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MARCO CIVIL DA INTERNETNEUTRALIDADE, PRIVACIDADE E RESPONSABILIDADE
Carlos Affonso Pereira de Souza
Doutor e Mestre em Direito Civil (UERJ)
Diretor do Instituto de Tecnologia e Sociedade (ITS)
Professor da Pontifícia Universidade Católica – PUC-Rio
Pesquisador Visitante do Information Society Program (ISP/Yale)
Consultor de Chediak Advogados
@caffsouza
2. Liberdade de Expressão
1. Privacidade
3. Direito de Acesso
4. Responsabilidade civil
5. Neutralidade da rede
6. Governo eletrônico
DISPUTA PELOS DADOS
Podem as empresas de telecomunicação discriminar o tráfego de dados de acordo com seu conteúdo?
NEUTRALIDADE DA REDE
Como melhor assegurar a privacidade de dados pessoais de brasileiros após o caso Snowden?
HOSPEDAGEM DE DADOS
Podem as operadoras cobrar um pacote maiscaro para o usuário ter acesso a um serviço deterceiro específico?
Isso não aproxima o provimento de internet ao serviço de TVpor assinatura?
É esse o futuro da internet?
É o princípio que comanda empresas queoperam o tráfego de dados na rede e governosa tratar todos os dados de forma isonômica,não discriminando esse tratamento a partir deparâmetros como o tipo de conteúdo, site,plataforma, aplicação, arquivo ou demaismodos de comunicação.
Pacific Telegraph Act of 1860(EUA)
“messages received fromany individual, company, orcorporation, or fromany telegraph lines connecting with thisline at either of its termini, shall be impartially transmitted inthe order of their reception, excepting that the dispatches of thegovernment shall have priority...”
An act to facilitate communication between the Atlantic andPacific states by electric telegraph, June 16, 1860.
Lei holandesa proíbe o bloqueio de serviços deinternet, o uso de inspeção profunda de pacotespara monitorar hábitos de navegação de usuários,além de filtrageme manipulação do tráfego narede.
Transparency. Fixed and mobile broadband providersmust disclose the network management practices,performance characteristics, and terms and conditions oftheir broadband services.
No blocking. Fixed broadband providers may not blocklawful content, applications, services, or non-harmfuldevices; mobile broadband providers may not block lawfulwebsites, or block applications that compete with theirvoice or video telephony services.
No unreasonable discrimination. Fixed broadbandproviders may not unreasonably discriminate intransmitting lawful network traffic.
FCC’s Open Internet Order
"We don't want to create a bunch ofgateways that prevent somebodywho doesn't have a lot of money,but has a good idea, frombeingable to start their next YouTube ortheir next Google on the internet"
A lei chilena acrescenta três artigos à Lei Geral deTelecomunicações, proibindo provedores dearbitrariamente bloquear, interferir, discriminarou restringir o direito de umusuário da rede deenviar ou receber qualquer conteúdo, aplicação ouserviço legal através da internet.
Para esse fimo provedor deve oferecer acesso àrede de forma a nãoarbitrariamente tratarconteúdos de forma distinta combase emsua fonteou titularidade.
Mesmo sem neutralidade temos a proteção doconsumidor no CDC, o abuso do direito no Código Civil eo recurso ao sistema brasileira de defesa da
concorrência.
Mas a sua inserção em lei como princípio não apenasesclarece a questão em nível nacional como tambémcombate eventuais movimentos futuros no campo dagovernança internacional da rede.
Hospedagem de dados no Brasil
1. Nacionalidade: quem é brasileiro?2. Territorialidade: como garantir que a pessoa está no Brasil? Se o
brasileiro se conecta via VPNs ou Tor, começando a conexão no Brasil e saindo em outro país?
3. Reciprocidade: e se os outros países começarem a exigir o mesmo de empresas brasileiras operando no exterior?
4. Impactos na inovação5. Privacidade? Brasil despreparado em termos legislativos.
Neutralidade é princípio basilar do Marco Civil
- privacidade- bloqueio de conteúdo
- atuação governamental
Para discriminar o tráfego de dados é preciso monitorar
Devemos ter uma permissão legal para o monitoramento sem garantias
adequadas a direitos dos internautas?
Global Assessment of Internet and Digital Media
Fuente: Freedom on the Net 2011, Global Assessment of Internet and Digital Media, Freedom House
Internet Enemies
Fuente: Reporters without Borders for Press Freedom, Internet Enemies, march 2011
Reporters without Borders for Press Freedom, Internet Enemies, 2012
Artículo 27. En los servicios de radio, televisión y medios electrónicos, no estápermitida la difusión de los mensajes que:
1.Inciten o promuevan el odio y la intolerancia por razones religiosas, políticas, pordiferencia de género, por racismo o xenofobia.
2. Inciten o promuevan y/o hagan apología al delito.
3. Constituyan propaganda de Guerra.
4. Fomenten zozobra en la ciudadanía o alteren el orden público.
5. Desconozcan a las autoridades legítimamente constituidas.
6. Induzcan al homicidio.
7. Inciten o promuevan el incumplimiento del ordenamiento jurídico vigente.
Ley de Responsabilidad Social en Radio, Televisión y Medios
Electrónicos. Gaceta Oficial No 39.610 del 07 de febrero de 2011
Artículo 27. En los servicios de radio, televisión y medios electrónicos, no estápermitida la difusión de los mensajes que:
1.Inciten o promuevan el odio y la intolerancia por razones religiosas, políticas, pordiferencia de género, por racismo o xenofobia.
2. Inciten o promuevan y/o hagan apología al delito.
3. Constituyan propaganda de Guerra.
4. Fomenten zozobra en la ciudadanía o alteren el orden público.
stimulate anxiety among the people or affect the public order
5. Desconozcan a las autoridades legítimamente constituidas.
fail to recognize the legitimate authorities
6. Induzcan al homicidio.
7. Inciten o promuevan el incumplimiento del ordenamiento jurídico vigente.
Ley de Responsabilidad Social en Radio, Televisión y Medios
Electrónicos. Gaceta Oficial No 39.610 del 07 de febrero de 2011
Los proveedores de medios electrónicos deberán establecer mecanismos quepermitan restringir, sin dilaciones, la difusión de mensajes divulgados que sesubsuman en las prohibiciones contenidas en el presente artículo,cuando ello seasolicitado por la Comisión Nacional de Telecomunicacionesen ejercicio de suscompetencias, en cuyo caso se aplicará el procedimiento previsto en el artículo 33 dela presente Ley.
ISP must filter content as per requests from NationalTelecomunications Commision
Parágrafo Segundo: los proveedores de medios electrónicos que no atiendan lassolicitudes realizadas por los órganos competentes a los fines de dar cumplimiento alas disposiciones de la presente Ley, serán sancionados conmulta de hasta uncuatro por ciento (4%) de los ingresos brutosgenerados en el ejercicio fiscalinmediatamente anterior a aquél en el cual se cometió la infracción.
Penalty up to 4% of gross revenue
Ley de Responsabilidad Social en Radio, Televisión y Medios
Electrónicos. Gaceta Oficial No 39.610 del 07 de febrero de 2011
Art. 20. O provedor de serviço de internet somente poderá ser responsabilizado por danos decorrentes de conteúdo gerado por terceiros se for notificado pelo ofendidoe não tomar as providências para, no âmbito do seu serviço e dentro de prazo razoável, tornar indisponível o conteúdo apontado como infringente.
Art. 20. O provedor de serviço de internet somente poderá ser responsabilizado por danos decorrentes de conteúdo gerado por terceiros se, após intimado para cumprir ordem judicial a respeito, não tomar as providências para, no âmbito do seu serviço e dentro do prazo assinalado, tornar indisponível o conteúdo apontado como infringente.
§ 2º O disposto neste artigo não se aplica quando setratar de infração a direitos de autor ou a direitosconexos.
Em menos de uma semana o STJ decidiu queprovedores têm24hs para retirar conteúdo do ardepois de notificados, que o Google não precisafiltrar as fotos da Xuxa na chave de busca e queum provedor de hospedagemresponde pelosdanos causados por umclassificado eróticocriado por site que ele apenas hospeda. Essasdiferentes interpretações só reforçamanecessidade do Marco Civil.