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EixoTecnológico: Eixo Tecnológico de InfraestruturaCurso: Curso Técnico de Nível Médio em Edificações
Modalidade: ConcomitanteDisciplina - CH: Introdução à Construção Civil - 45 horas
Docente: LEONETE CRISTINA DE ARAÚJO FERREIRAMEDEIROS SILVA
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DILMA VANA ROUSSEFFGoverno Federal
CID GOMES
Ministro da Educação
ALÉSSIO TRINDADE DE BARROSSecretário SETEC
MARCELO MACHADO FERESCoordenador Nacional do PRONATEC
ÂNGELA MARIA PAIVA CRUZReitora UFRN
JOSÉ DANIEL DINIZ MELOVice-Reitor UFRN
JÚLIO CÉSAR DE ANDRADE NETODiretor EAJ/UFRN
GERBSON AZEVEDO DE MENDONÇAVice-Diretor EAJ/UFRN
Coordenador Adjunto Mulheres Mil PRONATEC/EAJ/UFRN
JOÃO INÁCIO DA SILVA FILHOCoordenador Geral PRONATEC/EAJ/UFRN
PAULO MÁRIO CARVALHO DE FARIACoordenador Adjunto Administrativo PRONATEC/EAJ/UFRN
KÉSIA KARINA DE OLIVEIRA SOUTO SILVACoordenadora Adjunta dos Cursos Técnicos PRONATEC/EAJ/UFRN
ROSE MEIRE PENHA REVORÊDO DE MACÊDOCoordenadora Adjunta dos Cursos FIC PRONATEC/EAJ/UFRN
ORGANIZAÇÃO E ELABORAÇÃOLeonete Cristina de Araújo Ferreira Medeiros Silva - Docente
Carlos Alberto Paskocimas - Supervisor
EQUIPE ADMINISTRATIVA DOS CURSOS TÉCNICOS PRONATEC/EAJ/UFRN Anaxmandro Pereira da Silva
Duciane Freitas FurtadoFrancisco Claudivan da Silva
Mônica Kaline Santiago e Maciel Silva
Romoaldo Marroque TorresThays Lins Galvão de Albuquerque BastosValéria Maria Lima da Silva
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UNIVERSIDADE FEDERAL DO RIO GRANDE DO NORTEESCOLA AGRICOLA DE JUNDIAÍ
PROGRAMA NACIONAL DE ACESSO AO ENSINO TÉCNICO E EMPREGO
CURSO TÉCNICO EM EDIFICAÇÕES
INTRODUÇÃO À CONSTRUÇÃO CIVIL – 45 h
Profa. LEONETE CRISTINA DE ARAÚJO FERREIRA MEDEIROS SILVA
Escola Estadual Professor Edgar Barbosa
NATAL
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SUMÁRIO
Capítulo 1 - Evolução Histórica da Construção ...................................................... 5
Capítulo 2 –Técnico em Edificações ....................................................................... 8
Capítulo 3 – Cadeia Produtiva da Construção Civil ............................................. 14
Capítulo 4 – Materiais de Construção .................................................................. 17
Capítulo 5 – Planejamento e Controle de Obras ................................................... 22
Capítulo 6 – Obras Públicas ................................................................................... 29
Capítulo 7 - Matemática e Construção Civil .......................................................... 32
Capítulo 8 - Legislação Urbanística e Ambiental .................................................. 39
Referências .............................................................................................................. 49
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Capítulo 1 - Evolução Histórica da Construção
As construções dos dias atuais empregam materiais e técnicas diferente das
empregadas em épocas passadas. Para cada momento histórico as edificações
guardaram um registro da arquitetura e de toda uma conjuntura cultural, religiosa e
científica do momento.
Algumas técnicas construtivas históricas influenciam o método construtivo nos
dias de hoje. Em dado momento, a pedra foi o material predominante. Em outros,
passou a serem integrados materiais metálicos. Tudo isso como reflexo da
disponibilidade de materiais, mão-de-obra e evolução do conhecimento científico.
Desde os primórdios da humanidade, as construções registram marcas da
sociedade. Como podemos observar as pirâmides Maias (Figura 01) e as pirâmides
de Gizé no Egito (Figura 2).
Figura 01: Pirâmide maia
Chichén Itzá, península doIucatão (México) [circa 600 a.C.].
Figura 02: Pirâmides de Gizé.
Fonte: http://4.bp.blogspot.com/-eDw60nU3mv4/ +a.C.%255D.jpg
Fonte:https://patrimoniodegize.files.wordpress.com /2015/06/zonsondergang-bij-de-piramides.jpg
É importante verificar que as construções foram executadas no seu tempo,
conforme os recursos existentes e com planejamento adequado para atender à
finalidade desejada. Vejamos o exemplo da parte interna das pirâmides de Gizé no
Egito, que foram construídas há, aproximadamente, 4500 anos, servindo de tumbaspara os faraós Quéops, Quéfren e Miquerinos.
http://4.bp.blogspot.com/-eDw60nU3mv4/TahwynCeFII/AAAAAAAAAS8/CPTO-PhWfYc/s1600/A%2526E_02_Pir%25C3%25A2mide+Maia+de+Chichen+Itza+%2528Pen%25C3%25ADnsula+do+Iucat%25C3%25A3o%252C+M%25C3%25A9xico%2529+%255B600+a.C.%255D.jpg
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Figura 03: Desenho esquemático dointerior de uma Pirâmide do Egito.Fonte: http://thoth3126.com.br/wp-content/uploads/2013/04/pirâmidealnitak.jpg.
Outra obra emblemática é a Torre Eiffel, construída com treliças
de ferro do século XIX em Paris, caracterizando como ícone mundial da França e
uma das estruturas mais reconhecidas no mundo. Construída em honra ao
centenário da Revolução Francesa, foi inaugurada em 31 de março de 1889.
Figura 04: Torre Eiffel. Figura 05: Vista geral da obra no finalde março 1889.
Fonte: https://pt.wikipedia.org/wiki/Torre_Eiffel
Fonte: https://pt.wikipedia.org/wiki/Torre_Eiffel
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Com a evolução da ciência e consequentemente inovações na engenharia, de
materiais e tecnológicas, é possível vermos a construção de grandes arranha-céus
ao redor do mundo. Atualmente o imponente Burj Khalifa é o mais alto do mundo,
localiza-se em Dubai, nos Emirados Árabes Unidos, que tem 828 metros de altura e
163 andares. Erguido entre setembro de 2004 e janeiro de 2010.
Figura 06: Edifícios mais altos do mundo.
Fonte: http://marcionomundo.tnh1.com.br/Post/113/Os_10_edif%C3%ADcios_mais_altos_
do_mundo
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Capítulo 2 –Técnico em Edificações
Convido-lhe para refletir sobre as principais atividades do seu dia-a-dia,inclusive as tarefas mais simples. Quero lhe convidar a olhar em sua volta. Pense no
local onde você mora, onde está estudando. Relembre a sua rua, sua comunidade,
seu bairro, seu município.
E agora, o que você imaginou?
Será as pessoas pensariam de forma diferente?
Nós vivemos em locais que nos abrigam, tem piso, parede e teto. São
diferentes, é claro. Na nossa rua, vemos as casas vizinhas, saímos para a padaria, a
mercearia, a escola, a igreja, a Prefeitura, a delegacia, o Campo de Futebol, o
hospital e muitos outros lugares. Esses lugares fazem parte do nosso cotidiano,
precisamos deles e cada um possui uma finalidade de uso. Todos foram construídos
com planejamento e técnicas adequadas para sua que sua função seja adequada ao
uso comum.
As edificações oferecem condições para que as atividades da sociedade
aconteçam. Podendo ser construída para várias funções, como por exemplo:
habitacional, educacional, cultural, religiosa, comercial, industrial, administrativa,
esportiva, de saúde, de lazer, de comunicação, de transporte, de abastecimento e
de segurança.
Assim, para oferecer uma edificação de qualidade, é preciso que profissionais
qualificados e competentes atuem nas várias etapas de uma construção. Desde a
concepção, passando pela elaboração dos projetos, pela execução da obra, seu uso
e conservação.
Diante das grandes construções apresentadas no capítulo 1 e das edificações
que percebem ao nosso redor, que aspectos devem ser levados em consideração
para construir uma edificação?
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Na nuvem de palavras abaixo foram inseridos verbos e expressões que os
novos técnicos em edificações devem se familiarizar.
Figura 07: Nuvem de palavras introdutórias na construção civil.
Fonte: Autor.
Destacam-se as palavras que lembrem ações, verbos e atitudes:
Desenvolver, Executar, Orientar, Elaborar, Prestar e Planejar.
Destacam-se também as palavras que representem uma etapa ou uma
atividade em si, com seus respectivos significados:
Projetos de
edificações:
Representação gráfica ou escrita que oferece
subsídio para execução de edificações, elaborado
conforme padrões técnicos e científicos,
apresentando de todos os atributos que a constitui.
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Normas técnicas: São documentos produzidos por órgão competente
cujo conteúdo visa à utilização adequada de
recursos, a uniformização e melhoria de processos e
produto, contribuindo para a segurança da vida
humana e a saúde ambiental.
Segurança do
trabalho:
Conjunto de atitudes e procedimentos que visam
garantir a integridade do trabalhador no seu
ambiente de trabalho, evitando a ocorrência de
acidentes e doenças ocupacionais.
Orçamento deobras:
Contempla o levantamento de custos de todos oscomponentes para execução de uma obra.
Projetos e
pesquisas
tecnológicas:
Nos projetos e pesquisas tecnológicas o
conhecimento técnico e científico é empregado para
promover o desenvolvimento e bem-estar da
sociedade.
Assistência
Técnica:
O profissional especializado presta diversos serviços
no seu campo de atuação profissional. Produtos e
equipamentos
especializados:
Produtos, instrumentos, máquinas empregados em
determinadas operações.
Os Técnicos em Edificações, segundo o CBO - Classificação Brasileira de
Ocupações, podem realizar levantamentos topográficos e planialtimétricos;
desenvolver e legalizar projetos de edificações sob supervisão de um engenheirocivil; planejar a execução, orçar e providenciar suprimentos e supervisionar a
execução de obras e serviços. Treinar mão-de-obra e realizar o controle tecnológico
de materiais e do solo.
Consulte você mesmo:
Acesse: http://www.mtecbo.gov.br/cbosite/pages/pesquisas/BuscaPorTitulo.jsf
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A profissão possui como fundamentos jurídicos e técnicos:
O disposto na Resolução 261/79 do CONFEA, que dispõe sobre o registro de
técnicos de 2º grau nos Conselhos Regionais;
O disposto na Resolução 278/83 do CONFEA que trata sobre o exercício
profissional dos técnicos industriais e técnicos agrícolas de 2º grau;
O disposto no artigo 24 da Resolução 218/73 do CONFEA;
O disposto no Decreto Federal 90.922/85 que dispõe sobre o exercício da
profissão de técnico industrial e técnico agrícola de 2º grau;
O disposto na Lei Federal 5.524/68; 6. O disposto na Resolução 307/86 do
CONFEA que trata sobre a Anotação de Responsabilidade Técnica - ART;
O disposto nos artigos 2º 3º, 12º, 39, 50, 55 e 66 da Lei Federal 8.078/90, queinstitui o Código de Proteção e Defesa do Consumidor.
De acordo com o Decreto nº 90.922/85, artigo 3º, as atribuições do Técnico
em Edificações consistem em:
Conduzir a execução técnica dos trabalhos de sua especialidade; Prestar assistência técnica no estudo e desenvolvimento de projetos e
pesquisas tecnológicas; Orientar e coordenar e execução dos serviços de manutenção de
equipamentos e instalações; Dar assistência técnica na compra, venda e utilização de produtos e
equipamentos especializados; Responsabilizar-se pela elaboração e execução de projetos compatíveis
com a respectiva formação profissional.
Segundo o Artigo 4º As atribuições dos técnicos industriais de 2º grau, em
suas diversas modalidades, para efeito do exercício profissional e de sua
fiscalização, respeitados os limites de sua formação, consistem em:
I - executar e conduzir a execução técnica de trabalhos profissionais, bem comoorientar e coordenar equipes de execução de instalações, montagens, operação,reparos ou manutenção;II - prestar assistência técnica e assessoria no estudo de viabilidade edesenvolvimento de projetos e pesquisas tecnológicas, ou nos trabalhos devistoria, perícia, avaliação, arbitramento e consultoria, exercendo, dentre outras,as seguintes atividades:1. coleta de dados de natureza técnica;2. desenho de detalhes e da representação gráfica de cálculos;3. elaboração de orçamento de materiais e equipamentos, instalações e mão-de-obra;4. detalhamento de programas de trabalho, observando normas técnicas e de
segurança;5. aplicação de normas técnicas concernentes aos respectivos processos detrabalho;
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6. execução de ensaios de rotina, registrando observações relativas ao controlede qualidade dos materiais, peças e conjuntos;7. regulagem de máquinas, aparelhos e instrumentos técnicos.
III - executar, fiscalizar, orientar e coordenar diretamente serviços de manutenção
e reparo de equipamentos, instalações e arquivos técnicos específicos, bemcomo conduzir e treinar as respectivas equipes;
IV - dar assistência técnica na compra, venda e utilização de equipamentos emateriais especializados, assessorando, padronizando, mensurando e orçando;
V - responsabilizar-se pela elaboração e execução de projetos compatíveis com arespectiva formação profissional;
VI - ministrar disciplinas técnicas de sua especialidade, constantes dos currículosdo ensino de 1º e 2º graus, desde que possua formação específica, incluída apedagógica, para o exercício do magistério, nesses dois níveis de ensino.
§ 1º Os técnicos de 2º grau das áreas de Arquitetura e de Engenharia Civil, namodalidade Edificações, poderão projetar e dirigir edificações de até 80m 2 deárea construída, que não constituam conjuntos residenciais, bem como realizarreformas, desde que não impliquem em estruturas de concreto armado oumetálica, e exercer a atividade de desenhista de sua especialidade.
O profissional registra-se no Conselho de Classe após a conclusão do curso
para o exercício legal de sua profissão. O Conselho Federal de Engenharia e
Agronomia surgiu oficialmente em 11 de dezembro de 1933, por meio do Decreto nº
23.569, considerado marco na história da regulamentação profissional e técnica noBrasil. O Conselho Federal é a instância máxima à qual um profissional pode
recorrer no que se refere ao regulamento do exercício profissional. O Conselho
Regional de Engenharia e Agronomia do Estado do Rio Grande do Norte - Crea-RN
é entidade autárquica de fiscalização do exercício e das atividades profissionais.
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Consulte você mesmo:
Acesse: http://www.confea.org.br/ Acesse: http://www.crea-rn.org.br/
Acesse: http://www.crea-rn.org.br/_arquivos/codigo-etica-2014.pdf
O técnico em edificações pode atuar nessas diversas atividades, contribuindo
para o desenvolvimento da infraestrutura das atividades da população. Trabalhando
para as pessoas e com as pessoas. É com essa visão que queremos prosseguir. Ao
longo do nosso modulo, vamos discutir sobre cada habilidade que o técnico de
edificações poderá desenvolver na sua atuação profissional. Ou seja, é
indispensável agir com ética, profissionalismo e responsabilidade.
http://www.crea-rn.org.br/http://www.crea-rn.org.br/http://www.crea-rn.org.br/http://www.crea-rn.org.br/
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Capítulo 3 – Cadeia Produtiva da Construção Civil
A indústria da construção é um ator importante para os investimentos no país,através da de infraestrutura – estradas, aeroportos, redes de esgoto –, escolas,
hospitais, casas, edifícios residenciais e comerciais, indústrias, obras de
manutenção e reformas. Oferece grande impactos em outros setores, sendo
complexa, e engloba três segmentos:
Construção pesada (estradas, usinas de geração de energia, portos e
terminais, aeroportos etc.); Montagens industriais e de plataformas de prospecção de petróleo e extração
mineral;
Edificações industriais, comerciais e residenciais.
A cadeia produtiva da construção civil é um conjunto de etapas consecutivas
pelos quais passam e vão sendo transformados e transferidos os diversos insumos.
Reunindo construtoras; fabricantes e comerciantes de materiais, máquinas eequipamentos; serviços técnicos especializados; serviços imobiliários; consultorias
de projetos, engenharia e arquitetura; e Entidades de normalização, certificadoras e
de gestão da qualidade e da sustentabilidade para construções.
Diante das alterações climáticas e restrições na disponibilidade dos recursos
naturais, a cadeia produtiva da Construção Civil tem um grande desafio. O novo
propósito a ser considerado por todos os atores apresentados é a sustentabilidade,
que está relacionada com o uso dos recursos naturais de forma racional, sem que se
comprometa as gerações futuras.
As temáticas de ações estão voltadas para: água (utilização racional);
desenvolvimento humano (valorização); energia (maximização da eficiência);
materiais e sistemas (uso e reuso racional de recursos naturais; reciclagem,
produção mais limpa); mudanças climáticas (Adaptação do ambiente construído e
redução da emissão de gases do efeito estufa na cadeia produtiva); e resíduos
(minimização na geração, reciclagem, gerenciamento).
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Esquematicamente apresenta-se a cadeira em quatro parte, conforme pode
ser visualizado na Figura 08, a seguir.
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Figura 08: Visualização esquemática da Cadeia da Produtiva da Construção Civil.Fonte: Adaptado de FIESP (http://www.fiesp.com.br/infografico-cadeia-da-construcao) e TELLO (2012).
http://www.fiesp.com.br/infografico-cadeia-da-construcaohttp://www.fiesp.com.br/infografico-cadeia-da-construcaohttp://www.fiesp.com.br/infografico-cadeia-da-construcaohttp://www.fiesp.com.br/infografico-cadeia-da-construcao
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Capítulo 4 – Materiais de Construção
Neste capítulo serão apresentados os materiais empregados na construçãocivil. O desafio do estudante é conhecer as propriedades dos materiais e escolher
adequadamente qual dele se aplica a sua necessidade, considerando os aspectos
da disponibilidade, economia e potencial tecnológico.
Agregados Classificam-se segundo a origem (naturais ou artificiais);
quanto à massa unitária e específica (leves, normais ou
pesados); quanto à forma dos grãos (arredondados,angulosos ou irregulares); quanto ao tamanho dos grãos
(conforme séria de peneiras normalizadas pela ABNT); e
quanto à composição granulométrica. A essa composição
estão associados os parâmetros de dimensão máxima e
módulo de finura. Exemplos: Brita, Areia, Silte e Argila.
Aglomerantes Os aglomerantes são utilizados na obtenção de pastas,
argamassas e concretos. Apresentam-se sob a forma de
pó e, quando misturados com água formam pastas que
endurecem pela secagem e como consequência de reações
químicas. Os principais são: cimento, cal aérea, cal
hidráulica e gesso.
Argamassa Constituído essencialmente de materiais inertes de baixa
granulometria – agregado miúdo – e de uma pasta com
propriedades aglomerantes. Esta pasta é composta de
aglomerantes minerais e água. Pode conter aditivos.
Concreto É um material de construção proveniente da mistura, em
proporção adequada, de: aglomerantes, agregados e água.
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Materiais
cerâmicos para
construção
Os materiais cerâmicos são fabricados a partir de matérias-
primas classificadas em naturais e sintéticas.
O setor cerâmico é amplo e heterogêneo o que induz a
dividi-lo em subsetores ou segmentos em função de
diversos fatores, como matérias-primas, propriedades e
áreas de utilização. Exemplo de aplicação: telhas, tijolo,
blocos, louças sanitárias.
Madeiras Aplicações em coberturas, vedações, esquadriais, etc.
Vidros Na construção Civil podemos empregar vários tipos de
vidros: Vidro plano comum, vidros de segurança, fibras de
vidro, outros produtos de vidro (telhas, ladrilhos, vitrais,
espelhos).
Materiais
betuminosos
Tipo: Betume, Cimentos Asfálticos, Asfaltos Líquidos e
Emulsões Asfálticas.
Produtos
siderúrgicos
O ferro é o metal de maior aplicação na indústria da
construção civil, empregado puro ou em ligas na armação
de abóbadas, vigas, indústria de tintas; ou para reforçar
outros materiais, como é o caso do concreto armado.
Materiais metálicos Principais metais empregados na construção civil: alumínio,
chumbo, cobre, bronze, zinco, latão, estanho e magnésio
Polímeros Os mais empregados na área de construção civil:
Termoplásticos, Termofixos e Elastrômeros.
Tintas, vernizes,
lacas e esmaltes
A tinta é uma preparação, geralmente na forma líquida, cuja
finalidade é a de revestir uma dada superfície ou substratopara conferir beleza e proteção. Constituída por: Resina,
Pigmento, Aditivo e Solventes.
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A lgum as ap licações dos materiais na c on str ução c iv il:
Figura 09: Areias (Classificação pelo tamanho dos grãos).Fonte: http://www.grupoaleixo.com/areia2/site/index2.php?p= noticias_ver&id=3.
Figura 10: Agregado Graúdo.Fonte: http://portuguese.alibaba.com/product-gs-img/agregado-de-pedra-cor-cinza-
516834464.html.
Figura 11: Placa de Gesso.Fonte: http://www.grupoaleixo.com/areia2/site/index2.php?p= noticias_ver&id=3
Figura 12: Lançamento de concreto.Fonte: http://www.jofege.com.br/grupo/concreto.html.
https://www.google.com.br/url?sa=i&rct=j&q=&esrc=s&source=images&cd=&cad=rja&uact=8&ved=0ahUKEwju7rfKn6_LAhUMGT4KHXyhCYAQjRwIBw&url=http://www.goias64.com.br/empresa/gesso-lar-rio-verde/&bvm=bv.116274245,d.cWw&psig=AFQjCNEZ8WsZe8ZI4hNnj6r39MZmZ06mXA&ust=1457463157732336
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Figura 16: Aplicação de metais na fabricação de ferragens paraesquadrias.
Fonte: http://casabemfeita.com/fechaduras-e-dobradicas/
Figura 17: Tubulações e conexões em PVC.Fonte: http://www.aecweb.com.br/guia/p/tubos-e-conexoes-de-pvc-agua-e-
esgoto_9_147_260_3_0
https://www.google.com.br/url?sa=i&rct=j&q=&esrc=s&source=images&cd=&ved=0ahUKEwjE7bm_j7DLAhVCOCYKHWMWDn8QjRwIBw&url=http%3A%2F%2Fwww.aecweb.com.br%2Fguia%2Fp%2Ftubos-e-conexoes-de-pvc-agua-e-esgoto_9_147_260_3_0&bvm=bv.116274245,d.eWE&psig=AFQjCNHWKaIgL-PvckY_Df0_RuYDVrI2Fg&ust=1457493216565701https://www.google.com.br/url?sa=i&rct=j&q=&esrc=s&source=images&cd=&ved=0ahUKEwjavLa0k7DLAhVGWCYKHVqxCBcQjRwIBw&url=http%3A%2F%2Fcasabemfeita.com%2Ffechaduras-e-dobradicas%2F&bvm=bv.116274245,d.eWE&psig=AFQjCNGx_5dgZZqhBYbyccNBD1JAwzxTLw&ust=1457494269286639
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Capítulo 5 – Planejamento e Controle de Obras
1. GERENCIAMENTO DE EMPREENDIMENTOS
Todo empreendimento apresenta um ciclo de vida transitório e predefinido, ou
seja, apresenta começo, meio e fim. Também é marcado por objetivos, como
prazos, custos, qualidade e benefício social. Para gerenciá-lo, é necessária a
criação de uma estrutura transitória e flexível, voltada para atender àqueles objetivos
(YAZIGI, 2009).
A afinidade entre planejamento e empreendimento é evidente: empreender
significa realizar algo que se tem em vista. Planejar é, pois, pensar antes de agir.
Levar o futuro em consideração, olhar para frente, refletir sobre o futuro, não
passivamente, mas preparando-se para o inevitável, prevenindo o indesejável e
controlando o que for controlável. Planejar é o oposto de improvisar (YAZIGI, 2009).
O planejamento é essencial aos empreendimentos, devendo ocorrer desde o início
até sua finalização, assumindo formas e denominações diferentes conforme o
conjunto de tarefas desenvolvidas nas suas etapas.
É importante haver o CONTROLE, fazendo as devidas medições,
considerando as previsões originais, comparando o previsto e o real executado em
valor e em prazo. Essa atividade fornece subsídios para tomada de medidas
corretivas, caso seja necessário. Com maior rigor no controle, tem-se maior
segurança e confiabilidade nas programações físicas e financeiras.
A obra é uma das fases do Projeto, contempla o conjunto de atividades que
promovem a materialização de determinado projeto, conforme os parâmetros
estabelecidos. A construção ou obra também passa por duas etapas: o
planejamento da construção e a construção propriamente dita.
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Figura 18: Exemplo de estrutura de organização de umempreendimento.
Fonte: GEHBAUER, 2002.
Concei tos im por tantes :
Projetos da
edificação
Conjunto de estudos e desenhos constantes dos projetos
arquitetônico, estrutural, de instalações, etc., da obra.
Caderno deEncargos
O Caderno de Encargos (CE) é o conjunto de especificaçõestécnicas, critérios, condições e procedimentos estabelecidos
pelo contratante para a contratação, execução, fiscalização e
controle dos serviços e obras.
Cronograma de
obras
Documento em que se registram, pela ordem de sucessão
em que são executados, os serviços necessários à
realização da construção e os respectivos prazos, previstos
em função dos recursos e facilidades que se supõem serem
disponíveis.
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Especificações
Técnicas
As especificações técnicas (ET) descrevem, de forma
precisa, completa e ordenada, os materiais e os
procedimentos de execução a serem adotados na
construção. Por exemplo, a forma de execução da cerâmica
de piso: tipo de cerâmica, marca, tamanho, cor, forma de
assentamento, traço da argamassa e junta. Têm como
finalidade complementar a parte gráfica do projeto. São
muito importantes, pois a quantidade de informações a
serem gerenciadas ao longo de uma obra facilmente provoca
confusão, esquecimento ou modificação de critérios, ainda
mais se existem vários profissionais envolvidos. A definiçãoclara da qualidade, tipo e marca dos materiais é
fundamental, assim como a forma de execução dos serviços.
Memorial Descritivo O memorial descritivo é outro tipo de resumo das
especificações técnicas. Dirigido a elementos não técnicos
para melhor compreensão do projeto, inclusive de toda a
obra, quando concluída.
Orçamento: Neste documento onde se registram as operações de cálculode custo da construção, somando todas as despesas
correspondentes à execução de todos os serviços previstos
nas especificações técnicas e constantes da discriminação
orçamentária. Etapas de Trabalho:
1) Integração dos Projetos, Estudo das Especificações e
Memorial Descritivo. Incuindo Conciliação Projeto x
Especificações;2) Levantamento de Quantitativos;
3) Elaboração da Planilha Orçamentária;
4) Coleta de Preços;
5) Fechamentos Finais: a verificação dos custos e preços
em relação a parâmetros já conhecidos;
6) Orçamento Propriamente Dito (Apresentação do
Orçamento ao Cliente ou Contratante).
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2. CONTROLE DA QUALIDADE NA CONSTRUÇÃO CIVIL
Qualidade pode ser definida como a totalidade das características de uma
atividade ou processo, produto, organização ou uma combinação destes, que
garanta a capacidade de satisfazer às necessidades dos clientes e demais partes
interessadas. O Sistema de Gestão da Qualidade de uma construtora visa garantir
que seus produtos e seus diversos processos satisfaçam às necessidades dos
usuários e ás expectativas dos clientes externos e internos.
Atualmente, os sistemas de Gestão são integrados: Qualidade, Meio
Ambiente, Segurança Ocupacional e Sustentabilidade. As sérias das normas queregulamentam esses sistemas são:
Designa um grupo de normas técnicas que estabelecem
um modelo de gestão da qualidade para organizações em
geral.
Estabelecem diretrizes sobre a área de gestão ambiental
dentro de empresas.
Orientação de formação de um Sistema de Gestão e
certificação da segurança e saúde ocupacionais (SSO).
O PBQP-H, Programa Brasileiro da Qualidade e
Produtividade do Habitat, tem como meta a organização do
setor da construção civil em torno de duas questões
principais: a melhoria da qualidade do habitat e a
modernização produtiva.
http://pbqp-h.cidades.gov.br/index.phphttps://www.google.com.br/url?sa=i&rct=j&q=&esrc=s&source=images&cd=&cad=rja&uact=8&ved=0ahUKEwixyMW7zbHLAhVD6CYKHZPbDskQjRwIBw&url=http%3A%2F%2Fceluloseonline.com.br%2Funidades-da-duratex-em-agudos-recebem-a-certificacao-ohsas-18001-2%2F&bvm=bv.116274245,d.eWE&psig=AFQjCNHQMGoacCLsadmpR_c9fyLzmwbMhw&ust=1457544204238409https://www.google.com.br/url?sa=i&rct=j&q=&esrc=s&source=images&cd=&cad=rja&uact=8&ved=0ahUKEwjE5LOSzbHLAhWGSiYKHWRzAkgQjRwIBw&url=http%3A%2F%2Fwww.nipponflex.com.br%2Fiso14001.html&psig=AFQjCNFQYUeKWJkhGJEcgdKqLxuCPWtMew&ust=1457544113743856https://www.google.com.br/url?sa=i&rct=j&q=&esrc=s&source=images&cd=&cad=rja&uact=8&ved=0ahUKEwjItNXFzLHLAhVK4SYKHTjvDBcQjRwIBw&url=http%3A%2F%2Fwww.blogsegurancadotrabalho.com.br%2F2015%2F04%2Fas-normas-iso-9000.html&psig=AFQjCNFGYHnM7CgGxSMbdgrBoMxTDFxv4Q&ust=1457543939087815
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3. SEGURANÇA DO TRABALHO NA INDÚSTRIA DA CONSTRUÇÃO
A Norma Regulamentadora - NR 18 - CONDIÇÕES E MEIO AMBIENTE DE
TRABALHO NA INDÚSTRIA DA CONSTRUÇÃO estabelece diretrizes de ordem
administrativa, de planejamento e de organização, que objetivam a implementação
de medidas de controle e sistemas preventivos de segurança nos processos, nas
condições e no meio ambiente de trabalho na Indústria da Construção.
No quadro abaixo, apresentam-se alguns conceitos iniciais para acompanhar
as demais disciplinas e atividades práticas a serem desenvolvidas ao longo de sua
formação profissional:
Acidente fatal: Aquele que provoca a morte do trabalhador.
Acidente grave: Aquele que provoca lesões incapacitantes no operário.
Andaime: Plataforma, para trabalho em alturas elevadas, por estrutura
provisória ou dispositivo de sustentação.
Área de vivência: Área destinada a suprir as necessidades básicas humanas de
alimentação, higiene, descanso, lazer, convivência e
ambulatória, devendo ficar fisicamente separada das áreas
laborais.Canteiro de obras: Área de trabalho fixa e temporária, onde se desenvolvem
operações de apoio e execução de uma obra.
EPI - Equipamento
de Proteção
Individual:
Todo dispositivo de uso individual destinado a proteger a
saúde e a integridade física do trabalhador.
Ferramenta: Utensílio empregado peto trabalhador para realização das
tarefas.Tapume: divisória de isolamento.
EPC - Equipamento
De Proteção
Coletiva:
É todo dispositivo de proteção coletiva, como por exemplo:
Sistema guarda-corpo/rodapé, destina-se a promover a
proteção contra riscos de queda de pessoas, materiais e
ferramentas; e dispositivos de proteção para limitação de
quedas.
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4. ETAPAS CONSTRUTIVAS
São os conjuntos de serviços de obra, interdependentes e que se
complementam definindo elementos que dão características definitivas à obra, os
quais, depois de concluídos, permitem o início de uma nova etapa construtiva. As
etapas construtivas vão se desenvolvendo e se complementando até a
concretização do projeto.
PROJETOS Arquitetura, Estrutural, Instalações elétrica e telefônica,
Instalações hidráulico-sanitárias e de incêndio, Plantas para
marketing, Maquetes, Paisagismo, Ar condicionado eComplementos.
ESTUDOS
GEOTÉCNICOS
Sondagens, Serviços de Topografia, Aerofotogrametria e
Aspectos geológicos.
ANÁLISE DE
CUSTOS
Estudos de Viabilidade, Avaliações, Assessoria e
acompanhamento de custos, Orçamentos e cronogramas,
Quadros da NBR 12721 e Pedidos de financiamentos.
SERVIÇOSPRELIMINARES
Depósitos, Escritórios, Instalações sanitárias, áreas devivência, Tapumes, Demolições e remoções de entulhos,
instalações provisórias (água, esgoto, energia, comunicação),
stand de vendas, locação da obra, controle tecnológico, taxas
e emolumentos, escritório e Administração da obra.
MOVIMENTOS DE
TERRA
Terraplenagem (cortes/aterros), Drenagens, Muros de
contenção, Rebaixamento de lençol freático, Escoramentos,
Desmatamentos e capinas, Remoção de material orgânico dosolo e Transportes.
INFRA-
ESTRUTURA
Fundações rasas e profundas. Estacas, tubulões, blocos de
coroamento, sapatas.
SUPER-
ESTRUTURA
Armação, Formas, Escoramento, Concreto.
ALVENARIAS Lajotas, Tijolos cerâmicos maciços, concreto, Placas pré-
moldadas, Elementos vazados, Blocos de concreto e Alvenarias especiais.
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INSTALAÇÕES Água, esgoto sanitário, elétrica, telefônica, gás, segurança
eletrônica, rede de dados, Ar condicionado, Aquecedores,
Elevadores, monta-cargas, Escadas rolantes, Para-raios,
antenas, Exaustão mecânica, Instalações contra incêndio
COBERTURAS Estrutura, telhas e acessórios de fixação e arremates.
TRATAMENTOS Impermeabilizações, proteção térmica, Proteção acústica e
Juntas de dilatação.
ESQUADRIAS Janelas, Portas, Portas corta-fogo, Guarda-corpos, corrimãos
e Gradis.
REVESTIMENTOS Argamassas, rodapés, soleiras, peitoris, Azulejos, Cerâmicas,
Lambris, Pastilhas, Mármores, granitos, pedras decorativas,
Laminados e Papéis de parede.
PAVIMENTAÇÕES Enchimentos e regularizações, Cimentações, Tacos de
madeira, Tábuas corridas, Cerâmicas, mármores, Granitos,
Pedras, materiais têxteis, vinílicos, laminados,
Emborrachados e diversos.
FERRAGENS Fechaduras, Dobradiças, Fechos, trincos e Acessórios.
PINTURAS Emassamento, Pintura PVA, Pintura acrílica, Pintura a óleo everniz.
URBANIZAÇÃO,
PAISAGISMO,
COMPLEMENTOS
E DIVERSOS
Ligações definitivas (Luz, telefone, Água, esgoto e gás),
Interfones, Alarmes, Iluminação externa, Sistema de irrigação,
jardins, limpeza, Piscinas, diversos.
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Capítulo 6 – Obras Públicas
Obra pública é considerada toda construção, reforma, fabricação,recuperação ou ampliação de bem público. Ela pode ser realizada de forma direta,
quando a obra é feita pelo próprio órgão ou entidade da Administração, por seus
próprios meios, ou de forma indireta, quando a obra é contratada com terceiros por
meio de licitação.
Os objetivos da licitação são: Garantir a isonomia; selecionar a proposta mais
vantajosa administração e promover o desenvolvimento nacional sustentável. Cujosprincípios básicos sao: Legalidade, Impessoalidade, Moralidade, Igualdade,
Publicidade, Probidade administrativa, Vinculação ao instrumento convocatório e
Julgamento objetivo.
A contratação de obras públicas é um procedimento formal, desencadeado
em etapas sucessivas, como pode ser observado na Figura 19.
Figura 19: Fluxograma que procura demonstrar ao gestor, em ordemsequencial, as etapas a serem realizadas para a adequada execução indiretade uma obra pública.Fonte: Manual de Obras Públicas do Tribunal de Contras da União.
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O edital deve definir a modalidade de licitação em conformidade com o que
estabelece o art. 22 da Lei nº 8.666/1993, podendo ser: Concorrência; Tomada de
preços; Convite; Concurso; e Leilão.
A escolha da modalidade de licitação para obras e serviços de engenharia
deve ser feita em razão do valor estimado para o empreendimento.
Convite: até R$ 150.000,00;
Tomada de preços: até R$ 1.500.000,00;
Concorrência: acima de R$ 1.500.000,00.
Conceitos importantes:
Projeto Básico: Conjunto de elementos necessários e suficientes,
com nível de precisão adequado, para
caracterizar a obra ou serviço, ou complexo de
obras ou serviços objeto da licitação, elaborado
com base nas indicações dos estudos técnicos
preliminares, que assegurem a viabilidade técnicae o adequado tratamento do impacto ambiental
do empreendimento, e que possibilite a avaliação
do custo da obra e a definição dos métodos e do
prazo de execução.
Especificações técnicas: As especificações técnicas são representadas
por um documento que caracteriza os materiais,
equipamentos e serviços a serem utilizados naobra, visando a desempenho técnico
determinado. Deverão ser elaboradas em
conformidade com normas técnicas e práticas
específicas, de modo a abranger todos os
materiais, equipamentos e serviços previstos no
projeto.
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Orçamento-base: Tem como objetivo servir de paradigma para a
Administração fixar os critérios de aceitabilidade
de preços – total e unitários – no edital, sendo a
principal referência para a análise das propostas
das empresas participantes na fase externa do
certame licitatório.
Contratante: Órgão setorial que contrata a execução de
serviços e obras de construção,
complementação, reforma ou ampliação de uma
edificação ou conjunto de edificações.
Contratada: Empresa ou profissional contratado para a
execução de serviços e obras de construção,
complementação, reforma ou ampliação de uma
edificação ou conjunto de edificações.
Caderno de Encargos: Parte do Edital de Licitação, que tem por objetivo
definir o objeto da licitação e do sucessivo
contrato, bem como estabelecer os requisitos,condições e diretrizes técnicas e administrativas
para a sua execução.
Fiscalização: Atividade exercida de modo sistemático pelo
Contratante e seus prepostos, objetivando a
verificação do cumprimento das disposições
contratuais, técnicas e administrativas, em todos
os seus aspectos.
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Capítulo 7 - Matemática e Construção Civil
Neste Capítulo faremos uma revisão de conceitos da matemática que serãoaplicados continuamente em diversas atividades que o técnico em construção civil
enfrentará na sua jornada profissional. Iniciaremos com a revisão das unidades de
medida (comprimento, área e volume). Em seguida, veremos cálculo das figuras
geométricas planas e cálculo de volume das figuras espaciais.
Espera-se que ao final do capítulo o aluno consiga estabelecer relações entre
figuras espaciais e suas representações em plantas e no espaço, aplicando osconceitos matemáticos.
1. UNIDADE DE COMPRIMENTO:
O comprimento é a extensão medida de um ponto a outro, a distância.
Unidade padrão no Sistema Internacional de Unidade: metro (m)
Quilômetro Hectômetro Decâmetro METRO Decímetro Centímetro Milímetro
1 km 1 hm 1 dam 1 m 1 dm 1 cm 1 mm
1.000 m 100 m 10 m 1,00 m 0,1 m 0,01 m 0,001 m
Podemos obter as dimensões de um objeto ou de um ambiente com auxílio
de instrumentos, tais como as trenas apresentadas nas figuras 20, 21 e 22, a seguir:
km hm dam cmdmm mm
×10 ×10 ×10 ×10 ×10 ×10
÷10 ÷10 ÷10 ÷10 ÷10 ÷10
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3. UNIDADES DE VOLUME:
Unidade padrão no Sistema Internacional de Unidade: metro (m)
Um metro cúbico (1m³) corresponde a uma capacidade de 1000 litros. Essa
relação pode ser exemplificada em conjunto com a Geometria, através de um
cubo com arestas medindo 1 metro.
4. PERÍMETROS E ÁREA DE ALGUMAS FIGURAS PLANAS:
Figura Perímetro Área
Triângulo:
b Base; h Altura; l lado
×1.000 ×1.000 ×1.000 ×1.000 ×1.000 ×1.000
km³ hm³ dam³ cm³dm³m³ mm³
÷1.000 ÷1.000 ÷1.000 ÷1.000 ÷1.000 ÷1.000
1 m
1 m
1 m
b
h
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Quadrado:
l lado
Retângulo:
b Base; h Altura
Trapézio:
B Base maior; b Base menor; h Altura; l lado
Circunferência:
R Raio
l
l
h
b
R
b
h
B
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5. VOLUME DE ALGUNS SÓLIDOS ESPACIAIS:
Cubo: Prisma:
Cilindro:
Vocês aplicarão a matemática em muitos aspectos de sua vida profissional,
podemos citar alguns deles:
Calcular o volume de concreto para um reservatório;
Calcular a capacidade de armazenamento de água de um reservatório;
Calcular área de piso, paredes, pintura, etc.;
Cálculo do volume de concreto para peças estruturais;
Cálculo de consumo de materiais;
Medição de produtividade de mão-de-obra.
a
a
a
a
b
h
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Exemplos de aplicação:
Pensemos em qual figura geométrica plana podemos comparar
o piso dos ambientais apresentados na planta baixa da figura
abaixo:
Figura 23: Planta baixa de uma residência.
Fonte: http://cdn.plantasdecasas.com/wp-content/uploads/2014/07/310-planta-baixa-
humanizada-700.jpg
Verificamos que já está informado na planta a área de cada cômodo,
vejamos a área da sala de estar que corresponde a 9,60 m². Você é capaz
de saber como essa área foi calculada? Acredito que sim!
Este cômodo tem um formato retangular, cujas dimensões dos lados podem
ser obtidas com uso de trena (no local) ou no computador (programas
específicos). De posse dessas dimensões, nas mesmas unidades, é possível
calcular a área do ambiente.
01
https://www.google.com.br/url?sa=i&rct=j&q=&esrc=s&source=images&cd=&cad=rja&uact=8&ved=0ahUKEwj0xJSTtK_LAhVGbD4KHTbuAQEQjRwIBw&url=http%3A%2F%2Fpublicdomainvectors.org%2Fpt%2Ftag%2Fpensamento&bvm=bv.116274245,d.cWw&psig=AFQjCNGjizow8IGmzqNoS1cHDRLYz_bNKA&ust=1457468693161833https://www.google.com.br/url?sa=i&rct=j&q=&esrc=s&source=images&cd=&cad=rja&uact=8&ved=0ahUKEwj0xJSTtK_LAhVGbD4KHTbuAQEQjRwIBw&url=http%3A%2F%2Fpublicdomainvectors.org%2Fpt%2Ftag%2Fpensamento&bvm=bv.116274245,d.cWw&psig=AFQjCNGjizow8IGmzqNoS1cHDRLYz_bNKA&ust=1457468693161833
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Pensando um pouco...
Dentro das figuras espaciais estudadas, existe alguma que possa
ser semelhante à figura abaixo?
Figura 24: Reservatório de água.
Fonte: http://geometrizandomat.blogspot.com.br/2012/10/geometria-na-construcao-civil.html
É possível perceber que se trata de um reservatório em formato cilíndrico. Assim já
podemos lembrar de qual fórmula empregaremos, conforme o cálculo que nos for
solicitado.
Importante lembrar que para fazermos os cálculos de forma precisa é
necessário o conhecimento de todos os detalhes especificados nos projetos, emcada aplicação.
Uma boa orientação aos alunos é que sempre sejam organizados nas suas
memórias de cálculo. Atualmente, com o uso de programa informatizados as
operações são mais rápidas, porém o profissional deve manter seus registros
adequadamente armazenados.
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Capítulo 8 - Legislação Urbanística e Ambiental
Segundo a Constituição Federal do Brasil (1988), todos são iguais perante alei, sem distinção de qualquer natureza, garantindo-se aos brasileiros e aos
estrangeiros residentes no País a inviolabilidade do direito à vida, à liberdade, à
igualdade, à segurança e à propriedade. Sendo direitos e garantias fundamentais.
É competência comum da União, dos Estados, do Distrito Federal e dos
Municípios, dentro outras atribuições: proteger os documentos, as obras e outros
bens de valor histórico, artístico e cultural, os monumentos, as paisagens naturais
notáveis e os sítios arqueológicos; impedir a evasão, a destruição e adescaracterização de obras de arte e de outros bens de valor histórico, artístico ou
cultural; proteger o meio ambiente e combater a poluição em qualquer de suas
formas; preservar as florestas, a fauna e a flora; promover programas de construção
de moradias e a melhoria das condições habitacionais e de saneamento básico;
registrar, acompanhar e fiscalizar as concessões de direitos de pesquisa e
exploração de recursos hídricos e minerais em seus territórios.
1. LEGISLAÇÃO URBANÍSTICA:
A Constituição prevê no seu capítulo II uma abordagem sobre a política de
desenvolvimento urbano, cujo objetivo é ordenar o pleno desenvolvimento das
funções sociais da cidade e garantir o bem-estar de seus habitantes. O instrumento
básico da política de desenvolvimento e de expansão urbana é plano diretor,
aprovado pela Câmara Municipal, obrigatório para cidades com mais de vinte mil
habitantes.
Em termos de evolução da legislação sobre o assunto, há três momentos
importantes. O primeiro foi a própria inserção da ordem urbanística na Constituição
Federal. O segundo, foi o da elaboração do Estatuto das Cidades e constitui-se na
implementação do plano diretor e de outras leis pelos municípios para que possam
adequar sua legislação ao disposto dos instrumentos do estatuto das cidades.
A Lei 10.257 de 10 de julho de 2001, trata-se do Estatuto da Cidade é a
denominação oficial da lei, que regulamenta o capítulo "Política urbana"
da Constituição brasileira. Seus princípios básicos são o planejamento participativo e
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a função social da propriedade, estabelecendo normas de ordem pública e interesse
social que regulam o uso da propriedade urbana em prol do bem coletivo, da
segurança e do bem-estar dos cidadãos, bem como do equilíbrio ambiental.
Art. 2o A política urbana tem por objetivo ordenar o plenodesenvolvimento das funções sociais da cidade e da propriedadeurbana, mediante as seguintes diretrizes gerais:I – garantia do direito a cidades sustentáveis, entendido como o direitoà terra urbana, à moradia, ao saneamento ambiental, à infra-estruturaurbana, ao transporte e aos serviços públicos, ao trabalho e ao lazer,para as presentes e futuras gerações;II – gestão democrática por meio da participação da população e deassociações representativas dos vários segmentos da comunidade naformulação, execução e acompanhamento de planos, programas eprojetos de desenvolvimento urbano;III – cooperação entre os governos, a iniciativa privada e os demaissetores da sociedade no processo de urbanização, em atendimento aointeresse social;VI – ordenação e controle do uso do solo, de forma a evitar: a) autilização inadequada dos imóveis urbanos; b) a proximidade de usosincompatíveis ou inconvenientes; c) o parcelamento do solo, aedificação ou o uso excessivos ou inadequados em relação à infra-estrutura urbana; d) a instalação de empreendimentos ou atividadesque possam funcionar como pólos geradores de tráfego, sem aprevisão da infraestrutura correspondente; e) a retenção especulativade imóvel urbano, que resulte na sua subutilização ou não utilização; f)a deterioração das áreas urbanizadas; g) a poluição e a degradaçãoambiental;
O Estatuto é dividido em cinco capítulos: Diretrizes Gerais (artigos 1º a 3º);
Dos Instrumentos da Política Urbana (artigos 4º a 38); Do Plano Diretor (artigos 39
a 42); Da Gestão Democrática da Cidade (artigos 43 a 45); e Disposições
Gerais (artigos 46 a 58). O plano diretor é obrigatório para cidades:
I – Com mais de vinte mil habitantes;II – Integrantes de regiões metropolitanas e aglomerações urbanas;III – onde o Poder Público municipal pretenda utilizar os instrumentosprevistos no 4o do art. 182 da Constituição Federal;IV – Integrantes de áreas de especial interesse turístico;
V –
Inseridas na área de influência de empreendimentos ou atividadescom significativo impacto ambiental de âmbito regional ou nacional
2. PLANO DIRETOR DE NATAL
É o instrumento básico da política de desenvolvimento urbano sustentável do
Município, bem como de orientação do desempenho dos agentes públicos e
privados que atuam na produção e gestão do espaço urbano.
A propriedade urbana atenderá a sua função sócio – ambiental quandoos direitos decorrentes da propriedade individual não suplantarem ousubordinarem os interesses coletivos e difusos, devendo satisfazer,
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simultaneamente, os seguintes requisitos, além de outros estabelecidosem lei:I - uso para atividades urbanas, em razão compatível com a capacidadeda infraestrutura instalada e suprimento de serviços públicos;II - aproveitamento e utilização compatíveis com a qualidade do meio-
ambiente, segurança e saúde dos usuários e propriedades vizinhas;III - atendimento às normas fundamentais destinadas à ordenação dacidade expressa neste Plano Diretor e leis correlatas;IV - preservação, de conformidade com o estabelecido em lei especial,da flora, da fauna, das belezas naturais, do equilíbrio ecológico e dopatrimônio histórico e artístico, bem como proteção do ar e das águasde modo à manutenção da qualidade ambiental.
As atividades de interesse urbano são aquelas inerentes às funções sociais da cidade,
ao bem-estar da coletividade e a preservação da qualidade do meio ambiente, tais como:
habitação, produção de bens e serviços, preservação do patrimônio histórico, cultural, ambiental
e paisagístico, circulação de pessoas e bens, preservação, conservação e utilização racional dos
recursos necessários à vida e dos recursos naturais em geral.
Al gumas Defin ições:
Adensamento - a intensificação do uso do solo.
Área construída - a soma das áreas de todos os pavimentos de uma
edificação.
Área especial - porção do território municipal, delimitada por lei, que sesobrepõe às zonas em função de peculiaridades que exigem tratamento
especial.
Áreas especiais de interesse social (AEIS) - se configuram a partir da
dimensão sócio - econômica e cultural da população, com renda familiar
predominante de até 3 (três) salários - mínimos, definida pela Mancha de
Interesse Social (MIS), e pelos atributos morfológicos dos assentamentos.
Área permeável - área do lote onde é possível infiltrar no solo as águas
pluviais, limitada em, no mínimo, 20% (vinte por cento) do terreno.
Área útil - a área interna total dos compartimentos com exceção das
ocupadas pelas paredes.
Coeficiente de aproveitamento - o índice que se obtém dividindo - se a área
construída pela área do lote.
Coeficiente de aproveitamento básico - é o coeficiente de aproveitamento
do solo para todos os terrenos estabelecidos no território do Município.
Coeficiente de aproveitamento máximo - é o coeficiente máximo de
aproveitamento do solo, permitido nas zonas adensáveis.
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Conservação ambiental - compreende a proteção, a manutenção, a
restauração e a recuperação do ambiente natural, garantindo algumas
características originais de determinado ecossistema, sendo possível à
utilização humana sob regime de manejo sustentável.
Gabarito - distância vertical medida entre o meio-fio e um plano horizontal
tangente à parte superior do último elemento construtivo da edificação.
Habitabilidade - qualidade da habitação adequada ao uso humano, com
salubridade, segurança e acessibilidade de serviços e infraestrutura urbana.
Lote padrão - o menor lote admitido para parcelamento, com exceção
daqueles passíveis de intervenções em Áreas Especiais de Interesse Social.
Mobilidade urbana - conjunto de serviços que visem o deslocamento de
pessoas, bens e mercadorias em todos os níveis, coordenados pelo Poder
Público.
Preservação ambiental - conjunto de métodos, procedimentos e políticas
que visem à proteção, a longo prazo, das espécies, habitat e ecossistemas;
garantindo suas características originais, sendo incompatível a ocupação
humana.
Recuo - a menor distância entre a divisa do terreno e o limite externo da
projeção horizontal da construção, em cada um dos seus pavimentos, não
sendo considerada a projeção de beirais e marquises, denominando - se
recuo frontal quando se referir aos limites com logradouros ou vias públicas e
recuos de fundos e laterais, quando se referir às divisas com outros lotes.
Taxa de impermeabilização - o índice que se obtém dividindo - se a área
que não permite a infiltração de água pluvial pela área total do lote.
Taxa de ocupação - o índice que se obtém dividindo - se a áreacorrespondente à projeção horizontal da construção pela área total do lote ou
gleba, não sendo considerada a projeção de beirais e marquises.
Zonas - porções do território do Município delimitadas por lei e caracterizadas
por suas funções social e físico - ambiental diferenciadas.
3. CÓDIGO DE OBRAS DE NATAL
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Toda e qualquer obra de construção, ampliação, reforma ou demolição
depende de prévio licenciamento por parte do Município, sendo disciplina pelo
Código de Obras de Natal.
Alguns conceitos:
Acessibilidade o conjunto de alternativas que privilegiem o acesso a
edificações, espaços públicos e mobiliário urbano, de modo a atender às
necessidades de pessoas com deficiência ou mobilidade reduzida e oferecer
condição de utilização com segurança e autonomia;
Alvará o documento expedido pelo Município destinado ao licenciamento
da execução de obras e serviços;
Ampliação, a produção de obra que resulte no aumento da área construída
total de uma edificação já existente;
Anotação de Responsabilidade Técnica (ART), o documento que comprova
o registro da obra perante o Conselho Regional de Engenharia, Arquitetura e
Agronomia - CREA;
Área útil, área interna total dos compartimentos com exceção das ocupadas
pelas paredes;
Auto de infração, o ato administrativo que dá ciência ao infrator da
disposição legal infringida e da penalidade aplicada;
Calçada, o espaço existente entre o limite do lote e o meio fio;
Canteiro de obras, a área destinada às instalações temporárias e aos
serviços necessários à execução e ao desenvolvimento da obra;
Certidão de Características, o documento expedido pelo Município na
conclusão da construção de uma obra licenciada, com as características do
terreno e da edificação, para fins de averbação no ofício de registro deimóveis;
Cota, a medida em linha reta que define a distância real entre dois pontos;
Garagem, o compartimento da edificação destinado à guarda e abrigo de
veículos;
Habite-se, o documento expedido pelo Município atestando que o imóvel
encontrasse em condições de habitabilidade.
Normas Técnicas Brasileiras – NBR, as normas estabelecidas pela Associação Brasileira de Normas Técnicas - ABNT;
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Pavimento, o espaço da edificação compreendido entre dois pisos
sucessivos ou entre um piso e a cobertura;
Pé-direito, a medida vertical, em metros, entre o piso e o teto de um edifício
construído ou do piso ao forro do compartimento;
Pessoas portadoras de deficiência ou com mobilidade reduzida , as
pessoas cuja locomoção encontra-se dificultada, temporária ou
permanentemente, tais como idosos, gestantes, obesos, crianças e
portadores de deficiência;
Reforma, a obra executada numa edificação, sem que haja acréscimo na sua
área total construída;
Reparos gerais, as obras destinadas exclusivamente a conservar e
estabilizar a edificação e que não impliquem na alteração das dimensões dos
compartimentos.
Quanto aos prof issionais:
Toda obra e/ou serviço de engenharia tem um ou mais responsáveistécnicos sendo todos eles, técnica, administrativa e civilmenteresponsáveis solidários pelo mesmo e obedece a projeto elaborado porprofissional legalmente habilitado. A autoria dos projetos pode ser assumida por um ou mais profissionaishabilitados, sendo todos eles, técnica, administrativa e civilmenteresponsáveis solidários pelo projeto.São considerados legalmente habilitados como responsáveis técnicospor projetos, obras e/ou serviços, os profissionais que satisfaçam asexigências da legislação vigente, inscritos no CREA/RN e no órgãocompetente da Administração Municipal.Os responsáveis técnicos pela obra e/ou serviço respondem pela suafiel execução, conforme projeto aprovado pelo órgão municipal delicenciamento e controle.Deve ser mantida na obra uma cópia do Alvará de construção e doprojeto aprovado, em local de fácil acesso.,
Procedimento referente ao l icenciamento:
I – Rito da Categoria 1, destinado à análise de projetos de imóvel deuso residencial unifamiliar térreo, sem laje de cobertura, com áreaconstruída de até 50,00 m²;II – Rito da Categoria 2, destinado à análise de projetos de imóvel deuso residencial unifamiliar, com área construída de até 200,00 m²;III – Rito da Categoria 3, destinado à análise de projetos de imóvel deuso residencial unifamiliar, com área construída acima de 200,00 m²;IV – Rito da Categoria 4, destinado à análise de projetos de imóvel deuso considerado impactante, imóvel de uso residencial multifamiliar oude imóvel situado em áreas especiais ou sujeito a legislação especial.
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Quan to às d im en sões mínim as , área e pé-d ir ei to mínim o:
4. LEGISLAÇÃO AMBIENTAL:
A Política Nacional do Meio Ambiente tem por objetivo a preservação, melhoria
e recuperação da qualidade ambiental propícia à vida, visando assegurar, no País,
condições ao desenvolvimento socioeconômico, aos interesses da segurança
nacional e à proteção da dignidade da vida humana, atendidos os seguintes
princípios:
I - ação governamental na manutenção do equilíbrio ecológico,
considerando o meio ambiente como um patrimônio público a sernecessariamente assegurado e protegido, tendo em vista o usocoletivo;II - racionalização do uso do solo, do subsolo, da água e do ar;Ill - planejamento e fiscalização do uso dos recursos ambientais;IV - proteção dos ecossistemas, com a preservação de áreasrepresentativas;V - controle e zoneamento das atividades potencial ou efetivamentepoluidoras;VI - incentivos ao estudo e à pesquisa de tecnologias orientadas para ouso racional e a proteção dos recursos ambientais;VII - acompanhamento do estado da qualidade ambiental;VIII - recuperação de áreas degradadas; (Regulamento)
IX - proteção de áreas ameaçadas de degradação;X - educação ambiental a todos os níveis de ensino, inclusive aeducação da comunidade, objetivando capacitá-la para participaçãoativa na defesa do meio ambiente.
Art 3º - Para os fins previstos nesta Lei, entende-se por:I - meio ambiente, o conjunto de condições, leis, influências einterações de ordem física, química e biológica, que permite, abriga erege a vida em todas as suas formas;II - degradação da qualidade ambiental, a alteração adversa dascaracterísticas do meio ambiente;III - poluição, a degradação da qualidade ambiental resultante deatividades que direta ou indiretamente:
a) prejudiquem a saúde, a segurança e o bem-estar da população;b) criem condições adversas às atividades sociais e econômicas;c) afetem desfavoravelmente a biota;d) afetem as condições estéticas ou sanitárias do meio ambiente;
http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/decreto/1980-1989/D97632.htmhttp://www.planalto.gov.br/ccivil_03/decreto/1980-1989/D97632.htm
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e) lancem matérias ou energia em desacordo com os padrõesambientais estabelecidos;IV - poluidor, a pessoa física ou jurídica, de direito público ou privado,responsável, direta ou indiretamente, por atividade causadora dedegradação ambiental;
V - recursos ambientais: a atmosfera, as águas interiores, superficiais esubterrâneas, os estuários, o mar territorial, o solo, o subsolo, oselementos da biosfera, a fauna e a flora.
5. DO SISTEMA NACIONAL DO MEIO AMBIENTE
Os órgãos e entidades da União, dos Estados, do Distrito Federal, dos
Territórios e dos Municípios, bem como as fundações instituídas pelo Poder Público,
responsáveis pela proteção e melhoria da qualidade ambiental, constituirão o
Sistema Nacional do Meio Ambiente – SISNAMA.
6. DO CONSELHO NACIONAL DO MEIO AMBIENTE
O Conselho Nacional do Meio Ambiente (CONAMA), com a finalidade de
assessorar, estudar e propor ao Conselho de Governo, diretrizes de políticas
governamentais para o meio ambiente e os recursos naturais e deliberar, no âmbito
de sua competência, sobre normas e padrões compatíveis com o meio ambiente
ecologicamente equilibrado e essencial à sadia qualidade de vida; (Redação dadapela Lei nº 8.028, de 1990).
7. ENTIDADES:
As políticas públicas do Ministério do Meio Ambiente(MMA) incluem programas voltados para a recuperação,conservação e sustentabilidade em variadas áreasambientais.Homepage: http://www.mma.gov.br/
Órgão Nacional: Instituto Brasileiro do Meio Ambiente edos Recursos Naturais Renováveis. Homepage: http://www.ibama.gov.br/
Órgão Estadual: Instituto de DesenvolvimentoSustentável e Meio Ambiente do Rio Grande do Norte -IDEMA Homepage: http://www.idema.rn.gov.br
SEMURB – Secretaria Municipal de Meio Ambiente e
Urbanismo Homepage: http://natal.rn.gov.br/semurb/
https://www.google.com.br/url?sa=i&rct=j&q=&esrc=s&source=images&cd=&cad=rja&uact=8&ved=0ahUKEwisu7ukpa_LAhXCGz4KHTJ3A_oQjRwIBw&url=http%3A%2F%2Fwww.imunizadorapotiguar.com.br%2F&bvm=bv.116274245,d.cWw&psig=AFQjCNEDj1iBJg_tn82krrVQESU6nG35Sg&ust=1457464686613074
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8. LICENCIAMENTO AMBIENTAL
No Brasil, a avaliação de impacto ambiental e o licenciamento de atividades
efetiva ou potencialmente poluidoras constituem instrumentos para a execução da
Política Nacional de Meio Ambiente, Lei nº 6938, editada em 31 de agosto de 1981.
No que tange ao desencadeamento do processo de licenciamento ambiental no
país, os órgãos ambientais estaduais dispõem de autonomia para definição dos
próprios procedimentos e critérios para o licenciamento ambiental, embasados em
legislações específicas, respeitados os limites estabelecidos por instrumentos
normativos federais, como prazos de validade e de análise de cada tipo de licença.
De forma geral, as principais modalidades de licenciamento ambientalexpedidas são:
Licença Prévia (LP): aprova a localização e concepção do empreendimento,
atividade ou obra que se encontra na fase preliminar do planejamento
atestando a sua viabilidade ambiental, estabelecendo os requisitos básicos e
condicionantes a serem atendidos nas próximas fases de sua implantação,
bem como suprindo o requerente com parâmetros para lançamento de
efluentes líquidos e gasosos, resíduos sólidos, emissões sonoras, além deexigir a apresentação de propostas de medidas de controle ambiental em
função dos possíveis impactos ambientais a serem gerados.
Licença de Instalação (LI): autoriza a instalação do empreendimento,
atividade ou obra de acordo com as especificações constantes dos planos,
programas e projetos aprovados, fixando cronograma para execução das
medidas mitigadoras e da implantação dos sistemas de controle ambiental.
Licença de Operação (LO): autoriza a operação da atividade, obra ouempreendimento, após a verificação do efetivo cumprimento das medidas de
controle ambiental e condicionantes determinadas nas licenças anteriores.
O Sistema de Licenciamento Ambiental do IDEMA contempla os seguintes
instrumentos:
Licença Prévia (LP) Licença de Instalação (LI) Licença de Operação (LO) Licença Simplificada (LS) Licença de Regularização de
Operação (LRO)
Licença de Alteração (LA) Autorização Especial (AE) Autorização para Teste de
Operação (ATO)
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9. CRIMES AMBIENTAIS
As sanções penais e administrativas derivadas de condutas e atividades
lesivas ao meio ambiente estão dispostas na Lei nº 9.605, de 12 de fevereiro de
1998. São considerados crimes contra o meio ambiente: Crimes contra a Fauna;
Crimes contra a Flora; Poluição e outros Crimes Ambientais; Crimes contra o
Ordenamento Urbano e o Patrimônio Cultural; e Crimes contra a Administração
Ambiental
10. RECURSOS HÍDRICOS:
No que diz respeito aos recursos hídricos em 1997 foi promulgada a Lei nº
9.433, de 8 de janeiro de 1997, que Institui a Política Nacional de Recursos Hídricos,
cria o Sistema Nacional de Gerenciamento de Recursos Hídricos, regulamenta o
inciso XIX do art. 21 da Constituição Federal, e altera o art. 1º da Lei nº 8.001, de 13
de março de 1990. Destacam-se os seguintes fundamentos:
I - a água é um bem de domínio público;II - a água é um recurso natural limitado, dotado de valor econômico;
III - em situações de escassez, o uso prioritário dos recursos hídricos é oconsumo humano e a dessedentação de animais;IV - a gestão dos recursos hídricos deve sempre proporcionar o uso
múltiplo das águas;V - a bacia hidrográfica é a unidade territorial para implementação da
Política Nacional de Recursos Hídricos e atuação do Sistema Nacional deGerenciamento de Recursos Hídricos;
VI - a gestão dos recursos hídricos deve ser descentralizada e contar coma participação do Poder Público, dos usuários e das comunidades.
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Referências
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Disponível em:. Acesso em: 30 de novembro de 2015.
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Nacional do Meio Ambiente, seus fins e mecanismos de formulação e aplicação,e dá outras providências.
4. BRASIL. LEI Nº 9.433, DE 8 DE JANEIRO DE 1997. Institui a Política Nacional
de Recursos Hídricos, cria o Sistema Nacional de Gerenciamento de Recursos
Hídricos, regulamenta o inciso XIX do art. 21 da Constituição Federal, e altera o
art. 1º da Lei nº 8.001, de 13 de março de 1990, que modificou a Lei nº 7.990, de
28 de dezembro de 1989.
5. BRASIL. LEI Nº 9.605, DE 12 DE FEVEREIRO DE 1998. Dispõe sobre as
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meio ambiente, e dá outras providências.
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