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INTRODUO QUMICA FARMACUTICAGnese de frmacosDISCIPLINA: QUMICA FARMACUTICA PROFESSORA: POLLYANNA LVARO SPSITO
Qumica farmacutica ou medicinal
Segundo a IUPAC a Qumica Farmacutica atua no: planejamento, descoberta, inveno, identificao e preparao de compostos biologicamente ativos (prottipos); estudo do metabolismo, interpretao do mecanismo de ao a nvel molecular e construo das relaes entre a estrutura qumica e a atividade farmacolgica (SAR);
Qumica Medicina Biologia Farmacologia Informtica QUMICA FARMACUTICA Farmacotcnica Descoberta de novos agentes teraputicos
Objetivo
Planejamento de novos agentes teraputicos
Frmaco Preveno, tratamento e cura de doenas
Por que temos necessidade de descobrir novos frmacos?
Para aperfeioar o tratamento de doenas existentes; Para tratamento de doenas recm-identificadas; Para combater resistncia ao frmaco; Para produzir frmacos mais seguros: Reduo ou eliminao dos efeitos colaterais indesejados.
Evoluo histrica - Desenvolvimento de novos frmacos Primeiras drogas de origem natural (cura de doenas e venenos);
Planta Chang shang (malria) alcalides (febrifugina);
Fontes antigas Doutrina da assinatura (Paracelso 1493-1541) - Indicao do agente teraputico por meio de um sinal. Talos de heptica doenas hepticas; Flor de vernica doenas oculares; Aafro ictercia; Razes vermiformes vermes;
Evoluo histrica - Desenvolvimento de novos frmacos
Observaes casuais: Razes de ruibarbo ao purgativa; Fgado de peixe cegueira noturna; Razes de ipeca (disenteria e diarria) emetina; Casca da quina (malria) alcalides (quinina);
Folhas da coca (estimulante e euforizante) anestsico local cocana;
Evoluo histrica - Desenvolvimento de novos frmacosContribuies para Qumica Farmacutica: Galeno (131-200) uso de misturas de produtos naturais cura de todas as doenas; Paracelso (1493-1541) medicamento X veneno (dose); Sculo XVI primeiras farmacopias (vegetal e mineral); Preferncia a produtos de maior pureza; Descoberta de Paul Ehrlich (1854 1915) toxicidade seletiva de certos compostos qumicos contra determinados agentes infecciosos; Teoria chave fechadura (Emil Fischer);
Evoluo histrica - Desenvolvimento de novos frmacosFinal do sc.XIX: a busca por medicamentos menos txicos que aqueles de fontes naturais resultou na introduo de substncias sintticas como frmacos. Sc.XX: uso amplamente disseminado de substncias sintticas, anlogas ou no de produtos naturais. Maior compreenso da qumica dos estados patolgicos, das estruturas biolgicas e dos processos: receptor,stio ativo,cidos nuclicos etc. Novas metodologias de descoberta de frmacos: modelagem molecular, qumica combinatria.
MEDICAMENTOS: Finalidades
Fornecimento de elementos carentes ao organismos; Preveno de uma doena ou infeco; Combate a uma infeco; Bloqueio temporrio de uma funo normal; desregulada
Correo de uma funo orgnica (cardiotnicos, hidrocortisona, metildopa);
Destoxificao do organismo; Agentes auxiliares de diagnstico;
Substncia ativa, frmaco, princpio ativo:
Responsvel pela ao teraputica e tambm pelas reaes adversas.
Nmero reduzido de substncias matrizes:
eficcia, segurana, biodisponibilidade.
Especialidade farmacutica:
Pode conter um ou mais frmacos, alm dos aditivos (emulsificantes, lubrificantes, conservantes, corantes, aromatizantes, aglutinantes)
Nmero excessivo de especialidades farmacuticas;
Indstria farmacutica: Associaes medicamentosas (dois ou mais frmacos com doses fixas);
Estrognio progestagnio (anticoncepcional);
Trimetoprima - sulfametoxazol (infeces do trato urinrio);
Ergotamina cafena (enxaqueca);
Vantagens
Um frmaco potencia ou modifica os efeitos de outro;
Um ou mais frmacos aliviam os sintomas e o frmaco principal cura a infeco;
Quando um frmaco inibe os efeitos adversos de outro;
Quando um frmaco combate a infeco e o outro inibe o crescimento do microrganismo;
Desvantagens - Quando o frmaco:
Potencia demasiadamente os efeitos do outro; Antagoniza ou inibe os efeitos do outro; Em geral: no permite flexibilidade de dose;
Nem sempre contem os frmacos adequados ou na dose adequada; As toxicidades que surgem podem ser de reaes qumicas entre ambos durante armazenamento ou manejo;
Fontes de medicamentosA Aspirina o analgsico mais consumido e vendido no mundo. Em 1994, somente nos E.U.A., foram vendidos cerca de 80 bilhes de comprimidos
Sinttico Natural e Semi-sinttico
Os frmacos de origem sinttica representam significativa parcela do mercado farmacutico, estimado, em 2000, em 390 bilhes de dlares. At 1991, entre 866 frmacos usados na teraputica: 75% de origem sinttica. 25% de origem natural ou semi-sinttica.
Desenvolvimento de frmacos1984-2003 - 766 novos frmacos introduzidos no mercado mundial em 20 anos;
mdia de 38 lanamentos anuais, contra a mdia lanamentos/ano, entre 1961-1980 (REIS-ARNDT, 1983)
de
75
Reduo do nmero de novos frmacos no mercado farmacutico norte americano e mundial tragdia com a talidomida (1954); Maior rigor com relao aos testes farmacolgicos e toxicolgicos;
Nos EUA o desenvolvimento de um frmaco novo custa cerca de 12 milhes de dlares e leva cerca de 7 a 10 anos para ser lanado no mercado;
Novas entidades teraputicas 1976 1990 FDA aprovou 269 novas substncias: 131 sem nenhuma vantagem teraputica. 94 ligeiramente superior. 41 vantagem considervel. 3 de grande importncia.
A atual indstria qumica brasileira
Fa tura mento da Indstria Qumica Bra sileira bilhe s (US$ ) 20045,3 3,7 2,6 1,5
33,3 12,3
prods t cnicos inds adubos e fe rtilizante s
qum ica fina s abe s e de te rge tne s
higie ne pe s s oal tintas e ve rnize s
A qumica fina brasileira
Distribuio de MercadoFarm oqum ico 13% M e rcado Farm ac utico 47% Ar om as e Fragr ncias 3% Catalis ador e s 1% Corante s & Pigm e ntos 3% De fe ns ivos Agr colas 27%
De fe ns ivos Anim ais 6%
Principais pases inovadoresESTADOS UNIDOS JAPO INGLATERRA ALEMANHA ITLIA FRANA SUIA ESPANHA SUCIA DINAMARCA 0 15 11 11 50 100 150 200 250 46 43 43 58 74 197 225
Nmero de lanamentos
Figura - Principais pases sede dos laboratrios inovadores (1984-2003)
Principais laboratrios inovadores
P FIZE R ROCHE GLAXO SM KLINE ITH AVE NTIS N OVARTIS M RCK E ASTRA ZE E N CA TAKE A D LILLY JOH NSON & JOH NSON BOE IN R IN LHE HR GE GE IN 0 5 10
46 39 38 30 28 20 20 15 12 12 1215 20 25 30 35 40 45 50
Nmero de lanamentos
Figura - Principais laboratrios inovadores (1984-2003)
Principais classes teraputicasAN IBIT OS T IC ANT IPER ENSIVOS I-H T ANT EOPLSIC IN OS AN IIN T FLAMAT RIOS ANT IVIR AIS ANT LC OSOS IU ER AN IALRGICOS T ANT ROMBT OS IT IC IMU NOMOD ULAD ES OR H IPOLIPEMIANT ES AN IF GICOS T N ANT IDEPRESSIVOS 0 22 22 20 18 18 17 20 40 60 80 100 29 36 46 60 67 80
N mero de lanamentos
Figura - Principais classes teraputicas dos novos frmacos introduzidos no mercado mundial (1984-2003)
A pesquisa e desenvolvimento de frmacos no BrasilGera cincia e lana as bases para a inovao.
Universidades
EmpresasTransforma cincia em tecnologia para o benefcio da sociedade.
Polticas PblicasCriar condies de negcios favorveis, com gerao de emprego e renda.
Desenvolvimento de frmacos no pasUSP UFRJ UFSC UNICA MP UFRGS UFPE UNESP UFSCA R UFMG UFC FIOCRUZ 0 2 4 4 4 6 8 10 12 5 5 5 6 6 6 7 9 11
nmero de grupos de pes quis a
Figura Universidades e institutos de pesquisa do pas com maior nmero de grupos atuando em pesquisa e desenvolvimento de frmacos e medicamentos.
Medicamentos genricos no Brasil: impactos das polticas pblicas sobre a indstria nacional
Quental, C. et al. Cincia & Sade Coletiva, 13(Sup):619-628, 2008
Nmero de registros de medicamentos genricos e das empresas atuantes na indstria. O nmero de empresas passou de dezesseis em dezembro de 2000 para 66 em maio de 2006 e as apresentaes comercializadas, de 563 para 10.126 no mesmo perodo.
As empresas pioneiras na indstria de genricos no Brasil foram empresas nacionais: Medley, EMS Sigma Pharma, Biosinttica e Eurofarma; Respondem por cerca de 73% de participao do mercado brasileiro de medicamentos genricos; A EMS Sigma Pharma est entre as dez empresas lderes da indstria farmacutica total brasileira;
Desenvolvimento de frmacos no pas 329 grupos de pesquisa atuando na rea de desenvolvimento de frmacos e medicamentos, distribudos por 44 universidades e institutos de pesquisa. reas de atuao:sntese orgnica e inorgnica; biofrmacos; fitofrmacos e produtos naturais; modelagem molecular e qumica computacional; farmacologia clnica e ensaios clnicos; toxicologia; estudos de formulao; controle de qualidade. (ANTUNES, 2004)
Os mais importantes do mercado
Mudana na indstria de medicamentos no Brasil Entre 2010 e 2011 vai expirar o prazo da patente de alguns dos medicamentos mais consumidos pela populao brasileira; Os genricos podero assumir mais espao e a indstria desses medicamentos pode dobrar sua abrangncia no pas. Cerca de 23 patentes de medicamentos brasileiros tero o prazo de suas patentes vencidas, dentre essas 10 so os medicamentos mais vendidos no Brasil; Viagra fabricado pelo laboratrio Pfizer indicado para disfuno estril; Lpitor, tambm fabricado pelo laboratrio Pfizer, indicado para colesterol alto;
Diovan, fabricado pelo laboratrio Novartis, indicado para hipertenso; Singulair, produzido pelo laboratrio Merck Sharp & Dohme, indicado para problemas respiratrios; Atacand do laboratrio AstraZeneca indicado para hipertenso; Xalatan do laboratrio Pfizer, indicado para hipertenso ocular e glaucoma; Spiriva do laboratrio Boehringer-Ingelheim indicado para problemas respiratrios; Zyprexa do laboratrio lilly indicado para esquizofrenia e transtorno bipolar; Benicar do laboratrio Daiichi-Sankyo indicado para hipertenso; Aprozide do laboratrio Sanofi-Aventis, indicado para hipertenso;
A DESCOBERTA DE UM NOVO FRMACOAlgumas formas possveis: Por acaso; Triagem emprica; Origem natural (solo, plantas e animais); Medicina popular (Etnobotnica); A partir de frmacos existentes; Busca em Bancos de substncias sintticas; Sntese combinatria; Planejamento com ajuda de computadores alvos teraputicos; Banco de Dados Estrutural;PROTTIPO
QUMICA FARMACUTICA EXEMPLO: PENICILINAS
BenzilpenicilinaVia parenteral
AmoxicilinaVia Oral