para tal ocasião. Os lucros desta festa aficionada foram oferecidos à POS-SO - Portuguese Organization for Social Services and Opportunities, o que foi de louvar, na medida em que as ajudas sociais da Cidade de San José sofreram cortes drásticos nos seus orçamentos.O jantar foi tipicamente terceirense, com sopas, cozida e alcatra, fei-tos a primor por Domingos Lemos e seus ajudantes.Joaquim Avila falou sobre a homenagem, recordou os três primeiros ganaderos - Manuel Correia (presente no jantar), Manuel de Sousa e Frank Borba (ambos já falecidos) e agradeceu os esforços dos nos-sos ganaderos em manterem uma tradição tão nossa, em terras da California. A convidada da noite foi a ganadera terceirense Fátima "Albino" Ferreira, que dissertou sobre a ganadaria brava e o seu ma-neio, bem como apresentou a segunda edição do livro sobre a sua ganadaria, que tem sido um sucesso em toda a parte.É sempre muito difícil que todos os ganaderos compareçam a estes eventos, mas mais importante é reconhecê-los. Foram e são homens que merecem o respeito e mesmo a admiração de todos os aficiona-dos e de toda a comunidade.

Fátima "Albino" Ferreira falou da sua ganadaria, do maneio dos toi-ros e do livro sobre a sua ganadaria. Aspecto parcial do Salão do Portuguese Athletic Club esmeradamente decorado para a ocasião, podendo-se ver

dois ganaderos (em pé) conversando - Manuel da Costa Júnior e Manuel Correia

Joaquim Ávila falando sobre os ganaderos da California e a importância deles na Festa BravaEmbaixo: mesa da Fátima "Albino" Ferreira e de sua família residente na California

Homenagem aos Ganaderos da California

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17

Festa Brava faz-se também com música e comida tradicional

O Grupo Nove Ilhas sob a batuta de Mestre Hélio BeirãoGuitarrista Clássico Cipriano Martins e Henrique Cordeiro cantando o Fado e a FestaMestre Domingos Lemos na "arena" da cozinha do PAC - um artista com provas dadas

COMUNIDADE

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18 15 de Abril de 2011CONGRESSO

Julianne Romeiro Justin Martins Julia Santos Gonzalez

Lenita Gentil

Sara Pacheco, from Canada with love

RTA - 20 anos de vida

Deputado Estadual Tony Mendoza entrega a Manuel Lima uma Resolution da Assembleia Estadual da California pelos serviços prestados à Comunidade e à California pela RTA

Directores 2010-2011, Francisco Barcelos, José Fischer, Carmen Bastos, Inês Gonçalves, Julianne Romeiro, Ma-ria Bettencourt, Vice-Presidente João rosa, Presidente Manuel Cardoso (Mario Sales não estava presente)

Vereadora Michelle Diaz, Vereador Tony Lima, Presidente da Rádio Televisão Artesia, Ma-nuel Cardoso, Tesoureira Maria Bettencourt, Mayor Victor Manalo e Manuel Aguiar

Com o habitual brilhantismo e este ano no novo e belíssimo Salão do Artesia D.E.S., realizou-se o Jantar de Aniversário da RTA. Depois do jantar e das habituais apresentações da Direcção da RTA, passou-se ao espectáculo - cantaram Julian-ne Romeiro, Justin Martins, Júlia Santos-Gonzalez, Sarah Pacheco e por fim Lenita Gentil, acompanha-dos por Fernando Silva (com Lenita Gentil), Helder Carvalheira, Ma-nuel Escobar e João Cardadeiro. fotos de Bobby Braga

Novas directoras: Sandra Hala, Sandy Raposo e Christine Cardoso

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19 PATROCINADORES

Não falte à Corrida de Toiros no dia 9 de Maio: 2 Cavaleiros, 3 Grupos de Forcados

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20 15 de Abril de 2011

Aniversário da Filarmónica União Popular

Família de Luzia e Isalino Bettencourt, graciosenses de gema.

Amigos da BandaEmbaixo: aspecto do bazar

Aspecto parcial do Salão do I.E.S., já depois do jantar e durante as arrematações

COMUNIDADE

Realizou-se no dia 2 de Abril no Salão do I.E.S. de San José, o jantar do 33º Aniversário da Sociedade Filarmónica União Popular de San José, com a presença de muita gente amiga daquela banda.A sua fundação data de 1978 e tem sede na Santa Clara Street.Esta Sociedade além de ter uma banda reconhecida em toda a parte, tem outras actividades dignas de nota - as suas matanças e jantares de peixe, tem uma qualidade que é sobejamente apreciada.A Banda deslocou-se no ano de 2000 aos Açores tendo actuado em diversas Ilhas. Também já esteve no Canadá e Costa Leste.Actualmente tem 45 músicos, tendo como Mestre, o jovem Henry Ra-mos. Tem como Presidente Francisco Aguiar, Vice-Presidente Raul Marques, Secretária, Cristina Avila e Tesoureira Anália Nunes.A festa realizou-se no I.E.S. porque o Salão da Banda não alberga todos os que desejam participar neste dia de festa.

Page 21: Portuguese Tribune April 15th 2011

21 PATROCINADORES

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Page 22: Portuguese Tribune April 15th 2011

As Nossas Festas na nossa Edição de 1 de Maio

22 15 de Abril de 2011PATROCINADORES

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23COMUNIDADE

Recepção à Praia da Vitória

O eleito Presidente da Comissão da Recepção, Mário Azevedo, recebe uma lembrança do Presidente da Câmara da Praia, Roberto Monteiro

Crystal Mendes cantando Fado, acompanhada por Helder Carvalheira e Manuel de Sousa

Diversos aspectos do Jantar de Recepção à Comissão de Festas da Praia da Vitória 2011 e ao Presidente da Câmara da mesma cidade da Tercei-ra, Roberto Monteiro.

Na Imprensa da Terceira veio referido que o Conjunto Musical Os Bárbaros, tinham acompanhado esta Comissão de Festas, o que não é verdade.

Esq/dir: Orlanda Mendes, Luciano Pinheiro, Valter Peres, Lorival Cunha, Hélio Melo, Nelo Bettencourt, Ri-chard Mendes, Roberto Monteiro e José Mendes.

Leiam mais na página 8, por Filomena Rocha

David Garcia na sua actuação. Luís Sousa (esq.) também cantou Fado

Filomena Rocha, Álamo Oliveira, Valter Peres (Presidente das Festas) e Luciano Cardoso

Fotos de Filomena Rocha

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24 15 de Abril de 2011TAUROMAQUIA

Em cima: O futuro da Ganadaria de Joe Parreira está aqui bem representadaDireita: Camada ainda jovemEmbaixo e direita: Toiros com idade, prontos a correr

Começamos hoje a mostrar as nossas ganadarias da California, para que todos os aficio-nados fiquem a saber da aficion destes homens pela Festa Brava.José Parreira começou a sua ganadaria em 2006 e este ano apresenta-se com uma bonita camada de toiros com idade e trapio. Tem 44 vacas de ventre, 16 bezerras, 15 bezerros, 14 novilhos, 13 toiros e 2 sementais.Seria bom, como já temos dito tanta vez, que as nossas organizações apostassem nestes ganaderos que correm menos vezes, para que eles também pudessem aferir da bravura que têm em casa. Sem correr toiros ninguém sabe o que tem.

Camada de toiros prontos para correr

Quarto Tércio

José Á[email protected]

Sem correr toiros ninguém sabe o que tem Tiro o meu cha-

péu mais uma vez, aos aficionados da Área da Baía pelo jan-tar de homenagem aos Ganaderos da Califor-nia, que proporcionou a oferta de $10,000 à POSSO. Assim se faz Festa e assim se faz Comunidade.

Com tanta ganadaria na California, fico pasmado em ou-vir dizer, que há pessoas aficionadas a comprarem toiros no México para as nossas festas. Há qualquer coisa aqui que não bate certo. Todas as pessoas são livres de fazerem o que bem entenderem, mas esta compra de toiros não faz sentido nenhum. O que é que dizem os ganaderos?

Ganadaria de Joe Parreira

Page 25: Portuguese Tribune April 15th 2011

25COMUNIDADE

Ganadaria de Joe RochaJoe Rocha começou a sua ganadaria em 1988. Foi o ganadero que mais cedo compreen-deu nos fins dos anos 80's, princípios dos 90's, que a falta de criatividade e a repetição dos mesmos artistas no toureio a pé, estava a matar a nossa Festa. Foi com ele que se investiu no toureio a cavalo em força e assim se encheram muitas praças e todas elas a pagar. Não havia bilhetes oferecidos naquela altura.A ganadaria de Joe Rocha passou por alturas em que os seus toiros saíram muito duros e isso impediu dele poder competir com outros. Um dos seus toiros, nas mãos de outros ganaderos, ganhou o Prémio de Melhor Toiro do Ano. Joe Rocha investiu agora em novo sangue e basta ver a nova "cor" dos seus toiros e vacas nas fotos que publicamos.

Nova camada de utreros - 2 anos de idade

Lindas vacas de ventre

Festiva Taurino em StevinsonDia 29 de Abril, pelas 8 horasCavaleiros - Paulo Ferreira, João Serra Coelho, Sário CabralToiros de António Cabral, Açoriana, Joe Souza, Joe Parreira, António Azevedo e um oferrecido pelos aficionados Joe Alves/João Silveira. Três Grupos de Forcados.

Page 26: Portuguese Tribune April 15th 2011

26 15 de Abril de 2011ARTES & LETRAS

A Maré Cheia de hoje é uma homena-gem póstuma a quem infelizmente foi vezes sem conta, esquecido em vida, o fundador deste jornal, João Brum.Conforme noticiado neste jornal, ao qual deu a vida, João Brum faleceu, recentemente, na ilha do Pico, Açores. Faleceu, tal como viveu uma grande parte da sua vida, como um navegante solitário. Tinha, e continuo a ter por ele, uma grande admiração. É que admiro ho-mens e mulheres que são iguais a si próprios. E João Brum era isso mes-mo. Conheci-o nos tempos primórdios do Portuguese Tribune. Estava eu nas lides da rádio em língua portuguesa. Mais tarde a pedido dele dei alguma colaboração ao jornal, e ainda mais tarde, o Novidade (uma aventura jor-nalesca em que me meti com o meu amigo sonhador Pedro Valadão Costa, e mais tarde com Fernando Valadão) foi publicado, durante alguns meses como suplemento do Tribuna. Vários anos mais tarde, quando frequentava a universidade estadual da Califórnia em Fresno, contactámos várias vezes, con-versávamos ao telefone e pessoalmente e foi nosso convidado durante meia dú-zia dos simpósios literários Filamentos da Herança Atlântica. Uma das pessoas que mais acompanhou João Brum na sua caminhada jornalís-tica aqui na Califórnia foi Vamberto Freitas. Acompanhou-o nas horas boas e nas menos boas, porque o que menos faltaram foram os "amigos" que o aban-donaram nas horas difíceis, quando pra-ticamente sozinho, remava contra tudo e todos, incluindo os oportunismos e oportunistas que infestam as nossas co-munidades. Daí que temos muito gosto em apresentar esta nossa pequena, hu-milde, mas verdadeira homenagem a João Brum com um magnífico texto de Vamberto Freitas. A nossa gratidão a Vamberto Freitas por permitir a publicação deste texto e a nossa gratidão a João Brum por ter dado tudo, mesmo tudo, em prol do jor-nalismo cultural em língua portuguesa no estado da Califórnia. A nossa dívi-da comunitária para com João Brum é eterna. E aguardamos, com ansiedade, o dia em que a sua autobiografia seja publicada. Há que pelos menos fazer-se essa pequena justiça. Meu Caro João, Muito Obrigado! Abra-ços, sempre! Haja saúde!

Diniz

A minha reforma e pensão são pequenas e a América já não é aqui

João Pereira da Costa Brum nasceu na Silveira, Pico, em 1938, e faleceu a 23 de Fevereiro na sua ilha natal. Tinha 73 anos de idade quando lhe

chegou a hora da partida, e foi-se quase no anonimato e na maior solidão imaginável, mas que por ele tinha sido deliberadamen-te escolhida após anos de combate em vá-rias frentes. Emigrou para a Califórnia aos trinta anos de idade a meados da década de 60, já com uma firme e consequente formação intelectual, que na altura só o seminário de Angra do Heroísmo pode-ria oferecer e oferecia à sua geração, essa que nos deixaria um legado intelectual até hoje marcante para a nossa identidade açoriana. João Brum, como era geralmen-te conhecido, levou consigo alguma expe-riência na imprensa das ilhas (foi revisor e articulista ocasional num vespertino da Horta), o que lhe asseguraria na altura um lugar privilegiado entre nós na Diáspo-ra quando tempos depois fundou um dos melhores semanários da imigração lusa na Califórnia, colocado de imediato num triunvirato jornalístico, dois deles perma-necendo de grande alcance entre os leito-res de língua portuguesa que restam nos EUA: Portuguese Times de New Bedford e o Luso-Americano de Newark. É certo que The Portuguese Tribune vinha já en-quadrado numa longa tradição da nossa imprensa nos EUA, mas distinguiu-se du-rante alguns anos pela sua audácia edito-rial, elegância discursiva, e linguagens re-novadas em todas as frentes socioculturais e até políticas no que concernia às nossas comunidades do Pacífico nos anos decisi-vos da sua mudança interna e no renovado relacionamento com a mãe-pátria partir do 25 de Abril de 1974. Não creio exage-rar se reafirmar neste momento que João Brum deixou um dos mais valorosos con-tributos à cultura portuguesa na América, e à consciencialização cívica daqueles que acolhiam e liam as suas páginas.Antes de mais, devo abrir aqui uma ad-vertência: fui amigo, colaborador e com-panheiro de estrada de João Brum desde a fundação do seu semanário em Julho de 1979, na cidade de São José, no norte da Califórnia, e onde se concentra desde sempre a maior e talvez mais dinâmica comunidade de origem açoriana no oeste americano. A nossa relação nem sempre foi fácil, nem na Diáspora nem quando ele regressou aos Açores: eu não o poupava

nalgumas “críticas” quanto à gestão do seu jornal em momentos visivelmente críticos, nem ele esquecia esses meus reparos. Mas foi, talvez mesmo por isso, uma amizade constante e de respeito mútuo inabalável. Na direcção do seu jornal alheou-se por demais da vida prática, mantendo a rique-za da palavra imprensa e descurando qua-se todo o resto. Pouco mais de cinco anos depois do seu aparecimento, o semanário passava, por questões financeiras suposta-mente insanáveis nas suas mãos, a outros que o haviam também acompanhado de perto. Foi uma transição pouco pacífica, e para João Brum mais do que dolorosa, mas teria sido ele próprio quem havia traçado o seu destino. Fundaria logo de seguida um outro semanário, o Portugal/USA, de pouca dura pelas mesmas razões. Have-ria, alguns anos mais tarde, um terceiro projecto, The Portuguese Chronicle, que nunca levantou voo. Sobre esse possível e último regresso de João Brum ao jorna-lismo comunitário encetei um longo diá-logo com ele, que foi publicado em forma

de carta na revista Gávea-Brown e depois num dos meus livros sobre jornalismo e cidadania. Conseguiu ainda, entretanto, completar com sucesso um mestrado em línguas cuja tese se intitula The Other Side Of The Island/O Outro Lado Da Ilha, títu-lo com o qual iria muito provavelmente ser publicado em tradução pela Salamandra (Lisboa), não tivesse a editora encerrado pouco tempo depois. A partir daí, a sua vida pessoal desfazer-se-ia em ambiente de radical carência material e sobretudo emocional, acabando uns anos mais tarde no seu regresso desamparado aos Açores. Continuou com alguma colaboração espo-rádica em jornais do Pico e suplementos literários aqui em S. Miguel. Antes da sua partida para cá, escrever-me-ia a 20 de Fevereiro de 2002: “Este inverno enve-lheci mais depressa que o habitual. Vem sobretudo de dentro e expande-se pouco a pouco”. Dizia-me ainda nesta e noutras cartas de projectos de escrita em que esta-va empenhado: Rewriting of the American Dream: a quest seen through the eyes of an Azorean immigrant, De Como se Faz Jor-nalismo Cultural Para Uma Comunidades de Imigrantes Açorianos, e Haja Saúde e outros monólogos imperfeitos, o título que daria a uma colectânea dos seus editoriais no PT e depois às suas colaborações n’O Dever, das Lajes do Pico. Era para me en-viar os originais destes livros, mas nunca chegou a fazê-lo. Estava a chegar assim ao fim uma vida muitíssimo atribulada -- mas tinha já deixado um jornal cuja memória se mantém firmemente entre a nossa geração, continuando a ser publicado na Califórnia quinzenalmente e no qual a cultura e co-mentários em geral continuam a usufruir de espaço e liberdade.

Escrevi extensamente sobre o Portugue-se Tribune na altura em que existiu sob o comando de João Brum e imediatamente depois da sua transição para outras mãos e outros propósitos, assim como publiquei uma extensa entrevista com ele no Diário de Notícias, em 1981, “A Imprensa de Lín-gua Portuguesa nos Estados Unidos”. Mais do que falar de si e do seu próprio jornal, João Brum fazia uma análise aprofundada da imprensa imigrante portuguesa da épo-ca, e das dificuldades globais enfrentadas por quem fazia sair com dignidade um periódico que não condescendia nem com a ignorância atávica nem com influentes compadrios comunitários bem instalados.“Os imigrantes -- dizia ele a certa altura da nossa conversa -- formam todos eles um mundo à parte, diferente, que determina precisamente a atitude do jornalista, dos responsáveis pelo jornal. Em Portugal o leitor aproxima-se do jornal; aqui verifica-se o contrário: o jornal terá de ser consen-tido por um processo de ir ao encontro da

audiência, por persuasão e até sedução. O Portuguese Tribune escolheu, até, cami-nho mais difícil: ir para o leitor até certo ponto e daí deixar que ele faça o resto do percurso de aproximação, o que leva o seu tempo e gera muitas vezes desilusão”. As suas palavras quase que traçavam já o seu próprio destino, mas por uns anos a pala-vra escrita nas páginas que fundou e diri-giu mantiveram-se muito acima do que ha-via sido o jornalismo de língua portuguesa na Califórnia, dirigiam-se sem apologias aos grupos mais civicamente activos e a toda uma geração que então começava a penetrar nas universidades, ou tinha leva-do de Portugal hábitos e apetência intelec-tual acima da média. Foi um projecto, em termos estritamente editoriais, arrojado e arejado. Se essa fase do Portuguese Tri-bune foi devidamente arquivada algures, a sua consulta vai surpreender pelo modo como tentou ir ao encontro harmonioso da tradição e da inovação.Os Haja Saúde, os seus editoriais semanais que um dia espero ver publicados num dos livros que ele organizava e seleccionava, irritavam muitos leitores pelas melhores razões intelectuais e biográficas. De estilo profundamente clássico e numa linguagem que de imediato lembrava o seu passado de seminarista bem formado, diziam do que pensava da comunidade e do cansaço que era semana a semana informar e formar o seu público-alvo, a tentativa, sempre, da “aproximação” mútua de que nos falava na referida entrevista. Numa das cartas que me enviaria do seu infeliz repouso no Vale de San Joaquim, dizia-me que os últimos dois capítulos do Haja Saúde seriam inti-

De João Brum e da Diáspora

Carta de João Brum a Vamberto Freitas

tulados “Diálogos com Gente Discreta” e “Conversas Destroçadas”. Seriam, pois, a síntese perfeita de si próprio e de como entendia o seu papel e espaço de jornalis-ta nas nossas comunidades espalhadas por uma vasta e muito diversificada geografia humana. Resta agora todo esse espólio -- fino e duradouro.

"Em Portugal o leitor aproxima-se do jornal; aqui verifi-ca-se o contrário: o jornal terá de ser consentido por um processo de ir ao encontro da audiência, por persuasão..

Diniz [email protected]

Apenas Duas Palavras

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27 PATROCINADORES

Enviam-se encomendas através do USPS ou

Par ticipe nas nossas festas t radicionais

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28 15 de Abril de 2011ENGLISH SECTION

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29 ENGLISH SECTION

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30 15 de Abril de 2011ENGLISH SECTION

California Chronicles

Ferreira Moreno

On Friday March 11, 2011, many young show-men went out

to Tulare for a dairy show. There were numerous gre-at cows shown in various classes. In the registered show, Ma-rissa Soares had first place in the Jr. 3 year old class, second place in the Sr. 3 year old class and second place in the 4 year old class. All of these cows went on into the final round of re-gistered cows and Marissa ended up receiving Hono-rable Mention.In the grade show, Sr. 2 year old class Monica So-ares received first in the class. Monica also had first place in the Sr. 3 year old class and first place in the Aged Cow class. All three of these cows also went on into the Final round

for grade champion. The Sr. 3 year old was named Reserved Champion and the Aged Cow was the Grade Grand champion. This Aged Cow went on to compete against the Jersey who won the Jersey show and ended up winning Su-preme Grand Champion.It took a lot of time prepa-ring for this show and all of the hard work and dedi-cation really paid off. Con-gratulations to Monica and Marissa.A special thank you goes out to Manny Azevedo, Joseph Silva and their pa-rents Germano and Jacin-ta for all of their support, help and devotion.

The name given to the town of Walnut Creek, in Contra Cos-ta County, is a translation from the Spanish name of the creek,

recorded in 1810 as Arroyo de los Noga-les (creek of walnut trees), later renamed Arroyo de las Nueces (creek of walnuts). Apparently, in the early days, there were plenty of black-walnut trees growing along the creek. The land grant, awarded in 1834 by Governor Jose Figueroa, to Juana San-chez de Pacheco, was called Rancho Ar-royo de las Nueces y Bolbones. (Bolbones was the name of a Native American tribe in the vicinity of Mount Diablo).The townsite, named after Arroyo de las Nueces, became Walnut Creek when the post office was established there in the 1860's. However, the town's original name was The Corners, "because roads con-verged here from Lafayette and Oakland to the west, from Martinez and Concord to the north, and from Livermore and Hayward to the south." (Historic Spots in California).According to Robert Daras Tatam, (Old Times in Contra Costa), "native black wal-nut trees grew profusely in the valleys and along the creeks in Centra, Contra Costa.

Early farmers realized that walnuts could become a cash crop. After wheat farms lost their profitability in the 1890's, mile after mile of walnut orchards appeared in the area, developing rapidly after World WM I.”As Tatam further pointed out: "In 1920 the local farmers organized the Contra Costa County Walnut Growers Association. A plant was built in Walnut Creek to process and pack the nuts for shipment. The plant processed 250 tons the first year. Produc-tion increased year by year as more mem-bers came into the association, while the plant was expanded insuccessive years, making it necessary to build a second plant in 1937 and another in 1951.Later the packing operations were moved to a plant in Stockton, but the Wlnut Cre-ek plant was kept for grading, sizing, and bleaching. However, all this would soon change when the walnut orchards in Con-tra Costa gave way to tracts of ranch-style homes."Recently I had the opportunity to visit one of Walnut Creek's notable features, which has been placed on the National Register of Historic Places. I am referring to the

Old Borges Ranch, located at 1035 Castle Rock Road. The Borges Ranch comprises seven main buildings, including the love-ly one-story farmhouse built by Francisco and Maria Borges in 1899.The site is a prime example of a rural cattle ranch from the period of the late 1890's and early 1900' s. The property has remained in the Borges family for four generations, and is still an active, working cattle ranch today. Contra Costa County acquired the Borges Ranch (a 700-acre spread), along with, 2,300 acres of meadow and woo-dland, and designated it as an Open Space Area. It is operated today by ,the City of Walnut Creek as part of the park system.In his book "Walnut Creek, Arroyo de las Nueces", published in 1999, George Ema-nuels dedicated an entire chapter to the Portuguese, who, like Francisco Borges, were natives of the Azores Islands. As stated by Emanuels, "all through the early growing years in Walnut Creek, Portugue-se immigrants or their descendants made a mark on the town. Their industry, foresi-ght, thrift and business acumen made their heritage a valuable adjunctto the community. Among their number is the town's first banker, two early auto-

mobile dealers, many successful farmers, a city mayor, and Walnut Creek's pioneer real estate broker.” Unfortunately, Emanuels committed a horrendous and inexcusable gaffe when he inferred that the religious basis for one of the Portuguese most treasured and cheri-shed traditions (the Holy Ghost annual ce-lebration) dates back to a great famine in Portugal in the 18th century.Emanuels wrote: "Hunger and starvation were so widespread that Queen Isabella (sic) promised in her prayers to deliver her crown of jewels for food, when a storm came up and blew food-laden ships, whi-ch, had been becalmed for weeks, into port (sic). The Queen had the food distributed free to all the suffering people,"In closing, let me assure you that Emanuels was mistaken, and such events never took place. Actually, Queen St. Isabel (canoni-zed as Saint in 1625) did promote devotion and festivities in honor of the Holy Ghost, but she died in 1336, hundreds of years be-fore the 18th century.

Walnut Creek Memories

Youthful Thinking

Monica Soares [email protected]

Dairy show in Tulare

Upper: Marissa Soares and the "Reserved Champion", Monica with the "Grand Champion"Below/left: honorable mention in the registered show. Right: Grade Sr. 3 - Reserved Grand Champion.

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31 COMUNIDADE

Escrita Criativa em Português - curso on line Os cursos online EC.ON (EscritaCriativaOn-line) acabam de completar seis anos de vida. Desenvolvendo actividade no campo da es-crita criativa em Português, os cursos têm desenvolvido parcerias com diversas biblio-tecas municipais, escolas e com o Instituto Camões, embora trabalhem essencialmente com formandos que contactam a estrutura e que, de modo directo, se inscrevem. O projecto oferece dez cursos diferenciados, na área literária e comunicacional, e é único no género em Portugal. Sendo coordenado pelo Prof. Luís Carmelo, o EC.ON visa apro-fundar as potencialidades oferecidas pela língua portuguesa, optimizar a expressão individual, proporcionar e testar ferramentas úteis a vários registos (descrição, narração e poética) e ainda estimular as aptidões lite-rárias.Os cursos duram entre dez e treze semanas e funcionam de modo simples. De acordo com um cronograma estabelecido de início, os formandos recebem semanalmente um bloco de conteúdos complementados com adendas, exemplos e um painel de exercícios. Da inte-riorização desse material resulta a resolução prática de um trabalho que merece, semana a semana, um comentário crítico e individu-alizado por parte do coordenador.A par dos cursos, o EC.ON desenvolve ainda actividade de assessoria literária, editing e contacto com editoras.Contactos: luí[email protected]

Faleceu um Grande Senhor da Festa Brava

Mário Freire morreu no dia 12 de Março de 2011 aos 82 anos no Hospital da CUF, em Lisboa. Partiu o último gentleman da Tauro-maquia nacional, como dizia a Revista Far-pas. O corpo esteve em câmara ardente na Igreja de Santa Maria, no Barreiro e o fune-ral foi no cemitério de Riachos (Golegã), de onde era natural.Foi muitas vezes à Terceira como bandari-lheiro e já há muitos anos era apoderado do Cavaleiro Luís Rouxinol. Também visitou várias vezes a California taurina. Um Gran-de Senhor da nossa pobre Festa.

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