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Page 1: IOB - ICMS/IPI - Sergipe - nº26/2016 - 5ª Sem Junho

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Manual de Procedimentos

Veja nos Próximos Fascículos

a IPI - Ressarcimento do imposto por decisão judicial

a ICMS - Substituição tributária - Autopeças

a ICMS - Substituição tributária - Veículos automotores novos

ICMS - IPI e OutrosFascículo No 26/2016

Sergipe

/a FederalIPIRessarcimento do imposto . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 01

/a EstadualICMSSubstituição tributária - Pneumáticos novos, câmaras de ar e protetores de borracha para pneumáticos . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 05

/a IOB SetorialEstadualFarmacêutico - ICMS - Isenção concedida aos produtos do Programa Farmá-cia Popular do Brasil . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 11

IOB Comenta

FederalICMS - Projeto Canal Verde Brasil-ID - Simplificação da fiscalização - Disci-plina . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 12

/a IOB Perguntas e RespostasIPICertidão negativa - Prazo de validade . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 13

Simples NacionalClassificação fiscal - NCM - Indicação obrigatória . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 13

ICMS/SEAntecipação do imposto com encerramento da fase de tributação - Merca-dorias destinadas à prestação de serviço . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 13Diferença de alíquotas - Aquisição com isenção do imposto . . . . . . . . . . . . 13Substituição tributária - Mercadoria a ser empregada como matéria-prima no processo industrial . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 14

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Dados Internacionais de Catalogação na Publicação (CIP) (Câmara Brasileira do Livro, SP, Brasil)

ICMS, IPI e outros : IPI : ressarcimento do imposto.... -- 12. ed. -- São Paulo : Sage - IOB, 2016. -- (Coleção manual de procedimentos)

ISBN 978-85-379-2742-7

1. Imposto sobre Produtos Industrializados - Brasil 2. Tributos - Brasil I. Série.

16-04153 CDU-34:336.223(81)

Índices para catálogo sistemático:

1. Brasil : Imposto sobre Produtos Industrializados : IPI : Direito tributário 34:336.223(81)

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Manual de ProcedimentosICMS - IPI e Outros

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26-01Boletim IOB - Manual de Procedimentos - Jun/2016 - Fascículo 26 SE

a Federal

IPI

Ressarcimento do imposto SUMÁRIO 1. Introdução 2. Direito ao ressarcimento 3. Pedido 4. Transferência 5. Competência 6. Pagamento 7. Procedimento especial

1. INTRODUÇÃOO procedimento para o ressarcimento de tributos admi-

nistrados pela Secretaria da Receita Federal do Brasil (RFB) está disciplinado pela Instrução Normativa RFB nº 1.300/2012.

Neste texto, examinaremos os deta-lhes para o ressarcimento de créditos do IPI, com fundamento na referida Instrução Normativa.

(Instrução Normativa RFB nº 1.300/2012)

2. DIREITO AO RESSARCIMENTOOs créditos do IPI, em conformidade

com o princípio da não cumulatividade, pode-rão ser utilizados pelos estabelecimentos me-diante o lançamento dos respectivos valores na escrita fiscal, para efeito de dedução dos débitos decorrentes das saídas de produtos tributados.

Os créditos que ao final do período de apuração rema-nescerem da dedução poderão ser mantidos na escrita fiscal do estabelecimento para posterior dedução de débi-tos do IPI, relativos a períodos subsequentes de apuração, ou ser transferidos para outro estabelecimento da pessoa jurídica, somente para dedução de débitos do IPI, caso se refiram a:

a) créditos presumidos do IPI, como ressarcimento das contribuições para o PIS-Pasep e da Cofins previstas nas Leis nºs 9.363/1996 e 10.276/2001;

b) créditos decorrentes de estímulos fiscais na área do IPI a que se refere o art. 1º da Portaria MF nº 134/1992;

c) créditos do IPI passíveis de transferência a filial ata-cadista nos termos do item 6 da Instrução Normati-va SRF nº 87/1989;

d) créditos presumidos do IPI de que tratam os in-cisos III a VIII do caput do art. 12 do Decreto nº 7.819/2012, apurados pelo estabelecimento matriz da pessoa jurídica habilitada ao Programa de In-centivo à Inovação Tecnológica e Adensamento da Cadeia Produtiva de Veículos Automotores (Inovar--Auto), nos termos do art. 15 do mesmo Decreto.

Se ao final de cada trimestre-calendário remanesce-rem créditos do IPI passíveis de ressarcimento, depois de efetuadas as deduções, o estabelecimento matriz da

pessoa jurídica poderá requerer o ressarcimento dos referidos créditos em nome do estabe-

lecimento que os apurou ou utilizá-los na compensação de débitos próprios

relativos a tributos administrados pela RFB.

(Lei nº 9.363/1996; Lei nº 10.276/2001; Decreto nº 7.819/2012, art. 12, III a VIII, e art. 15; Instrução Normativa SRF nº 87/1989, item 6; Instrução Normativa RFB nº

1.300/2012, art. 21, caput, §§ 1º e 2º; Portaria MF nº 134/1992, art. 1º)

2.1 Créditos passíveis de ressarcimento

Não obstante o contribuinte poder utilizar os créditos para dedução do imposto nos períodos subsequentes ou transferi-los para outro estabelecimento (matriz ou filial) nas hipóteses referidas nas letras “a” a “d” do item 2, para fins de ressarcimento somente serão passíveis:

a) os créditos relativos a entrada de matérias-primas (MP), produtos intermediários (PI) e material de em-balagem (ME) para industrialização, escriturados no trimestre-calendário;

b) os créditos presumidos mencionados na letra “a” do item 2, escriturados no trimestre-calendário, ex-cluídos os valores recebidos por transferência da matriz;

A retificação do

pedido de ressarcimento gerado a partir do programa PER/DCOMP, nas hipóteses

em que for admitida, deverá ser requerida pelo sujeito passivo

mediante apresentação à RFB de documento retificador gerado

a partir do referido programa

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26-02 SE Manual de Procedimentos - Jun/2016 - Fascículo 26 - Boletim IOB

Manual de Procedimentos

ICMS - IPI e Outros

c) o crédito presumido do IPI como ressarcimento das contribuições para o PIS-Pasep e da Cofins, previs-to no inciso IX do art. 1º da Lei nº 9.440/1997; e

d) os créditos presumidos do IPI de que tratam os in-cisos III a VIII do caput do art. 12 do Decreto nº 7.819/2012, nos termos do art. 15 do mesmo Decre-to (Inovar-Auto).

(Lei nº 9.363/1996; Lei nº 9.440/1997, art. 1º, IX; Lei nº 10.276/2001; Instrução Normativa RFB nº 1.300/2012, art. 21, § 3º)

2.2 VedaçãoÉ vedado o ressarcimento de crédito do trimestre-calen-

dário cujo valor possa ser alterado, total ou parcialmente, por decisão definitiva em processo judicial ou administrativo fiscal de determinação e exigência de crédito do IPI.

Ao requerer o ressarcimento, o representante legal da pessoa jurídica deverá prestar declaração, sob as penas da lei, de que a pessoa jurídica não se encontra nessa situação.

(Instrução Normativa RFB nº 1.300/2012, art. 25)

3. PEDIDO Cada pedido de ressarcimento deverá:

a) corresponder a um único trimestre-calendário; e b) ser efetuado pelo saldo credor passível de ressar-

cimento remanescente no trimestre-calendário, de-pois de efetuadas as deduções na escrituração fis-cal.

(Instrução Normativa RFB nº 1.300/2012, art. 21, § 7º)

3.1 PER/DCOMPO pedido de ressarcimento será efetuado pelo

estabelecimento matriz da pessoa jurídica mediante utilização do Programa Gerador do Pedido Eletrônico de Restituição, Ressarcimento ou Reembolso e Declaração de Compensação (PER/DCOMP).

Nota

Ato Declaratório Executivo Corec nº 3/2016 aprovou o Programa PER/DCOMP, versão 6.6.

Esse programa, de livre reprodução, está disponível na página da RFB (www.receita.fazenda.gov.br).

A pessoa jurídica deverá apresentar o PER/DCOMP com assinatura digital, inclusive, em relação ao pedido de cancelamento e à retificação desse programa, nas seguin-tes hipóteses:

a) declarações de compensação;b) pedidos de restituição, exceto para créditos decor-

rentes de pagamentos indevidos ou a maior, ou de contribuições previdenciárias; e

c) pedidos de ressarcimento.

(Instrução Normativa RFB nº 1.300/2012, art. 21, § 6º, e art. 110; Ato Declaratório Executivo Corec nº 3/2016)

3.2 RetificaçãoA retificação do pedido de ressarcimento gerado a

partir do Programa PER/DCOMP, nas hipóteses em que for admitida, deverá ser requerida pelo sujeito passivo mediante apresentação à RFB de documento retificador gerado a partir do referido programa.

A retificação do pedido de ressarcimento apresentado em formulário (papel), nas hipóteses em que for admitida, deverá ser requerida pelo sujeito passivo mediante a apre-sentação à RFB de formulário retificador, o qual será juntado ao processo administrativo de ressarcimento para posterior exame pela autoridade competente.

O pedido de ressarcimento somente poderá ser retificado pelo sujeito passivo caso se encontre pendente de decisão administrativa à data do envio do documento retificador.

(Instrução Normativa RFB nº 1.300/2012, arts. 87 e 88)

4. TRANSFERÊNCIAA transferência de créditos do IPI a que se refere o item

2 deverá ser efetuada mediante nota fiscal, emitida pelo estabelecimento que os apurou, exclusivamente para essa finalidade, em que deverá constar:

a) o valor dos créditos transferidos;b) o período de apuração a que se referem os crédi-

tos;c) a fundamentação legal da transferência dos crédi-

tos.(Instrução Normativa RFB nº 1.300/2012, art. 24, caput)

4.1 Escrituração

4.1.1 TransferênciaO estabelecimento que estiver transferindo os créditos

deverá escriturá-los no livro Registro de Apuração do IPI, a título de estorno de créditos, com a observação: “Créditos transferidos para o estabelecimento inscrito no CNPJ sob o nº........”.

Nota

O contribuinte obrigado à Escrituração Fiscal Digital (EFD), na forma do Ajuste Sinief nº 2/2009, deverá observar as orientações contidas no Ato Cotepe/ICMS nº 9/2008, que define as especificações técnicas do leiaute dos arquivos da EFD, e no Guia Prático EFD ICMS/IPI. Os lançamentos de estorno de créditos deverão ser efetuados, entre outros, nos registros E520 e E530 do bloco E da EFD.

(Ajuste Sinief nº 2/2009; Ato Cotepe/ICMS nº 9/2008; Instrução Nor-mativa RFB nº 1.300/2012, art. 24, § 1º; Guia Prático EFD ICMS/IPI)

4.1.2 RecebimentoO estabelecimento que estiver recebendo os créditos

por transferência deverá escriturá-los no livro Registro de Apuração do IPI, a título de outros créditos, com a observa-ção: “Créditos transferidos do estabelecimento inscrito no CNPJ sob o nº........”, indicando o número da nota fiscal que documenta a transferência.

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26-03Boletim IOB - Manual de Procedimentos - Jun/2016 - Fascículo 26 SE

ICMS - IPI e Outros

Manual de Procedimentos

Nota

Examinar “nota” sobre a EFD no subitem 4.1.1.

(Instrução Normativa RFB nº 1.300/2012, art. 24, § 2º)

4.2 Transferência por não contribuinteA transferência de créditos presumidos do IPI, como

ressarcimento das contribuições ao PIS-Pasep e da Cofins, por estabelecimento matriz não contribuinte do imposto será realizada mediante emissão de nota fiscal de entrada pelo estabelecimento industrial que estiver recebendo o crédito, devendo o estabelecimento matriz efetuar a escrituração em seu livro Diário.

(Instrução Normativa RFB nº 1.300/2012, art. 24, § 3º)

4.3 Estorno de créditoNo período de apuração em que for apresentado à RFB

o pedido de ressarcimento, o estabelecimento que escritu-rou referidos créditos deverá estornar, em sua escrituração fiscal, o valor do crédito solicitado.

Nota

Examinar “nota” sobre a EFD no subitem 4.1.1.

(Instrução Normativa RFB nº 1.300/2012, art. 23)

5. COMPETÊNCIAA decisão sobre o pedido de restituição de crédito

relativo a tributo administrado pela RFB, o pedido de res-sarcimento de créditos da contribuição para o PIS-Pasep, da Cofins, do Reintegra e o pedido de reembolso, caberá ao titular da Delegacia da Receita Federal do Brasil (DRF), da Delegacia Especial da Receita Federal do Brasil de Administração Tributária (Derat), da Delegacia Especial da Receita Federal do Brasil de Maiores Contribuintes no Rio de Janeiro (Demac/RJ) ou da Delegacia Especial da Receita Federal do Brasil de Instituições Financeiras (Deinf) que, à data do reconhecimento do direito creditó-rio, tenha jurisdição sobre o domicílio tributário do sujeito passivo.

A restituição, o reembolso ou o ressarcimento dos créditos, bem como a sua compensação de ofício com os débitos do sujeito passivo para com a Fazenda Nacional, caberão à DRF, à Derat, à Demac/RJ ou à Deinf que, à data da restituição, do reembolso, do ressarcimento ou da compensação, tenha jurisdição sobre o domicílio tributário do sujeito passivo.

(Instrução Normativa RFB nº 1.300/2012, art. 69)

5.1 Reconhecimento do créditoA autoridade da RFB competente para decidir sobre

o pedido de ressarcimento de créditos do IPI poderá condicionar o reconhecimento do direito creditório à apre-sentação de documentos comprobatórios desse direito, inclusive arquivos magnéticos, bem como determinar a realização de diligência fiscal nos estabelecimentos do sujeito passivo a fim de verificar, mediante exame de sua

escrituração contábil e fiscal, a exatidão das informações prestadas.

(Instrução Normativa RFB nº 1.300/2012, art. 76, caput)

5.2 IndeferimentoÉ facultado ao sujeito passivo no prazo de 30 dias

contados da data da ciência da decisão que indeferiu seu pedido de restituição, ressarcimento ou reembolso ou, ainda, da data da ciência do despacho que não homologou a compensação por ele efetuada, apresentar manifestação de inconformidade contra o indeferimento do pedido ou a não homologação da compensação.

(Instrução Normativa RFB nº 1.300/2012, art. 77, caput)

6. PAGAMENTOO ressarcimento de créditos do IPI será realizado pela

RFB exclusivamente mediante crédito em conta-corrente bancária ou de poupança de titularidade do beneficiário.

Ao pleitear o ressarcimento, o requerente deverá indicar o banco, a agência e o número da conta-corrente bancária ou de poupança de titularidade do sujeito passivo em que se pretende que seja efetuado o crédito.

Compete à instituição financeira que efetivar o ressarci-mento verificar a correspondência do número de inscrição do respectivo beneficiário no Cadastro de Pessoas Físicas (CPF) ou no Cadastro Nacional da Pessoa Jurídica (CNPJ), constante dos documentos de abertura da conta-corrente bancária ou de poupança, com o assinalado na correspon-dente autorização de crédito.

O descumprimento dessa norma caracteriza desvio de recursos públicos e obriga a instituição financeira responsável à entrega dos valores ao legítimo credor ou sua devolução ao Tesouro Nacional, acrescidos dos juros e das demais sanções cabíveis.

(Instrução Normativa RFB nº 1.300/2012, arts. 85 e 86)

6.1 Juros compensatóriosO crédito relativo a tributo administrado pela RFB, passí-

vel de restituição ou de reembolso, será restituído, reembol-sado ou compensado com o acréscimo de juros equivalentes à taxa referencial do Sistema Especial de Liquidação e de Custódia (Selic) para títulos federais, acumulados men-salmente, e de juros de 1% no mês em que a quantia for disponibilizada ao sujeito passivo.

No entanto, não incidirão juros compensatórios no res-sarcimento de créditos do IPI, bem como na compensação desses créditos, conforme o disposto no § 5º, I, do art. 83 da Instrução Normativa RFB nº 1.300/2012.

(Instrução Normativa RFB nº 1.300/2012, art. 83, caput, I, § 5º, I)

7. PROCEDIMENTO ESPECIAL A Portaria MF nº 348/2010 instituiu procedimento espe-

cial para ressarcimento de créditos de contribuições para o PIS-Pasep, da Cofins e do IPI.

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26-04 SE Manual de Procedimentos - Jun/2016 - Fascículo 26 - Boletim IOB

Manual de Procedimentos

ICMS - IPI e Outros

O procedimento de ressarcimento do IPI somente se aplica a créditos acumulados em cada trimestre-calendário, decorrente de aquisição de MP, PI e ME, aplicados na industrialização, inclusive de produto isento ou tributado à alíquota zero, que o contribuinte não puder compensar com o IPI devido na saída de outros produtos.

Não serão objetos de ressarcimento do IPI, devendo ser estornados os créditos originários de aquisição de MP, PI e ME, destinados à fabricação de produtos:

a) com notação “NT” na Tabela de Incidência do Im-posto sobre Produtos Industrializados (TIPI), apro-vada pelo Decreto nº 7.660/2011;

b) amparados por imunidade, exceto nos casos de ex-portação para o exterior; e

c) excluídos do conceito de industrialização na forma do art. 5º do Regulamento do IPI (RIPI), aprovado pelo Decreto nº 7.212/2010.

O procedimento especial não alcança pedidos de ressarcimento efetuados por pessoa jurídica com processo judicial ou com processo administrativo fiscal de determina-ção e exigência de crédito cuja decisão definitiva, judicial ou administrativa, possa alterar o valor a ser ressarcido.

A RFB deverá, no prazo máximo de 30 dias contados da data do pedido de ressarcimento dos créditos, efetuar o pagamento de 50% do valor pleiteado por pessoa jurídica que atenda, cumulativamente, às seguintes condições:

a) cumpra os requisitos de regularidade fiscal para o fornecimento de certidão negativa ou de certidão positiva, com efeitos de negativa, de débitos rela-tivos a tributos administrados pela RFB e à Dívida Ativa da União (DAU) administrada pela Procurado-ria-Geral da Fazenda Nacional (PGFN);

b) não tenha sido submetida a regime especial de fis-calização de que trata o art. 33 da Lei nº 9.430/1996 nos 36 meses anteriores à apresentação do pedido;

c) esteja obrigada a manter EFD;

Nota

A obrigatoriedade da EFD será verificada para cada estabelecimento detentor de crédito do IPI, nos ressarcimentos de créditos desse tributo.

d) tenha efetuado exportações em todos os 4 anos-ca-lendário anteriores ao pedido;

e) tenha auferido receita bruta decorrente de exporta-ções para o exterior nos 2º e 3º anos-calendário an-teriores ao do pedido, em valor igual ou superior a 30% de sua receita bruta total da venda de bens e serviços no mesmo período; e

f) não tenha havido indeferimentos de pedidos de ressarcimento ou não homologações de compen-sações relativos a créditos de contribuição para o PIS-Pasep, da Cofins e do IPI, totalizando valor su-perior a 15% do montante solicitado ou declarado, com análise concluída pela autoridade competente da RFB, ainda que o pedido se encontre pendente

de decisão definitiva na esfera administrativa nos 24 meses anteriores à apresentação do pedido.

Nota

O disposto no art. 2º da Portaria MF nº 348/2010 aplica-se aos pedidos de ressarcimento efetuados a contar de 22.05.2011, bem como àqueles com período de apuração compreendidos entre 1º.01.2009 e 31.03.2010 (Portaria MF nº 260/2011, art. 3º).

A apuração do requisito descrito na letra “e” será efe-tuada anualmente.

Entende-se por receita bruta de exportações a soma dos valores das mercadorias efetivamente exportadas, em reais, conforme informado nas respectivas declarações de exportação (DE) e declarações simplificadas de exporta-ção (DSE) registradas no âmbito do Sistema Integrado de Comércio Exterior (Siscomex), no período de 1º.01 a 31.12 de cada ano-calendário utilizado para o cálculo.

A apuração do requisito indicado na letra “f” independe da data de apresentação dos pedidos de ressarcimentos ou das declarações de compensação analisados nos últi-mos 24 meses e será calculada de forma unificada para o contribuinte.

A retificação do pedido de ressarcimento apresentada depois do efetivo ressarcimento de 50% do valor pleiteado somente produzirá efeitos depois de sua análise pela auto-ridade competente.

Para fins de pagamento a ser efetuado pela RFB, deve ser descontado do valor a ser ressarcido o montante utilizado em declarações de compensação apresentadas até a data da restituição, no que superar em 50% do valor pleiteado pela pessoa jurídica.

O procedimento especial de que trata este item foi disciplinado pela Instrução Normativa RFB nº 1.060/2010.

Para efeito de sua aplicação, o contribuinte deverá atender aos requisitos exigidos na data do pedido, man-tendo esta condição inalterada até a data do pagamento da antecipação.

A operacionalização da antecipação do ressarcimento será efetuada pela unidade da RFB a que compete o reconhe-cimento do direito ao ressarcimento do crédito.

Aplica-se, subsidiariamente, aos pedidos de ressarci-mento especial o disposto na Instrução Normativa RFB nº 1.300/2012 e nos demais dispositivos da legislação tribu-tária que disciplinam a matéria.

(RIPI - Decreto nº 7.212/2010; TIPI - Decreto nº 7.660/2011; Instrução Normativa RFB nº 1.300/2012; Instrução Normati-va RFB nº 1.060/2010; Portaria MF nº 348/2010; Portaria MF nº 594/2010; Portaria MF nº 260/2011)

N

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26-05Boletim IOB - Manual de Procedimentos - Jun/2016 - Fascículo 26 SE

ICMS - IPI e Outros

Manual de Procedimentos

a Estadual

ICMS

Substituição tributária - Pneumáticos novos, câmaras de ar e protetores de borracha para pneumáticos SUMÁRIO 1. Introdução 2. Inscrição do contribuinte substituto estabelecido em outra

Unidade da Federação 3. Responsabilidade pela retenção do imposto 4. Aplicação do regime da substituição tributária em

operações internas 5. Inaplicabilidade da substituição tributária interna 6. Cálculo do imposto 7. Modelo de Documento Auxiliar da Nota Fiscal Eletrônica

(Danfe) 8. Escrituração - Principais reflexos na EFD 9. Recolhimento do imposto 10. Remessa de listas à Gerência Regional de Fiscalização

de Estabelecimento (Gerfiest) 11. Guia Nacional de Informação e Apuração do ICMS -

Substituição Tributária (GIA-ST) 12. Consulta tributária 13. Infrações e penalidades

1. INTRODUÇÃO

Nos termos da Lei Complementar nº 87/1996, arts. 5º e 6º, o Estado, para consecução de seus fins, pode atribuir, de modo expresso, a terceiros, vinculados e com interesse no fato gerador do imposto a responsabilidade pelo cumprimento da obrigação tributária. Esse mecanismo constitui-se na figura da substituição tributária, excluindo a responsabilidade do contribuinte ou atribuindo a este um caráter supletivo do cumprimento, total ou parcial, da referida obrigação.

Examinaremos, neste procedimento, as hipóteses de aplicação do regime de substituição tributária nas opera-ções com pneumáticos novos, câmaras de ar e protetores de borracha para pneumáticos, classificados nos códigos 4011, 4012.90 e 4013 da Nomenclatura Brasileira de Mercadorias - Sistema Harmonizado (NBM/SH), com base no RICMS-SE/2002, aprovado pelo Decreto nº 21.400/2002.

2. INSCRIÇÃO DO CONTRIBUINTE SUBSTITUTO ESTABELECIDO EM OUTRA UNIDADE DA FEDERAÇÃO

O contribuinte substituto, definido em protocolos e convênios, que remeter mercadorias para contribuinte localizado no Estado de Sergipe deverá requerer sua ins-crição no Cadastro de Contribuintes do Estado de Sergipe (CACESE), via Internet.

Nesse caso, deverá remeter ao setor de cadastro do Centro de Atendimento ao Contribuinte (Ceac), com ende-reço na Av. Gentil Barbosa, nº 350, Bairro Getúlio Vargas, CEP 49055-260, Aracaju/SE, os seguintes documentos:

a) cópia legível e autenticada:

a.1) do documento constitutivo da empresa de-vidamente atualizado e, quando se tratar de sociedade por ações, também da ata da últi-ma assembleia de designação ou eleição da diretoria;

a.2) do Cadastro Nacional da Pessoa Jurídica (CNPJ) e do registro geral (RG) do represen-tante legal;

a.3) do documento de inscrição no Estado de ori-gem;

a.4) do instrumento público procuratório, com có-pia autenticada do Cadastro da Pessoa Física (CPF), RG e comprovante de domicílio do re-presentante legal, quando for o caso;

a.5) do registro ou autorização de funcionamento expedido por órgão competente pela regula-ção do respectivo setor de atividade econô-mica;

a.6) da Declaração de Imposto de Renda dos só-cios nos 3 últimos exercícios;

a.7) de outros documentos previstos em ato do Secretário de Estado da Fazenda;

b) comprovante de solicitação da inscrição, emitido depois do preenchimento dos dados da Ficha de Atualização Cadastral (FAC) por meio da Internet;

c) Certidão Negativa de Tributos Estaduais, fornecida pelo Estado de origem.

A solicitação poderá ser feita pelo próprio contribuinte ou por contabilista credenciado no Estado de Sergipe.

O número de inscrição concedida ao substituto deverá ser aposto em todo documento dirigido ao Estado de Sergipe, inclusive na Guia Nacional de Recolhimento de Tributos Estaduais (GNRE).

Na hipótese de o sujeito passivo por substituição tribu-tária não providenciar a sua inscrição, relativamente a cada operação, deverá efetuar o recolhimento do imposto devido ao Estado de Sergipe por ocasião da saída da mercadoria de seu estabelecimento, por meio da GNRE, devendo uma via acompanhar o transporte da mercadoria. Neste caso, deverá ser emitida uma GNRE distinta para cada um dos destinatários, constando, no campo “Informações Complementares”, o número da nota fiscal a que se refere o respectivo recolhimento.

(RICMS-SE/2002, arts. 161 e 162)

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26-06 SE Manual de Procedimentos - Jun/2016 - Fascículo 26 - Boletim IOB

Manual de Procedimentos

ICMS - IPI e Outros

3. RESPONSABILIDADE PELA RETENÇÃO DO IMPOSTOSão contribuintes substitutos o remetente, o indus-

trial ou o importador, localizados em outra Unidade da Federação (UF), em relação às operações que promoverem com pneumáticos, câmaras de ar e protetores de borracha, relacionados no RICMS-SE/2002, Anexo IX, Tabela I, item 20, destinados a contribuintes localizados no Estado de Sergipe.

É também contribuinte substituto o estabelecimento industrial, importador ou comercial, localizado neste Estado, em relação às saídas interestaduais dessas mercadorias, quando destinadas a todas as outras UF.

Aplica-se, desse modo, a responsabilidade pela retenção e pelo recolhimento do imposto, em relação ao diferencial de alíquotas, quando as mercadorias forem destinadas ao Ativo Imobilizado e ao uso ou ao consumo de contribuinte localizado em Sergipe.

(RICMS-SE/2002, art. 681, III, § 1º, I e IV)

4. APLICAÇÃO DO REGIME DA SUBSTITUIÇÃO TRIBUTÁRIA EM OPERAÇÕES INTERNASSão contribuintes substitutos, estabelecidos no Estado

de Sergipe, em relação às operações e prestações de ser-viços com pneumáticos novos, câmaras de ar e protetores de borracha para pneumáticos, o industrial e o importador em relação à saída dessas mercadorias, os quais ficam responsáveis pela retenção e pelo recolhimento do ICMS.

Quando o imposto por substituição não tiver sido retido e pago pelo remetente, caberá ao adquirente o seu recolhi-mento.

(RICMS-SE/2002, art. 682, I, § 1º)

5. INAPLICABILIDADE DA SUBSTITUIÇÃO TRIBUTÁRIA INTERNAO regime de substituição tributária, nas operações com

pneumáticos novos, câmaras de ar e protetores de borracha para pneumáticos, não se aplica:

a) às operações que destinem mercadoria a contri-buinte substituto da mesma mercadoria;

b) às transferências para outro estabelecimento, ex-ceto varejista, do sujeito passivo por substituição, hipótese em que a responsabilidade pela retenção e pelo recolhimento do imposto recairá sobre o es-tabelecimento que promover a saída subsequente da mercadoria com destino à empresa diversa;

c) às operações que destinem mercadoria para ser empregada como matéria-prima ou insumo no pro-cesso de industrialização;

d) às operações de remessa em que a mercadoria deva retornar ao estabelecimento remetente;

e) às operações que destinem mercadoria a consumi-dor final não contribuinte do ICMS.

Nessas hipóteses, a substituição tributária caberá ao estabelecimento destinatário que promover a saída da mer-cadoria para estabelecimento de pessoa diversa.

(RICMS-SE/2002, art. 680)

5.1 Hipóteses de não aplicação da substituição tributária nas operações interestaduaisNão se aplica a substituição tributária nas operações

interestaduais com:

a) mercadorias destinadas a sujeito passivo por subs-tituição relativamente à mesma espécie de merca-doria;

b) transferência entre estabelecimentos da empresa fabricante ou importadora, hipótese em que a res-ponsabilidade pelo pagamento do imposto retido recairá sobre o estabelecimento que realizar a ope-ração interestadual;

c) saídas destinadas à indústria fabricante de veículo;

d) remessas em que as mercadorias devam retornar ao estabelecimento remetente;

e) pneus e câmaras de bicicletas.(Convênio ICMS nº 85/1993, cláusula primeira, § 1º)

6. CÁLCULO DO IMPOSTO

6.1 Base de cálculoA base de cálculo do imposto, para fins de substituição

tributária, será o valor correspondente ao preço máximo de venda a varejo fixado pela autoridade competente ou, na falta deste, o sugerido ao público pelo estabelecimento industrial.

Caso inexistam esses preços, a base de cálculo será o valor da operação acrescido do valor de qualquer encargo transferível ou cobrado do destinatário, adicionado, ainda, do valor resultante da aplicação da margem de valor agre-gado (MVA), a seguir indicada:

a) pneus, dos tipos utilizados em automóveis de pas-sageiros (incluídos os veículos de uso misto - ca-minhonetas e os automovéis de corrida), classifica-dos na posição 40.11 da Nomenclatura Comum do Mercosul - Sistema Harmonizado (NCM/SH), cuja alíquota de origem seja:

a.1) 4%, MVA 66,24%;

a.2) 7%, MVA 61,05%;

a.3) 12%, MVA 52,39%;

a.4) 18%, MVA 42%;

b) pneus, dos tipos utilizados em caminhões (inclusive para os de fora de estrada), ônibus, aviões, máqui-nas de terraplenagem, de construção e conserva-ção de estradas, máquinas e tratores agrícolas e pás-carregadeiras, classificados na posição 40.11 da NCM/SE, cuja alíquota de origem seja:

b.1) 4%, MVA 54,54%;

Page 9: IOB - ICMS/IPI - Sergipe - nº26/2016 - 5ª Sem Junho

26-07Boletim IOB - Manual de Procedimentos - Jun/2016 - Fascículo 26 SE

ICMS - IPI e Outros

Manual de Procedimentos

b.2) 7%, MVA 49,71%;

b.3) 12%, MVA 41,66%;

b.4) 18%, MVA 32%;

c) pneus para motocicletas, classificados na posição 40.11 da NCM/SH, cuja alíquota na origem seja:

c.1) 4%, MVA 87,32%;

c.2) 7%, MVA 81,46%;

c.3) 12%, MVA 71,71%;

c.4) 18%, MVA 60%;

d) outros tipos de pneus, classificados na posição 40.11 da NCM/SH, cuja alíquota na origem seja:

d.1) 4%, MVA 69,76%;

d.2) 7%, MVA 64,45%;

d.3) 12%, MVA 55,61%;

d.4) 18%, MVA 45%;

e) protetores e câmaras de ar, classificados na posi-ção 40.13 e na subposição 4012.90 da NCM/SH, cuja alíquota na origem seja:

e.1) 4%, MVA 69,76%;

e.2) 7%, MVA 64,,45%;

e.3) 12%, MVA 55,61%;

e.4) 18%, MVA 45%.

6.2 Base de cálculo na importação

Nas operações de importação, a base de cálculo é o valor desta somado com o Imposto de Importação (II), o Imposto sobre Produtos Industrializados (IPI), o Imposto sobre Operação de Câmbio, quaisquer outros impostos, taxas, contribuições e despesas aduaneiras (relativos ao adicional de frete para renovação da marinha mercante, armazenagem, capatazia, estiva, arqueação), multas por infrações e, ainda, frete e seguro debitados ao adquirente, acrescida da MVA de 40%.

(RICMS-SE/2002, art. 684, IV)

6.3 Base de cálculo nas saídas destinadas ao Ativo Imobilizado e ao uso ou consumo no estabelecimento do contribuinte

Em relação às operações para Ativo Imobilizado e ao uso ou consumo no estabelecimento do contribuinte, a base de cálculo é o valor da operação e da prestação do serviço utilizado para a cobrança do imposto na origem, e, na sua ausência, será tomado como parâmetro o valor constante nos respectivos documentos fiscais.

(RICMS-SE/2002, art. 684, V)

6.4 Não retenção do ICMS pelo fornecedor

O valor do imposto devido por substituição tributária ou por antecipação tributária, cobrado em função da não reten-ção pelo fornecedor, será apurado mediante a aplicação

da alíquota prevista para as operações internas sobre a base de cálculo definida no subtópico 6.1, deduzindo-se o valor do ICMS destacado na nota fiscal de aquisição e no documento fiscal relativo ao serviço de transporte, quando este for de responsabilidade do adquirente, observado o limite de crédito.

(RICMS-SE/2002, art. 688)

6.5 Alíquota do ICMSNo Estado de Sergipe, a alíquota do imposto, para as

operações internas com pneumáticos novos, câmaras de ar e protetores de borracha para pneumáticos, é de 18%.

Já no cálculo do imposto retido, para as operações interestaduais, deverá ser observada a alíquota interna da mercadoria no Estado destinatário.

(RICMS-SE/2002, art. 40, I)

6.6 Cálculo do ICMS retidoPara o cálculo do imposto retido, o contribuinte subs-

tituto (responsável pela retenção) deverá aplicar a alíquota do ICMS (subtópico 6.5) sobre o valor da base de cálculo do imposto retido (subtópico 6.1) e subtrair deste o imposto devido sobre sua própria operação.

Dessa forma, o valor do imposto retido corresponderá à diferença entre o calculado, conforme o subtópico 6.1, e aquele devido pela própria operação do contribuinte subs-tituto.

(Convênio ICMS nº 85/1993, cláusula quinta)

6.7 Exemplo de cálculoApresentamos, a seguir, exemplo de cálculo em uma

operação interna com pneumáticos, no caso de haver subs-tituição tributária na saída. Os dados do IPI são fictícios.

EXEMPLO

Exemplo de cálculo de substituição tributária - Operação interna

Base de cálculo do ICMS da operação própria R$ 2.000,00

ICMS da operação própria (R$ 2.000,00 x 18%) R$ 360,00

Base de cálculo ICMS da substituição tributária [preço da mercadoria (R$ 2.000,00) + IPI (alíquota 15% = R$ 300,00) + margem de lucro (42% = R$ 966,00)]

R$ 3.266,00

Valor do ICMS-ST = ICMS-ST - ICMS da operação pró-pria, em que:ICMS-ST (R$ 3.266,00 x 18% = R$ 587,88) - ICMS da operação própria (R$ 360,00)

R$ 227,88

Valor total da nota fiscal (valor dos produtos + IPI + ICMS-ST) R$ 2.527,88

7. MODELO DE DOCUMENTO AUXILIAR DA NOTA FISCAL ELETRÔNICA (DANFE)Apresentamos, a seguir, modelo do Danfe de Nota Fis-

cal Eletrônica (NF-e) em uma operação interna com pneus. Trata-se de venda de mercadoria adquirida com ICMS retido na fonte; portanto, nesta operação, não há destaque do imposto. Esclarecemos que o exemplo é apenas ilustra-tivo. Os dados são fictícios.

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26-08 SE Manual de Procedimentos - Jun/2016 - Fascículo 26 - Boletim IOB

Manual de Procedimentos

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MODELO DE DANFE

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26-09Boletim IOB - Manual de Procedimentos - Jun/2016 - Fascículo 26 SE

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8. ESCRITURAÇÃO - PRINCIPAIS REFLEXOS NA EFD

Ao contribuinte que estiver obrigado à apresentação da Escrituração Fiscal Digital (EFD), para o lançamento fiscal da NF-e apresentada no tópico anterior, a título exemplificativo, apresentamos, a seguir, o preenchimento dos principais registros/campos.

Salientamos que, para a efetiva geração da EFD, outros registros deverão ser apresentados, devendo o contribuinte observar as disposições do Ato Cotepe/ICMS nº 9/2008 e posteriores alterações, bem como o Guia Prático da Escrituração Fiscal Digital - EFD-ICMS/IPI.

8.1 Registro C100Este registro destina-se ao lançamento dos totais de

valores apresentados na nota fiscal. Para a NF-e exempli-ficada no tópico 8, teríamos o preenchimento da seguinte forma:

Registro C100

Nº Campo Valor Obrigatoriedade

1 REG C100 O

2 IND_OPER 1 O

3 IND_EMIT 0 O

4 COD_PART *Código interno do declarante O

5 COD_MOD 55 O

6 COD_SIT 00 O

7 SER 1 OC

8 NUM_DOC 300 O

9 CHV_NFE 28160535105753000146550010000003001710760067 O

10 DT_DOC 110520XX O

11 DT_E_S 110520XX O

12 VL_DOC 1000,00 O

13 IND_PGTO 0 O

14 VL_DESC OC

15 VL_ABAT_NT OC

16 VL_MERC 1000,00 OC

17 IND_FRT 9 O

18 VL_FRT OC

19 VL_SEG OC

20 VL_OUT_DA OC

21 VL_BC_ICMS OC

22 VL_ICMS OC

23 VL_BC_ICMS_ST OC

24 VL_ICMS_ST OC

25 VL_IPI OC

26 VL_PIS OC

27 VL_COFINS OC

28 VL_PIS_ST OC

29 VL_COFINS_ST OC

Nota

Considerando que os valores referentes ao PIS e à Cofins dependem do tipo de apuração adotada pelo contribuinte, optamos, preventivamente, por não apresentá-los nesta matéria.

A representação deste registro no arquivo TXT da EFD, considerando as informações deste exemplo, será:

|C100|1|0|*Código interno do declarante|55|00|300|28160535105753000146550010000003001710760067|110520XX|110520XX|1000,00|0|||1000,00|9|||||||||||||

8.2 Registro C110Este registro destina-se ao lançamento da informação

apresentada no campo “Informações Complementares” na nota fiscal. Para a NF-e exemplificada, teríamos o preenchi-mento da seguinte forma:

Registro C110

Nº Campo Valor Obrigatoriedade

1 REG C110 O

2 COD_INF *Código interno declarante O

3 TXT_COMPL

Mercadoria não sujeita ao im-posto. ICMS retido na fonte. RI-CMS-SE/2002. RICMS-SE/2002, art. 774 - Decreto nº 21.400/2002

OC

A representação deste registro no arquivo TXT da EFD, considerando as informações deste exemplo, será:

|C110|*Código interno declarante|Mercadoria não sujeita ao imposto. ICMS retido na fonte. RICMS-SE/2002. RICMS-SE/2002, art. 774 - Decreto nº 21.400/2002|

8.3 Registro C190Este registro tem por objetivo representar a escritura-

ção dos documentos fiscais totalizados por CST, CFOP e alíquota de ICMS. Para o exemplo em questão, teríamos o seguinte preenchimento:

Registro C190

Nº Campo Valor Obrigatoriedade

1 REG C190 O

2 CST_ICMS 060 O

3 CFOP 5405 O

4 ALIQ_ICMS OC

5 VL_OPR 1000,00 O

6 VL_BC_ICMS O

7 VL_ICMS O

8 VL_BC_ICMS_ST O

9 VL_ICMS_ST O

10 VL_RED_BC O

11 VL_IPI O

12 COD_OBS *Código interno declarante OC

A representação deste registro no arquivo TXT da EFD, considerando as informações deste exemplo, será:

|C190|060|5405|0,00|1000,00|0,00|0,00|||||||*Código interno declarante|

9. RECOLHIMENTO DO IMPOSTOO contribuinte substituto efetuará o recolhimento do

imposto retido apurado, independentemente do resultado da apuração relativa às suas próprias operações.

O imposto devido por substituição tributária deverá ser recolhido até o dia 9 do período seguinte ao da apuração, por meio do Documento de Arrecadação Estadual (DAE)

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26-10 SE Manual de Procedimentos - Jun/2016 - Fascículo 26 - Boletim IOB

Manual de Procedimentos

ICMS - IPI e Outros

ou da GNRE, conforme se trate de operação interna ou interestadual.

Será utilizada GNRE distinta para cada hipótese de substituição tributária disciplinada em convênio ou proto-colo específico.

(RICMS-SE/2002, arts. 99 e 689, I e II, e art. 773; Portaria Sefaz nº 1.116/2000)

10. REMESSA DE LISTAS À GERÊNCIA REGIONAL DE FISCALIZAÇÃO DE ESTABELECIMENTO (GERFIEST)O contribuinte industrial deve remeter à Gerfiest da

Secretaria de Estado da Fazenda de Sergipe (Sefaz/SE) - Regional Leste listas atualizadas dos preços máximos de venda a consumidor por ele fixado, se for o caso, em meio magnético ou eletrônico.

O contribuinte substituto, quando do recolhimento do imposto retido, deverá apresentar listagem contendo, no mínimo, as seguintes indicações:

a) o nome, o endereço, o CEP, o número de inscrição no CACESE e no CNPJ dos estabelecimentos reme-tente e destinatário dos respectivos produtos;

b) o número, a série e a data de emissão da respectiva nota fiscal;

c) o valor total das mercadorias, da operação ou da prestação do serviço;

d) os valores do IPI e do ICMS relativos à operação;e) o valor total das despesas acessórias (fretes, carre-

tos, seguros, impostos e outros encargos transferí-veis ou cobrados ao destinatário);

f) o valor da base de cálculo do imposto retido;g) o valor do imposto retido.(RICMS-SE/2002, art. 682, § 2º)

11. GUIA NACIONAL DE INFORMAÇÃO E APURAÇÃO DO ICMS - SUBSTITUIÇÃO TRIBUTÁRIA (GIA-ST)O estabelecimento localizado em outra UF que efetuar

a retenção do ICMS remeterá, mensalmente, à Gerência Regional de Fiscalização de Trânsito (Gerfitran) da Sefaz/SE, até o dia 10 do mês subsequente ao da apuração do imposto, a Guia Nacional de Informação e Apuração do ICMS - Substituição Tributária (GIA-ST), em relação às ope-rações que realizar com contribuinte deste Estado.

(RICMS-SE/2002, art. 343, § 7º, art. 769, II)

12. CONSULTA TRIBUTÁRIACaso o contribuinte tenha dúvida sobre questões tribu-

tárias, terá o direito de efetuar consulta à Sefaz/SE, ainda que por meio eletrônico.

O órgão competente para apreciar e responder à con-sulta é a Gerência Geral de Tributação Estadual (Gertrib) da Superintendência Geral de Gestão Tributária e Não Tributária (Supergest).

A consulta deve ser apresentada:a) na capital, no Protocolo Geral da Sefaz ou no Centro

de Atendimento ao Contribuinte;b) no interior, na repartição fazendária local em que

haja serviço de protocolo.

A resposta à consulta deve ser emitida no prazo de até 45 dias, contados da data da distribuição ao consultor, podendo ser prorrogado a critério da gerência de tributação.

(RPAF-SE/2014, arts. 137 a 140)

13. INFRAÇÕES E PENALIDADESApresentamos, a seguir, um quadro prático contendo algu-

mas penalidades aplicáveis relacionadas à falta de recolhimento do imposto, ao documento fiscal e às obrigações acessórias.

INFRAÇÕES E PENALIDADES

Infração Penalidade Fundamento legal

Deixar de pagar o imposto, no todo ou em parte, na forma e nos prazos re-gulamentares 50% do imposto devido RICMS-SE/2002, art.

831, I, “c”

Deixar de pagar o imposto, no todo ou em parte, na forma e nos prazos re-gulamentares, quando as operações ou as prestações e o valor a recolher estiverem regularmente escriturados nos livros fiscais ou respectivos mapas

25% do imposto devido RICMS-SE/2002, art. 831, I, “d”

Deixar de recolher, no todo ou em parte, o imposto de responsabilidade do contribuinte substituto que o houver retido 2 vezes o valor do imposto retido e não recolhido RICMS-SE/2002, art.

831, I, “e”

Deixar de reter o imposto nas hipóteses de substituição tributária previstas na legislação 50% do imposto não retido RICMS-SE/2002, art.

831, I, “f”

Emitir ou utilizar documento fiscal que não corresponda efetivamente à opera-ção praticada pelo emitente ou utilizar documento fiscal emitido após cance-lamento ou baixa da inscrição no CACESE

2 vezes o valor do imposto RICMS-SE/2002, art. 831, I, “j”

Entregar, remeter, transportar, receber, estocar ou depositar mercadoria, bem como prestar ou utilizar serviço, sem documentação fiscal ou sendo esta inidônea 50% do valor da operação ou da prestação RICMS-SE/2002, art.

831, III, “a”

Deixar de emitir documento fiscal 20% do valor da operação ou da prestação RICMS-SE/2002, art. 831, III, “b”

Emitir documento fiscal que não seja o legalmente exigido para a operação ou para a prestação

1 vez o valor da Unidade Fiscal Padrão do Estado de Sergipe (UFP/SE), por documento

RICMS-SE/2002, art. 831, III, “c”

Emitir documento fiscal com preço de mercadoria ou de serviço acentuada-mente inferior ao que alcançaria, na mesma época, mercadoria ou serviço si-milar no mercado do domicílio do emitente, sem motivo devidamente justificado

1 vez o valor do imposto devido RICMS-SE/2002, art. 831, III, “e”

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26-11Boletim IOB - Manual de Procedimentos - Jun/2016 - Fascículo 26 SE

ICMS - IPI e Outros

Manual de Procedimentos

Infração Penalidade Fundamento legal

Promover saída de mercadoria ou prestar serviço com documento fiscal já utilizado em operação ou em prestação anterior 50% do valor da operação ou prestação RICMS-SE/2002, art.

831, III, “f”

Deixar de escriturar, no livro fiscal próprio para registro de entrada (ou recebi-mento de serviço), documento fiscal relativo à operação ou à prestação

10 vezes o valor da UFP/SE, por documento, ficando a penalidade reduzida a 2 vezes o valor da UFP/SE, tam-

bém por documento, se, não tendo havido o registro fiscal, ficar comprovado que houve o registro contábil

RICMS-SE/2002, art. 831, III, “g”

Deixar de escriturar documento fiscal no livro próprio para registro de saídas dentro do período de apuração do imposto

10 vezes o valor da UFP/SE, por documento, na hipóte-se de operação ou de prestação isenta ou não tributa-da, ou multa equivalente a 20% do valor da operação ou da prestação, sem prejuízo da cobrança do impos-to, na hipótese de operação ou de prestação tributada

RICMS-SE/2002, art. 831, III, “i”

Emitir documento fiscal com destaque do imposto em operação ou em pres-tação isenta ou não tributada, ou naquela em que seja vedado o destaque do imposto

15% do valor da operação RICMS-SE/2002, art. 831, IV, “a”

Fornecer ou utilizar documento fiscal inidôneo 100 vezes o valor da UFP/SE, por documento RICMS-SE/2002, art. 831, IV, “b”

Atrasar a escrituração de livro fiscal, exceto o de Registro de Inventário, após o prazo estabelecido para apresentá-lo 10 vezes o valor da UFP/SE, por período de apuração RICMS-SE/2002, art.

831, V, “a”

Deixar de exibir ou de entregar à autoridade competente, nos prazos estabe-lecidos, livro fiscal, programas ou arquivos eletrônicos ou digitais, armazena-dos em meio magnético ou em qualquer outro meio

20 vezes o valor da UFP/SE, por livro, programa ou arquivo

RICMS-SE/2002, art. 831, V, “g”

N

ESTADUAL

Farmacêutico - ICMS - Isenção concedida aos produtos do Programa Farmácia Popular do Brasil

O Governo federal criou o Programa Farmácia Popular do Brasil em 2004 para ampliar o acesso aos medicamentos essenciais. Por meio das unidades próprias, esses produtos são dispensados a preço de custo ao cidadão.

O Estado de Sergipe, buscando incentivar o Programa do Governo federal, concede isenção do ICMS às saídas internas destinadas à pessoa física, consumidora final de produtos farmacêuticos e de fraldas geriátricas promovidas pelas farmácias que fazem parte do Programa Popular do Brasil.

Esse benefício está condicionado:a) à entrega do produto ao consumidor pelo valor de

ressarcimento à Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz), correspondente ao custo de produção ou aquisi-ção, distribuição e dispensação;

b) a que a parcela relativa à receita bruta decorren-te das operações esteja desonerada das contribui-ções para os Programas de Integração Social e de Formação do Patrimônio do Servidor Público (PIS--Pasep) e da Contribuição para o Financiamento da Seguridade Social (Cofins).

As farmácias integrantes do Programa Popular do Brasil que comercializarem exclusivamente os produtos anteriormente mencionados:

a) devem ser inscritas no Cadastro de Contribuintes do Estado de Sergipe (CACESE);

b) ser usuárias do Equipamento Emissor de Cupom Fiscal (ECF) do Sistema de Autenticação e Trans-missão de Cupom Fiscal Eletrônico (SAT-CT-e) ou da Nota Fiscal de Consumidor Eletrônica (NFC-e);

c) arquivar, em ordem cronológica, pelo prazo deca-dencial previsto na legislação (5 anos), os docu-mentos fiscais de compras, por estabelecimento fornecedor e de vendas;

d) ficam dispensadas da escrituração dos livros Re-gistro de Saídas, modelo 2 ou 2-A, Registro de Apu-ração do ICMS, modelo 9, e das demais obrigações acessórias.

As farmácias integrantes do Programa de Farmácia Popular que comercializam exclusivamente produtos tratados neste texto devem escriturar normalmente o livro Registro de Utilização de Documentos Fiscais e Termos de Ocorrências, modelo 6, bem como deve ser apresentado o referido livro, sempre que devidamente notificado, à autori-dade fiscal.

Na devolução de bens ou mercadorias pela farmácia integrante do Programa à Fiocruz, a nota fiscal da operação pode ser emitida pelo destinatário, devendo o respectivo Documento Auxiliar da Nota Fiscal Eletrônica (Danfe) acom-panhar o trânsito dos bens ou mercadorias.

A Fiocruz disponibilizará pela Internet a relação de farmácias que fazem parte do mencionado Programa.

(RICMS-SE/2002, art. 8º, Anexo I, item 77)

N

a IOB Setorial

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26-12 SE Manual de Procedimentos - Jun/2016 - Fascículo 26 - Boletim IOB

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FEDERAL

ICMS - Projeto Canal Verde Brasil-ID - Simplificação da fiscalização - Disciplina

Os Estados da Bahia, Maranhão, Mato Grosso, Minas Gerais, Rio Grande do Sul e Sergipe são os signatários do Protocolo ICMS nº 51/2015, que dispõe sobre a simplifica-ção dos procedimentos de fiscalização nos postos fiscais de controle de mercadorias em trânsito, relacionados às empresas de transporte e veículos de cargas, participantes do Projeto Canal Verde Brasil-ID.

Considerando, entre outros fatores, o disposto no Convênio ICMS nº 77/1997, que trata do compartilhamento de postos fiscais de divisa interestadual e da necessidade de assegurar maior eficiência e celeridade às atividades de verificação de documentos fiscais e de conferência de mercadorias transportadas por via rodoviária, os menciona-dos Estados ajustaram regras de cooperação mútua para atuar de forma harmônica e integrada na fiscalização de mercadorias em trânsito de seus respectivos territórios, bem como no que se refere aos procedimentos de fiscalização nos postos fiscais de percurso onde transitam os veículos de carga de empresas de transporte com termo de acordo (TA) ou regime especial (RE) participantes do Projeto Canal Verde - Brasil-ID.

As empresas de transporte interessadas em participar desse projeto devem firmar TA ou RE com a Unidade da Federação (UF) de destino e termo de anuência com as UF que possuam postos de fiscalização de mercadorias em trânsito nas localidades de carregamento e percurso da carga.

O objetivo do projeto é possibilitar o desenvolvimento conjunto de novos modelos de fiscalização de trânsito de mercadorias adequados à nova realidade dos documen-tos fiscais eletrônicos (DF-e) e, ao mesmo tempo, reduzir o tempo de deslocamento dos veículos de carga, com a adoção de um novo conceito de inspeção de veículo em movimento, a partir do monitoramento dos DF-e transpor-tados e rastreamento dos veículos de carga, na saída da unidade de carregamento, no percurso e descarregamento.

Os veículos das empresas transportadoras inte-grantes do projeto terão atendimento mais célere nos postos fiscais dos Estados signatários, quando estes estiverem em trânsito em seus respectivos territórios, devendo os mesmos adentrar nas unidades fiscais para o procedimento de leitura da etiqueta de rádio frequência, que identifica a placa do veículo, da apresentação do Documento Auxiliar do Manifesto de Documentos Fiscais Eletrônicos (DAMDFE), de cópia do TA ou do RE e dos termos de anuência assinados com as Secretarias da Fazenda envolvidas, assim como para outras ações julga-das necessárias.

Não poderão participar do projeto cargas transpor-tadas com previsão de carregamento/descarregamento durante o percurso entre a UF de origem e destino final das mercadorias.

Os veículos participantes do Canal Verde devem possuir adesivos fornecidos pela Secretaria da Fazenda de destino, apostos nos para-brisas e na porta lateral direita, sendo também obrigatório o registro no Manifesto Eletrônico de Documentos Fiscais (MDF-e) de que se trata de mercadoria transportada através do Projeto Canal Verde Brasil-ID.

Na hipótese de existência de alguma não conformidade ou em caso de suspeita de irregularidade, a carga passa a ter o tratamento usual de controle fiscal adotado para todas as demais cargas.

A UF de destino poderá cancelar a qualquer tempo o TA ou o RE, excluindo o transportador do projeto, tornando o contribuinte sujeito ao controle normal de fiscalização de mercadorias em trânsito.

As UF de carregamento e/ou percurso poderão can-celar o TA a qualquer tempo, excluindo o transportador do projeto, tornando o contribuinte sujeito ao controle normal em seu território, independente da permanência do bene-fício nas demais UF envolvidas.

(Convênio ICMS nº 77/1997; Protocolo ICMS nº 51/2015)

N

a IOB Comenta

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26-13Boletim IOB - Manual de Procedimentos - Jun/2016 - Fascículo 26 SE

ICMS - IPI e Outros

Manual de Procedimentos

IPICertidão negativa - Prazo de validade

1) Qual é o prazo de validade da certidão negativa de débitos de tributos e contribuições federais?

O prazo de validade da certidão é de 180 dias, conta-dos da data de sua emissão.

(Portaria Conjunta PGFN/RFB nº 1.751/2014, art. 10)

SIMPLES NACIONALClassificação fiscal - NCM - Indicação obrigatória

2) Há obrigatoriedade de indicação da classificação fiscal de acordo com a Nomenclatura Comum do Mercosul (NCM), nas notas fiscais emitidas por empresas enquadra-das no Simples Nacional?

As obrigações acessórias das empresas optantes pelo Simples Nacional, de que trata a Lei Complementar nº 123/2006, estão disciplinadas pela Resolução CGSN nº 94/2011.

O art. 63 dessa Resolução dispõe que os livros e os documentos fiscais nela previstos serão emitidos e escritu-rados nos termos da legislação do ente tributante da cir-cunscrição do contribuinte, observando-se o disposto nos Convênios e Ajustes Sinief de que tratam a matéria, espe-cialmente no Convênio Sinief s/nº, de 1970, no Convênio Sinief nº 6/1989 e no Ajuste Sinief nº 7/2005 - Nota Fiscal Eletrônica (NF-e).

Nesse sentido, o Ajuste Sinief nº 11/2009 alterou a alínea “c” do inciso IV do art. 19 do Convênio s/nº, de 15.09.1970, estabelecendo, entre os requisitos obrigatórios na emissão da nota fiscal, a indicação do código da Nomenclatura Comum do Mercosul - Sistema Harmonizado (NCM/SH), nas operações realizadas por estabelecimento industrial ou a ele equiparado, nos termos da legislação federal, e nas operações de comércio exterior.

O inciso V da cláusula terceira do Ajuste Sinief nº 7/2005 dispõe que a identificação das mercadorias comer-cializadas com a utilização da NF-e deverá conter o seu correspondente código, estabelecido na NCM:

a) nas operações:

a.1) realizadas por estabelecimento industrial ou a ele equiparado, nos termos da legislação fe-deral;

a.2) de comércio exterior;

b) nos demais casos:

b.1) desde 1º.07.2014, para NF-e, modelo 55;

b.2) desde 1º.01.2015, para NF-e, modelo 65.

O item 3 da Nota Técnica (NT) nº 4/2014, versão 1.10, citando o Ajuste Sinief nº 22/2013, esclarece que a identificação das mercadorias na NF-e deverá conter o seu correspondente código estabelecido na NCM completo, não sendo mais aceita a possibilidade de informar apenas o capítulo (2 dígitos).

Esclarece, ainda, que:

a) caso o item da NF-e se refira a serviço tributado pelo Imposto sobre Serviços (ISS) ou a NF-e seja de ajuste, neste campo deverá ser informado o código “00” (2 zeros);

b) em caso de NF-e complementar que se refira a um dos casos referidos na letra “a”, também poderá ser informado o código “00” neste campo; e

c) se o item da NF-e se referir a mercadoria ou outra operação que não possa ser classificada segundo a tabela da NCM, seguidas as normas do Ministério do Desenvolvimento, Indústria e Comércio Exterior (MDIC), este campo deverá ser preenchido com o código “00000000” (8 zeros).

(Lei Complementar nº 123/2006, art. 18-A; Convênio Sinief s/nº, de 1970, art. 19, IV, “c”, § 27; Ajuste Sinief nº 7/2005; Ajuste Sinief nº 11/2009; Ajuste Sinief nº 22/2013; Resolução CGSN nº 94/2011, art. 63; Nota Técnica nº 4/2014, versão 1.10; Manual de Orientação do Contri-buinte - NF-e, versão 6.0, Anexo I, item 104)

ICMS/SEAntecipação do imposto com encerramento da fase de

tributação - Mercadorias destinadas à prestação de serviço

3) A antecipação do imposto com encerramento da fase de tributação será aplicada nos casos de operação com mer-cadorias destinadas à prestação de serviço?

Não. A antecipação do imposto com encerramento da fase de tributação não se aplica nos casos de operação com mercadorias destinadas à prestação de serviço, desde que tenha sido destacado na nota fiscal o imposto corres-pondente à alíquota interna no Estado de origem.

(RICMS-SE/2002, art. 781, § 2º)

Diferença de alíquotas - Aquisição com isenção do imposto

4) Quando o contribuinte adquirir de outra Unidade da Federação mercadoria para Ativo Imobilizado ou uso ou con-sumo, com isenção do imposto, estará obrigado ao paga-mento da diferença de alíquotas?

É devido o imposto correspondente à diferença de alí-quotas, mesmo quando as mercadorias ou bens, adquiridos em outra Unidade da Federação, estiverem amparados por isenção ou qualquer outro benefício fiscal, sem que neste Estado receba idêntico tratamento.

(RICMS-SE/2002, art. 536)

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26-14 SE Manual de Procedimentos - Jun/2016 - Fascículo 26 - Boletim IOB

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Substituição tributária - Mercadoria a ser empregada como matéria-prima no processo industrial

5) A substituição tributária aplica-se à mercadoria destinada a emprego como matéria-prima no processo industrial?

Não. A substituição tributária não se aplica às operações que destinem mercadoria para ser empregada como matéria--prima ou insumo no processo de industrialização.

(RICMS-SE/2002, art. 680, III)


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