2018 Semana 091 0 __1 4 set
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Intensivo Medicina
B
io.
Bio.
Professor: Nelson Paes
Monitor: Hélio Fresta
B
io.
Autoduplicação e Transcrição -
Aprofundamento
05
jun
RESUMO
· Processos realizados pelo DNA: Autoduplicação, Transcrição (formação do RNA)
· RNA passa pelo processo de tradução para formar proteínas · Bases nitrogenadas do DNA: Adenina, Timina, Citosina, Guanina · Bases nitrogenadas do RNA: Adenina, Uracila, Citosina, Guanina
Autoduplicação: processo que garante a permanência da hereditariedade, ou seja, conserva as informações
armazenadas no DNA, evitando a perda dos genes. Antes que ocorra o processo de divisão celular, é
necessário que o DNA se autoduplique, permitindo assim a conservação de seus genes e a formação de novas
células iguais.
As fitas duplas do DNA são reconhecidas pela enzima helicase, que desenrola a dupla-hélice formada pelas
fitas de DNA, quebrando as ligações de hidrogênio entre as bases nitrogenadas que compõe a fita. Conforme
as bases vão sendo pareadas (adenina com timina, citosina com guanina; A T, C G), as novas fitas de DNA
são formadas a partir da enzima DNA-polimerase.
Quando ocorre a formação de duas novas fitas, essas fitas se unem cada uma a uma fita antiga, formando
então a dupla-hélice a partir de uma fita nova e uma fita antiga, sendo então a duplicação do DNA um
processo tido como semi-conservativo. A ligação das bases nitrogenadas é realizada pela enzima DNA-ligase.
A DNA-polimerase é capaz de reconhecer erros na sequência de nucleotídeos, e substituí-los pelos
nucleotídeos corretos, evitando assim alguns erros no processo.
Transcrição: Os RNAs são ácidos nucleicos que participam da expressão gênica, assim como o DNA. O RNA
a de DNA, porém de fita única e sendo composta por Adenina, Uracila, Citosina e Guanina. Quando a dupla-
hélice é desenrolada, o RNA pode ser formado através do pareamento de Adenina e Uracila, e Citosina e
Guanina (A U, C G). Apenas uma das fitas de DNA será transcrita, pois o RNAm das fitas complementares
NÃO será igual.
B
io.
Esses nucleotídeos são unidos por uma enzima conhecida como RNA-polimerase, que permite a formação
da fita de RNAm. Este RNAm formado sai do núcleo em direção ao citoplasma, onde será traduzido em uma
proteína.
O RNA-ribossomal (RNAr) constitui os ribossomos, que atuam na tradução do RNAm em proteínas. O RNA-transportador (RNAt) é formado no núcleo, a partir de alterações de transcritos recém-
formados. Transporta aminoácidos até o local onde ocorre a síntese proteica.
EXERCÍCIOS
1. Nos dias de hoje, podemos dizer que praticamente todos os seres humanos já ouviram em algum
momento falar sobre o DNA e seu papel na hereditariedade da maioria dos organismos. Porém, foi
apenas em 1952, um ano antes da descrição do modelo do DNA em dupla hélice por Watson e Crick,
que foi confirmado sem sombra de dúvidas que o DNA é material genético. No artigo em que Watson
e Crick descreveram a molécula de DNA, eles sugeriram um modelo de como essa molécula deveria
se replicar. Em 1958, Meselson e Stahl realizaram experimentos utilizando isótopos pesados de
nitrogênio que foram incorporados às bases nitrogenadas para avaliar como se daria a replicação da
molécula. A partir dos resultados, confirmaram o modelo sugerido por Watson e Crick, que tinha como
premissa básica o rompimento das pontes de hidrogênio entre as bases nitrogenadas. GRIFFITHS, A. J. F. et al. Introdução à Genética. Rio de Janeiro: Guanabara Koogan, 2002.
Considerando a estrutura da molécula de DNA e a posição das pontes de hidrogênio na mesma, os
experimentos realizados por Meselson e Stahl a respeito da replicação dessa molécula levaram à
conclusão de que
a) a replicação do DNA é conservativa, isto é, a fita dupla filha é recém-sintetizada e o filamento
parental é conservado.
b) a replicação de DNA é dispersiva, isto é, as fitas filhas contêm DNA recém-sintetizado e parentais
em cada uma das fitas.
c) a replicação é semiconservativa, isto é, as fitas filhas consistem de uma fita parental e uma recém-
sintetizada.
d) a replicação do DNA é conservativa, isto é, as fitas filhas consistem de moléculas de DNA parental.
e) a replicação é semiconservativa, isto é, as fitas filhas consistem de uma fita molde e uma fita
codificadora.
2. O genoma da bactéria E. coli tem um tamanho de 4 x 106 pares de nucleotídeos. Já o genoma haploide
humano tem 3 x 109 pares de nucleotídeos. Para replicar o genoma, antes da divisão celular, existe uma
enzima, a DNA polimerase, cuja velocidade de reação é equivalente a cerca de 800 nucleotídeos/s.
Assim, para replicar todo o genoma de uma bactéria, a DNA polimerase consumiria cerca de
83 minutos e, para o genoma humano, aproximadamente 43 dias. Sabemos, no entanto, que o tempo
de geração da E.coli é de cerca de 20 minutos, e que o tempo médio de replicação de uma célula
eucariota é de 12 horas.
Assumindo que a DNA polimerase apresenta uma velocidade de reação constante para todas as
espécies analisadas, explique essa aparente contradição.
3. Qual das alternativas abaixo apresenta a informação que nos permite afirmar que a replicação do DNA
é semiconservativa?
a) Durante a divisão da molécula original, somente uma das fitas é copiada; a outra permanece inativa.
b) No início do processo replicativo, forma-se um total de seis fitas de DNA.
c) As duas fitas de DNA parental são copiadas, originando moléculas filhas com somente uma delas.
d) As enzimas que participam do processo de replicação são somente de origem materna.
e) No fim da replicação, cada uma das moléculas resultantes apresenta a metade do número de pontes
de hidrogênio.
4. Leia abaixo a descrição do experimento por meio do qual se comprovou que a replicação do DNA é
do tipo semiconservativo.
B
io.
Uma cultura de células teve, inicialmente, o seu ciclo de divisão sincronizado, ou seja, todas
iniciaram e completaram a síntese de DNA ao mesmo tempo. A cultura foi mantida em um meio
nutritivo normal e, após um ciclo de replicação, as células foram transferidas para outro meio, onde
todas as bases nitrogenadas continham o isótopo do nitrogênio 15N em substituição ao 14N. Nestas
condições, essas células foram acompanhadas por três gerações seguidas. O DNA de cada geração
foi preparado e separado por centrifugação conforme sua densidade.
Observe o gráfico correspondente ao resultado obtido na primeira etapa do experimento, na qual as
células se reproduziram em meio com 14N.
Observe, agora, os gráficos correspondentes aos resultados obtidos, para cada geração, após
substituição do nitrogênio das bases por 15N.
Os gráficos que correspondem, respectivamente, à primeira, à segunda e à terceira gerações são:
a) X, Y, Z.
b) Z, Y ,X.
c) Z, X, Y.
d) Y, Z, X.
5. Diversas técnicas são utilizadas para determinar, em genes de uma célula eucariota, a sequência de
bases nitrogenadas codificantes, ou seja, aquela que define a estrutura primária da proteína a ser
sintetizada. A abordagem experimental mais frequente, hoje, consiste em, primeiramente, extrair os
RNA-mensageiros da célula, sintetizar os seus DNA-complementares e, então, proceder ao
sequenciamento das bases presentes nesses DNA. Em uma bactéria, no entanto, é possível determinar
a sequência codificante diretamente a partir de seu cromossomo. Explique o motivo pelo qual, em
organismos eucariotos, é preferível utilizar o RNA-mensageiro para determinar a região codificante do
DNA.
6. Durante a síntese proteica a transcrição de uma molécula de DNA originou um RNA mensageiro com
a sequência de nucleotídeos AAU CAG UUA que codificaram, respectivamente, asparagina, valina e
fenialanina. A partir dessas informações, responda: a) Qual a sequência nucleotídeos em ambas as hélices do DNA? b) Quais os anticódons presentes nos RNA transportadores?
7. Numa pesquisa, uma fita-dupla de DNA de leveduras foi construída usando-se isótopos pesados.
Depois disso, essa fita-dupla passou por um ciclo de replicação, no qual foi permitido que as novas
fitas de DNA fossem construídas com isótopos leves. Comparando-se o peso das amostras de DNA
antes e depois da replicação, verificou-se que, devido à replicação:
a) conservativa, preservam-se as fitas-duplas de DNA pesadas e produzem-se novas fitas leves.
b) conservativa, formam-se novas fitas-duplas de DNA com cadeias leves entremeadas em cadeias
pesadas.
c) dispersiva, produzem-se novas fitas-duplas de DNA com cadeias leves intercaladas em cadeias
pesadas.
d) semiconservativa, as novas fitas-duplas de DNA ficam mais leves que a fita-dupla original.
e) semiconservativa, formam-se novas fitas-duplas de DNA apenas com cadeias leves.
B
io.
8. Gerações sucessivas de bactérias da espécie Escherichia coli foram cultivadas num meio cuja única
fonte de nitrogênio era o isótopo 15N, o qual se incorporou nas moléculas de DNA. Posteriormente,
essas bactérias foram transferidas para um novo meio, onde existia o 14N como única forma de
nitrogênio. Em relação ao experimento, pode-se prever que, nesse novo meio:
a) ao final da 1ª geração, será formada moléculas de DNA apenas com 15N e moléculas apenas
com 14N.
b) ao término da 1ª geração, todas as moléculas de DNA apresentarão apenas 14N incorporado.
c) ao término da 2ª geração, cerca de 1/4 do DNA será híbrido, sendo o restante não híbrido.
d) ao final da 2ª geração, cada molécula híbrida de DNA formará duas moléculas, sendo uma híbrida
e outra não.
9. Um pesquisador descobriu que uma sequência errada de aminoácidos numa determinada enzima era
a causa de uma grave doença em ratos. Supondo que fosse possível realizar uma terapia para corrigir
permanentemente a sequência de aminoácidos, em que ponto do esquema esta terapia deveria atuar?
Justifique.
10. A mesma molécula o RNA que faturou o Nobel de Medicina ou Fisiologia na segunda-feira foi a
protagonista do prêmio de Química entregue ontem. O americano Roger Kornberg, da Universidade
Stanford, foi laureado por registrar em imagens o momento em que a informação genética contida no
DNA no núcleo da célula é traduzida para ser enviada para fora pelo RNA o astro da semana.
Esse mecanismo de transcrição, por meio do qual o RNA carrega consigo as instruções para a produção
de proteínas (e por isso ele ganha o nome de RNA mensageiro), já era conhecido pelos cientistas desde
a década de 50. (Girardi, G. Estudo de RNA rende o segundo Nobel O Estado de S. Paulo, 5 out. 2006).
A partir da leitura do trecho acima e de seu conhecimento de Biologia molecular, assinale a alternativa
incorreta.
a) A produção de RNA mensageiro ocorre por controle do material genético.
b) No núcleo da célula, ocorre transcrição do código da molécula de DNA para a de RNA.
c) O RNA mensageiro leva do núcleo para o citoplasma instruções transcritas a ele pelo DNA.
d) No citoplasma, o RNA mensageiro determina a sequência de aminoácidos apresentada por uma
proteína.
e) Cada molécula de RNA mensageiro é uma longa sequência de nucleotídeos idêntica ao DNA.
11. Um filamento duplo de DNA com 320 nucleotídeos formará, na transcrição, RNA-m com número de
nucleotídeos igual a:
a) 160.
b) 319.
c) 320.
d) 321.
e) 159.
B
io.
12. Algumas células da pele de uma mesma rã foram retiradas em sua fase girino e, depois, em sua fase
adulta.
Observe a tabela abaixo, na qual são mostradas as combinações possíveis das macromoléculas DNA e
RNA mensageiro.
Os resultados referentes à comparação das macromoléculas das células da rã nas fases girino e adulta
estão indicados pelos seguintes números:
a) 1 e 3
b) 1 e 4
c) 2 e 3
d) 2 e 4
13. Bactérias (Escherichia coli) foram cultivadas durante várias gerações em um meio de cultura na qual
toda a fonte de nitrogênio era o isótopo pesado 15N.
De uma amostra dessas bactérias (amostra A), extraiu-se o DNA que foi submetido a uma técnica de
centrifugação que permite separar moléculas de DNA de acordo com sua densidade. O restante das
bactérias foi transferido para um meio de cultura em que todo o nitrogênio disponível era o isótopo
normal 14N. Retirou-se uma segunda amostra (amostra B), quando as bactérias completaram uma
divisão celular nesse novo meio e uma terceira amostra (amostra C), quando as bactérias completaram
duas divisões celulares. O DNA das bactérias das amostras B e C foi também extraído e centrifugado.
A figura mostra o resultado da centrifugação do DNA das três amostras de bactérias.
a) Por que, na amostra B, todo o DNA tem uma densidade intermediária entre o que é constituído
apenas por 14N e o que contém apenas 15N?
b) Considerando que, na amostra C, a quantidade de DNA separada na faixa inferior é X, que
quantidade de DNA há na faixa superior?
14. Suponha um gene de um eucarioto responsável pela síntese de uma proteína. Nesse gene existem
íntrons, ou seja, regiões do ADN cujas informações não estão presentes na proteína em questão. As
regiões do ARN transcrito correspondentes aos íntrons são eliminadas após o processo de transcrição.
A figura a seguir representa o resultado de uma experiência de hibridação do ARN mensageiro com a
cadeia de ADN que lhe deu origem.
A figura mostra cinco regiões, identificadas por números de 1 a 5.
Quais dessas regiões correspondem aos íntrons?
Justifique sua resposta.
B
io.
15. pre todas as ciências
da vida sejam elas do homem, rato, planta ou bactéria. James Watson e Francis Crick descobriram a
estrutura do DNA, que permitiu posteriormente decifrar o código genético determinante para a síntese
proteica.
a) Watson e Crick demonstraram que a estrutura do DNA se assemelha a uma escada retorcida.
b) Que relação existe entre DNA, RNA e síntese proteica?
QUESTÃO CONTEXTO
Cientistas conseguem fazer DNA funcionar como um 'pendrive'
cientistas da Universidade de Stanford foram capazes de guardar memórias dentro dessas estruturas. Isso
mesmo, armazenar dados, assim como um
Visto em http://revistagalileu.globo.com/Revista/Common/0,,EMI306405-17770,00-
CIENTISTAS+CONSEGUEM+FAZER+DNA+FUNCIONAR+COMO+UM+PENDRIVE.html
O DNA é a molécula responsável pelo armazenamento da informação genética da célula. Normalmente, o
processo é que o DNA é transcrito em uma fita de RNA. No entanto, pode ocorrer o processo inverso, no
qual o RNA transcreve fita de DNA. Qual o nome deste processo e qual a enzima envolvida?
B
io.
GABARITO
Exercícios
1. c
A duplicação do DNA é semiconservativa. A dupla-fita se abre e cada uma das fitas passa a servir de molde
para -
sintetizada.
2. O genoma não possui um único sítio ativo de replicação. Sendo assim, a replicação do DNA pode
acontecer simultaneamente em diversos sítios, com auxílio da DNA polimerase, tornando o processo mais
rápido.
3. c
Ao longo do processo de autoduplicação, a fita-dupla original é dividida em duas fitas que servirão como
fitas-molde para as novas fitas, formando duas moléculas novas de DNA fita dupla, sendo uma das fitas
de cada uma fita antiga.
4. d
O DNA formado no ciclo de replicação contendo apenas bases com 14N tem uma densidade menor do
que aqueles que contêm bases com 15N. Na primeira geração em presença de 15N, cada uma das fitas de
DNA 14N será molde para uma contendo 15N. Os DNA com dupla-hélice formados terão, portanto, uma
fita com 14N e uma fita com 15N, ambos com uma densidade um pouco maior (intermediária), como
mostra o gráfico Y. Na segunda geração, o DNA (uma fita com 14N e outra com 15N) incorporaria, durante
a replicação, apenas bases com 15N. Desta forma, a fita original 14N originará um DNA com densidade
intermediária, enquanto a que já possuía 15N irá gerar um DNA mais pesado ainda, como mostra o gráfico
Z.
Na terceira geração, existirão muito mais fitas simples de DNA com 15N. Assim, apenas uma em 4 terá
ainda 14N, gerando um DNA de densidade intermediária. A maior parte do DNA, 3/4 , no entanto, será
mais densa, como mostra o gráfico X. (Gabarito Revista UERJ)
5. As células eucariontes possuem íntrons, regiões não-codificantes que serão eliminadas após a
transcrição, no processo de splicing, antes que ocorra a tradução da fita de RNAm madura.
6. a) TTACAGAAA e AATGTCTTT
b) UUA - CAG - AAA
7. d
A duplicação é semiconservativa, ou seja, fitas antigas servem como fitas-molde para fitas novas. Como
as fitas novas serão construídas com o isótopo leve, as dupla-fitas geradas a partir da duplicação serão
mais leves que as fitas originais.
8. d
Ao final da segunda geração, F2, formam-se a partir de cada cadeia híbrida, presente em F1, duas
muléculas, sendo elas 14-14 (não-híbrida) e 14-15 (híbrida).
9. Para corrigir permanentemente, a terapia gênica deve atuar no material genético do gene. O gene é um
segmento de DNA, e este ao ser transcrito e traduzido que expressa suas características.
10. e
B
io.
A molécula de RNAm não é idêntica a molécula de DNA molde, já que será uma fita única complementar
ao DNA, não apresentará timina e, possivelmente, apresentará uracila na sequência.
11. a
A fita de DNA é dupla, logo, apresentará 320 nucleotídeos divididos em duas fitas. A fita única de RNA é
transcrita a partir de uma única fita do DNA, logo, apresentará 160 nucleotídeos, o mesmo número da
fita-molde.
12. b
O DNA da rã na fase girino e seu DNA na fase adulta têm de ser iguais, pois se originaram de uma única
célula ovo. Já as características fenotípicas diferentes da rã em suas duas fases são consequência da
ativação ou desativação de genes que compõem esse mesmo DNA. (Gabarito Revista UERJ)
13. a) Devido a semiconservação do DNA, após a duplicação, as fitas formadas apresentarão uma fita com
15N e outra com 14N.
b) A quantidade na faixa superior será também de X, já que a faixa indica a densidade intermediária,
havendo então o isótopo leve e o isótopo pesado.
14. As regiões 2 e 4. Essas regiões formam alças justamente por não possuírem as sequências de nucleotídeos
complementares, que foram eliminadas após o processo de transcrição.
15. a) Os 'corrimãos' correspondem a uma sucessão alternada de fosfato e desoxirribose, a pentose do DNA.
Os 'degraus' são constituídos por pares de bases nitrogenadas, unidas por ligações de hidrogênio, onde
adenina pareia com timina, e citosina com guanina.
b) O DNA realiza a transcrição, isto é, produz o RNAm, cuja leitura nos ribossomos indica quais
aminoácidos serão utilizados na proteína e qual sua ordem, durante o processo de tradução.
Questão Contexto
O processo é chamado transcrição reversa, e usa a enzima transcriptase reversa.
B
io.
Bio.
Professor: Alexandre Bandeira
Monitor: Hélio Fresta
B
io.
Síntese Proteica - Aprofundamento 11
jun
RESUMO
Tradução: processo no qual ocorre a síntese de proteínas através da leitura do RNAm.
No RNAt, o local de ligação do aminoácido e o seu trio de bases complementares se chama anticódon, que
se encaixará no trecho de leitura do RNAm, o códon.
Legenda: RNA transportador
Para que o processo de tradução se inicie, é necessário que ocorra a associação de um ribossomo, um
RNAm e um RNAt que transportará a metionina, códon AUG, conhecida também como códon-start. Ela
definirá onde inicia-se a tradução da proteína em questão.
O RNAt que iniciará essa tradução aloja-se em um local conhecido como Sítio P no ribossomo. P é indicativo
de polipeptídeo, ou seja, o Sítio P carrega a cadeia polipeptídica em formação. Ao lado do sítio P há o Sítio
A (aminoácido), que será ocupado pelo RNAt que carrega o aminoácido que será incorporado a cadeia.
B
io.
Uma vez que ocorra a ligação destes RNAt, o ribossomo catalisará a separação da metionina de seu RNAt, e
sua ligação ao aminoácido transportado pelo RNAt que ocupa o sítio A. Depois disso, o ribossomo se desloca
sobre o RNAm, lendo outro códon, fazendo com que seja trazido um novo RNAt ao sítio A, vindo com um
novo aminoácido, enquanto o RNAt que ocupava o sítio A passa a ocupar o sítio P, com os aminoácidos
conectados por ligações peptídicas.
A síntese proteica irá parar quando atinge o códon-stop, códon este que não possui aminoácido
correspondente. São eles: UAA, UAG e UGA. O Sítio A então é ocupado por uma proteína conhecida como
Fator de Liberação e os componentes do processo se separam, o que libera a proteína formada.
EXERCÍCIOS
1. A figura seguinte representa um modelo de transmissão da informação genética nos sistemas
biológicos. No fim do processo, que inclui a replicação, a transcrição e a tradução, há três formas
proteicas diferentes denominadas a, b e c.
Depreende-se do modelo que
a) a única molécula que participa da produção de proteínas é o DNA.
b) o fluxo de informação genética, nos sistemas biológicos, é unidirecional.
c) as fontes de informação ativas durante o processo de transcrição são as proteínas.
d) é possível obter diferentes variantes proteicas a partir de um mesmo produto de transcrição.
e) a molécula de DNA possui forma circular e as demais moléculas possuem forma de fita simples
linearizadas
2. Na célula representada abaixo, os números I, II, III e IV indicam a ocorrência de alguns dos
processos característicos do início da expressão gênica ao produto final. As letras Z e X representam
dois tipos diferentes de segmentos presentes nos ácidos nucleicos.
B
io.
Utilizando o esquema como base, assinale a afirmativa correta:
a) O RNA maduro que codifica um polipeptídio é menor que o inicialmente transcrito.
b) A replicação, transcrição e tradução correspondem, respectivamente, a I, II e III.
c) O processo de tradução proteica também pode ser representado por II ou III.
d) Os segmentos X e Z contêm informações genéticas que fazem parte do polipeptídio.
e) O RNA maduro está representado entre I e II, e o polipeptídio inicial entre III e IV.
3. Em um experimento, culturas de Escherichia coli foram tratadas com dois agentes mutagênicos que
lesam o terceiro nucleotídeo do gene que codifica uma proteína da cadeia respiratória.
O primeiro agente induz a troca da base adenina por guanina; o segundo promove a supressão da base
adenina. Foram selecionadas amostras de células tratadas com cada um dos agentes e isolados os
genes modificados. Em seguida, as bases nitrogenadas desses genes foram seqüenciadas, sendo
identificadas as estruturas primárias das proteínas que eles codificam. O quadro a seguir resume os
resultados encontrados:
Explique por que nas células tratadas com o agente 1 não houve alteração na seqüência de
aminoácidos, enquanto nas tratadas com o agente 2 ocorreram grandes modificações.
4. Em células eucariotas, o antibiótico actinomicina D atua bloqueando o mecanismo de transcrição da
informação gênica, impedindo a síntese de RNA. Já o antibiótico puromicina é capaz de bloquear o
processo de tradução da informação e, portanto, a síntese de proteínas. Considere um experimento
em que a actinomicina D foi adicionada a uma cultura de células eucariotas, medindo-se, em função
do tempo de cultivo, a concentração de três diferentes proteínas, A, B e C, no citosol dessas células.
Em experimento similar, esse antibiótico foi substituído pela puromicina, sendo medidas as
concentrações das mesmas proteínas. A tabela abaixo mostra os resultados dos dois experimentos.
B
io.
Considere que a meia-vida de uma molécula na célula é igual ao tempo necessário para que a
concentração dessa molécula se reduza à metade. Estabeleça a ordem decrescente dos tempos de
meia-vida dos RNA mensageiros das proteínas A, B e C. Compare, também, o tempo de meia-vida
dessas proteínas e estabeleça a relação entre esses tempos.
5. Um cientista analisou a seqüência de bases nitrogenadas do DNA de uma bactéria e verificou que era
formada pelos códons AGA-CAA-AAA-CCG-AAT. Verificou também que a seqüência de aminoácidos
no polipeptídio correspondente era serina-valina-fenilalaninaglicina-leucina. Ao analisar o mesmo
segmento de DNA de outra bactéria da mesma colônia, verificou que a seqüência de bases era AGA-
CAA-AAG-CCG-AAT, porém não verificou qualquer alteração na composição de aminoácidos da
cadeia polipeptídica. Como você explica o fato de bactérias de uma mesma colônia apresentarem,
para o mesmo segmento de DNA, diferentes seqüências de bases e o fato dessas bactérias
apresentarem a mesma composição de aminoácidos na cadeia polipeptídica correspondente?
6. Nas células vivas em geral, sejam elas de eucariontes ou de procariontes, o mecanismo da síntese de
proteínas tem especial importância. Entre as diversas moléculas e estruturas que participam da
formação das proteínas, estão o DNA, os vários tipos de RNA e os ribossomos, nos quais ocorre a
tradução da informação e a reunião dos aminoácidos, resultando na síntese de proteínas propriamente
dita.
A figura acima mostra a estrutura de um RNA transportador (tRNA), responsável pela condução do
aminoácido até o ribossomo. A alça do anticódon permite a ligação com o códon do RNA mensageiro
(mRNA), possibilitando o mecanismo de tradução. A informação hereditária para formar cada proteína
é determinada pela seqüência de bases de um determinado DNA, que é transcrita numa molécula de
mRNA. Todos os seres vivos de organização celular possuem os mesmos tRNA e usam os mesmos
aminoácidos para formar suas proteínas. O sistema de correspondência entre DNA, RNA e aminoácidos
constitui o código genético, praticamente universal. Considerando esses dados e os seus
conhecimentos sobre o metabolismo da célula, você poderia afirmar que:
a) Cada tipo de tRNA conduz sempre o mesmo tipo de aminoácido, permitindo a especificidade do
processo de tradução.
b) O código genético é diferente para cada espécie de ser vivo, permitindo a formação de proteínas
diferentes.
c) Um determinado tRNA pode conduzir vários aminoácidos diferentes, dependendo da informação
contida no mRNA.
d) As proteínas são transportadas para o interior dos ribossomos pela ação combinada dos tRNA
citoplasmáticos.
e) Os tRNA transportam os anticódons para o DNA, que os utiliza para formar as seqüências de bases
do mRNA.
B
io.
7. Considere três diferentes tipos de moléculas de ácido ribonucleico (RNA) que ocorrem em organismos
eucariotos: RNA ribossômico(RNAr), RNA transportador(RNAt), RNA mensageiro(RNAm). Sobre os
distintos tipos de RNA citados, é correto afirmar que as moléculas de:
a) RNAr recém sintetizados se unem a proteínas específicas vindas do citoplasma, para formarem os
nucléolos, estruturas nucleares responsáveis pela síntese de proteínas.
b) RNAt têm, em uma de suas extremidades, uma trinca de bases, o anticódon, por meio do qual se
liga ao RNAm.
c) RNAt, independente do seu anticódon, possuem uma região molecular que se liga a um
aminoácido qualquer e o transporta para os ribossomos.
d) RNAm têm a informação para a síntese de proteínas codificada na forma de pares de bases
nitrogenadas denominadas códon.
e) RNAt com anticódon UAC ligam-se ao códon ATG do RNAm.
8. No ano de 2009, o mundo foi alvo da pandemia provocada pelo vírus influenza A (H1N1), causando
perdas econômicas, sociais e de vidas. O referido vírus possui, além de seus receptores proteicos, uma
bicamada lipídica e um genoma constituído de 8 genes de RNA. Considerando:
1. a sequência inicial de RNA mensageiro referente a um dos genes deste vírus:
2. a tabela com os códons representativos do código genético universal:
a) Qual será a sequência de aminoácidos que resultará da tradução da sequência inicial de RNA
mensageiro, referente a um dos genes deste vírus indicada em 1?
b) Considerando os mecanismos de replicação do genoma viral, qual a principal diferença entre o vírus
da gripe e o vírus que causa a AIDS?
9. Com a finalidade de bloquear certas funções celulares, um pesquisador utilizou alguns antibióticos em
uma cultura de células de camundongo. Entre os antibióticos usados, a tetraciclina atua diretamente
na síntese de proteína, a mitomicina inibe a ação das polimerases do DNA e a estreptomicina introduz
erros na leitura dos códons do RNA mensageiro. Esses antibióticos atuam, respectivamente, no:
a) Ribossomo, ribossomo, núcleo.
b) Ribossomo, núcleo, ribossomo.
c) Núcleo, ribossomo, ribossomo.
d) Ribossomo, núcleo, núcleo.
e) Núcleo, núcleo, ribossomo.
B
io.
10. Os antibióticos são de extrema importância para o combate a muitas doenças causadas por bactérias.
No entanto, o seu uso indiscriminado pode trazer graves problemas de saúde pública, a exemplo do
surgimento das bactérias multirresistentes, como a KPC. Uma classe muito importante de antibióticos
tem sua eficácia por agir no ribossomo da célula bacteriana, impedindo o funcionamento correto desse
componente celular. Diante do exposto, é correto afirmar que essa classe de antibiótico é eficaz
porque:
a) Impede a transcrição gênica.
b) Modifica o código genético.
c) Destrói a membrana plasmática.
d) Impede a síntese de proteínas.
e)Provoca mutações gênicas.
11. A sequência de nucleotídeos 3′ UACCUAAUC 5′ de um mRNA irá codificar para qual
peptídeo?
a) Tir Leu Ile .
b) Leu Ile His .
c) Cis Leu Ile .
d) Cis Ile His .
12. O esquema abaixo representa o mecanismo de biossíntese proteica em um trecho de DNA de uma
célula eucariota. Observe que sua hélice inferior será transcrita e que as bases nitrogenadas, em
destaque, compõem um íntron, a ser removido no processamento do pró-RNAm.
Identifique a sequência de bases que irá compor o trecho de RNA mensageiro a ser traduzido em
proteína e determine o número de aminoácidos a serem introduzidos na proteína nascente.
B
io.
13. De que maneira o DNA determina a sequência de aminoácidos das moléculas de proteínas?
14. Para investigar possíveis efeitos de uma determinada droga, utilizou-se uma cultura de células, à qual
foram adicionadas quantidades adequadas das seguintes substâncias, marcadas com isótopos: uridina
14C, timidina 3 H e leucina 15N. Após algum tempo, a droga foi também introduzida no meio de cultura.
Ao longo do experimento, amostras das células foram coletadas a intervalos regulares. A incorporação
dos isótopos foi medida em uma preparação que contém os ácidos nucléicos e as proteínas da célula.
Os resultados do experimento estão mostrados no gráfico abaixo.
Considere as etapas de replicação, transcrição e tradução nas células analisadas. Indique se a droga
interfere em cada uma dessas etapas e justifique suas respostas.
QUESTÃO CONTEXTO
A transcrição de uma fita de DNA é o processo responsável pela formação de uma fita de RNAm, a molécula
que leva a mensagem do núcleo ao citoplasma da célula, para que seja produzida a proteína desejada. No
entanto, a partir do mesmo trecho de DNA, que produzirá o RNAm, é possível sintetizar diversas proteínas
distintas, em células eucariotas. Por que isso ocorre?
B
io.
GABARITO
Exercícios
1. d
Através do splicing alternativo, é possível obter proteínas diferentes a partir da tradução de uma mesma
fita de RNAm.
2. a
Com a remoção dos íntrons, o RNA maduro fica menor que o RNAm inicialmente transcrito, com íntrons
e éxons.
3. O código genético é degenerado, podendo haver mais de um códon para o mesmo aminoácido, logo
pode não ocorrer modificação na sequência primária da proteína quando apenas uma base de códon é
trocada. Já a perda de um códon pode alterar completamente a sequência durante a transcrição e
tradução.
4. a
Deve-se relacionar as trincas de nucleotídeos (códons) demonstrados na fita e ver quais aminoácidos eles
correspondem na tabela.
5. C B A
As meias-vidas são iguais.
6. As diferentes sequências entre bactérias podem ser explicadas por mutações ocorridas devido a erros
nas divisões celulares. O mesmo aminoácido pode ser codificado por diversos códons, ou seja, mesmo
com códons alterados, é possível que o mesmo aminoácido seja sintetizado, tendo em vista que o código
genético é degenerado.
7. a
Os anticódons sempre carregarão o mesmo tipo de aminoácido, e esse aminoácido é levado ao
ribossomo para formação da proteína de acordo com o códon lido na fita de RNAm.
8. b
O RNAt liga-se ao RNAm através de anticódons, que são sequências de nucleotídeos complementares
aos nucleotídeos presentes nos códons do RNAm.
9. a) A sequência determinada é: MET ARG-TYR-GLU-TRP-TYR-ALA-TYR. É importante lembrar do códon
start (AUG) e os códons stop (UAA, UAG ou UGA).
b) O vírus H1N1 possui moléculas de RNA com capacidade de sofrer replicação no interior do núcleo da
célula parasitada. Já o vírus da Aids depende da síntese de DNA a partir de um molde de RNA, sendo
então um retrovírus.
10. b
A tetraciclina atua na síntese de proteína, que ocorre no ribossomo. A mitomicina inibe a ação das
polimerases do DNA, e a DNA-polimerase atua no núcleo, estreptomicina introduz erros na leitura dos
códons, um processo ocorrido na tradução, logo, no ribossomo.
11. d
Como o antibiótico age nos ribossomos, ele inibe a síntese de proteínas.
B
io.
12. b
AUC
CAU.
13. A remoção de íntrons durante o processamento dos RNA mensageiros nas células eucariotas é um
mecanismo muito frequente. Os éxons restantes são ligados entre si, formando o RNA mensageiro
maduro, pronto para ser traduzido em moléculas de proteínas. Com a remoção do íntron do pró-RNAm,
composto pelas bases GCUUAACGG, restarão os éxons AUGGAA e AAAUAC, que serão fundidos e
traduzidos nos primeiros 4 aminoácidos da proteína nascente.
14. O DNA é transcrito em uma fita de RNA denominada RNA mensageiro (RNAm), tem sua leitura feita pelos
ribossomos (compostos por RNA-ribossomal, ou RNAr), e um RNA transportador (RNAt) transportará os
aminoácidos de acordo com os pareamentos feitos entre códons e anticódons. Considerando que a
leitura feita pelos ribossomos e consequente transporte de aminoácidos depende da sequência lida no
RNAm, o DNA é fundamental para determinar a estrutura deste RNAm e identificar então a proteína a ser
sintetizada corretamente.
15. Replicação: Não interfere, já que não há alterações na incorporação de timidina marcada no DNA.
Transcrição: Não interfere, não há alteração na incorporação de uridina marcada no RNA.
Tradução: Interfere, a etapa é bloqueada, já que há queda acentuada na incorporação de aminoácido
marcado na proteína.
Questão Contexto
Isso ocorre porque os eucariontes podem realizar o processo de splicing. Neste processo, uma RNAm
transcrito será clivado, sendo removidos trechos não-codificantes de determinadas proteínas chamados
íntrons. Isso permite a formação de fitas diferentes de RNAm maduro a partir de uma fita inicialmente
transcrita, permitindo assim a síntese de diversas proteínas.
B
io.2
Bio.
Professor: Rubens Oda
Monitor: Julio Junior
B
io.2
Especiação - Aprofundamento 30
mai
RESUMO
A especiação é a formação de novas espécies. O conceito de espécie mais utilizado é o conceito
biológico, que diz que indivíduos são da mesma espécie quando conseguem se reproduzir e ter prole fértil.
A especiação pode ocorrer de forma linear, como na anagênese, ou se bifurcando e formando grupos
irmãos, como na cladogênese.
Ela também pode ser:
• Alopátrica: É a mais comum, onde uma população, antes unida, é dividida por uma barreira
geográfica, e ocorre seleções independentes nas duas novas populações. Mesmo que a barreira
seja removida, as populações são de espécies diferentes.
• Parapátrica: Duas populações de uma mesma espécie ocupam áreas próximas, porém distintas e
sem barreira geográfica. Com o tempo sofrem diferentes pressões de seleção e ocorre a
especiação. Pode haver uma zona com intercruzamentos entre as áreas, chamada de zona híbrida.
• Simpátrica: Uma população em determinada área pára de se reproduzir com alguns dos indivíduos
da espécie (seja por motivo comportamental ou alterações genéticas), sem a presença de barreiras
geográficas, e com isso há uma especiação.
B
io.2
EXERCÍCIOS
1. Em algumas regiões brasileiras, existem exemplares de Euphorbia heterophylla, uma planta daninha
bastante prejudicial à lavoura de soja e que pode ser resistente a herbicidas. Se, após alguns anos, não
existir mais o fluxo de genes entre as plantas susceptíveis e resistentes a herbicidas dessa espécie,
então ocorrerá:
a) seleção natural.
b) irradiação adaptativa.
c) isolamento geográfico.
d) recombinação gênica.
e) isolamento reprodutivo.
2. Duas populações de pássaros morfologicamente semelhantes e designadas por A e B vivem em
ecossistemas diferentes. Na área de transição entre esses ecossistemas pode, ocasionalmente, ocorrer
cruzamento entre membros das populações A e B com descendentes férteis.
A partir da análise dessa situação, um estudante aventou as seguintes hipóteses:
I. As populações A e B podem ser subespécies ou raças de uma mesma espécie.
II. As populações A e B podem estar em fase de especiação.
III. O DNA das populações A e B apresenta grande semelhança quanto às seqüências de bases
nitrogenadas.
Pode-se considerar:
a) apenas I viável.
b) apenas II viável
c) apenas III viável
d) II e III viáveis
e) I, II e III viáveis.
3. São condições necessárias ao aparecimento de novas espécies:
a) A existência de diferenças genéticas dentro das populações, o isolamento geográfico e o
reprodutivo.
b) A não-ocorrência de mutação e seleção natural.
c) A existência de recombinação genética e a ação da seleção natural.
d) A não-existência de diferenças genéticas dentro das populações e o isolamento reprodutivo.
e) A não-ocorrência do isolamento reprodutivo e mutação.
4. Algumas raças de cães domésticos não conseguem copular entre si devido à grande diferença em seus
tamanhos corporais. Ainda assim, tal dificuldade reprodutiva não ocasiona a formação de novas
espécies (especiação).
Essa especiação não ocorre devido ao(à)
a) oscilação genética das raças.
b) convergência adaptativa das raças.
c) isolamento geográfico entre as raças.
d) seleção natural que ocorre entre as raças.
e) manutenção do fluxo gênico entre as raças.
5. Assinale a complementação correta para a frase abaixo.
Duas populações de uma mesma espécie, vivendo em ambientes diferentes e isoladas
geograficamente:
a) poderão formar duas espécies, se persistir o isolamento.
b) terão obrigatoriamente o mesmo conjunto gênico (genético).
c) não poderão alterar seus conjuntos gênicos com o passar do tempo por estarem isoladas.
d) nunca poderão formar raças diferentes
e) obrigatoriamente terão que se extinguir.
B
io.2
6. A tabela seguinte indica a viabilidade de prole fértil resultante do cruzamento entre indivíduos de três
populações diferentes ( I, II e III ) que vivem em regiões próximas dentro de um bosque.
Quantas espécies existem no momento considerado e quantas passariam a existir, se a população II
fosse extinta? Justifique sua resposta.
7. Leia as seguintes afirmações sobre a especiação geográfica.
I. Para que ocorra a formação de uma nova espécie, é necessário o isolamento reprodutivo, seguido
pelo isolamento geográfico.
II. As populações geograficamente isoladas sofrem alterações nos seus conjuntos gênicos, o que
pode conduzir à formação de uma nova espécie.
III. A barreira que leva ao isolamento geográfico pode ser física ou etológica.
Quais são corretas?
a) Apenas I.
b) Apenas II.
c) Apenas I e III.
d) Apenas II e III.
e) I, II e III.
8. Embora os cangurus sejam originários da Austrália, no início dos anos 80, o biólogo norte-americano
James Lazell chamou a atenção para a única espécie de cangurus existente na ilha de Oahu, no Havaí.
A espécie é composta por uma população de várias centenas de animais, todos eles descendentes de
um único casal australiano que havia sido levado para um zoológico havaiano, e do qual fugiram em
1916. Sessenta gerações depois, os descendentes deste casal compunham uma nova espécie, exclusiva
da ilha Oahu. Os cangurus havaianos diferem dos australianos em cor, tamanho, e são capazes de se
alimentar de plantas que seriam tóxicas às espécies australianas.
Sobre a origem desta nova espécie de cangurus, é mais provável que:
a) após a fuga, um dos filhos do casal apresentou uma mutação que lhe alterou a cor, tamanho e
hábitos alimentares. Esse animal deu origem à espécie havaiana, que difere das espécies australianas
devido a esta mutação adaptativa.
b) após a fuga, o casal adquiriu adaptações que lhe permitiram explorar o novo ambiente, adaptações
essas transmitidas aos seus descendentes.
c) os animais atuais não difiram geneticamente do casal que fugiu do zoológico. As diferenças em cor,
tamanho e alimentação não seriam determinadas geneticamente, mas devidas à ação do ambiente.
d) o isolamento geográfico e diferentes pressões seletivas permitiram que a população do Havaí
divergisse em características anatômicas e fisiológicas de seus ancestrais australianos.
e) ambientes e pressões seletivas semelhantes na Austrália e no Havaí permitiram que uma população
de mamíferos havaianos desenvolvesse características anatômicas e fisiológicas análogas às dos
cangurus australianos, processo este conhecido por convergência adaptativa.
9. Relacione os tipos de isolamento reprodutivo com seus respectivos conceitos listados abaixo e, em
seguida, assinale a alternativa correta.
I. Isolamento Estacional
II. Isolamento Comportamental
III. Isolamento Gamético
IV. Isolamento Mecânico
V. Isolamento Ecológico
B
io.2
( ) Duas populações vivem na mesma área geográfica, mas em diferentes microambientes.
( ) Fenômeno fisiológico que impede a sobrevivência dos gametas masculinos de uma população no
sistema reprodutor feminino da outra.
( ) Mecanismo onde não ocorre ajuste entre as peças genitais do casal por causa das diferenças
anatômicas.
( ) Mecanismo que ocorre quando duas populações, mesmo ocupando o mesmo habitat, se
reproduzem em épocas diferentes.
( ) Fenômeno que ocorre quando há diferença de comportamento entre as espécies, particularmente
nos rituais de acasalamento.
a) I II III IV V
b) V III IV I II
c) III I IV V II
d) V III II I IV
e) I V II III IV
10. O processo de formação de uma nova espécie é chamado de especiação e pode ocorrer de várias
maneiras. Quando a especiação acontece em decorrência do surgimento de uma barreira geográfica,
ela é denominada de:
a) Especiação simpátrica.
b) Especiação disruptiva.
c) Especiação parapátrica.
d) Especiação alopátrica.
11. Várias são as etapas do processo de especiação por cladogênese. Dentre elas citam-se:
I. Diferenciação do conjunto gênico de subpopulações isoladas.
II. Incapacidade dos membros de duas subpopulações se cruzarem, produzindo descendência fértil.
III. Separação física de duas subpopulações de uma espécie.
A sequência correta dessas etapas é:
a) I II III.
b) II I III.
c) II III I.
d) III II I.
e) III I II.
12. Entende-se por especiação a evolução do isolamento reprodutivo entre duas populações. Avalie as
afirmativas abaixo:
I. A especiação parapátrica ocorre quando uma população é isolada geograficamente, restringindo o
fluxo gênico entre as subpopulações.
II. Novas espécies são formadas em isolados periféricos da população original no processo de
especiação peripátrica.
III. Na especiação alopátrica, uma nova espécie evolui em uma população geograficamente contígua.
IV. Na especiação simpátrica, a nova espécie surge no âmbito geográfico de sua ancestral.
Assinale a alternativa correta:
a) Somente as afirmativas I e II estão corretas.
b) Somente as afirmativas I e III estão corretas.
c) Somente as afirmativas I e IV estão corretas.
d) Somente as afirmativas II e IV estão corretas.
e) Somente as afirmativas III e IV estão corretas.
13. Indivíduos de espécies diferentes podem viver em simpatria, ou seja, viver no mesmo lugar ao mesmo
tempo, conservando-se como espécies diferentes, pois são isolados reprodutivamente.
Indivíduos de duas subespécies da mesma espécie apresentam diferenças genéticas características de
cada subespécie, mas não apresentam isolamento reprodutivo.
B
io.2
Duas subespécies podem viver em simpatria, mantendo-se como subespécies diferentes? Justifique
sua resposta
14. Diferentes espécies de peixes herbívoros marinhos do mesmo gênero são encontradas nas regiões
tropicais do Oceano Atlântico, tanto na costa do Continente Americano, quanto na costa do
Continente Africano.
Após estudos sobre este grupo, foi possível elaborar o diagrama e o quadro a seguir, onde espécies
supostamente distintas foram representadas por diferentes letras..
a) Considerando os mecanismos de especiação, como poderia ser explicado o surgimento das
sepécies C e D a partir de uma espécie ancestral?
b) Das espécies citadas, qual delas mais se assemelha à espécie ancestral?
c) Que tipo de relação/interação ecológica pode ocorrer entre D e E? Justifique sua respo
15. Ao chegar ao arquipélago de Galápagos, no Pacífico, darwin encontrou uma rica variedade de
tartarugas e aves vivendo sob condições ambientais peculiares, como o isolamento geográfico e a
dieta, que devem ter influenciado fortemente sua evolução ao longo de milhões de anos. As prováveis
causas do fato de haver tantos animais tão semelhantes entre si as aves, por exemplo, com o bico
mais curto ou mais longo, dependendo do que comiam pareciam claras. (Pesquisa Fapesp, julho de 2011. Adaptado.)
a) Por que o isolamento geográfico favorece a especiação?
b) Na situação dada pelo texto, e no âmbito da teoria da evolução, explique que relação existe entre a
dieta e o comprimento dos bicos das aves das diferentes ilhas do arquipélago de Galápagos
QUESTÃO CONTEXTO
A figura abaixo mostram dois insetos se acasalando em frutas diferentes, ou seja, a presença do alimento é
fundamental para que o macho consiga atrair a fêmea. Partindo do pressuposto que antes eles pertenciam a
mesma espécie, qual o provável motivo que levou-os ao processo de especiação?
B
io.2
GABARITO
Exercícios
1. e
se não houver fluxo gênico entre os suscetíveis e os resistentes, então uma está isolada reprodutivamente
do outro.
2. e
as três afirmativas estão corretas, pois todas estão relacionadas ao aspecto morfológico dos seres A e B.
3. a
o isolamento geográfico pode levar populações a não terem fluxo gênico e ao longo do tempo isto pode
levar a diferenças genéticas nas quais poderá se desenvolver novas espécies.
4. e
apesar do fluxo gênico não ocorrer entre o menor e o maior cão, existe fluxo gênico entre os diferentes
tamanhos que são próximos entre si.
5. a
se não continuar a ter fluxo gênico, ao longo da população diferenças genéticas podem levar a
especiação.
6. No momento considerado, uma espécie e, após a extinção da espécie II, duas. Com a extinção da espécie
II haverá um isolamento reprodutivo entre as populações I e III.
7. b
a afirmativa Ii é a úncia correta, pois o isolamento geográfico popde levar ao aparecimento de novas
espécies pela ausência de fluxo gênico e pelas diferenças genotípicas ao longo do tempo.
8. d
o isolamento geográfico aliado as condições particulares de cada ilha gerou alterações genotípicas e
neste caso ocorre a formação de novas espécies.
9. b
isolamento reprodutivo ocorre quando populações estão em áreas diferentes, não havendo fluxo gênico.
O isolamento gamético impede que os gametas de um cheguem ate os gametas do outro por questões
químicas. O isolamento mecânico ocorre pela diferença mecânica como por exemplo diferença de
tamanho. O isolamento estacional ocorre quando duas espécies se reproduzem em estações diferentes
do ano ou épocas diferentes. O isolamento comportamental está relacionado ao comportamento
diferente entre seres que fazem com que uma não se sinta atraída por outra.
10. d
sempre que há formação de novas espécies pelo isolamento geográfico ou por surgimento de barreiras,
ela será alopátrica.
11. e
as etapas da especiação são o isolamento geográfico, que ao longo do tempo vai causando mudanças
genotípicas entre as populações que acabam não conseguindo gerar descendentes férteis após as
populações entrarem em contato novamente.
12. d
B
io.2
a afirmativa I está errada devido a especiação por isolamento geográfico ser a alopátrica. A afirmativa III
está errada pois a especiação que ocorre em área contíguas é a parapátrica.
13. Não. Em simpatria, sem isolamento reprodutivo, ocorreria um fluxo gênico que eliminaria as diferenças
genéticas existentes entre essas subespécies.
14. a) As populações da espécie ancestral foram isoladas geograficamente. Depois, as populações isoladas
acumularam diferenças genéticas, resultantes de mutações e seleção natural. Por fim, essas diferenças
foram acumuladas até que as populações não conseguiram produzir descendentes férteis, ou seja,
sofreram isolamento reprodutivo e, portanto, podem ser consideradas espécies distintas.
b) A espécie E.
c) Competição interespecífica. As espécies D e E ocorrem no mesmo continente, se alimentam do
mesmo tipo de algas, têm o mesmo habitat e período de alimentação, ou seja, nicho ecológico
semelhante, disputando, portanto, os mesmos recursos do meio.
assim fluxo gênico.
15. a) O isolamento geográfico favorece a especiação por que impede a troca de genes entre essas
populações. As mutações que ocorrem nas populações isoladas geograficamente podem ser diferentes,
ocasionando um isolamento reprodutivo. Este isolamento origina novas espécies.
b) O comprimento dos bicos das aves atuou como fator seletivo na evolução desses animais, de acordo
com o tipo de alimento disponível nas Ilhas Galápagos. O animal que apresentava um determinado tipo
de bico era selecionado pela natureza, na ilha, cujo tipo de alimento presente determinava uma facilidade
nutricional.
Questão contexto Se trata de um isolamento comportamental, pois o comportamento do macho em atrair a fêmea em cada
tipo de fruta pode fazer com que não houvesse fluxo gênico entre as diferentes populações e com o passar
do tempo sofreu especiação.
B
io.2
Bio.
Professor: Rubens Oda
Monitor: Julio Junior
B
io.2
Evolução humana 25
mai
RESUMO
Legenda: Árvore evolutiva dos hominídeos, detalhando o desenvolvimento do crânio.
Pesquisas indicam que os primeiros ancestrais do homem moderno, Homo sapiens sapiens, surgiram há cerca
de 3,5 a 4 milhões de anos. Os primeiros hominídeos eram pertencentes ao Gênero Australopithecus, e já
apresentava características tidas como humanas, como a postura ereta e o andar bípede. Antecedendo o
Australopithecus, há a presença de um ancestral comum entre ele e os primatas que hoje são os chimpanzés
e os bonobos, mostrando então parentesco entre humanos modernos, chimpanzés e bonobos.
Um exemplo famosíssimo de Australopithecus é o fóssil Lucy, um fóssil de 3,2 milhões de anos, e já foi
considerado o esqueleto hominídeo mais antigo já encontrado, embora já tenha perdido esta posição.
Legenda: Lucy, um dos mais antigos hominídeos encontrados
B
io.2
Posteriormente ao Australopithecus, pode-se observar ancestrais humanos já pertencentes ao Gênero Homo,
o Homo habilis (já capaz de fabricar e manusear ferramentas rudimentares) e o Homo erectus (já capaz de
produzir ferramentas mais complexas, e cobrir-se com peles de animais para evitar o frio), que apresentavam
já uma postura mais ereta e caixa craniana mais desenvolvida.
Descendendo do Homo erectus, há o Homo heidelbergensis, que age como ancestral comum para o Homo
neanderthalensis e o Homo sapiens. O Homo sapiens apresenta duas subespécies, o Homo sapiens idaltu
(extinto) e o Homo sapiens sapiens (humanos atuais).
Embora sejam espécies distintas, há evidências que apontam para o cruzamento entre Homo
neanderthalensis e Homo sapiens, explicando a presença de DNA compartilhado entre estas espécies.
Por fim, os Antropoides, também conhecidos como Similiformes, são compostos por humanos, bonobos,
orangotangos, chimpanzés, gorilas, entre outros primatas, e compartilham características comuns, como
bom desenvolvimento cerebral, olhos frontais, polegares opositores, entre outras características.
EXERCÍCIOS
1. À luz do conhecimento atual, observe a ilustração abaixo e aponte a alternativa que melhor responde
a pergunta: o homem é originário do macaco?
a) A espécie Homo sapiens se distingue de outros hominídeos e, portanto, não se originou dos
macacos, que são primatas.
b) Os gêneros Homo e Australopithecus representam o homem moderno e conviveram na mesma
época com os macacos; assim, não são seus descendentes.
c) Chimpanzés são bípedes e parecidos morfologicamente com o homem; portanto, os chimpanzés
deram origem ao homem.
d) Os seres humanos e chimpanzés possuíam um ancestral em comum e divergiram ao longo da
evolução.
e) Os seres humanos e chimpanzés convergiram ao longo da evolução desenvolvendo características
análogas.
2. Quando se fala em direitos humanos, um dos temas mais discutidos é a discriminação que
alguns grupos
étnicos fazem em relação a outros. Do ponto de vista da Biologia, tal questão é debatida sob um título
equivocado que é a palavra racismo.
Justifique por que é incorreto falar em diferentes raças do homem atual.
3. Há cerca de 40.000 anos, duas espécies do gênero Homo conviveram na área que hoje corresponde à
Europa: H. sapiens e H. neanderthalensis. Há cerca de 30.000 anos, os neandertais se extinguiram, e
tornamo-nos a única espécie do gênero. No início de 2010, pesquisadores alemães anunciaram que, a
partir de DNA extraído de ossos fossilizados, foi possível sequenciar cerca de 60% do genoma do
neandertal. Ao comparar essas sequências com as sequências de populações modernas do H. sapiens,
B
io.2
os pesquisadores concluíram que de 1 a 4% do genoma dos europeus e asiáticos é constituído por DNA
de neandertais. Contudo, no genoma de populações africanas não há traços de DNA neandertal.
Isto significa que:
a) Os H. sapiens, que teriam migrado da Europa e Ásia para a África, lá chegando entrecruzaram com
os H. neanderthalensis.
b) Os H. sapiens, que teriam migrado da África para a Europa, lá chegando entrecruzaram com os H.
neanderthalensis.
c) O H. sapiens e o H. neanderthalensis não têm um ancestral em comum.
d) A origem do H. sapiens foi na Europa, e não na África, como se pensava.
e) A espécie H. sapiens surgiu independentemente na África, na Ásia e na Europa.
4. Em abril de 2009, o Mackenzie homenageou o grande pesquisador Charles Darwin, promovendo ciclo
de debates e de reflexões a respeito das teorias da evolução. Segundo a teoria de Darwin, considere
as afirmações abaixo.
I. A espécie humana leva vantagem sobre as outras espécies, pois a medicina garante a sobrevivência
de indivíduos com características desvantajosas.
II. O homem descende diretamente do macaco, ou seja, um ancestral deu origem ao macaco e este
deu origem ao homem.
III. Darwin, na sua teoria original, não soube explicar que as diferenças entre os indivíduos ocorrem,
principalmente, por mutações genéticas.
IV. Todos os seres vivos, incluindo o homem, tiveram um ancestral comum.
Estão corretas, apenas:
a) I e II.
b) II e III.
c) III e IV.
d) I e IV.
e) II e IV.
5. A figura, abaixo, ilustra uma das hipóteses acerca da origem do homem atual. Cada letra, nessa figura,
corresponde a uma espécie e revela a possível filogenia da espécie Homo sapiens.
Nesse contexto, as letras A, B, C e D correspondem, respectivamente, às espécies:
a) Australopithecus afarensis, Australopithecus robustus, Homo erectus e Homo neanderthalensis.
b) Australopithecus robustus, Australopithecus afarensis, Homo neanderthalensis e Homo erectus.
c) Australopithecus afarensis, Australopithecus robustus, Homo neanderthalensis e Homo erectus.
d) Australopithecus robustus, Australopithecus afarensis, Homo erectus e Homo neanderthalensis.
e) Australopithecus afarensis, Homo erectus, Australopithecus robustus e Homo neanderthalensis.
6. O desenvolvimento das capacidades comunicativas permitiu que a humanidade se organizasse mais e
cooperasse melhor com os seus semelhantes, estabelecendo condições mais adequadas para
aprimorar o raciocínio, o pensamento, a linguagem e a cultura. Todo esse lento processo começou há
cerca de dois milhões de anos, quando ele foi capaz de transformar as pedras em instrumentos para
cortar, raspar e construir abrigos, o que o tornou mais apto para a atividade da caça e, ao compartilhar
alimentos com o seu grupo, acelerou a sua socialização.
B
io.2
Trata-se do:
a) Australopithecus africanus.
b) Homem de Neandertal.
c) Australopithecus afarensis.
d) Homo sapiens.
e) Homo habilis.
7. Observe o gráfico abaixo, que demonstra a evolução da variação do tamanho do crânio em relação à
massa corporal entre espécies de três grupos de hominoides.
Após observação, assinale a afirmativa incorreta:
a) No Homo houve, proporcionalmente, maior aumento percentual do crânio em relação ao do corpo.
b) Os Australopitecos têm crânios menores para o tamanho de seus corpos do que os macacos.
c) No Homo ocorreu maior aumento de crânio em relação ao corpo do que em macacos e
Australopitecos.
d) Em todos os três grupos, as espécies com crânios relativamente grandes também têm corpos
grandes.
B
io.2
8. A evolução humana tornou-se 100 vezes mais rápida e provocou um aumento das diferenças genéticas
antropólogos americanos das universidades de Utah e Winconsin-Madison põem em xeque a antiga
teoria de que a evolução desacelerou ou parou por completo no homem. A análise dos cientistas
seres humanos surgiram na África e se dispersaram por outras regiões, há 40 mil anos, o ritmo da
evolução se acelerou em comparação com os seis milhões de anos anteriores. Desde então, mais
mutações são produzidas.
A partir da análise das informações do texto e de conhecimentos sobre a evolução biológica, é correto
afirmar:
a) O processo evolutivo na espécie humana é cada vez mais dependente de características adquiridas.
b) As epidemias de doenças graves, que em muitos momentos da história reduziram o tamanho das
populações humanas, atuaram naturalmente como fator de seleção.
c) O fluxo gênico entre populações humanas contribui para acentuar diferenças fenotípicas entre
essas populações.
d) O potencial de manipulação do ambiente de Homo sapiens, que vem sendo ampliado com o
desenvolvimento tecnológico, contribui para tornar a espécie mais suscetível a evoluir.
e) As mutações, sendo eventos direcionados pelo ambiente, representam a base molecular universal
no processo evolutivo.
9. A figura abaixo mostra uma das possíveis hipóteses sobre a filogenia dos primatas com origem no Velho
Mundo, um grupo chamado Cercopithecidae. Baseando-se nessa filogenia, assinale a alternativa
correta.
a) O homem surgiu antes dos outros primatas na história evolutiva do grupo.
b) O gorila é mais próximo, filogeneticamente, do homem e do chimpanzé do que do orangotango e
do gibão.
c) O chimpanzé é mais próximo, filogeneticamente, do gorila do que do homem.
d) O homem e o gorila deveriam ser incluídos em grupo taxonômico separado dos outros primatas.
e) Não é possível saber se o orangotango é mais próximo filogeneticamente do gibão ou dos outros
primatas.
10. A revista Veja, de 8 de junho de 2005, página 74, traz como título A SOBREVIVÊNCIA DO MELHOR
ão para a antropologia como os
dinossauros estão para a paleontologia. Ainda não existe explicação definitiva para a súbita extinção
dos répteis há 65 milhões de anos. Também não se sabe por que os Homo neanderthalensis sumiram
30.000 anos atrás depois de
isso ocorreu é motivo de especulação, mas o homem moderno é o principal suspeito dessa extinção.
Tomando por base o excerto acima, indique as proposições corretas assinalando a alternativa abaixo.
I. Homo neanderthalensis e Homo sapiens foram contemporâneos.
II. Houve indícios de um sistema de troca comercial entre os H. neanderthalensis e H. sapiens.
III. O desenvolvimento da linguagem foi maior em H. neanderthalensis.
IV. H. neanderthalensis possuía divisão de trabalho.
V. O cérebro do H. neanderthalensis era maior do que o da espécie humana atual; em média, era
1.450 cm3 contra 1.350 cm3, mas esse aumento estaria relacionado à sua forma mais robusta e não
a uma inteligência mais desenvolvida.
B
io.2
a) Apenas as proposições I e V são corretas.
b) Apenas as proposições II e III são corretas.
c) Apenas as proposições III e IV são corretas.
d) Apenas as proposições I e II são corretas.
e) Apenas as proposições IV e V são corretas.
11. Uma característica marcante na passagem evolutiva de Australopithecus sp. para Homo sapiens foi o
grande desenvolvimento do sistema nervoso, consequentemente ocorreu o aprimoramento da
comunicação. Em relação à evolução humana:
a) Os mamíferos que mais se assemelham à espécie humana são os pongídeos, família do chimpanzé.
b) O Homo erectus foi o primeiro a fabricar ferramentas de pedra lascada que deviam servir de faca
para cortar a carne de animais.
c) O homem de Neandertal, que se extinguiu há cerca de 30 mil anos, tinha seu cérebro bem menor
do que o da espécie humana atual.
d) O desenvolvimento da capacidade de comunicação não propiciou a evolução cultural.
e) Todos os fósseis atribuídos a ancestrais do homem são de gêneros diferentes.
12. A evolução genética da espécie humana começou a ser afetada pelo homem a partir do momento em
que ele passou a:
a) Controlar doenças infecciosas, através de vacinas e erradicação dos parasitas.
b) Diminuir os efeitos da seleção natural sobre a população.
c) Prolongar a vida dos indivíduos da sua espécie até os 60 ou 70 anos.
d) Garantir alimentação para toda a população, através do desenvolvimento da agropecuária.
e) Eliminar os predadores dos indivíduos da sua espécie.
13. Responda a esta questão com base nas teorias de Charles Darwin e na charge abaixo, que foi publicada
por seus contemporâneos, após o lançamento do livro A origem das espécies.
Em 1861, a sociedade não aceitou a proposta de Darwin, a qual sugeria que:
a) Os homens seriam mais evoluídos que os macacos.
b) Os homens e os macacos possuiriam um ancestral comum.
c) Os macacos poderiam vir a ser homens ao longo da evolução.
d) Os macacos derivariam de hominídeos.
e) Os macacos atuais seriam descendentes de homens.
14. É comum que os livros e meios de comunicação representem a evolução do Homo sapiens a partir de
uma sucessão progressiva de espécies, como na figura abaixo.
B
io.2
Coloca-se na extrema esquerda da figura as espécies mais antigas, indivíduos curvados, com braços
longos e face simiesca. Completam-se a figura adicionando, sempre à direita, as espécies mais
recentes: os australopitecus quase que totalmente eretos, os neandertais, e finaliza-se com o homem
moderno. Esta representação é:
a) Adequada. A evolução do homem deu-se ao longo de uma linha contínua e progressiva. Cada uma
das espécies fósseis já encontradas é o ancestral direto de espécies mais recentes e modernas.
b) Adequada. As espécies representadas na figura demonstram que os homens são descendentes das
espécies mais antigas e menos evoluídas da família: gorila e chimpanzé.
c) Inadequada. Algumas das espécies representadas na figura estão extintas e não deixaram
descendentes. A evolução do homem seria mais bem representada inserindo-se lacunas entre uma
espécie e outra, mantendo-se na figura apenas as espécies ainda existentes.
d) Inadequada. Algumas das espécies representadas na figura podem não ser ancestrais das espécies
seguintes.
e) A evolução do homem seria mais bem representada como galhos de um ramo, com cada uma das
espécies ocupando a extremidade de cada um dos galhos.
f) Inadequada. As espécies representadas na figura foram espécies contemporâneas e, portanto, não
deveriam ser representadas em fila. A evolução do homem seria melhor representada com as
espécies colocadas lado a lado.
15. Com base na charge abaixo e nos conhecimentos das ciências, não é possível afirmar que:
O homem e o chimpanzé tiveram ancestral comum.
a) O homem controla em parte o ambiente em que vive.
b) O homem descende diretamente do macaco.
c) Os genes do homem e de seus ancestrais sub-humanos são formados pelos mesmos tipos de
substâncias.
d) Os filhotes dos macacos e dos humanos mamam e apresentam temperatura corporal constante.
16. Estudar a evolução de um determinado grupo de organismos é algo complexo, difícil mesmo. Como
saber quais etapas evolutivas se sucederam na evolução? O que veio primeiro? Nesse sentido os
cientistas têm buscado na natureza provas da evolução. Essas provas aparecem principalmente de duas
maneiras básicas.
Pergunta-se: quais são essas duas maneiras principais pelas quais os cientistas têm estudado
a evolução?
B
io.2
QUESTÃO CONTEXTO
A charge acima mostra Darwin tentando explicar sua teoria aos primeiros hominídeos. Expliqeu por que a
teoria de Darwin não foi aceita por muito tempo no meio científico.
B
io.2
GABARITO
Exercícios
1. d
ao longo da evolução o homem e o restante dos primatas se divergiram, porém ambos tiveram um
ancestral em comum.
2. Porque toda população humana atual pertence à subespécie Homo sapiens sapiens.
3. b
por saber que parte do material genético do homem é neandertal, significa que as duas espécies
acabaram entrecruzando na época em que conviveram juntos.
4. c
a afirmativa I está errada pois Darwin nunca mencionou que a espécie humana teria vantagem sobre as
demais devido a medicina. A afirmativa II também está errada pois o homem e o macao tiveram um
ancestral em comum.
5. a
os Australopithecus afarensis são mais próximos aos Australopithecus ramidis na linha evolutiva. Já o
Australopithecus robustus se diferenciou do Australopithecus boisei, enquanto que o gênero Homo foi
ramificado em Homo erectus e Homo neanderthalensis.
6. e
o Homo habilis tinha a capacidade de manusear a transformar alguns objetos em instrumentos de caça.
7. b
o gráfico mostra que quanto maior a massa corporal dos Australopitecos, o volume craniano não teve
um aumento significativo.
8. b
as doenças, caracterizadas pelo parasitismo são um dos fatores que podem regular a população de uma
espécie e neste caso regulou a população humana.
9. b
olhando o cladograma, nota-se que existiu um ancestral comum ao gorila, chimpanzé e o homem. Este
ancestral é mais recente que o gibão e o orangotango.
10. a
de acordo com o texto, o homem pode ter sido a causa da extinção dos neanderthalensis. Isto significa
que eles viveram a mesma época que foi contemporânea a extinção dos répteis. Os neanderthalensis
eram muito mais robustos que o homem, mas o homem era mais inteligente e provavelmente esta foi a
caua da extinção dos neanderthalensis.
11. a
a família do chimpanzé tiveram um ancestral em comum com o homem e esta é a linha evolutiva de maior
parentesco entre o homem e os outros primatas.
B
io.2
12. b
com o avanço da ciência, a seleção natural foi atenuada devido aos medicamentos produzidos e formas
de combater as doenças.
13. b
o homem e o restante dos primatas possuíram um ancestral em comum, ou seja, o homem não veio do
macaco.
14. d
a representação é inadequada, pois o homem e os outros primatas tiveram um ancestral em comum.
15. c
o homem não descendeu do macaco e ambos tiveram um ancestral em comum, que ao logo da evolução
se divergiu gerando o homem e os outros primatas conhecidos.
16. a
esta opção não está correta pois o homem não surgiu do macaco e eles tiveram um ancestral em comum.
17. O estudo comparado de registros fósseis e a análise comparativa das sequências de bases nitrogenadas
do DNA de espécies distintas pode permitir a determinação do grau de parentesco evolutivo.
Questão contexto
Antigamente acreditava-se que o homem veio do macaco, devido a semelhança entre eles e o homem,
porém se o homem realmente tivesse vindo do macaco, o macaco não existiria mais. Isto mostra que ambos
tiveram um ancestral em comum e se divergira
B
io.
Bio.
Professor: Rubens Oda
Monitor: Carolina Matucci
B
io.
Histologia animal 14
set
RESUMO
O tecido epitelial é responsável por revestir superfícies corpóreas, e tem função de proteção, de isolamento
ou de passagem de substâncias (epitélio de revestimento) e de secreção de substâncias (epitélio glandular).
O epitélio de revestimento pode ser classificado quanto:
• à forma da célula (pavimentoso, cúbico ou prismático)
• ao número de camadas (simples, estratificado ou pseudo-estratificado)
As células epiteliais têm muitas modificações de suas superfícies, que chamamos de especializações de
membrana. São elas:
• Especializações laterais: zona de oclusão, desmossomos, interdigitações e junções intercelulares (GAP)
• Especializações basais: dobras da membrana, hemidesmosomos
• Especializações apicais: microvilosidades, cílios
B
io.
O epitélio glandular forma as glândulas, que podem ser classificadas:
• De acordo com o local onde secretam:
− Endócrino: Liberam sua secreção dentro dos vasos sanguíneos, sendo estas secreções principalmente os
hormônios.
− Exócrinas: Secretam substâncias para fora do corpo ou na cavidade de órgãos através de ductos
secretores.
− Mistas ou Anfícrinas: possui uma porção endócrina e uma porção exócrina.
• De acordo com a secreção:
− Holócrinas: Secreta todo o conteúdo da célula, ou seja, a célula morre para fazer a secreção. Um
exemplo é a glândula sebácea.
− Apócrina: A célula perde parte do seu citoplasma, mas não morre; como a glândula mamária.
− Merócrina: Secreta substâncias sem alterar a estrutura celular, como por exemplo as glândulas
salivares e a lacrimar.
O Tecido Conjuntivo tem como principal característica a grande quantidade de substância intercelular e a
origem mesodérmica. A substância amorfa que fica entre as células é fabricada pelo fibroblasto. Estas células
originarão outros tipos de células do tecido conjuntivo. Ele pode ser dividido em tecido conjuntivo
propriamente dito, tecido ósseo, tecido cartilagenoso, tecido hematopoiético e tecido adiposo.
• Tecido Conjuntivo propriamente dito:
Sustenta e nutre outros tecidos que não possuem vascularização, e é considerado um tecido de
preenchimento e sustentação. Os fibroblastos (ou fibrócitos) são células jovens que irão dar origem às
fibras que podem ser fibras colágenas (que são resistentes à tração), fibras elásticas (que são de elastina
e retornam à sua conformação original) e fibras reticulares (que formam uma rede de sustentação aos
órgãos).
Outras células deste tecido são os macrófagos e os plasmócitos, que possuem uma função de
defesa.
• Tecido adiposo:
Rico em adipócitos (células que acumulam gordura (lipídios)). Tem como funções: isolante
térmico, proteção mecânica, isolante elétrico, degradação de toxinas, além de participarem da formação
de hormônios.
• Tecido cartilaginoso:
Possui fibras colágenas e elásticas, com consistência firme e flexível que o permite sustentar
diversas partes do corpo. Como ele é um tecido não vascularizado, está sempre ligado ao pericôndrio,
um TCPD rico em vasos sanguíneos. Os condroblastos são células jovens, que irão se tornar células
maduras, chamadas de condrócitos, que formam a matriz cartilaginosa.
B
io.
• Tecido ósseo:
Os ossos realizam a sustentação do corpo, auxiliam na sua movimentação e servem de proteção
para diversos órgãos. Os ossos são rígidos, formados por colágeno, fosfato e carbonato de cálcio. A
matriz óssea é formada pelos osteócitos. Os osteoblastos fixam o cálcio no tecido, enquanto os
osteoclastos destroem a matriz óssea.
• Tecido Hematopoiético
este pode ser dividido em:
1.
2. Linfóide
amígdalas, nos linfonodos e no baço
B
io.
• Tecido Sanguíneo
é um tecido dividido em:
1.
2. Elementos fi
que servem para o transporte de gases), leucócitos (células de defesa) e plaquetas (auxiliam na
coagulação sanguínea)
O Tecido muscular é um tecido contráctil que garante o deslocamento do corpo, movimentar
estruturas internas ou fluidos. As células que compõem o tecido muscular são longas e são chamadas de
célula muscular ou fibra muscular. Dentre as estruturas presentes na célula encontramos alguns nomes
diferentes para a célula muscular:
armazenar cálcio para a contração
entação e contração
muscular
Eles são divididos em:
fusiformes, de contração lenta e involuntária, não possuem discos intercalares
com diversos núcleos, são cilíndricas, de contração rápida e voluntária, não possuem discos intercalares
cilíndricas, de contração rápida e involuntária, possuem discos intercalares
Para que aconteça a contração muscular é necessário que os filamentos de actina deslizem sobre o filamento
de miosina. Para que isso ocorra é necessário um estímulo causado pela liberação de neurotransmissores do
neurônio no músculo. Isso causa uma mudança na polaridade da célula muscular, liberando o cálcio do
retículo sarcoplasmático para o sarcoplasma. Este cálcio liberado ligará os filamentos de actina e miosina e
assim permitindo a contração muscular. Para voltar ao estado de relaxamento existe um transporte ativo de
cálcio para o retículo sarcoplasmático, ou seja, tanto na contração, quanto no relaxamento muscular é
envolvido gasto de ATP.
O tecido nervoso é um tecido exclusivo dos animais que garantem a interação junto ao meio ambiente e a
todas as partes do corpo.
A principal célula constituinte deste tecido é o neurônio, onde os dendritos capturam os estímulos, que
passarão através do corpo celular até o axônio.
As células da glia ajudam os neurônios a fazerem mais conexões e são divididas em:
B
io.
− Astrócitos - possuem função de nutrir os neurônios
− Oligodendrócitos - são importantes por formar a bainha de mielina no Sistema Nervoso Central (SNC)
− Micróglia - células fagocitárias responsáveis pela defesa do neurônio
Para que ocorra a transmissão do impulso no neurônio, devemos observar as seguintes etapas:
− O estímulo passa do axônio para outro neurônio, glândula ou músculo através das sinapses. Assim, o
impulso no neurônio é um impulso elétrico e o impulso entre neurônios é químico.
− A membrana de um neurônio em repouso está polarizada, ou seja, possui carga elétrica positiva do lado
externo (voltado para fora da célula) e negativa do lado interno (em contato com o citoplasma da célula).
Essa diferença de cargas elétricas é mantida pela bomba de sódio e potássio.
− Quando existe um estímulo químico, mecânico ou elétrico, ocorre alteração da permeabilidade da
membrana, permitindo grande entrada de sódio na célula e pequena saída de potássio dela, invertendo
as cargas ao redor das membranas (despolarização) gerando um potencial de ação. Essa despolarização
propaga-se pelo neurônio caracterizando o impulso nervoso.
− Imediatamente após a passagem do impulso, a membrana se repolariza, recuperando seu estado de
repouso e encerrando a transmissão do impulso.
EXERCÍCIOS
1. A pele humana é o maior órgão do corpo humano. É constituída por dois tecidos, o tecido epitelial, a
epiderme, formado por células em constantes divisões, que empurram as mais velhas para as camadas
superiores, e o tecido conjuntivo, a derme, rico em diversas estruturas, tais como vasos sanguíneos,
terminações nervosas e glândulas. Logo abaixo, não fazendo parte da pele, está a tela subcutânea, a
hipoderme, formada pelas células adiposas responsáveis por armazenar gordura.
B
io.
Tendo por base essas informações, pode-se dizer que, ao fazer uma tatuagem, a agulha injetora de
tinta penetra
a) na epiderme, para que a tinta não afete os vasos sanguíneos, as glândulas e as terminações nervosas
da derme, nem as células adiposas da hipoderme.
b) na derme, pois, se realizada na epiderme, a tinta injetada seria eliminada com as células
queratinizadas mortas.
c) na hipoderme, para que a tinta não seja eliminada com as células queratinizadas mortas, nem afete
os vasos sanguíneos, as glândulas e as terminações nervosas.
d) na camada superficial da epiderme, para que a tinta afete o mínimo possível as estruturas inferiores
da pele.
e) na hipoderme, para que a tinta seja assimilada pelas células adiposas, pois são células que não
sofrem tantas alterações ao longo do tempo.
2. O tecido muscular cardíaco apresenta fibras
a) lisas, de contração voluntária e aeróbia.
b) lisas, de contração involuntária e anaeróbia.
c) estriadas, de contração voluntária e anaeróbia.
d) estriadas, de contração involuntária e aeróbia.
3. Têm (ou tem) função hematopoiética:
a) as glândulas parótidas
b) as cavidades do coração
c) o fígado e o pâncreas
d) o cérebro e o cerebelo
e) a medula vermelha dos ossos
4. Considere as seguintes características:
I. controle voluntário;
II. controle involuntário;
III. ações rápidas e de curta duração;
IV. ações lentas e de longa duração;
V. auto-estimulação e ritmo espontâneo.
Segundo essas características, o músculo não-estriado difere do músculo cardíaco por apresentar:
a) I.
b) II.
c) III.
d) IV.
e) V.
B
io.
5. Paulo não é vegetariano, mas recusa-se a comer carne vermelha. Do frango, come apenas o peito e
recusa a coxa, que alega ser carne vermelha. Para fundamentar ainda mais sua opção, Paulo procurou
saber no que difere a carne do peito da carne da coxa do frango. Verificou que a carne do peito
a) é formada por fibras musculares de contração lenta, pobres em hemoglobina. Já a carne da coxa
do frango é formada por fibras musculares de contração rápida, ricas em mitocôndrias e
mioglobina. A associação da mioglobina, que contém ferro, com o oxigênio confere à carne da
coxa uma cor mais escura.
b) é formada por fibras musculares de contração rápida, pobres em mioglobina. Já a carne da coxa é
formada por fibras musculares de contração lenta, ricas em mitocôndrias e mioglobina. A
associação da mioglobina, que contém ferro, com o oxigênio confere à carne da coxa uma cor
mais escura.
c) é formada por fibras musculares de contração rápida, ricas em mioglobina. Já a carne da coxa é
formada por fibras musculares de contração lenta, ricas em mitocôndrias e hemoglobina. A
associação da hemoglobina, que contém ferro, com o oxigênio confere à carne da coxa uma cor
mais escura.
d) é formada por fibras musculares de contração rápida, ricas em mioglobina. Já a carne da coxa é
formada por fibras musculares de contração lenta, ricas em mitocôndrias e hemoglobina. A
associação da hemoglobina, que contém ferro, com o oxigênio confere à carne da coxa uma cor
mais escura. Já a mioglobina, que não contém ferro, confere à carne do peito do frango uma
coloração pálida.
e) e a carne da coxa não diferem na composição de fibras musculares: em ambas, predominam as
fibras de contração lenta, pobres em mioglobina. Contudo, por se tratar de uma ave doméstica e
criada sob confinamento, a musculatura peitoral, que dá suporte ao vôo, não é exercitada. Deste
modo recebe menor aporte sanguíneo e apresenta-se de coloração mais clara.
6. Temos a seguir, células do mesmo tecido.
Sobre estas células e seu tecido, é ERRADO afirmar que:
a) a célula "b" é um leucócito, cuja função principal é a defesa do organismo.
b) são células do tecido sanguíneo e são produzidas em órgãos como o fígado e o baço.
c) a célula "a" é uma hemácia, que apresenta pigmento respiratório, principal responsável pelo
transporte de oxigênio.
d) a anemia e a hemofilia são doenças caracterizadas por alterações no funcionamento desse tecido.
e) a linfa é um tecido semelhante, com funções principais de transporte de lipídios e defesa, porém
não apresenta a célula "a".
7. A respeito do tecido cartilaginoso, é correto afirmar que:
a) apresenta vasos sanguíneos para sua oxigenação.
b) possui pouca substância intercelular.
c) aparece apenas nas articulações.
d) pode apresentar fibras protéicas como o colágeno entre suas células.
e) se origina a partir do tecido ósseo.
8. Algumas drogas utilizadas no tratamento de alguns tipos de depressão agem impedindo a recaptação
do neurotransmissor serotonina, no sistema nervoso central. Assinale a alternativa correta.
B
io.
a) Neurotransmissores são substâncias que agem no citoplasma do corpo celular dos neurônios,
provocando o surgimento de um impulso nervoso.
b) Numa sinapse, os neurotransmissores são liberados a partir de vesículas existentes nos dendritos.
c) Após sua liberação, o neurotransmissor provoca um potencial de ação na membrana póssináptica
e é recaptado pelo neurônio pré-sináptico.
d) Somente as sinapses entre dois neurônios utilizam neurotransmissores como mediadores.
e) Neurotransmissores diferentes são capazes de provocar potenciais de ação de intensidades
diferentes.
9. Todos os anos, cerca de 1.500 novos casos de câncer de pele surgem no Brasil. A grande maioria da
população brasileira se expõe ao sol sem qualquer proteção. Dessa forma, os dermatologistas
recomendam o uso de filtros solares e pouca exposição ao sol entre 10 e 16 horas, período de maior
incidência dos raios ultravioleta A e B (UVA e UVB). Os raios UVB estimulam a produção de vitamina D,
entre outros benefícios, mas em doses excessivas causam vermelhidão, queimaduras e o câncer de
pele.
a) Pessoas com pele clara são mais sujeitas a queimaduras pelo sol e ao câncer de pele que pessoas
com pele mais escura. Explique por quê.
b) Raios UVA, ao penetrarem na derme, podem danificar as fibras e dessa forma causar o
envelhecimento precoce. Indique que fibras podem ser encontradas na derme e por que o seu
dano causa o envelhecimento precoce.
c) A deficiência de vitamina D pode provocar problemas de desenvolvimento em crianças. Explique
por quê.
10. As Olimpíadas de 2016 no Brasil contarão com 42 esportes diferentes. Dentre as modalidades de
atletismo, teremos a corrida dos 100 metros rasos e a maratona, com percurso de pouco mais de 42
km. A musculatura esquelética dos atletas que competirão nessas duas modalidades apresenta uma
composição distinta de fibras. As fibras musculares do tipo I são de contração lenta, possuem muita
irrigação sanguínea e muitas mitocôndrias. Ao contrário, as fibras do tipo II são de contração rápida,
pouco irrigadas e com poucas mitocôndrias. As fibras do tipo I têm muita mioglobina, uma proteína
transportadora de moléculas de gás oxigênio que confere a estas fibras coloração vermelha escura, ao
passo que as do tipo II têm pouca mioglobina, sendo mais claras. A imagem ilustra a disposição das
fibras musculares de cortes histológicos transversais, vistas ao microscópio, da musculatura dos atletas
Carlos e João. Cada atleta compete em uma dessas duas modalidades.
Por que é possível afirmar que Carlos é o atleta que compete na maratona? Que metabolismo
energético predomina em suas fibras musculares? Determine o metabolismo energético que
predomina nas fibras musculares de João e explique por que ele é mais suscetível à fadiga muscular
quando submetido ao exercício físico intenso e prolongado.
B
io.
GABARITO
Exercícios
1. b
A tintura das tatuagens é aplicada na derme. Se fosse aplicada na epiderme, ela seria eliminada pela
contínua descamação das células superficiais mortas e queratinizadas.
2. d
O tecido muscular cardíaco tem fibras estriadas, de contração involuntária e aeróbias (utilizam
oxigênio).
3. e
A medula vermelha dos ossos tem função hematopoiética porque é lá que são produzidos os eritrócitos
e leucócitos granulares.
4. d
O músculo liso (não-estriado) apresenta contração lenta e de longa duração. Já o músculo cardíaco
apresenta contração rápida e de curta duração.
5. b
A carne do peito do frango é formada por músculo estriado pobre em mioglobina (pigmento
respiratório semelhante à hemoglobina e também transportador de oxigênio). Já os músculos da coxa
são ricos em mioglobina e por isso vermelhos.
6. b
Os leucócitos possuem função de defesa; as células sanguíneas são produzidas na medula óssea; na
anemia o número de hemácias é reduzido e na hemofilia há um distúrbio na coagulação do sangue; a
linfa não possui células sanguíneas.
7. d
O tecido conjuntivo cartilaginoso é: avascularizado. possui bastante substância intercelular, aparece
nas articulações, no nariz, na traqueia, nos brônquios e origina-se a partir da mesoderme.
8. c
Os neurotransmissores agem na membrana plasmática do dendrito e são liberados a partir de vesículas
existentes no terminal do axônio, não só as sinapses entre dois neurônios utilizam neurotransmissores
como mediadores: pode acontecer também nas sinapses de neurônio e músculo, por exemplo; o
potencial de ação dos neurotransmissores é sempre igual.
9. a) As pessoas de pele clara são mais suscetíveis aos efeitos danosos dos raios ultravioleta, pois apresentam
menos melanina retendo, portanto, os raios U.V. em menor proporção, ou seja, dispõe de uma menor
proteção.
b) Os raios UVA podem danificar as fibras colágenas, elásticas e reticulares, estas são responsáveis pela
resistência e elasticidade da pele. Dessa forma a exposição excessiva a essa radiação provoca
envelhecimento precoce da pele.
c) A deficiência de vitamina D pode afetar o crescimento, pois tal vitamina é responsável pela fixação
de cálcio nos ossos, sua carência acarreta o raquitismo que leva à deformidade e fragilidade ósseas.
10. Carlos apresenta fibras musculares de contração lenta, vermelha escura com maior número de capilares
sanguíneos, mioglobina e O2. Carlos é maratonista. Metabolismo energético predominante: respiração
aeróbia. João fibras musculares de contração rápida, menos capilares sanguíneos, mioglobina e
oxigênio. O metabolismo é anaeróbico com produção de ácido lático o que provoca maior fadiga
muscular. João é velocista.
B
io.
Bio.
Professor: Rubens Oda
Monitor: Sarah Schollmeier
B
io.
RESUMO
Vírus
Os vírus são seres acelulares, isto é, sem células, que se encontram no limiar entre a vida e a matéria bruta.
São seres microscópicos, compostos basicamente por uma cápsula proteica (capsídeo viral) envolvendo um
material genético, que pode ser DNA ou RNA, mas não ambos (salvo a exceção, os citomegalovírus). A
partícula viral encontrada fora da célula hospedeira é conhecida como vírion.
É fundamental salientar que vírus são seres obrigatoriamente parasitas intracelulares, não apresentando
metabolismo ou reprodução fora de uma célula hospedeira.
Alguns vírus podem apresentar um envelope externo ao capsídeo, composto por duas camadas lipídicas
derivadas da membrana plasmática da célula hospedeira e proteínas virais imersas nestas camadas.
As proteínas virais determinam o tipo de célula que o vírus irá parasitar, sendo eles normalmente altamente
específicos quanto aos seus hospedeiros. Bacteriófagos, por exemplo, infectam apenas bactérias.
O mecanismo de reprodução viral no interior da célula depende principalmente do material genético do vírus
em questão.
• Vírus de DNA
Um exemplo de vírus de DNA são os bacteriófagos, vírus que infectam bactérias. A partir do momento em
que o vírus reconhece a membrana da célula hospedeira, seu capsídeo adere-se à célula em questão. Ele
introduz seu DNA no interior da célula e abandona o capsídeo proteico no meio extracelular.
O DNA viral invade a célula e impede que ela prossiga com seu metabolismo normal. A partir deste ponto,
os mecanismos de transcrição e duplicação estarão direcionadas para a produção de novos vírus, duplicando
DNA viral e transcrevendo e traduzindo as proteínas do capsídeo, usando os ribossomos do hospedeiro.
Conforme ocorre a replicação e a montagem, eventualmente a célula se rompe, liberando novos vírions no
meio. Este é o chamado ciclo lítico.
Outra possibilidade é que o vírus adote o ciclo lisogênico, ligando seu DNA ao cromossomo daquela célula.
Ele permanece inativo, e permite que a célula continue sua vida normalmente. A célula sofrerá mitoses,
multiplicando assim também o DNA viral, contido em seu cromossomo. Todas as células geradas a partir
deste momento então estarão infectadas. Sob determinado estímulo ou condição, esse vírus pode abandonar
o ciclo lisogênico e entrar no ciclo lítico, formando novos vírions.
Microrganismos: vírus, Monera,
Protoctista e Fungi
14
set
B
io.
• Retrovírus
Os retrovírus são um grupo de vírus de RNA que inclui o HIV, causador da AIDS.
A principal característica dos retrovírus é a presença de uma enzima viral chamada transcriptase reversa. A
transcriptase reversa é capaz de sintetizar DNA a partir de uma fita de RNA. Após essa transcrição reversa, o
novo DNA viral se une ao DNA da célula hospedeira e começa a comandar a produção de novos RNAs virais
e do capsídeo proteico, montando novos vírions que serão liberados.
Vírus de RNA
Os vírus de RNA podem ser de cadeia positiva ou negativa.
No caso dos vírus de RNA com fita positiva, o sentido da fita é o mesmo sentido do RNAm, que pode ser
traduzido mediante a infecção do hospedeiro, formando novos RNAs virais.
O sentido do RNA dos vírus de fita RNA negativa, no entanto, é o contrário, então é necessário copiar um
RNAm complementar no sentido positivo. Isso se dá pelo uso de uma enzima viral chamada RNA-
polimerase dependente de RNA, empacotada no vírion junto ao RNA.
B
io.
Reino Monera
http://www.sobiologia.com.br/figuras/Reinos/bacteria3.jpg
O reino monera engloba bactérias, cianobactérias e arqueobactérias.
São seres unicelulares e procariontes (sem núcleo delimitado).
São importantes no meio ambiente por fazerem a decomposição, juntamente com os fungos.
Realizam a fixação do nitrogênio e a nitrificação (ciclo do nitrogênio).
Estrutura celular
Possuem citoplasma, ribossomos 70S e DNA circular. Não possuem organelas membranosas, como
mitocôndria e retículo endoplasmático.
Os plasmídeos são estruturas de DNA circular presentes no citoplasma que podem carregar genes de
virulência (o que deixa a bactéria mais perigosa nas infecções) e genes de resistência (ficam
antibióticos). A importância do plasmídeo é que ele pode ser replicado e passado a outras bactérias.
Além da membrana plasmática e da parede celular, algumas bactérias possuem cápsula, que aumenta a
capacidade de invasão e adesão ao hospedeiro, facilitando a infecção.
Classificação
As bactérias podem ser classificadas quanto a forma:
Cocos - esféricas
Estreptococos - em cadeias
Estafilococos -
Bacilos - cilíndricas
Espiroquetas - forma helicoidal
Víbrios - em forma de vírgula.
B
io.
http://escolakids.uol.com.br/public/images/legenda/2ea51e8d73c6e07ee258e6f5fd84e034.jpg
http://cdn.portalsaofrancisco.com.br/wp-content/uploads/2015/11/rrmeino-4.jpg
Quanto à coloração de GRAM
http://www.infoescola.com/wp-content/uploads/2010/02/GRAM.jpg
Dependendo da composição da parede celular, as bactérias podem ser classificadas de acordo com a cor
que assumem na coloração de Gram. Podem ser gram positivas se forem coradas em roxo ou gram
negativas se forem coradas em vermelho.
B
io.
Respiração
Podem ser divididas em:
Aeróbias - Necessitam de oxigênio para sobreviver.
Anaeróbias facultativas - vivem tanto na presença quanto na ausência de oxigênio
Anaeróbias obrigatórias - não sobrevivem na presença de O2. (ex: Clostridium tetani (bactéria que causa o
tétano)
Reprodução
Bipartição - é a forma de reprodução assexuada em que ocorre a duplicação do DNA bacteriano e a
posterior divisão celular. Essa forma de reprodução permite o crescimento exponencial das bactérias
Conjugação
A partir da união do citoplasma de duas bactérias a partir do pili sexual, há a passagem de plasmídeos que
codificam proteínas importantes para a virulência ou resistência a antimicrobianos.
http://www.infoescola.com/wp-content/uploads/2009/11/conjugacao.jpg
Transformação
As células bacterianas são capazes de capturar material genético presente no meio, oriundo de outras
bactérias mortas, por exemplo.
B
io.
http://1.bp.blogspot.com/-IWVMaw3Zbf0/UVUpelSHauI/AAAAAAAAAFM/__ZpiIwdsq0/s1600/transforma%C3%A7%C3%A3o.JPG
Transdução
Ocorre por meio de um bacteriófago, um vírus que infecta bactérias. A transferência de material genético
ocorre porque um vírus, ao utilizar a maquinaria celular para a sua replicação, pode montar partículas virais
contendo trechos do DNA bacteriano. Quando tenta infectar outra célula, transfere esse segmento de DNA
para essa nova bactéria, podendo passar genes de resistência ou de virulência.
http://www.sobiologia.com.br/figuras/Reinos/transducao.gif
Esporulação não é considerada uma forma de reprodução em si. Isso porque uma célula mãe de
determinadas espécies cria uma estrutura altamente resistente à condições extremas, podendo retornar à
forma vegetativa quando as condições ambientais voltarem a ser favoráveis.
B
io.
Os protozoários e as algas fazem parte do reino Protista.
Os Protozoários são seres unicelulares, eucariontes e heterótrofos.
São classificados de acordo com o meio de locomoção em:
• Rizópodes - se locomovem por meio de pseudópodes
• Flagelados - possuem flagelo (ex: giardia)
• Ciliados - múltiplos cílios cobrem o protozoário. ex: paramécio
• Esporozoários- não possuem estruturas de locomoção. São todos parasitas. Ex: Plasmodium
falciparum (agente etiológico da malária)
http://s5.static.brasilescola.uol.com.br/img/2016/08/formas-de-locomocao(1).jpg
A maioria dos protozoários se divide por cissiparidade (reprodução assexuada).
http://www.sobiologia.com.br/figuras/Reinos/protozoarioreproducao.jpg
Algas
São organismos autotróficos (produzem o próprio alimento), pois possuem pigmentos como a clorofila. Já
foram classificados no reino vegetal, mas não possuem tecidos organizados. São classificadas de acordo
com seus pigmentos:
• Verdes (Clorofíceas) - algumas espécies são comestíveis
• Vermelhas (Rodofíceas) - possuem uma substância gelatinosa conhecida como Agar, utilizado na
indústria alimentícia e na cultura microbiológica
• Pardas (Feofíceas) - há espécies comestíveis
• Douradas (Crisofíceas) - compõem em grande parte o plâncton
• Cor de fogo (Pirrofíceas) - responsáveis pela maré vermelha
B
io.
https://www.colegioweb.com.br/wp-content/uploads/2013/11/Algas.jpg
Fungos
Popularmente conhecidos como mofo ou bolor, os fungos fazem parte do Reino Fungi e são seres:
• Eucariontes, Unicelulares ou pluricelulares, heterotróficos - não produzem seu próprio alimento.
• Se associam com algas, formando os líquens
• Se associam com raízes de plantas, formando as micorrizas
• Podem ser decompositores
• Há fungos aeróbios e anaeróbios facultativos (leveduras).
• Realizam digestão extracelular. Há a liberação de enzimas para fora do corpo para ocorrer a
digestão. Posteriormente, os nutrientes são absorvidos e distribuídos por difusão.
• São divididos em: zigomicetos, basidiomicetos, ascomicetos e deuteromicetos
B
io.
Os fungos estão presentes no nosso cotidiano, por exemplo:
• Antibióticos - A penicilina é produzida por um fungo para inibir o crescimento bacteriano (Relação
ecológica desarmônica interespecífica - Amensalismo)
• Shitake, Shimeji, Champignon são comestíveis. ( Atenção! Não se deve comer fungos da natureza,
pois a maior parte deles produz substâncias tóxicas que podem ser até letais)
• A levedura Saccharomyces cerevisiae é utilizada na produção do pão e da cerveja, por meio da
fermentação.
• frieiras, sapinho, histoplasmose, candidíase são doenças causadas por fungos, assim, também
podem ser parasitas
Morfologia
Os fungos podem ser pluricelulares ou unicelulares. Fungos pluricelulares possuem estruturas visíveis
Os fungos possuem filamentos de células conhecidas como hifas e seu conjunto é conhecido como
micélio. Os fungos mais complexos apresentam hifas septadas e isso os tornam mais resistentes. Ainda,
apresentam uma parede celular formada por quitina.
Reprodução
Podem se reproduzir de forma assexuada e sexuada,
Assexuadamente a partir:
• do brotamento em seres unicelulares;
• fragmentação, em que um micélio se fragmenta, originando novos micélio;
• e esporulação, em que há a formação de esporos a partir dos esporângios, estruturas altamente
resistentes a condições extremas.
Já na forma sexuada, ocorre a fusão de duas hifas haploides
http://4.bp.blogspot.com/-0LK0U5ueKos/T8nuh24w6QI/AAAAAAAAACs/qn81m6ta9bI/s1600/Reprodu%C3%A7%C3%A3o.jpg
B
io.
micorrizas https://www.algosobre.com.br/images/stories/biologia/micorriza_02.jpg
EXERCÍCIOS
1. As bactérias são seres unicelulares, procariotos, que têm formas de vida do tipo isolada ou em
agrupamentos variados do tipo coloniais. Embora esses seres celulares sejam considerados pelo senso
seres vivos e destes com o meio ambiente. Assim sendo, muitos estudos e pesquisas são desenvolvidos
na área da microbiologia, para melhor conhecer a maquinaria biológica das bactérias. Sobre a citologia
bacteriana, é correto afirmar que
a) moléculas de DNA que ficam ligadas ao cromossomo bacteriano e costumam conter genes para
resistência a antibióticos são denominadas de plasmídeos.
b) o capsídeo bacteriano, também conhecido como membrana celular, é constituído por substância
química, exclusiva das bactérias, conhecida como mureína.
c) os pneumococos, bactérias causadoras de pneumonia, são espécies de bactérias que possuem,
externamente à membrana esquelética, outro envoltório, mucilaginoso, denominado de cápsula.
d) externamente à membrana plasmática existe uma parede celular ou membrana esquelética, de
composição química específica de bactérias o ácido glicol.
2. Considere as seguintes características atribuídas aos seres vivos:
I. Os seres vivos são constituídos por uma ou mais células.
II. Os seres vivos têm material genético interpretado por um código universal.
III. Quando considerados como populações, os seres vivos se modificam ao longo do tempo.
Admitindo que possuir todas essas características seja requisito obrigatório para ser classificado
rreto afirmar que
a) os vírus e as bactérias são seres vivos, porque ambos preenchem os requisitos I, II e III.
b) os vírus e as bactérias não são seres vivos, porque ambos não preenchem o requisito I.
c) os vírus não são seres vivos, porque preenchem os requisitos II e III, mas não o requisito I.
d) os vírus não são seres vivos, porque preenchem o requisito III, mas não os requisitos I e II.
e) os vírus não são seres vivos, porque não preenchem os requisitos I, II e III.
B
io.
3. As bactérias, ao se reproduzirem assexuadamente, originam dois indivíduos do mesmo tamanho e
geneticamente idênticos. Já alguns levedos, para se reproduzirem, emitem uma pequena expansão na
superfície da célula, que cresce e posteriormente se destaca, formando um novo indivíduo também
geneticamente igual. Os dois tipos de reprodução descritos são, respectivamente,
a) cissiparidade e conjugação.
b) cissiparidade e brotamento.
c) fragmentação e gemiparidade.
d) conjugação e esporulação.
e) conjugação e cissiparidade.
4. Pesticidas do tipo bactericidas destroem procariotos por meio de diversos mecanismos: afetando a
estrutura de _________, o agente inibe a formação da parede celular; destruindo _________, a toxina
impede diretamente a síntese proteica; e, alterando enzimas transcricionais, a droga bloqueia a
formação imediata de _________.
a) desmossomos íntrons RNA.
b) desmossomos ribossomas ATP.
c) glicocálix fosfolipídeos dupla hélice.
d) peptidoglicanos ribossomas RNA.
e) peptidoglicanos fosfolipídeos dupla hélice.
5. Os protozoários são organismos que em sua maioria habitam o ambiente aquático, entretanto, não
apresentam parede celular. Eles apresentam como mecanismo para eliminar o excesso de água
absorvido, em ambiente dulcícola, uma estrutura que permite a osmorregulação. Essa estrutura é
conhecida como:
a) Vacúolos contráteis
b) Pseudópodes
c) Membrana Plasmática
d) Flagelos
e) Cílios
6. É uma característica exclusiva dos fungos o fato de:
a) apresentarem glicogênio como produto de reserva.
b) possuírem quitina como revestimento.
c) apresentarem micélio.
d) serem parasitas.
e) possuírem esporos.
7. Os vírus são minúsculos "piratas" biológicos porque invadem as células, saqueiam seus nutrientes e
utilizam as reações químicas das mesmas para se reproduzir. Logo em seguida os descendentes dos
invasores transmitem-se a outras células, provocando danos devastadores. A estes danos, dá-se o
nome de virose, como a raiva, a dengue hemorrágica, o sarampo, a gripe, etc. (Texto modificado do
livro "PIRATAS DA CÉLULA", de Andrew Scott.)
De acordo com o texto, é correto afirmar:
a) Os vírus utilizam o seu próprio metabolismo para destruir células, causando viroses.
b) Os vírus utilizam o DNA da célula hospedeira para produzir outros vírus.
c) Os vírus não têm metabolismo próprio.
d) As viroses resultam sempre das modificações genéticas da célula hospedeira.
e) As viroses são transcrições genéticas induzidas pelos vírus que degeneram a cromatina na célula
hospedeira.
8. Apesar de apresentarem uma série de características que lhes são comuns, os seres vivos são diferentes
entre si. Entre os fungos e os animais há características comuns e entre elas pode-se verificar:
a) substância de reserva
b) diferenciação celular em tecidos
c) genoma
d) modo de obtenção dos alimentos
e) reprodução
B
io.
9. Na embalagem de um antibiótico, encontra-se uma bula que, entre outras informações, explica a ação
do remédio do seguinte modo: O medicamento atua por inibição da síntese proteica bacteriana. Essa
afirmação permite concluir que o antibiótico
a) impede a fotossíntese realizada pelas bactérias causadoras da doença e, assim, elas não se
alimentam e morrem.
b) altera as informações genéticas das bactérias causadoras da doença, o que impede manutenção e
reprodução desses organismos.
c) dissolve as membranas das bactérias responsáveis pela doença, o que dificulta o transporte de
nutrientes e provoca a morte delas.
d) elimina os vírus causadores da doença, pois não conseguem obter as proteínas que seriam
produzidas pelas bactérias que parasitam.
e) interrompe a produção de proteína das bactérias causadoras da doença, o que impede sua
multiplicação pelo bloqueio de funções vitais.
10. A figura, a seguir, mostra dois bacteriófagos (T2 e T4).
Adaptada de: LOPES, S. BIO. v. 2. 1. ed. São Paulo: Saraiva, 2006, p. 55.
Em um laboratório, foram construídas, experimentalmente, novas partículas virais, utilizando DNA
extraído de bacteriófagos T2 e cápsula proteica de bacteriófagos T4. Esses vírus foram postos em
contato com bactérias e, após infectá-las, originaram-se novas partículas virais, liberadas após a lise
celular (ciclo lítico). De acordo com o ciclo de replicação mencionado e conforme a condução do
experimento é correto afirmar que os novos bacteriófagos formados possuirão:
a) Cápsula proteica de T4 e molécula de DNA de T4.
b) Cápsula proteica de T2 e molécula de DNA de T2.
c) Cápsula proteica de T4 e molécula de DNA de T2.
d) Cápsula proteica de T2 e molécula de DNA de T4.
e) Cápsula proteica de T4 e molécula de DNA da bactéria hospedeira.
QUESTÃO CONTEXTO
https://biointerativas.files.wordpress.com/2010/10/journal-pbio_-0050112-g001_thumb2.jpg
B
io.
Um novo problema que coloca em risco a saúde da população mundial é o surgimento das chamadas
superbactérias. Essas bactérias apresentam uma elevada capacidade de resistência aos antibióticos
tradicionalmente usados para tratamento dessas infecções. Elas possuem a impressionante capacidade de
inativar esses medicamentos. As superbactérias normalmente são encontradas em ambiente hospitalar, aumentando os riscos das
chamadas infecções hospitalares. A transmissão pode ocorrer de um paciente para outro através dos
profissionais e equipamentos do hospital, sendo essencial, portanto, um isolamento desses pacientes e o
treinamento dos funcionários. http://brasilescola.uol.com.br/biologia/o-perigo-das-superbacterias.htm
Com base no texto acima, explique como ocorre a transferência da resistência aos antimicrobianos entre as
bactérias e cite um erro na representação estrutural do material genético.
B
io.
GABARITO
1. a
Em certas bactérias, além do cromossomo bacteriano, pode haver um DNA extracromossômico,
denominado plasmídeo. Ele não contém genes essenciais à bactéria, mas, possui genes relacionados à
resistência a antibióticos.
2. c
Os vírus são organismos acelulares, logo, não se enquadram no item I. Tanto vírus como bactérias
possuem um material genético e sofrem mutações. Assim, os itens II e III são válidos tanto para vírus como
para bactérias, enquanto o item I é válido somente para bactérias.
3. b
A forma de reprodução bacteriana descrita no texto é a cissiparidade (divisão binária simples). Já o
processo citado, que ocorre em leveduras, é o brotamento, um processo assexuado que se caracteriza
pela formação de um broto lateral.
4. d
A parede celular das bactérias é constituída por peptoglicanos (açúcares + poucos aminoácidos). Muitos
antibióticos atuam em nível de ribossomos, inibindo a síntese de proteínas bacterianas, muitas das quais,
integrantes da parede celular.
5. a
Os vacúolos contráteis acumulam a água em pequenas bolsas e as expelem continuamente; os
pseudópodes, cílios e flagelos estão relacionados à movimentação.
6. c
O glicogênio como reserva não é exclusivo dos fungos pois os humanos também apresentam; os
artrópodes têm quitina como revestimento e dessa forma, não é uma característica exclusiva dos fungos;
o micélio é o conjunto de hifas de um fungo; animais também são parasitas, como por exemplo, os
platelmintos.
7. c
Os vírus são parasitas intracelulares obrigatórios. Então, não possuem metabolismo próprio
8. a
Os fungos e os animais têm uma característica em comum: a reserva de glicogênio no corpo.
9. e
A inibição da síntese proteica da bactéria causada pelo antibiótico provoca a morte do micro-organismo.
Logo, o antibiótico interrompe a produção de proteína das bactérias causadoras da doença, o que
impede sua multiplicação pelo bloqueio de funções vitais.
10. b
O novo vírus se originará a partir do DNA do vírus original. Assim, possuirá tanto DNA como cápsula de
T2
Questão contexto
A principal forma de transferência de informações genéticas entre as bactérias é pela conjugação. Ocorre
transferência de plasmídeos por meio da formação do pili sexual, que liga duas bactérias. A falha na
imagem é a representação linear do material genético, pois sabe-se que o plasmídeo possui uma
conformação circular.
F
il.
Fil.
Professor: Larissa Rocha
Gui de Franco
Monitor: Debora Andrade
F
il.
Kant 14
set
RESUMO
O criticismo de Kant
Conhecido como o maior filósofo do Iluminismo, o alemão Immanuel Kant é também um dos maiores
pensadores de todos os tempos e se notabilizou nas mais diversas áreas da filosofia: da lógica à filosofia
política, da ética à estética. Nesse sentido, uma de suas contribuições mais importantes para a história da
filosofia talvez a maior de todas elas foi a criação de um nova corrente na teoria do conhecimento,
corrente esta que, de acordo com o Kant, resolveria definitivamente todos os problemas da epistemologia:
o criticismo. Ora, no que esta corrente crê? .
Em primeiro lugar, precisamos recordar que, na época de Kant, a teoria do conhecimento já ocupava
a alguns séculos o centro das especulações filosóficas e vivia dividida em duas grandes correntes: o
racionalismo, que considerava a razão o fundamento básico do conhecimento humano, e o empirismo, que
dava centralidade aos sentidos no processo de conhecimento. De modo mais ou menos radical, essas duas
correntes vinham sempre se contrapondo sem nunca chegar a um acordo. E foi aí que Kant se destacou.
Segundo ele, o primeiro passo para a resolução dos problemas epistemológicos seria uma reavaliação geral
de toda a discussão desde o seu ponto de partida. Era preciso fazer uma crítica do conhecimento (daí o nome
criticismo): perguntar, como se isso nunca tivesse sido feito antes, quais as condições de possibilidade do
conhecimento humano.
Curiosamente, a conclusão de Kant em sua Crítica da Razão Pura foi de que tanto o racionalismo
quanto o empirismo tinham o seu quê de verdadeiro, que merecia ser reconhecido, mas que também,
justamente por isso, nenhum dos dois podia ser admitido sem ressalvas ou ser absolutizado. Ao contrário,
para Kant, o papel do verdadeiro filósofo seria unir o que essas duas correntes tinham de verdadeiro,
expurgando o que fosse falso. Era necessário fazer uma conciliação, uma síntese transcendente entre as duas
teorias.
Como isso seria possível? Bem, para Kant, a primeira coisa que uma crítica séria do conhecimento
nos revela é que não podemos nunca acessar o númeno, isto é, nunca podemos descobrir a essência das
coisas, a realidade tal como ela é em si mesma, mas apenas os fenômenos, ou seja, a realidade tal como
aparece para nós. Aliás, segundo o autor, foi esse o erro básico das teorias do conhecimento precedentes,
que, sem reconhecer os limites da inteligência humana, achavam possível descobrir a realidade tal como ela
é em si mesma, objetivamente. Indo justamente numa direção contrária, Kant rejeita toda perspectiva
objetivista, realista. Para ele, nós nunca saberemos como as coisas são. Podemos apenas descobrir como as
coisas são para nós, como elas aparecem para os seres humanos. Não à toa, a filosofia kantiana é considerada
subjetivista, idealista. Historicamente, aliás, essa inovação de Kant ficou conhecida como revolução
copernicana. Com efeito, assim como Copérnico, com sua defesa do heliocentrismo, teria modificado o
centro do universo, transplantando-o da Terra para o Sol, da mesma maneira Kant teria modificado o centro
da filosofia, transplantando-o de uma perspectiva realista (centrada no objeto do conhecimento) para uma
perspectiva idealista (centrada no sujeito do conhecimento). No entanto, é necessário perceber aqui que o
idealismo kantiano não é individual. Não se trata de como a realidade aparece para cada ser humano, mas
sim de como ela aparece para todos os indivíduos, uma vez que temos todos a mesma estrutura cognitiva.
Trata-se, pois, de um idealismo transcendental.
Como adiantado acima, a conclusão retirada por Kant de sua investigação das condições de
possibilidade do conhecimento humano foi uma síntese entre o racionalismo e o empirismo. Segundo o
autor, tanto a razão quanto os sentidos são fundamentos básicos do conhecimento, mas sob aspectos
F
il.
diferentes, cada um com o seu papel. Assim, ao invés de um ou os outros serem a fonte primária do conhecer,
o que há é a função de cada um e a interdependência de ambos.
Dito de modo simples, pode-se resumir a coisa da seguinte maneira. São duas as faculdades ou capacidades
básicas do conhecimento humano: o entendimento (correspondente à razão) e a sensibilidade
(correspondente aos sentidos).
Faculdade idêntica em todos os seres humanos e possuída pelos homens desde que nasceram, o
entendimento gera conceitos e fornece o conhecimento a priori (prévio à experiência), o qual consiste nas
doze categorias básicas do conhecimento (substância, relação, quantidade, qualidade, etc.) Tal
conhecimento a priori fornece a forma do conhecimento humano em geral, isto é, a estrutura a partir da qual
conhecemos as coisas. A sensibilidade, por sua vez, sendo uma capacidade com que os homens também
nascem, é, porém, a princípio vazia, uma vez que depende da experiência para ser preenchida e varia de
um indivíduo para o outro. Sendo assim, ela gera intuições e fornece o conhecimento a posteriori (posterior
à experiência), o qual se constitui dos dados oferecidos pelos sentidos. Tal conhecimento fornece não a
forma, mas a matéria, o conteúdo do conhecimento humano em geral, o qual é estruturado pelas categorias
da razão. Assim, o conhecimento é uma junção de razão e sentidos, entendimento e sensibilidade. A razão
dá a forma do conhecimento, os sentidos dão a matéria. O entendimento fornece a estrutura a priori, a
sensibilidade o conteúdo a posteriori. Em síntese, a conceito sem intuição é vazio, a intuição sem conceito é
disforme.
Naturalmente, as consequências dos princípios do criticismo kantiano foram muito para além da
teoria do conhecimento. Uma vez que todo conhecimento teórico depende simultaneamente do
entendimento e da sensibilidade, Kant concluiu que é impossível provar racionalmente a existência de Deus,
a imortalidade da alma e a liberdade humana. De fato, nenhum desses três objetos (Deus, alma e liberdade)
pode ser percebido diretamente pelos sentidos, sendo assim, nenhum deles pode ser conhecido com
segurança. Essa rejeição de Kant dos temas clássicos da metafísica, porém, foi provisória. Como veremos a
seguir, Deus resgatará os temas Deus, alma e liberdade quando tratar das questões éticas.
EXERCÍCIOS
1. Leia o texto a seguir.
A razão humana, num determinado domínio dos seus conhecimentos, possui o singular destino de se
ver atormentada por questões, que não pode evitar, pois lhe são impostas pela sua natureza, mas às
quais também não pode dar respostas por ultrapassarem completamente as suas possibilidades. (KANT, I. Crítica da Razão Pura (Prefácio da primeira edição, 1781). Tradução de Manuela Pinto dos Santos e Alexandre
Fradique Morujão. Lisboa: Fundação Calouste Gulbenkian, 1994, p. 03.)
Com base no texto e nos conhecimentos sobre Kant, o domínio destas intermináveis disputas chama-
se
a) experiência.
b) natureza.
c) entendimento.
d) metafísica.
e) sensibilidade.
2. De acordo com o filósofo Immanuel Kant, o modo de pensar cético busca tornar incertos os nossos
conhecimentos. No entanto, esse modo de pensar, ainda segundo Kant, não pode ser legitimamente
generalizado, isto é, não pode justificar a afirmação de que tudo o que consideramos conhecimento é
apenas aparência de conhecimento. Kant justifica assim tal impossibilidade: para dizer que tudo o que
consideramos conhecimento é apenas aparência de conhecimento, o cético distingue entre aparência
de conhecimento e conhecimento. Isso revela, portanto, que ele possui um conhecimento que lhe
serviu para efetuar tal distinção.
Com base no texto, responda:
b) Supondo que a mencionada afirmação cética seja incorreta, é possível daí imediatamente concluir
que não podemos nos enganar em matéria de conhecimento? Justifique sua resposta.
F
il.
3. realidade que não se oferece à experiência. A primeira foi chamada por ele de fenômeno [...]. A
CHAUÍ, Marilena. Convite à Filosofia. São Paulo: Ática, 1995. p. 233.
Em relação aos conceitos de fenômeno e coisa em si, conforme formulados por Kant, marque a
alternativa correta.
a) Kant designa por coisa em si a parte da experiência que pode ser conhecida pelo intelecto no tempo
e no espaço.
b) A coisa em si designa exatamente aquilo que uma ciência deve conhecer em um objeto empírico.
c) A crítica kantiana dirige-se contra as aparências. É por isso que Kant afirma ser impossível conhecer
os fenômenos.
d) O mundo fenomenal contém os objetos que podem ser captados pela nossa sensibilidade e ser
apresentados no espaço e no tempo.
4. No texto que se segue, Marilena Chauí comenta a estrutura da sensibilidade em Kant.
CHAUÍ, Marilena. Convite à Filosofia. São Paulo: Ática, 1995. p. 78.
Marque a alternativa que explicita corretamente a forma da sensibilidade para Kant.
a) A forma da sensibilidade é constituída por impressões e sensações, a partir das quais captamos
todos os conteúdos da experiência possível.
b) A forma da sensibilidade é retirada da experiência, com a qual aprendemos as noções fundamentais
de número e extensão.
c) A forma da sensibilidade é constituída pelos cinco sentidos, que produzem todas as imagens
possíveis da experiência.
d) A forma da sensibilidade não é dada pela experiência, mas possibilita a experiência, sendo
constituída pelo espaço e pelo tempo.
5. O pensamento filosófico da modernidade tem em Kant uma das expressões mais atuantes e
significativas para o mundo ocidental. De fato, as reflexões de Kant contribuíram para:
a) reativar o pensamento cristão, relacionando-o com os princípios medievais.
b) rediscutir a História dentro dos paradigmas da dialética hegeliana.
c) repensar o conteúdo do conhecimento humano mostrando os limites da racionalidade.
d) definir a estrutura da democracia contemporânea, seguindo Jean Jacques Rousseau.
e) afirmar, com base na filosofia empirista, a simplicidade do conhecimento cientifico.
6. Immanuel Kant (1724-1804) reconheceu a importância dos avanços das ciências naturais, em especial
da física, que passou de um conhecimento meramente especulativo para se constituir em ciência. A
metafísica, por sua vez, não obteve o mesmo sucesso, pois, continuando a ser especulativa, por mais
que os sistemas fossem muito bem elaborados, suas verdades não eram indiscutíveis. Assim, Kant
procura dar à metafísica a mesma consistência que possuíam outros campos do saber, fundamentados
em juízos sintéticos a priori.
Com base nas explicações e nos seus conhecimentos, assinale a alternativa que define a concepção
kantiana de juízo sintético a priori.
a) São universais, necessários e ampliam o conhecimento.
b) Não são universais e necessários, mas permitem ampliar o conhecimento.
c) São universais e necessários, mas não permitem ampliar o conhecimento.
d) Não são nem universais e nem necessários, portanto não permitem ampliar o conhecimento.
7.
que pressupor a priori em mim ainda antes de me serem dados objetos e que é expressa em conceitos
a priori, pelos quais portanto todos os objetos da experiência têm necessariamente que se regular e
(KANT, Immanuel. Crítica da razão pura. São Paulo: Abril Cultural, 1983, p. 13.)
F
il.
Com base na filosofia de Kant, assinale o que for correto.
(01) O método de Kant é chamado criticismo, pois consiste na crítica ou na análise reflexiva da razão,
a qual, antes de partir ao conhecimento das coisas, deve conhecer a si mesma, fixando as
condições de possibilidade do conhecimento, aquilo que pode legitimamente ser conhecido e o
que não.
(02) Para Kant, uma vez que os limites do conhecimento científico são os limites da experiência, as
coisas que não são dadas à intuição sensível (a coisa em si, as entidades metafísicas como Deus,
alma e liberdade) não podem ser conhecidas.
(04) Kant mantém-se na posição dogmática herdada de Hume. Para os dois filósofos, o conhecimento
é um fato que não põe problema. O resultado da crítica da razão é a constatação do poder
ilimitado da razão para conhecer.
(08) O sentido da revolução copernicana operada por Kant na filosofia é que são os objetos que se
regulam pelo nosso conhecimento, não o inverso. Ou seja, o conhecimento não reflete o objeto
exterior, mas o sujeito cognoscente constrói o objeto do seu saber.
(16) Com a sua explicação da natureza do conhecimento, Kant supera a dicotomia racionalismo-
empirismo. O conhecimento, que tem por objeto o fenômeno, é o resultado da síntese entre os
dados da experiência e as intuições e os conceitos a priori da razão.
SOMA: ( )
8. na tentativa de reformular o
procedimento habitual da metafísica, propondo-nos deste modo uma completa revolução em relação
a esta segundo o exemplo dos geômetras e pesquisadores da natureza. Ela é um tratado do método e
não um sistema da própria ciência; ainda assim desenha o contorno total da metafísica, tanto no que
respeita seus limites quanto à estrutura interna to KANT, I. Crítica da razão pura. In: MARCONDES, D. Textos básicos de filosofia. Rio de Janeiro: Zahar, 2007, p. 111.
A partir do texto citado, é correto afirmar que o projeto da crítica de Kant
(01) busca ater-se apenas aos métodos das ciências teóricas, como a metafísica.
(02) reformula o modo como são adquiridos os conhecimentos metafísicos.
(04) volta-se para a razão especulativa, no tocante aos seus procedimentos mais recorrentes.
(08) visa ser tão somente uma ciência pura, haja vista sua preocupação com a definição de um método
próprio.
(16) busca transformar a razão pura, a razão prática e a estética em um sistema científico.
SOMA: ( )
9. Na perspectiva do conhecimento, Immanuel Kant pretende superar a dicotomia racionalismo-
empirismo. Entre as alternativas abaixo, a única que contém informações corretas sobre o criticismo
kantiano é:
a) A razão estabelece as condições de possibilidade do conhecimento; por isso independe da
matéria do conhecimento.
b) O conhecimento é constituído de matéria e forma. Para termos conhecimento das coisas, temos
de organizá-las a partir da forma a priori do espaço e do tempo.
c) O conhecimento é constituído de matéria, forma e pensamento. Para termos conhecimento das
coisas temos de pensá-las a partir do tempo cronológico.
d) A razão enquanto determinante nos conhecimentos fenomênicos e noumênicos
(transcendentais) atesta a capacidade do ser humano.
e) O homem conhece pela razão a realidade fenomênica porque Deus é quem afinal determina este
processo.
10. Sobre a questão do conhecimento na filosofia kantiana, é CORRETO afirmar que
a) o ato de conhecer se distingue em duas formas básicas: conhecimento empírico e conhecimento
puro.
b) para conhecer, é preciso se lançar ao exercício do pensar conceitos concretos.
c) as formas distintas de conhecimento, descritas na obra Critica da razão pura, são denominadas,
respectivamente, juízo universal e juízo necessário e suficiente.
d) o registro mais contundente acerca do conhecimento se faz a partir da distinção de dois juízos, a
saber: juízo analítico e juízo sintético ou juízo de elucidação.
F
il.
QUESTÃO CONTEXTO
O filósofo alemão Immanuel Kant fundamentou uma nova forma de compreender como o conhecimento
humano ocorria e quais eram os seus limites. A tradição filosófica que desenvolveu teorias acerca deste
assunto até Kant, era dividida em duas correntes antagônicas o racionalismo, que defendia que o
conhecimento humano advinha primordialmente da razão e o empirismo, que, por sua vez, elegia os sentidos
como fonte primária do conhecimento humano. Kant, por sua vez, vai criar uma teoria que englobe o melhor
dos dois mundos. De acordo com os seus conhecimentos sobre o tema, descreva quais são os pontos
positivos e nehgativos, descritos por Kant, em cada uma das teorias acerca do conhecimento humano
tradicionalmente aceitos.
F
il.
GABARITO
Exercícios
1. d
A, B, C e E incorretas. Experiência, natureza, entendimento e sensibilidade são passíveis de estudo e
análise para Kant.
D correta. Apesar de considerar a metafísica, ou as questões metafísicas, como conhecimento
fundamental, Kant a considera também como conhecimento inteiramente isolado e expeculativo que
ainda não encontrou seu caminho na ciência, embora seja mais antiga do que as demais e sobreviveria
mesmo que todas as outras fossem tragadas pelo abismo da barbárie. Segundo Kant, a metafísica é o
campo de batalha no qual somos necessariamente lançados, mas que, ainda que simulando as guerras
diariamente, não passamos de soldados cuja vitória, até agora, se mostrou inalcançável.
2. a) Segundo Kant, o pressuposto de que depende a afirmação cética é que se tenha o conhecimento da
distinção entre conhecimento e aparência de conhecimento.
b) Não, pois do fato de termos algum conhecimento não decorre que sempre estejamos corretos ao
considerar algo como conhecimento.
3. d
A, B e C estão incorretas. Para Kant, em sua crítica à ruptura existente entre racionalismo e empirismo, é
possível estudar o mundo dos fenômenos porque há em nós, a priori, a noção de espaço e tempo, ou
seja, eles podem ser estudados e conhecidos à medida que aparecem para nós no tempo e no espaço.
4. d
Correta. Por se apresentarem para nós e serem captados pelo nosso intelecto com a medida do tempo
e do espaço, os fenômenos são construídos por nós mesmos, à medida que participamos de sua criação.
Só existe aquilo que aparece para nós, como fenômenos, os quais são, de certa maneira, como aparecem
para nós, ou seja, como nossa limitada razão está apta a percebê-los.
5. c a) Falsa: Kant se preocupou com a questão do conhecimento humano e com o conteúdo da moral da
ação humana. b) Falsa: Kant seguiu outros caminhos, não adotou a dialética na perspectiva hegeliana, fazendo a
conciliação entre as concepções empiristas e idealistas. c) Verdadeira: O filósofo mostrou a complexidade do conhecimento, fazendo críticas às filosofias
anteriores.
d) Falsa: As reflexões de Kant não seguiram Rousseau. Kant dedicou-se mais a questões da epistemologia,
sendo um marco do pensamento ocidental. e) Falso: Kant afirmou a complexidade do conhecimento, analisando com cuidado a relação entre sujeito
e objeto.
6. a
Kant é o filósofo que consegue, no período do Iluminismo, fazer uma síntese entre os pressupostos do
racionalismo e do empirismo. Para ele, essas esferas do conhecimento não poderiam estar divididas, pois
ambas eram necessárias para se atingir a real percepção do mundo. O conhecimento derivava tanto da
percepção sensível, advinda da experiência e dos fenômenos observáveis, como dos juízos racionais que
seriam utilizados para interpretar o que foi observado e ir além. Seu juízo sintético a priori exercia o papel
da racionalidade no processo cognitivo. Deveria ser universal, ou seja, aplicável a todas as coisas
F
il.
conhecíveis. Era necessário, pois era a parte racional do conhecimento, e ampliativo, pois através dele
seriam feitas as hipóteses que levariam o conhecido a novos patamares.
7. 27 - 01 + 02 + 08 + 16 = 27
Proposição 1: A obra mais conhecida de Immanuel Kant, Crítica da razão pura, versa sobre a possibilidade
e capacidade de conhecer o que o homem possui. Ao investigar a respeito, Kant procura responder à
pergunta: é possível conhecer alguma coisa? Esse questionamento não estava em voga até então.
Proposição 2: As coisas que não são dadas pela experiência não podem ser conhecidas porque
ultrapassam as limitações inerentes ao ato de conhecer, desse modo, há uma pretensão na metafísica
que pretende conhecer as coisas em si, tornando-a contraditória, na medida em que o ato de conhecer
transforma, por sua própria natureza, a coisa em si em fenômeno, isto é, em aparência.
Proposição 4: Até Kant, a capacidade racional de conhecer não havia sido questionada. Nisso consiste a
grande virada de sua filosofia que, iniciada por Descartes, questiona a possibilidade da razão de conhecer
determinadas verdades que se colocam como inquestionáveis. O paradigma passa a ser epistemológico
ou transcendental.
Proposição 8: Trata-se da mudança de paradigma. Antes de Descartes e Kant a pergunta era: "O que é
possível conhecer?" Depois deles a pergunta principal a ser respondida é: "É possível conhecer? O que é
possível conhecer?"
Proposição 16: A experiência é um dado importante para o conhecimento, já que este só acontece, na
filosofia kantiana, mediante fenômenos.
8. 02+04=06 - (01) Incorreta. A metafísica não é uma ciência teórica, mas sim um dos ramos de estudo da
filosofia.
(08) Incorreta. Novamente o erro reside em considerar a metafísica uma ciência, quando na verdade ela
é um caminho para descobrir-se como o ser humano pode conhecer.
(16) Incorreta. A proposta de Kant é estudar o próprio método pelo qual se produz a ciência por meio
da razão, ou seja, pelo qual o homem conhece valendo-se da razão. Não está na proposta do filósofo
criar um sistema científico.
9. b
Segundo Kant, o conhecimento é composto de matéria e forma, logo, para compreendermos as coisas
precisamos organizar esse conhecimento a partir da forma a priori (antes da experiência), espaço e
tempo.
10. a
conhecimento empírico (a partir dos juízos sintéticos a posteriori) e o conhecimento puro (a partir dos
juízos analíticos a priori).
Questão Contexto Racionalismo: Ponto positivo Kant defende que o ponto positivo do racionalismo é o inatismo
compreensão de que existem ideias que já nascem com os homens. Kant diz que por conta do inatismo as
teorias racionalistas possuem um caráter mais universal, uma vez que essas ideias inatas serviriam como
parâmetros para a construção de novas ideias.
Ponto negativo Para Kant conhecer unicamente através do crivo da razão, torna o conhecimento humano
muito limitado.
Empirismo: Ponto positivo Kant defende que o grande ponto positivo do empirismo é o fato dele possibilitar
uma ideia de conhecimento mais amplo.
Ponto negativo Segundo Kant o empirismo não proporciona a compreensão de ideias universais.
F
ís.
Fís.
Professor: Silvio Sartorelli
Monitor: Leonardo Veras
F
ís.
Exercícios de lei de ohm, resistores e
potencial elétrico
09
ago
RESUMO
Corrente Elétrica
A corrente elétrica constitui de fluxo de cargas (elétrons) dentro de um fio condutor. Lembre-se que fluxo
aconteça, é preciso ter uma variação do potencial elétrico entre os terminais ligados, assim, tendo um
circuito elétrico.
Os terminais são divididos entre positivos e negativos. O terminal positivo é o terminal com maior potencial
e o terminal negativo o de menor potencial. Logo, o movimento das cargas se da do terminal negativo para
o terminal positivo, chamamos isso de sentido real da corrente. Mas, na época em que esses conceitos foram
estudados, acreditava-se que eram os prótons que se moviam, então o sentido que foi adotado era do
terminal positivo para o negativo, chamamos isso de sentido convencional da corrente. O convencional será
o sentido que usaremos nas nossas analises.
Resistores
Resistor é um dos elementos que constituem o circuito elétrico. Sua função é a de consumir energia elétrica
do sistema, transformando-a em energia térmica. Chamamos esse efeito de Efeito Joule.
Agora que temos resistência, corrente e diferença de potencial. Podemos estudar as Leis de Ohm.
Primeira Lei de Ohm
Como vimos, ao aplicarmos uma d.d.p U (diferença de potencial), em uma resistência, teremos um fluxo de
elétrons. Ohm notou que ao variando a d.d.p, a corrente elétrica variava proporcionalmente. O coeficiente
de proporcionalidade R recebe o nome de resistência elétrica do resistor, que como o próprio nome diz, é a
resistência fornecida pela passagem da corrente elétrica. Logo, expressamos essa lei da seguinte forma:
Esse coeficiente pode ser determinado pelo gráfico U x i:
F
ís.
Se os resistores obedecem a essa relação, chamamos esses resistores de resistores ôhmicos. Caso não,
chamamos de não-ôhmicos.
Segunda Lei de Ohm
homogêneo de secção transversal constante é proporcional ao seu comprimento e da natureza do material
de sua construção, e é inversamente proporcional à área da sua secção transversal. Em alguns materiais
R= ρ
Sendo: ρ = resistividade (constante do material); l = largura do condutor e A = Área da secção transversal
Potencial Elétrico
Se um gerador fornece uma energia elétrica E, o potencial elétrico pode ser descrito da seguinte forma:
Sendo U = Voltagem [V]; i = corrente [A] e P = potencia [W]
Se utilizarmos a primeira lei dentro da equação acima, encontraremos ouras formas de calcular potência.
EXERCÍCIOS
1. O gráfico abaixo apresenta a medida da variação de potencial em função da corrente que passa em
um circuito elétrico.
Podemos dizer que a resistência elétrica deste circuito é de:
a) 2,0 m
b) 0,2
c) 0,5
d) 2,0 k
e) 0,5 k
2. O chuveiro elétrico é um dispositivo capaz de transformar energia elétrica em energia térmica, o que
possibilita a elevação da temperatura da água. Um chuveiro projetado para funcionar em 110V pode ser
adaptado para funcionar em 220V, de modo a manter inalterada sua potência.
Uma das maneiras de fazer essa adaptação é trocar a resistência do chuveiro por outra, de mesmo
material e com o(a)
a) dobro do comprimento do fio.
b) metade do comprimento do fio.
c) metade da área da seção reta do fio.
d) quádruplo da área da seção reta do fio.
e) quarta parte da área da seção reta do fio.
F
ís.
3. Todo carro possui uma caixa de fusíveis, que são utilizados para proteção dos circuitos elétricos. Os
fusíveis são constituídos de um material de baixo ponto de fusão, como o estanho, por exemplo, e se
fundem quando percorridos por uma corrente elétrica igual ou maior do que aquela que são capazes
de suportar. O quadro a seguir mostra uma série de fusíveis e os valores de corrente por eles
suportados.
Fusível Corrente Elétrica (A)
Azul 1,5
Amarelo 2,5
Laranja 5,0
Preto 7,5
Vermelho 10,0
Um farol usa uma lâmpada de gás halogênio de 55 W de potência que opera com 36 V. Os dois faróis
são ligados separadamente, com um fusível para cada um, mas, após um mau funcionamento, o
motorista passou a conectá-los em paralelo, usando apenas um fusível. Dessa forma, admitindo-se que
a fiação suporte a carga dos dois faróis, o menor valor de fusível adequado para proteção desse novo
circuito é o
a) azul.
b) preto.
c) laranja.
d) amarelo.
e) vermelho.
4. Em um manual de um chuveiro elétrico são encontradas informações sobre algumas características
técnicas, ilustradas no quadro, como a tensão de alimentação, a potência dissipada, o
dimensionamento do disjuntor ou fusível, e a área da seção transversal dos condutores utilizados.
CARACTERÍSTICAS TÉCNICAS
Especificação
Modelo A B
Tensão (V~) 127 220
Potência
(Watt)
Seletor de Temperatura
Multitemperaturas
0 0
2440 2540
4400 4400
5500 6000
Disjuntor ou fusível (Ampere) 50 30
Seção dos condutores 2(mm ) 10 4
Uma pessoa adquiriu um chuveiro do modelo A e, ao ler o manual, verificou que precisava ligá-lo a um
disjuntor de 50 amperes. No entanto, intrigou-se com o fato de que o disjuntor a ser utilizado para uma
correta instalação de um chuveiro do modelo B devia possuir amperagem 40% menor.
Considerando-se os chuveiros de modelos A e B, funcionando à mesma potência de 4 400 W, a razão
entre as suas respectivas resistências elétricas, AR e BR que justifica a diferença de dimensionamento
dos disjuntores, é mais próxima de:
a) 0,3.
b) 0,6.
c) 0,8.
d) 1,7.
e) 3,0.
F
ís.
5. Um fio condutor foi submetido a diversas voltagens em um laboratório. A partir das medidas dessas
voltagens e das correntes que se estabeleceram no condutor, foi possível obter o gráfico a seguir.
O valor da resistência desse condutor é:
a) 32 Ω
b) 0,02 Ω
c) 150 Ω
d) 250 Ω
e) 50 Ω
6. No rio Amazonas, um pescador inexperiente tenta capturar um poraquê segurando a cabeça do peixe
com uma mão e a cauda com a outra. O poraquê é um peixe elétrico, capaz de gerar, entre a cabeça
e a cauda, uma diferença de potencial de até 1500 V. Para esta diferença de potencial, a resistência
elétrica do corpo humano, medida entre as duas mãos, é de aproximadamente 1000 .Ω Em geral, 500
mA de corrente contínua, passando pelo tórax de uma pessoa, são suficientes para provocar fibrilação
ventricular e morte por parada cardiorrespiratória. Usando os valores mencionados acima, calculamos
que a corrente que passa pelo tórax do pescador, com relação à corrente suficiente para provocar
fibrilação ventricular, é:
a) um terço.
b) a metade.
c) igual.
d) o dobro.
e) o triplo.
7. Recentemente foram obtidos os fios de cobre mais finos possíveis, contendo apenas um átomo de
espessura, que podem, futuramente, ser utilizados em microprocessadores. O chamado nanofio,
representado na figura, pode ser aproximado por um pequeno cilindro de comprimento 0,5nm
9(1nm 10 m).−= A seção reta de um átomo de cobre é 20,05nm e a resistividade do cobre é 17 nm.Ω
Um engenheiro precisa estimar se seria possível introduzir esses nanofios nos microprocessadores
atuais.
F
ís.
Um nanofio utilizando as aproximações propostas possui resistência elétrica de
a) 170n .Ω
b) 0,17n .Ω
c) 1,7n .Ω
d) 17n .Ω
e) 170 .Ω
8. Durante um experimento realizado com um condutor que obedece à lei de Ohm, observou-se que o
seu comprimento dobrou, enquanto a área da sua secção transversal foi reduzida à metade. Neste
caso, se as demais condições experimentais permanecerem inalteradas, pode-se afirmar que a
resistência final do condutor, em relação à resistência original, será
a) dividida por 4.
b) quadruplicada.
c) duplicada.
d) dividida por 2.
e) mantida.
9. Observe a tabela seguinte. Ela traz especificações técnicas constantes no manual de instruções
fornecido pelo fabricante de uma torneira elétrica.
Especificações Técnicas
Modelo Torneira
Tensão Nominal (volts) 127 220
Potência
Nominal
(Watts)
(Frio) Desligado
(Morno) 2 800 3 200 2 800 3200
(Quente) 4 500 5 500 4 500 5500
Corrente Nominal (Ampères) 35,4 43,3 20,4 25,0
Fiação Mínima (Até 30m) 6 mm2 10 mm2 4 mm2 4 mm2
Fiação Mínima (Acima 30 m) 10 mm2 16 mm2 6 mm2 6 mm2
Disjuntor (Ampère) 40 50 25 30
Disponível em: http://www.cardeal.com.br.manualprod/Manuais/Torneira%20
Considerando que o modelo de maior potência da versão 220 V da torneira suprema foi
inadvertidamente conectada a uma rede com tensão nominal de 127 V, e que o aparelho está
configurado para trabalhar em sua máxima potência. Qual o valor aproximado da potência ao ligar a
torneira?
a) 1.830 W
b) 2.800 W
c) 3.200 W
d) 4.030 W
e) 5.500 W
F
ís.
10. É possível, com 1 litro de gasolina, usando todo o calor produzido por sua combustão direta, aquecer
200 litros de água de 20 °C a 55 °C. Pode-se efetuar esse mesmo aquecimento por um gerador de
eletricidade, que consome 1 litro de gasolina por hora e fornece 110 V a um resistor de 11 Ù, imerso na
água, durante um certo intervalo de tempo. Todo o calor liberado pelo resistor é transferido à água.
Considerando que o calor específico da água é igual a 4,19 J g-1 °C-1, aproximadamente qual a
quantidade de gasolina consumida para o aquecimento de água obtido pelo gerador, quando
comparado ao obtido a partir da combustão?
a) A quantidade de gasolina consumida é igual para os dois casos.
b) A quantidade de gasolina consumida pelo gerador é duas vezes maior que a consumida na
combustão.
c) A quantidade de gasolina consumida pelo gerador é duas vezes menor que a consumida na
combustão.
d) A quantidade de gasolina consumida pelo gerador é sete vezes maior que a consumida na
combustão.
e) A quantidade de gasolina consumida pelo gerador é sete vezes menor que a consumida na
combustão.
QUESTÃO CONTEXTO
A instalação elétrica de uma casa envolve várias etapas, desde a alocação dos dispositivos, instrumentos e
aparelhos elétricos, até a escolha dos materiais que a compõem, passando pelo dimensionamento da
potência requerida, da fiação necessária, dos eletrodutos*, entre outras.
Para cada aparelho elétrico existe um valor de potência associado. Valores típicos de potências para alguns
aparelhos elétricos são apresentados no quadro seguinte:
Aparelhos Potência (W)
Aparelho de som 120
Chuveiro elétrico 3.000
Ferro elétrico 500
Televisor 200
Geladeira 200
Rádio 50
*Eletrodutos são condutos por onde passa a fiação de uma instalação elétrica, com a finalidade de protegê-
la.
A escolha das lâmpadas é essencial para obtenção de uma boa iluminação. A potência da lâmpada deverá
estar de acordo com o tamanho do cômodo a ser iluminado. O quadro a seguir mostra a relação entre as
áreas dos cômodos (em m2) e as potências das lâmpadas (em W), e foi utilizado como referência para o
primeiro pavimento de uma residência.
Área do
Cômodo (m2)
Potência da Lâmpada (W)
Sala/copa
/cozinha
Quarto, varanda e
corredor banheiro
Até 6,0 60 60 60
6,0 a 7,5 100 100 60
7,5 a 10,5 100 100 100
F
ís.
Obs.: Para efeitos dos cálculos das áreas, as paredes são desconsideradas.
Considerando a planta baixa fornecida, com todos os aparelhos em funcionamento, a potência total, em
watts, será de
a) 4.070.
b) 4.270.
c) 4.320.
d) 4.390.
e) 4.470.
F
ís.
GABARITO
Exercícios 1. d
Primeira Lei de OHM
V R.i 12 Rx6 R 2,0k= → = → =
2. e
Das expressões da potência elétrica e da segunda lei de Ohm:
( ) ( )
( )
2 2 22220
220 110220 110 110
220 110 220 110220 110
220 110 220 110
220 110 220 110
110220 110 220
220 110 RU 220P P P
R R R R 110
L L L L R 4 R 4 4 .
A A A A
(I) A A L 4 L
Se AII L L A
4
ρ ρ
= = = =
= = =
→ = =
→ = =
Nas opções mostradas, somente há a hipótese (II).
3. c
Dados: P = 55 W; U = 36 V.
Calculando a corrente em cada farol:
P = U i i = P 55
U 36= A.
Quando eles são ligados a um mesmo fusível, a corrente é o dobro.
I = 2 i = 255 110
36 36= I = 3,05 A.
Para aguentar essa corrente, o menor valor de fusível deve ser 5 A, ou seja, o laranja.
4. a
Dados: P = 4.400 W; AU = 127 V;
BU = 220 V; AI = 50 A;
BI = 30 A.
Como a potência é a mesma nos dois casos, temos:
( )
2
A2A 2 2 2
A A B A A AA B2
A B B B BBB
B
2A A
B B
UP
R U U R U R 127 P P
R R R U R 220UP
R
R R0,58 0,3.
R R
=
= = = =
=
= =
OBS: sabe-se da eletrodinâmica e do eletromagnetismo que 220
3.127
Isso simplifica bastante os
cálculos envolvendo tensões de 220 V e 127 V, como no caso dessa questão, conforme ilustrado abaixo:
F
ís.
2
A2A 2 2 2
A A B A A AA B2
A B B B BBB
B
2
A A
B B
UP
R U U R U R 127 P P
R R R U R 220UP
R
R R1 1 0,3.
R R 33
=
= = = =
=
= = =
5. e
V 32R 50
i 0,6= =
6. e
Calculando a corrente elétrica:
U 1500i 1,5 A i 1500 mA.
R 1000= = = =
Como a corrente para provocar fibrilação (ifib) é de 500 mA:
fibfib
i 1500 i 3 i .
i 500= =
7. e
Aplicando a 2ª lei de Ohm:
L 17 0,5R R 170 .
A 0,05
ρΩ
= = =
8. b
Sendo a resistividade do material, L o comprimento do condutor e A a área de sua secção
transversal, a segundo lei da Ohm nos dá que a resistência (R) desse condutor é:
LR
A= .
Dobrando o comprimento e reduzindo à metade a área de sua secção transversal, a nova resistência
passa a ser:
2 L LR' 4
A A2
= =
R.
9. a
F
ís.
De acordo com a tabela dada, o modelo de potência máxima para a tensão U = 220 V, tem potência
nominal P = 5.500 W. Supondo que a resistência permaneça constante, a potência de operação para
a tensão = 120 V é .
Assim podemos escrever: 2U
PR
= (I)
2U'P'
R= (II)
Dividindo membro a membro as expressões acima, (II) ÷ (I), vem:
2
2
P' U' R
P R U=
2 2P' U' P' 127
P U 5.500 220
= =
(0,33)
10. d
Dados: massa de água: m = 200 kg; calor específico: c = 4,19 J.g 1.°C 1 = 4.190 J.kg 1.°C 1; variação de
temperatura: T = 55 20 = 35 °C; tempo de aquecimento: t = 1 h = 3.600 s; tensão elétrica: U = 110
V; resistência elétrica: R = 11 .
Calculemos a potência absorvida pela água (P1), quando aquecida pela combustão da gasolina:
= = =
1
1
Q mc T (200)(4.190)(35)P
t t 3.600
P 8.100 W.
Calculemos a potência elétrica (P2) fornecida pelo gerador.
Questão Contexto d
Calculemos, primeiramente, as potências das lâmpadas usadas, obedecendo aos valores da 2ª tabela dada,
e anexemos as duas tabelas.
Cômodo Área (m2) Lâmpada (W)
Cozinha 33 = 9 100
Corredor 30,9 = 2,7 60
Sala 32,8 = 8,4 100
Banheiro 1,52,1 = 2,15 60
Total (1) 320
Aparelhos Potência (W)
Aparelho de som 120
Chuveiro elétrico 3.000
Ferro elétrico 500
Televisor 200
Geladeira 200
Rádio 50
Total (2) 4.070
Somando-se a potência das lâmpadas à dos outros aparelhos [Total (1) + Total (2)], temos:
Ptotal = 320 + 4070 = 4.390 W
F
ís.
Fís.
Professor: Silvio Sartorelli
Monitor: Guilherme Brigagão
F
ís.
Exercícios de Termodinâmica 28
jun
RESUMO
Termodinâmica é parte da Física que estuda as leis que regem as relações entre calor, trabalho e outras
formas de energia, mais especificamente a transformação de um tipo de energia em outra, a
disponibilidade de energia para a realização de trabalho e a direção das trocas de calor.
Para entendermos a Termodinâmica, alguns conceitos têm que estar bem estruturados em nossas cabeças.
São eles:
• Temperatura: grau de agitação das moléculas.
• Calor: troca de energia térmica entre os corpos.
• Energia: capacidade de um corpo em realizar trabalho
Transformações
Na Termodinâmica estudaremos, basicamente, os gases. Os tipos de transformações que os gases podem
sofrer são:
• Isobárica: pressão
• Isovolumétrica ou Isocórica ou Isométrica: volume constante
• Isotérmica: temperatura constante
• Adiabática: transformação sem troca de calor com o meio externo
Trabalho de um gás ideal (W)
Um gás contido num recipiente indeformável com um êmbolo é aquecido. Como as moléculas estarão
mais agitadas, ocorrerá a expansão do gás.
Utilizando a equação do trabalho (W=F.d), a equação da pressão (p=F/A) e a equação de Clapeyron
(PV=nRT), chegamos à seguinte equação para o trabalho em um gás:
Onde p é a pressão do gás (que deve ser constante para este tipo de anális
Note que, para este tipo de estudo do trabalho em um gás, a pressão deve ser constante (transformação
isobárica).
• O gás sofre uma expansão
• O gás sofre uma contração quand
•
F
ís.
Calor
Se o gás recebe calor: Q>0
Se o gás cede calor: Q<0
Se não ocorre troca de calor: Q=0 (transformação adiabática).
OBS.: Nas questões onde aparecer que a transformação foi muito rápida, brusca, instantânea ou algo do
tipo, considerar que a transformação é adiabática.
É soma de todas as energias das moléculas do gás. Está relacionada à agitação das moléculas do gás, ou
seja, relacionado à temperatura do gás.
• Agitação (temperatura) das moléculas aumenta aumenta
• Agitação (temperatura) das moléculas diminui diminui
• Agitação (temperatura) das moléculas não muda ormação isotérmica): energia interna
não muda
Primeira Lei da Termodinâmica
Lei que relaciona a energia interna, quantidade de calor e trabalho de um gás:
Dica: Pense que o calor é como a comida que você ingere para te dar energia e o trabalho é a energia que
você gasta para realizar as tarefas diárias (andar, estudar, trabalhar, etc). A energia interna será o saldo de
energia ao final do dia (por exemplo, a gordura, no caso de a quantidade de energia da alimentação ser
maior que a energia gasta ao durante o dia).
A Segunda Lei da Termodinâmica, estudo sobre as Máquinas Térmicas, terá um resumo próprio. Fique
ligado!
EXERCÍCIOS
1. Considere as afirmações:
I. Calor e trabalho são formas de transferência de energia entre corpos.
II. Calor é medido necessariamente em calorias, enquanto trabalho é somente medido em joules.
III. Dez calorias valem aproximadamente 42 joules.
Pode-se afirmar que apenas:
a) I é correta.
b) II é correta.
c) III é correta.
d) I e II são corretas.
e) I e III são corretas.
2. Um sistema gasoso ideal sofre uma transformação isobárica de pressão igual a 5x104 N/m2. Seu volume
evolui de 3 L para 6 L. Determine o trabalho trocado com o meio externo. Dado: 1 L = 1 dm3 = 10 3 m3
3. Um gás perfeito sofre a transformação ABC indicada no diagrama pressão (p) x volume (V) a seguir:
Determine o trabalho do sistema nas transformações:
a) A para B;
b) B para C;
c) ABC
F
ís.
4. A transformação cíclica representada no diagrama a seguir mostra o que ocorreu com uma massa de
gás perfeito.
Qual o trabalho realizado por esse gás em cada ciclo? Dê a resposta em joules.
5. Analise as afirmativas a seguir:
(01) Um gás somente pode ser aquecido se receber calor.
(02) Pode-se aquecer um gás realizando-se trabalho sobre ele.
(04) Para esfriar um gás, devemos necessariamente retirar calor dele.
(08) Um gás pode receber calor do meio externo e sua temperatura permanecer constante.
(16) Numa transformação adiabática de um gás, sua temperatura pode diminuir.
Dê como resposta a soma dos números associados às afirmações corretas.
6. Um gás ideal monoatômico expandiu-se, realizando um trabalho sobre a vizinhança igual, em módulo,
à quantidade de calor absorvida por ele durante a expansão. Sabendo-se que a energia interna de um
gás ideal é proporcional a sua temperatura absoluta, pode-se afirmar que, na transformação relatada
acima, a temperatura absoluta do gás:
a) necessariamente aumentou;
b) necessariamente permaneceu constante;
c) necessariamente diminuiu;
d) aumentou ou permaneceu constante;
e) diminuiu ou permaneceu constante.
7. Um sistema termodinâmico, constituído por um gás perfeito, troca 400 cal de calor com o meio
externo. Determine a variação de energia interna do sistema, em cada um dos casos:
a) aquecimento isocórico;
b) resfriamento isométrico;
c) expansão isotérmica.
8. Um sistema gasoso ideal, ao receber 293 cal, evolui do estado A para o estado D, conforme o gráfico:
Determine:
a) o trabalho do gás em cada transformação: AB, BC e CD;
b) a variação da energia interna na transformação ABCD;
c) a temperatura do gás no ponto D, sabendo que no ponto C era de 3 °C.
Dado: 1 cal = 4,18 J
F
ís.
9. Um sistema termodinâmico, constituído de certa massa de gás perfeito, realiza a cada segundo 100
ciclos ABCDA. O diagrama a seguir mostra a evolução de um ciclo ABCDA.
Qual a potência desse sistema? Dê a resposta na unidade watt.
10. Um mol de x volume da
figura:
a) Qual é a temperatura do gás no estado A?
c) Qual é a temperatura do gás no estado C?
Dados: R (constante dos gases) = 0,082 atm.L/mol.K ou R = 8,3 J/mol.K
QUESTÃO CONTEXTO
Uma geladeira retira, por segundo, 1 000 kcal do congelador, enviando para o ambiente 1 200 kcal. Considere
1 kcal = 4,2 kJ. Qual a potência do compressor da geladeira?
F
ís.
GABARITO
Exercícios
1. e
I Correta. Calor é energia térmica em trânsito. Trabalho é energia mecânica em trânsito.
II Incorreta. Tanto calor como trabalho podem ser expressos em calorias ou joules.
III Correta. 1 cal 4,18 J. Assim: 10 cal 42 J
2. 3,0J
Pela 1ª Lei da Termodinâmica:
3. a) 1200 J; b) zero; c) 1200 J
4. 2,5x103 J
5. 26
(01) Incorreta. Um gás pode ser aquecido recebendo energia em forma de calor ou de trabalho.
(02) Correta.
(04) Incorreta. Basta o gás realizar trabalho, que sua energia interna diminuirá.
(08) Correta. Se um gás realizar trabalho equivalente à energia térmica recebida, sua temperatura
permanecerá constante.
(16) Correta. Na expansão adiabática, o gás realiza trabalho (volume aumenta), não troca calor com o
meio e sua temperatura diminui (a energia interna diminui).
F
ís.
6. b
1ª Lei da Termodinâmica: Q = τ
Se: Q = τ
Se não há variação de energia interna, a temperatura do gás manteve-se constante.
7. a) 400 cal; b) 400 cal; c) Zero
8. a) Zero, 300 J, 250 J; b) 675 J; c) 27 °C
F
ís.
9. 20 W
10. a) 293 K; b) 6,0 · 10² J; c) 293 K
Questão Contexto 840W
O trabalho realizado pelo compressor é dado por:
τ = 1200 1000 (kcal)
τ = 200 kal = 840 kJ
Como esse trabalho foi realizado em 1 segundo, temos:
Pot = τ/ (840 kJ)/(1 s)
Pot = 840 kW
F
ís.
Fís.
Professor: Leonardo Gomes
Monitor: Arthur Vieira
F
ís.
Lei de Ohm, resistores e potência
elétrica
12
set
RESUMO
Luminárias, sistemas de som, aparelhos de micro-ondas, computadores e celulares são alguns dos
dispositivos importantes do nosso dia a dia. Eles são conectados por fios ou por circuito interno a uma bateria
ou a uma rede elétrica. O que acontece dentro do fio que faz com que a luz acenda? E por que isso ocorre?
importante, como nós sabemos o que ocorre? Simplesmente olhar para um fio ligado entre uma bateria e
uma lâmpada de filamento não nos diz se alguma coisa se move ou flui. Tanto quanto podemos observar
recordar acerca da corrente elétrica. Queremos entender o que é que se move através de um fio portador
de corrente, e por quê.
Mas, antes, para poder solucionar problemas de circuito é necessário conhecer as definições essenciais, as
grandezas envolvidas e suas unidades.
Corrente elétrica Uma corrente elétrica é um movimento ordenado de cargas elétricas. Um circuito condutor isolado, como
na Fig. 1a, está todo a um mesmo potencial e E = 0 no seu interior. Nenhuma força elétrica resultante atua
sobre os elétrons de condução disponíveis, logo não há nenhuma corrente elétrica. A inserção de uma bateria
no circuito (Fig. 1b) gera um campo elétrico dentro do condutor. Este campo faz com que as cargas elétricas
se movam ordenadamente, constituindo assim uma corrente elétrica.
Definição: a intens
Unidade: C/s = A (ampère).
F
ís.
Um fluxo de elétrons (cargas negativas) indo para direita equivale a um fluxo de cargas positivas inda para a esquerda.
A corrente elétrica corresponde ao fluxo de elétrons. Os elétrons vão para o polo positivo de um gerador
(pilha ou bateria)
Corrente elétrica e conservação de carga a) Correntes, apesar de serem representadas por setas, são escalares.
b) Em consequência da conservação da carga, temos:
Essa relação básica de conservação de que a soma das correntes que entram em um nó deve ser igual à
soma das correntes que saem do mesmo nó é chamada de lei de Kirchhoff dos nós.
c) O sentido convencional da corrente é o sentido no qual se moveriam os portadores de carga positiva,
mesmo que os verdadeiros portadores de carga sejam negativos.
Observe como fica isso num circuito fechado:
Obs.: Corrente contínua: os elétrons vão em um único sentido. Corrente alternada: corresponde a uma
corrente que oscila, mudando de sentido com um dado período.
F
ís.
Resistividade e resistência
não influencia o circuito. Um fio real oferece resistência à passagem da corrente, já que há colisões
constantes entre os elétrons e os átomos que compõem o material do fio, gerando calor. Esse processo em
que a corrente elétrica gera calor é chamado de efeito Joule (energia elétrica se transformando em energia
térmica). Na prática, um material cuja função é oferecer uma resistência específica em um circuito é chamado
de resistor (veja figura abaixo) e seu símbolo em circuitos é:
Em um condutor cilíndrico como num fio, a resistência depende da área A da seção transversal, do
comprimento L e de um parâmetro ρ (resistividade) característico de cada material:
Unidades
Grandeza Unidade (S.I.)
Resistência (ohm)
Área m2
Comprimento m
Resistividade .m
A resistência de um fio ou de um condutor aumenta à medida que seu comprimento aumenta. Isto parece
plausível, pois deve ser mais difícil empurrar elétrons através de um fio longo do que através de um fio mais
curto. Diminuir a área da secção transversal também aumenta a resistência. De novo, isso parece plausível
porque o mesmo campo elétrico pode empurrar mais elétrons em um fio largo do que em um fio fino.
NOTA: É importante saber distinguir entre resistividade e resistência. A resistividade descreve apenas o
material, e não, qualquer pedaço particular do mesmo. A resistência caracteriza um pedaço específico do
condutor, dotada de uma geometria específica. A relação entre a resistividade e a resistência é análoga
àquela entre a densidade e a massa.
A tensão elétrica ou voltagem (U) é a energia fornecida por unidade de carga. Esta voltagem, chamada de
diferença de potencial (ddp) elétrico, é que fornece energia a cada elétron, obedecendo a seguinte relação,
conhecida como Lei de Ohm:
A despeito do seu nome, a lei de Ohm não é uma lei da natureza. Sua validade é limitada aos materiais cuja
resistência R permanece constante ou muito próximo disso durante o uso. Materiais para os quais a lei de
Ohm é válida são chamados de ôhmicos.
F
ís.
A figura (a) mostra que a corrente através de um material ôhmico é diretamente proporcional à diferença de
potencial aplicada. Dobrar a diferença de potencial dobrará a corrente. Metais e outros condutores são
materiais ôhmicos.
Alguns materiais e dispositivos são não-ôhmicos, o que significa que a corrente através do mesmo não é
diretamente proporcional à diferença de potencial aplicada. Por exemplo, a figura (b) mostra o gráfico I
versus U para um dispositivo semicondutor comumente usado chamado de diodo. Os diodos não possuem
uma resistência constante.
Energia Elétrica
O gasto da energia elétrica está associada à potência dos aparelhos e ao tempo em que estes ficam ligados.
A potência é a razão entre a energia e o intervalo de tempo.
A conta de luz é medida em kWh (quilowatt-hora) e representa a potência (kW) e o tempo de funcionamento
do aparelho (hora).
1 kWh = 1000 Wh = 1000 (J/s) x 3600 s = 3,6 x 106 J
Um kWh é equivalente a 3,6x106 J
Um relógio de luz residencial é o responsável pela cobrança de sua conta de luz. Ele registra a utilização da
energia elétrica de uma casa.
Você pode facilmente medir o valor indicado pelo relógio.
O relógio de luz possui esta configuração.
Este desenho pode ser encontrado nas contas residenciais. Relógios mais modernos possuem
contadores/mostradores com números sequenciais e apresentam leituras maiores do que 5 dígitos. Relógios
mais antigos possuem apenas 4 mostradores e precisam de um fator multiplicativo de 10.
Os valores devem ser lidos sempre pelo menor número onde está situado o ponteiro.
No exemplo acima o relógio marca: 1587.
F
ís.
Potência
A potência resulta do produto da diferença de potencial (U) pela corrente elétrica (i).
Assim, Pot = Ui.
Pela Lei de Ohm, U = R i. Temos então que
EXERCÍCIOS
1. Dependendo da intensidade da corrente elétrica que atravesse o corpo humano, é possível sentir vários
efeitos, como dores, contrações musculares, parada respiratória, entre outros, que podem ser fatais.
Suponha que uma corrente de 0,1A atravesse o corpo de uma pessoa durante 2,0 minutos. Qual o
número de elétrons que atravessa esse corpo, sabendo que o valor da carga elementar do elétron é
191,6 10 C.−
a) 181,2 10
b) 201,9 10
c) 197,5 10
d) 193,7 10
e) 193,2 10
2. Há alguns anos a iluminação residencial era predominantemente feita por meio de lâmpadas
incandescentes. Atualmente, dando-se atenção à política de preservação de bens naturais, estas
lâmpadas estão sendo trocadas por outros tipos de lâmpadas muito mais econômicas, como as
fluorescentes compactas e de LED.
Numa residência usavam-se 10 lâmpadas incandescentes de 100 W que ficavam ligadas em média 5
horas por dia. Estas lâmpadas foram substituídas por 10 lâmpadas fluorescentes compactas que
consomem 20 W cada uma e também ficam ligadas em média 5 horas por dia.
Adotando o valor R$ 0,40 para o preço do quilowatt-hora, a economia que esta troca proporciona em
um mês de trinta dias é de
a) R$ 18,00.
b) R$ 48,00.
c) R$ 60,00.
d) R$ 120,00.
e) R$ 248,00.
3. Na bateria de um telefone celular e em seu carregador, estão registradas as seguintes especificações:
F
ís.
Com a bateria sendo carregada em uma rede de 127 V, a potência máxima que o carregador pode
fornecer e a carga máxima que pode ser armazenada na bateria são, respectivamente, próximas de
Note e adote:
- AC : corrente alternada;
- DC : corrente contínua.
a) 25,4 W e 5.940 C.
b) 25,4 W e 4,8 C.
c) 6,5 W e 21.960 C.
d) 6,5 W e 5.940 C.
4. Tecnologias móveis como celulares e tablets têm tempo de autonomia limitado pela carga armazenada
em suas baterias. O gráfico abaixo apresenta, de forma simplificada, a corrente de recarga de uma
célula de bateria de íon de lítio, em função do tempo.
Considere uma célula de bateria inicialmente descarregada e que é carregada seguindo essa curva de
corrente. A sua carga no final da recarga é de
a) 3,3 C.
b) 11.880 C.
c) 1.200 C.
d) 3.300 C.
5. Recentemente foram obtidos os fios de cobre mais finos possíveis, contendo apenas um átomo de
espessura, que podem, futuramente, ser utilizados em microprocessadores. O chamado nanofio,
representado na figura, pode ser aproximado por um pequeno cilindro de comprimento 0,5nm
9(1nm 10 m).−= A seção reta de um átomo de cobre é 20,05nm e a resistividade do cobre é 17 nm.Ω
Um engenheiro precisa estimar se seria possível introduzir esses nanofios nos microprocessadores
atuais.
Um nanofio utilizando as aproximações propostas possui resistência elétrica de a) 170n .Ω
b) 0,17n .Ω
c) 1,7n .Ω
d) 17n .Ω e) 170 .Ω
F
ís.
6. Dispositivos eletrônicos que utilizam materiais de baixo custo, como polímeros semicondutores, têm
sido desenvolvidos para monitorar a concentração de amônia (gás tóxico e incolor) em granjas
avícolas. A polianilina é um polímero semicondutor que tem o valor de sua resistência elétrica nominal
quadruplicado quando exposta a altas concentrações de amônia. Na ausência de amônia, a polianilina
se comporta como um resistor ôhmico e a sua resposta elétrica é mostrada no gráfico.
O valor da resistência elétrica da polianilina na presença de altas concentrações de amônia, em ohm,
é igual a
a) 00,5 10 .
b) 00,2 10 .
c) 52,5 10 .
d) 55,0 10 .
e) 62,0 10 .
7. Um resistor ôhmico foi ligado a uma fonte de tensão variável, como mostra a figura.
F
ís.
Suponha que a temperatura do resistor não se altere significativamente com a potência dissipada, de
modo que sua resistência não varie. Ao se construir o gráfico da potência dissipada pelo resistor em
função da diferença de potencial U aplicada a seus terminais, obteve-se a curva representada em:
a)
b)
c)
d)
e)
8. O mostrador digital de um amperímetro fornece indicação de 0,40 A em um circuito elétrico simples
contendo uma fonte de força eletromotriz ideal e um resistor ôhmico de resistência elétrica 10 .Ω Se for colocado no circuito um outro resistor, de mesmas características, em série com o primeiro, a
nova potência elétrica dissipada no circuito será, em watts,
a) 0,64.
b) 0,32.
c) 0,50.
d) 0,20.
e) 0,80.
9. O gráfico abaixo indica o comportamento da corrente elétrica em função do tempo em um condutor.
F
ís.
A carga elétrica, em coulombs, que passa por uma seção transversal desse condutor em 15 s é igual
a:
a) 450
b) 600
c) 750
d) 900
10. TEXTO PARA A PRÓXIMA QUESTÃO: Quando necessário, adote:
módulo da aceleração da gravidade: 210 m s−
calor latente de vaporização da água: 1540 cal g−
calor específico da água: 1 11,0 cal g C− −
densidade da água: 31g cm−
constante universal dos gases ideais: 1 1R 8,0 J mol K− −=
massa específica do ar: 3 31,225 10 g cm− −
massa específica da água do mar: 31,025 g cm−
1cal 4,0 J=
Determine o volume de água, em litros, que deve ser colocado em um recipiente de paredes
adiabáticas, onde está instalado um fio condutor de cobre, com área de secção reta de 20,138 mm e
comprimento 32,1m, enrolado em forma de bobina, ao qual será ligada uma fonte de tensão igual a
40 V, para que uma variação de temperatura da água de 20 K seja obtida em apenas 5 minutos.
Considere que toda a energia térmica dissipada pelo fio, após sua ligação com a fonte, será
integralmente absorvida pela água. Desconsidere qualquer tipo de perda.
Dado: resistividade elétrica do cobre 81,72 10 mΩ−=
a) 0,50
b) 1,00
c) 1,25
d) 1,50
11. As lâmpadas de LED (Light Emissor Diode) estão substituindo progressivamente as lâmpadas
fluorescentes e representam um avanço tecnológico nas formas de conversão de energia elétrica em
luz. A tabela, a seguir, compara as características dessas lâmpadas.
Características Fluorescente LED
Potência média (W) 9 8
Tempo médio de duração (horas) 6000 25000
Tensão nominal (Volts) 110 220
Fluxo luminoso (lm) 490 450
Com relação à eficácia luminosa, que representa a relação entre o fluxo luminoso e a potência do
dispositivo, Lumen por Watt (lm/W), considere as afirmativas a seguir.
I. A troca da lâmpada fluorescente pela de LED ocasionará economia de 80% de energia.
F
ís.
II. A eficácia luminosa da lâmpada de LED é de 56,25 lm/W.
III. A razão entre as correntes elétricas que passam pela lâmpada fluorescente e pela lâmpada de LED,
nessa ordem, é de 2,25.
IV. O consumo de energia elétrica de uma lâmpada de LED durante o seu tempo médio de duração é
de 200 kWh.
Assinale a alternativa correta.
a) Somente as afirmativas I e II são corretas.
b) Somente as afirmativas I e IV são corretas.
c) Somente as afirmativas III e IV são corretas.
d) Somente as afirmativas I, II e III são corretas.
e) Somente as afirmativas II, III e IV são corretas.
12. Suponha um fio cilíndrico de comprimento L, resistividade 1ρ e raio da seção transversal circular R. Um
engenheiro eletricista, na tentativa de criar um fio cilíndrico menor em dimensões físicas, mas com
mesma resistência, muda o comprimento do fio para L/2, o raio da seção transversal circular para R/3
e a resistividade do material de que é feito o fio para 2.ρ Dessa forma, a razão entre 2ρ e 1,ρ para que
as resistências do segundo e do primeiro fio sejam iguais, deve ser de a) 1/9.
b) 2/3.
c) 2/9.
d) 5/3.
e) 7/9.
QUESTÃO CONTEXTO
Uma pessoa deixou um aquecedor elétrico portátil (ebulidor) dentro de um recipiente com dois litros de
água que estavam inicialmente à temperatura de 20 C. O aquecedor é composto por um único resistor que
opera em uma tensão de 110 V. A pessoa voltou após um intervalo de tempo de 20 minutos e verificou que
40% da água já havia evaporado do recipiente. Considere que toda a energia fornecida pelo aquecedor é
absorvida pela água e que toda a evaporação é somente devido à ação do ebulidor, ou seja, não houve
nenhuma evaporação espontânea da água para o meio ambiente. Despreze também a capacidade térmica
do recipiente e do aquecedor.
Dados:
calor específico da água 1,0cal g C;=
calor latente de vaporização da água 540cal g;=
densidade absoluta da água 1,0kg L;=
1cal 4,2 J;=
temperatura de ebulição da água 100 C.=
A partir de tais informações, assinale a alternativa CORRETA.
a) O calor latente consumido no processo de evaporação é igual a 61,08 10 cal.
b) A quantidade de calor total absorvida pela água foi inferior a 62,0 10 J.
c) A potência fornecida pelo aquecedor é de 1.000 W.
d) A resistência do aquecedor é superior a 5,00 .Ω
e) A corrente elétrica consumida pelo aquecedor é igual a 10 A.
GABARITO
F
ís.
Exercícios
1. c
A carga elétrica é dada pelo produto da corrente elétrica pelo tempo, de acordo com a equação:
Q i tΔ=
Mas também a carga elétrica pode ser calculada pelo total de elétrons que circulou multiplicado pela
carga elementar 19e 1,6 10 C,−= portanto:
Q n e=
Igualando as duas equações, podemos calcular o número de elétrons para uma determinada corrente e
um dado tempo em segundos.
19
19
60 s0,1 A 2 min
i t 1minn e i t n n n 7,5 10 elétrons
e 1,6 10 C
ΔΔ
−
= = = =
2. b
Antes da troca
P 10 100 P 1.000 W
E P t E 1.000 5 30 E 150.000 Wh E 150 kWhΔ
= =
= = = =
Depois da troca
P 10 20 P 200 W
E P t E 200 5 30 E 30.000 Wh E 30 kWhΔ
= =
= = = =
Logo a economia foi de 120 kWh
1kWh R$ 0,40
120 kWh x
x 0,4 120 x 48 reais
→
→
= =
3. d
Na saída do carregador têm-se:
U 5 V; i 1,3 A.= =
A potência máxima que o carregador pode fornecer é:
máx máxP Ui 5 1,3 P 6,5 W.= = =
A carga máxima da bateria é:
( ) ( )3 3máx máx
máx
Q 1.650mAh 1.650 10 A 3,6 10 s Q 5.940 A s
Q 5.940 C.
−= = =
=
4. b
A carga final é numericamente igual a área do trapézio, destacada na figura.
F
ís.
( ) ( )3 34 1,5Q A 1200 3.300 mAh 3.300 10 A 3,6 10 s 11.880As
2
Q 11.880 C.
−+= = = = =
=
5. e
Aplicando a 2ª lei de Ohm:
L 17 0,5R R 170 .
A 0,05
ρΩ
= = =
6. e
Escolhendo o ponto (1, 2) do gráfico, temos:
6
6
U 1r r 0,5 10
i 2 10Ω
−= = =
Como a resistência quadruplica nas condições dadas, obtemos:
6
6
R 4r 4 0,5 10
R 2 10 Ω
= =
=
7. c
Expressão que relaciona a potência elétrica dissipada pelo resistor de resistência constante com a d.d.p.
U :
2
otU
PR
=
De acordo com a expressão acima, percebemos que a potência é diretamente proporcional ao quadrado
da diferença de potencial, devendo seu gráfico (a partir do instante inicial) ser equivalente ao de uma
parábola de concavidade positiva. Sendo assim, a alternativa [C] é a única que representa corretamente
esta relação.
8. e
Para o circuito inicialmente proposto, temos que:
U R i
U 10 0,4
U 4 V
=
=
=
Inserindo outro resistor no circuito, de mesmas características que o primeiro, em série, teremos que a
resistência total do circuito passará a ser de 20 .Ω Assim,
F
ís.
e qU R i'
4i '
20
i ' 0,2 A
=
=
=
Desta forma, a potência total dissipada pelo circuito será de:
P i U
P 0,2 4
P 0,8 W
=
=
=
9. a
A carga elétrica em módulo que atravessa uma seção transversal do condutor é representada pela área
sob a reta, isto é, a área entre o gráfico e o eixo do tempo no intervalo citado.
15 60Q área Q Q 450 C
2
= = =
10. d
Dados:
área da secção transversal do fio: 2 6 2A 0,138 mm 0,138 10 m ;−= =
comprimento do fio: L 32,1m;=
tensão elétrica: U 40V;=
calor específico da água: 1 1 1 1c 1,0 cal g C 4J g C ;− − − −= =
densidade da água: 3 11g cm 1.000g L ;μ − −= =
variação da temperatura da água: 20 K 20 C;Δθ = =
resistividade elétrica do cobre: 81,72 10 m.ρ Ω−=
Combinando a expressões envolvidas:
2
2 2 6 3
8 5
UP
R
LU A t 40 0,138 10 300 66 10R
m m m 1.500 g.Ac L 4 20 1,72 10 32,1 4,4 10
QP
t
Q mc
ρΔ
Δθ ρ
Δ
Δθ
− −
− −
=
== = = =
= =
O volume correspondente é:
m 1.500V V 1,5 L.
1.000μ= = =
F
ís.
11. e
I. Incorreta. O consumo de energia está relacionado à potência ( E P t). = A relação entre as
potências é: led
flu
P 80,89 89%.
P 9= = A troca ocasionará uma economia de 11%.
II. Correta. Sendo e a eficácia luminosa, temos: led450
e 56,25 lm / W.8
= =
III. Correta. flu
flu
ledled
9 9i
iP 9 220 18110 110P U i i 2,25.88U i 110 8 8
i220220
=
= = = = = = =
IV. Correta. ( )E P t 8 25.000 200.000 W h 200 kW h.Δ Δ= = = =
12. c
As resistências dos dois fios devem ser iguais. Então, aplicando a 2ª lei de Ohm:
( )
2 1 2 1 12 2 2 2
2
L L 9 L 9 L 22 .9R 2 R RR
3
ρ ρ ρ ρ ρ
ρπ π ππ
= = =
Questão Contexto
d
[A] Falsa. Cálculo da massa de água evaporada:
evm 2000 g 40% 800 g= =
Assim, o calor latente para essa massa de água evaporada é:
5lat ev v latQ m L 800 g 540 cal g Q 4,32 10 cal= = =
[B] Falsa. O calor total corresponde à soma do calor latente e o calor sensível. Nos falta o cálculo do calor
sensível:
( )s sQ m c T 800 g 1cal g C 100 20 C Q 64000 calΔ= = − =
O calor total será:
5tot s lat totQ Q Q 64000 cal 432000 cal Q 4,96 10 cal= + = + =
Transformando para joules:
5totQ 4,96 10 cal=
4,18 J
1 cal 62,0832 10 J=
[C] Falsa. A potência é dada por:
totQP
t=
Assim:
62,0832 10 JP
20 min
=
60 s
1 min
P 1736 W =
[D] Verdadeira. Com a expressão da potência elétrica em função da resistência elétrica e a tensão, temos:
2 2U UP R
R P= =
F
ís.
Substituindo os valores e calculando:
( )22 110 VU
R R R 6,97P 1736 W
Ω= = =
[E] Falsa. Usando a primeira lei de Ohm e isolando a intensidade da corrente elétrica:
U 110 Vi i i 15,78 A
R 6,97 Ω= = =
F
ís.
Fís.
Professor: Leonardo Gomes
Monitor: João Carlos
F
ís.
Termodinâmica 12
set
RESUMO
Termodinâmica é parte da Física que estuda as leis que regem as relações entre calor, trabalho e outras formas
de energia, mais especificamente a transformação de um tipo de energia em outra, a disponibilidade de
energia para a realização de trabalho e a direção das trocas de calor.
Para entendermos a Termodinâmica, alguns conceitos têm que estar bem estruturados em nossas cabeças.
São eles:
• Temperatura: grau de agitação das moléculas.
• Calor: troca de energia térmica entre os corpos.
• Energia: capacidade de um corpo em realizar trabalho
Transformações:
Na Termodinâmica estudaremos, basicamente, os gases. Os tipos de transformações que os gases podem
sofrer são:
• Isobárica: pressão
• Isovolumétrica ou Isocórica: volume constante
• Isotérmica: temperatura constante
• Adiabática: transformação sem troca de calor com o meio externo
Trabalho de um gás ideal (W):
Um gás contido num recipiente indeformável com um êmbolo é aquecido. Como as moléculas estarão mais
agitadas, ocorrerá a expansão do gás.
Utilizando a equação do trabalho (W = F.d), a equação da pressão (p = F/A) e a equação de Clapeyron (PV =
nRT), chegamos à seguinte equação para o trabalho em um gás:
𝑊 = 𝑝𝐴𝑑 → 𝑊 = 𝑝∆𝑉
F
ís.
variação do volume do
Note que, para este tipo de estudo do trabalho em um gás, a pressão deve ser constante (transformação
isobárica).
• O gás sofre uma expansão
• O gás sofre uma contração quando W<0 e, obr
•
Calor:
Se o gás recebe calor: Q>0
Se o gás cede calor: Q<0
Se não ocorre troca de calor: Q=0 (transformação adiabática).
OBS.: Nas questões onde aparecer que a transformação foi muito rápida, brusca, instantânea ou algo do tipo,
considerar que a transformação é adiabática.
:
É soma de todas as energias das moléculas do gás. Está relacionada à agitação das moléculas do gás, ou seja,
relacionado à temperatura do gás.
• Agitação (temperatura) das moléculas aumenta aumenta
• Agitação (temperatura) das moléculas diminui diminui
• Agitação (temperatura) das moléculas não muda
não muda
Primeira Lei da Termodinâmica:
Lei que relaciona a energia interna, quantidade de calor e trabalho de um gás:
Dica: Pense que o calor é como a comida que você ingere para te dar energia e o trabalho é a energia que
você gasta para realizar as tarefas diárias (andar, estudar, trabalhar, etc). A energia interna será o saldo de
energia ao final do dia (por exemplo, a gordura, no caso de a quantidade de energia da alimentação ser maior
que a energia gasta ao durante o dia).
Máquinas Térmicas
Máquinas térmicas são dispositivos usados para converter energia térmica em energia mecânica.
(B), ou seja, a temperatura de A é maior que a
de B: TA>TB. Então, coloca-se uma máquina térmica entre elas. Um fluido operante por vezes chamado
fluido de trabalho
quente, passa pelo dispositivo intermediário, que utiliza parte dessa energia na realização do trabalho, o
restante dessa energia vai para a fonte fria.
Podemos chamar a quantidade de calor que chega à máquina térmica, vinda da fonte quente, de QA, e a
quantidade de calor que é transmitida pela máquina térmica à fonte fria B de QB. Assim, o trabalho realizado
pela máquina térmica, por conservação de energia, pode ser escrito como:
τ
2ª Lei da Termodinâmica:
Antes de enunciarmos a 2ª Lei da Termodinâmica, vamos definir o conceito de rendimento. Rendimento de
uma máquina térmica nada mais é do que a fração de calor recebido da fonte quente que é usada para a
realização de trabalho, assim:
ϵτ
| || |
| |
| |
| |
| |
F
ís.
Portanto:
ϵ| |
| |
Note que, para ter rendimento de 100% (ϵ=1), o valor de QB deveria ser zero. No entanto, isso é impossível,
pois a quantidade de calor QA sai de A devido à existência da fonte fria.
Enunciado de Kelvin-Planck:
Se levarmos em consideração o fato de a energia térmica fluir da fonte quente para a fonte fria, podemos
enunciar a 2ª Lei da Termodinâmica da seguinte forma:
Enunciado de Clausius:
Disso, concluímos que o calor só pode passar de um sistema de menor temperatura para outro de maior
temperatura se um agente externo realizar um trabalho sobre esse sistema que é o que acontece em
máquinas frigoríficas e condicionadores de ar.
O ciclo de Carnot
Antes mesmo de a 1ª Lei da Termodinâmica ser enunciada, Leonard Sadi Carnot criou dois postulados
referentes a uma máquina térmica ideal. São eles:
1° Postulado de Carnot:
imento maior que a máquina
2° Postulado de Carnot:
Esses postulados garantem que o rendimento de uma máquina térmica é função das temperaturas das fontes
frias e quentes.
Para o caso em que o fluido operante é um gás ideal, o ciclo de Carnot é composto por duas transformações
isotérmicas e por duas transformações adiabáticas, alternadas. Desse modo, podemos desenhar o seguinte
gráfico, da pressão em função do volume:
F
ís.
No ciclo de Carnot, podemos escrever:
| |
| |
Assim, o rendimento é dado por:
ϵ
Se o rendimento fosse de 100%, teríamos ϵ=1 e TB=0. Mas isso contraria a 2ª Lei, o que nos leva a concluir que
nenhum sistema físico pode estar no zero absoluto, segundo a Termodinâmica clássica.
rendimen
Entropia:
Em termodinâmica, entropia é a medida de desordem das partículas em um sistema físico. Utiliza-se a
letra S para representar esta grandeza.
Comparando este conceito ao cotidiano, podemos pensar que, uma pessoa ao iniciar uma atividade tem
seus objetos organizados, e a medida que ela vai os utilizando e desenvolvendo suas atividades, seus
objetos tendem a ficar cada vez mais desorganizados.
Voltando ao contexto das partículas, como sabemos, ao sofrem mudança de temperatura, os corpos
alteram o estado de agitação de suas moléculas. Então ao considerarmos esta agitação como a desordem
do sistema, podemos concluir que:
• quando um sistema recebe calor Q>0, sua entropia aumenta;
• quando um sistema cede calor Q<0, sua entropia diminui;
• se o sistema não troca calor Q=0, sua entropia permanece constante.
Segundo Rudolf Clausius, que utilizou a ideia de entropia pela primeira vez em 1865, para o estudo da
entropia como grandeza física é mais útil conhecer sua variação do que seu valor absoluto. Assim, Clausis
definiu que a variação de entropia
Para processos onde as temperaturas absolutas (T) são constantes.
Para o caso onde a temperatura absoluta se altera durante este processo, o cálculo da variação de entropia
envolve cálculo integral, sendo que isso pertence ao ensino universitário.
F
ís.
EXERCÍCIOS
1. Um gás perfeito, que tem um volume de 12,0 , encontra-se no interior de um frasco sob pressão de
3,00 atm e com temperatura de 200 K. Inicialmente, o gás sofre uma transformação isotérmica, de tal
forma que sua pressão passa a ser de 9,00 atm, a seguir, o gás sofre uma transformação segundo a lei
de Gay-Lussac, atingindo uma temperatura de 500 K. Os volumes, após as duas transformações,
respectivamente, são iguais a
a) 10,0 e 4,00 .
b) 4,00 e 2,00 .
c) 10,0 e 2,00 .
d) 2,00 e 4,00 .
e) 4,00 e 10,0 .
2. Utilizados em diversas áreas de pesquisa, balões estratosféricos são lançados com seu invólucro
impermeável parcialmente cheio de gás, para que possam suportar grande expansão à medida que se
elevam na atmosfera.
Um balão, lançado ao nível do mar, contém gás hélio à temperatura de 27 C, ocupando um volume
inicial iV . O balão sobe e atinge uma altitude superior a 35 km, onde a pressão do ar é 0,005 vezes a
pressão ao nível do mar e a temperatura é 23 C.−
Considerando que o gás hélio se comporte como um gás ideal, qual é, aproximadamente, a razão
f iV V , entre os volumes final fV e inicial iV ?
a) 426. b) 240. c) 234. d) 167. e) 17.
3.
A figura acima representa duas isotérmicas em que certa massa gasosa, inicialmente no estado A, sofre
uma transformação atingindo o estado B, que por sua vez sofre uma transformação, atingindo o estado
C. A temperatura AT e o volume AV são iguais a
a) 200 K e 5 .
b) 300 K e 2 .
c) 400 K e 4 .
d) 500 K e 2 .
e) 500 K e 4 .
F
ís.
4. Ao ser admitido no interior da câmara de combustão do motor de uma motocicleta, o vapor de etanol
chega a ocupar o volume de 3120 cm sob pressão de 1,0 atm e temperatura de 127 C. Após o tempo
de admissão, o pistão sobe, o volume ocupado por essa mistura diminui para 320 cm , e a pressão
aumenta para 12 atm.
Considerando a mistura um gás ideal e desprezando perdas de calor devido à rápida compressão, a
temperatura do gás resultante desse processo no interior da câmara passa a ser, em C, de
a) 473. b) 493. c) 527. d) 573. e) 627.
5. Um gás ideal, contido num recipiente dotado de êmbolo móvel, descreve um ciclo térmico ADCBA,
como mostra o gráfico.
O processo entre A e D e entre C e B são isotérmicos. Com base no gráfico e sabendo que a
temperatura em A é 200 K, determine:
a) os trechos do ciclo ADCBA onde o processo é isocórico e onde é isobárico.
b) o volume do gás ideal no ponto D e a temperatura da isoterma que liga os pontos B e C, em Kelvin.
6. Uma garrafa tem um cilindro afixado em sua boca, no qual um êmbolo pode se movimentar sem atrito,
mantendo constante a massa de ar dentro da garrafa, como ilustra a figura. Inicialmente, o sistema está
em equilíbrio à temperatura de 27 C. O volume de ar na garrafa é igual a 3600 cm e o êmbolo tem
uma área transversal igual a 23 cm . Na condição de equilíbrio, com a pressão atmosférica constante,
para cada 1 C de aumento da temperatura do sistema, o êmbolo subirá aproximadamente
F
ís.
Note e adote:
- 0 C 273 K =
- Considere o ar da garrafa como um gás ideal.
a) 0,7 cm
b) 1,4 cm
c) 2,1cm
d) 3,0 cm
e) 6,0 cm
7. Sobre a Lei do Gás Ideal, assinale o que for correto.
(01) Em um recipiente de volume constante, a pressão de um gás deve ser diretamente proporcional à
sua temperatura em Kelvin. (02) Em um recipiente mantido a uma temperatura constante, a pressão de um gás deve se comportar,
em função do volume, como uma função quadrática. (04) Para um conjunto de amostras de um mesmo gás, todas com mesma pressão e temperatura, a
razão entre as massas coincide com a razão entre os volumes. (08) Dobrando-se o volume e diminuindo-se pela metade a pressão de uma amostra gasosa, a
temperatura final dessa amostra deve ser igual à inicial. (16) É possível alterar a pressão de uma amostra gasosa sem modificar sua temperatura, seu volume e
sua massa.
SOMA: ( )
8. No estudo da termodinâmica dos gases perfeitos, o comportamento do gás é analisado através das
suas propriedades macroscópicas, levando em conta as grandezas físicas a ele associadas. Essas
grandezas, denominadas variáveis de estado, são: temperatura, volume e pressão. Em geral, quando
determinada massa de gás perfeito sofre uma transformação, pelo menos duas dessas grandezas
sofrem variações.
Analise as seguintes afirmativas referentes às transformações termodinâmicas em um gás perfeito:
I. Quando determinada massa de gás perfeito sofre uma transformação isotérmica, sua pressão é
inversamente proporcional ao volume por ele ocupado.
II. Quando determinada massa de gás perfeito sofre uma transformação isobárica, seu volume é
diretamente proporcional a sua temperatura absoluta.
III. Quando determinada massa de gás perfeito sofre uma transformação isométrica, sua pressão é
inversamente proporcional a sua temperatura absoluta.
Está(ão) correta(s) apenas a(s) afirmativa(s) a) I. b) III. c) I e II. d) II e III.
9. Um recipiente esférico possui um volume interno igual a 8,0L. Suponha que se queira encher esse
recipiente com gás nitrogênio, de modo que a pressão interna seja igual a 2,0atm a uma temperatura
de 27 C. Considerando a massa molecular do nitrogênio igual a 28g / mol, a constante universal dos
gases como 8,0J / (K mol) e 51atm 1 10 ,= calcule a massa desse gás que caberia no recipiente sob as
condições citadas.
10. A figura abaixo apresenta um diagrama Pressão Volume. Nele, os pontos M, N e R representam
três estados de uma mesma amostra de gás ideal.
F
ís.
Assinale a alternativa que indica corretamente a relação entre as temperaturas absolutas MT , NT e RT
dos respectivos estados M, N e R.
a) R M NT T T .
b) R M NT T T .
c) R M NT T T .=
d) R M NT T T .
e) R M NT T T .=
QUESTÃO CONTEXTO
Um dos aparelhos indispensáveis em uma residência é a geladeira. A refrigeração do seu interior é feita de
maneira não espontânea, retirando-se energia térmica da parte interna e transferindo essa energia para o
ambiente da cozinha. A transferência de calor só é espontânea quando o calor transita no sentido de
temperaturas decrescentes. Na parte interna da geladeira existe o congelador, no qual, normalmente, a
substância freon se vaporiza a baixa pressão, absorvendo energia térmica. O freon, no estado gasoso,
expande-se até o radiador (serpentina traseira), no qual, sob alta pressão, se condensa, liberando energia
térmica para o meio externo.
A pressão do freon é aumentada no radiador graças a um compressor e diminuída no congelador devido a
uma válvula. A eficiência ϵ de uma geladeira é determinada pela razão entre a energia térmica Q que é retirada
do seu congelador e o trabalho τ que o compressor teve de realizar.
ϵτ
Considere um refrigerador (geladeira) ideal cujo compressor tenha potência útil igual a 5,0 kW. Se, durante
cada minuto de funcionamento desse compressor, o radiador (serpentina traseira) transfere para o meio
ambiente 450000 Joules de energia térmica, a eficiência do refrigerador é igual a quanto?
F
ís.
GABARITO
Exercícios
1. e
Usando a equação geral dos gases, temos:
Para o processo isotérmico:
= 1 1 2 2P V P V
= = =1 1
2 22
P V 3 atm 12 LV V 4 L
P 9 atm
Para o processo isobárico:
=3 2
3 2
V V
T T
= = =2
3 3 3 32
V 4 L 500 KV T V V 10 L
T 200 K
2. d
Utilizando a Equação Geral dos Gases mostrada abaixo, substituindo os valores fornecidos e cuidando
para que as temperaturas estejam em Kelvin, temos:
( ) ( )atm i atm f atmi i f f f f
i f i atm i
P V 0,005 P V P 250P V P V V V166,7
T T 27 273 23 273 V 0,005 P 300 V
= = = =
+ − +
3. d
No processo isobárico, representado de B para C, temos:
A BT TC C B CB BA
B C A C C
V V V TV VT
T T T T V
= = ⎯⎯⎯⎯→ = =
A A5 L 300 K
T T 500 K3 L
= =
Usando a lei de Boyle, para a transformação isotérmica de A para B, temos:
A A B B
A
A
p V p V
10 atm V 4 atm 5 L
V 2 L
=
=
=
4. c
( )
3 31 1 2 2
21 2 2
P V P V 1atm 120 cm 12 atm 20 cmT 800 K 527 C
T T 127 273 K T
= = = =
+
5. a) O trecho isocórico, isto é, na qual o volume é constante corresponde pelo gráfico ao segmento de
reta vertical DC, já o trecho isobárico em que a pressão é constante pertence ao segmento de reta BA.
b) Para calcular o volume do ponto D, usamos a equação geral dos gases aplicada na isoterma AD :
F
ís.
A AA A D D D D
D
p V 6 kPa 0,5 Lp V p V V V 1,5 L
p 2 kPa
= = = =
A temperatura da isoterma BC pode ser calculada usando, por exemplo, a isobárica BA :
A B B AB B C
A B A
V V V T 1L 200 KT T T 400 K
T T V 0,5 L
= = = = =
6. a
Dados: 3 2
0 0 1T 27 C 300 K; V 600 cm ; A 3 cm ; T 301 K.= = = = =
Da equação geral para transformação isobárica:
30
0
V VV 600 V 602 cm .
T T 301 300= = = ^
A variação do volume é:
( )2
V A h 602 600 3 h 3 h 2 h cm 3
h 0,7 cm.
Δ = − = = =
=
7. 01 + 04 + 08 = 13.
[01] Verdadeiro. Pela equação de Clayperon:
nRPV nRT P T
V= =
[02] Falso.
1PV nRT P nRT V−= =
[04] Verdadeiro.
1 1
1 1 1
2 22 2 2
nRTPV nRT V
P
n RT mV n mP M
n RT mV n m
P M
= =
= = = =
[08] Verdadeiro.
PVPV nRT T
nR
P PV2V nRT' T ' T
2 nR
= =
= = =
[16] Falso. Como nRT
P ,V
= para que haja variação na pressão, deve haver alteração em pelo menos um
dos parâmetros descritos.
8. c
A equação de Clapeyron será usada nas três análises.
[I] Correta.
ctenRT kpV nRT p p .
V V
→= = =
A pressão é inversamente proporcional ao volume.
F
ís.
[II] Correta.
nRpV nRT V T V kT.
p
cte
= = =
O volume é diretamente proporcional à temperatura absoluta.
[III] Incorreta.
nRpV nRT p T p kT.
V
cte
= = =
O volume é diretamente proporcional à temperatura absoluta.
9. Podemos utilizar a equação de Clapeyron para resolver a questão acima. Deve-se tomar cuidado com a
utilização das unidades corretas (Volume em 3m , Pressão em Pa e Temperatura em Kelvin)
( ) ( )5 3
p V n R T
2 1 10 8 10p Vn
R T 8,0 300
2n mol
3
−
=
= =
=
Assim, sabendo que 1 mol tem 28 gramas:
28 g 1mol
x g2
mol3
2x 28
3
x 18,67 g
=
=
10. e
Da equação de Clapeyron:
p Vn R T p V T .
n R= =
Essa expressão nos mostra que a temperatura é diretamente proporcional ao produto p V.
M M
N N R M N
R R
p V 0,6
p V 0,8 T T T .
p V 0,6
=
= =
=
G
eo
.
Geo.
Professor: Claudio Hansen
Monitor: Bruna Cianni
G
eo
.
Agricultura brasileira e a
concentração fundiária
10
set
RESUMO
No início do século XX, o produto nacional mais importante era o café, sendo a política no período dominada
pelos cafeicultores. Com a Revolução de 30, a indústria passa a ser prioridade para o governo, ficando a
agricultura em papel secundário. No entanto, isso não significa que havia um desprezo em relação a
agricultura, uma vez que o poder político ainda estava nas mãos dos cafeicultores.
JK também prioriza o investimento na área urbana. Depois de muito tempo, o presidente João Goulart volta
a atentar para o campo, chegando inclusive a anunciar uma reforma agrária, que não foi efetivada devido ao
golpe militar de 1964. Mesmo assim, é um período importante, visto que houve uma observação em relação
a questão da concentração fundiária.
Já durante a Ditadura Militar, há um incentivo ao investimento de grande capital no campo. Isso ocorre por
meio do PRODECER (Programa de Desenvolvimento do Cerrado), que estimula a expansão da soja no
centro-oeste por meio de capital brasileiro e japonês, acarretando em grande expansão agrícola. A
agropecuária penetrou no centro-oeste e houve a modernização da agricultura brasileira. Embora a
agricultura tenha crescido muito, a terra continuou concentrada nas mãos de poucos, além do fato da
vegetação do cerrado estar devastada devido a essa expansão agrícola.
Nas décadas de 80 e 90, a agricultura continuou crescendo e desempenhando um papel cada vez mais
importante na economia brasileira. Com isso, o agronegócio foi se desenvolvendo ao longo da gestão de
FHC e Lula.
Todavia, a agricultura moderna, relacionada à Revolução Verde, vem acompanhada da manutenção de uma
relação de trabalho atrasada e da concentração fundiária. Portanto, o processo de desenvolvimento da
economia agrícola é chamado de modernização conservadora; ao mesmo tempo que evolui tecnicamente,
mantém algumas relações sociais arcaicas. Por isso, temos movimentos que reivindicam a reforma agrária e
questionam a atual situação do campo, como o MST (Movimento dos Trabalhadores Rurais Sem Terra).
A Revolução Verde foi um processo que levou à passagem de uma agricultura tradicional, caracterizada pelo
plantation e uso intensivo de mão-de-obra, para a agricultura moderna, através de inovações tecnológicas
(desenvolvimento de pesquisas em sementes, fertilização do solo, utilização de agrotóxicos e mecanização
do campo) que foram capazes de aumentar a produtividade agrícola.
O discurso ideológico da Revolução Verde foi o aumento da produção de alimentos para que a fome no
mundo tivesse fim, sendo assim, o grupo Rockefeller, que financiou este processo, expandiu sua venda de
insumos para diversos países. O que ocorreu foi, houve sim um aumento na produção de alimentos mas a
distribuição deles não ocorreu, isso porque constatou-se que esta distribuição está relacionada à renda da
população e não à pouca disponibilidade de alimentos.
No Brasil, assim como em outros países em desenvolvimento, a Revolução Verde tem início nas décadas de
1960-1970, período em que houve um aumento da produção agrícola. Enquanto a indústria estava associada
à cidade, a agricultura, a pesca e a pecuária estavam associadas ao campo, porém com a Revolução Verde a
relação campo-cidade foi aprofundada, com o campo dependendo dos elementos encontrados nas cidades
e as cidades dependendo da mão de obra e gêneros produzidos no campo.
Identificam-se, portanto, neste novo momento da agricultura transformações tais como, mudança no perfil
da mão de obra, que deixa de ser em grande quantidade e braçal e passa a ser uma mão de obra com grande
qualificação que saiba, por exemplo, manusear os maquinários agrícolas. Esta nova demanda estimulou o
chamado êxodo rural, ou seja, a saída da população do campo em direção às cidades por conta da falta de
oferta de empregos.
G
eo
.
Além disso a relação de dependência entre o campo e as cidades foi ampliada, isso porque é nas cidades
que estão os serviços e bens que o campo necessita neste novo momentos, tais como financiamentos
bancários, mão de obra qualificada e outros, o que vem enriquecendo mais as cidades do que o campo.
Outra transformação acarretada foi a distribuição da população pois houve uma mudança no perfil do
trabalhador que trabalha e reside no campo, este passa a ter uma renda elevada o que culmina na chegada
de serviços mais qualificados e diferenciados ao campo em função da nova demanda, criando assim novos
tipos de emprego e transformando muitas dessas áreas em um centro urbano.
Acerca da nova estrutura produtiva do campo ela é chamada de CAI - Complexo Agroindustrial - ou
agroindústria, e consiste em três etapas, indústria de insumos, atividade primária e beneficiamento, em que
a primeira refere-se à tudo o que é necessário para desenvolver uma atividade. Somando as pesquisas com
as grandes extensões das terras agricultáveis no Brasil faz ele se destacar nesta primeira etapa.
A segunda etapa é aquela atividade típica do campo, plantar e criar animais. O Brasil se destaca muito nos
dois, tanto na agricultura quanto na pecuária, isso porque ele investe em tecnologia e pesquisas.
Já a terceira etapa, o beneficiamento, consiste na adaptação dos produtos agrícolas para os moldes do
mercado, ou seja, a etapa final não é mais a colheita agrícola. Cabe destacar que o beneficiamento agrega
valor ao produto.
Como visto, ao mesmo tempo que a revolução agrária possibilitou um aumento na produção agrícola e
impactou significativamente na economia, se tornando um pilar econômico, percebe-se que o uso de novas
tecnologias acarretaram em consequências sociais graves, acentuando as disparidades e conflitos no campo.
EXERCÍCIOS
1.
pela legislação ambiental, que proíbe a realização de queimadas em áreas próximas aos centros
urbanos. Na região de Ribeirão Preto, principal polo sucroalcooleiro do país, a mecanização da
BALSADI, Q. et al. Transformação Tecnológica e a forca de trabalho na agricultura brasileira no período de 1990-2000.
Revista de economia agrícola, V. 49 (1), 2002.
O texto aborda duas questões, uma ambiental e outra socioeconômica, que integram o processo de
modernização da produção canavieira. Em torno da associação entre elas, uma mudança decorrente
desse processo é a:
a) perda de nutrientes do solo devido a utilização constante de máquinas.
b) eficiência e racionalidade no plantio com maior produtividade na colheita.
c) ampliação da oferta de empregos nesse tipo de ambiente produtivo.
d) menor compactação do solo pelo uso de maquinário agrícola de porte.
e) poluição do ar pelo consumo de combustíveis fósseis pelas máquinas.
2. Leia o texto a seguir:
expansão da fronteira, ou seja, o crescimento sempre foi feito a partir da exploração contínua de terras
e recursos naturais, que eram percebidos como infinitos. O problema continua até hoje. E a questão
fundiária está intimamente ligada a esse processo, em que a terra dá status e poder, com o decorrente
(Berta Becker, IPEA, 2012.)
G
eo
.
Com base no texto e no conhecimento sobre a expansão da fronteira agrícola no Brasil, é correto
afirmar que:
a) a agropecuária modernizada no Brasil priorizou a produção de alimentos em detrimento dos
gêneros agrícolas de exportação. Esse fato contribuiu para o avanço das fronteiras agrícolas em
parte da Amazônia localizada no Meio-Norte.
b) houve grande destruição tanto das florestas como da biodiversidade genética, ambas causadas
pelas transformações da produção agrícola monocultora, além de complexos impactos
socioeconômicos determinados pelo modelo agroexportador.
c) a maior parte das terras ocupadas no Brasil concentra-se nas mãos de pequeno número de
proprietários os quais vêm desenvolvendo mecanismos tecnológicos para evitar os impactos
ambientais causados pelo avanço do cinturão verde, sobretudo no Sul do Piauí.
d) as atividades do agrobusiness no Brasil, com destaque para a produção de soja, vêm provocando
uma rápida expansão agrícola do Rio Grande do Sul até o Vale do São Francisco, sem causarem
prejuízo aos seus recursos naturais.
e) com o aumento da concentração fundiária nas últimas décadas, a expansão das terras cultivadas
obteve uma grande retração agropecuária em decorrência das inovações tecnológicas,
desenvolvidas no campo brasileiro, apesar dos impactos ambientais.
3.
Disponível em: http://nutriteengv.blogspot.com.br. Acesso em: 28 dez. 2011.
Na charge faz-se referência a uma modificação produtiva ocorrida na agricultura. Uma contradição
presente no espaço rural brasileiro derivada dessa modificação produtiva está presente em:
a) Expansão das terras agricultáveis, com manutenção de desigualdades sociais
b) Modernização técnica do território, com redução do nível de emprego formal.
c) Valorização de atividades de subsistência, com redução da produtividade da terra.
d) Desenvolvimento de núcleos policultores, com ampliação da concentração fundiária.
e) Melhora da qualidade dos produtos, com retração na exportação de produtos primários.
G
eo
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4.
O gráfico representa a relação entre o tamanho e a totalidade dos imóveis rurais no Brasil. Que
característica da estrutura fundiária brasileira está evidenciada no gráfico apresentado?
a) A concentração de terras nas mãos de poucos.
b) A existência de poucas terras agricultáveis.
c) O domínio territorial dos minifúndios.
d) A primazia da agricultura familiar.
e) A debilidade dos plantations modernos.
5. Apesar do aumento da produção no campo e da integração entre a indústria e a agricultura, parte da
população da América do Sul ainda sofre com a subalimentação, o que gera conflitos pela posse de
terra que podem ser verificados em várias áreas e que frequentemente chegam a provocar mortes. Um
dos fatores que explica a subalimentação na América do Sul é
a) a baixa inserção de sua agricultura no comércio mundial.
b) a quantidade insuficiente de mão-de-obra para o trabalho agrícola.
c) a presença de estruturas agrárias arcaicas formadas por latifúndios improdutivos.
d) a situação conflituosa vivida no campo, que impede o crescimento da produção agrícola.
e) os sistemas de cultivo mecanizado voltados para o abastecimento do mercado interno.
6. O modelo de desenvolvimento agrícola, adotado atualmente em boa parte dos países do mundo, tem
levado à ocupação de áreas territoriais cada vez maiores. Como consequência, desencadeou-se uma
série de problemas ambientais.
A esse respeito, analise as afirmações I, II, III e IV, abaixo.
I. A utilização indiscriminada de agrotóxicos pode eliminar insetos não nocivos, rompendo a cadeia
alimentar.
II. Os solos poderão tornar-se estéreis, já que a biota contaminada desses solos poderá até
desaparecer.
III. A intensa contaminação das águas subsuperficiais por produtos químicos disseminará, atingindo
animais de águas superficiais.
IV. A implantação de monoculturas favorece o desenvolvimento de muitas espécies de seres vivos,
como insetos, bactérias e fungos, que atacam as plantações, aumentando os predadores
naturais.
Dessa forma,
a) apenas I e II estão corretas.
b) apenas III e IV estão corretas.
c) apenas I e IV estão corretas.
d) apenas I, II e III estão corretas.
e) I, II, III e IV estão corretas.
G
eo
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7. O processo de concentração fundiária caminha junto à industrialização da agropecuária com
predomínio de capitais. Logo:
I. O discurso de modernidade das elites tem contribuído para que a terra esteja concentrada nas
mãos da grande maioria dos agricultores brasileiros.
II. Os pequenos agricultores não conseguem competir e são forçados a abandonar suas lavouras de
subsistência e vender suas terras.
III. A intensa mecanização leva à redução do trabalho humano e à mudança nas relações de
trabalho, com a especialização de funções e o aumento do trabalho assalariado e de diaristas.
IV. As modificações na estrutura fundiária provocam desemprego no campo, intenso êxodo rural,
além de aumentar o contingente de trabalhadores sem direito à terra e sua exclusão social.
Estão corretas
a) Apenas as proposições I e IV
b) Apenas as proposições I II e III
c) Apenas as proposições II, III e IV
d) Apenas as proposições II e III
e) Todas as proposições
8. A soma das exportações do agronegócio brasileiro no período de 12 meses terminado em março
registrou um novo recorde. Com US$ 79,8 bilhões em vendas entre abril de 2010 e março de 2011 e a
alta dos preços das commodities (...), o país deve superar, em breve, a marca dos US$ 80 bilhões (...)
As exportações no período, de acordo com o Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento
(Mapa), cresceram 19,7% em relação ao período de abril de 2009 a março de 2010. (www.exame.com)
Assinale a alternativa que identifica a tendência provocada pela evolução do agronegócio no Brasil.
a) Apoio dos produtores ao Código Florestal em vigência desde 1965, porque a modernização
produtiva permite a reconstituição da vegetação removida por sistemas produtivos precários.
b) Nova condição do país no cenário econômico internacional, porque, no futuro, as novas potências
serão produtoras de commodities.
c) Retenção da população no campo, aumentando o contingente rural, que estava declinando desde
os anos 1970.
d) Freio importante no ritmo do desmatamento, em especial, das zonas do norte do Mato Grosso,
devido ao aumento da produtividade agrícola.
e) Grande demanda por terras agrícolas, especialmente nos biomas do Brasil central e do Norte do
país.
9. Em relação à questão agrária no Brasil:
I. As fronteiras agrícolas que se expandiram em direção à Amazônia contribuíram para agravar os
problemas de estrutura agrária do país, por corresponderem em sua maior parte, a grandes
propriedades rurais.
II. Os problemas ligados à estrutura fundiária do Brasil evidenciam a necessidade de mudanças e de
reformas no campo, visando a corrigir distorções ligadas à concentração, à situação dos posseiros
e à produção de gêneros de exportação.
III. Posseiros são pessoas que, com suas famílias, ocupam terras já cultivadas por lavradores que ainda
não possuem títulos de propriedade e as registram em seus nomes.
Assinale:
a) se todas as afirmativas estiverem corretas.
b) se apenas as afirmativas I e II estiverem corretas.
c) se apenas as afirmativas I e III estiverem corretas.
d) se apenas as afirmativas II e III estiverem corretas.
e) se nenhuma afirmativa estiver correta.
G
eo
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10. Federação dos Trabalhadores e Trabalhadoras da Agricultura Familiar (Fetraf) fazem uma manifestação
na Esplanada dos Ministérios desde as 9h30 desta quarta-feira (20). Eles reivindicam a implementação
O secretário de formação e organização social da Contag, Jurassi Souto, afirmou que os trabalhadores
rurais lutam também pela segurança no trabalho, pela geração de empregos no campo e a fiscalização
nas empresas. "A reforma agrária no Brasil é fundamental para a geração de empregos e na venda e
produção de alimentos", disse. "Precisamos avançar e não retroceder." G1 Distrito Federal, 20 mai. 2015. Adaptado
O argumento em favor da reforma agrária associa a sua implementação ao aumento da produção de
alimentos por intermédio:
a) da ocupação de latifúndios não produtivos.
b) do controle do Estado sobre a produção agrícola.
c) da redução da produção para o mercado externo.
d) da obrigatoriedade em produzir grãos em terras doadas.
e) do combate ao desperdício em propriedades rurais.
G
eo
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GABARITO
Exercícios 1. b
A questão trata da modernização da produção sucroalcooleira em Ribeirão Preto, a qual ocasiona um
impacto ambiental positivo pois substitui a prática das queimada, que eliminam os nutrientes do solo, e
um impacto socioeconômico negativo e um positivo, visto que com a modernização diminui a
necessidade de utilização da mão de obra humana e garante o aumento da produtividade agrícola,
respectivamente.
2. b
A questão trata da expansão dos latifúndios monocultores, visto que para o crescimento da produtividade
dentro deste sistema há a necessidade de utilização de novas terras. O impacto decorrente disto é a
destruição de áreas naturais que contam com uma grande riqueza biogenética, como a floresta
amazônica.
3. a
A contradição é que o espaço rural brasileiro passou pela chamada modernização conservadora, em que
a produção se modernizou com a introdução de novas tecnologias, contudo as relações sociais ali
estabelecidas permaneceram inalteradas, permanecendo assim o quadro de desigualdades social.
4. a
O gráfico mostra que a maior parte dos imóveis rurais no Brasil são latifúndios acima de 1.000 hectares,
ou seja, existem poucos proprietários de terras que são donos de grandes extensões de terra. Isso
comprova que há a concentração de terras nas mãos de poucos indivíduos.
5. c
A principal característica da estrutura fundiária brasileira e de outros países da América do Sul é
concentração de terras, terras estas que muitas vezes ficam improdutivas, apenas se valorizando para
posteriormente serem vendidas a um valor elevado, e não sendo produzido nada nelas. A Revolução
Verde aprofundou essa desigualdade de acesso à terra.
6. d
Ambientalmente, para a conservação do solo, a monocultura é prejudicial pois acarreta em um a retirada
constante dos mesmos nutrientes do solo o que o torna mais suscetível à algumas pragas e o torna uma
área com prazo de validade para servir como área de cultivo.
7. c
A única afirmativa incorreta é a primeira, pois a modernização agrícola não acarretou uma mudança dos
interesses da elite agrária, que permanece possuindo grandes extensões de terra, enquanto a maioria do
agricultores quase não possuem mais acesso.
8. e
O crescimento da exportação de gêneros agrícolas do Brasil exerce um pressão ambiental sobre a região
Centro-Oeste e a região Norte, visto que são as áreas onde a soja tem ocupado e se expandido, gênero
este que é um dos maiores produtos de exportação brasileiro.
9. a
Todas as afirmativas estão corretas ao apontar os aspectos relativos à questão agrária brasileira, tais como
a expansão da fronteira agrícola da soja, a necessidade de reforma agrária e a definição de posseiros.
10. a
A redistribuição de grandes porções de terras que se encontram improdutivas é a principal bandeira
levantada pelos movimentos sociais que lutam pela reforma agrária.
G
eo
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Geo.
Professor: Claudio Hansen
Monitor: Rhanna Leoncio
G
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Conflitos no campo e a reforma
agrária
10
set
RESUMO
Os resultados dos investimentos em melhorias para alavancar a produção do campo em um contexto de
Revolução Verde, podem ser vistos sob duas óticas distintas, pois geraram aumento da produtividade e
possibilidade de safras cada vez maiores, e praticamente acabaram com qualquer medo de que o aumento
populacional pudesse criar uma situação de escassez de alimentos, ideia disseminada por alguns,
principalmente no século XVIII, através das proposições da teoria Malthusiana. Por outro lado, entretanto, a
modernização no campo causou impacto sobre a estrutura agrária. Pequenos produtores que não
conseguiram se adaptar às novas técnicas de produção não atingiram produtividade suficiente para competir
com grandes empresas agrícolas e se endividaram com empréstimos bancários solicitados para o
investimento na mecanização das atividades, tendo como única forma de pagamento a venda da propriedade
para outros produtores.
Outras consequências podem ser destacadas, tais como:
• As plantations monocultoras utilizam grandes extensões de terra e acabam se expandindo para áreas
de florestas nativas por pressão dos ruralistas. Isso reduz a biodiversidade e apresenta enormes riscos,
já que uma praga ou a queda do preço do produto no mercado podem pôr a perder toda a cadeia
produtiva regional. Além disso, há a possibilidade da falta de alimentos, que pode ocorrer devido a
plantação de apenas um tipo de vegetal.
• Aumento dos latifúndios, devido à falta de competitividade dos pequenos agricultores, fazendo com
que os mesmos tenham que vender as suas terras.
• Mecanização do campo e o aumento de tecnologia, que diminuíram drasticamente a utilização do
trabalho humano, causando desemprego e o êxodo rural, obrigando o trabalhador a buscar emprego
nas fábricas e serviços nos centros urbanos, aumentando a população nas periferias das grandes
cidades, colocando essas pessoas em condições precárias e de praticamente exclusão social.
É preciso destacar que, ao mesmo tempo que a revolução agrícola gerou o aumento da produtividade, todas
essas novidades implantadas na produção agrícola trouxeram à tona diversas consequências, tais como
os conflitos no campo.
Grande parte dos conflitos no campo brasileiro decorrem da má distribuição de terras, em que poucos detém
grandes extensões de terras enquanto muitos detém pouca terra. Os grandes monopólios agrícolas
permitiram o crescimento da economia brasileira, sempre puxando a balança comercial para cima,
principalmente através das plantações de soja, no entanto, são reflexo das grandes desigualdades expressas
no campo, principalmente pela existência de grandes porções de terras nas mãos de poucos, com índices
que apontam 2,3% dos proprietários concentrando 47,2% de toda área disponível à agricultura no País.
Outro aspecto a se destacar é que boa parte das terras são inutilizadas, 175,9 milhões, de um total de 400
milhões de hectares, são improdutivos no Brasil. Em relação a outras propriedades, percebe-se que nos
últimos anos os minifúndios caíram de 8,2% para 7,8% da área total de imóveis; as pequenas propriedades,
de 15,6% para 14,7%; e as médias, de 20% para 17,9%. As grandes propriedades foram de 56,1% para 59,6%
da área total.
Essas disparidades geram revolta nos trabalhadores pela diminuição da oferta de trabalho, possibilitando a
formação de grupos articulados como o Movimento dos Trabalhadores Rurais Sem Terra (MST) que reivindica
a reforma agrária através da ocupação de latifúndios como forma de pressionar o governo a distribuir melhor
as terras. O que ocorre em muitos casos é que as ocupações empreendidas pelo MST nem sempre são
solucionadas pacificamente pelo Estado brasileiro, desencadeando assim conflitos no campo.
Como visto, ao mesmo tempo que a revolução agrária possibilitou um aumento na produção agrícola e
impactou significativamente na economia, se tornando um pilar econômico de muitos países, percebemos
que o uso de novas tecnologias acarretou em consequências sociais graves, acentuando as disparidades e
conflitos no campo.
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A área do Bico do papagaio, por exemplo, é uma região de intenso conflito até hoje. No dia 17/04/96, dia da
luta brasileira pela reforma agrária, 19 pessoas foram assassinadas pela PM por ocupar terra de fazendeiro
na região. Esse conflito ficou conhecido como conflito de El Dorado dos Carajás. A região do Maranhão,
Piauí, Tocantins, Bahia e parte do recôncavo mineiro são até hoje as áreas mais violentas por conta de
conflitos por terra.
Principais atores envolvidos nos conflitos no campo
Posseiro e Grileiro
Os posseiros são pessoas que tomam a posse de uma terra que não é sua. Essa atitude é justificada pela lei
do Usucapião que faz um indivíduo ganhar a posse definitiva da terra se a desenvolveu produtivamente e
morou nela por pelo menos 5 anos. Os grileiros falsificam documentos para se apropriar de terras que já têm
posseiros, que já pertencem a outras comunidades ou ocupadas, mas com interesse de ser explorada. A
falsificação do documento acontece com a prática de guardar o documento falso com grilos, o que deixa a
aparência do papel mais antiga. Essa prática normalmente foi feita por gente importante dificultando a
denúncia por parte dos grupos que na correlação de forças que sempre saem em desvantagem.
Madeireiros e Mineradoras
A exploração do pau Brasil, da cana de açúcar e da soja já representava um grande impacto ambiental, visto
que para o desenvolvimento destas atividades o desmatamento é uma prática comum. O avanço da soja, do
milho e da pecuária são os maiores responsáveis pela destruição da Amazônia, mas também houve o
desmatamento causado pela criação de rotas de deslocamentos.
As famílias quando trabalhavam com a soja tinham o interesse indireto de que a agropecuária derrubasse a
madeira, e passam muitas vezes a ser extratoras de madeira legal e sustentável podendo comercializar. A
retirada deixa de ser a esmo e passa a ser planejada e controlada e é melhor para as famílias reduzindo os
conflitos das pequenas famílias que trabalhavam com a soja.
Outra questão é que diferente da agricultura e da pecuária, atividades que podem ser adaptadas a vários
espaços diferentes, a mineração só pode ocorrer onde o minério está. Isso faz com que as áreas que possuem
minério sejam quase que automaticamente das mineradoras, gerando conflitos até com o agronegócio, não
trazendo a população rival para dentro da mineradora. Essa prática comum até hoje no Brasil gera muitos
impactos sociais e ambientais. Temos como exemplo Belo Monte e Mariana, onde o mercúrio polui
fortemente o solo e as águas.
que
chegam até famílias que não tem o mínimo, oferecendo emprego, leva pra Amazônia paga a passagem de
ônibus a mudança da família, um pouco de comida prometendo trabalho. Mas quando a pessoa chega é
surpreendida com a notícia de que está devendo tudo que foi cedido para que ela trabalhasse no local. Sendo
iludidos, chega longe da terra natal e trabalha em regime de escravidão por estar devendo tudo para esse
gato, ao invés de receber o salário, o trabalho tenta compensar uma dívida gigante, por dever a passagem
dele, da família, a mudança, a comida, a casa, o material de trabalho. Com uma dívida gigante, a pessoa não
pode receber salário nem sair dali até pagar, trabalhando sem receber nada em regime similar ao da
escravidão.
Criação de reservas indígenas e ambientais
A constituição de 88, dita constituição cidadã, visa o reconhecimento dos povos presentes no Brasil numa
maior política de inclusão com teórico respeito aos indígenas e quilombolas. O nosso país tem número
razoável de reservas, 12% das terras são de reservas sendo a região norte a que tem a maior concentração. A
maior parte das reservas tem um contingente populacional pequeno em relação a sua área. Também por isso
a fiscalização das reservas é falha. Apesar da lei, os conflitos de interesse dos atores que querem usar as terras
como agronegócio, madeireiras, tráfico internacional, etc, não permitem que a reserva se mantenha. Os
dados mostram que houve mais desmatamento em áreas de reserva do que fora da Amazônia. O código
florestal aprovado em 2012 favoreceu a bancada ruralista e não os ambientalistas transformando cada vez mais
o espaço do campo num território hegemônico, violento e desigual.
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EXERCÍCIOS
1. No Brasil há uma elevada concentração de terras. Os latifúndios predominam, ocupando a maior
parte da área enquanto os minifúndios têm pouca expressividade percentual. Sobre as características
da estrutura fundiária brasileira, é correto afirmar-se que:
a) Nas grandes concentrações fundiárias, geralmente existem grandes parcelas de terras ociosas.
b) Os pequenos produtores não têm problemas de endividamento no campo, em virtude das linhas
de crédito oferecidas pelo Governo Federal.
c) A mecanização das lavouras nas grandes propriedades tem contribuído para a fixação do homem
no campo.
d) No Brasil as maiores áreas de tensão e conflitos por disputa de terras estão localizadas na região
Sul.
e) A Revolução Verde possibilitou que todos tivesse acesso à terra, o que levou à diminuição do
número de conflitos no campo.
2. Álcool, crescimento e pobreza
O lavrador de Ribeirão Preto recebe em média R$ 2,50 por tonelada de cana cortada. Nos anos 80,
esse trabalhador cortava cinco toneladas de cana por dia. A mecanização da colheita o obrigou a ser
mais produtivo. O corta-cana derruba agora oito toneladas por dia. O trabalhador deve cortar a cana
rente ao chão, encurvado. Usa roupas mal-ajambradas, quentes, que lhe cobrem o corpo, para que
não seja lanhado pelas folhas da planta. O excesso de trabalho causa a birola: tontura, desmaio,
cãibra, convulsão. A fim de agüentar dores e cansaço, esse trabalhador toma drogas e soluções de
glicose, quando não farinha mesmo. Tem aumentado o número de mortes por exaustão nos
canaviais. O setor da cana produz hoje uns 3,5% do PIB. Exporta US$ 8 bilhões. Gera toda a energia
elétrica que consome e ainda vende excedentes. A indústria de São Paulo contrata cientistas e
engenheiros para desenvolver máquinas e equipamentos mais eficientes para as usinas de álcool. As
pesquisas, privada e pública, na área agrícola (cana, laranja, eucalipto etc.) desenvolvem a
bioquímica e a genética no país. Folha de S.Paulo, 11/3/2007 (com adaptações)
Confrontando-se as informações do texto com as da charge acima, conclui-se que
a) A charge contradiz o texto ao mostrar que o Brasil possui tecnologia avançada no setor agrícola.
b) A charge e o texto abordam, a respeito da cana-de-açúcar brasileira, duas realidades distintas e sem
relação entre si.
c) O texto e a charge consideram a agricultura brasileira avançada, do ponto de vista tecnológico.
d) A charge mostra o cotidiano do trabalhador, e o texto defende o fim da mecanização da produção
da cana-de-açúcar no setor sucroalcooleiro.
e) O texto mostra disparidades na agricultura brasileira, na qual convivem alta tecnologia e condições
precárias de trabalho, que a charge ironiza.
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3. A luta pela terra no Brasil é marcada por diversos aspectos que chamam a atenção. Entre os aspectos
positivos, destaca-se a perseverança dos movimentos do campesinato e, entre os aspectos
negativos, a violência que manchou de sangue essa história. Os movimentos pela reforma agrária
articularam-se por todo o território nacional, principalmente entre 1985 e 1996, e conseguiram de
maneira expressiva a inserção desse tema nas discussões pelo acesso à terra. O mapa seguinte
apresenta a distribuição dos conflitos agrários em todas as regiões do Brasil nesse período, e o
número de mortes ocorridas nessas lutas.
Com base nas informações do mapa acerca dos conflitos pela posse de terra no Brasil, a região
a) Conhecida historicamente como das Missões Jesuíticas é a de maior violência. b) Do Bico do Papagaio apresenta os números mais expressivos. c) Conhecida como oeste baiano tem o maior número de mortes. d) Do norte do Mato Grosso, área de expansão da agricultura mecanizada, é a mais violenta do país. e) Da Zona da Mata mineira teve o maior registro de mortes.
4. Coube aos Xavante e aos Timbira, povos indígenas do Cerrado, um recente e marcante gesto
simbólico: a realização de sua tradicional corrida de toras (de buriti) em plena Avenida Paulista (SP),
para denunciar o cerco de suas terras e a degradação de seus entornos pelo avanço do agronegócio. RICARDO, B.; RICARDO, F. Povos indígenas do Brasil: 2001-2005. São Paulo: Instituto Socioambiental, 2006 (adaptado).
A questão indígena contemporânea no Brasil evidencia a relação dos usos socioculturais da terra com
os atuais problemas socioambientais, caracterizados pelas tensões entre
a) A expansão territorial do agronegócio, em especial nas regiões Centro-Oeste e Norte, e as leis de
proteção indígena e ambiental.
b) Os grileiros articuladores do agronegócio e os povos indígenas pouco organizados no Cerrado.
c) As leis mais brandas sobre o uso tradicional do meio ambiente e as severas leis sobre o uso
capitalista do meio ambiente.
d) Os povos indígenas do Cerrado e os polos econômicos representados pelas elites industriais
paulistas.
e) o campo e a cidade no Cerrado, que faz com que as terras indígenas dali sejam alvo de invasões
urbanas.
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5. Texto I
país. Cerca de 1% de todos os proprietários controla 46% das terras. Fazemos pressão por meio da
ocupação de latifúndios improdutivos e grandes propriedades, que não cumprem a função social,
como determina a Constituição de 1988. Também ocupamos as fazendas que têm origem na
grilagem de terras púb Disponível em: www.mst.org.br. Acesso em: 25 ago. 2011 (adaptado).
Texto II
O pequeno proprietário rural é igual a um pequeno proprietário de loja: quanto menor o negócio
mais difícil de manter, pois tem de ser produtivo e os encargos são difíceis de arcar. Sou a favor de
propriedades produtivas e sustentáveis e que gerem empregos. Apoiar uma empresa produtiva que
gere emprego é muito mais barato e gera muito mais do que apoiar a reforma agrária. LESSA, C. Disponível em: www.observadorpolítico.org.br. Acesso em: 25 ago. 2011 (adaptado).
Nos fragmentos dos textos, os posicionamentos em relação à reforma agrária se opõem. Isso
acontece porque os autores associam a reforma agrária, respectivamente, à
a) redução do inchaço urbano e à crítica ao minifúndio camponês.
b) ampliação da renda nacional e à prioridade ao mercado externo.
c) contenção da mecanização agrícola e ao combate ao êxodo rural.
d) privatização de empresas estatais e ao estímulo ao crescimento econômico.
e) correção de distorções históricas e ao prejuízo ao agronegócio.
6. Responda a questão considerando as afirmativas a seguir, que tratam dos sujeitos que atuam no
espaço agrário brasileiro.
I. Posseiro é o agricultor que ocupa terras abandonadas; legalmente pode valer-se da usucapião para
reclamar a posse definitiva das terras após ocupá-las por certo tempo, dependendo dos casos
estabelecidos em lei.
II. Gato é o especulador de terras que se apropria de grandes áreas, falsificando títulos de
propriedade rural.
III. Grileiro é o empresário que arregimenta trabalhadores que vivem na sua localidade para leva-los a
outras regiões do país com promessas que costumam não ser cumpridas, podendo, inclusive, gerar
trabalho escravo.
IV. Meeiro é o trabalhador, geralmente desprovido de terras, que oferece sua mão de obra e seus
equipamentos em troca de uma parte da produção, conforme acordo firmado com o proprietário
da terra a ser trabalhada.
As afirmativas corretas são, apenas,
a) I e II.
b) I e IV.
c) II e III.
d) III e IV.
e) I, II e IV.
7. Leia a notícia.
cercou nesta quinta-feira [18.04.2013] o Palácio do Planalto. De acordo com um dos representantes
do movimento, Neguinho Tuká, a população indígena não foi ouvida durante o processo de
aceitamos e não vamos aceitar mais esse geno -feira,
16, invadiu o plenário da Câmara dos Deputados em protesto contra a PEC 215, que transfere do
Poder Executivo para o Congresso Nacional a decisão final sobre a demarcação de terras indígenas
(http://ultimosegundo.ig.com.br. Adaptado.)
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São processos que vem contribuindo para o acirramento da tensão social envolvendo a população
indígena no campo brasileiro:
a) o avanço das atividades agrícolas, mineradoras e pecuárias de grande porte; a instalação de usinas
hidrelétricas em terras indígenas; e a permanência da concentração de terras no país.
b) a expansão da reforma agraria; o aumento do desemprego no campo; e a ausência de políticas de
assistência social destinada a população indígena.
c) o avanço das atividades agrícolas, mineradoras e pecuárias de grande porte; a expansão da
reforma agrária; e a reivindicação da população indígena de direitos não previstos na Constituição
Federal.
d) a expansão da reforma agrária e da agricultura familiar; a instalação de usinas hidrelétricas em
terras indígenas; e a permanência da concentração de terras no país.
e) a expansão da agricultura familiar no país; o aumento do desemprego no campo; e a ausência de
políticas de assistência social destinada a população indígena.
8. As disputas territoriais podem ocorrer em diferentes escalas geográficas, envolvendo agentes sociais
também diversificados.
Os quadrinhos acima abordam simultaneamente a violência dessas disputas nas seguintes situações:
a) invasão de terras indígenas - guerras convencionais deflagradas por potências regionais
b) conflitos fundiários no campo - intervenções militares realizadas por governos nacionais
c) apropriação de terras improdutivas - extermínio de minorias efetuado por exércitos regulares
d) ocupação de reservas ambientais - perseguição de populações civis promovida por milícias locais
e) invasão de reservas ambientais conflitos por habitação no espaço urbano
f)
9. Acerca do Movimento dos Sem-Terra (MST) e da Reforma Agrária no Brasil, é CORRETO afirmar que:
a) o MST não recebe o apoio da Igreja e da Pastoral da Terra por invadir e destruir laboratórios de
pesquisa de empresas reflorestadoras e áreas produtivas.
b) organismos de países capitalistas avançados se opõem ao financiamento das marchas do MST em
função dos interesses ligados ao Fundo Monetário Internacional.
c) a imprensa e a mídia brasileira em geral não divulgam as invasões, confrontos e mortes ligados à
luta pela terra, temendo alarmar o público.
d) a Constituição de 1988 estabeleceu ser obrigação do governo realizar a reforma agrária e, diante da
inoperância governamental, o MST articulou ações de ocupação de terras.
e) não possui organização interna o que faz suas ações serem pouco eficazes.
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10. "Tem muita gente sem terra tem muita terra sem gente" (Cartaz do MST, inspirado nos versos de
lavradores de Goiás.)
A luta pela terra no Brasil existe há décadas e já fez várias vítimas entre trabalhadores do campo,
religiosos e outros. Entre as principais razões dos conflitos de terra no Brasil, pode-se citar:
a) a disputa pelas poucas áreas férteis em nosso território, típico de terras montanhosas.
b) a concentração da propriedade da terra nas mãos de poucos e a ausência de uma reforma agrária
efetiva.
c) a divisão excessiva da terra em pequenas propriedades, dificultando o aumento da produção.
d) a perda do valor da terra agrícola pelo crescimento da industrialização no nosso país.
e) a utilização intensiva de mão-de-obra permanente, onerando o grande produtor rural.
11. CANÇÃO DOS SEM-TERRA
A enxada sobe e desce na terra encharcada
Sobe e desce
A vontade do homem que a sustenta,
de ser dono da terra lavrada,
da terra tratada.
A enxada sobe e desce no massapé moreno,
Desde o nascer do sol ao cair do sereno.
A enxada cortando e a terra cavando
vai no homem plantando
a noção da injustiça que faz dele um escravo.
E a noção da injustiça lhe traz outra noção,
Que a ele pertence o tesouro maior,
A força do braço, a vontade do bravo,
Os caminhos da terra.
Então vai percebendo e daí entendendo
uma nova noção, que os caminhos da terra conduzem eles a libertação. Extraído do Livro Crônicas do Milênio - Olival Honor de Brito Membro do Instituto Cultural do Cariri Coleção Itaytera
Nº 25
No texto acima, verificam-se tanto um alerta quanto à necessidade de uma reforma agrária quanto
um fato evidenciado nos últimos anos, que é o da necessidade dos trabalhadores se organizarem
para conquistar seus objetivos.
A alternativa abaixo que expressa corretamente os processos que envolvem as relações de trabalho e
produção no campo brasileiro é:
a) O processo de modernização na agropecuária brasileira somente foi possível a partir da
agrária ao longo dos anos.
b) Estudos da pastoral da Terra apontam que a diminuição dos conflitos no campo vem ocorrendo
de forma vertiginosa, e que os mesmos são decorrentes, por um lado, da ação histórica arbitrária
e opressiva do Estado e, de outro, da ofensiva dos trabalhadores rurais sem-terra na ocupação dos
latifúndios.
c) O modelo agrícola de exportação brasileira é baseado na monocultura e apoia-se na
concentração da propriedade rural, como por exemplo o cultivo da monocultura soja.
d) Com a mecanização e o avanço tecnológico, as atividades agrícolas não estão sujeitas à influência
dos fatores naturais.
e) Uma política consistente de soberania alimentar no Brasil não tem relação com a necessidade de
Reforma Agrária e adoção de uma política agrícola de apoio às pequenas unidades de produção.
12. Em texto publicado no jornal "O Estado de São Paulo", no dia 8 de junho de 2012, Aldo Rebelo
conciliar preservação e crescimento
enfrentar a
ilegalidade de boa parte da atividade agrícola e da pecuária em razão das restrições impostas, com
um mínimo de criatividade, que permita aos estados, dentro das exigências atuais, preservar os
porcentuais mínimos de cada bioma, adaptando-se às condições locais, ao modelo de ocupação do
G
eo
.
O projeto do novo Código Florestal é muito polêmico em razão de:
a) opor interesses da bancada ruralista aos da bancada ligada à área ambiental.
b) propor o uso de áreas de preservação para projetos turísticos.
c) propor a diminuição de áreas de reflorestamento com a ampliação de áreas para cultivo e
criação.
d) defender o uso de espaços de floresta para construção de usinas hidrelétricas.
e) não ser tão rígido com o desmatamento florestal.
13. O homem do campo brasileiro, em sua grande maioria, está desarmado diante de uma economia cada
vez mais modernizada, concentrada e desalmada, incapaz de se premunir contra as vacilações da
natureza, de se armar para acompanhar os progressos técnicos e de se defender contra as oscilações
dos preços externos e internos, e a ganância dos intermediadores. Esse homem do campo é menos
titular de direitos que a maioria dos homens da cidade, já que os serviços públicos essenciais lhe são
negados, sob a desculpa da carência de recursos para lhe fazer chegar saúde e educação, água e
eletricidade, para não falar de tantos outros serviços essenciais. SANTOS, Milton. O Espaço do Cidadão. 7a edição. São Paulo: EDUSP, 2007, p. 41-42
Analisar o direito ao campo brasileiro na perspectiva democrática torna-se uma questão de grande
complexidade para os cientistas sociais. Nesse sentido, é correto afirmar que:
a) O processo de redemocratização possibilitou a conquista dos direitos sociais do homem do campo,
com a extinção das condições de trabalho escravo.
b) Os movimentos sociais de luta pela e na terra reivindicam a conquista dos direitos sociais da
democracia na sua prática cotidiana.
c) A implantação da política agrária pelo Estado Democrático de Direito socializou a estrutura da
propriedade da terra no campo brasileiro.
d) O aumento substancial da produtividade, do trabalho e emprego pelo agronegócio vem garantindo
a cidadania ao homem do campo.
e) Os povos e as comunidades tradicionais têm a propriedade da terra garantida em lei pelo direito
histórico ao território para a reprodução social da vida.
14. A luta pela terra no Brasil reflete o processo histórico de sua apropriação, ocupação e uso, desde a
colonização até os dias atuais. Ao longo do tempo, verificaram-se vários conflitos pela posse da terra.
Na segunda metade da década de 1980, houve aumento da violência no campo nas regiões brasileiras,
decorrente
a) da organização dos movimentos sociais em defesa da pequena propriedade e dos interesses dos
migrantes.
b) da expansão dos latifúndios e do aumento da luta pela posse da terra por parte dos camponeses.
c) do apoio da Comissão Pastoral da Terra (CPT) aos movimentos sociais de luta pela posse da terra.
d) da modernização da agricultura nas regiões Norte e Nordeste, o que provocou o aumento da luta
pela posse da terra.
e) da elaboração de legislações federais contrárias às ocupações de terras pelos movimentos sociais.
15. A partir dos anos de 1990, várias legislações regulamentaram aspectos da reforma agrária no Brasil.
Entre elas, destacam-se:
1. Alteração da Lei do Rito Sumário: regulamentou a imediata posse, pelo governo, das terras em
processo de desapropriação para fins de reforma agrária, após depósito judicial correspondente
ao preço oferecido pelas benfeitorias e do lançamento dos Títulos da Dívida Agrária, para
pagamento do valor da terra nua. Assim, mesmo que o proprietário entre com contestação
judicial contra qualquer aspecto do processo de desapropriação, a posse da terra tornou-se
imediata para o Governo.
2. Aumento do Imposto Territorial Rural para os proprietários de grandes extensões de terra e
pequeno grau de utilização produtiva, que pode chegar a 20% do valor da propriedade.
3. Proibição de que a propriedade rural ocupada por trabalhadores rurais sem terra seja vistoriada
ou desapropriada para fins de reforma agrária durante a ocupação e nos dois anos seguintes à sua
desocupação.
G
eo
.
Considerando o teor dessas legislações, pode-se dizer que:
a) todas elas representam vitórias políticas decorrentes da organização dos movimentos sociais no
campo, que tomaram grande impulso ao longo dos anos de 1990.
b) demonstram a força política dos grandes latifundiários, pois reduzem a ação dos movimentos de
luta pela terra e implementam o pagamento das terras desapropriadas.
c) ilustram a postura política dos governos da década de 1990 que, pressionados pelo avanço dos
movimentos sociais, resolveram os conflitos por posse de terra no país.
d) representaram um retrocesso, pois impediram ou restringiram a aplicação das leis da reforma
agrária aprovadas na Constituição de 1988.
e) refletem interesses opostos, pois em parte atendem demandas dos movimentos de luta pela terra
e, por outro, protegem interesses dos proprietários de terras.
QUESTÃO CONTEXTO
Após analisar a tabela, explique como a especulação sobre o uso do solo produtivo do espaço agrário
brasileiro pode gerar conflitos no campo brasileiro e cite medidas que o governo poderia tomar para
reduzir a tensão no campo.
G
eo
.
GABARITO
Exercícios
1. a
O Brasil é caracterizado pelo pequeno número de latifúndios, ou seja, pouco imóveis rurais, mas que
ocupam grandes extensões de terras, as quais os donos só utilizam em parte. Deste cenário surgem
inúmeras reinvindicações e conflitos em busca de uma reforma agrária que utilize essas terras
improdutivas para tal fim.
2. e
O texto destaca os dois lados da modernização da agricultura. De um lado a mão de obra humana
tentando alcançar o mesmo nível de produtividade das máquinas, e de outro as máquinas cada vez mais
desenvolvidas. A charge reforça a problemática das precárias condições de trabalho apontadas no texto.
3. b
No contexto da luta pela terra e pela reforma agrária no Brasil, os conflitos no campo ainda são
frequentes. No mapa apresentado, é possível observar a maior ocorrência de assassinatos entre as regiões
Norte e Nordeste, principalmente
o Pará, o Maranhão e o Tocantins.
4. a
Incialmente, o avanço da fronteira agrícola se deu da região Sul em direção ao Centro-Oeste e
atualmente está indo em direção à região Norte. Esse avanço criou conflitos entre os chamados posseiros
e os povos indígenas. Esse conflito se dá pelo avanço das áreas agricultáveis sob as terras indígenas. Cabe
destacar que a terra para os povos indígenas está ligada às questões culturais, fazendo com que o
governo crie áreas de proteção indígena e ambiental para manutenção de sua cultura.
5. e
Os textos apresentados apontam duas visões distintas sobre a Reforma Agrária. O primeiro destaca a
importância dessa medida pois quase metade das terras no Brasil estão concentradas nas mãos de poucas
pessoas, o que faz com que muitas outras não tenham acesso a ela. O segundo texto traz uma visão
diferente, ele defende o investimento em grandes latifúndios como forma de gerar empregos, ou seja,
subordinando o trabalhador rural aos desígnios do grande latifundiário.
6. b
As afirmativas II e III são as únicas incorretas, pois, respectivamente, a definição apresentada refere-se
aos grileiros e a definição apresentada refere-se ao gato, ou seja, as definições estão apresentadas
trocadas entre as duas afirmativas.
7. a
A opção destaca corretamente as principais causas das reivindicações dos grupos indígenas no Brasil,
tais como, o avanço de atividades como o cultivo da soja que vem demandando grandes extensões de
terra e causando um grande impacto ambiental e social, a questão energética com a construção de
hidrelétricas que acabam gerando o alagamento de grandes áreas e a inalterada estrutura fundiária
brasileira.
8. b
As cenas de tiros de revólver e os diálogos associados às cenas do quadrinho remetem ao contexto dos
conflitos fundiários rurais, envolvendo a apropriação ilegal de terras por parte de agentes sociais
poderosos. Ao mesmo tempo, a indagação acerca das formas modernas de resolução de conflitos de
G
eo
.
terras no mundo moderno e a explosão da bomba no último quadrinho reportam o observador às
intervenções militares realizadas pelas grandes potências mundiais em defesa de seus interesses.
9. d
Uma das estratégias do MST é a ocupação das chamadas terras improdutivas, ou seja, aquelas que não
exercem uma função social, como forma de sinalizar a existência delas e iniciar um processo legal de
reforma agrária.
10. b
A frase aponta a existência da concentração de terras no Brasil, onde há poucos latifúndios, mas de
grande extensão e que se concentram nas mãos de alguns pouco proprietários rurais. Esse cenário acaba
impulsionou a formação de movimentos que reivindicam a reforma agrária como uma forma de
distribuição mais igualitária da terra.
11. c
A soja é uma das principais commodities brasileiras e encontra-se em processo de expansão em direção
à região norte do país, com a formação de latifúndios agrícolas, exercendo assim pressão sobre os grupos
sociais locais.
12. a
O código florestal brasileiro aprovado em 2011 trouxe um conjunto de regras sobre a preservação
ambiental em propriedades rurais e colocou mais uma vez em lados opostos os ruralistas e os
ambientalistas que tinham posicionamentos opostos, o primeiro grupo afirmava que o novo documento
dificultava a produção; e o segundo, que afirmava que o documento favorecia a ocorrência de novos
desmatamentos.
13. b
Os movimentos sociais que reivindicam o acesso à terra no Brasil o fazem a partir de estratégias como
ocupação de terras improdutivas e organização interna através da realização de encontros nacionais.
14. b
Grande parte dos conflitos no campo são decorrentes da oposição entre grandes latifundiários, os quais
detêm grandes porções de terra no Brasil, e os pequenos agricultores que não se veem inseridos na nova
lógica do campo pós Revolução Verde.
15. e
As legislações brasileiras referentes ao espaço rural refletem as disputas que permeiam esse espaço,
sendo possível identificar as demandas dos grupos envolvidos, formando assim uma complexa rede
normativa.
Questão Contexto Ouvir as demandas dos movimentos organizados, promover investimento e favorecer os pequenos
agricultores que apresentam bom rendimento abastecendo o mercado interno e fiscalizar a produtividade
das terras, criar mecanismos que facilitem o escoamento da pequena produção, fiscalizar o uso de trabalho
escravo e semiescravo e promover incentivos fiscais aos produtores que não usem agrotóxicos são medidas
que diminuiria a tensão interna ajustando a balança. O favorecimento de interesses de grupos externos acaba
por agravar a situação de populações que já se encontram num estado de vulnerabilidade social, atravessados
por diversas ameaças, não só diretamente dos grandes produtores como dos grandes investimentos como o
movimento dos atingidos por barragem.
H
is.
His.
Professor: Renato Pellizzari
Monitor: Natasha Piedras
H
is.
A Era Vargas Governo Provisório
e Constitucional (1930-37) 10
set
RESUMO
Governo Provisório (1930-37)
políticos do novo governo. Em sua grande parte, os principais representantes das alas militares que apoiaram
Vargas se tornaram interventores estaduais. Essa medida tinha como objetivo anular a ação dos antigos
coronéis e sua influência política regional.
Deste modo, consolidou-se um clima de tensão entre as velhas oligarquias e os tenentes interventores. Tal
conflito teve maior força em São Paulo, onde as oligarquias locais, sob o apelo da autonomia política e um
A partir dessa mobilização, originou-se a chamada Revolução Constitucionalista de 1932. Mesmo derrotando
as forças oposicionistas, os setores varguistas passaram por uma reformulação.
Após o conflito, Vargas se viu forçado a convocar eleições para a formação de uma Assembleia Nacional
Constituinte. No processo eleitoral, as principais figuras militares do governo perderam espaço político em
razão do desgaste gerado pelos conflitos paulistas. Passada a formação da Assembleia, uma nova constituição
fora promulgada, em 1934. A Carta de 1934 deu maiores poderes ao poder executivo, adotou medidas
democráticas e criou as bases de uma legislação trabalhista, assim como criou uma justiça eleitoral. Além
disso, a nova constituição previa que a primeira eleição presidencial aconteceria pelo voto da Assembleia.
Por meio dessa resolução e o apoio da maioria do Congresso, Vargas garantiu mais um novo mandato.
Governo Constitucional (1934 1937)
Durante o Governo Constitucional (1934 a 1937), observou-se a ascensão de dois grandes movimentos
políticos no Brasil. De um lado, havia a Ação Integralista Brasileira (AIB), que defendia a consolidação de um
governo centralizado de inspiração fascista. De outro, os comunistas brasileiros se mobilizaram em torno da
Aliança Nacional Libertadora (ANL). Entre suas principais ideias, a ANL era favorável à reforma agrária, à luta
contra o imperialismo e à revolução por meio da luta de classes.
Contando com esse espírito revolucionário e a orientação dos altos escalões do comunismo soviético, a ANL
promoveu uma tentativa de tomada do poder contra o governo de Getúlio Vargas, essa insurreição comunista
Mesmo tendo resistido a essa tentativa de golpe, Getúlio
Vargas utilizou-se do episódio para declarar estado de sítio. Com essa medida, ampliou seus poderes
outra tentativa de golpe comunista, conhecida como Plano Cohen, Getúlio Vargas anulou a constituição de
1934 e dissolveu o Poder Legislativo. A partir daquele ano, Getúlio passou a governar com amplos poderes,
inaugurando o chamado Estado Novo (1937 1945).
H
is.
EXERCÍCIOS
1. O último presidente a governar o Brasil antes da ascensão de Getúlio Vargas ao poder representava
os interesses das oligarquias regionais. Em 1930, esses interesses foram atacados por uma nova elite,
ligada, sobretudo, a políticos do sul do país e ao exército, que ansiava:
a) pela formação de novas oligarquias regionais com poderes mais fortalecidos em relação ao poder
central.
b) pela descentralização do poder regional. O que foi feito por meio das intervenções que Vargas
ordenou durante o governo provisório.
c) pela restituição da ordem imperial, que levou à restauração da dinastia de Bragança.
d) pela divisão do país e construção de uma república positivista, que abarcou o Sul e o Sudeste.
e) pela instituição de um regime federalista aos moldes dos Estados Unidos da América.
2. O general Góis Monteiro, Ministro da Guerra de Getúlio Vargas, afirmava em uma carta dirigida ao
presidente, em 1934: "O desenvolvimento das ideias sociais preponderantemente nacionalistas e o
combate ao estadualismo (provincialismo, regionalismo, nativismo) exagerado não devem ser
desprezados, assim como a organização racional e sindical do trabalho e da produção, o
desenvolvimento das comunicações, a formação das reservas territoriais e milícias cívicas, etc., para
conseguir-se a disciplina intelectual desejada e fazer desaparecer a luta de classes, pela unidade de
vistas e a convergência de forças para a cooperação geral, a fim de alcançar o ideal comum à
nacionalidade".
No trecho dessa carta estão expressos pontos centrais do regime instalado após a Revolução de 1930,
entre eles:
a) organização de milícias estaduais, regulamentação das relações trabalhistas e educação.
b) estímulo à autonomia dos Estados, organização de milícias estaduais e nacionalismo.
c) organização de milícias estaduais, centralização política e educação.
d) centralização política, regulamentação das relações trabalhistas e nacionalismo.
e) estímulo à autonomia dos Estados, regulamentação das relações trabalhistas e educação.
3. Em março de 1934, Luís Carlos Prestes fundou uma frente popular, a Aliança Nacional Libertadora, que
objetivava atrair setores democráticos e antifascistas da sociedade para um programa de reformas
políticas e sociais. O governo de Vargas perseguiu Prestes devido à:
a) emergência de regimes autoritários na Europa influenciando a organização partidária no Brasil.
b) cooptação dos sindicatos pelo Estado, com suas sedes tornando-se locais da propaganda oficial.
c) proposta política de estabelecer um governo revolucionário no Brasil alinhado com a União
Soviética.
d) organização da Ação Integralista Brasileira, que defendia um projeto de Estado autoritário para o
país.
e) rivalidade entre integralistas e aliancistas, os quais mobilizaram o país, ampliando o clima de
confrontos.
4. A Constituição federal brasileira de 1934, a segunda da República, manteve a base liberal e democrática
da anterior, mas incorporou novidades importantes, entre elas:
a) a implantação do sufrágio universal e secreto, o voto direto e obrigatório para todos os cidadãos
e independência dos três Poderes da República;
b) o regime representativo e federativo, a autonomia dos estados, o direito ao habeas corpus, a
criação do casamento civil e do serviço militar obrigatório;
c) a dissolução dos partidos políticos e do Parlamento, a instituição do imposto sindical, a criação da
Polícia Secreta e do Ministério do Trabalho;
d) o estabelecimento da jornada de trabalho de 44 horas semanais, o amplo direito de greve, o
seguro-desemprego e a criação do pluripartidarismo;
e) o direito de voto feminino, a legislação trabalhista, o salário-mínimo para os trabalhadores e a
criação das justiças Eleitoral e do Trabalho.
H
is.
5. A respeito do contexto em que foi concebida a Constituição de 1934, o historiador Marco Antônio Villa
fez as seguintes considerações:
O culto do Estado forte é típico do período. Os Estados Unidos não eram mais o modelo. A inspiração
vinha da Europa, do totalitarismo. Todos atacavam as ideias liberais, consideradas anacrônicas. O
escritor e ex-deputado Afonso Arinos, que anos depois seria um dos mais importantes líderes da União
Democrática Nacional (UDN) e um dos mais enfáticos defensores do liberalismo, escreveu, em carta a
a instalação dos trabalhos, e criticando o líder mineiro Antônio Carlos, que
(VILLA, Marco Antônio. História das Constituições Brasileiras. São Paulo: Editora LEYA, 2011.).
Partindo das considerações de Villa, é possível afirmar que:
a)
o autor erra ao dizer que os modelos europeus eram totalitários.
b)
instituição do Estado Novo.
c)
primeira da República.
d) o governo constitucional de Vargas caracterizou-se pelo pluralismo político e pela política de
descentralização do poder na esfera do executivo.
e) as ideias liberais triunfaram no governo constitucional de Vargas, tendo prosseguido em franco
desenvolvimento durante o Estado Novo, a partir de
6. -se ler o seguinte, em seu primeiro artigo:
Art 1º - Promulgada esta Constituição a Assembleia Nacional Constituinte elegerá, no dia imediato, o
Presidente da República para o primeiro quadriênio constitucional.
§ 1º - Essa eleição far-se-á por escrutínio secreto e será em primeira votação, por maioria absoluta de
votos, e, se nenhum dos votados a obtiver, por maioria relativa, no segundo turno.
[...]
§ 3º - O Presidente eleito prestará compromisso perante a Assembleia, dentro de quinze dias da eleição
e exercerá o mandato até 3 de maio de 1938.
Considerando que Vargas estava à frente do poder executivo desde 1930, quando houve o golpe contra
de 1934:
a) não favoreceu Vargas, haja vista que ele precisava, nessa época, do voto popular para permanecer
à frente da presidência da República.
b) favoreceu os antigos oligarcas de antes da Revolução de 1930.
c) deflagrou uma nova insurreição armada no Estado de São Paulo.
d) beneficiou o legado da Revolução de 1930 e o poder centralizador de Vargas ao não convocar
eleições diretas para presidente.
e) não favoreceu Vargas, pois Carlos Lacerda, com o apoio da UDN, foi eleito presidente em 1934
7. Pode-se afirmar que, entre os principais motivos de ter havido uma Assembleia Constituinte para a
concepção da Constituição de 1934, está:
a) a pressão de militares, como o general Costa e Silva, para que o governo tivesse uma nova
Constituição.
b) a colaboração ideológica do Partido Comunista Brasileiro para a formação do modelo de governo
de Getúlio Vargas.
c) a influência do modelo de Estado dos EUA.
d) a influência do modelo parlamentarista da Inglaterra.
e) a pressão política advinda da Revolução de 1932.
H
is.
8. A política industrial da Era Vargas caracterizou-se por promover:
a) a internacionalização da economia, com ênfase na produção de bens de consumo.
b) as bases para a expansão industrial, por meio de uma política econômica intervencionista,
pragmática e nacionalista.
c) a introdução de capitais estrangeiros e a prática econômica liberal.
d) a redução do papel do Estado no desenvolvimento econômico.
e) a reintegração do país no sistema econômico mundial, por meio da monocultura cafeeira.
9. Com respeito à Ação Integralista no Brasil, na década de 1930, é correto afirmar que
a) foi uma cópia fiel do fascismo italiano, inclusive nas cores escolhidas para o uniforme usado nas
manifestações públicas.
b) foi um movimento sem expressão política, pois não tinha líderes intelectuais, nem adesão popular.
c) tinha como principais marcas o nacionalismo, a base sindical corporativa e a supremacia do Estado.
d) elegeu católicos, comunistas e positivistas como antagonistas mais significativos.
e) foi um movimento financiado pelo governo getulista, o que explica sua sobrevivência.
10. O fato é que de obra de ficção o documento foi transformado em realidade, passando das mãos dos
integralistas à cúpula do Exército. A 30 de setembro, era transmitido pela "Hora do Brasil" e publicado
em parte nos jornais. (Fausto, Boris. História do Brasil. São Paulo. Edusp, 1996).
O documento a que o texto se refere ajudou Getúlio Vargas a dar o golpe que criou o Estado Novo.
Trata-se do:
a) Plano Bresser
b) Plano Quinquenal
c) Plano de Metas
d) Plano Nacional de Desenvolvimento
e) Plano Cohen
QUESTÃO CONTEXTO
que à frente da Revolução Getúlio Vargas assumiu a Presidência do Brasil. Era um tempo novo que se abria o desenvolvimento industrial as leis trabalhistas ele cria é a Previdência Social Eram anos de conquista e de grande agitação pelo poder de 32 a 37, aquele estadista reprimiu os paulistas comunistas e integralistas. Mas não há quem esconda seu valor de idealista, basta falar em Volta Redonda, (...) "
(Gomes, Dias e Gullar, Ferreira. Dr. Getúlio: sua vida e sua glória. São Paulo, Civilização Brasileira, 1968. pp. 10 e 11)
Indique duas características do governo de Getúlio Vargas, no período entre 1930 e 1937, ressaltando alguns
dos principais incorporados.
H
is.
GABARITO
Exercícios
1. b
A ascensão de Vargas ao poder marcou um processo de descentralização dos poderes regionais do Brasil,
então controlados por oligarquias que mantinham sua influência tanto sobre a economia quanto sobre a
política. Em Goiás, por exemplo, a família Caiado exercia tal influência e foi destituída de seu domínio
pelo interventor Pedro Ludovico Teixeira.
2. d
e ao
a fim de alcançar o ideal comum à nacionalid
regionais (estadualismo) e políticas voltadas ao controle do regime de trabalho.
3. c
Assim como Plínio Salgado com a Ação Integralista Brasileira tinha um projeto de alterar profundamente
a estrutura política do país inspirado no fascismo europeu, Luís Carlos Prestes fundou a Aliança
Libertadora Nacional com o mesmo propósito, porém inspirado no comunismo revolucionário
internacional, cujo poder central era a URSS. Ambas as tentativas foram dissuadidas pelo governo Vargas.
4. e
A
Constituição de 1934. Entretanto, essas medidas acabaram ocultando uma face autoritária do governo
Vargas, que foi escancarada em 1937 com o Golpe do Estado Novo. As medidas elencadas pela alternativa
Entretanto, essas medidas
acabaram ocultando uma face autoritária do governo Vargas, que foi escancarada em 1937 com o Golpe
do Estado Novo.
5. c
A primeira constituição da República do Brasil foi promulgada em 1891 e tinha como modelo principal a
constituição dos Estados Unidos da América, como acentua Marco Antônio Villa.
6. d
Apesar de dar uma base constitucional ao país, depois de quatro anos de intervenção, Getúlio Vargas
conseguiu, por meio da própria Constituição aprovada, permanecer no poder, valendo-se do mecanismo
do voto indireto, já que tinha entre deputados e senadores a maioria necessária para tanto.
7. e
A Revolução Constitucionalista de 1932, que teve sua expressão maior no estado de São Paulo, onde
foram travadas batalhas entre a polícia paulista e as tropas do governo federal, defendia como pauta
principal a reivindicação de uma Constituição para o país. A guerra gerada em 1932 acabou por produzir
uma tensão política no Brasil à época, fato que impeliu o governo provisório de Vargas a convocar uma
Assembleia Constituinte.
8. b
A partir de 1930 a industrialização passa a ser uma preocupação governamental, incentivada e
sistematizada, em seu primeiro momento, pelo Estado.
H
is.
9. c
Inspirado no Fascismo, a AIB teve com principal líder Plínio Salgado.
10. e
O Plano Cohen apontada para eminência de um suposto plano comunista de golpe. É a partir dele que
Getúlio Vargas justificava o golpe que dá início do Estado Novo.
Questão Contexto
Dentre duas características do Governo Provisório e constitucional (entre 1930-1937) podemos destacar a
centralização do poder; a elaboração da constituição de 1934 (onde são incorporados os direitos trabalhistas
e o voto feminino); a promoção do desenvolvimento industrial
H
is.
His.
Professor: Renato Pellizzari
Monitor: Octavio Correa.
H
is.
A Primeira República no Brasil -
crise 10
set
RESUMO
A sociedade antes da revolução de 1930, estava em um grau de agitação muito alto, diversos grupos desde
os primeiros anos da república contestaram o modelo vigente ou os políticos dentro desse modelo. As
revoltas da armada, as greves gerais dos primeiros vinte anos do século XX, o cangaço, o Arraial de Canudos
e a Guerra do Contestado são exemplos de como o governo tratava as questões sociais.
Influenciados pelos ideais positivistas os militares e os civis no poder tratavam as questões sociais como casos
militares e com extrema violência, logo, a revolta das camadas mais pobres acabava aumentando com as
reações desmedidas do governo. Não somente a população civil estava descontente com o governo, a baixa
oficialidade do exército não via com bons olhos essa alternância de poder entre os cafeicultores de São Paulo
e Minas Gerais.
Assim, surgiram movimentos dentro dos quartéis, o tenentismo é um movimento dos jovens oficiais do
exército que mesmo sem um projeto ideológico claro eles defendiam a moralização da política nacional e o
voto secreto. Esse movimento foi um dos mais marcantes do Brasil, a revolta do Forte de Copacabana em
1922 foi o início do movimento, onde dezessete militares e um civil se revoltaram contra a presidência de
Arthur Bernardes.
Esse movimento com o tempo ganhou apoio da burguesia industrial, banqueiros e as oligarquias dissidentes,
apoios o movimento cresceu e ganhou mais adeptos e mais tarde financiamento para a empreitada
revolucionária de 1930.
O Crescimento da Crise Econômica e Política.
Além das políticas sociais a crise de 1929 afetou completamente a economia agroexportadora do café o que
abalou o poder econômico das elites cafeeiras do Sudeste, a inerência em ir ao socorro das populações mais
carentes e a diminuição do poder econômico foram importantíssimos no início da revolução de 1930.
Além disso o rompimento da aliança entre o PRM (Partido Republicano Mineiro) e o PRP (Partido Republicano
Paulista) acabou por enfraquecer ainda mais as velhas oligarquias, que no setor político vinham enfrentando
oposições armadas desde os primeiros anos de seus governos. A cisão ajudou de tal forma na queda do
regime, que as eleições de 1929 foram marcadas não somente pelas fraudes em favor das velhas oligarquias,
mas com diversos casos de partidários mortos dos dois lados.
Assim, o terreno para a tomada do poder por Getúlio Vargas estava preparado, uma população que nunca
apoio de fato os governantes, com as baixas oficialidades do exército e a população urbana já cansada da
exclusão do poder político e por advir do exército havia também um forte pensamento nacionalista de
integração nacional, o que era o contrário do federalismo implementado do durante os governos
oligárquicos.
H
is.
EXERCÍCIOS
1. venceu o candidato governista Júlio Prestes com mais de um milho de votos, contra 737 000 para
Getúlio Vargas. A Aliança Liberal estava derrotada! O slogam
(In Nosso Século. São Paulo: Abril Cultural. v. 5. p. 34).
É fácil notar que o trecho está tratando do contexto político-eleitoral de 30, em relação ao qual é
correto dizer mais que:
a) Tais eleições tiveram seus resultados plenamente respeitados pelos atores do processo respectivo;
b) Consagrou uma alternância legal e legítima de poder à frente da presidência da república;
c) Imerso o Brasil em profunda crise social, mas com economia vigorosa e sem sobressaltos, a
presidência Júlio Prestes foi das mais profícuas que o Brasil conheceu em sua história republicana;
d) São Paulo foi vanguardista das mudanças impostas ao país, e o fez pelo levante popular de 9 de
e) a Aliança Liberal acabou por triunfar sob a liderança de uma fração militar e de Getúlio Vargas,
quebrando a ordem constitucional vigente e organizando novo governo federal.
2. "A década de 1920 foi marcada pela instabilidade política. Até então, a governabilidade do país era
garantida por um pacto entre as elites agrárias (as oligarquias). Este pacto se expressava na política dos
governadores, na aliança café-com-leite, no coronelismo e na dominação regional das oligarquias." (ARRUDA, J. J. de A. & PILETTI, N. Toda História: História Geral e do Brasil. São Paulo: Ática, 2002. p. 355.)
A respeito da História do Brasil da década de 1920, assinale a alternativa incorreta.
a) No ano de 1922, a guarnição militar do Forte de Copacabana se rebelou, exigindo a renúncia do
presidente Artur Bernardes. O levante foi derrotado, e o episódio ficou conhecido como "Os
Dezoito do Forte de Copacabana".
b) Constituído por jovens tenentes e capitães, o Tenentismo foi um movimento de enfrentamento ao
governo federal, exigindo mudanças políticas como voto secreto e reforma do ensino.
c) Na década de 1920, o café continuava sendo um dos principais sustentáculos da economia
brasileira, e, no meado da década, o Brasil já era responsável por 3/5 da produção mundial.
d) O descontentamento de vários segmentos sociais com a situação vivida no Brasil durante a década
de 1920 culminou na chamada Revolução de 1930, que levou Getúlio Vargas ao poder.
e) A década de 1920 foi marcada também pela primeira eleição brasileira em que o Partido Comunista
elegeu uma grande bancada na Câmara Federal.
3. Em tempos de forte turbulência republicana, o ano de 1922 converteu-se em marco simbólico de
grandes rupturas e da vontade de mudança. Eventos como a Semana de Arte Moderna, o levante
tenentista, a criação do Partido Comunista e ainda a conturbada eleição presidencial sepultaram
simbolicamente a Velha República e inauguraram uma nova época.
Pode-se afirmar que a situação descrita decorre, sobretudo,
a) do forte crescimento urbano e das classes médias.
b) do descontentamento generalizado dos oficiais do Exército.
c) da postura progressista das elites carioca e paulista.
d) do crescimento vertiginoso da industrialização e da classe operária.
e) da influência das vanguardas artísticas europeias e norte-americanas.
4. Em 1930, um golpe colocou Getúlio Vargas no poder. Esse ato foi justificado pelas acusações de que
grupo vitorioso com relação
a) à predominância de São Paulo na federação?
b) às práticas políticas imperantes nas eleições?
H
is.
5. Num momento em que o Estado republicano oligárquico já apresentava sintomas de declínio o
problema criado pela sucessão, até então dividida entre São Paulo e Minas Gerais, desencadeou o fim
do regime. (Leonel Itaussu. História do Brasil).
Considerando que as atuais circunstâncias do país exigem de todos o sacrifício das suas comodidades
e interesses, em favor da defesa da causa pública, resolveram os abaixo-assinados fundar um partido
ao qual denominaram Partido Democrático, nome assaz significativo por inculcar o seu principal
objetivo, de obter para o povo o livre exercício da soberania e da escolha de seus representantes. -1930)
Os textos apresentam o cenário vivido pelo Brasil quando da disputa à sucessão do presidente
Washington Luís. Quanto ao envolvimento do Partido Democrático nesta eleição, aponte a alternativa
que demonstre qual era a composição do Partido Democrático (PD) e qual foi a sua posição na eleição:
a) O PD era composto por membros da aristocracia cafeeira e apoiou a candidatura de Júlio Prestes.
b) O PD era formado por dissidentes do Partido Republicano Paulista (PRP) e apoiou o candidato da
Aliança Liberal.
c) O PD era composto exclusivamente por membros da classe média e seguiu a atitude de Luís Carlos
Prestes que se recusou a apoiar algum candidato.
d) O PD surgiu como um movimento operário e seguiu as posições defendidas pelo Partido
Comunista.
e) O PD contava com intensa influência de militares e a exemplo dos tenentistas apoiou a candidatura
de Júlio Prestes, candidato lançado pelo governo.
6. Manifesto de Luís Carlos Prestes (maio/1930):
mistificado todo o
povo, por uma campanha aparentemente democrática, mas que, no fundo, não era mais do que a luta
entre os interesses contrários de duas correntes oligárquicas, apoiadas e estimuladas pelos dois
grandes imperialismos que nos escravizam e aos quais os politiqueiros brasileiros entregam, de pés e
mãos atados, toda a Nação. Fazendo tais afirmações, não posso, no entanto, deixar de reconhecer
entre os elementos da Aliança Liberal grande número de revolucionários sinceros, com os quais creio
poder continuar a contar na luta franca e decidida que ora proponho contra todos os opressores. [...]
Contra as duas vigas mestres que sustentam economicamente os atuais oligarcas, precisam, pois, ser
dirigidos os nossos golpes a grande propriedade territorial e o imperialismo anglo-americano. Essas,
as duas causas fundamentais da opressão política em que vivemos e das crises econômicas em que nos
debatemos. [...] O governo dos coronéis, chefes políticos, donos da terra, só pode ser o que aí temos:
opressão In: TÁVORA, Juarez. Memórias: uma vida e muitas lutas. Rio de Janeiro: Ed. José Olímpio, 1973.
De acordo com o texto e com seus conhecimentos, é correto afirmar que o Manifesto se posiciona
a) a favor de uma república comunista, nos moldes da soviética, e, para tanto, apoia a Aliança Liberal,
que ganhou as eleições de 1930.
b) contra a Aliança Liberal, por ela manter os privilégios oligárquicos associados ao imperialismo
anglo-americano, defendendo a ideia de uma revolução popular no Brasil.
c) contrário à Aliança Liberal, mantenedora da estrutura oligárquica de poder, ao defender, entre
d) de forma neutra, uma vez que havia, na formação da Aliança Liberal, os Partidos Republicanos
Paulista, Rio- -com-
e) em prol da Aliança Liberal como meio para os trabalhadores urbanos e rurais chegarem ao poder,
seguindo o modelo do comunismo pregado por Mao-Tsé-Tung, q
H
is.
7. O economista Celso Furtado, em seu livro Formação Econômica do Brasil, na última parte, analisa os
efeitos da Grande Depressão de 1929 sobre a Economia Brasileira, particularmente em relação à
produção de café e à industrialização. Dentre as afirmações de Furtado, podemos citar
a) a Grande Depressão de 1929 que provocou a crise do setor cafeeiro e induziu a diversificação das
exportações agrícolas.
b) a Grande Depressão de 1929 que provocou a crise do setor cafeeiro e a mudança do eixo dinâmico
da economia para a região nordeste.
c) a Grande Depressão de 1929 que não atingiu o setor cafeeiro, pois este produzia para o mercado
interno.
d) a Grande depressão de 1929 que provocou a crise do setor cafeeiro e induziu, indiretamente, o
crescimento da produção industrial para o mercado interno.
e) a Grande depressão de 1929 que provocou a crise do setor cafeeiro e induziu, indiretamente, o
crescimento da produção industrial para o mercado externo.
8. era uma pausa revigorante na alucinação da vida cotidiana. Alguém dirá que nem tudo era paz nos
cafés de antanho, que havia muita briga e confusão neles. E daí? Não será por isso que lamento seu
desaparecimento do Rio de Janeiro. Hoje, se houver desaforo, a gente o engole calado e humilhado.
Já não se pode nem brigar. Não há clima nem espaço. ALENCAR, E. Os cafés do Rio. In: GOMES, D Antigos cafés do Rio de Janeiro. Rio de Janeiro: Kosmos, 1989 (adaptado).
O autor lamenta o desaparecimento dos antigos cafés pelo fato de estarem relacionados com
a) a economia da República Velha, baseada essencialmente no cultivo do café.
b)
c) a especulação imobiliária, que diminuiu o espaço disponível para esse tipo de estabelecimento.
d)
e) o aumento da violência urbana, já que as brigas, cada vez mais frequentes, levaram os cidadãos a
abandonarem os cafés do Rio de Janeiro.
9. Vitoriosa a revolução, abre-se uma espécie de vazio de poder, por força do colapso político da
burguesia do café e das demais frações de classe para assumi-lo em caráter exclusivo. O Estado de
Compromisso é a resposta para essa situação.
Boris Fausto
O texto nos permite concluir que, após a Revolução de 1930, estabeleceu-se no país:
a) A mesma estrutura política existente no período anterior.
b) A centralização, pelo governo, das decisões políticas e financeiras, dentro de um quadro de
alianças, em virtude da heterogeneidade das forças revolucionárias.
c) O total desaparecimento do poder e do prestígio das forças oligárquicas.
d) A ascensão da burguesia industrial, única classe que deu total apoio a Vargas no processo
revolucionário.
e) O isolamento das forças armadas e da máquina burocrática do Estado, que no participaram do
Estado de Compromisso.
10. Reflita sobre o texto.
A Revolução de 1930 põe fim à hegemonia da burguesia do café (...). O episódio revolucionário
expressa a necessidade de reajustar a estrutura do país, cujo funcionamento, voltado essencialmente
para um único gênero de exportação, se torna cada vez mais precário. A oposição ao predomínio da
burguesia cafeeira não provém, entretanto, de um setor industrial (...). Pelo contrário, dadas as
características da formação social do país, há uma complementaridade básica entre interesses agrários
e industriais. (Boris Fausto. A Revolução de 1930. São Paulo: Brasiliense, 1972. p. 112-114)
H
is.
O texto analisa elementos socioeconômicos importantes da sociedade brasileira na Primeira República
(1889-1930). As ideias do texto confirmam que:
a) o sistema agrário brasileiro sofreu transformações substanciais na década de 1930, com o
surgimento da indústria pesada e de bens de consumo duráveis.
b) a indústria brasileira se expandiu nas primeiras décadas do século XX devido, em grande parte, à
aplicação de capital cafeeiro na produção de artigos manufaturados.
c) a crise por qual passou a economia brasileira nas duas primeiras décadas do século XX estava
diretamente relacionada ao fato de os governos terem mantido o café como único produto de
exportação.
d) a burguesia cafeeira brasileira tornou-se revolucionária na medida em que foi agente do processo
de diversificação da produção econômica do país, ocorrido na primeira década do século XX.
e) as contradições entre os interesses dos setores agrários e dos setores industriais representaram
obstáculos para o desenvolvimento industrial do Brasil na década de 1930
QUESTÃO CONTEXTO
A política começada com Campos Sales ainda em 1896 chegou ao seu esgotamento durante a crise de 1929,
após diversas revoltas como Canudos, Contestado, Revolta da Vacina, Revolta da Chibata entre outras além
das sublevações militares como as duas Revoltas da Armada e as ligadas ao tenentismo como a Coluna
Prestes, as Revoltas Tenentistas de 1922 e 1924 respectivamente no Rio de Janeiro e São Paulo.
a) Aponte uma característica comum das revoltas sociais ligadas às políticas da Primeira República.
b) Aponte as principais reivindicações dos tenentistas.
H
is.
GABARITO
Exercícios
1. e
depois de diversas fraudes eleitorais desde o início da república foram o meio da manutenção do poder
pelos paulistas e mineiros, provocando um maior descontentamento das classes urbanas e dos jovens
militares tenentistas.
2. e
o partido fundado em 1922 emplacou parlamentares em grande parte por causa dos descontentamentos
operários frente às políticas sociais que eram esquecidas pelo governo, sem contar que as fraudes
eleitorais acontecidas no campo desvalorizavam o voto dos habitantes urbanos.
3. a
as mudanças no texto causadas pelo crescimento das populações urbanas foi o que tirou o Brasil de uma
ordem impressa no fim do século XIX com a subida de Vargas ao poder essa ordem se moderniza com a
industrialização e as legislações trabalhistas.
4. a) As oligarquias e os grupos dissidentes no movimento de 1930 criticavam, entre outros aspectos, o
predomínio dos interesses do setor ligado à produção cafeeira, representado pela burguesia paulista
tanto do ponto de vista político (política do café-com-leite), como do ponto de vista econômico (o
Convênio de Taubaté de 1906, por exemplo), ou seja, do uso que a mesma fazia do Estado para a
consecução de seus interesses.
b) A República instaurou o sufrágio universal, alargando significativamente o número de eleitores.
Todavia, tratava-se do sufrágio universal masculino, e o voto era aberto. Dado que a maioria da população
era rural, esta, transformada em eleitores, tornou-se cativa dos grandes proprietários rurais que, por
intermédio dos mais variados estratagemas troca de favores, "voto de cabresto", uso das mais variadas
formas de coação faziam com que as eleições se transformassem em um "jogo de cartas marcadas",
perpetuando no poder as oligarquias então dominantes. Para além desses aspectos, não havia no período
uma justiça eleitoral, ficando a fiscalização dos procedimentos eleitorais e a diplomação de candidatos
eleitos controladas pelos próprios interessados.
As duas letras estão interligadas, assim podemos dizer que o predomínio Mineiro e Paulista no cenário
nacional era graças ás fraudes eleitorais e intimidações que imperavam nos processos e fazia que as elites
que dominavam a política sempre permanecessem dominando, assim as críticas feitas pelos tenentistas
se interligavam e davam um panorama da política nacional.
5. b
o partido era formado principalmente de integrantes das classes médias urbanas, principalmente os
ligados a Faculdade de Direito e ao jornal O Estado de São Paulo, assim estes tinham uma visão mais
democrática e liberal no sentido político.
6. b
após seu refúgio na Bolívia junto com a Coluna Prestes, o militar entra em contato com as ideologias de
esquerda e não compactua com as lideranças da Aliança Liberal que manteve a ordem capitalista
entrando em acordo com as velhas oligarquias e não emancipando de fato os trabalhadores em sua visão.
7. d
antes mesmo da crise do café a velha oligarquia começa a investir na industrialização, principalmente em
São Paulo e no Rio de Janeiro para diversificar seus lucros, com a crise esse movimento financeiro
aumenta e influencia a industrialização brasileira.
H
is.
8. d
o relato do texto é um exemplo da modernização e da entrada do Brasil no capitalismo industrial que
punha a nação em um novo ritmo de vida.
9. b
as alianças formadas durante o período revolucionário foram feitas a fim de instituir o comando sob a
égide de Vargas, que centralizou as decisões nacionais desmembrando os poderes dos estados e das
elites regionais.
10. b
a diversificação dos investimentos cafeeiros foi a resposta para a manutenção dos lucros frente a crise de
1929, isso ajudou imensamente na industrialização brasileira.
Questão Contexto
a) As questões sociais da primeira república eram deixadas de lado em detrimento das questões políticas e
econômicas, essas revoltas apesar de muito diferentes reuniam dentre seus participantes a revolta
espontânea ou planejada motivada pela condição social miserável que o governo deixou a população mais
pobre.
b) Suas principais motivações eram em linhas gerais a liberalização política do Brasil, como o voto secreto, a
criação de uma justiça eleitoral, o fim das fraudes e a valorização das questões trabalhistas e sociais.
L
it.
Lit.
Professor: Amara Moira
Monitor: Pamela Puglieri
L
it.
Pré-Modernismo e Vanguardas
Europeias
12
set
RESUMO
O PRÉ-MODERNISMO
O pré-modernismo pode ser considerado um período de transição entre os movimentos literários situados
ao final do século XIX e início do século XX. Tal fato ocorre porque muitos autores daquele período passaram,
aos poucos, a se aproximarem de uma inovação temática, formal e linguística (características essas que só se
consolidarão na 1ª fase do Modernismo). No entanto, ao mesmo tempo, os autores ainda se sentiam presos
a valores conservadores que marcaram o século XIX (como exemplo, a valorização da linguagem culta), por
isso, a noção de transição. É muito importante observar como as obras pré-modernista começaram a inserir,
nos textos em prosa, uma preocupação com a identidade nacional.
CONTEXTO HISTÓRICO
O contexto histórico liga-se diretamente à produção literária, pois os ideais daquela época contribuíram para
a criação de textos com maior engajamento social. Além disso, tal período de transição começou próximo
ao início do século XX e terminou em 1922, ano da Semana de Arte Moderna. Entre os acontecimentos
históricos que motivaram uma maior preocupação social no âmbito literário, podemos destacar: A Revolta
de Canudos (1896-97), A Revolta da Vacina (1904), a Greve dos Operários (1917) e o período da República Café
Com Leite (1894- 1930).
(Imagem da Guerra de Canudos)
http://www.grupoescolar.com/a/b/915D6.jpg
CARACTERÍSTICAS DO PRÉ-MODERNISMO
Conheça os principais aspectos que marcaram o pré-modernismo:
a) Preocupação e denúncia social;
b) Uso de dialetos regionais nas prosas;
c) Linguagem coloquial;
d) Foco na classe marginalizada;
e) Foco na região Nordeste;
f) Sincretismo literário;
g) Romances com engajamento sociopolíticos;
h) Interesse na realidade brasileira;
i) Tendências deterministas (provindas do movimento Realista-Naturalista).
L
it.
Além disso, não podemos esquecer dos autores que mais se destacaram neste momento: na prosa, temos
João do Rio, Euclides da Cunha, Lima Barreto, Graça Aranha e Monteiro Lobato. Já no âmbito da poesia, o
autor Augusto dos Anjos se destaca por sua temática de cu
decomposição orgânica e seu tom de intensa melancolia e pessimismo.
TEXTOS DE APOIO
Texto I
[...] A entrada dos prisioneiros foi comovedora. [...]
Os combatentes contemplavam-nos entristecidos. Surpreendiam-se, comoviam-se. O arraial, in extremis,
punha-lhes adiante, naquele armistício, uma legião desarmada, mutilada, faminta e claudicante, num assalto
mais duro que os das trincheiras em fogo. Custava-lhes admitir que toda aquela gente inútil e frágil saísse tão
numerosa ainda dos casebres bombardeados durante três meses. Contemplando-lhes os rostos baços, os
arcabouços esmirrados e sujos, cujos molambos em tiras não encobriam lanhos, escaras e escalavros a
vitória tão longamente apetecida decaía de súbito. Repugnava aquele triunfo. Envergonhava. Era, com efeito,
contraproducente compensação a tão luxuosos gastos de combates, de reveses e de milhares de vidas, o
apresamento daquela caqueirada humana [...], entre trágica e imunda, passando-lhes pelos olhos, num
longo enxurro de carcaças e molambos...
Nem um rosto viril, nem um braço capaz de suspender uma arma, nem um peito resfolegante de campeador
domado: mulheres, sem-número de mulheres, velhas espectrais, moças envelhecidas, velhas e moças
indistintas na mesma fealdade, escaveiradas e sujas, filhos escanchados nos quadris desnalgados, filhos
encarapitados às costas, filhos suspensos aos peitos murchos, filhos arrastados pelos braços, passando;
crianças, sem-número de crianças; velhos, sem-número de velhos; raros homens, enfermos opilados, faces
túmidas e mortas, de cera, bustos dobrados, andar cambaleante. [...]
[...] Uma megera assustadora, bruxa rebarbativa e magra [...] rompia, em andar sacudido, pelos grupos
miserandos, atraindo a atenção geral. Tinha nos braços finos uma menina, neta, bisneta, tataraneta talvez. E
essa criança horrorizava. A sua face esquerda fora arrancada, havia tempos, por um estilhaço de granada; de
sorte que os ossos dos maxilares se destacavam alvíssimos, entre bordos vermelhos da f
A face direita sorria. E era apavorante aquele riso incompleto e dolorosíssimo aformoseando uma face
extinguindo-se repentinamente na outra [...].
Aquela velha carregava a criação mais monstruosa da campanha. Lá se foi com seu andar agitante, [...]
(CUNHA, Euclides da. Os sertões: campanha de Canudos. Edição Especial. Rio de Janeiro: Francisco Alves, 1980.)
Texto II
Enfim, arrasada a cidadela maldita! Enfim, dominado o antro negro, cavado no centro de adusto sertão, onde
o Profeta das longas barbas sujas concentrava a sua força diabólica, feita de fé e patifaria, alimentada pela
superstição e pela rapinagem. (BILAC, Olavo. Cidadela maldita. In: Vossa insolência: crônicas. São Paulo: Companhia das Letras, 1996.)
Texto III
[...] a verdade nua manda dizer que entre as raças de variado matiz, formadoras da nacionalidade e metidas
entre o estrangeiro recente e o aborígene de tabuinha no beiço, uma existe a vegetar de cócoras, incapaz de
evolução, impenetrável ao progresso. Feia e sorna [preguiçosa], nada a põe de pé. [...]
Jeca Tatu é um piraquara [caipira] do Paraíba, maravilhoso epítome [resumo] de carne onde se resumem
todas as características da espécie.
De pé ou sentado as idéias se lhe entramam, a língua emperra e não há de dizer coisa com coisa.
De noite, na choça de palha, acocora-se em frente ao fogo para "aquentá-lo", imitado da mulher e da prole.
Para comer, negociar uma barganha, ingerir um café, tostar um cabo de foice, fazê-lo noutra posição será
desastre infalível. Há de ser de cócoras. [...]
[...]
Pobre Jeca Tatu! Como és bonito no romance e feio na realidade!
Jeca mercador, Jeca lavrador, Jeca filósofo...
Seu grande cuidado é espremer todas as consequências da lei do menor esforço - e nisto vai longe. [...]
Um terreirinho descalvado rodeia a casa. O mato o beira. Nem árvores frutíferas, nem horta, nem flores - nada
revelador de permanência.
L
it.
Há mil razões para isso; porque não é sua a terral porque se o "tocarem" não ficará nada que a outrem
"Não paga a pena".
Todo o inconsciente filosofar do caboclo grulha nessa palavra atravessada de fatalismo e modorra. Nada paga
a pena. Nem culturas, nem comodidades. De qualquer jeito se vive. (LOBATO, Monteiro. Urupês. 37 ed. São Paulo: Brasiliense, 2004.)
AS VANGUARDAS EUROPEIAS
artísticas. No entanto, muitos artistas sentiam-se presos a moldes tradicionais e há, então, a necessidade de
criar uma arte que contemplasse a liberdade de expressão e a criatividade dos artistas, numa tentativa de
combater a arte mimética. Surgem, assim, as vanguardas europeias.
inicial. Tal noção faz com que compreendamos melhor o intuito dessas inovações artísticas e a sua vontade
de romper com tudo aquilo que era considerado arcaico.
É importante dizer que essas correntes não aconteceram no Brasil, mas impulsionaram os autores, músicos e
artistas da terra tupiniquim a reformularem a visão que esses tinham sobre a arte e, ainda, divulgarem suas
novas ideias e percepções a partir da Semana de Arte Moderna, que ocorreu em São Paulo, em 1922.
Veja, a seguir, as vanguardas mais marcantes daquele período e que, ainda hoje, inspiram inúmeros artistas:
a) Cubismo: corrente voltada à valorização de imagens simbolizadas a partir de formas geométricas, imagens
fragmentadas, de modo a fomentar uma visão mais perspectivada. O maior representante do Cubismo, sem
dúvidas, é Pablo Picasso.
(Guernica, de Pablo Picasso)
b) Dadaísmo: corrente mais radical, mostra-se totalmente contrária a todas as influências artísticas da
tradição. Utiliza imagens de forma que incitem ao deboche, ao humor, a instabilidade do interlocutor. O
dadaísmo surgiu a partir do medo e insegurança provocados pela Primeira Guerra Mundial. Os nomes mais
marcantes são Marchel Duchamp, Tristan Tzara e Hugo Ball.
L
it.
(meme da internet com influência dadá)
http://s3-sa-east-1.amazonaws.com/descomplica-blog/wp-content/uploads/2014/10/mona-1.jpg
c) Expressionismo: corrente voltada à expressão do mundo interior do artista. Presença de imagens que
deformam a realidade e valorização do caráter subjetivo. Destaque para Van Gogh, Paul Klee e Edvard Munch.
(Auto retrato, de Vincent Van Gogh)
d) Futurismo: corrente influenciada pelas ações progressivas e futuristas da época, valorização da cor cinza
e dos automóveis e aviões. Os principais artistas são Fillippo Tommaso Marinetti, Umberto Boccioni e
Giacomo Balla.
(Velocidade do automóvel, de Giacomo Balla)
e) Surrealismo: corrente com influência onírica, arte que mistura a realidade com o irreal, o fictício. O
principal artista é Salvador Dalí.
L
it.
(A tentação de Santo Antonio, de Salvador Dalí)
Perceba que todas essas correntes se diferem entre si, o que mostra a importância da consolidação de
liberdade de expressão de cada artista. As vanguardas terão grande influência no movimento Modernista do
século XX, pois irá engajar os autores literários a romperem com a arte conservadora e implantarem diferentes
perspectivas e temáticas, adaptando à realidade nacional.
EXERCÍCIOS
1. Fragmento de Triste fim de Policarpo Quaresma
"Policarpo era patriota. Desde moço, aí pelos vinte anos, o amor da Pátria tomou-o todo inteiro. Não
fora o amor comum, palrador e vazio; fora um sentimento sério, grave e absorvente. ( ... ) o que o
patriotismo o fez pensar, foi num conhecimento inteiro de Brasil. ( ... ) Não se sabia bem onde nascera,
mas não fora decerto em São Paulo, nem no Rio Grande do Sul, nem no Pará. Errava quem quisesse
encontrar nele qualquer regionalismo: Quaresma era antes de tudo brasileiro." (BARRETO, Lima. "Triste fim de Policarpo Quaresma". São Paulo: Scipione, 1997.)
Este fragmento de "Triste Fim de Policarpo Quaresma" ilustra uma das características mais marcantes
do Pré-Modernismo que é o:
a) Desejo de compreender a complexa realidade nacional.
b) nacionalismo ufanista e exagerado, herdado do Romantismo.
c) resgate de padrões estéticos e metafísicos do Simbolismo.
d) nacionalismo utópico e exagerado, herdado do Parnasianismo.
e) subjetivismo poético, tão bem representado pelo protagonista.
2.
L
it.
Fernand Léger, artista francês envolvido com o movimento cubista, tinha como princípio transformar
imagens em figuras geométricas, especialmente cones, esferas e cilindros. A obra apresentada mostra
o homem em uma alusão à Revolução Industrial e ao pós I Guerra Mundial e explora
a) as formas retilíneas e mecanizadas, sem valorização da questão espacial.
b) as formas delicadas e sutis, para humanizar o operário da indústria têxtil.
c) a força da máquina na vida do trabalhador pelo jogo de formas, luz/sombra.
d) os recursos oriundos de um mesmo plano visual para dar sentido a sua proposta.
e) a forma robótica dada aos operários, privilegiando os aspectos triangulares.
3. O pintor espanhol Pablo Picasso (1881 1973), um dos mais valorizados no mundo artístico, tanto em
termos financeiros quanto históricos, criou a obra Guernica em protesto ao ataque aéreo à pequena
cidade basca de mesmo nome. A obra, feita para integrar o Salão Internacional de Artes Plásticas de
Paris, percorreu toda a Europa, chegando aos EUA e instalando-se no MoMA, de onde sairia apenas
em 1981.
PICASSO, P. Guernica. Óleo sobre tela. 349 × 777 cm. Museu Reina Sofia, Espanha, 1937. Disponível em:
http://www.infoescola.com/pintura/guernica/. Acesso em: 05 ago. 2013.
Essa obra cubista apresenta elementos plásticos identificados pelo:
a) painel ideográfico, monocromático, que enfoca várias dimensões de um evento, renunciando à
realidade, colocando-se em plano frontal ao espectador.
b) horror da guerra de forma fotográfica, com o uso da perspectiva clássica, envolvendo
o espectador nesse exemplo brutal de crueldade do ser humano.
c) uso das formas geométricas no mesmo plano, sem emoção e expressão, despreocupado com o
volume, a perspectiva e a sensação escultórica.
d) esfacelamento dos objetos abordados na mesma narrativa, minimizando a dor humana a serviço
da objetividade, observada pelo uso do claro-escuro.
e) uso de vários ícones que representam personagens fragmentados bidimensionalmente, de forma
fotográfica livre de sentimentalismo.
4.
L
it.
O Surrealismo configurou-se como uma das vanguardas artísticas europeias do início do século XX.
René Magritte, pintor belga, apresenta elementos dessa vanguarda em suas produções. Um traço do
Surrealismo presente nessa pintura é o(a):
a) justaposição de elementos díspares, observada na imagem do homem no espelho.
b) crítica ao passadismo, exposta na dupla imagem do homem olhando sempre para frente.
c) construção de perspectiva, apresentada na sobreposição de planos visuais.
d) processo de automatismo, indicado na repetição da imagem do homem.
e) procedimento de colagem, identificado no reflexo do livro no espelho.
5. Psicologia de um vencido
Eu, filho do carbono e do amoníaco,
Monstro de escuridão e rutilância,
Sofro, desde a epigênese da infância,
A influência má dos signos do zodíaco.
Profundissimamente hipocondríaco,
Sobe-me à boca uma ânsia análoga à ânsia
Que se escapa da boca de um cardíaco.
Já o verme este operário das ruínas
Que o sangue podre das carnificinas
Come, e à vida em geral declara guerra,
Anda a espreitar meus olhos para roê-los,
E há de deixar-me apenas os cabelos,
Na frialdade inorgânica da terra! (ANJOS, A. Obra completa. Rio de Janeiro: Nova Aguilar, 1994. )
A poesia de Augusto dos Anjos revela aspectos de uma literatura de transição designada como pré-
modernista. Com relação à poética e à abordagem temática presentes no soneto, identificam-
se marcas dessa literatura de transição, como
a) a forma do soneto, os versos metrificados, a presença de rimas, o vocabulário requintado, além
do ceticismo, que antecipam conceitos estéticos vigentes no Modernismo.
b)
dos signos do
c) a seleção lexical emprestada do cientificismo, como se
d) a manutenção de elementos formais vinculados à estética do Parnasianismo e do Simbolismo,
dimensionada pela inovação na expressividade poética e o desconcerto existencial.
e) a ênfase no processo de construção de uma poesia descritiva e ao mesmo tempo filosófica, que
incorpora valores morais e científicos mais tarde renovados pelos modernistas.
6. Negrinha
Negrinha era uma pobre órfã de sete anos. Preta? Não; fusca, mulatinha escura, de cabelos ruços e
olhos assustados.
Nascera na senzala, de mãe escrava, e seus primeiros anos vivera-os pelos cantos escuros da cozinha,
sobre velha esteira e trapos imundos. Sempre escondida, que a patroa não gostava de crianças.
Excelente senhora, a patroa. Gorda, rica, dona do mundo, amimada dos padres, com lugar certo na
igreja e camarote de luxo reservado no céu. Entaladas as banhas no trono (uma cadeira de balanço
na sala de jantar), ali bordava, recebia as amigas e o vigário, dando audiências, discutindo o tempo.
Uma virtuosa senhora em suma
Ótima, a dona Inácia.
Mas não admitia choro de criança. Ai! Punha-lhe os nervos em carne viva.
[...]
L
it.
A excelente dona Inácia era mestra na arte de judiar de crianças. Vinha da escravidão, fora senhora de
escravos e daquelas ferozes, amigas de ouvir cantar o bolo e zera ao regime novo essa indecência
de negro igual. LOBATO, M. Negrinha. In: MORICONE, I. Os cem melhores contos brasileiros do século. Rio de Janeiro: Objetiva, 2000
(fragmento).
A narrativa focaliza um momento histórico-social de valores contraditórios. Essa contradição infere-
se, no contexto, pela
a) falta de aproximação entre a menina e a senhora, preocupada com as amigas.
b) receptividade da senhora para com os padres, mas deselegante para com as beatas.
c) ironia do padre a respeito da senhora, que era perversa com as crianças.
d) resistência da senhora em aceitar a liberdade dos negros, evidenciada no final do texto.
e) rejeição aos criados por parte da senhora, que preferia tratá-los com castigos.
7. Texto 1
O Morcego
Meia-noite. Ao meu quarto me recolho.
Meu Deus! E este morcego! E, agora, vede:
Na bruta ardência orgânica da sede,
Morde-me a goela ígneo e escaldante molho.
"Vou mandar levantar outra parede..."
Digo. Ergo-me a tremer. Fecho o ferrolho
E olho o teto. E vejo-o ainda, igual a um olho,
Circularmente sobre a minha rede!
Pego de um pau. Esforços faço. Chego
A tocá-lo. Minh'alma se concentra.
Que ventre produziu tão feio parto?!
A Consciência Humana é este morcego!
Por mais que a gente faça, à noite, ele entra
Imperceptivelmente em nosso quarto! ANJOS, A. Obra Completa. Rio de Janeiro: Aguilar, 1994.
Texto 2
O lugar-comum em que se converteu a imagem de um poeta doentio, com o gosto do macabro e do
horroroso, dificulta que se veja, na obra de Augusto dos Anjos, o olhar clínico, o comportamento
analítico, até mesmo certa frieza, certa impessoalidade científica. CUNHA, F. Romantismo e modernidade na poesia. Rio de Janeiro:Cátedra, 1988 (adaptado).
Em consonância com os comentários do texto 2 acerca da poética de Augusto dos Anjos, o poema O
morcego apresenta-se, enquanto percepção do mundo, como forma estética capaz de:
a) reencantar a vida pelo mistério com que os fatos banais são revestidos na poesia.
b) expressar o caráter doentio da sociedade moderna por meio do gosto pelo macabro.
c) representar realisticamente as dificuldades do cotidiano sem associá-lo a reflexões de cunho
existencial.
d) abordar dilemas humanos universais a partir de um ponto de vista distanciado e analítico acerca do
cotidiano.
e) conseguir a atenção do leitor pela inclusão de elementos das histórias de horror e suspense na
estrutura lírica da poesia.
L
it.
8.
O quadro Les Demoiselles
estética clássica e a revolução da arte no início do século XX. Essa nova tendência se caracteriza pela
a) pintura de modelos em planos irregulares.
b) mulher como temática central da obra.
c) cena representada por vários modelos
d) oposição entre tons claros e escuros.
e) nudez explorada como objeto de arte.
9. A peça Fonte foi criada pelo francês Marcel Duchamp e apresentada em Nova Iorque em 1917.
A transformação de um urinol em obra de arte representou, entre outras coisas,
a) a alteração do sentido de um objeto do cotidiano e uma crítica às convenções artísticas então
vigentes.
b) a crítica à vulgarização da arte e a ironia diante das vanguardas artísticas do final do século XIX.
c) o esforço de tirar a arte dos espaços públicos e a insistência de que ela só podia existir na
intimidade.
d) a vontade de expulsar os visitantes dos museus, associando a arte a situações constrangedoras.
e) o fim da verdadeira arte, do conceito de beleza e importância social da produção artística.
L
it.
10.
Jornal Zero Hora, 2 mar. 2006.
Na criação do texto, o chargista Iotti usa criativamente um intertexto: os traços reconstroem uma cena
de Guernica, painel de Pablo Picasso que retrata os horrores e a destruição provocados pelo
bombardeio a uma pequena cidade da Espanha. Na charge, publicada no período de carnaval, recebe
destaque a figura do carro, elemento introduzido por lotti no intertexto.
Além dessa figura, a linguagem verbal contribui para estabelecer um diálogo entre a obra de Picasso e
a charge, ao explorar
a) -se o referente tanto do texto de
Iotti quanto da obra de Picasso.
b) uma -se a
atualidade do tema abordado tanto pelo pintor espanhol quanto pelo chargista brasileiro.
c) -se a imagem negativa de mundo caótico presente
tanto em Guernica quanto na charge.
d) -se à permanência de tragédias retratadas tanto em
Guernica quanto na charge.
e) -se tanto à obra pictórica quanto ao
contexto do trânsito brasileiro.
11. Na busca constante pela sua evolução, o ser humano vem alternando a sua maneira de pensar, de sentir
e de criar. Nas últimas décadas do século XVIII e no início do século XIX, os artistas criaram obras em
que predominam o equilíbrio e a simetria de formas e cores, imprimindo um estilo caracterizado pela
imagem da respeitabilidade, da sobriedade, do concreto e do civismo. Esses artistas misturaram o
passado ao presente, retratando os personagens da nobreza e da burguesia, além de cenas míticas e
histórias cheias de vigor. RAZOUK, J. J. (Org.). Histórias reais e belas nas telas. Posigraf: 2003
L
it.
Atualmente, os artistas apropriam-se de desenhos, charges, grafismo e até de ilustrações de livros para
compor obras em que se misturam personagens de diferentes pocas, como na seguinte imagem:
a) Romero Brito. "Gisele e Tom
b) Andy Warhol. "Michael Jackson"
c)
d) Andy Warhol.
e) Pablo Picasso. Retrato de Jaqueline Roque com as M os Cruzadas .
12. Assinale a alternativa que menciona somente movimentos artísticos das Vanguardas Europeias:
a) Barroco, Rococó, Art-nouveau.
b) Expressionismo, Cubismo, Surrealismo.
c) Neoclassicismo, Impressionismo, Romantismo.
d) Pop-art, Dadaísmo, Futurismo.
e) Construtivismo, Concretismo, Naturalismo.
L
it.
13. Em 1924, os surrealistas lançaram um manifesto no qual anunciaram a força do inconsciente na criação
de novas percepções. Valorizavam a ausência de lógica das experiências psíquicas e oníricas,
propondo novas experiências estéticas. Sobre o Surrealismo, é correto afirmar:
a) Acredita que a liberação do psiquismo humano se dá por meio da sacralização da natureza.
b) Baseia-se na razão, negando as oscilações do temperamento humano.
c) Destaca que o fundamental, na arte, é o objeto visível em detrimento do emocionalismo subjetivo
do artista.
d) Concede mais valor ao livre jogo da imaginação individual do que à codificação dos ideais da
sociedade ou da história.
e) Busca limitar o psiquismo humano e suas manifestações, transfigurando-os em geometria a favor
de uma nova ordem
14. Desde dezoito anos que o tal patriotismo lhe absorvia e por ele fizera a tolice de estudar inutilidades.
Que lhe importavam os rios? Eram grandes? Pois que fossem... Em que lhe contribuiria para a felicidade
saber o nome dos heróis do Brasil? Em nada... O importante é que ele tivesse sido feliz. Foi? Não.
Lembrou-se das coisas do tupi, do folk-lore, das suas tentativas agrícolas... Restava disso tudo em sua
alma uma satisfação? Nenhuma! Nenhuma!
O tupi encontrou a incredulidade geral, o riso, a mofa, o escárnio; e levou-o à loucura. Uma decepção.
E a agricultura? Nada. As terras não eram ferazes e ela não era fácil como diziam os livros. Outra
decepção. E, quando o seu patriotismo se fizera combatente, o que achara? Decepções. Onde estava
a doçura de nossa gente? Pois ele não a viu combater como feras? Pois não a via matar prisioneiros,
inúmeros? Outra decepção. A sua vida era uma decepção, uma série, melhor, um encadeamento de
decepções.
A pátria que quisera ter era um mito; um fantasma criado por ele no silêncio de seu gabinete. BARRETO, L. Triste fim de Policarpo Quaresma. Disponível em: www.dominiopublico.gov.br. Acesso em: 8 nov. 2011.
O romance Triste fim de Policarpo Quaresma, de Lima Barreto, foi publicado em 1911. No fragmento
destacado, a reação do personagem aos desdobramentos de suas iniciativas patrióticas evidencia que
a) a dedicação de Policarpo Quaresma ao conhecimento da natureza brasileira levou-o a estudar
inutilidades, mas possibilitou-lhe uma visão mais ampla do país.
b) a curiosidade em relação aos heróis da pátria levou-o ao ideal de prosperidade e democracia que
o personagem encontra no contexto republicano.
c) a construção de uma pátria a partir de elemento míticos, como a cordialidade do povo, a riqueza
do solo e a pureza linguística, conduz à frustração ideológica.
d) a propensão do brasileiro ao riso, ao escárnio, justifica a reação de decepção e desistência de
Policarpo Quaresma, que prefere resguardar-se em seu gabinete.
e) a certeza da fertilidade da terra e da produção agrícola incondicional faz parte de um projeto
ideológico salvacionista, tal como foi difundido na época do autor.
15. Adiante... Adiante... Não pares... Eu vejo. Canaã! Canaã!
Mas o horizonte da planície se estendia pelo seio da noite e se confundia com os céus.
Milkau não sabia para onde o impulso os levava: era o desconhecido que os atraía com a poderosa e
magnética força da Ilusão. Começava a sentir a angustiada sensação de uma corrida no Infinito...
Canaã! Canaã!... suplicava ele em pensamento, pedindo à noite que lhe revelasse a estrada da
Promissão.
E tudo era silêncio, e mistério... Corriam... corriam. E o mundo parecia sem fim, e a terra do Amor
mergulhada, sumida na névoa incomensurável... E Milkau, num sofrimento devorador, ia vendo que
tudo era o mesmo; horas e horas, fatigados de voar, e nada variava, e nada lhe aparecia... Corriam...
corriam... ARANHA, G. Canaã. São Paulo: Ática, 1998 (fragmento).
L
it.
O sonho da terra prometida revela-se como valor humano que faz parte do imaginário literário
brasileiro desde a chegada dos portugueses. Ao descrever a situação final das personagens Milkau e
Maria, Graça Aranha resgata esse desejo por meio de uma perspectiva
a) crítica, pois retrata o desespero de quem não alcançou sua terra.
b) idealizada, pois relata o sonho de uma pátria acolhedora de todos.
c) simbólica, pois descreve o amor de um estrangeiro pelo Brasil.
d) subjetiva, pois valoriza a visão exótica da pátria brasileira.
e) realista, pois traz dados de uma terra geograficamente situada.
16. A estrofe que NÃO apresenta elementos típicos da produção poética de Augusto dos Anjos é:
a) Eu, filho do carbono e do amoníaco,
Monstro de escuridão e rutilância,
Sofro, desde a epigênese da infância,
A influência má dos signos do zodíaco.
b) Se a alguém causa inda pena a tua chaga,
Apedreja a mão vil que te afaga,
Escarra nessa boca que te beija!
c) Meia-noite. Ao meu quarto me recolho.
Meu Deus! E este morcego! E, agora, vede:
Na bruta ardência orgânica da sede,
Morde-me a goela ígneo e escaldante molho.
d) Beijarei a verdade santa e nua,
Verei cristalizar-
Ó minha virgem dos errantes sonhos,
Filha do céu, eu vou amar contigo!
e) Agregado infeliz de sangue e cal,
Fruto rubro de carne agonizante,
Filho da grande força fecundante
De minha brônzea trama neuronial.
QUESTÃO CONTEXTO
Texto 1
L
it.
Em Brasília 03/11/201020h17min
O veto à distribuição de livro de Monteiro Lobato em escolas públicas pode ser considerado censura. Essa
é a opinião da especialista em literaturas africanas de língua portuguesa da UFF (Universidade Federal
Fluminense), Laura Padilha, sobre orientação do CNE (Conselho Nacional de Educação) publicada semana
passada no Diário Oficial da União.
O parecer do CNE sugere que o livro Caçadas de Pedrinho, distribuído pelo MEC (Ministério da Educação)
a escolas de ensino fundamental, não seja mais adotado pela rede pública. A alegação é que a obra tem
trechos, o autor compara o homem a animais como o urubu e o macaco.
[...]
Já a especialista Laura Padilha sugere que, em vez de tirar o livro de Monteiro Lobato da sala de aula, que o
comunidade carente, tenha acesso a uma obra de Monteiro Lobato é errado. Em vez disso, os professores
poderiam usar certas frases e expressões para discutir o racismo no Brasil." Fonte: https://educacao.uol.com.br/noticias/2010/11/03/veto-a-livro-de-monteiro-lobato-nas-escolas-publicas-e-censura-diz-
especialista.htm?cmpid=copiaecola
Há anos ocorre a discussão entre educadores sobre as obras de Monteiro Lobato e se essas ainda deveriam
blicado
originalmente, em 1953, o autor transfere para o narrador um posicionamento de cunho racista sobre a
personagem Tia Nastácia. Assim como corrobora a especialista em literaturas africanas, Laura Padilha, omitir
essas obras significam fingir que aquele pensamento não existia e o ideal, para os dias atuais, seria utilizar a
literatura como ferramenta crítica para identificar as denúncias sociais daquele período e combater ideais
discriminatórios.
No século XIX, um movimento literário corroborou para a disseminação desse pensamento arcaico, criando
claros perfis estereotipados. Aponte-o e diga como essa característica era apresentada
na literatura.
L
it.
GABARITO
Exercícios
1. a
Durante o período de transição conhecido como pré-modernismo, os autores enfrentaram mudanças em
suas temáticas, níveis formais e características que somente se consolidaram na 1 geração modernista.
Entretanto, é nesse momento que os autores começam a inserir uma preocupação com a identidade
nacional em seus textos.
2. c
Ao analisarmos a obra, podemos ver que os operários retratados estão mecanizados, logo há uma
preocupação em mostrar a máquina na vida do trabalhador.
3. a
Não há perspectiva clássica, não há mesmo plano ou falta de emoção, a objetividade não é marca
principal dessa obra.
4. a
A imagem sugerida pelo espelho parece desafiar a lógica, o que vem a ser uma marca característica dessa
vanguarda.
5. d
Apesar de se voltar para a mudança e modernização, os pré-modernistas estavam ainda presos aos
modelos estéticos e formais de seus movimentos antecessores.
6. d
A questão atenta para a contradição entre a ideia de que a Senhora era boa e bem vista aos olhos dos
outros, mas versava na arte da tortura, por ser herança do período escravocrata.
7. d
Baseando-se no texto 2, tem-se a análise de que Augusto dos Anjos teve sua criação de olhar clínico,
analítico e frio com certa impessoalidade científica omitido/escondido pela imagem que recebeu de
poeta com gosto pelo macabro.
8. a
A pintura de mulheres em posições geometricamente irregulares e a presença de máscaras africanas
representam o rompimento com a estética clássica e realista.
9. a
O Dadaísmo tinha como objetivo a ressignificação de objetos/palavras; retiradas de seu lugar comum,
eram críticas às convenções vigentes.
10. e
dramática da obra de Picasso, por retratar os horrores da guerra.
11. c
Aqui temos a uma releitura do quadro de da Vinci, misturando o clássico com um elemento da cultura
pop, o Mr. Bean
L
it.
12. b
A alternativa se sustenta.
13. d
Aqui, o trabalho com o sonho, o fluxo livre de consciência, abre caminhos para a exploração do
imaginário, desprendendo-se da necessidade de codificar mensagens.
14. c
Policarpo Quaresma possuía ideais irreais para a Pátria que tanto amava. Por exemplo, queria que o Tupi
se tornasse língua oficial do Brasil. Tais pensamentos se mostraram ilusórios e o levaram à frustração.
15. a
A questão aqui é a busca pela Terra prometida, pela pátria ideal, pelas questões sociais vividas.
16. d
A alternativa mostra certa sensualidade e idealização romântica. Augusto dos Anjos possuía gosto pelo
macabro, pelo obscuro e, em certos momentos, visão crítica e olhar clínico sobre a realidade.
Questão Contexto
Movimento Naturalista do século XIX, por meio da visão determinista, que acreditava que o homem era fruto
de seu meio, raça e contexto histórico, ficando fadado eternamente à imobilidade social e democrática.
1
Ma
t.
Mat.
Professor: Gabriel Miranda
Monitor: Roberta Teixeira
Rodrigo Molinari
2
M
at.
Progressão aritmética: definição, termo
geral, termo médio e soma
13
set
RESUMO
Observe a sequência:
(5, 8, 11, 14,17,20...)
Podemos notar que a diferença entre um termo qualquer dessa sequência e seu antecedente é sempre
igual a 3.
8 5 = 3; 11 8 = 3; 14 11 = 3; 17 14 = 3; 20 17 = 3;...
Definimos, Progressão Aritmética (P.A.) como uma sequência numérica de números reais na qual a
diferença entre um termo qualquer (a partir do 2º) e o termo antecedente é sempre a mesma (constante).
Essa constante é a chamada razão da P.A. e é indicada por r.
De acordo com o sinal da razão, podemos classificar as Progressões Aritméticas da seguinte forma:
Se r>0, a P. A. será crescente;
Se r=0, a P. A. será constante, com todos os termos de igual valor;
Se r<0, a P. A. será decrescente.
- Termo geral da P.A.
A expressão que nos permite obter um termo qualquer da P.A. é dada por:
an: termo da P.A.
a1: 1º termo da P.A.
n: posição do termo
r: razão
Exemplo:
Dada a P.A. (-19,-15,-11,...) calcule o seu décimo primeiro termo.
Primeiro calculamos: r = a2 a1 r = -15 (-19) r = 4
Logo o décimo primeiro termo será:
an = a1 + (n 1)r
a11 = -19 + (11 1)4
a11= -19 + 40
a11 = 21
rnaan ).1( 1 −+=
3
M
at.
Propriedades:
1ª propriedade: soma dos termos equidistantes.
Numa PA, os termos equidistantes, ou seja, os que estão à mesma distância dos termos extremos da PA,
têm soma igual à soma dos extremos (a1 + an).
Quando a quantidade de termos é ímpar, existe um termo central, que será a1 + a𝑛
2
2ª propriedade: média aritmética.
Observe a PA infinita (3, 10, 17, 24, 31, 38, ...)
Se tomarmos três termos consecutivos:
e fizermos 3 17
2
+, ou seja, se tirarmos a média aritmética dos termos "da ponta", obteremos
que é o termo do meio.
EXERCÍCIOS
1. Uma professora realizou uma atividade com seus alunos utilizando canudos de refrigerante para montar
figuras, onde cada lado foi representado por um canudo. A quantidade de canudos (C) de cada figura
depende da quantidade de quadrados (Q) que formam cada figura. A estrutura de formação das figuras
está representada a seguir:
Que expressão fornece a quantidade de canudos em função da quantidade de quadrados de cada
figura?
a) C = 4Q.
b) C = 3Q + 1.
c) C = 4Q 1
d) C = Q + 3.
40
2,
40
4
M
at.
e) C = 4Q 2.
2. O número mensal de passagens de uma determinada empresa aérea aumentou no ano passado nas
seguintes condições: em janeiro foram vendidas 33.000 passagens; em fevereiro, 34.500; em março,
36.000. Esse padrão de crescimento se mantém para os meses subsequentes. Quantas passagens foram
vendidas por essa empresa em julho do ano passado?
a) 38.000
b) 40.500
c) 41.000
d) 42.000
e) 48.000
3. Um cliente, ao chegar a uma agência bancária, retirou a última senha de atendimento do dia, com o
número 49. Verificou que havia 12 pessoas à sua frente na fila, cujas senhas representavam uma
progressão aritmética de números naturais consecutivos, começando em 37.
Algum tempo depois, mais de 4 pessoas desistiram do atendimento e saíram do banco. Com isso, os
números das senhas daquelas que permaneceram na fila passaram a formar uma nova progressão
aritmética.
Se os clientes com as senhas de números 37 e 49 não saíram do banco, o número máximo de pessoas
que pode ter permanecido na fila é:
a) 6
b) 7
c) 9
d) 12
4. Com palitos iguais constrói-se uma sucessão de figuras planas, conforme sugerem os desenhos abaixo:
O número de triângulos congruentes ao da figura 1 existentes em uma figura formada com 135 palitos
é:
a) 59
b) 60
c) 65
d) 66
e) 67
5. Os números a1 = 5x - 5, a2 = x + 14 e a3 = 6x - 3 estão em PA. A soma dos 3 números é igual a:
a) 48
b) 54
c) 72
d) 125
e) 130
5
M
at.
6. fevereiro sua produção começou a cair como uma progressão aritmética decrescente, de forma que
em julho a sua produção foi de 8.800 chapas.
Nessas condições, a produção da empresa nos meses de maio e junho totalizou
a) 33.600 chapas
b) 32.400 chapas
c) 27.200 chapas
d) 24.400 chapas
e) 22.600 chapas
7.
Na situação apresentada nos quadrinhos, as distâncias, em quilômetros, dAB, dBC e dCD formam, nesta
ordem, uma progressão aritmética.
O vigésimo termo dessa progressão corresponde a:
a) -50
b) -40
c) -30
d) -20
8. Considere esses quatro valores x, y, 3x, 2y em PA crescente. Se a soma dos extremos é 20, então o
terceiro termo é
a) 9
b) 12
c) 15
d) 18
6
M
at.
9. Um consumidor, ao adquirir um automóvel, assumiu um empréstimo no valor total de R$ 42.000,00 (já
somados juros e encargos). Esse valor foi pago em 20 parcelas, formando uma progressão aritmética
decrescente. Dado que na segunda prestação foi pago o valor de R$ 3.800,00, a razão desta progressão
aritmética é:
a) −300.
b) −200.
c) −150.
d) −100.
e) −350.
10. A quantidade de números inteiros entre 50 e 100 que sejam múltiplos dos números 3 e 4 ao mesmo
tempo é:
a) 3.
b) 4.
c) 5.
d) 13.
e) 17.
PUZZLE
A Maria e o Manuel disputaram um jogo no qual são atribuídos 2 pontos por vitória e é retirado um ponto por
derrota. Inicialmente cada um tinha 5 pontos. Se o Manuel ganhou exatamente 3 partidas, e a Maria no final
ficou com 10 pontos, quantas partidas eles disputaram?
7
M
at.
GABARITO
Exercícios
1. b
e primeiro termo 4. Os termos dessa progressão seguem a lei de formação C = 4 + (Q 1) . 3 = 3Q + 1,
em que Q é a quantidade de quadrados, que coincide com o número da figura ou índice do termo da
P.A.
2. d
O número de passageiros nos meses de janeiro, fevereiro, março etc. do ano passado são os termos da
progressão aritmética (33 000, 34 500, 1 é 33 000 e razão é 1 500.
O número de passagens vendidas no mês de julho é o sétimo termo dessa progressão e vale
33 000 + (7 1).1500 = 42 000.
3. b
A sequência formada pelos números das senhas das pessoas que estavam na fila, incluindo a do último
cliente que chegou ao banco, correspondia à seguinte progressão aritmética:
(37, 38, 39......, 49)
Após a desistência de algumas pessoas, formou-se a seguinte P.A., de razão R e número de termos n:
(37, a2, a3, a4, ... , 49)
A P.A. tem menos de 13 elementos. Assim, para o valor de n ser máximo, R deve ser igual a 2.
Logo, n = 7.
4. e
os 135 palitos. Calculando, temos:
1
2
3
3
5 2
7
3 ( 1)2 3 2 2 2 1135 2 1 67
135
n
n
a
a r
a
a n n nn n
a
=
= = =
= + − = + − = + = + =
=
5. b
Considerando a P.A. na ordem dada, temos:
8
M
at.
6. c
Observe:
7. a
Como as distâncias formam uma progressão aritmética, têm-se:
dAB = x
dBC = x 10
dCD = x 20
De acordo com a informação dos quadrinhos:
x + (x 10) + (x 20) = 390
3x = 420
x = 140
Sabe-se que x é o primeiro termo da P.A. (a1, a2, ...a20, ...) de razão r. Logo:
a20 = a1 + 19r
a20 = 140 + 19 ( 10)
a20 = 50
8. b
Observe:
9
M
at.
9. b
Observe:
10. b
Observe:
Puzzle
Se o Manuel ganhou exatamente 3 partidas, a Maria perdeu três pontos. Como no final a Maria ficou com 10
pontos é porque ganhou 8 pontos, logo 4 partidas. Realizaram portanto 3+4=7 partidas.
1
Ma
t.
Mat.
Professor: Gabriel Miranda
Monitor: Roberta Teixeira
Rodrigo Molinari
2
M
at.
Progressão Geométrica: Definição,
termo geral e termo médio
13
set
RESUMO
Definição:
Progressão geométrica (Pg) é a sequência em que cada termo, a partir do segundo, é igual o
produto do termo anterior por uma constante real. Essa constante é chamada de razão da PG. e é indicada
por q
Temos então que :
Classificação:
Há quatro categorias em uma Pg, são elas:
1.Crescente ocorre quando :
• a1>0 e q>0; ou
• a1<0 e 0<q<1.
2.Decrescente ocorre quando:
• a1>0 e 0<q<1, ou
• a1<0 e q>1.
3.Constante:
• q = 1
4.Alternada ou oscilante : os termos dão alternadamente positivos e negativos.
• q < 0
Termo geral da Pg:
Essa expressão nos permite calcular qualquer termo de uma p.g conhecendo apenas o primeiro termo e a
razão.
Propriedades da Progressão Geométrica
1) O produto dos termos extremos é igual ao produto dos termos equidistantes dos extremos.
Ex: Na PG (2,4,8,16,32): Os termos extremos são 2 e 32 e o produto será 2 . 32 = 64, além disso, 4 e 16 são os
termos equidistantes dos extremos e o produto 4 . 16 = 64
2) O quadrado de um termo central é igual ao produto dos equidistantes dele.
Ex: Na PG (2,4,8,16,32): O termo central é 8 e 8² = 64, como vimos o produto dos extremos também é 64
3
M
at.
EXERCÍCIOS
1. Pesquisas indicam que o número de bactérias X é duplicado a cada quarto de hora. Um aluno resolveu
fazer uma observação para verificar a veracidade dessa afirmação. Ele usou uma população inicial de
105 bactérias X e encerrou a observação ao final de uma hora. Suponha que a observação do aluno
tenha confirmado que o número de bactérias X se duplica a cada quarto de hora.
Após uma hora do início do período de observação desse aluno, o número de bactérias X foi de
a) 2 52 10−
b) 1 52 10−
c) 2 52 10
d) 3 52 10
e) 4 52 10
2. Para testar o efeito da ingestão de uma fruta rica em determinada vitamina, foram dados pedaços desta
fruta a macacos. As doses da fruta são arranjadas em uma sequência geométrica, sendo 2 g e 5 g as
duas primeiras doses. Qual a alternativa correta para continuar essa sequência?
c) 8 g; 11 g; 14 g
3. Para que a sequência ( -9, -5, 3) se transforme numa progressão geométrica, devemos somar a cada
um dos seus termos um certo número. Esse número é:
a) par
b) quadrado perfeito
c) primo
d) maior que 15
e) não inteiro
4. Uma criação de coelhos foi iniciada há exatamente um ano e, durante esse período, o número de
coelhos duplicou a cada quatro meses. Hoje, parte dessa criação deverá ser vendida para se ficar com
a quantidade inicial de coelhos. Para que isso ocorra, a porcentagem da população atual dessa criação
de coelhos a ser vendida é:
a)75%
b)80%
c)83.33%
d)87.5%
5. A sequência (2, x, y, 8) representa uma progressão geométrica. O produto xy vale:
a) 8
b) 10
c) 12
d) 14
e) 16
4
M
at.
6. Para fazer a aposta mínima na Megassena uma pessoa deve escolher 6 números diferentes em um
cartão de apostas que contém os números de 1 a 60. Uma pessoa escolheu os números de sua aposta,
formando uma progressão geométrica de razão inteira. Com esse critério, é correto afirmar que
a) essa pessoa apostou no número 1.
b) a razão da PG é maior do que 3.
c) essa pessoa apostou no número 60.
d) a razão da PG é 3.
e) essa pessoa apostou somente em números ímpares.
7. A Copa do Mundo, dividida em cinco fases, é disputada por 32 times. Em cada fase, só metade dos
times se mantém na disputa pelo título final. Com o mesmo critério em vigor, uma competição com
64 times iria necessitar de quantas fases?
a) 5
b) 6
c) 7
d) 8
e) 9
8. Um garrafão contém 3 litros de vinho. Retira-se um litro de vinho do garrafão e acrescenta-se um litro
de água, obtendo-se uma mistura homogênea. Retira-se, a seguir, um litro da mistura e acrescenta-se
um litro de água, e assim por diante. A quantidade de vinho, em litros, que resta no garrafão, após 5
dessas operações, é aproximadamente igual a
a) 0,396
b) 0,521
c) 0,676
d) 0,693
e) 0,724
9. Suponha que o preço de um automóvel se desvaloriza 10% ao ano nos seus 5 primeiros anos de uso.
Se este automóvel novo custou R$ 10.000,00, qual será o seu valor em reais após os 5 anos de uso?
a) 5.550,00
b) 5.804,00
c) 6.204,30
d) 5.904,90
e) 5.745,20
10. Em uma progressão geométrica estritamente crescente, com razão igual ao triplo do primeiro termo,
na qual o quarto termo é igual a 16 875, é correto afirmar que:
a) O terceiro termo é igual a nove vezes o primeiro termo.
b) A soma dos três primeiros termos é igual a 241 vezes o primeiro termo
c) O segundo termo é igual a 9 vezes o quadrado do primeiro termo .
d) A soma do primeiro e do terceiro termo é igual a 25 vezes o segundo termo.
e) Os termos também estão em progressão aritmética.
PUZZLE
Forme o número 24 usando apenas os números 3, 3, 7, 7, uma vez cada. Você pode usar as operações +, -, *,
/, e também os parênteses, se achar necessário.
5
M
at.
GABARITO
Exercícios
1. e
2. e
1
2
1
2
1 1
1
3
4
5
2
5
2,5
2 2,5
12,5
31,25
78,125
n n
n
a
a
aq
a
a a q
a
a
a
− −
=
=
= =
= =
=
=
=
3. c
4. d
Como nós não temos conhecimento da quantidade inicial de coelhos, podemos afirmar que esse valor
é x. Sendo assim, passados quatro meses, a população de coelhos tornou-se 2x; passados oito meses, já
havia 4x; após 12 meses, a polução de coelhos era de 8x. Isso pode ser representado como uma PG (x,
2x, 4x, 8x) de razão 2.
Conforme o enunciado, atualmente o criador de coelhos possui 8x animais. Se ele deseja voltar a ter
apenas a quantidade inicial (x), ele deverá vender 7x. Podemos calcular a porcentagem da criação que
ele venderá através do quociente entre 7x e 8x:
7 70,875 87,5%
8 8
x
x= = =
5. e
Sabendo que o produto de termos equidistantes dos extremos é igual a uma constante, temos que xy =
2.8 = 16.
6
M
at.
6. a
A única PG que obedece às condições da questão é (1, 2, 4, 8, 16, 32). Portanto, com certeza esta pessoa
apostou no número 1.
7. b
8. a
9. d
Se o automóvel desvaloriza-se 10% ao ano, podemos afirmar que a cada ano seu valor passa a ser
apenas 90% do que era anteriormente. Para determinar esse valor a cada ano, basta multiplicar o valor
anterior por 0,9 (que equivale a 90%). Dessa forma, há uma progressão geométrica com razão 0,9, por
isso utilizaremos a fórmula do termo geral da PG para resolver a questão.
Para tanto, consideremos a1 = 10.000, q = 0,9 e n = 6 (observe que utilizamos 6 porque, no primeiro ano,
não houve desvalorização e só após 5 anos o carro será vendido).
1
1
5
6 1
5
6
6
10000.(0,9)
5904,9
n
na a q
a a q
a
a
−=
=
=
=
10. b
Segundo as informações do enunciado, temos:
1
1
4 1
4
1
2
3
1 2 3 1
3
3
. ³
16875 . ³3 3
15
5
75
1125
1205 241.5 5.
=
=
=
= =
=
=
=
=
+ + = = =
q a
qa
a a q
q qq
q
a
a
a
a a a a
Puzzle A solução pode ser a seguinte:
(3+(3/7)) x 7
M
at.
2
Mat.
Professores: Alex Amaral
Monitoras: Gabriella Teles
M
at.
2
Ciclo trigonométrico 12
set
RESUMO
Considere uma circunferência de raio = 1 e centro (0,0). Essa circunferência é chamada de ciclo
trigonométrico.
- Convencionou-se como sentido positivo dos arcos o sentido anti-horário.
- Os eixos coordenados dividem o ciclo trigonométrico em 4 quadrantes:
- Cada número real x (0 ≤ 𝑥 ≤ 2𝜋) está associado a um ponto x da circunferência, que será a sua imagem.
Determinação principal
Quando marcamos um arco AB no ciclo, sabemos que o arco tem origem no ponto A e a extremidade no
ponto B, mas não temos certeza da quantidade de voltas que foram dadas no ciclo para que, saindo da
origem, cheguemos ao ponto B.
1
𝜋 2⁄
3𝜋 2⁄
2 𝜋 𝜋
0
M
at.
2
Neste caso, AB = 30°. Porém, podemos dizer que AB = 30° + 360° = 390°. Ou então, que AB = 30° - 360° = -
330°.
Desta forma, dizemos que o arco AB possui infinitas determinações:
(...-330°, 30°, 390°...)
Onde 30º é a primeira determinação positiva.
Arcos côngruos
São arcos que possuem as extremidades num mesmo ponto. Para que isso ocorra, a diferença entre as suas
medidas deve ser uma quantidade inteira de voltas, ou seja, ser múltiplo de 360°
Ex: Acima, vimos que 30º e 390º são arcos côngruos.
Podemos deduzir uma expressão geral dos arcos côngruos:
AB = α α em radianos.
AB = α + 360º . K; α em graus.
Linhas trigonométricas no ciclo
Á partir do ciclo trigonométrico, definem-se as principais linhas trigonométricas: seno, cosseno e tangente,
da seguinte maneira:
Percebemos que o sinal do seno, cosseno e tangente de um ângulo mudam de acordo com o quadrante em
que o ângulo se encontra.
Observe que −1 ≤ 𝑠𝑒𝑛𝛼 ≤ 1−1 ≤ 𝑐𝑜𝑠𝛼 ≤ 1
e
02𝜋⁄ 𝜋
2⁄ 𝜋 3𝜋2⁄
sen 0 1 0 -1
cos 1 0 -1 0
tg 0 ∄ 0 ∄
(𝐾 ∈ 𝑍)
M
at.
2
Relações Trigonométricas
Analisando o ciclo, podemos deduzir algumas relações:
sen²α + cos² α = 1 (Relação fundamental) tg² α + 1 = sec² α cotg² α + 1 = cossec² α
→ Relembrando:
tangente =
cotangente = = 𝑐𝑜𝑠
𝑠𝑒𝑛
cossecante =
secante =
EXERCÍCIOS
1. Quanto ao arco 4555°, é correto afirmar.
a) Pertence ao segundo quadrante e tem como côngruo o ângulo de 55°
b) Pertence ao primeiro quadrante e tem como côngruo o ângulo de 75°
c) Pertence ao terceiro quadrante e tem como côngruo o ângulo de 195°
d) Pertence ao quarto quadrante e tem como côngruo o ângulo de 3115°
e) Pertence ao terceiro quadrante e tem como côngruo o ângulo de 4195°
2. O arco que tem medida x em radianos é tal que e . O valor do seno de x é:
a)
b)
c)
d)
e)
M
at.
2
3. Considerando os valores de θ, para os quais a expressão é definida, é CORRETO
afirmar que ela está sempre igual a
a) 1
b) 2
c) sen θ
d) cos θ
4. Considere dois ângulos agudos cujas medidas a e b, em graus, são tais que a + b = 90° e 4sen(a) -
10sen(b) = 0. Nessas condições é correto concluir que
a) tg a = 1 e tg b = 1.
b) tg a = 4 e tg b =1/4.
c) tg a = 1/4 e tg b = 4.
d) tg a =2/5 e tg b =5/2.
e) tg a = 5/2 e tg b = 2/5.
5. Assinale a alternativa correta:
a) sen(1000°) < 0
b) sen(1000°) > 0
c) sen(1000°) = cos(1000°)
d) sen(1000°) = - sen(1000°)
e) sen(1000°) = - cos(1000°)
6. O seno de um arco de medida 2340° é igual a:
a) -1
b) -1/2
c) 0
d) ½
7. Sobre os ângulos 150°, e e, é correto afirmar que suas tangentes possuem valores,
respectivamente:
a) negativo, positivo, negativo.
b) positivo, positivo, negativo.
c) negativo, negativo, negativo.
d) negativo, positivo, positivo.
e) positivo, negativo, negativo.
8. Se sen(x) cos(x) = 1/2, o valor de sen(x).cos(x). é igual a:
a)
b)
c)
d)
e)
M
at.
2
9. Obtenha a menor determinação positiva dos arcos cujas medidas são:
a) 800 graus
b)
10. Determine tgx
sabendo que
22
3 x
e 13
5=senx -
.
a) 9/5
b) 6/8
c) 3/2
d) -5/12
M
at.
2
GABARITO
Exercícios
1. e
2. d
Pelo relação fundamental:
3. a
Temos que:
Substituindo
−√1 − 𝑠𝑒𝑛2(𝑥)
M
at.
2
Pela relação fundamental temos que:
X=1
4. e
5. a
6. c
2340º = 360º . 6 + 180º Sem 2340º = sem 180º = 0
𝑠𝑒𝑛𝑏 = 𝑐𝑜𝑠𝑎 𝑒 𝑐𝑜𝑠𝑏 = 𝑠𝑒𝑛𝑎
M
at.
2
7. a
Pelo ciclo trigonométrico temos que os ângulos estão representados respectivamente :
8. c
Elevando os dois lados ao quadrado temos:
Desenvolvendo:
Logo podemos concluir, utilizando do teorema fundamental:
que
9. a) 800=360.2+80 -> logo a determinação é 80
b) 960=360.2+240 -> logo 240=4𝜋/3
10. d
𝜋
3
16𝜋
9
150°
P
or.
Por.
Professor: Raphael Hormes
Monitor: Maria Paula Queiroga
P
or.
Funções da linguagem 13
set
RESUMO
Quando iniciamos um contato de comunicação, não somente a fala, como também os gestos, sinais, trejeitos
compõe a função de transpassar algum conteúdo, isso é o que chamamos de linguagem. Por ser a forma
mais abrangente e efetiva que possuímos de nos dialogar, podemos fazer inúmeras associações e descobrir
o contexto ou a circunstância que aquela intenção comunicativa foi construída.
Desse modo, devemos compreender que existem dois tipos de linguagem, a verbal e a não-verbal. Na
primeira, a comunicação é feita por meio da escrita ou da fala, enquanto a segunda é feita por meio de sinais,
gestos, movimentos, figuras, entre outros.
A linguagem assume várias funções, por isso, é muito importante saber as suas distintas características
discursivas e intencionais. Em primeiro lugar, devemos atentar para o fato de que, em qualquer situação
comunicacional plena, seis elementos estão presentes:
• Emissor: É o responsável pela mensagem. É ele quem, como o próprio nome sugere, emite o
enunciado.
• Receptor: A quem se direciona o que se deseja falar; o destinatário.
• Mensagem
• Referente: O assunto, também chamado de contexto.
• Canal: Meio pelo qual será transmitido a mensagem.
• Código: A forma que a linguagem é produzida.
Cada uma das seis funções que a linguagem desempenha está centrada em um dos elementos acima, ou na
forma como alguns desses elementos se relacionam com os outros. Veja a seguir:
Metalinguística Refere-se ao próprio código. Por exemplo:
-
-
Consiste no uso do código para falar dele próprio, ou seja, a linguagem para explicar a própria linguagem.
Pode ser encontrada, por exemplo, nos dicionários, em poemas que falam da própria poesia, em músicas
que falam da própria música.
Referencial Centraliza-se no contexto, no referente. Transmite dados de maneira objetiva, direta, impessoal. A
dissertação argumentativa é o tipo de texto em que um determinado ponto de vista é defendido de maneira
objetiva, a partir da utilização de argumentos. Outros exemplos são textos jornalísticos, livros didáticos e
apostilas.
Conativa ou Apelativa Procura influenciar o receptor da mensagem. É centrada na segunda pessoa do discurso e bastante comum
em propagandas.
Eu sou, Senhor, a ovelha desgarrada,
Cobrai-a; e não queirais, pastor divino,
Perder na vossa ovelha a vossa glória.
P
or.
Essa função encerra um apelo, uma intenção de atingir o comportamento do receptor da mensagem ou
chamar a sua atenção. Para identificá-la, devemos observar o uso do vocativo, pronomes na segunda pessoa,
ou pronomes de tratamento, bem como verbos no modo imperativo.
Fática Está centrada no canal. Objetiva estabelecer, prolongar ou interromper o processo de comunicação.
Olá, como vai?
Eu vou indo e você, tudo bem?
Tudo bem, eu vou indo...
A função fática envolve o contato entre o emissor e o receptor, seja para iniciar, prolongar, interromper ou
simplesmente testar a eficiência do canal de comunicação. Na língua escrita, qualquer recurso gráfico
utilizado para chamar atenção para o próprio canal (negrito, mudar o padrão de letra, criar imagem com a
distribuição das palavras na página em branco) constitui um exemplo de função fática.
Emotiva De forma simplista, pode-se dizer que expressa sentimentos, emoções e opiniões. Está centrada no próprio
emissor e, por isso, aparece na primeira pessoa do discurso.
Que me resta, meu Deus? Morra comigo
A estrela de meus cândidos amores.
Já que não levo no meu peito morto
Um punhado sequer de murchas flores.
Álvares de Azevedo
Aqui, devemos observar marcas de subjetividade do emissor, como seus sentimentos e impressões a respeito
de algo expressados pela ocorrência de verbos e pronomes na primeira pessoa, adjetivação abundante,
pontuação expressiva (exclamações e reticências), bem como interjeições.
Poética Centraliza-se na própria mensagem. É o trabalho poético realizado em um determinado contexto.
Quadrilha
João amava Teresa que amava Raimundo
que amava Maria que amava Joaquim que amava Lili
que não amava ninguém.
João foi para os Estados Unidos, Teresa para o convento,
Raimundo morreu de desastre, Maria ficou para tia,
Joaquim suicidou-se e Lili casou com J. Pinto Fernandes
que não tinha entrado na história.
Carlos Drummond de Andrade
P
or.
Como é centrada na própria mensagem, a função poética existe, predominantemente, em textos literários,
resultantes da elaboração da linguagem, por meio de vários recursos estilísticos que a língua oferece.
Contudo, é comum, hoje, observarmos textos técnicos que se utilizam de elementos literários para poder
evidenciar um determinado sentido.
EXERCÍCIOS
1.
A rapidez é destacada como uma das qualidades do serviço anunciado, funcionando como estratégia
de persuasão em relação ao consumidor do mercado gráfico. O recurso da linguagem verbal que
contribui para esse destaque é o emprego:
a) do termo "fácil" no início do anúncio, com foco no processo.
b) de adjetivos que valorizam a nitidez da impressão.
c) das formas verbais no futuro e no pretérito, em sequência.
d) da expressão intensificadora "menos do que" associada à qualidade.
e) da locução "do mundo" associada a "melhor", que quantifica a ação.
2.
P
or.
Os objetivos que motivam os seres humanos a estabelecer comunicação determinam, em uma situação
de interlocução, o predomínio de uma ou de outra função de linguagem. Nesse texto, predomina a
função que se caracteriza por
a) tentar persuadir o leitor acerca da necessidade de se tomarem certas medidas para a elaboração
de um livro.
b) enfatizar a percepção subjetiva do autor, que projeta para sua obra seus sonhos e histórias.
c) apontar para o estabelecimento de interlocução de modo superficial e automático, entre o leitor
e o livro.
d) fazer um exercício de reflexão a respeito dos princípios que estruturam a forma e o conteúdo de
um livro.
e) retratar as etapas do processo de produção de um livro, as quais antecedem o contato entre leitor
e obra.
3.
Pelas características da linguagem visual e pelas escolhas vocabulares, pode-se entender que o texto
possibilita a reflexão sobre uma problemática contemporânea ao
a) criticar o transporte rodoviário brasileiro, em razão da grande quantidade de caminhões nas
estradas.
b) ironizar a dificuldade de locomoção no trânsito urbano, devida ao grande fluxo de veículos.
c) expor a questão do movimento como um problema existente desde tempos antigos, conforme
frase citada.
d) restringir os problemas de tráfego a veículos particulares, defendendo, como solução, o transporte
público.
e) propor a ampliação de vias nas estradas, detalhando o espaço exíguo ocupado pelos veículos nas
ruas.
4. A biosfera, que reúne todos os ambientes onde se desenvolvem os seres vivos, se divide em unidades
menores chamadas ecossistemas, que podem ser uma tem múltiplos mecanismos que regulam o
número de organismos dentro dele, controlando sua reprodução, crescimento e migrações. DUARTE, M. O guia dos curiosos. São Paulo: Companhia das Letras, 1995.
Predomina no texto a função da linguagem
a) emotiva, porque o autor expressa seu sentimento em relação ecologia.
b) fática, porque o texto testa o funcionamento do canal de comunicação.
c) poética, porque o texto chama a atenção para os recursos de linguagem.
d) conativa, porque o texto procura orientar comportamentos do leitor.
e) referencial, porque o texto trata de noções e informações conceituais.
P
or.
5. O exercício da crônica
Escrever prosa é uma arte ingrata. Eu digo prosa como se faz um cronisita; não a prosa de um
ficcionista, na qual este é levado meio a tapas pelas personagens e situações que, azar dele, criou
porque quis. Com um prosador do cotidiano, a coisa fia mais fino. Senta-se ele diante de sua máquina,
olha através da janela e busca fundo em sua imaginação um fato qualquer, de preferência colhido no
noticiário matutino, ou da véspera, em que, com as suas artimanhas peculiares, possa injetar um sangue
novo. Se nada houver, resta-lhe o recurso de olhar em torno e esperar que, através de um processo
associativo, surja-lhe de repente a crônica, provinda dos fatos e feitos de sua vida emocionalmente
despertados pela concentração. Ou então, em última instância, recorrer ao assunto da falta de assunto,
já bastante gasto, mas do qual, no ato de escrever, pode surgir o inesperado. MORAES, V. Para viver um grande amor: crônicas e poemas. São Paulo: Cia. das Letras, 1991.
Predomina nesse texto a função da linguagem que se constitui
a) nas diferenças entre o cronista e o ficcionista
b) nos elementos que servem de inspiração ao cronista.
c) nos assuntos que podem ser tratados em uma crônica.
d) no papel da vida do cronista no processo de escrita da crônica.
e) nas dificuldades de se escrever uma crônica por meio de uma crônica.
6.
Os gráficos expõem dados estatísticos por meio de linguagem verbal e não verbal. No texto, o uso
desse recurso
a) exemplifica o aumento da expectativa de vida da população.
b) explica o crescimento da confiança na instituição do casamento.
c) mostra que a população brasileira aumentou nos últimos cinco anos.
d) indica que as taxas de casamento e emprego cresceram na mesma proporção.
e) sintetiza o crescente número de casamentos e de ocupação no mercado de trabalho.
P
or.
7.
Os principais recursos utilizados para envolvimento e adesão do leitor à campanha institucional
incluem
a) o emprego de enumeração de itens e apresentação de títulos expressivos.
b) o uso de orações subordinadas condicionais e temporais.
d) a construção de figuras metafóricas e o uso de repetição.
e) o fornecimento de número de telefone gratuito para contato.
8. É água que não acaba mais
Dados preliminares divulgados por pesquisadores da Universidade Federal do Pará (UFPA) apontaram
o Aquífero Alter do Chão como o maior depósito de água potável do planeta. Com volume estimado
em 86 000 quilômetros cúbicos de água doce, a reserva subterrânea está localizada sob os estados do
mundial durante 500 a
Chão tem quase o dobro do volume de água do Aquífero Guarani (com 45 000 quilômetros cúbicos).
Até então, Guarani era a maior reserva subterrânea do mundo, distribuída por Brasil, Argentina,
Paraguai e Uruguai. Época. Nº 623, 26 abr. 2010.
Essa notícia, publicada em uma revista de grande circulação, apresenta resultados de uma pesquisa
científica realizada por uma universidade brasileira. Nessa situação específica de comunicação, a
função referencial da linguagem predomina, porque o autor do texto prioriza
a) as suas opiniões, baseadas em fatos.
b) os aspectos objetivos e precisos.
c) os elementos de persuasão do leitor.
d) os elementos estéticos na construção do texto.
e) os aspectos subjetivos da mencionada pesquisa.
9. Canção do vento e da minha vida
O vento varria as folhas,
O vento varria os frutos,
O vento varria as flores...
E a minha vida ficava
Cada vez mais cheia
De frutos, de flores, de folhas.
[...]
O vento varria os sonhos
P
or.
E varria as amizades...
O vento varria as mulheres...
E a minha vida ficava
Cada vez mais cheia
De afetos e de mulheres.
O vento varria os meses
E varria os teus sorrisos...
O vento varria tudo!
E a minha vida ficava
Cada vez mais cheia
De tudo. BANDEIRA, M. Poesia completa e prosa. Rio de Janeiro: José Aguilar, 1967.
Predomina no texto a função da linguagem
a) fática, porque o autor procura testar o canal de comunicação.
b) metalinguística, porque há explicação do significado das expressões.
c) conativa, uma vez que o leitor é provocado a participar de uma ação.
d) referencial, já que são apresentadas informações sobre acontecimentos e fatos reais.
e) poética, pois chama-se a atenção para a elaboração especial e artística da estrutura do texto.
10. TEXTO I
Fundamentam-se as regras da Gramática Normativa nas obras dos grandes escritores, em cuja
linguagem as classes ilustradas põem o seu ideal de perfeição, porque nela é que se espelha o que o
uso idiomático estabilizou e consagrou.
LIMA, C. H. R. Gramática normativa da língua portuguesa. Rio de Janeiro: José Olympio, 1989.
TEXTO II
Gosto de dizer. Direi melhor: gosto de palavrar. As palavras são para mim corpos tocáveis, sereias
visíveis, sensualidades incorporadas. Talvez porque a sensualidade real não tem para mim interesse de
nenhuma espécie nem sequer mental ou de sonho , transmudou-se-me o desejo para aquilo que
em mim cria ritmos verbais, ou os escuta de outros. Estremeço se dizem bem. Tal página de Fialho, tal
página de Chateaubriand, fazem formigar toda a minha vida em todas as veias, fazem-me raivar
tremulamente quieto de um prazer inatingível que estou tendo. Tal página, até, de Vieira, na sua fria
perfeição de engenharia sintáctica, me faz tremer como um ramo ao vento, num delírio passivo de
coisa movida. PESSOA, F. O livro do desassossego. São Paulo: Brasiliense, 1986.
A linguagem cumpre diferentes funções no processo de comunicação. A função que predomina nos
textos I e II
a) -se a seleção, Combinação e sonoridade
do texto.
b)
objeto.
c)
pessoais.
d) O orienta-
comportamento.
e) lavras precisas e objetivas.
P
or.
QUESTÃO CONTEXTO
Leia a tirinha abaixo
Qual é a função da linguagem predominante? Demonstre, exemplificando com partes do texto.
P
or.
GABARITO
1. c
O Demonstra a rapidez efetiva do produto anunciado, fato
que impulsiona o leitor a comprar.
2. d
A linguagem da tirinha promove ao interlocutor uma reflexão clara sobre o efeito do livro e das palavras-
para quem está a praticar a ação da leitura. Assim, essas informações estão subentendidas no texto.
3. b
O efeito de humor causado na fala do personagem com o restante da imagem causa ao interlocutor uma
ironia sobre o pensamento de Parmênides, em contraposição ao período atual.
4. e
Assim como foi visto nos conceitos, a linguagem referencial apresenta informações referentes a um
determinado assunto. Desse modo, a alternativa contempla o fato de que o excerto é uma
explicação/apresentação sobre a biosfera e seus componentes.
5. c
O texto de Vinícius de Moraes contempla a ideia de metalinguagem perante ao assunto de
formalizar/criar uma crônica. Sendo assim, através de uma, é vista a melhor forma de produzir um texto.
6. e
a utilização da linguagem verbal (texto) e não verbal (gráfico) promove a ideia de melhor apresentar,
sintetizar e aproximar as informações contidas para um interlocutor.
7. c
A utilização de linguagens que façam uma conexão direta com o leitor é um dos mecanismos de
promover ações efetivas em campanhas informativas, como campanha de vacinação. Desse modo, a
8. b
Como apresentado, a função referencial promove uma apresentação e sintetização de informações.
Assim, o texto, por ser caracterizado como notícia, informa e compreende essa ideia de transmitir o
conteúdo necessário.
9. e
Pelo fato de estar escrito em versos, ter uma linguagem subjetiva e bem característica do autor, é
reconhecida a linguagem poética dentro do texto apresentado.
10. b
A função que predomina nos dois textos é a metalinguística, visto que o primeiro texto foi extraído de
uma gramática que propõe reflexões sobre regras gramaticais. Já o segundo texto, escrito por um
famoso poeta, trata do seu gosto e do de outros autores pela palavra. Em suma, o elemento da
-se em destaque nos dois
textos.
Questão contexto
A função da linguagem predominante é a fática, uma vez que Calvin propõe o diálogo para com o
interlocutor.
Q
uí.
Quí.
Professor: Allan Rodrigues
Monitor: Gabriel Pereira
Q
uí.
Casos particulares de estequiometria:
mistura de todos os casos - exercícios
específicos
11
set
EXERCÍCIOS
1. Em um laboratório químico, foi realizado um estudo da decomposição térmica de duas amostras de
carbonato de cálcio de diferentes procedências, de acordo com a reação química:
3(s ( (g)) s) 2CCaC O OO a CΔ
+⎯⎯→
A amostra 1 era uma amostra padrão, constituída de carbonato de cálcio puro. A amostra 2 continha
impurezas que não sofriam decomposição na temperatura do experimento. Utilizando aparatos
adequados para um sistema fechado, foram determinadas as massas dos sólidos no início da
decomposição, e as massas dos sólidos e dos gases resultantes no final da decomposição. Os valores
estão reportados na tabela:
Início Final
Amostra Massa do sólido Massa do sólido Massa do gás
1 40,0 g x 17,6 g
2 25,0 g 16,2 g 8,8 g
a) Determine o valor de x. Qual lei ponderal justifica este cálculo: Lei de Lavoisier ou Lei de Proust?
b) Determine o teor percentual de carbonato de cálcio na amostra 2. Apresente os cálculos efetuados.
2. O nitrato de cobre pode ser obtido a partir da reação de cobre metálico e ácido nítrico, conforme a
equação abaixo:
3Cu + 8HNO3 3)2 + 2NO + 4H2O
De acordo com as informações apresentadas acima, considere que o cobre utilizado na reação
apresenta uma pureza de 100% e, a partir de 635 g desse metal, determine:
a) a massa do sal que será formada.
b) o volume do recipiente, em que deverá ser armazenado todo o NO produzido, de forma que a
pressão exercida pelo gás seja igual a 8,2 atm, a uma temperatura de 300 K.
3. O bicarbonato de sódio é convertido a carbonato de sódio após calcinação, de acordo com a reação
não balanceada a seguir
3 2 3 2 2NaHCO Na CO CO H O→ + +
A calcinação de uma amostra de bicarbonato de sódio de massa 0,49 g, que contém impurezas,
produz um resíduo de massa 0,32 g. Se as impurezas da amostra não são voláteis à temperatura de
calcinação, pede-se:
a) os valores que tornam a equação balanceada;
b) por meio de cálculos, o percentual de bicarbonato na amostra original.
Q
uí.
4. Em uma aula experimental, uma estudante misturou 40 mL de uma solução aquosa 0,55 mol L de
3 2Pb (NO ) com 50 mL de uma solução aquosa 1,22 mol L de HC . Ela observou a formação de um
precipitado branco, que foi separado e colocado para secar. Ao final do processo, a estudante
determinou que a massa do sólido era 5,12 g.
a) Escreva a equação completa da reação que ocorreu e indique o produto que corresponde ao sólido
branco.
b) Calcule o rendimento da reação, sabendo que para cada 331g de 3 2Pb (NO ) reagem 73,0 g de
HC .
5. A água oxigenada é uma solução aquosa de peróxido de hidrogênio 2 2(H O ) indicada como agente
bactericida nos ferimentos externos. É comercializada em frascos de plásticos opacos, pois a luz é um
dos fatores responsáveis pela decomposição do peróxido de hidrogênio em água e gás oxigênio 2(O ).
a) Escreva a fórmula estrutural do peróxido de hidrogênio, sabendo que nessa estrutura os átomos de
oxigênio estão ligados entre si e que cada átomo de hidrogênio está ligado a um átomo de oxigênio.
Indique o nome da força intramolecular que mantém unidos os átomos presentes em sua estrutura.
b) Na decomposição de 136 g de peróxido de hidrogênio foram liberados 38 L de gás oxigênio.
Considere que a massa molar do peróxido de hidrogênio seja, aproximadamente 34 g mol e que o
volume molar do gás oxigênio, a 0 C e 1atm seja 22,4 L mol. Escreva a equação balanceada que
representa a decomposição do peróxido de hidrogênio e calcule o rendimento dessa reação.
Apresente os cálculos.
6. Em um laboratório, uma estudante sintetizou sulfato de ferro (II) hepta-hidratado 4 2(FeSO 7H O) a
partir de ferro metálico e ácido sulfúrico diluído em água. Para tanto, a estudante pesou, em um
béquer, 14,29 g de ferro metálico de pureza 98,00%. Adicionou água destilada e depois, lentamente,
adicionou excesso de ácido sulfúrico concentrado sob agitação. No final do processo, a estudante
pesou os cristais de produto formados.
Para a síntese do sulfato de ferro(II) hepta-hidratado, após a reação entre ferro metálico e ácido
sulfúrico, a estudante deixou o béquer resfriar em banho de gelo, até a cristalização do sal hidratado.
A seguir, a estudante separou o sólido por filtração, o qual, após ser devidamente lavado e secado,
apresentou massa igual a 52,13 g.
Dadas as massas molares 1(g mol ) : Fe 56,0; S 32,0; H 1,0; O 16,0,− = = = = escreva a equação
balanceada da reação global de formação do sulfato de ferro (II) hepta-hidratado sintetizado pela
estudante e calcule o rendimento da reação a partir do ferro metálico e do ácido sulfúrico.
7. O cobre metálico é obtido a partir do sulfeto de cobre I em duas etapas subsequentes, representadas
pelas seguintes equações químicas:
Etapa 1: ( ) ( ) ( ) ( )2 2s s2 g 2 g2Cu S 3O 2Cu O 2SO+ → +
Etapa 2: ( ) ( ) ( ) ( )2 s s s gCu O C 2Cu CO+ → +
Em uma unidade industrial, 477 kg de 2Cu S reagiram com 100% de rendimento em cada uma das
etapas.
Nomeie os dois gases formados nesse processo. Em seguida, calcule o volume, em litros, de cada um
desses gases, admitindo comportamento ideal e condições normais de temperatura e pressão.
8. O ácido acetilsalicílico (AAS), comumente chamado de aspirina, é obtido a partir da reação do ácido
salicílico com anidrido acético. Essa reação é esquematizada do seguinte modo:
Q
uí.
( )ácido salicílico anidrido acético ácido acetilsalicílico ácido acético
C H O s C H O C H O CH COOH7 6 3 4 6 3 9 8 4 3
+ → +
a) Qual é o reagente limitante da reação, partindo-se de 6,90g de ácido salicílico e 10,20g de anidrido
acético? Justifique sua resposta apresentando os cálculos.
b) Foram obtidos 5,00g de AAS. Calcule o rendimento da reação.
9. O hidróxido de alumínio é um composto químico utilizado no tratamento de águas. Uma possível rota
de síntese desse composto ocorre pela reação entre o sulfato de alumínio e o hidróxido de cálcio.
Nessa reação, além do hidróxido de alumínio, é formado também o sulfato de cálcio. Assumindo que
no processo de síntese tenha-se misturado 30 g de sulfato de alumínio e 20 g de hidróxido de cálcio,
determine a massa de hidróxido de alumínio obtida, o reagente limitante da reação e escreva a equação
química balanceada da síntese.
10. O ácido fosfórico, H3PO4, pode ser produzido a partir da reação entre a fluoroapatita, Ca5(PO4)3F, e o
ácido sulfúrico, H2SO4, de acordo com a seguinte equação química:
Ca5(PO4)3F (s) + 5 H2SO4 → 3 H3PO4 4 (s) + HF (g)
Considere a reação completa entre 50,45 g de fluoroapatita com 98,12 g de ácido sulfúrico.
a) Qual é o reagente limitante da reação?
b) Determine a quantidade máxima de ácido fosfórico produzida.
11. Sabe-se que um processo químico é exaustivamente testado em laboratório antes de ser implantado
na indústria, envolvendo cálculos, em que são aplicadas as leis ponderais e volumétricas, dentre as
quais, cita-se a lei das proporções constantes (Lei de Proust). Havendo excesso de reagente numa
reação, deve-se retirá-lo para poder trabalhar com a proporção exata.
Considere que 1mol de benzeno reage com 1mol de bromo, formando dois produtos, um haleto
orgânico e um ácido.
Para a reação entre 50 g de benzeno e 100 g de bromo,
a) Haverá obediência à Lei de Proust? Justifique sua resposta por meio de cálculos.
Dados: C(z 12),= H(z 1)= e Br(z 80).=
b) Calcule a massa, do haleto orgânico, obtida em conformidade à Lei de Proust.
12. O tratamento de água contaminada por metais pesados como ferro (III), chumbo (II) e cádmio, pode
ser feito por alcalinização, que formam bases insolúveis desses metais. A alcalinização pode ser feita
pela adição de cal (CaO) ou barrilha 2 3(Na CO ).
a) A cal reage com água, formando uma base, e a barrilha sofre hidrólise, produzindo NaOH e um gás.
Escreva a fórmula da base formada pela hidratação da cal e a fórmula do gás produzido pela hidrólise
da barrilha.
b) Em um efluente foram despejados 32,5 kg de cloreto de ferro (III). Para a eliminação desse poluente
foi utilizada a barrilha, que reage com a substância de acordo com a equação:
3 2 3 2 3 2 32 FeC 3 Na CO 6 H O 2 Fe(OH) 3 H CO 6 NaC+ + → + +
Considerando as massas molares da barrilha e do cloreto de ferro (III) iguais a 1106 g mol− e
1162,5 g mol ,− respectivamente, determine a massa de barrilha, em kg, que deve ser utilizada para
despoluir o efluente, considerando-se um rendimento de reação de 90%.
Q
uí.
13. Na manhã de 11 de setembro de 2013, a Receita Federal apreendeu mais de 350 toneladas de vidro
contaminado por chumbo no Porto de Navegantes (Santa Catarina). O importador informou que os
contêineres estavam carregados com cacos, fragmentos e resíduos de vidro, o que é permitido pela
legislação. Nos contêineres, o exportador declarou a carga corretamente - tubos de raios catódicos.
O laudo técnico confirmou que a porcentagem em massa de chumbo era de 11,5%. A importação de
material (sucata) que contém chumbo é proibida no Brasil.
a) O chumbo presente na carga apreendida estava na forma de óxido de chumbo II. Esse chumbo é
recuperado como metal a partir do aquecimento do vidro a aproximadamente 800°C na presença
de carbono (carvão), processo semelhante ao da obtenção do ferro metálico em alto forno.
Considerando as informações fornecidas, escreva a equação química do processo de obtenção do
chumbo metálico e identifique o agente oxidante e o redutor no processo.
b) Considerando que o destino do chumbo presente no vidro poderia ser o meio ambiente aqui no
Brasil, qual seria, em mols, a quantidade de chumbo a ser recuperada para que isso não ocorresse?
14. O dióxido de enxofre (SO2) é um dos principais gases que contribuem para a chuva ácida. Ele é gerado
na queima de combustíveis fósseis. Uma alternativa para diminuir a quantidade de SO2 atmosférico é
seu sequestro por calcário triturado (CaCO3), segundo a reação a seguir:
( ) ( ) ( ) ( )3 2 3 2CaCO s SO g CaSO s CO g+ +
Considere um processo industrial que produza diariamente 128 toneladas de SO2.
Dados Massa molar (g/mol): Ca=40; C=12; O=16; S=32. R=0,082atm.L.mol 1.K 1.
a) Qual é a massa de CaCO3 necessária para consumir a produção diária de SO2?
b) Calcule o volume de CO2 gerado diariamente. Considere 1 atm e 298 K.
15. A pólvora consiste em uma mistura de substâncias que, em condições adequadas, reagem, com
rendimento de 100 %, segundo a equação química a seguir:
4 KNO3(s) + 7 C(s) + S(s) → 3 CO2(g) + 3 CO(g) + 2 N2(g) + K2CO3(s) + K2S(s)
Sob condições normais de temperatura e pressão, e admitindo comportamento ideal para todos os
gases, considere a reação de uma amostra de pólvora contendo 1515 g de KNO3 com 80 % de pureza.
Calcule o volume total de gases produzidos na reação. Em seguida, nomeie os sais formados.
16. Um procedimento muito utilizado para eliminação de bactérias da água é a adição de cloro com
produção de hipoclorito. O cloro pode ser produzido pela eletrólise de uma solução aquosa de íons
cloreto, segundo a equação I: -(aq) + 2H2 → 2OH-(aq 2(g) + H2(g)
2 pode reagir com as hidroxilas produzindo o hipoclorito.
II: 2OH-2(g) → - -(aq) + H2
Calcule o volume de H2 produzido nas CNTP quando ocorre o consumo de 117,0 gram
(massa molar = 58,5 g.mol-1) de acordo com a Equação I, e forneça a equação global que expressa a
formação de hipoclorito a partir da eletrólise da solução de cloreto.
17. Estudos recentes indicam que as águas do aquífero Guarani (um dos maiores reservatórios
subterrâneos de água doce conhecidos no planeta) estão sendo contaminadas. O teor de nitrogênio
já atinge, em determinados locais, valores acima do nível de tolerância do organismo humano. Em
adultos, o nitrogênio, na forma de nitrito, atua na produção de nitrosaminas e nitrosamidas, com
elevado poder cancerígeno. Considerando as equações químicas a seguir,
Q
uí.
NO2-(aq) + H+(aq) HNO2(aq)
(produção do ácido nitroso no estômago)
HNO2(aq) + (CH3)2NH(aq) (CH3)2NNO(aq) + H2
(produção da nitrosamina)
Determine a massa da nitrosamina que pode ser produzida a partir de um litro de água cujo teor em
nitrito seja igual a 9,2 mg. Apresente seus cálculos. Massas molares, em g.mol-1: NO2- = 46 e (CH3)2NNO
= 74.
18. O ácido sulfúrico é um dos produtos químicos de maior importância comercial, sendo utilizado como
matéria-prima para diversos produtos, tais como fertilizantes, derivados de petróleo e detergentes. A
produção de ácido sulfúrico ocorre a partir de três etapas fundamentais:
I. Combustão do enxofre para formar dióxido de enxofre;
II. Conversão do dióxido de enxofre em trióxido de enxofre a partir da reação com oxigênio molecular;
III. Reação do trióxido de enxofre com água para formar ácido sulfúrico.
Com base nessas informações, responda o que se pede a seguir.
Dado: S = 32.
a) Apresente as equações químicas balanceadas para as reações das etapas I, II e III.
b) Determine a quantidade máxima, em gramas, de ácido sulfúrico que pode ser produzido a partir da
combustão completa de 1.605 g de enxofre.
19. Segundo matéria publicada no jornal O Popular (27/09/2009), cerca de 240.000 toneladas de
monóxido de carbono resultaram de emissões veiculares em 2007. Em 2009, estima-se que houve um
aumento de 20% da frota veicular. Com base nessas informações, e considerando as mesmas
condições de emissão entre os anos citados, responda:
Dados:
Temperatura = 25 oC
Pressão = 1,0 atm.
a) qual o volume, em litros, de monóxido produzido em 2009?
b) Qual a massa, em toneladas, de dióxido de carbono resultante da conversão por combustão, com
47% de eficiência, do monóxido produzido em 2009?
20. A partir de 2014, todos os automóveis nacionais serão obrigatoriamente produzidos com um dispositivo
de segurança denominado air bag. Este dispositivo contém um composto instável, denominado azida
de sódio ( )( )3 sNaN , que, ao ser ativado, decompõe-se em um curto intervalo de tempo. Na
decomposição, é liberado sódio metálico e nitrogênio molecular (na forma de um gás) que
rapidamente enche o air bag.
Dado: 1 1R 0,082 atm L mol K− −=
a) Considerando-se o exposto, escreva a equação química balanceada para a decomposição da azida
de sódio.
b) Calcule a massa de ( )3 sNaN necessária para encher um air bag de 50 L na temperatura de 25 °C e
pressão de 1atm.
Q
uí.
GABARITO
Exercícios
1. a) Determinação do valor de x :
40,0 g x 17,6 g
x 22,4 g
= +
=
A lei de Lavoisier justifica o resultado.
b) Determinação do teor percentual de carbonato de cálcio na amostra 2:
40 g 22,4 g
3CaCO
17,6 g
m CaOm
3CaCO
8,8 g
m 20 g (puro)
25 g
=
100%
20 g p
p 80% de pureza.=
Conclusão: 80% de carbonato de cálcio na amostra 2.
2. Dados: =Cu 63,5; =N 14,0; =O 16,0; − −= 1 1R 0,082 atm L mol K
a) Teremos:
→
3 3 2 23Cu + 8HNO 3Cu(NO ) + 2NO + 4H O
3 63,5 g 3 187,5 g
635 g
=
3 2
3 2
Cu(NO )
Cu(NO )
m
m 1875 g
b) Teremos:
3 3 2 23Cu + 8HNO 3Cu(NO ) + 2NO + 4H O
3 63,5 g
→
2 mol
635 g NO
NO
n
n 6,67 mol=
P V n R T
8,2 V 6,67 0,082 300
V 20,01 L
=
=
=
3. a) No balanceamento a quantidade de átomos de cada elemento químico deverá ser a mesma dos dois
lados da equação química, logo teremos:
3 2 3 2 22 NaHCO 1Na CO 1CO 1H O→ + +
b) Como a calcinação produz um resíduo de 0,32 g, podemos calcular a quantidade de 2CO e 2H O
liberada:
Q
uí.
3 2 2
0,49 g 0,32 g 0,17 g
2 NaHCO CO H O
2(84 g)
− =
→ +
(44 g 18 g)
m
+
0,17 g
m 0,46 g de bicarbonato de sódio
100% da amostra
=
0,49 g
p 0,46 g
p 94%=
4. a) 3 2(aq) (aq) 2(s) 3(aq)
sólido branco
Pb(NO ) 2HC PbC 2HNO+ → +
b) 3 2(aq) (aq) 2(s) 3(aq)Pb(NO ) 2HC PbC 2HNO+ → +
1mol 2 mols 1mol 2 mols
331g 73 g 278,1g 126 g
Assim, o rendimento foi de 100%.
5. a) Fórmula estrutural do peróxido de hidrogênio:
Força intramolecular que mantém unidos os átomos presentes em sua estrutura: ligação covalente ou
molecular.
b) Equação balanceada que representa a decomposição do peróxido de hidrogênio:
2 2 2 2 2 2 2 21
H O ( ) H O( ) O (g) ou 2H O ( ) 2H O( ) 1O (g)2
→ + → +
2 2 2 21
H O ( ) H O( ) O (g)2
34 g
→ +
1 22,4 L r2
136 g
38 L
r 0,8482 84,82%
r 85 %
= =
ou
2 2 2 21
H O ( ) H O( ) O (g)2
34 g
→ +
1 22,4 L2
136 g
2
2
O
O
V
V 44,8 L
44,8 L
=
100 %
38 L r
r 84,82 % 85 %=
6. Equação balanceada da reação global de formação do sulfato de ferro (II):
Global2 2 4 2 4 2Fe(s) 7H O( ) H SO (aq) H (g) FeSO .7H O(s)+ + ⎯⎯⎯⎯→ +
Q
uí.
De acordo com o texto fornecido na questão, no laboratório a estudante sintetizou sulfato de ferro (II)
hepta-hidratado 4 2(FeSO 7H O) a partir de ferro metálico e ácido sulfúrico diluído em água. Para tanto,
ela pesou, em um béquer, 14,29 g de ferro metálico de pureza 98,00%. Então:
Global2 2 4 2 4 2Fe(s) 7H O( ) H SO (aq) H (g) FeSO .7H O(s)
56 g
+ + ⎯⎯⎯⎯→ +
278 g r
14,29 0,98 g
52,13 g
56 52,13r 0,7498469 74,98 %
14,29 0,98 278
= =
7. Para a resolução do problema, podemos montar a equação global do processo.
Nesse procedimento, vamos somar as duas equações da seguinte forma:
( ) ( ) ( ) ( )
( ) ( ) ( ) ( )
( ) ( ) ( ) ( ) ( ) ( )
2 2s s2 g 2 g
2 s s s g
2 s s s2 g 2 g g
Etapa 1 2Cu S 3O 2Cu O 2SO
Etapa 2 (x2) 2Cu O 2C 4Cu 2CO
Equação Global 2Cu S 3O 2C 2SO Cu 2CO
+ → +
+ → +
+ + → + +
Os dois gases formados pelo processo são o monóxido de carbono (CO) e o dióxido de enxofre (SO2).
Cálculo do volume de cada um dos gases na CNTP:
Lembrar que, nessas condições, o volume molar dos gases é de 22,4 L/mol.
Como os dois gases são produzidos na proporção de 1:1, podemos afirmar que o volume produzido pelos
dois é igual.
( )2 2 mols de CO CNTP2 mols de Cu S
2
318g de Cu S 44,8L de CO
477.000 g V
V 67.200 L. de CO produzido.=
Assim, podemos dizer que o volume de SO2 produzido também foi de 67.200 L.
8. a) Teremos:
7 6 3 4 6 3
7 6 3 4 6 3 9 8 4 3
ácido salicílico anidridoacético
C H O 138 g / mol; C H O 102 g / mol
C H O C H O C H O CH COOH
138 g
= =
+ → +
LIMITANTE
102 g
6,90 g
EXCESSO
1407,6 703,8
10,20 g
138 10,20 102 6,90
O reagente limitante é o ácido salicílico.
b) Teremos:
Q
uí.
7 6 3 9 8 4
7 6 3 4 6 3 9 8 4 3
ácido salicílico anidridoacético AAS
C H O 138 g / mol; C H O 180 g / mol
C H O C H O C H O CH COOH
138 g
= =
+ → +
LIMITANTE
180 g
6,90 g9 8 4
9 8 4
C H O
C H O
m
m 9 g=
100 % (rendimento) 9,00g
p % (rendimento) 5,00g
p % (rendimento) 55,56 %=
9.
( ) ( ) ( )2 4 43 2 3A SO 3Ca OH 2A OH 3CaSO (equação balanceada)
342 g
+ ⎯⎯→ +
limi tan te
3 74 g
30 g
( )
( ) ( ) ( )
excesso
6.840 6.660
2
2 4 3
2 4 43 2 3
20 g
Mutiplicando em cruz, vem :
342 20 3 74 30
Conclusão : excesso de hidróxido de cálcio (Ca(OH) ).
O reagente limi tan te é o sulfato de alumínio (A SO ).
A SO 3Ca OH 2A OH 3CaSO
342 g
+ ⎯⎯→ +
2 78 g
30 g
( )
( )
3
3
A OH
A OH
m
m 13,68 g 13,7 g=
10. a) A fluoroapatita (Ca5(PO4)3F) é o reagente limitante da reação.
b) 29,41 g H3PO4.
11. a) Considerando 1mol de benzeno reagindo com 1mol de bromo:
6 6 2
6 6 2 6 5
C H 78; Br 160.
1 C H 1Br 1 C H Br 1HBr
78 g
= =
+ → +
160 g
50 g
6 6 28.000 (excesso; C H ) 7.800 (limi tante; Br )
6 6 2 6 5
100 g
160 50 78 100
1 C H 1Br 1 C H Br 1HBr
78 g
+ → +
6 6C H
160 g
m
6 6C H
6 6 2 6 5
100 g
m 48,75 g
1 C H 1Br 1 C H Br 1HBr
78 g
=
+ → +
160 g
48,75 g 100 g
Conclusão: a lei de Proust não será obedecida para 50g de benzeno, pois existe 1,25g de excesso de
reagente.
Q
uí.
b) Em conformidade à lei de Proust, vem:
6 5
6 6 2 6 5
C H Br 157
1 C H 1Br 1 C H Br 1HBr
160 g
=
+ → +
157 g
100 g6 5
6 5
C H Br
C H Br
m
m 98,125 g=
12. a) Teremos:
(s) 2 ( ) 2(aq)
Fórmulada base
(aq)
CaO H O Ca(OH)
2 Na+
+ →
23(aq)CO 2−+ + 2 ( ) (aq)H O 2 Na+→ (aq) 2 ( )2 OH H O−+ + 2(g)
23(aq) 2 ( ) (aq) 2(g)
Gásproduzido
CO
CO H O 2 OH CO− −
+
+ → +
b) Teremos:
3 2 3
3 2 3 2 3 2 3
FeC 162,5; Na CO 106.
2 FeC 3 Na CO 6 H O 2 Fe(OH) 3 H CO 6 NaC
2 162,5 g
= =
+ + → + +
3 106 g
32,5 kg
2 3
2 3
2 3
Na CO
Na CO
Na CO
m
32,5 kg 3 106 gm
2 162,5 g
m 31,8 kg
31,8 kg
=
=
barrilha
100%
m
barrilha
barrilha
90%
31,8 kg 90%m
100%
m 28,62 kg
=
=
13. a) Monóxido de carbono é formado a partir da queima do carvão, então se pode representar a equação
química do processo de obtenção do chumbo metálico da seguinte maneira:
2
agenteagenteoxidanteredutor
CO(g) PbO(s) CO (g) Pb(s)
2
Δ+ ⎯⎯→ +
+ 4 (oxidação do carbono)
2
+
+ 0 (redução do chumbo)
b) Receita Federal apreendeu mais de 350 toneladas de vidro contaminado por chumbo no Porto de
Navegantes. O laudo técnico confirmou que a porcentagem em massa de chumbo era de 11,5 %,
então:
350 t
6350 10 g
chumbo
100% (vidro)
m
6chumbo
11,5%
m 40,25 10 g=
Cálculo da quantidade de chumbo a ser recuperada:
Q
uí.
1mol (chumbo)
chumbo
207 g
n 6
5chumbo
40,25 10 g
n 1,94 10 mol
=
14. a) A partir da relação estequiométrica, teremos:
( ) ( ) ( ) ( )3 2 3 2CaCO s SO g CaSO s CO g
100 g
+ +
3CaCO
64 g
m
3
3 6 8CaCO
128 t
m 200 t 200 10 kg 200 10 g 2 10 g= = = =
b) A partir da relação estequiométrica, teremos:
( ) ( ) ( ) ( )3 2 3 2CaCO s SO g CaSO s CO g
100 g
+ +
8
1mol
2 10 g2
2
CO
6CO
n
n 2 10 mol=
2
2
1 1
6
CO
6 7
CO
R 0,082 atm L mol K
P V n R T
1 V 2 10 0,082 298
V 48,872 10 L 4,89 10 L
− −=
=
=
= =
15. 537,6 L
Carbonato de potássio e sulfeto de potássio.
16.
17. Somando as duas equações que definem o equilíbrio, vem (observe a figura dada a seguir):
Q
uí.
A massa de nitrosamina produzida é de 14,8 mg.
18. a) Equações químicas balanceadas para as reações das etapas I, II e III:
I. S(s) + O2(g) → SO2(g)
II. SO2(g) + 1
2O2 → SO3(g) ou
2 SO2(g) + O2 → 2 SO3(g)
III. SO3(g) + H2 →H2SO4(aq)
b) Somando as etapas I, II e III obtemos a reação global do processo:
S(s) + O2(g) → SO2(g)
SO2(g) + 1
2O2 → SO3(g) ou
SO3(g) + H2 → H2SO4(aq)
________________________________
S(s) + 1,5 O2(g) + H2 → H2SO4(aq)
32 g -------------------------- 98 g
1605 g ----------------------- m(H2SO4)
m(H2SO4) = 4915,3 g
19. a) massa de CO em 2009 = 1,20 x 240.000 = 288.000 ton (= 2,88 x 1011g) volume de CO em 2009 = 2,88x1011
x 0,082 x 298 / (28 x 1) = 2,5 x 1011 L
b) 2CO(g) + O2 2(g)
28 g CO 44 g CO2
massa de CO2 em 2009 com 47% de eficiência= ( )288.000 x 44 x 0,47
28= 212.708 ton
20. a) Equação química balanceada: 3(s) (s) 2(g)2 NaN 2 Na + 3N .→
b) Cálculo da massa de ( )3 sNaN :
2
2
N
N
3(s) (s) 2(g)
P V = n R T
1 50= n 0,082 298
n 2,046 mol
NaN 2 Na + 3N
2 65 g
=
→
3(s)NaN
3 mol
m
3(s)NaN
2,046 mol
m 88,66 g=
Q
uí.
Quí.
Professor: Xandão
Monitor: João Castro
Q
uí.
Casos particulares de estequiometria:
reações consecutivas e limitante e
excesso
13
set
EXERCÍCIOS
1. 2(g) lançado na atmosfera, é a transformação
do mármore, CaCO3 , em gesso, CaSO4 , que pode ser representado pelas seguintes equações:
Calcule a quantidade máxima de gesso que pode ser formada partindo de 300g de SO2 e 400g de
CaCO3. Admita que o O2 esteja em quantidade ideal.
2. A floculação é uma das fases do tratamento de águas de abastecimento público e consiste na adição
de óxido de cálcio e sulfato de alumínio à água. As reações correspondentes são as que seguem:
São colocados para reagir 840g de CaO, 840g de Al2SO4 e quantidade ideias de água. Sabe-se que um
dos reagentes está em excesso. Após a reação se completar, qual a massa aproximada que sobrará do
reagente em excesso?
3. Partindo de 100g de CaCO3 e 100g de SO2, calcule a massa máxima de dióxido de carbono formada e
cite qual reagente é o limitante e qual esta em excesso.
4. O álcool etílico, C2H5OH, usado como combustível, pode ser obtido industrialmente pela fermentação
da sacarose, representada simplificadamente pelas equações:
Partindo-se de uma quantidade 500 kg de sacarose 30kg de água, calcule a massa de álcool obtida
em kg.
5. Um dos métodos de obtenção industrial do ácido sulfúrico parte da ustulação da pirita, de acordo com
as reações representadas a seguir.
Calcule a quantidade máxima de Fe2O3 em gramas produzidas partindo de 480g de FeS2 e 162g de água.
Adote que foram colocadas quantidade ideais de oxigênio molecular
6. Duas das reações que ocorrem na produção do ferro são representadas por:
Admitindo que a reação possua quantidade ideias de O2 e que são colocadas para reagir massas iguais
de Fe2O3 e C igual a 140g, calcule quanto sobrará do reagente em excesso.
Q
uí.
7. A obtenção de zinco a partir do seu minério (ZnS) é feita em duas etapas: na primeira, o sulfato de
zinco é transformado em óxido e, na segunda o óxido é reduzido a zinco metálico. As reações são:
Sendo que foram colocados para reagir 100g de cada reagente calcule a quantidade máxima de zinco
metálico que pode ser obtida.
8. Na sequência de reações:
Se partirmos de 10 mols de Na2O e 10 mols de H3PO4, obteremos:
a) 10 mols de H2O
b) 20 mols de H2O
c) 40/3 mols de Na3PO4
d) 15 mols de Na3PO4
e) 20 mols de Na3PO4
9. Os combustíveis fósseis, como carvão e petróleo, apresentam impurezas, dentre elas o enxofre. Na
queima desses combustíveis, são lançados na atmosfera óxidos de enxofre que, em determinadas
condições, são oxidados e, em contato com a umidade do ar, se transformam em ácido sulfúrico. Este
fenômenos estão representados pelas equações abaixo
A massa de ácido sulfúrico formada com a queima total de 12,8 kg de carvão contendo 2,5% em massa
de enxofre será igual a:
a) 0,32 kg
b) 0,64 kg
c) 0,98 kg
d) 1,28 kg
e) 1,32 kg
10. Industrialmente, o ácido láctico (ácido 2-hidroxipropanoico) é produzido pela fermentação da glicose
por bactérias do gênero Lactobacillus. Para evitar a inibição do bioprocesso pelo ácido láctico, à
medida que é formado, o ácido é neutralizado pelo carbonato de cálcio, o qual é previamente
adicionado ao meio reacional. As reações de formação do ácido e da sua neutralização são
representadas pelas equações a seguir:
Calcule o número de mols de glicose que em um processo de obtenção de ácido láctico, conforme o
esquema apresentado, gera 6.720 L de CO2 nas condições normais de temperatura e pressão. Admita
que este gás apresenta comportamento ideal.
Q
uí.
GABARITO
Exercícios
1. Reção global
2 SO2 + O2 + 2 CaCO3 → 2 CaSO4 + 2 CO2
2x 64g -----------------2x 100g
X ----------------------400g
X= 256g de SO2. Como esta quantidade (ideal) esta abaixo da real, concluímos que este é o reagente em
excesso.
2 SO2 + O2 + 2 CaCO3 → 2 CaSO4 + 2 CO2
2x 100g --------- 2x 136g
400g --------- Y
Y = 544g de CaSO4
2. Reação global
3 CaO + 3 H2O + Al2(SO4)3 → 2 Al(OH)3 + 3 CaSO4
3x 56g ---------------------------342g
X -----------------------------------840g
X = 412,6 g de CaO serão consumidos
R: 840 412,6 = 427,4g de CaO não serão consumidos
3. Reação global
CaCO3 + SO2 → CaSO4 + CO2
100g ------- 64g ------------------------44g
X -------------100g
X = 156,25g
Logo, R. limitante → CaCO3; R. em excesso → SO2
CaCO3 + SO2 → CaSO4 + CO2
100g ------------------------------------44g
Massa máxima de CO2 formada: 44g
4. Reação global
C12H22O11 + H2O → 4 C2H5OH + 4 CO2
342g --------------18g
500kg ------------- X
X = 26,31 Kg de água → Reagente em excesso
Logo,
C12H22O11 + H2O → 4 C2H5OH + 4 CO2
342g --------------------------4x 46g
500kg --------------------------W
W = 269 Kg de C2H5OH
5. Reação global
4FeS2 + 15 O2 + 8 H2O → 2 Fe2O3 + 8 H2SO4
4x 120g--------------------8x 18g
480g ------------------------Y
Y = 144g de H2O
H2O → Reagente em excesso
FeS2 → Reagente limitante
Q
uí.
4FeS2 --- 2 Fe2O3
4x 120g --------2x 160g
480g ---------------W
W= 320g de Fe2O3
6. Reação global:
2Fe2O3 + 6 C + 3 O2 → 4 Fe + 6 CO2
2x 160g ------ 6x 12g
140g ------------ W
W = 31,5g de C serão consumidos
Logo restará: 140 31,5 = 108,5g de C
7. Reação global
ZnS + 3/2 O2 + C → Zn + CO + SO2
97g --------48g --------12g ----65g
100g ------- X -----------Y
X = 49,5g de O2
Y= 12,4g de C
Com isso concluímos que ZnS é nosso reagente limitante. Logo,
97g de ZnS ------- 65g de Zn
100g --------------------W
W = 67g de Zn serão produzidos
8. Reação global
3 Na2O + 2 H3PO4 → 2 Na3PO4 + 3 H2O
3 mols ------ 2 mols ------------ 2 mols -------------3 mols
10 mols --------X
X = 6,67 mols de ácido fosfórico → Reagente em excesso
3 Na2O + 2 H3PO4 → 2 Na3PO4 + 3 H2O
3 mols ------- 2 mols ---------------2 mols -----------3 mols
10 mols ------ 6,67 mols ----------- 6,67 mols ---- 10 mols
9. c
Reação global:
S + 3/2 O2 + H2O → H2SO4
32g---------------------------------98g
2,5% de 1,8 Kg ------------------X
X = 0,98Kg de ácido sulfúrico
10. nas CNTP 1 mol 22,4L
X mol - 6720L
X= 300 mols de CO2
Como a proporção entre CO2 e de glicose é 1:1 → 300 mols de glicose
Q
uí.
Quí.
Professor: Allan Rodrigues
Monitor: Gabriel Pereira
Q
uí.
Definições de misturas: suspensão,
coloide e soluções
14
set
RESUMO
Tipos de dispersão
Duas substâncias ou mais podem se misturar de formas distintas, dependendo do tamanho da partícula do
composto em menor quantidade (disperso) e das fases destes. O material que estiver em maior quantidade
será considerado como dispersante e o sistema formado pelos dois, dispersão. Em uma ordem crescente
de tamanho do disperse, podemos entender as dispersões como:
Tamanho da Partícula
Soluções verdadeiras Menor que 10-9 m (ou 1 nanômetro)
Colóides / Dispersões Coloidais Entre 1 a 1000 nanômetros (nm)
Suspensões Acima de 1000 nanômetros (nm)
I - Solução verdadeira
Mistura homogênea, formada por partículas de tamanho menor que 1 nm (por isso não ocorre
sedimentação).
Em uma mistura de água com açúcar, onde a água se encontra claramente em maior quantidade,
dizemos que a água é o solvente e o açúcar o soluto.
Uma solução pode ser encontrada nos estados sólido, líquido e gasoso.
Exemplos de soluções:
Soluções sólidas - Ligas metálicas (bronze, aço).
Soluções líquidas - água com sal, álcool hidratado.
Soluções gasosas - Ar atmosférico.
Obs.: 1 nm quer dizer 1 nanômetro. É o mesmo que um 10-9 metros.
II - Coloide
Mistura heterogênea, formada por partículas dispersas com tamanho entre 1 e 1000 nm. os colóides
não sedimentam e nem podem ser filtrados por filtração comum.
Psiu!!
Muito cuidado! Pois, muitas vezes os colóides são confundidos com misturas homogêneas quando
observadas a olho nu.
TIPOS DE DISPERSÃO COLOIDAL
NOME SUBSTÂNCIA DISPERSA SUBSTÂNCIA DISPERSANTE EXEMPLO
Sol Sólida Líquida detergentes em água
Gel Líquida Sólida Gelatinas e queijos
Emulsão Líquida Líquida Maionese
Espuma Gás Líquida ou sólido Espuma de sabão e Chantilly
Aerossol Sólida ou líquida Gás Fumaça e neblina
Sol sólido Sólida Sólida A maioria das pedras preciosas.
Q
uí.
Psiu!!
Efeito Tyndall
Este efeito ocorre quando há dispersão da luz por partículas coloidais.Neste fenômeno é possível
visualizar o trajeto que a luz percorre através das partículas dispersas.
A dispersão da luz deve-se ao fato do tamanho das partículas ser da mesma ordem de grandeza do
comprimento de onda da radiação visível.
Movimento browniano
É o movimento aleatório de partículas em uma dispersão, como consequência dos choques entre
todas as partículas presentes no fluido, pode ser usado para se referir a uma grande diversidade de
movimentos presentes em estados desde micro até macroscópicos.
III - Suspensão
Mistura heterogênea, formada por partículas de tamanha maior que 1000 nm (daí a possibilidade de
ser filtrada e a sedimentação ocorrer através da simples decantação). As partículas dispersas de uma
suspensão podem ser vista a olho nu ou por um simples microscópio.
Exemplos de suspensões:
Granito, água com areia.
EXERCÍCIOS
1. A obtenção de sistemas coloidais estáveis depende das interações entre as partículas dispersas e o
meio onde se encontram. Em um sistema coloidal aquoso, cujas partículas são hidrofílicas, a adição de
um solvente orgânico miscível em água, como etanol, desestabiliza o coloide, podendo ocorrer a
agregação das partículas preliminarmente dispersas.
A desestabilização provocada pelo etanol ocorre porque
a) a polaridade da água no sistema coloidal é reduzida.
b) as cargas superficiais das partículas coloidais são diminuídas.
c) as camadas de solvatação de água nas partículas são diminuídas.
d) o processo de miscibilidade da água e do solvente libera calor para o meio.
e) a intensidade dos movimentos brownianos das partículas coloidais é reduzida.
2. A força e a exuberância das cores douradas do amanhecer desempenham um papel fundamental na
produção de diversos significados culturais e científicos. Enquanto as atenções se voltam para as cores,
um coadjuvante exerce um papel fundamental nesse espetáculo. Trata-se de um sistema coloidal
formado por partículas presentes na atmosfera terrestre, que atuam no fenômeno de espalhamento da
luz do Sol. Com base no enunciado e nos conhecimentos acerca de coloides, considere as afirmativas
a seguir.
I. São uma mistura com partículas que variam de 1 a 1000 nm.
II. Trata-se de um sistema emulsificante.
III. Consistem em um sistema do tipo aerossol sólido.
IV. Formam uma mistura homogênea monodispersa.
Assinale a alternativa correta.
a) Somente as afirmativas I e II são corretas.
b) Somente as afirmativas I e III são corretas.
c) Somente as afirmativas III e IV são corretas.
d) Somente as afirmativas I, II e IV são corretas.
e) Somente as afirmativas II, III e IV são corretas.
Q
uí.
3. O colágeno é a proteína mais abundante no corpo humano, fazendo parte da composição de órgãos
e tecidos de sustentação. Apesar de não ser comestível, seu aquecimento em água produz uma mistura
de outras proteínas comestíveis, denominadas gelatinas. Essas proteínas possuem diâmetros médios
entre 1,0 nm e 1.000 nm e, quando em solução aquosa, formam sistemas caracterizados como
a) soluções verdadeiras.
b) dispersantes.
c) coagulantes.
d) homogêneos.
e) coloides.
4. Hoje em dia, com o rádio, o computador e o telefone celular, a comunicação entre pessoas à distância
é algo quase que "banalizado". No entanto, nem sempre foi assim. Por exemplo, algumas tribos de
índios norteamericanas utilizavam códigos com fumaça produzida pela queima de madeira para se
comunicarem à distância. A fumaça é visível devido à dispersão da luz que sobre ela incide.
a) Considerando que a fumaça seja constituída pelo conjunto de substâncias emitidas no processo de
queima da madeira, quantos "estados da matéria" ali comparecem? Justifique.
b) Pesar a fumaça é difícil, porém, "para se determinar a massa de fumaça formada na queima de uma
certa quantidade de madeira, basta subtrair a massa de cinzas da massa inicial de madeira". Você
concorda com a afirmação que está entre aspas? Responda sim ou não e justifique.
5. Considere os sistemas apresentados a seguir:
I. Creme de leite.
II. Maionese comercial.
III. Óleo de soja.
IV. Gasolina.
V. Poliestireno expandido.
Destes, são classificados como sistemas coloidais
a) apenas I e II.
b) apenas I, II e III.
c) apenas II e V.
d) apenas I, II e V.
e) apenas III e IV.
6. Quando se dispersam, em água, moléculas ou íons, que têm, em sua estrutura, extremidades
hidrofóbicas e hidrofílicas, a partir de uma determinada concentração, há agregação e formação de
partículas coloidais, denominadas micelas. Tal propriedade é típica de moléculas de
a) lipídio.
b) aminoácido.
c) hidrocarboneto alifático.
d) sabão.
e) hidrogênio.
7. Durante a utilização de um extintor de incêndio de dióxido de carbono, verifica-se formação de um
aerosol esbranquiçado e que a temperatura do gás ejetado é consideravelmente menor do que a
temperatura ambiente. Considerando que o dióxido de carbono seja puro, assinale a opção que indica
a(s) substância(s) que torna(m) o aerosol visível a olho nu.
a) Água no estado líquido.
b) Dióxido de carbono no estado líquido.
c) Dióxido de carbono no estado gasoso.
d) Dióxido de carbono no estado gasoso e água no estado líquido.
e) Dióxido de carbono no estado gasoso e água no estado gasoso.
Q
uí.
8. Azeite e vinagre, quando misturados, separam-se logo em duas camadas, porém, adicionando-se gema
de ovo e agitando-se a mistura, obtém-se a maionese, que é uma dispersão coloidal. Nesse caso, qual
é a função desempenhada pela gema do ovo?
9. A nanotecnologia e as nanociências contemplam o universo nanométrico, no qual a dimensão física é
representada por uma unidade igual a 10 9 m. O emprego da nanotecnologia tem trazido grandes
avanços para a indústria farmacêutica e de cosmético. As nanopartículas são, contudo, velhas
conhecidas, uma vez que nas dispersões coloidais elas são as fases dispersas. Analisando-se as
combinações
Indique quais combinações formariam soluções coloidais.
10. Sobre um sol, também chamado por muitos de solução coloidal, pode-se afirmar que:
a) como toda solução, possui uma única fase, sendo, portanto, homogêneo.
b) possui, no mínimo, três fases.
c) assemelha-se a uma suspensão, diferindo pelo fato de necessitar um tempo mais longo para
precipitar suas partículas.
d) é ao mesmo tempo uma solução e uma suspensão, porque, embora forme uma fase única,
deixado tempo suficientemente longo, formam-se duas fases, precipitando-se uma delas.
e) possui duas fases, sendo, portanto, heterogêneo.
11. Maionese e mistura de sal e óleo constituem, respectivamente, exemplos de sistemas:
a) coloidal e coloidal.
b) homogêneo e heterogêneo.
c) coloidal e homogêneo.
d) homogêneo e homogêneo.
e) coloidal e heterogêneo.
12. A popular maionese caseira é formada pela mistura de óleo, limão (ou vinagre) e gema de ovo; este
último componente tem a função de estabilizar a referida mistura.
Classifique o tipo de dispersão.
13. São preparadas duas misturas: uma de água e sabão e a outra de etanol e sabão. Um feixe de luz visível
incidindo sobre essas duas misturas é visualizado somente através da mistura de água e sabão. Com
base nestas informações, qual das duas misturas pode ser considerada uma solução? Por quê?
Q
uí.
QUESTÃO CONTEXTO
Na imagem abaixo é possível visualizar um fenômeno causado pela dispersão da luz, neste é
possível visualizar o trajeto que a luz percorre através das partículas dispersas. Tal fenômeno é chamado de
efeito Tyndall.
Um dos efeitos mais notórios do efeito Tyndall é a cor azul do céu. Este era um dos fenómenos
naturais mais misteriosos e intrigantes, para o qual os cientistas tentaram encontrar uma explicação ao longo
dos séculos, incluindo Sir Isaac Newton. No entanto, só em 1869 é que o fenômeno foi completamente
explicado por John Tyndall. O que acontece é que a luz branca do Sol, ao atravessar a atmosfera, é difundida
pelas partículas que aí se encontram em suspensão. Como referido anteriormente, a cor azul é a que sofre
maior difusão, e, como tal, é a cor predominante da radiação luminosa que se encontra dispersa pelas
diversas camadas atmosféricas, razão pela qual identificamos essencialmente a cor azul quando olhamos o
http://wikiciencias.casadasciencias.org/wiki/index.php/Efeito_Tyndall
Que tipo de dispersão é responsável pelo aparecimento do efeito Tyndall.
Q
uí.
GABARITO
1. c
O etanol 3 2(CH CH OH) faz ligações de hidrogênio com a água.
As camadas de solvatação formadas por moléculas de água são atraídas pelo etanol e o coloide é
desestabilizado.
2. b
Análise das afirmativas:
I. Afirmativa correta. Coloides são misturas que contém um componente que varia de 1 a 1000 nm.
II. Afirmativa incorreta. Nas emulsões o disperso e o dispersante são líquidos e neste caso temos partículas
sólidas dispersas em uma fase gasosa.
III. Afirmativa correta. Consistem em um sistema do tipo aerossol sólido, ou seja, têm-se partículas sólidas
dispersas num gás.
IV. Afirmativa incorreta. Neste caso os coloides são polidispersos e heterogêneos.
3. e
Proteínas possuem diâmetros médios entre 1,0 nm e 1.000 nm e, quando em solução aquosa, formam
sistemas caracterizados como coloides.
4. a) Temos dois "estados da matéria", pois a fumaça é uma dispersão coloidal de fuligem (carbono sólido)
em gases liberados na combustão (CO2 , CO, H2O, etc..).
b) Não. De acordo com a Lei de Lavoisier, num sistema fechado, a soma das massas dos reagentes é igual
à soma das massas dos produtos. Neste caso o sistema está aberto e não se leva em conta a massa de
oxigênio, presente no ar, que vai reagir com a madeira.
5. d
I. Creme de leite - coloide
II. Maionese comercial - coloide
III. Óleo de soja solução
IV. Gasolina - solução
V. Poliestireno expandido coloide
6. d
Sabão por conter partículas com tamanho entre 1 a 1000 nanômetros (nm)
7. a
O aerossol é um tipo de colóide no qual a fase dispersa é líquida e o meio de dispersão é gasoso. O gás
ejetado (CO2) sai com uma temperatura menor que a do meio ambiente, provocando liquefação do
vapor de água. Concluímos que o aerossol esbranquiçado é visível a olho nu devido à presença de água
líquida. Lembre-se de que o efeito Tyndall é o espalhamento da luz ao incidir nas partículas dispersas, no
caso as gotículas de água.
8. A gema age como emulsificante (emulsificador)
Q
uí.
9. II, III, IV e V
TIPOS DE DISPERSÃO COLOIDAL
NOME SUBSTÂNCIA DISPERSA SUBSTÂNCIA DISPERSANTE
Sol Sólida Líquida
Gel Líquida Sólida
Emulsão Líquida Líquida
Espuma Gás Líquida ou sólido
Aerossol Sólida ou líquida Gás
Sol sólido Sólida Sólida
10. e
Um sol é um sistema coloidal, que é sempre heterogêneo.
11. e
Maionese é um sistema coloidal e sal e óleo um sistema heterogêneo por não se misturarem.
12. Uma dispersão coloidal do tipo emulsão
13. A mistura de água e sabão é um sistema coloidal. Já a mistura de etanol e sabão é uma solução. Nos
sistemas coloidais um feixe de luz é visualizado (efeito Tyndall), nas soluções não.
Questão Contexto
Os coloides são responsáveis pelo efeito Tyndall.
Q
uí.
Quí.
Professor: Xandão
Monitor: João Castro
Q
uí.
Equilíbrio iônico: Ka, Kb, pH e pOH,
Kw, Kh
11
set
RESUMO
A matéria de equilíbrio químico estuda as reações reversíveis em geral, com as características que são
comuns a toda e qualquer reação química. Já o equilíbrio iônico estuda as reações reversíveis que envolvem
íons, com suas características específicas, que precisam de fato ser analisadas com maior atenção. Por isso,
fez-se esta separação. A partir de agora, vamos olhar para essas particularidades das reações iônicas.
I. Constante de ionização
Uma das particularidades elementares dessas reações é que se tratam de ionizações (no caso de
compostos covalentes, como os ácidos) ou dissociações (no caso de compostos iônicos, como os sais e as
bases). Por isso, passamos a chamar a constante de equilíbrio (Kc) de constante de ionização (Ki).
Generalizando, temos que:
CA (aq) C+ (aq) + A (aq)
Ki = [C+][ A ] / [CA]
Onde:
CA = composto em solução não ionizado/dissociado;
C+ = cátion do composto ionizado/dissociado;
A = ânion do composto ionizado/dissociado.
OBS: Não calculamos Kp em equilíbrios iônicos, pois este tipo de constante só se aplica a sistemas gasosos,
e estamos estudando sistemas aquosos.
II. Grau de ionização
Existem algumas reações reversíveis iônicas que envolvem compostos com propriedades especiais e,
portanto, muito importantes no nosso dia a dia. São eles os ácidos e as bases, os quais se ionizam em água,
liberando H+ e OH , respectivamente.
É de extrema importância, para entendermos essa matéria, termos em mente o seguinte:
a. Quem confere caráter ácido a uma solução são os íons H+. Sendo assim, quanto maior for a
concentração de H+ na solução, maior será seu grau de acidez.
Exemplo: Se eu coloco certa quantidade de HCl (ácido clorídrico) em solução aquosa, ele se ioniza,
liberando os íons abaixo, o que faz aumentar a concentração de H+ na solução, acidificando-a. Mas
ele não se ioniza totalmente, porque o sentido inverso da reação ocorre ao mesmo tempo: uma parte
dos íons liberados se combinam, formando HCl novamente, do qual parte se ioniza, liberando íons,
dos quais uma parte se combina, e assim sucessivamente, até que as concentrações de todos os
compostos se mantenham constantes, como acontece com toda reação reversível.
HCl (aq) H+ (aq) + Cl (aq)
Q
uí.
Na solução aquosa equilibrada de HCl, 90% das moléculas desse ácido estão ionizadas, isto é,
separadas em íons H+ e Cl . 90% se tratam da grande maioria das moléculas postas inicialmente na
solução, o que nos diz que essa solução vai ter uma concentração pequena de HCl e uma
concentração muito grande de H+. Assim, vemos que essa solução é muito ácida.
b. Quem confere caráter básico/alcalino a uma solução são os íons OH . Sendo assim, quanto maior
for a concentração de OH na solução, maior será seu grau de basicidade.
Exemplo: Se eu coloco certa quantidade de NH4OH (hidróxido de amônio) em solução aquosa, ele
se dissocia, liberando os íons abaixo, o que faz aumentar a concentração de OH na solução,
basificando-a. Mas ele não se dissocia totalmente, porque o sentido inverso da reação ocorre ao
mesmo tempo: uma parte dos íons liberados se combinam, formando NH4OH novamente, do qual
parte se dissocia, liberando íons, dos quais uma parte se combina, e assim sucessivamente, até que
as concentrações de todos os compostos se mantenham constantes, como acontece com toda
reação reversível.
NH4OH (aq) NH4+ (aq) + OH (aq)
Na solução aquosa equilibrada de NH4OH, menos de 1,5% das moléculas dessa base estão
dissociadas, isto é, separadas em íons NH4+ e OH . 1,5% se tratam da minoria das moléculas postas
em solução, o que nos diz que essa solução vai ter uma concentração grande de NH4OH e uma
concentração muito pequena de OH . Assim, vemos que essa solução é pouco básica.
Disso tiramos uma conclusão importante: quanto maior for o grau de ionização de um ácido (sua
capacidade de se ionizar), mais forte ele será; e quanto maior for o grau de dissociação de uma base (sua
capacidade de se dissociar), mais forte ela será. Este grau de ionização ou dissociação é representado pela
letra grega α e calculado da seguinte forma:
α = nº de moléculas ionizadas ou dissociadas / nº inicial moléculas
III. Constantes de acidez e basicidade
Em relação à constante de equilíbrio aplicada às reações envolvendo ácidos e bases, também há
especificidades para as quais devemos olhar com carinho. Você se lembra da fórmula do Kc, agora Ki?
Kc = [produtos] / [reagentes]
A gente não viu que quanto maior for a concentração dos íons de um ácido ou de uma base, maior será
sua força? Então, como os íons, em uma reação de ionização/dissociação, são os produtos, e as moléculas
do ácido/da base os reagentes, podemos ver a força desse ácido/dessa base por meio da constante de
equilíbrio também. Generalizando, temos que:
HA (aq) H+ (aq) + A (aq)
Ki = [H+][A ]/[HA]
Ka = [H+][A ]/[HA]
BOH (aq) B+ (aq) + OH (aq)
Ki = [B+][OH ]/[BOH]
Kb = [B+][OH ]/[BOH]
Onde:
HA = ácido em solução não ionizado;
H+ = cátion hidrogênio do ácido ionizado;
Q
uí.
A = ânion do ácido ionizado;
BOH = base em solução não dissociada;
B+ = cátion da base dissociada;
OH = ânion hidroxila da base dissociada;
[ ] = concentração
CONCLUSÕES IMPORTANTES À BEÇA:
a. Quanto maior a concentração de H+ numa solução de ácido, maior será seu Ki. Logo, quanto maior
o Ki de um ácido, maior é a sua acidez. Por este motivo, substituímos o Ki por Ka: constante de acidez.
Ka
b. Quanto maior a concentração de OH numa solução de base, maior será seu Ki. Logo, quanto maior
o Ki de uma base, maior é a sua basicidade. Por este motivo, substituímos o Ki por Kb: constante de
basicidade.
Kb
IV. Ácidos polipróticos
Precisamos, ainda, ficar atentos à quantidade de hidrogênios ionizáveis que a molécula de um ácido
possui, para determinarmos o valor de Ka. Quando o número de H ionizáveis de um ácido for maior que um,
dizemos que ele é poliprótico. poli vários+.
OBS: Como o elemento hidrogênio só possui 1 próton e 1 elétron em sua composição, ao perder esse único
elétron e se transformar em íon H+, sua composição passa a ser somente aquele 1 próton. Por isso, em vez de
íon hidrogênio, muitas vezes o chamamos de próton hidrogênio.
Tomemos como exemplo o ácido poliprótico H2S:
H2S H+ + HS Ka1
HS H+ + S2 Ka2
_________________
H2S 2 H+ + S2 Ka
Ka = Ka1 . Ka2
OBS:
a. Quando o Ka de uma das etapas é muito maior que o das demais, geralmente podemos considerá-
lo o Ka da reação global. É o caso do H2S, por exemplo, em que Ka1 >>> Ka2, portanto, também
podemos dizer (em algumas situações/questões) que Ka = Ka1.
b. Na ionização de ácidos polipróticos, o ânion formado com a ionização da primeira etapa atrai
mais fortemente o segundo hidrogênio que restou na sua própria molécula. Isso dificulta a sua
ionização e, por conseguinte, enfraquece o ácido. Dessa forma, diz-se, em geral, que Ka1 > Ka2.
Em se tratando de n hidrogênios ionizáveis, o Ka será igual a Ka1 x Ka2 x Ka3 x ... x Kan.
Outros procedimentos:
Q
uí.
• Quando uma reação intermediária de KaX tiver que ser invertida para que, somada às demais,
resulte na reação global, seu KaX entrará na equação do Ka global também invertido (isto é, 1/
KaX);
• Quando uma reação intermediária de KaY tiver que ser multiplicada por N para que, somada às
demais, resulte na reação global, seu KaY entrará na equação do Ka global elevado a N;
• Quando uma reação intermediária de KaZ tiver que ser dividida por N para que, somada às
demais, resulte na reação global, seu KaZ entrará na equação do Ka global com a raiz enésima
(NaZ).
Para entender melhor, suponha que cada reação intermediária de um ácido triprótico (3 hidrogênios
ionizáveis) tenha tido cada um dos comportamentos descritos acima, na ordem exposta. Neste caso, o Ka
reação global será calculado assim:
Ka = (1/Ka1) . (Ka2)N . (Na3)
V. Lei da Diluição de Ostwald
Uma das formas de encontrarmos o Kc em equilíbrios químicos é realizando uma tabela com os dados de
concentração dos compostos postos em reação no início, das concentrações que reagiram desses
compostos e das concentrações finais dos mesmos, no equilíbrio, tá lembrada/o?
Pois bem, a chamada Lei da Diluição de Ostwald é uma generalização dessa tabela, resultando em duas
fórmulas que nos ajudam a encontrar as constantes de acidez e basicidade de ácidos e bases com maior
rapidez.
Acompanhe:
• As questões geralmente dão o valor da concentração inicial do ácido ou da base posta em solução,
e esse valor entra na tabela como concentração molar, a qual representamos por M;
• Podemos descobrir qual foi a concentração do ácido ou da base que sofreu ionização/dissociação,
por uma regra de três simples com os valores de α (valor não percentual, ou seja, valor decimal) e
de M;
OPA, valor decimal?
Um número percentual pode ser escrito de maneira decimal, que vai ser o mesmo valor do percentual,
porém depois de dividido por 100. Olha só uns exemplos:
Valor percentual Valor decimal
α = 20% = 20/100 = 0,2
α = 55% = 55/100 = 0,55
α = 0,1% = 0,1/100 = 0,001
α = 100% = 100/100 = 1
Agora, observe a regra de três:
M -------- 1 (100%)
X --------- α
X = M.α
Se M equivale à concentração inicial do composto dissolvido, X equivale à
concentração do composto que foi ionizado, ou seja, consumido na reação,
e à concentração de cada íon que foi formado (já que a proporção da reação,
neste exemplo hipotético é 1:1:1).
Q
uí.
• Assim, colocamos na tabela que a concentração do composto inicial que foi ionizada é Mα e a
concentração de cada íon formado é +Mα;
• Com isso, as concentrações de cada espécie dissolvida no equilíbrio serão: M Mα para CA e Mα para
C+ e A .
CA (aq) C+ (aq) + A (aq)
Início M ------- -------
Reagiu Mα +Mα +Mα
Equilíbrio M Mα Mα Mα
• Calculando o Ki (só para não especificar se é ácido ou base, já que serve para ambos), temos:
Ki = [C+][A ]/[CA]
Ki = (Mα) . (Mα) / (M Mα)
Ki = M2α²/M (1 α)
Ki = Mα²/1 α → Lembrando que Ki será Ka, para ácidos, e Kb, para bases.
IMPORTANTE À BEÇA:
Como o α de ácidos e bases fracos são muito baixos, tendendo a zero, o denominador da Lei de
Ostwald fica: 1 α = 1 0 = 1. Sendo assim, para ácidos e bases fracos, usamos a fórmula:
Ki = Mα²
OPA, fracos?
Lembrando que classificamos ácidos/bases como fracos, moderados ou fortes, segundo seu grau de
ionização, da seguinte forma:
α 5% → fracos
5% < α < 50% → moderados
α 50% → fortes
Equilíbrio iônico da água
A água é capaz de se auto ionizar e gerar íons H+ e OH-. A partir desta ionização seremos capazes de
calcular a constante de ionização da água, que será chamada de Kw.
O Kw terá sempre o valor de 10-14, visto que:
pH e pOH
Afim de medir a concentração de H+ e OH- em soluções foi criado um artifício matemático para
facilitar o cálculo destas espécies químicas, pois concentrações de H+ e OH- são representados valores
muitos pequenos. Tal artifício foi introduzir esses valores de concentração em escala logarítmica.
Determinou-se que:
Q
uí.
pH = - log [H+]
pOH = - log [OH-]
E que:
pH < 7 - Meio ácido
pH = 7 - Meio neutro
pH > 7 - Meio básico
Exemplo:
A partir disso e levando em consideração o valor de Kw (constante de ionização da água), chegou a
conclusão de que:
pH + pOH = 14
Portanto:
Se o pH é igual 4, o pOH seria igual a 10. E assim é possível encontrar os valores de pH em função de pOH e
vice-versa.
I. Hidrólise Salina
Como sabemos, existem ácidos e bases de caráter forte ou fraco, dependendo do seu grau de ionização
(no caso dos ácidos) ou de dissociação (no caso das bases). Sabemos, ainda, que a reação de um ácido com
uma base gera um sal com cátion derivado da base reagente e ânion derivado do ácido reagente e água,
conforme vemos na reação genérica abaixo:
HX + YOH → YX + H2O
Onde:
X = ânion do ácido hipotético HX;
Y = cátion da base hipotética YOH;
YX = sal de cátion Y e ânion X resultante.
Da mesma maneira, ao colocarmos para reagirem um sal e a água, a reação inversa ocorre, gerando
novamente o ácido e a base que deram origem a este sal. A essa reação damos o nome de hidrólise salina.
A hidrólise do sal YX, por exemplo, seria assim:
YX + H2O HX + YOH
Como a força dos ácidos e das bases variam, os sais que deles decorrem também terão graus de acidez
e basicidade diversos. Mas se a acidez de um meio é determinada pela concentração de H+, e a basicidade,
pela concentração de OH , como um sal pode ter caráter ácido/básico? Pois bem, as formas como a hidrólise
dos sais ocorrem também variam. Vejamos:
a. Hidrólise de sal de ácido forte e base fraca:
Como o ácido é muito forte, ele se encontra totalmente (ou quase totalmente) ionizado. Já a base,
muito fraca, encontra-se muito pouco dissociada, ou seja, praticamente não dissociada. Repare
como a reação de hidrólise ocorrerá:
NH4Cl (aq) + H2O (l) NH4OH (aq) + H+ (aq) + Cl (aq)
A melhor maneira de representarmos isso é considerando a hidrólise do cátion da base
separadamente, por ser o íon do eletrólito fraco (essa é a chamada equação iônica de hidrólise):
NH4+ (aq) + H2O (l) NH4OH (aq) + H+ (aq)
Note que a sobra de íons H+ na solução tornam o meio ácido, motivo pelo qual sais derivados de
ácido forte e base fraca possuem caráter ácido.
Íon do eletrólito fraco
Excesso de íon H+
Q
uí.
OPA, eletrólito?
É toda espécie química que, em meio aquoso, libera íons, ganhando, desse modo, capacidade de
conduz ácido ou da base fraca ou do sal
eletrólito
referíamos tanto a ácido como a base e a sal.
b. Hidrólise de sal de ácido fraco e base forte:
Como a base é muito forte, ela se encontra totalmente (ou quase totalmente) dissociada. Já o ácido,
muito fraco, encontra-se muito pouco ionizado, ou seja, praticamente não ionizado. Repare como a
reação de hidrólise ocorrerá:
Na2CO3 (aq) + 2 H2O (l) 2 Na+ (aq) + 2 OH (aq) + H2CO3 (aq)
A melhor maneira de representarmos isso é considerando a hidrólise do ânion do ácido
separadamente, por ser o íon do eletrólito fraco (olha a equação iônica de hidrólise aí de novo):
CO32 (aq) + 2 H2O (l) H2CO3 (aq) + 2 OH (aq)
Note que a sobra de íons OH na solução tornam o meio básico, motivo pelo qual sais derivados de
base forte e ácido fraco possuem caráter básico.
c. Hidrólise de sal de ácido e base fracos:
Como tanto o ácido como a base são muito fracos, encontram-se muito pouco ionizados, ou seja,
praticamente não ionizados. Repare como a reação de hidrólise ocorrerá:
NH4CN (aq) + H2O (l) NH4OH (aq) + HCN (aq)
A melhor maneira de representarmos isso é considerando a hidrólise dos íons dos dois eletrólitos
fracos (equação iônic... já tá ficando repetitivo, né não?):
NH4+ (aq) + CN (aq) + H2O (l) NH4OH (aq) + HCN (aq)
Note que, em teoria, não houve sobra de íons H+ nem OH , na solução. No entanto, sabemos que,
embora ambos os eletrólitos sejam muito fracos, certamente um possui grau de ionização, logo
constante de ionização, maior que o do outro. Isto indica que, mesmo que não possamos visualizar
pela reação ideal de hidrólise, na prática haverá, sim, sobra de íon H+ ou OH .
Mas como saber quem ioniza mais? Simples: comparando suas constantes de ionização (Ka/Kb). O
que tiver Ki maior, terá força maior, e será, portanto, responsável pela sobra de íons. No caso
utilizado, Ka = 4,9.10 10 e Kb = 1,8.10 5 (Kb > Ka), o que diz que a base é mais forte que o ácido (mas não
muito, ok?).
Conclusão: o meio fica ligeiramente básico. Caso Ka fosse maior que Kb, o meio ficaria ligeiramente
ácido. Caso Ka e Kb fossem iguais, o meio ficaria neutro.
Íon do
eletrólito fraco Excesso de íon
OH
Íons dos eletrólitos fracos
Q
uí.
d. Dissolução de sal de ácido e base fortes:
Como tanto a base como o ácido originários do sal são muito fortes, ambos se encontram totalmente
(ou quase totalmente) ionizados. Ou seja, o que há é apenas uma dissolução do sal, sem formação
de ácido nem de base, sem haver hidrólise
Olha só:
NaCl (s) + H2O (l) Na+ (aq) + Cl (aq) + H+ (aq) + OH (aq)
Repare que as concentrações dos íons H+ e OH
aspas porque, neste caso, na verdade, é apenas solvente). Concluímos, pois, que a solução será
neutra. Veja como a reação fica com cara de dissolução quando cortamos a água reagente com a
água produto:
NaCl (s) → Na+ (aq) + Cl (aq)
OBS:
a. A seta de reação reversível não cabe aqui, uma vez que o que ocorreu foi a dissociação total dos
íons do sal. Sendo assim, não há sentido inverso da reação;
b. Aqui, obviamente, não houve a famosa equação iônica de hidrólise (aêêê).
II. Constante de Hidrólise (Kh)
Se não envolver alguma constante, a gente nem acredita que se trate de equilíbrio químico, não é
mesmo? Pois bem, aqui também temos a constante de hidrólise, que, como toda constante, nos informa o
padrão com que a hidrólise de um sal específico ocorre, em cada valor de temperatura.
Para encontrarmos o Kh de um sal, é importante sabermos que, entre a quantidade de íons dissociados,
a quantidade dos que sofrem hidrólise varia. Às vezes, 70 em cada 100 íons do eletrólito fraco, claro são
hidrolisados, isto é, 70% deles; às vezes, 1 em cada 10 (10%); etc. Conclusão, cada sal, em cada temperatura,
tem seu grau de hidrólise (α), um valor percentual que, como qualquer outro, pode ser representado também
em valor decimal. Calculamos assim:
α = nº de mols de íons hidrolisados / nº de mols de íons dissolvidos
A expressão do Kh de um sal pode ter a forma de um Kc (molaridade de produtos sobre molaridade de
reagentes), ou pode ser em função do Kw e do Ki do eletrólito fraco (Ka se for de ácido fraco, Kb se for de
base fraca; se forem ambos fracos, será Ka.Kb). Vamos ver cada uma dessas formas:
Exemplo 1: Kh do sal Na2CO3 → como Kh é a constante apenas da hidrólise, a reação utilizada será a de
hidrólise do íon do eletrólito fraco (que, neste caso, é o ânion CO32 , do ácido), ou seja, a equação iônica de
hidrólise, da qual tanto já falamos neste material. Aqui está ela:
CO32 (aq) + 2 H2O (l) H2CO3 (aq) + 2 OH (aq)
Kh = [H2CO3][OH ]²/[CO32 ] ou Kh = Kw / Ka
OBS: Não preciso mais lembrar você de que a água, por ser líquido puro, não entra na expressão da
constante, né?
Exemplo 2: Kh do sal NH4Cl → a equação iônica de hidrólise, neste caso, é a do NH4+ (cátion da base, por ser
o íon do eletrólito fraco). Olha:
NH4+ (aq) + H2O (l) NH4OH (aq) + H+ (aq)
H2O
Forma 1 Forma 2
Q
uí.
Kh = [NH4OH][H+]²/[NH4+] ou Kh = Kw / Kb
Exemplo 3: Kh do sal NH4CN → a equação iônica de hidrólise, neste caso, é tanto a do NH4+ (cátion da base)
como a do CN (ânion do ácido), por serem ambos íons de eletrólitos fracos. Olha:
NH4+ (aq) + CN (aq) + H2O (l) NH4OH (aq) + HCN (aq)
Kh = [NH4OH][HCN]/[NH4+][CN ] ou Kh = Kw / Ka.Kb
OBS: Se o sal for de ácido forte e base forte, o que não ocorre mesmo? Hidrólise. Por que sais de ácido e
base fortes não têm Kh mesmo? Porque não ocorre hidrólise.
III. Efeito do Íon Comum
Ao adicionarmos a uma solução um composto que possua um íon comum ao do soluto preexistente, o
equilíbrio se desloca no sentido de consumir esse íon já que a constante KPS não sofre variação a não ser
com mudança de temperatura , formando mais precipitado, se se tratar de um soluto sólido.
Exemplo: Solução de AgCl em equilíbrio → adiciono HCl, que se ioniza na solução, gerando íons H+ e Cl →
a concentração de Cl aumenta na solução → equilíbrio se desloca no sentido de consumir o excesso de Cl
→ forma-se mais AgCl puro e sólido. Observe:
AgCl (s) Ag+ (aq) + Cl (aq)
EXERCÍCIOS
1. O alumínio é um dos metais que reagem facilmente com íons H+, em solução aquosa, liberando o gás
hidrogênio. Soluções em separado, dos três ácidos abaixo, de concentração 0,1 mol L 1, foram
colocadas para reagir com amostras de alumínio, de mesma massa e formato, conforme o esquema:
Ácidos: Ácido acético, Ka = 2 x 10 5
Ácido clorídrico, Ka = muito grande
Ácido monocloroacético, Ka = 1,4 x 10 3
Em qual das soluções a reação é mais rápida? Justifique.
2. A dissolução do gás amoníaco (NH3) em água produz uma solução com pH básico. O valor da constante
de ionização (Kb) do NH3 em água a 27 °C é 2,0 x 10 5.
( ) ( ) ( )2 ( ) 43 aq aq aqNH H O NH OH+ −+ +
Dado: log105 = 0,70
Forma 1 Forma 2
Forma 1 Forma 2
Alteração
Efeito
Q
uí.
Considerando-se a dissolução de 2,0 x 10 1 mol de NH3 em 1 L de água, pede-se:
a) o valor do pH da solução aquosa;
b) o reagente (lado esquerdo) que atua como base de Brönsted e Lowry e o seu ácido conjugado,
produto da reação (lado direito);
c) a porcentagem em massa do elemento N na molécula de NH3;
d) a massa de NH3 que foi dissolvida em 1 L de água.
3. A tabela abaixo relaciona as constantes de acidez de alguns ácidos fracos.
Ácido Constante
HCN 104,9 10−
HCOOH 41,8 10−
3CH COOH 51,8 10−
A respeito das soluções aquosas dos sais sódicos dos ácidos fracos, sob condições de concentrações
idênticas, pode-se afirmar que a ordem crescente de pH é
a) cianeto < formiato < acetato.
b) cianeto < acetato < formiato.
c) formiato < acetato < cianeto.
d) formiato < cianeto < acetato.
e) acetato < formiato < cianeto.
4. Os refrigerantes têm-se tornado cada vez mais o alvo de políticas públicas de saúde. Os de cola
apresentam ácido fosfórico, substância prejudicial à fixação de cálcio, o mineral que é o principal
componente da matriz dos dentes. A cárie é um processo dinâmico de desequilíbrio do processo de
desmineralização dentária, perda de minerais em razão da acidez. Sabe-se que o principal componente
do esmalte do dente é um sal denominado hidroxiapatita. O refrigerante, pela presença da sacarose,
faz decrescer o pH do biofilme (placa bacteriana), provocando a desmineralização do esmalte dentário.
Os mecanismos de defesa salivar levam de 20 a 30 minutos para normalizar o nível do pH,
remineralizando o dente. A equação química seguinte representa esse processo:
GROISMAN, S. Impacto do refrigerante nos dentes é avaliado sem tirá-lo da dieta. Disponível em: http://www.isaude.net.
Acesso em: 1 maio 2010 (adaptado).
Considerando que uma pessoa consuma refrigerantes diariamente, poderá ocorrer um processo de
desmineralização dentária, devido ao aumento da concentração de
a) OH−, que reage com os íons
2Ca +, deslocando o equilíbrio para a direita.
b) H+, que reage com as hidroxilas OH−
, deslocando o equilíbrio para a direita.
c) OH−, que reage com os íons
2Ca +, deslocando o equilíbrio para a esquerda.
d) H+, que reage com as hidroxilas OH−
, deslocando o equilíbrio para a esquerda.
e) 2Ca +
, que reage com as hidroxilas OH−, deslocando o equilíbrio para a esquerda.
5. Durante uma aula sobre constante de equilíbrio, um estudante realizou o seguinte experimento:
Em três tubos de ensaio numerados, colocou meia colher de chá de cloreto de amônio. Ao tubo 1, ele
adicionou meia colher de chá de carbonato de sódio; ao tubo 2, meia colher de chá de bicarbonato
de sódio e, ao tubo 3, meia colher de chá de sulfato de sódio. Em seguida, ele adicionou em cada tubo
2 mililitros de água e agitou-os para homogeneizar. Em qual dos tubos foi sentido um odor mais forte
de amônia? Justifique.
Q
uí.
Dados:
1) NH4+(aq) + H2O → H3O
+(aq) + NH3(aq)
K1=5,6x10-10
2) CO32-(aq) + H2O → HCO3
-(aq) + OH-(aq)
K2 = 2,1x10-4
3) HCO3-(aq) + H2O → H2CO3(aq) + OH-(aq)
K3 = 2,4x10-8
4) SO42-(aq) + H2O → H2SO4(aq) + OH-(aq)
K4 = 8,3x10-13
5) H3O+(aq) + OH-(aq) → 2H2O
1/Kw = 1x1014
6. Pela Resolução 357 citada no texto, o nitrogênio amoniacal é padrão de classificação das águas naturais
e padrão de emissão de esgoto. Além disso, a quantidade máxima de nitrogênio amoniacal total em
águas doces, classe 1, sofre alteração de acordo com o pH da água, conforme a tabela abaixo.
Faixa de PH Quantidade máxima permitida (mg/L)
de nitrogênio amoniacal total
pH 7,0 3,7
7,0 pH 7,5 3,0
7,5 pH 8,0 2,0
8,0 pH 8,5 1,0
pH 8,5 pH 0,5
Qual o limite máximo permitido de nitrogênio amoniacal total se a temperatura da água, em pH=8,1,
passar de ( )14W25 K 1,0 10−= para ( )14
W40 C K 2,9 10 ?− =
a) 2,0 mg/L
b) 1,0 mg/L
c) 3,7 mg/L
d) 0,5 mg/L
e) 3,0 mg/L
7. de amônio (NH4 2H3O2). Sabendo-se que somente os íons Na+ - não
sofrem hidrólise, podemos afirmar que o(a)
a) pH da solução do frasco A situa-se entre 8,0 e 10,0.
b) pH da solução do frasco B situa-se entre 11,0 e 13,0.
c) pH da solução do frasco C situa-se entre 2,0 e 4,0.
d) solução do frasco A é mais ácida do que a do frasco B.
e) solução do frasco B é mais ácida do que a do frasco C.
Q
uí.
8. Hidrólise é uma reação entre um ânion (A) ou um cátion (C+ ) e água, com fornecimento de íons OH -
ou H + para a solução. Assim, a hidrólise do NH4CN pode ser representada pelas equações:
cujos valores das constantes de hidrólise são:
Portanto, a solução resultante da hidrólise do cianeto de amônio deverá ser:
a) fortemente ácida.
b) fortemente básica.
c) neutra.
d) fracamente ácida.
e) fracamente básica
9. Mares absorvem grande parte do CO2 concentrado na atmosfera, tornando-se mais ácidos e quentes,
segundo cientistas. A Royal Society, do Reino Unido, começou um estudo para medir os níveis de
acidez dos oceanos sob a influência do aumento da concentração de dióxido de carbono. O CO2
concentrado na atmosfera é responsável pelo efeito estufa. Na água, elevando a acidez, o gás interfere
na vida de corais e seres dotados de conchas, assim como diminui a reprodução do plâncton,
comprometendo a cadeia alimentar de animais marinhos. Estado de S. Paulo, 24/08/2004.
Em uma solução aquosa 0,10 mol/L de carbonato de sódio, ocorre a hidrólise do íon carbonato:
Constante de hidrólise, K(h) = 2,5 · 10 4 . Calculando-se, para essa solução, o valor de [OH ] em
mol/L, encontra-se:
a) 5 · 10 3
b) 4 · 10 3
c) 3 · 10 3
d) 2 · 10 3
e) 1 · 10 3
10. Sabendo que a constante de dissociação do hidróxido de amônio e do ácido cianídrico em água são,
respectivamente, kb = 1,75 x 10-5 (pKb = 4,75) e Ka = 6,20 x 10-10 (pka = 9,21), determine a constante de
hidrólise e o valor do pH de uma solução aquosa 0,1mol.L-1 de cianeto de amônio.
Q
uí.
GABARITO
Exercícios
1. A reação mais rápida é aquela cujo ácido possui maior Ka (constante de acidez) pois este liberará maior
quantidade de H+.
O Ácido clorídrico tem portanto, maior Ka que os outros dois ácidos, logo reagirá mais rápido.
2. a) Pela tabela de equilíbrio temos:
Concentrações NH3 NH4+ OH-
Inicio 0,2 0 0
produto x x x
equilíbrio 0,2 - x x x
Como a constante de equilíbrio é muito baixa, podemos assumir que 0,2 x 0,2.
Agora vamos calcular o valor de x a partir da expressão da constante de equilíbrio:
4i
3
[NH ][OH ]K
[NH ]
+ −
=
2~ 5 x
2 100,2
− = 6 3x 4 10 2 10 mol / L− −= =
-3 -3pOH = - log 2 10 = - [log10 - log 5 + log 10 ] = [1- 0,7- 3] = 2,7
pOH = 2,7
Assumindo que pH + pOH = 14, calcula-se o valor de pH
pH = 11,3
Devemos considerar que pH + pOH = 14, 0 mesmo com a temperatura sendo diferente de 25°C, conforme
o exercício assume.
b) Podemos afirmar que a base de Bronsted e Lowry é a amônia (NH3) que atua como receptor de próton.
Seu ácido conjugado é o íon amônio (NH4+).
c) Massa molar da amônia 17g/mol
17 g 100%
14 g x
x = 82,3 %
d) Teremos:
31 mol de NH
-13
17 g
2 10 mol de NH3
3
NH
NH
m
m = 3,4 g de amônia.
3. c
Q
uí.
3
3
10a
10a
10
4a
a
[CH COOH][HCN] [HCOOH]Supondo : R
[CN ] [HCOO ] [CH COO ]
HCN H CN K 4,9 10
[H ][CN ] [HCN]K [H ] 4,9 10
[HCN] [CN ]
[H ] 4,9 10 R
HCOOH H HCOO K 1,8 10
[H ][HCOO ]K [H ] 1,8
[HCOOH]
− − −
+ − −
+ −+ −
−
+ −
+ − −
+ −+
= = =
⎯⎯→ + = ⎯⎯
= =
=
⎯⎯→ + = ⎯⎯
= = 4
4
53 3 a
53 3a
3 3
5
4 5 10
[HCOOH]10
[HCOO ]
[H ] 1,8 10 R
CH COOH H CH COO K 1,8 10
[H ][CH COO ] [CH COOH]K [H ] 1,8 10
[CH COOH] [CH COO ]
[H ] 1,8 10 R
1,8 10 R 1,8 10 R 4,9 10 R
−
−
+ −
+ − −
+ −+ −
−
+ −
− − −
=
⎯⎯→ + = ⎯⎯
= =
=
Quanto maior for a concentração de cátions H ,+ menor será o valor do pH numa solução aquosa dos
respectivos sais sódicos.
Conclusão: formiato (HCOO )− < acetato 3(CH COO )− < cianeto (CN ).−
4. b
Considerando que uma pessoa consuma refrigerante diariamente, poderá ocorrer um processo de
desmineralização dentária, devido ao aumento da concentração de H+, que reage com as hidroxilas OH−
, deslocando o equilíbrio para a direita.
2 5 3 3
mineralização 4v K[Ca ] [PO ] [OH ]+ − −=
Como (aq) (aq) 2 ( )H OH H O+ −+ → , os íons −OH são consumidos e a velocidade de mineralização diminui, ou
seja, o equilíbrio desloca para a direita.
5. Tubo 1 - K2 > K3 > K4, logo [OH] é maior na equação 2, o que faz com que o tubo 1 apresente maior
quantidade de água, deslocando mais o equilíbrio 1 no sentido da formação da amônia.
6. a
Em águas amoniacais a reação que ocorrerá será:
3 2 4NH H O NH OH+ −+ → +
O aumento da temperatura de 25°C para 40°C aumenta a ionização da água, aumentando a quantidade
de íons H+ e OH .− O aumento de íons hidroxila, deslocará o equilíbrio para a esquerda, ou seja, para o
sentido de produção de amônia.
De acordo com a tabela, à medida que se aumenta a concentração de amônia, o pH vai caindo, ficando
próximo da neutralidade, como essa variação é pequena, ficaria na faixa entre 8,0 e 7,5, assim a
concentração de amônia fique em torno de 12,0mg L .−
Q
uí.
7. e
8. e
Como a Kh (CN) > Kh (NH4 + ), logo a solução resultante é fracamente básica
9. a
10. NH4+ + CN- + H2O 4OH + HCN
Kh = [NH4OH].[HCN]/[NH4+].[CN-]
NH4+ + OH-
Kb = [NH4+].[OH-]/[NH4OH] = 1,76.10-5
+ + CN-
Ka = [H+].[CN-]/[HCN] = 6,2.10-10
Água:
H2+ + OH-
Kw = [H+].[OH-] = 10-14
Multiplicando o Kh por [H+].[OH-], teremos:
Kh = [NH4OH].[HCN].[H+].[OH-]/[NH4+].[CN-].[H+].[OH-]
Que é o mesmo que:
Kh = Kw/Ka.Kb
Logo:
Kh = 10-14/6,2.10-10x1,76.10-5
Kh = 10-14/10,91x10-15
Kh = 9,16x10-1
NH4 4+ + CN-
0,1 0,1 0,1
Ka = [H+].[CN-]/[HCN]
[H+] = Ka.[HCN]/[CN-]
[H+] = Ka.[HCN].[H+]/[CN-].[H+]
[H+] =
log [H+] = 1/2 log Ka 1/2 log Kw + 1/2 log Kb
pH = 1/2 pKa + 7 1/2 pKb
pH = 9,2
Q
uí.
Quí. Professor: Xandão Monitor: Victor P.
Q
uí.
Equilíbrio químico: Kc e Kp e Princípio
de Le Chatelier
11
set
RESUMO
I - Equilíbrio químico
Existem reações onde os reagentes e os produtos estão em constante reação em processos opostos, tais
reação chamamos de reações reversíveis, que quando com a mesma velocidade de reação em ambos os
sentidos atingem o equilíbrio químico.
Exemplo:
N2 (g) + 3 H2(g) 2 NH3(g)
A reação representada acima de produção da amônia(NH3) é uma reação reversível, onde a todo
momento temos H2 e N2 reagindo para formar NH3, mas também temos a amônia(NH3) se decompondo e
voltando a se tornar H2 e N2. Quando estas velocidades de reação em ambos os sentidos se igualam, dizemos
que alcançamos o equilíbrio químico.
- Gráfico de equilíbrio químico:
PSIU!!
No momento em que as velocidades ou concentração se tornam constantes atingimos o equilíbrio
químico da reação.
II - Expressão para Equilíbrio Químico e a constante Kc
Em 1886, químicos noruegueses descobriram existir uma relação entre a concentração dos reagentes e dos
produtos em equilíbrio químico, excluindo os reagentes e produtos no estado físico sólido. Essa relação foi
chamada de Lei de Ação das massas, onde para uma reação reversível genérica:
aA + bB cC + dD
Temos que a relação entre as concentrações será:
Onde Kc é a nossa constante de equilíbrio.
Q
uí.
PSIU!!
Quanto maior o valor de Kc, maior a tendência de ocorrer a reação no sentido de formação dos produtos.
Quanto menor o valor de Kc, maior a tendência de ocorrer a reação no sentido de formação dos reagentes.
PSIU 2!!
Em soluções aquosas, a concentração da água deve ser considerada constante, é não aparecerá na expressão
do Kc.
III - Expressão para Equilíbrio Químico e a constante Kp
Com relação aos gases participantes do equilíbrio, podemos gerar uma relação entre reagentes e produtos
através de suas pressões parciais, já que essas pressões são proporcionais as suas molaridades.
Exemplo:
Para a reação: aA + bB cC + dD
Temos que a relação entre as pressões parciais será:
Onde Kp é a nossa constante de equilíbrio em relação a pressão parcial.
PSIU!!
Para cálculo de Kp não apareceram na expressão substâncias no estados físicos sólidos e líquidos.
Relação entre Kp e Kc
É possível chegar a uma relação entre Kc e Kp através da equação:
Kc = Kp . (R . T) n ou Kp = Kc . (R . T)-
Sabemos que um sistema que se encontra em equilíbrio após ter alcançado a igualdade para as velocidades
do sentido direto e inverso tende a permanecer nessa situação. No entanto, quando algum agente externo
exerce sua interferência sobre o tal sistema, gerando uma perturbação que o tire da situação de equilíbrio
isto é, faz com que um sentido da reação adquira velocidade maior que a de outro sentido , o próprio
sistema se encarrega de minimizá-la, a fim de voltar ao equilíbrio. Como ele faz isso? Deslocando a reação
para um dos sentidos.
Princípio de Le
Chatelier, haja vista que foi Henri Louis Le Chatelier, em 1884, quem cunhou o enunciado de tal princípio.
Mas quais são as ações ou perturbações externas que afetam o equilíbrio dos sistemas? A resposta é:
concentração, pressão e temperatura.
Importante!
Dos fatores citados acima, o único que tem a capacidade de alterar o valor da constante de equilíbrio (Kc) é
a temperatura. Vou te lembrar isso algumas vezes ao longo deste resumo, fique de olho e grave bem.
I. Concentração
Influências básicas:
Q
uí.
a. Ao aumentarmos a concentração de um composto, o equilíbrio se desloca no sentido de
consumir este composto. Ou seja, se aumentamos a quantidade de um reagente, o equilíbrio se
desloca no sentido direto, para diminuir a concentração desse reagente; já se aumentamos a
quantidade de um produto, o equilíbrio se desloca no sentido inverso, para diminuir a
concentração desse produto. Ainda em outras palavras, ao se aumentar a concentração de um
composto da reação, o equilíbrio se desloca pro lado oposto da seta.
Exemplo:
CO2 (g) + H2O (l) HCO3 (aq) + H+ (aq)
v1 = k1[CO2]
v2 = k2[HCO3 ][H+]
OBS: Sólidos e líquidos puros não entram na lei de velocidade, por isso a água não entrou em v1.
Este é o sistema encontrado dentro de uma garrafa de água gaseificada. Por ser uma situação de
equilíbrio, v1 é igual a v2 (v1 = v2). Quando bebemos a água, esse sistema cai pro nosso estômago,
que é ácido, o que significa dizer que lá a concentração de H+ é alta.
Isso se configura como uma perturbação ao sistema, pois veja: se v2 é proporcional à [H+] v2 =
k2[HCO3 ][H+] , então, quando se aumenta a quantidade de H+ no sistema, a v2 também aumenta.
Com isso, v2 fica maior que v1 (v2 > v1), o que nos diz que o sistema saiu do equilíbrio.
Neste caso, para qual lado o equilíbrio se deslocou? Para o lado esquerdo, sentido 2 (inverso). Isso é
simples de perceber, pois se v2 agora é o sentido de maior velocidade, a reação está andando mais
para a esquerda do que para a direita. Este deslocamento faz com que as concentrações dos
reagentes aumentem até alcançar um novo estágio de equilíbrio. Ou seja, forma-se mais água e CO2,
provocando-nos o arroto.
→ OLHA EU AQUI DE NOVO:
No novo estágio de equilíbrio alcançado, o Kc é o mesmo que o do estágio de equilíbrio preexistente. Só
que agora as concentrações dos compostos de ambos os lados da seta estão diferentes. Lembra que eu disse
que só a temperatura muda o valor de Kc? Então, se não alteramos a temperatura, não alteramos o Kc,
embora as concentrações estejam diferentes.
b. Ao diminuirmos a concentração de um composto, o equilíbrio se desloca no sentido de produzir
este composto. Ou seja, se reduzimos a quantidade de um reagente, o equilíbrio se desloca no
sentido inverso, para aumentar a concentração desse reagente; já se reduzimos a quantidade de um
produto, o equilíbrio se desloca no sentido direto, para aumentar a concentração desse produto.
Ainda em outras palavras, ao se diminuir a concentração de um composto da reação, o equilíbrio
se desloca pro mesmo lado da seta.
Exemplo:
CH3NH2 (g) + H2O (l) CH3NH3+ (aq) + OH (aq)
v1 = k1[CH3NH2]
v2 = k2[CH3NH3+][OH ]
Os peixes possuem um odor característico devido à produção de metilamina (CH3NH2). Esse
composto tem caráter básico, pois reage com água formando OH . Para tirar o odor do peixe, as
pessoas costumam por limão ou vinagre nele, e de fato tira. Mas por quê?
1
2
1
2
Q
uí.
Quando pingamos limão (solução de ácido cítrico) ou vinagre (solução de ácido acético),
acrescentamos H+ ao sistema, por serem ambos ácidos. Essa quantidade de H+ neutraliza íons OH ,
consumindo-os para formar água (H+ + OH → H2O), o que diminui a concentração de OH no sistema.
Isso se configura como uma perturbação ao sistema, pois veja: se v2 é proporcional à [OH ] v2 =
k2[CH3NH3+][OH ] , então, quando se diminui a quantidade de OH no sistema, a v2 também diminui.
Com isso, v1 fica maior que v2 (v1 > v2), o que nos diz que o sistema saiu do equilíbrio.
Neste caso, para qual lado o equilíbrio se deslocou? Para o lado direito, sentido 1 (direto). Isso é
simples de perceber, pois se v1 agora é o sentido de maior velocidade, a reação está andando mais
para a direita do que para a esquerda. Este deslocamento faz com que as concentrações dos produtos
aumentem até alcançar um novo estágio de equilíbrio. Ou seja, consome-se mais metilamina e água,
reduzindo ou eliminando o odor de peixe.
OBS: OLHA EU AQUI DE NOVO
Se você se esqueceu, é só voltar lá e reler agora.
→ OLHANDO DE FORMA DIFERENTE:
Para entendermos o deslocamento de equilíbrio devido a alterações de concentração, podemos analisar
a fórmula do Kc. Certamente você está lembrada/o que a constante de equilíbrio só depende da
temperatura OLHA EU AQUI DE NOVO c.
Então, olha só o caso :
Kc = [HCO3 ][H+]/[CO2] → Se aumentamos a [H+], para o Kc se manter constante, temos que aumentar a [CO2]
também. E isso só ocorre se a reação se deslocar no sentido inverso.
Agora olha o caso :
Kc = [CH3NH3+][OH ]/[CH3NH2] → Se diminuímos [OH ], para o Kc se manter constante, temos que diminuir a
[CH3NH2] também. E isso só ocorre se a reação se deslocar no sentido direto.
II. Pressão
Em primeiro lugar, precisamos ter em mente que o fator pressão só influi sobre equilíbrios gasosos, e
nos lembrar que a relação entre pressão e volume é íntima e inversa (são inversamente proporcionais). Ou
seja, quando aumentamos a pressão sobre um sistema gasoso, seu volume diminui. Já se diminuímos a
pressão sobre ele, seu volume aumenta.
No sistema gasoso abaixo, por exemplo, ao pressionarmos o êmbolo (vermelho), o espaço onde o gás
está inserido diminui, ou seja, seu volume se reduz. O que fizemos foi uma compressão do gás.
Q
uí.
Ao puxarmos o êmbolo para cima, em contrapartida, o espaço onde o gás está inserido fica maior, ou
seja, seu volume aumenta. O que fizemos foi uma descompressão/expansão do gás.
Dito isso, já podemos prosseguir para as influências básicas:
a. Ao aumentarmos a pressão de um sistema em equilíbrio, o equilíbrio se desloca para o lado de
menor volume. Isto é simples de entender, acompanhe:
3 H2 (g) + N2 (g) 2 NH3 (g)
No sistema gasoso em equilíbrio acima, a reação direta produz 2 mols de gás; já a reação inversa
produz 4 mols de gás, no total (3 mols de H2 + 1 mol de N2). Em determinado volume, este sistema
mantém cada um desses gases em concentração adequada ao espaço que ocupam (e isso
constantemente, por estar em situação de equilíbrio).
Assim, quando comprimimos este recipiente, seu volume diminui, e as concentrações preexistentes
precisam se alterar para que o conjunto dos gases caiba no novo e menor espaço. É óbvio que a
nova conformação exige um volume menor de gases. Para tanto, o equilíbrio terá de se deslocar para
formar uma quantidade de gases que ocupem menos espaço do que o que havia antes, e a saída terá
que ser o deslocamento no sentido direto, o que forma apenas 2 mols de gás.
b. Ao diminuirmos a pressão de um sistema em equilíbrio, o equilíbrio se desloca para o lado de
maior volume
amônia.
Quando descomprimimos aquele recipiente, seu volume aumenta, e as concentrações
preexistentes precisam se alterar para que o conjunto dos gases se adeque ao novo e maior espaço.
É óbvio, da mesma forma, que a nova conformação exige um volume maior de gases. Para tanto, o
equilíbrio terá de se deslocar para formar uma quantidade de gases que ocupem mais espaço do que
o que havia antes, e a saída terá que ser o deslocamento no sentido inverso, o que forma 4 mols de
gás.
→ OLHANDO DE FORMA DIFERENTE:
Para entendermos o deslocamento de equilíbrio devido a alterações de pressão, podemos analisar a
fórmula do Kp.
→ DESCULPA, MAS OLHA EU AQUI DE NOVO:
1
2
Q
uí.
Não é possível que você não se lembre a constante de equilíbrio só depende da temperatura. Logo,
você sabe que a mudança de pressão não pode mudar o Kp.
Então, olha só o caso :
Kp = (PNH3)²/(PH2)³(PN2) → Se aumentamos a pressão total do sistema, as pressões parciais de cada gás
aumentam na mesma proporção.
Para relembrar:
Para encontrarmos a pressão parcial de um gás hipotético X, utilizamos a fórmula:
PX = nX . Ptotal/ntotal
OBS: nx/ntotal = fração molar
Nesta fórmula, a pressão parcial de um gás é proporcional à pressão total e à fração molar em que se
encontra. Assim, vemos que, na expressão do Kp, a pressão parcial de cada gás também está elevada ao seu
coeficiente estequiométrico.
No caso analisado, portanto, olhando para a expressão do Kp, a compressão aumenta mais o valor do
denominador do que do numerador, o que reduziria o valor de Kp. Qual é a saída, então, para que o valor do
Kp não seja alterado? A resposta é: aumentar a fração molar de NH3 e diminuir as frações molares de H2 e N2.
Como fazemos isso? Deslocando a reação de modo a formar mais NH3 e consumir mais H2 e N2 (o sentido de
menor volume).
Agora olha o caso :
Kp = (PNH3)²/(PH2)³(PN2) → Se diminuímos a pressão total do sistema, as pressões parciais de cada gás diminuem
na mesma proporção.
Nesse momento, olhando para a expressão do Kp, a descompressão (redução da Ptotal) diminui mais o valor
do denominador do que do numerador, o que aumentaria o valor de Kp. Qual é a saída, então, para que o
valor do Kp não seja alterado? A resposta é: diminuir a fração molar de NH3 e aumentar as frações molares de
H2 e N2. Como fazemos isso? Deslocando a reação de modo a consumir mais NH3 e formar mais H2 e N2 (o
sentido de maior volume).
Importante!
a. Para reações reversíveis em que os dois lados da seta possuem volumes iguais, a alteração de
pressão não desloca o equilíbrio para nenhum dos lados, como podemos ver através da equação de
Kp, em que as Ptotal do numerador se cancelam com as do denominador.
b. A adição de um gás inerte a um sistema (isto é, um gás que não reage naquele sistema) também
não provoca deslocamento de equilíbrio. Ocorre assim porque, embora aumente a pressão total do
sistema, a adição de gás inerte também altera as frações molares dos compostos (ao aumentar o
ntotal), o que compensa o aumento da Ptotal.
III. Temperatura
Influências básicas:
a. Ao aumentarmos a temperatura de um sistema, o equilíbrio se desloca no sentido da reação
endotérmica, ou seja, a que absorve calor mais do que libera, para formar produtos.
Q
uí.
b. Ao diminuirmos a temperatura de um sistema, o equilíbrio se desloca no sentido da reação
exotérmica, ou seja, a que libera calor mais do que absorve, para formar produtos.
Importante! Toda reação química absorve energia (calor) para quebrar as ligações interatômicas dos
reagentes e libera calor para formar as ligações interatômicas dos produtos, como vimos no estudo da
entalpia de ligações. O calor absorvido ou liberado, portanto, , se trata apenas de um saldo de calor.
Isso nos diz que o aumento de temperatura acelera qualquer reação química, mas acelera mais a que precisar
absorver mais calor para acontecer (a endotérmica).
Exemplo: 3 H2 (g) + N2 (g) 2 NH3 (g) + saldo de calor
Neste caso, a reação direta é exotérmica, porque libera calor como saldo; a reação inversa é
endotérmica, porque absorve calor como saldo.
Para aumentarmos a temperatura do sistema, fornecemos calor a ele. E, mais uma vez, é tranquilo de
enxergar que o fornecimento de calor favorece mais o sentido da reação que absorve mais calor (o
endotérmico). Já a retirada de calor, isto é, a diminuição da temperatura do sistema, atrapalha menos
o sentido da reação que precisa de menos calor para acontecer.
→ OLHANDO DE FORMA DIFERENTE:
v1 = k1[H2]³[N2]
v2 = k2[NH3]²(saldo de calor) → Podemos imaginar que o saldo de calor entre na lei de velocidade. Assim
sendo, o acréscimo de calor aumenta o valor de v2, e o sistema deixa de estar em equilíbrio (em que v1=v2).
Então, se v2 > v1, a reação anda mais para a direita do que para a esquerda. A diminuição de calor, em
contrapartida, diminui o valor de v2, e de novo o sistema fica desequilibrado. Se v2 < v1, a reação anda mais
para a esquerda do que para a direita.
OPA, fica ligada/o:
E os catalisadores? Como deslocam o equilíbrio de uma reação
reversível? Simples: não deslocam. O efeito dos catalisadores é
acelerar uma reação através do abaixamento da energia de
ativação dessa reação, lembra? Esse abaixamento é igual para
ambos sentidos de qualquer reação reversível. Portanto, o único
efeito do catalisador em um equilíbrio é reduzir o tempo
necessário para que o mesmo seja alcançado.
Repare que, dos reagentes para os produtos (→), ou dos produtos para os reagentes (), a energia abaixa
na mesma quantidade.
Repare, agora, que o catalisador diminui o tempo necessário para que o equilíbrio seja alcançado (t1 < t2);
2
1
Q
uí.
EXERCÍCIOS
1. Sob condições adequadas de temperatura e pressão, ocorre a formação do gás amônia. Assim, em um
recipiente de capacidade igual a 10 L, foram colocados 5 mol de gás hidrogênio junto com 2 mol de
gás nitrogênio. Ao ser atingido o equilíbrio químico, verificou-se que a concentração do gás amônia
produzido era de 0,3 mol/L. Dessa forma, o valor da constante de equilíbrio (KC) é igual a
a) 1,80 . 10-4
b) 3,00 . 10-2
c) 6,00 . 10-1
d) 3,60 . 101
e) 1,44 . 10-4
2. O gráfico mostra a variação da concentração molar, em função do tempo e a uma dada temperatura,
para um determinado processo reversível representado pela equação genérica 3A2(g) 2A3(g).
Dessa forma, segundo o gráfico, é incorreto afirmar que
a) o sistema entrou em equilíbrio entre 30 e 45 minutos.
b) a curva I representa a variação da concentração molar da substância A2(g).
c) esse processo tem valor de KC = 0,064.
d) até atingir o equilíbrio, a velocidade média de consumo do reagente é de 0,04 mol.L 1.min 1.
e) até atingir o equilíbrio, a velocidade média de formação do produto é de 0,08 mol.L 1.min 1.
Q
uí.
3. O gráfico abaixo mostra o caminho da reação de conversão de um reagente (R) em um produto (P),
tendo r e p como coeficientes estequiométricos. A cinética da reação é de primeira ordem.
A partir das informações do gráfico é certo que
a) a reação é completa.
b) o valor da constante de equilíbrio é 4
c) o equilíbrio reacional é alcançado somente a partir de 15s
d) a velocidade da reação é maior em 10s do que em 5s
e) a reação tem os coeficientes r e p iguais a 2 e 1, respectivamente.
4. O tetróxido de dinitrogênio gasoso, utilizado como propelente de foguetes, dissocia-se em dióxido
de nitrogênio, um gás irritante para os pulmões, que diminui a resistência às infecções respiratórias.
Considerando que no equilíbrio a 60ºC a pressão parcial do tetróxido de dinitrogênio é 1,4atm e a
pressão parcial do dióxido de nitrogênio é 1,8atm, a constante de equilíbrio Kp será, em termos
aproximados,
a) 1,09 atm
b) 1,67 atm
c) 2,09 atm
d) 2,31 atm
e) 3,07 atm
5. Em um sistema fechado, uma reação reversível atinge o equilíbrio quando a velocidade da reação direta
fica igual à velocidade da reação inversa. Como consequência, as concentrações de reagentes e
produtos ficam constantes.
Um equilíbrio químico pode ser deslocado variando-se a temperatura, a pressão e alguma
concentração. De acordo com o Princípio de Le Chatelier, temos:
I. Um aumento da concentração de uma substância faz o equilíbrio deslocar-se para consumir essa
substância.
II. Um aumento da temperatura faz o equilíbrio deslocar-se no sentido da reação endotérmica.
III. Um aumento da pressão faz o equilíbrio deslocar-se no sentido da contração de volume.
A equação a seguir representa uma das etapas da formação do ferro-gusa:
FeO (s) + CO (g) + 19 kJ/mol CO2 (g) + Fe (s)
Trata-se de um sistema em equilíbrio, a uma temperatura de 25°C e 1 atmosfera de pressão.
Reconhecendo a importância da produção de ferro, qual das seguintes ações favorece a sua
produção?
a) Aumentar a pressão.
b) Aumentar a temperatura.
c) Diminuir a concentração de CO.
d) Aumentar a concentração de CO2.
e) Diminuir a temperatura.
Q
uí.
6. pois sua coloração muda de acordo com a temperatura e a umidade do ar.
Nesse 2,
que, de acordo com a situação, apresenta duas cores distintas azul ou rosa , como representado
nesta equação:
2 · 6 H2O 2 + 6 H2 H > 0
Azul Rosa
Considerando-se essas informações, é correto afirmar que as duas condições que favorecem a
a) baixa temperatura; a umidade não interfere.
b) alta temperatura; a umidade não interfere.
c) alta temperatura e baixa umidade.
d) baixa temperatura e alta umidade.
e) baixa temperatura e baixa umidade.
7. A água que corre na superfície da Terra pode se tornar ligeiramente ácida devido à dissolução do
CO2 da atmosfera e à dissolução de ácidos resultantes da decomposição dos vegetais. Quando essa
água encontra um terreno calcário, tem início um processo de dissolução descrito em (1), abaixo:
(1) CaCO3(s) + H2CO3(aq) Ca(HCO3)2(aq)
Isso, em razão do CaCO3 ser insolúvel em água e o carbonato ácido ser bem mais solúvel. Inicia-se
um processo de erosão química do calcário, que demora milhares de anos. À medida que a água vai-
CO2 na água, de acordo com a reação (2):
(2) CO2(g) + H2O(l) H2CO3(aq)
Variando-se a pressão, a posição de equilíbrio se altera. Quando a água goteja do teto de uma
caverna, ela passa de uma pressão maior para uma pressão menor. Essa diminuição de pressão faz
com que:
a) o equilíbrio (2) e por consequência o equilíbrio (1) se desloquem para a esquerda.
b) o equilíbrio (2) se desloque para a direita e por consequência o equilíbrio (1) para a esquerda.
c) apenas o equilíbrio (1) se desloque para a direita.
d) o equilíbrio (2) e por consequência o equilíbrio (1) se desloquem para a direita.
e) o equilíbrio (2) se desloque para a esquerda e por consequência o equilíbrio (1) para a direita.
Q
uí.
8. Na fabricação do ácido nítrico, uma das etapas é a oxidação da amônia:
4 NH3 (g) + 5 O2 (g) 4 NO (g) + 6 H2O (g) + 906 kJ
Para aumentar o rendimento em monóxido de nitrogênio, pode-se usar:
a) um catalisador.
b) alta temperatura e elevada pressão.
c) alta temperatura e baixa pressão.
d) baixa temperatura e alta pressão.
e) baixa temperatura e baixa pressão.
9. A fotossíntese é um processo bioquímico que converte gás carbônico e água em moléculas de glicose.
Diferente do que aparenta, equivale a uma sequência complexa de reações que acontecem nos
cloroplastos. Considere que esse fenômeno ocorra em uma única etapa, representada pela equação
química, não-balanceada, e pela curva da variação das concentrações em função do tempo, mostradas
abaixo.
Nessa situação, a constante de equilíbrio (Kc) para a reação é, aproximadamente, igual a
a) 0,1.
b) 1,5.
c) 11.
d) 15.
e) 4
10. A constante de equilíbrio Kp para a reação N2O4(g) 2NO2 (g) é igual a 0,1. Numa mistura em equilíbrio,
a pressão parcial do NO2 é igual a 0,7 atm. A pressão parcial do N2O4 é em atm.
a) 0,5
b) 0,7
c) 1,5
d) 2,5
e) 4,9
QUESTÃO CONTEXTO
como sabores de menta, cereja ou canela no apelo do produto, sobretudo entre os jovens. Dados
levantados pela coordenadora do Centro de Estudos sobre Tabaco e Saúde da Fundação Oswaldo Cruz
(Fiocruz), Valeska Carvalho Figueiredo, a partir de dados de 2013 do Estudo de Riscos Cardiovasculares entre
Adolescentes (Erica), mostram que, dentre os 579 mil estudantes de 12 a 17 anos que haviam fumado no mês
anterior à pesquisa, 56% recorreram a cigarros com sabores.
Q
uí.
Em nota enviada ao GLOBO, a Anvisa afirmou que aditivos como flavorizantes e aromatizantes em
maior atratividade
A ONG ACT de Promoção da Saúde calculou, em parceria com a Johns Hopkins Bloomberg Public
School of Health, que no Brasil, pelo menos 20% dos cigarros vendidos ainda têm aditivos de sabores como
baunilha, cereja, canela e mentol. Para defender a resolução da Anvisa, a ONG lançou a campanha
#AprovaSTF com peças que fazem a analogia entre o cigarro, sorvetes e balas
do
STF vai julgar se proíbe ou mantém venda de cigarros com sabor. O GLOBO. Por Mariana Alvim.
29/11/2016.
Além das tabagistas, as indústrias alimentícias e até mesmo farmacêuticas, há muito tempo, fazem uso de
flavorizantes na composição de diversos produtos, como doces e medicamentos de ingestão oral. Essas
substâncias se tratam de ésteres, compostos químicos orgânicos que usualmente são sintetizados a partir de
álcoois e ácidos carboxílicos, através de reações endotérmicas de esterificação.
O acetato de etila, que confere sabor de menta a vários produtos, é produzido conforme a seguinte reação:
CH3-COOH (aq) + CH3CH2OH (aq) CH3-COO-C2H5 (aq) + H2O (l)
Ácido acético etanol etanoato de etila água
Para aumentar o rendimento da reação de produção do flavorizante, o químico da indústria adiciona um
agente desidratante, o ácido sulfúrico, pois ele:
a) atua como catalisador, que sempre desloca o equilíbrio no sentido direto.
b) aumenta a concentração de ácido, deslocando o equilíbrio para o lado oposto ao reagente ácido.
c) reage com a água, deslocando o equilíbrio no sentido de formar mais água.
d) provoca diminuição da pressão do sistema, deslocando o equilíbrio no sentido de maior volume.
e) reage com etanoato de etila, deslocando o equilíbrio no sentido de formar mais deste composto.
H2SO4
Q
uí.
GABARITO
Exercícios
1. e
3H2 + N ↔ 2NH3 Vtotal=10L
5mol 2mol
MH2=5/10=0,5M MN2=2/10=0,2M
3H2 + N ↔ 2NH3
0,5M 0,2M --- --->INÍCIO
0,45M 0,15M 0,3M --->REAGIU/FORMOU
0,05M 0,05M 0,3M --->EQUILÍBRIO
Kc= [NH3 ]2/[H2]
3[N ] --> Kc= (0,3)²/(0,05)³(0,05)= 14400= 1,44x10-4
2. e
3A2↔ 2A3
Kc=[A3]²/[A2]³ --> Kc= 1²/(2,5)³= 0,064
Vel=[ ]/tempo ---> Vel= 1,5/35= 0,04(mo/L)/min
Vel=[ ]/tempo ---> Vel= 1/35= 0,028(mo/L)/min
3. b
Kc= 0,4/0,1= 4
4. d
N2O4↔2NO2
P=1,4atm P=1,8atm
Kp=(PRODUTO)/(REAGENTE) --> (1,8)²/1,4= 2,31atm
5. b
Em relação a Temperatura:
FeO(s) + CO(g) + 19 kJ/mol CO2(g) + Fe(s)
-----------------------------------------------------> Sentido Endotérmico
<---------------------------------------------------- Sentido Exotérmico
Em relação a Pressão: não altera o equilíbrio pois os volumes de reagentes e produtos são iguais.
FeO(s) + CO(g) + 19 kJ/mol CO2(g) + Fe(s)
1vol 1vol 1vol 1vol
Vreagente= 2 Vproduto= 2
Q
uí.
Em realção a concentração: para a formação de ferro, temos que deslocar o sentindo na formação de
produto, pela diminução do produto ou amento do reagente.
Feita essa análise, concluímos que a resposta é a letra B, pois com o aumento de T, deslocamos para
sentido endotérmico, ou seja para formação de produto.
6. d
CoCl2·6H2O CoCl2+ 6 H2 H> 0
Azul Rosa
--------------------------------------> Processo Endotérmico
A diminuição da temperatura favorece o sentido de formação da coloração azul.
Na reação temos:
Cloreto hexahidratado, que determina a coloração azul, com o aumento da temperatura, essa água é
eliminada, ficando só o cloreto, caracteristica da com rosa. Logo, com o aumento da umidade, temos o
favorecimento da cor azul.
7. a
Com a diminuição da pressão na reação 2, o equilíbrio será descolado para a esquerda, pois é o sentido
de maior volume, produzindo mais reagentes, em consequência descola o sentido da reação 1 para a
esquerda.
8. e
4NH3 (g) + 5O2 (g) 4NO (g) + 6H2O (g) + 906 kJ
--------------------------------------> Processo Exotérmico
Com a diminuição da temperatura, deslocamos o sentido para a direita, processo exotérmico. E com a
dimuição da pressão, descolamos o sentido para o lado de maior volume, para a direita também.
9. c
6H2O + 6CO2↔C6H12O6 + 6O2
Kc= [glicose][O2]6/[CO2]
6 **
**Água e Sólidos não então nos calculos de Kc.
Kc= 1 x 36/26= 11,4
10. e
2NO2↔N2O4
Kp= (NO2)²/(N2O4)---> 0,1= (0,7)²/(N2O4)
(N2O4)= 4,9atm
Questão Contexto
H2SO4
CH3-COOH (aq) + CH3CH2OH (aq) CH3-COO-C2H5 (aq) + H2O (l)
Ácido acético etanol etanoato de etila água
Com o a entrada de H2SO4, que é um ácido forte, no sistema, favorecemos a reação com a água, para a
produção de mais água, deslocando o equilíbrio para a direita.
Alternativa C.
R
ed
.
Red.
Professor: Eduardo Valladares
Monitor: Bruna Saad
R
ed
.
Eixo temático: comunicação -
conceitos
11
set
RESUMO
Começamos, agora, um novo momento nas nossas aulas: a produção de conteúdo. Sabemos que, na
redação, a estrutura é uma parte muito importante na produção. Entretanto, saber construir a introdução, o
desenvolvimento e a conclusão não é o bastante: é crucial que o aluno, na tarefa de interpretar e redigir um
texto, tenha conteúdos adquiridos ao longo de sua formação e de seus estudos - o que, já na proposta
temática, é destacado pelo próprio ENEM. Por isso, trabalharemos, aqui, os chamados Eixos Temáticos,
começando pela aula de comunicação, assunto que dará a você, aluno, muitos dados para futuras redações.
Vamos juntos?
Antes de tudo, cabe destacar, na história do ENEM, o que já foi cobrado com relação a esse assunto. Vejamos:
- ENEM 2004: "Como garantir a liberdade de informação e evitar abusos nos meios de comunicação?";
- ENEM 2006: "O poder de transformação da leitura";
- ENEM 2011: "Viver em rede no século XXI: os limites entre o público e o privado";
- ENEM 2014: "Publicidade infantil em questão no Brasil".
Por meio dessas temáticas, já é possível imaginar o quanto esse eixo pode ajudar na sua produção textual,
não é mesmo? Vamos, agora, às perguntas que funcionarão como pautas para as nossas discussões.
EXERCÍCIOS
1.
Disponível em: http://revistaepoca.globo.com
Em entrevista à revista Época, em outubro de 2009, Paulo Coelho, o escritor que mais vende
livros no mundo, em uma reflexão sobre a chegada dos e-books ao Brasil, afirmou que "o caminho
digital é sem volta". É fácil considerar, então, que houve uma longa jornada nas maneiras de se trocar
informações até aqui, época em que nos comunicamos, basicamente, de forma virtual. Alguns
momentos dessa caminhada são conhecidos como revoluções.
Com base nos seus conhecimentos obtidos até este momento, procure apontar algumas das
principais revoluções comunicacionais e de que maneira funcionaram como base para o que vivemos
hoje - tempo em que quase toda mensagem é passada via internet.
R
ed
.
2. Como consequência de sua grande circulação virtual na América, o jornal El País, maior veículo da
Espanha, anunciou em 2016, no seu aniversário de 40 anos, sua conversão a produto "essencialmente
digital", nas palavras de seu diretor, Antonio Caño. Ao ser perguntado sobre o futuro do jornalismo,
em entrevista à Folha de São Paulo, afirmou não saber, mas que "o El País estará nele". Você pode
encontrá-la aqui: O que importa não é o jornal, mas o jornalismo, diz diretor do 'El País'. Hoje, a
publicação faz sucesso no Brasil e em outros países americanos.
Não é de hoje a discussão sobre a digitalização dos jornais e dos livros. Na questão anterior,
falamos sobre o caminho até os dias de hoje, momento em que nos comunicamos, frequentemente,
de forma online. Entretanto, há perdas nisso e é importante destacá-las, sempre.
Usando seus conhecimentos, aponte os prós e contras dessa digitalização da comunicação e
que medidas poderiam ser levantadas para acabar com essas desvantagens - a fim de, nesse caminho
sem volta, nas palavras de Paulo Coelho, aproveitarmos o máximo as novas formas de comunicação.
3. Na década de 60, o canadense Marshall MacLuhan ganhou destaque a partir das projeções que fazia
relacionadas aos principais meios de comunicação. Sobre a TV, cunhou a seguinte frase: Com a
televisão, o mundo está se transformando em uma aldeia global". Comente em que medida essa ideia
se tornou pertinente no século XXI.
4. Laura Pires, uma das colunistas da revista Capitolina, escreveu, certa vez, sobre como "O Tinder está
acabando com as suas habilidades interpessoais". Nesse artigo, a autora discute o quanto as novas
formas de comunicação, em sua maioria virtuais, diminuíram a capacidade de se relacionar das pessoas
e, consequentemente, alimentaram ainda mais o enfraquecimento dessas relações, hoje. Você pode
encontrar o artigo inteiro aqui: O Tinder está acabando com as suas habilidades interpessoais. No
mesmo contexto, em seu "Amor líquido", o sociólogo polonês Zygmunt Bauman defende que, no
século XXI, as relações interpessoais estão mais frágeis, dando a elas, inclusive, o nome de "conexões"
- denunciando, então, a facilidade de se fazer e desfazer qualquer contato.
Levando em consideração as duas ideias, reflita sobre o quanto os dias de hoje, de virtualização
do eu, fortaleceram o comportamento isolacionista dos indivíduos.
5. Pierre Lévy, filósofo francês, pensador da área de tecnologia e sociedade, afirmou que "toda nova
tecnologia cria seus excluídos". Comente sobre a exclusão digital.
6. O escritor Carlos Heitor Cony afirmou, certa vez, que a Internet é um veículo de poluição espiritual.
Comente, relacionando-a às principais "novidades" existentes na rede.
7. Existe privacidade no mundo virtual? Segundo a Constituição Federal, artigo 5º, X, são invioláveis a
intimidade, a vida privada, a honra e a imagem, assegurado o direito à indenização pelo dano material
ou moral decorrente de sua violação. Em tempos de Facebook, Instagram, Whatsapp está cada vez
mais difícil enxergar a já tão tênue linha que define o que é privacidade, haja vista a criação da lei
Carolina Dieckman. Comente sobre as consequências positivas e/ou negativas da dissolução desse
conceito.
8. Em artigo para o Jornal O Globo, em 2016, a jornalista Cora Rónai denuncia a estratégia do Facebook:
diante do crescimento acelerado de postagens de notícias, artigos, vídeos e textos de opinião, para
retornar às suas origens - um espaço de compartilhamento da vida, do dia a dia, de conteúdos
individuais e originais -, a rede decidiu lançar lembretes de publicações de outros anos, reações nas
postagens e comentários, além do estímulo às transmissões ao vivo.
Sinal dos tempos, a exposição exagerada no ambiente virtual é consequência da entrada das
redes sociais na vida privada do indivíduo, o que, de certa forma, gera certos riscos. Indique alguns
desses problemas.
R
ed
.
O uso de redes sociais, sem dúvidas, é um dos pontos mais relevantes quando tratamos da comunicação na
as redes
sociais como meio de ativismo. Leia uma redação exemplar sobre esse assunto.
receio do destaque entre tantas opiniões divergentes e a necessidade de integrar-se ao âmbito coletivo fez
com que os indivíduos, por vezes, fizessem uso das redes sociais como porta-voz de suas necessidades de
expressão e de mobilização a causas sócio-políticas. No entanto, nem sempre essa conduta presente no
mundo virtual faz-se verossímil à sua aplicação na realidade.
É incontestável o impacto que essas redes propiciam aos cidadãos, pois, além do amplo acesso à
informação, colabora para que os navegantes se sintam mobilizados pela força conjunta e tornem-se mais
estimulados a práticas ativistas. As manifestações de Junho de 2013 comprovam que a organização por
reuniu brasileiros de vários estados a reivindicarem seus direitos por saúde, educação e assistência pública.
Em um inesperado sincretismo, a rua e a internet fomentaram uma marcha colaborativa pela democracia.
No entanto, a Geração Curtir e Compartilhar, da mesma forma, pode dissimular um engajamento que só
transparece no campo cibernético. Devido a acessibilidade e a difusão de informações favorecidas pelo uso
da internet, os internautas podem traçar um tipo de perfil nas redes sociais que os mascarem por meio de
discursos autossuficientes, quando, muitas vezes, sua contribuição à mobilização nas redes simula uma
sensação de cumprimento de deveres como cidadãos. Assim como a 1ª Geração Romântica, a criação de
uma identidade idealizadamente heroica com a pátria converte-se em uma ação paliativa às medidas de
ativismo.
Nesse sentido, portanto, usufruir dos prós desse estímulo à inclusão social, motivada pelas redes sociais, é
fundamental para que o povo brasileiro exerça a participação política. Ainda que os receios à mudança
sejam provenientes da vida, a análise de Freud sobre o novo incitaria com que os indivíduos agregassem o
poder das redes sociais à realização de sua cidadania, com a mobilização de atos públicos, a cobrança ao
governo por projetos de integração e a petição à fiscalização dos gastos políticos. Assim, a antiga
personificação de uma identidade heroica nas redes faria jus ao sincretismo entre o mundo da internet e o
das atuações.
QUESTÃO CONTEXTO
http://www.gazetadopovo.com.br/vida-publica/o-ativismo-de-facebook-funciona-a2gv7jl59b5zl930qlb1uzepp
parágrafo argumentativo em que você se posicione sobre essa proposta.
R
ed
.
GABARITO
Exercícios
1. A primeira grande revolução comunicacional se deu com a invenção da escrita. Depois, considerando a
ordem cronológica, surgiram a imprensa, a fotografia, o rádio, a televisão essa considerada meio de
comunicação de massa e o computador. Esse último, por exemplo, inaugurou um novo tempo: o dos
meios comunicativos tecnológicos.
Todas essas revoluções foram extremamente importantes para a evolução da vida sem sociedade. Sem
dúvidas, a mais recente é a mais eficiente em integrar pessoas do mundo todo e possibilitar a alta
velocidade nas trocas de informações.
2. Como pontos positivos, podemos destacar:
• Melhor para o meio ambiente: menos papeis; diminuição da quantidade de lixo.
• Praticidade: aqueles que costumam ler as notícias enquanto se deslocam não precisam carregar
jornais, revistas, etc.
• É mais barato.
• Ficou mais acessível para a população: muitas pessoas que não compravam jornal agora leem
Já como pontos negativos, podemos levantar:
• Os leitores não dão conta de toda quantidade de informação disponível, fazendo, muitas vezes,
uma leitura superficial.
• Propagação de fake news.
• Seletividade: muitos leitores não se propõem a se informar sobre o que não dialoga com a própria
opinião.
3. A televisão possibilitou a troca de informações e, principalmente, a troca cultural. Os novos meios de
comunicação reduzem a distância, tornando, dessa forma, o mundo como uma aldeia: todos
interligados.
4. Nesse contexto, é importante pensar em c
refletir sobre como as pessoas selecionam aquilo que os outros devem ver sobre elas nas redes sociais,
muitas vezes não coincidindo com a realidade. Além disso, as redes sociais promovem o individualismo,
sendo considerada, até mesmo, paradoxal: ao mesmo tempo que ela aproxima as pessoas, também
afasta.
5. Em um país como o Brasil, que apresenta desigualdades socioeconômicas alarmantes, smartphones,
tablets, notebooks, kindles são artigos de luxo para muita gente. Dessa forma, a tecnologia, que abre
muitas portas para uns, provoca exclusão a outros. Por isso, é necessário considerarmos um crescente
abismo entre os que têm acesso e os que não têm às inovações tecnológicas.
6. Em primeiro lugar, é importante pensar que o próprio uso desenfreado da internet pode ser considerado
prejudicial. Isso porque muitas pessoas deixam de praticar outras atividades necessárias para o corpo e a
alma. A internet possibilita, a partir de aplicativos, que o usuário consiga fazer muitas coisas sem nem se
deslocar. Além disso, é importante pensar no individualismo evidente nas redes sociais, na falsa ilusão de
felicidade e na imposição de padrões.
7. Primeiramente, devemos refletir que, ao mesmo tempo em que manipulamos a internet, nós somos
manipulados por ela. O indivíduo se expõe voluntariamente em suas redes sociais. No entanto, essas
informações pessoais disponíveis não deveriam, por exemplo, influenciar em uma possível contratação
de emprego, mas muitas vezes são levadas em conta.
R
ed
.
Outro aspecto interessante é o fato de muitos indivíduos tratarem as redes sociais e a internet de maneira
ingênua. O recente caso do facebook, em que houve vazamento de dados úteis para manipular uma
eleição nos EUA, deixaram os internautas abismados, provando que a privacidade no mundo virtual é
ilusória. Nós permitimos a todo tempo que os aplicativos tenham acesso a inúmeras informações
pessoais, sem pensar em como elas podem ser utilizadas.
8. O uso demasiado de redes sociais traz bastantes problemas aos indivíduos:
• Muitos ficam viciados e deixam de realizar tarefas do dia-a-dia.
• A manipulação da própria imagem: nós escolhemos o que o outro pode ver da nossa vida, muitas
vezes não correspondendo à realidade.
• Individualismo e solidão.
• Preocupamo-nos mais com a nossa imagem nas redes do que com a nossa imagem verdadeira.
• Manipulação de informações.
S
oc
.
Soc.
Professor: Larissa Rocha
Gui de Franco
Monitor: Debora Andrade
S
oc
.
Tipos de democracia 14
set
RESUMO
O que é democracia?
A palavra democracia tem origem no grego demokratía, que é composta por demos (que significa
povo) e kratos (que significa poder). Neste sistema político, o poder é exercido pelo povo através do sufrágio
universal. É um tipo de governo em que todas as importantes decisões políticas estão nas mãos do povo, que
elegem seus representantes por meio do voto. A democracia é um regime de governo que pode existir no
sistema presidencialista, onde o presidente é o maior representante do povo, ou no sistema parlamentarista,
onde existe a figura do primeiro ministro, que toma as principais decisões políticas.
Uma das principais funções da democracia é a proteção dos direitos humanos fundamentais, como
as liberdades de expressão, de religião, a proteção legal, e as oportunidades de participação na vida política,
econômica, e cultural da sociedade. A Grécia Antiga foi o berço da democracia, onde principalmente em
Atenas o governo era exercido por todos os homens livres. Naquela época, os indivíduos eram eleitos ou
eram feitos sorteios para os diferentes cargos. Na democracia ateniense, existiam assembleias populares,
onde eram apresentadas propostas, sendo que os cidadãos livres podiam votar. Existem dois tipos principais
de democracia, notadamente: Democracia direta ou pura e democracia indireta ou representativa.
Democracia direta
A democracia direta é o sistema político no qual a sociedade toma as suas decisões de maneira direita,
ou seja, sem precisar do intermédio de representantes. Esse era o tipo de democracia que vigorava, por
exemplo, em Atenas na Antiguidade Grega, onde todos os que eram considerados cidadãos tinham o direito
de participar do processo de tomada de decisões. A Ágora era o lugar no qual os debates políticos eram
realizados entre os cidadãos. Vale lembrar, no entanto, que nem todas as pessoas eram consideradas cidadãs
na antiguidade grega. Por exemplo: Mulheres, escravos, estrangeiros, estavam todos excluídos do processo
político.
Democracia indireta ou representativa
Já a democracia indireta ou representativa é o sistema político no qual o povo exprime sua vontade
elegendo representantes, os quais tomam as decisões políticas em nome deles. Neste último tipo de
democracia, portanto, a sociedade não participa diretamente do processo de tomada de decisões, o que
S
oc
.
fica a cargo dos representantes eleitos pelo voto popular. No Ocidente, o conceito moderno de democracia
política é justamente o de democracia representativa, no qual uma pessoa ou grupo são eleitos
representantes e são organizados, em geral, em instituições como o Parlamento, Câmara, Congresso, e etc...
Democracia semidireta
A democracia semidireta tem esse nome porque, de um lado, possui um caráter representativo, no
sentido de que as pessoas elegem os seus representantes e, de outro lado, há alguns institutos que
possibilitam uma participação direta dos representados em alguns casos específicos e esporádicos. Esses
institutos são o plebiscito, o referendo, a iniciativa popular, o veto popular, entre outros.
O plebiscito é uma consulta prévia feita ao povo para que ele manifeste sua opinião sobre uma
determinada medida ou lei a ser adotada pelo governo. Já o referendo é um instituto da democracia
semidireta no qual a coletividade pode dar sua opinião sobre uma medida já tomada pelos governantes.
Nesse sentido, o referendo é a ratificação popular de algo que já está feito. A iniciativa popular, por sua vez,
é um instrumento utilizado na democracia direta ou semidireta a partir do qual a coletividade pode apresentar
projetos de lei. Dessa maneira, determinados projetos de lei podem tramitar e serem aprovados na medida
em que uma grande quantidade de pessoas os apoie. Por fim, o veto popular é um instrumento democrático
utilizado no sentido de impedir uma determinada medida governamental. No Brasil, por exemplo, a
Constituição de 1988 atribui a tarefa de veto tão somente aos chefes do poder executivo, como, por exemplo,
o presidente da República.
EXERCÍCIOS
1. No mundo árabe, países governados há décadas por regimes políticos centralizadores contabilizam
metade da população com menos de 30 anos; desses, 56%, têm acesso à internet. Sentindo-se sem
perspectivas de futuro e diante da estagnação da economia, esses jovens incubam vírus sedentos por
modernidade e democracia. Em meados de dezembro, um tunisiano de 26 anos, vendedor de frutas, põe fogo no próprio corpo
em protesto por trabalho, justiça e liberdade. Uma série de manifestações eclode na Tunísia e, como
uma epidemia, o vírus libertário começa a se espalhar pelos países vizinhos, derrubando em seguida o
presidente do Egito, Hosni Mubarak. Sites e redes sociais como o Facebook e o Twitter ajudaram a
mobilizar manifestantes do norte da África a ilhas do Golfo Pérsico. SEQUEIRA, C. D.; VILLAMÉA, L. A epidemia da Liberdade. Istoé Internacional. 2 mar. 2011 (adaptado).
Considerando os movimentos políticos mencionados no texto, o acesso à internet permitiu aos jovens
árabes
a) reforçar a atuação dos regimes políticos existentes.
b) tomar conhecimento dos fatos sem se envolver.
c) manter o distanciamento necessário à sua segurança.
d) disseminar vírus capazes de destruir programas dos computadores.
e) difundir ideias revolucionárias que mobilizaram a população.
2. A Justiça Eleitoral foi criada em 1932, como parte de uma ampla reforma no processo eleitoral
incentivada pela Revolução de 1930. Sua criação foi um grande avanço institucional, garantindo que as
eleições tivessem o aval de um órgão teoricamente imune à influência dos mandatários. TAYLOR, M. Justiça Eleitoral. In: AVRITZER, L.; ANASTASIA, F. Reforma política no Brasil. Belo Horizonte: UFMG, 2006
(Adaptado).
Em relação ao regime democrático no país, a instituição analisada teve o seguinte papel:
a) Implementou o voto direto para presidente.
b) Combateu as fraudes sistemáticas nas apurações.
c) Alterou as regras para as candidaturas na ditadura.
d) Impulsionou as denúncias de corrupção administrativa.
e) Expandiu a participação com o fim do critério censitário.
S
oc
.
3. Não nos resta a menor dúvida de que a principal contribuição dos diferentes tipos de movimentos
sociais brasileiros nos últimos vinte anos foi no plano da reconstrução do processo de democratização
do país. E não se trata apenas da reconstrução do regime político, da retomada da democracia e do
fim do Regime Militar. Trata-se da reconstrução ou construção de novos rumos para a cultura do país,
do preenchimento de vazios na condução da luta pela redemocratização, constituindo-se como
agentes interlocutores que dialogam diretamente com a população e com o Estado. GOHN, M. G. M. Os sem-terras, ONGs e cidadania. São Paulo: Cortez, 2003 (Adaptado).
No processo da redemocratização brasileira, os novos movimentos sociais contribuíram para:
a) diminuir a legitimidade dos novos partidos políticos então criados.
b) tornar a democracia um valor social que ultrapassa os momentos eleitorais.
c) difundir a democracia representativa como objetivo fundamental da luta política.
d) ampliar as disputas pela hegemonia das entidades de trabalhadores com os sindicatos.
e) fragmentar as lutas políticas dos diversos atores sociais frente ao Estado.
4. O conceito de democracia, no pensamento de Habermas, é construído a partir de uma dimensão
procedimental, calcada no discurso e na deliberação. A legitimidade democrática exige que o
processo de tomada de decisões políticas ocorra a partir de uma ampla discussão pública, para
somente então decidir. Assim, o caráter deliberativo corresponde a um processo coletivo de
ponderação e análise, permeado pelo discurso, que antecede a decisão. VITALE, D. Jürgen Habermas, modernidade e democracia deliberativa. Cadernos do CRH (UFBA), v. 19, 2006. Adaptado.
O conceito de democracia proposto por Jürgen Habermas pode favorecer processos de inclusão
social. De acordo com o texto, é uma condição para que isso aconteça o(a)
a) participação direta periódica do cidadão.
b) debate livre e racional entre cidadãos e Estado.
c) interlocução entre os poderes governamentais.
d) eleição de lideranças políticas com mandatos temporários.
e) controle do poder político por cidadãos mais esclarecidos.
5. Rua Preciados, seis da tarde. Ao longe, a massa humana que abarrota a Praça Puertal Del Sol, em Madri,
se levanta. Um grupo de garotas, ao ver a cena, corre em direção à multidão. Milhares de pessoas
fazem ressoar o slogan: "Que não, que não, que não nos representem". Um garoto fala pelo magefone:
"Demandamos submeter a referendo o resgate bancário". RODRIGUEZ, O. Puerta Del Sol, o grande alto-falante.Brasil de Fato. São Paulo, de 26 maio a 1 jun. 2011.
Adaptado.
Em 2011, o acampamento dos indignados espanhóis expressou todo o descontamento político da
juventude europeia. Que proposta sintetiza o conjunto de reivindicações políticas destes jovens?
a) Voto universal.
b) Democracia direta.
c) Pluralidade partidária.
d) Autonomia legislativa.
e) Imunidade parlamentar.
S
oc
.
QUESTÃO CONTEXTO
A partir de seus conhecimentos sobre democracia e a análise da charge, explique a reação da Mafalda.
S
oc
.
GABARITO
Exercícios
1. e
O texto faz referência aos movimentos da Primavera Árabe, nos quais a população de países do norte da
África e do Oriente Médio, com maciça participação da juventude, mobilizou-se para exigir reformas
políticas e maiores liberdades individuais, pondo fim a ditaduras de décadas, como a de Mubarak, no
Egito, e a de Gaddafi, na Líbia. A internet é uma ferramenta básica desse movimento: imagens das
manifestações, com veiculação proibida nas televisões estatais locais, ganharam o mundo graças a sites
e blogs por meio do compartilhamento de vídeos; novas manifestações são discutidas e marcadas por
meio de redes sociais, como Facebook e Twitter, criando um meio efetivo de mobilização popular longe
do alcance do Estado repressor.
2. b
Como bem ilustra o texto da questão, a criação da Justiça Eleitoral contribuiu de forma significativa para
o combate às fraudes nas eleições, notadamente no momento da apuração dos votos. Além disso, o
referido órgão corroborou para minimizar o assédio ao eleitor no momento da votação.
3. b
Os movimentos sociais que emergiram no processo de redemocratização do país tiveram um papel
estratégico na luta por direitos sociais como trabalho, transporte, moradia, educação, saneamento, meio
ambiente, dentre outros. Ampliaram a pauta de reivindicação além das questões de participação política
em uma democracia representativa.
4. b
Conforme explicitado no texto, a condição que favorece os processos de inclusão social, segundo
Habermas, é a discussão pública, precedida pela elaboração procedimental de discursos, de forma a
garantir a participação deliberada da população no debate público livre. É somente o processo coletivo
deliberado que permite o diálogo racional entre os cidadãos e o Estado, fortalecendo o princípio
democrático.
5. b
O movimento citado dos acampamentos jovens na Espanha retrata um desencanto com a chamada
democracia representativa, na qual a vontade da população seria representada pelo Parlamento,
escolhido pelo voto universal num modelo pluripartidário. Esse Parlamento apresenta uma autonomia,
que existe na Espanha. Os jovens, ao exigirem um "referendo" para que a população decidisse sobre o
"resgate bancário", estão sugerindo a proposta de uma democracia direta, na qual, mesmo existindo
representatividade do povo pelo Parlamento, algumas decisões podem ser e geralmente são tomadas
com a ação direta da população. Os jovens, descontentes e indignados, acreditavam que o Parlamento
espanhol não mais os representavam e desejavam, via democracia direta, participar de partes das
decisões do governo.
Questão Contexto
A reação da Mafalda está relacionada com o fato de que hoje em dia cada vez menos a democracia tem a ver
com a soberania do povo.