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D O S S I Ê H U C A M VITÓRIA, 7 DE MAIO DE 2012

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UFESHUCAM

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  • D O S S I H U C A M

    VITRIA, 7 DE MAIO DE 2012

  • H O S P I T A L U N I V E R S I T R I O Q U A L A I M P O R T N C I A

    D E L E P A R A V O C ?

    APRESENTAO

    Voc sabia que o Hospital Universitrio Cassiano Antnio Moraes (HUCAM), conhecido como Hospital das Clnicas da Universidade Federal do Esprito Santo, em Vitria, o maior da rede pblica capixaba? Sabia que ele tem papel fundamental na assistncia, no ensino e na pesquisa? Sabia que o hospital-escola referncia na alta com-plexidade e todos os atendimentos so feitos pelo SUS? Voc sabia que hoje 59% dos leitos de internao esto desativados por falta de funcionrios e que o hospital cor-re o risco de fechar as portas? Afinal, qual a importncia do Hospital Universitrio para voc? Este documento a segunda verso do DOSSI, fruto de um extenso trabalho liderado por estudantes de Me-dicina da UFES, representados pelo Diretrio Acadmico (DAMUFES), cujo objetivo principal dar o mximo de vi-sibilidade s mazelas do Hospital das Clnicas, sem es-conder ou minimizar qualquer situao. Acreditamos que no seja possvel propor solues eficazes sem o devido conhecimento dos problemas. importante esclarecer, porm, que no se pretende denegrir ou manchar a imagem do hospital-escola, ainda considerado um dos melhores centros de sade do Esta-do. Dessa forma, coube novamente aos futuros mdicos, a dolorosa e importante misso de revelar ao pblico, com absoluta seriedade e transparncia, os bastidores do HU-CAM, atravs de relatrio, fotos e tabelas. Com tal atitude, portanto, o DAMUFES acredita es-tar dando uma crucial contribuio na luta em defesa do hospital-escola. A comunidade acadmica, a direo do hospital, a reitoria, os polticos, a imprensa e a sociedade capixaba no podem se omitir neste momento. Impedir o fechamento do Hospital Universitrio misso de todos!

    REFERNCIA. O Hospital Univertrio tem grande importncia para a assistncia, o ensino e a pesquisa. Sem ele, pacientes ficariam sem atendimento e os alunos e residentes, sem ter onde estudar.

  • Com foco no trip assistncia, ensino e pes-quisa, o Hospital Universitrio Cassiano Antnio Moraes HUCAM, localizado no campus de Ma-rupe da Universidade Federal do Esprito Santo (UFES), em Vitria, o maior da rede pblica do Estado, considerando os atendimentos ambula-toriais e hospitalares (veja a lista completa nos anexos 1 e 2). O hospital-escola oferece servi-os na ateno primria, secundria e terciria de sade, com ampla repercusso social, sendo referncia em casos de alta complexidade em diversas reas, como transplantes, cirurgia on-colgica, urologia, oftalmologia, reumatologia, maternidade de alto risco e UTI neonatal (veja mais exemplos no anexo 3). O atendimento feito exclusivamente atravs do Sistema nico de Sade (SUS), be-neficiando, todos os dias, centenas de pacien-tes, dos 78 municpios capixabas e tambm do sul da Bahia e leste de Minas Gerais, alm de outros estados no to prximos, como Tocan-tins e Rondnia. Alis, para muitos desses pa-cientes, sobretudo para a parcela mais carente da populao, o Hospital das Clnicas represen-ta a nica chance de obter atendimento digno, gratuito e de qualidade, atravs de acolhimen-to, diagnstico e tratamento adequados. O valor de cada vida salva pelos profissionais de sade que atuam no hospital-escola inestimvel. Por ano, nos 129 consultrios existentes, so realizadas aproximadamente 160 mil con-sultas em quase 150 reas da sade. O hospital tambm atinge outras marcas anuais impres-

    sionantes: 14 mil cirurgias de pequeno, mdio e grande porte, 10 mil internaes e mais de meio milho de exames laboratoriais e de imagem (anexo 6). Entretanto, mesmo detalhados, os nmeros ainda so insuficientes para expressar a relevncia do Hospital Universitrio (HU) para a sociedade capixaba. De modo geral, os servios se destacam pela excelncia, utilidade pblica e nmero de atendimentos, mas a maioria no recebe o de-vido reconhecimento. O servio de reumatologia do HUCAM, por exemplo, o principal centro de referncia em doenas reumticas do Estado, com uma mdia de 10 mil atendimentos por ano, entre consultas e procedimentos. Destacam-se trs servios: Centro de Infuso de Imunobiol-gicos, Assistncia e Pesquisa em Sndrome de Sjogren e Laboratrio de Avaliao, Condiciona-mento e Reabilitao. O ambulatrio de oftalmologia, por sua vez, concentra o maior nmero de atendimentos do hospital, quase 15% do total. Por dia, em torno de 100 pacientes so beneficiados, em diversas reas, como retinopatia diabtica, degenerao macular, catarata, glaucoma, viso subnormal, estrabismo, plstica ocular e urgncias (anexo 1). O setor tambm responsvel pela realiza-o de um grande nmero de transplantes de crnea e possui um Banco de Olhos prprio. J no campo cirrgico, cerca de 25% dos procedi-mentos realizados so de alta complexidade. O hospital referncia nas reas de aparelho di-gestivo, cardaca, urologia, vascular, torcica e

    T O D O S E M D E F E S A D O H O S P I T A L U N I V E R S I T R I O

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  • plstica, com nfase em oncologia. Em relao Radiologia e Diagnstico por Imagem, esto no Hospital das Clnicas os nicos equipamentos de ressonncia magntica e raio-x telecomandado disposio do SUS em todo o Estado. No setor de Hemodinmica e Car-diologia Intervencionista, so realizados procedi-mentos de alta complexidade, como cateterismo cardaco para diagnstico de doenas do apa-relho cardiovascular e estudo eletrofisiolgico e ablao por cateter com radiofrequncia para diagnstico e tratamento de arritmias cardacas. Na pneumologia, apenas o HUCAM ofe-rece os ambulatrios de tuberculose multirre-sistente e de outras micobactrias no-tuber-culosas, com mdicos dotados de uma vasta experincia. O mesmo se aplica infectologia, que possui um ambulatrio de HIV/AIDS para

    pacientes de difcil controle, com atendimento multiprofissional especializado. Tambm possui o nico centro de referncia em medicina tropi-cal do Esprito Santo, com nfase em paracoc-cidioidomicose, leishmaniose e outras doenas infecto-parasitrias. J na pediatria, entre os vrios ambulatrios de especialidades, vlido citar a hematologia, que presta assistncia aos pacientes com doena falciforme. Alm da assistncia, o Hospital das Clni-cas tambm referncia na formao de profis-sionais de sade, no desenvolvimento de pes-quisas e avaliao de tecnologias em sade. Na condio de hospital de ensino da UFES, serve como campo de prtica para os estudan-tes dos cursos do Centro de Cincias da Sade (CCS), no campus de Marupe. Ao todo, alunos de oito cursos de graduao, oito de ps-gra-

    FOTO: DAMUFES

    SERVIOSO hospital faz atendimentos na ateno prim-ria, secundria e terciria. Por ano, nos 129 consultrios existentes, so realizadas apro-ximadamente 160 mil consul-tas em quase 150 reas da sade.

  • duao, 23 programas de Residncia Mdica e da Residncia Multiprofissional dependem do hospital-escola, de maneiras distintas (anexo 8). Por dia, cerca de 450 acadmicos de Medicina e residentes desenvolvem atividades nos ambula-trios e enfermarias do HUCAM. inegvel a relevncia do Hospital Uni-versitrio na formao e qualificao dos estu-dantes de sade do maior centro de ensino do Estado, a UFES. Sem ele, portanto, a existncia de cursos como Medicina, Enfermagem e Resi-dncia perde o sentido, porque a formao dos profissionais de sade essencialmente terico-prtica, tendo como base o contato direto com o paciente. No caso do curso de Medicina, por exemplo, a maior parte das disciplinas de oito dos 12 perodos utiliza o hospital como alicerce curricular. Nos quatro ltimos perodos da gra-duao, fase conhecida por Internato, 100% da carga horria desenvolvida nas dependncias hospitalares. J na pesquisa, o hospital-escola permite o desenvolvimento de estudos clnicos nacionais e internacionais de grande impacto cientfico, tanto na medicina quanto em outras reas. Na linha tecnolgica, o HUCAM conta com um N-cleo de Telessade (NUTES), ligado Rede Uni-

    versitria de Telemedicina (RUTE) e criado com a finalidade de coordenar e executar aes re-lacionadas com a Tecnologia da Informao em Sade e desenvolver Projetos de Teleassistn-cia. O setor possui uma sala de videoconfern-cia equipada e j oferece servios de sade es-pecializada distncia para a populao, como emisso de laudos e segunda opinio mdica. Alm disso, os profissionais do hospital-escola participam, via internet, de 13 SIGs (Grupos Es-peciais de Interesse), para capacitao e atuali-zao nos temas. AMEAA Agora, grande o risco de fechamento do Hos-pital Universitrio e de descredenciamento dos cursos de graduao e residncia. A falncia do hospital-escola multifatorial, mas o problema mais grave a defasagem de funcionrios, de todas as categorias, que h dcadas penaliza a unidade e impe duras restries ao seu ple-no funcionamento. Estima-se, hoje, que o dficit seja da ordem de 800 profissionais. At o mo-mento, lamentavelmente, as autoridades foram incapazes de sanar o problema de forma eficaz e definitiva. O antigo Sanatrio Getlio Vargas foi ce-

    CORREDOR FANTASMANo setor de Clnica Cirrgi-ca, todos os 21 leitos de uma ala esto fecha-dos. Em todo o hospital, so 187 (59%) leitos sem pacientes.

    FOTO: DAMUFES

  • dido UFES e tornou-se Hospital das Clnicas em 1967, para atender as necessidades do cur-so de Medicina. Em 1980, passou a se chamar Hospital Universitrio Cassiano Antnio Mora-es. Desde ento, houve notvel crescimento da unidade, com a ampliao da estrutura fsica e criao de novos servios, sempre custa de acordos provisrios, porque nunca foi realiza-do, por parte do governo federal, planejamento financeiro e de recursos humanos para acompa-nhar esse processo. Diante da omisso histrica da Unio, pela no realizao de concurso pblico para recom-posio do quadro efetivo, a falta de pessoal foi inevitvel. Alis, ao longo dos anos, a escassez de recursos humanos, aliada ao baixo investi-mento financeiro, ao sucateamento da infraes-trutura e gesto pouco eficiente, frutos do des-caso governamental, produziram um cenrio to desfavorvel que j tornam invivel o funciona-mento do nico Hospital Universitrio do Estado. Sem autonomia para contratar profissio-nais em carter permanente, a UFES e o HUCAM foram obrigados a buscar solues paliativas, como convnios com as prefeituras e o governo estadual, contratos provisrios, cesso de servi-dores de outros rgos e, principalmente, terceiri-zaes, na tentativa de garantir o funcionamento

    do hospital-escola. Nesse contexto, lament-vel constatar que o Hospital Universitrio s est de p, hoje, devido a migalhas e esmolas. Tais medidas, porm, sempre esbarram em questes jurdicas e burocrticas, expondo o hospital a multas milionrias e processos judiciais desgas-tantes e desnecessrios e, pior, no resolvem a carncia de pessoal de modo permanente.

    RECURSOS HUMANOS O trmino de um convnio entre a Prefeitura de Vitria e a Fundao de Apoio (FAHUCAM) no dia 30 de maro deste ano, que mantinha 125 funcionrios em vrios setores do hospital, agra-vou a situao e precipitou a crise. De imediato, houve a interrupo dos servios do pronto-so-corro (fechado estrategicamente desde feve-reiro para reforma), a desativao de 48 leitos, incluindo duas das oito vagas de UTI adulto, o fechamento do Hospital Dia para pacientes ex-ternos, a suspenso parcial das internaes e o cancelamento de cirurgias. O Hospital Dia um setor de internao parcial para administrao de medicamentos de uso hospitalar, como anti-biticos, quimioterpicos e imunomoduladores. Na Clnica Mdica, um dos setores mais pre-judicados, a falta de mdicos plantonistas tem gerado constantes furos na escala, deixando os

    FALTAM PROFISSIONAISCom a sada de 125 funcionrios no fim de maro, 48 leitos foram fechados, inter-naes foram suspensas e cirurgias foram canceladas.

    FOTO: DAMUFES

  • pacientes desassistidos. Alm disso, alguns alunos e residentes tiveram que interromper parcialmente suas ati-vidades acadmicas devido falta de pacientes e de condies de trabalho e estudo. Quanto aos 23 programas de Residncia Mdica, em especial, o cenrio muito preocupante. Alm do nmero reduzidos de pacientes e inmeras dificuldades inerentes aos servios, os mdicos-residentes tambm tm que enfrentar a ausn-cia quase constante de preceptoria durante os plantes da enfermaria. A falta de mdicos mais comum na clnica mdica. Diante dessa situao, existe o risco de descredenciamento de algumas especialidades. A Comisso de Re-sidncia Mdica - COREME j estuda oferecer menos programas e vagas no processo seletivo deste ano. O convnio no foi renovado por conta de questes trabalhistas e judiciais. A FAHUCAM foi multada pela Receita Federal em R$ 4,5 milhes em razo da falta de isonomia salarial entre os funcionrios desse convnio e dos demais vncu-los, referente ao ano de 2008. Com isso, a Fun-dao de Apoio est impossibilitada de celebrar convnios para prover mo-de-obra ao hospital. Aps protestos e um posicionamento fa-vorvel do Ministrio Pblico Federal no Espri-

    to Santo (MPF/ES), o Conselho Universitrio da UFES aprovou no dia 9 de abril a contratao emergencial de 74 funcionrios para o HUCAM, entre mdicos, enfermeiros e tcnicos. O nme-ro, definido pela direo do hospital, suficiente para reabrir apenas alguns leitos e servios, e no resolve a carncia de pessoal. Alis, a de-fasagem ir aumentar, j que 125 foram dispen-sados e apenas 74 sero admitidos. Alm disso, esse quantitativo no contempla a demanda do pronto-socorro, que s deve reabrir depois de agosto, se houver nova contratao. importante esclarecer que esses 74 pro-fissionais sero incorporados ao quadro do Hos-pital das Clnicas atravs de um termo aditivo a um contrato existente h quatro anos com uma empresa terceirizada (Express) que j mantm 288 trabalhadores, das reas administrativa e assistencial, em quase todos os setores da uni-dade. O grande problema que tal contrato en-cerra-se em agosto deste ano, sem possibilidade de renovao. Se nada for feito para contornar a situao, o hospital perder 362 funcionrios de uma s vez, culminando obrigatoriamente com a interrupo de servios, inclusive ambulatoriais, ou at o fechamento total do HUCAM. O quadro atual de funcionrios do Hospi-tal das Clnicas formado por 1669 profissionais.

    HOSPITAL VAZIO

    Por falta de funcionrios,

    at leitos e col-ches novos,

    adquiridos por meio de aes realizadas pela

    Sociedade Bene-ficente de Assis-tncia ao Hospi-tal Universitrio,

    esto vazios.

    FOTO: DAMUFES

  • Quase metade desse grupo no servidor con-cursado, e sim pessoal terceirizado e cedidos de outros rgos, entre outros vnculos (anexo 6). Dessa forma, h quatro anos o hospital gasta em torno de um tero de seu custeio global no pagamento de mo-de-obra terceirizada, na ten-tativa de suprir parcialmente a carncia de recur-sos humanos, ao invs de investir o montante na compra de remdios e materiais de insumo ou mesmo na manuteno da estrutura fsica. Em meio a tantas adversidades, h ainda uma demanda interna polmica. Os servidores da UFES que atuam nas dependncias do Hos-pital Universitrio recebem por uma jornada de trabalho de oito horas dirias, mas s cumprem efetivamente seis, em razo de um acordo fir-mado entre o sindicato e o governo. Na verdade, no h ponto eletrnico ou nenhum outro meio que permita controlar a frequncia e pontuali-dade dos trabalhadores concursados. Tal fato agrava, sem dvida, a carncia de mo-de-obra no hospital e, por isso, est sendo investigado pelo Ministrio Pblico Federal.

    JUSTIA Em 2008, o HUCAM operava com um dficit de 688 servidores em 39 reas, incluindo 283 tcni-cos de enfermagem, 130 da rea administrativa,

    56 enfermeiros e 50 mdicos, segundo avalia-o do Ministrio Pblico Federal. Os dados so de duas auditorias externas realizadas naquele ano, aps a ecloso de mais uma crise pela falta de funcionrios. Em seu texto, o procurador da Repblica Andr Pimentel Filho foi taxativo: O HUCAM sem-pre fica merc de solues paliativas que du-ram somente at a ecloso da prxima crise (...). Os recursos estadual e municipal so desviados para a manuteno de um hospital federal (...). o fato que a Unio vem se omitindo gravemente no enfrentamento do problema. Em fevereiro de 2009, o MPF/ES ajuizou a ao civil pblica e, em outubro de 2010, a Justia Federal determi-nou que a Unio e a UFES realizassem concur-so pblico em um prazo de 90 dias para o preen-chimento das 688 vagas at dezembro de 2011. Na poca, a sentena do juiz Francisco de Assis Basilio de Moraes foi categrica: Ser que algum representante dos entes litigantes (Unio e UFES) usa ou j usou os servios para consultas ou outros servios? (...). A contratao de mais servidores, via concurso pblico, com certeza levar o HUCAM a um padro de ex-celncia equivalente ao de grandes hospitais da rede privada (...). o que a populao anseia (...). Se h previso legal de cargos, se h ora-

    FOTO: DAMUFES

    MENOS ASSISTNCIADois de oito leitos do Centro de Terapia Inten-siva esto desa-tivados desde o incio de abril. Em outros se-tores, leitos equipados com bombas de infu-so, monitores e respirador tam-bm esto sem pacientes.

  • mento contemplado para o provimento dos mes-mos, por que a Administrao Pblica Federal reluta em cumprir o seu compromisso constitu-cional? Ser que o bizarro contingenciamento oramentrio? O acmulo de supervit primrio nas contas pblicas mais importante que as vidas que podem ser salvas pelos profissionais do HUCAM?. No entanto, em janeiro de 2011 a Unio recorreu e conseguiu suspender a deciso. O MPF/ES tentou derrubar a liminar, mas, aps idas e vindas, o processo foi arquivado no ano passado. Apesar da determinao judicial, o go-verno federal deu s costas para todos os ca-pixabas e se recusou a resolver a carncia de recursos humanos do Hospital Universitrio. As consequncias desse descaso so visveis e po-dem custar muito caro. SOLUO At aqui, apesar das dificuldades e mesmo ope-rando no limite h dcadas, o HUCAM persistiu no propsito de garantir assistncia, ensino e pesquisa de qualidade. Entretanto, caso a ca-rncia de recursos humanos continue crescen-do, ser impossvel manter o Hospital Universi-trio de p. O fato que o dficit de pessoal,

    sobretudo de tcnicos, atinge todos os 46 hos-pitais universitrios federais. Atualmente, a fora de trabalho dos HUs de cerca de 70 mil profis-sionais. Destes, 53,5 mil so servidores concur-sados e 26,5 mil so recrutados por intermdio das fundaes de apoio das universidades, com bases legais frgeis. Esse sistema foi adotado para driblar a falta de autonomia para realizar concurso pbli-co, j que o governo federal manteve-se omis-so ao longo dos anos. Alis, o ento ministro da Educao, Fernando Haddad, admitiu o aban-dono: H 30 anos, os HUs trabalham sem que ningum os diga como deveriam se organizar (...) houve um jogo de empurra entre o MEC e o Ministrio da Sade. Frente ao impasse, o Tribunal de Contas da Unio (TCU) determinou a regularizao da situao, para que todos os postos de trabalho irregulares fossem preenchi-dos por servidores concursados. A criao da Empresa Brasileira de Servi-os Hospitalares EBSERH, cuja lei foi sancio-nada pela presidente Dilma Rousseff em dezem-bro de 2011, a sada proposta pelo governo federal para desfazer os antigos gargalos que castigam os hospitais de ensino, conforme diag-nstico traado pelo Programa Nacional de Rees-

    SADE EM RISCOO Hucam referncia em gestao de alto risco, mas na UTI Neonatal s h profissionais suficientes para manter 12 dos 24 leitos.

    FOTO: DAMUFES

  • truturao dos Hospitais Universitrios Federais (REHUF). Trata-se de uma estatal de direito pri-vado, ligada ao MEC, que visa administrar os re-cursos financeiros e humanos dessas unidades, atendendo, dessa forma, exigncia do TCU. De acordo com o texto do estatuto, a EB-SERH ter por finalidade a prestao de servi-os gratuitos de assistncia mdico-hospitalar, ambulatorial e de apoio diagnstico e terapu-tico comunidade, inseridos integral e exclusi-vamente no mbito do SUS, entre outras aes. A implantao da estatal est avanando em Braslia, mas sofre resistncia dos movimentos sociais, sobretudo dos tcnico-administrativos e alunos das universidades federais. A empresa pretende firmar contratos com os primeiros HUs no segundo semestre deste ano, aps aprova-o de cada Conselho Universitrio. Existem poucas alternativas para impedir o fechamento do HUCAM. Em curto prazo, a sa-da buscar medidas paliativas para manter o hospital como ele est hoje e evitar que o dficit

    de pessoal cresa ainda mais. preciso garantir que o hospital-escola sobreviva at a chegada de uma soluo definitiva e, nesse sentido, o apoio das autoridades locais fundamental. J que o governo federal declaradamente no tem interesse na soluo ideal (concurso pblico), a nica soluo permanente possvel no momento a Empresa Brasileira de Servios Hospitalares, mas no h consenso em torno do assunto. VERBA Orado em R$ 42,5 milhes em 2010, o custeio global do HUCAM advm, em maior parte (90%), da prestao de servios de alta e mdia comple-xidade populao atravs do SUS e, em me-nor proporo, de complementos dos governos municipal, estadual e federal e da prpria uni-versidade. Na prtica, quem mantm o hospital-escola no o Ministrio da Educao, e sim o Ministrio da Sade, por meio do contrato de ges-to (Plano Operativo Anual POA) com o repre-sentante local (Secretaria de Estado da Sade).

    DESCASO PBLICO

    O setor de Clni-ca Mdica um dos mais afeta-

    dos pela falta de profissionais.

    Hoje, das 105 vagas distribui-das pelo hospi-

    tal, apenas 34 esto abertas.

    Quem perde, mais uma vez, a populao

    carente que de-pende do SUS.

    FOTO: DAMUFES

  • Apesar de o MEC contribuir com uma par-cela nove vezes menor que a pasta da Sade, atualmente o Hospital das Clnicas no enfren-ta escassez de verba, segundo informaes do diretor superintendente, Dr. Emlio Mameri, re-eleito recentemente para mais quatro anos de mandato a frente do hospital. H cinco anos, o HUCAM acumulava uma dvida de R$ 4 milhes e um dficit mensal em torno de R$ 600 mil. Des-de 2009, porm, impera o equilbrio financeiro. caro manter um hospital-escola, porque os alu-nos e residentes precisam participar das ativida-des, como forma de aprendizado. Por isso, nos hospitais de ensino, o gasto at 40% superior aos de uma unidade normal. O HUCAM um rgo suplementar es-tratgico da UFES e tm autonomia administra-tiva, financeira e jurdica. fundamental para o desenvolvimento das atividades acadmicas, na condio de laboratrio de ensino e campo de pesquisa. Entretanto, o hospital sempre arcou com as despesas de gua, luz e telefone de par-te do campus de Marupe. Entre 2000 e 2010, foram gastos cerca de R$ 25 milhes com as dvidas de mais de 10 imveis, como Instituto

    de Odontologia (IOUFES), Biblioteca e Ncleo de Doenas Infecciosas (NDI), alm das depen-dncias prprias. At as faturas do HEMOES, que de responsabilidade do governo do Estado, so to-talmente custeadas pelo Hospital das Clnicas. Nunca houve qualquer tipo de ressarcimento, de nenhuma fonte, para quitar ou minimizar o rombo mensal de R$ 190 mil. A cifra milionria desviada nesse perodo de 11 anos para o pa-gamento de dbitos imprprios poderia ter tido outro destino, como por exemplo a compra de equipamentos ou manuteno das instalaes fsicas. VAGASAtualmente, por falta de profissionais, o HUCAM no usa 59% dos leitos. O hospital tem uma ca-pacidade instalada de 315 leitos. Infelizmente, 187 vagas esto desativadas e restam apenas 128 para atender a populao (anexo 5). A cada 5 leitos, trs esto sem pacientes. O clculo j inclui as 48 vagas fechadas por conta da atual crise. O nmero de leitos desativados cresce medida que cai a fora de trabalho. Os setores

    SOBRAMLEITOS Na Pediatria, 30 dos 51 leitos nunca recebe-ram um paciente sequer, incluindo 10 leitos de UTI, quatro de semi-intensivo, dois leitos de isola-mento e 14 vagas de interna-o comum.

    FOTO: DAMUFES

  • mais prejudicados so a clnica mdica e cirrgi-ca que, juntos, operam com 63% de ociosidade. Dos 105 leitos clnicos distribudos pelo hospital, apenas 34 podem receber pacientes, com des-taque para a Nefrologia, que possui profissionais suficientes para manter s quatro dos 10 leitos. Entre os leitos cirrgicos, 47 dos 81 es-to inativos, sendo que 26 foram fechados nos ltimos dias. No hospital, um corredor inteiro do setor clnica cirrgica est simplesmente esque-cido. No momento, devido ao fechamento do pronto-socorro e carncia de pessoal e de va-gas, houve uma queda de 50% no nmero de procedimentos no centro cirrgico, em mdia. J na pediatria, 30 dos 51 leitos nunca receberam um paciente sequer, incluindo 10 leitos de UTI, quatro de semi-intensivo, dois leitos de isolamen-to e 14 vagas de internao comum. O mesmo vale para a UTI Neonatal, que opera com 12 dos 24 leitos. Na UTI Adulto, por sua vez, 2 dois oito lei-tos seguem bloqueados desde o incio de abril. Em todo o hospital, at leitos e colches novos, adquiridos por meio de aes realizadas pela

    Sociedade Beneficente de Assistncia ao Hos-pital Universitrio SOBEM-HU, esto vazios. A falta de funcionrios e de vagas atinge todos os setores, mas em alguns o impacto ainda no to significativo, como na Maternidade, que mantm 19 dos 24 leitos abertos. Diante desse panorama, no mnimo curioso o fato de o governo gastar cifras milion-rias na compra de leitos na iniciativa privada para pacientes do SUS, enquanto 56% das vagas de um dos melhores hospitais do Estado continuam vazias. Quem perde, mais uma vez, a popu-lao carente que depende da sade pblica e, ainda, os alunos e residentes que necessitam de um campo de prtica para sua formao.

    PROTESTO Perante um cenrio to crtico, o Diretrio Aca-dmico de Medicina da UFES (DAMUFES) deu incio ao Movimento em Defesa do Hospital Uni-versitrio. No dia 2 de abril, cerca de 800 pes-soas, entre alunos, residentes e funcionrios, participaram de um ato pblico histrico, com uma passeata pacfica do HUCAM ao Teatro

    PROTESTO NAS RUASEm defesa

    do Hospital Universitrio, cerca de 800

    alunos, residen-tes e funcion-

    rios fizeram uma passeata do Hucam ao

    Teatro da Ufes em abril.

    FOTO: DIVULGAO

  • Universitrio, no campus de Goiabeiras. A ma-nifestao ocorreu no mesmo dia da cerimnia de posse do novo reitor da UFES, Reinaldo Cen-toducatte, com o intuito de dar visibilidade aos problemas que afligem o hospital e sensibilizar a opinio pblica. Se o Hospital das Clnicas fechar, milha-res de pacientes que dependem do SUS vo ficar sem consultas, cirurgias e exames, e cen-tenas de alunos e residentes no tero onde es-tudar, trabalhar e pesquisar. Ou seja, os cursos de graduao e residncia deixaro de existir. Sem o HUCAM, a rede pblica de sade do Es-tado, que j funciona frequentemente beira do caos, entrar definitivamente em colapso. Por tudo isso, o DAMUFES tem cobrado uma ao mais efetiva da direo do hospital e da Reitoria.

    Os alunos tambm j fizeram um apelo banca-da federal capixaba e acionaram novamente o Ministrio Pblico Federal. Acima de tudo, ao expor os bastidores do HUCAM, este DOSSI objetiva exigir do poder pblico um maior engajamento na definio ime-diata de estratgias para estancar a atual crise e, principalmente, solucionar o dficit de funcion-rios de forma definitiva. Para tanto, fundamen-tal a participao ativa dos alunos, professores, funcionrios, pacientes, gestores, polticos, im-prensa, enfim, de toda a sociedade capixaba na rdua e nobre luta em prol do hospital-escola. Afinal, a importncia do Hospital Universitrio inquestionvel e, por isso, impedir o seu fe-chamento misso de todos. O HUCAM NO PODE PARAR!

    AMEAA grande o risco

    de fechamento do HUCAM e

    dos cursos de graduao e re-sidncia, como

    sugere o caixo levado pelos

    alunos no pro-testo em abril.

    Por isso, as autoridades no

    podem fechar os olhos para as mazelas do Hospital

    Universitrio.

    FOTO: DIVULGAO

  • Anexo 1. Servios AmbulatoriaisPEDIATRIA

    1 Ambulatrio de Pediatria Geral 2 Ambulatrio de Nefrologia Peditrica3 Ambulatrio de Gastroenterologia Peditrica

    4 Ambulatrio de Hematologia Peditrica / Anemia Falciforme

    5 Ambulatrio de Alergia / Asma6 Ambulatrio de Pneumologia Peditrica

    7 Ambulatrio de TDAH (Transtorno de Dficit de Ateno e Hiperatividade)

    8 Ambulatrio de Cirurgia Peditrica 9 Ambulatrio de Neurologia Peditrica

    10 Ambulatrio de Endocrinologia Peditrica11 Ambulatrio de Crescimento12 Ambulatrio de Gentica Mdica

    13 Ambulatrio de Neonatologia / Acompanhamento de Prematuros

    14 Ambulatrio de Adolescente 15 Ambulatrio de Psiquiatria16 Ambulatrio de Psicologia17 Ambulatrio de Psicopedagogia Infantil 18 Ambulatrio de Fonoaudiologia

    CIRURGIA GERAL19 Ambulatrio de Cirurgia Geral

    CIRURGIA DO APARELHO DIGESTIVO20 Ambulatrio de Cirurgia do Aparelho Digestivo21 Ambulatrio de C.A.D - Cirurgia Baritrica

    22 Ambulatrio de C.A.D - Cirurgia Hepatobiliopancretica

    23 Ambulatrio de C.A.D - Cirurgia da Hipertenso da Veia Porta CIRURGIA DE CABEA E PESCOO

    24 Ambulatrio de Cirurgia de Cabea e PescooCOLOPROCTOLOGIA

    25 Ambulatrio de Proctologia CIRURGIA VASCULAR

    26 Ambulatrio de Angiologia e Cirurgia VascularCIRURGIA TORCICA

    27 Ambulatrio de Cirurgia de TraxCIRURGIA CARDIOVASCULAR

    28 Ambulatrio de Cirurgia Cardaca Vlvulas e Marcapasso

    29 Ambulatrio de Cirurgia Cardaca Revascularizao Miocrdica CIRURGIA PLSTICA

    30 Ambulatrio de Cirurgia Plstica Geral e Onco-Plstica

    31 Ambulatrio de Cirurgia Plstica Reconstrutora32 Ambulatrio de Cirurgia Plstica Ps Baritrica

    UROLOGIA33 Ambulatrio de Urologia Geral34 Ambulatrio de Urologia Oncolgica35 Ambulatrio de Urologia - Prstata36 Ambulatrio de Urologia Feminina37 Ambulatrio de Urologia - Neurologia38 Ambulatrio de Urologia - Litase 39 Ambulatrio de Urologia Peditrica

    GINECOLOGIA E OBSTETRCIA 40 Ambulatrio de Ginecologia e Obstetrcia Geral 41 Ambulatrio de Pr-natal de Alto Risco

    42 Ambulatrio de Doenas Sexualmente Transmissveis (DSTs)

    43 Ambulatrio de Colposcopia 44 Ambulatrio de Cirurgia de Alta Frequncia (CAF)45 Ambulatrio de Pequenas Cirurgias 46 Ambulatrio de Ginecologia Infanto-Puberal47 Ambulatrio de Cirurgia Ginecolgica 48 Ambulatrio de Ginecologia Oncolgica 49 Ambulatrio de Infertilidade 50 Ambulatrio de Videolaparoscopia e Histeroscopia51 Ambulatrio de Planejamento Familiar 52 Ambulatrio de Uro-ginecologia53 Ambulatrio de Climatrio 54 Ambulatrio de Osteoporose 55 Ambulatrio de Endcrino-ginecologia

    MASTOLOGIA56 Ambulatrio de Mastologia

    CLNICA MDICA 57 Ambulatrio de Clnica Mdica Geral

    GASTROENTEROLOGIA58 Ambulatrio de Gastroenterologia Geral 59 Ambulatrio de Pncreas60 Ambulatrio de Intestino 61 Ambulatrio de Hepatologia

    SADE MENTAL62 Ambulatrio de Psiquiatria 63 Centro de Ateno Psicossocial Infantil (CAPS-I)

    ENDOCRINOLOGIA E METABOLOGIA64 Ambulatrio de Endocrinologia Geral 65 Ambulatrio de Diabetes66 Ambulatrio de Obesidade67 Ambulatrio de Tireide68 Ambulatrio de Distrbios do Crescimento

    CARDIOLOGIA69 Ambulatrio de Cardiologia Geral70 Ambulatrio de Arritmias71 Ambulatrio de Risco Cirrgico

  • Anexo 1. continuaoNEFROLOGIA

    72 Ambulatrio de Nefrologia Geral73 Ambulatrio de Glomerulopatias

    74 Ambulatrio de Preveno da Doena Renal Crnica

    75 Ambulatrio de Transplante RenalHEMATOLOGIA E HEMOTERAPIA

    76 Ambulatrio de Hematologia Geral 77 Ambulatrio de Onco-hematologia

    DERMATOLOGIA78 Ambulatrio de Dermatologia Geral 79 Ambulatrio de Hansenase 80 Ambulatrio de Psorase 81 Ambulatrio de Dermatoscopia82 Ambulatrio de Cosmiatria83 Ambulatrio de Dermatopatologia 84 Ambulatrio de Cirurgia Dermatolgica

    DOENAS INFECTO-PARASITRIAS85 Ambulatrio de Infectologia Geral 86 Ambulatrio de Medicina Tropical87 Ambulatrio de Hepatites Virais88 Ambulatrio de Acidentes Prfuro Cortantes89 Ambulatrio de HIV/AIDS Geral90 Ambulatrio de HIV/AIDS Multifalhados91 Ambulatrio de HIV/AIDS Cardiologia92 Ambulatrio de HIV/AIDS Urologia93 Ambulatrio de HIV/AIDS Dermatologia

    REUMATOLOGIA

    94 Ambulatrio de Reumatologia Geral (triagem, investigao e diagnstico)

    95 Ambulatrio de Lpus Eritematoso Sistmico96 Ambulatrio de Vasculites e Outras Colagenoses97 Ambulatrio de Artrite Reumatoide

    98Ambulatrio de Sndrome de Sjogren com propedutica (teste de Schirmer, bipsia de glndula salivar e sialometria)

    99 Ambulatrio de Fibromialgia e Dor Crnica

    100 Ambulatrio de Espondiloartrites (Espondilite Anquilosante e outros)

    101 Ambulatrio de Doenas Osteometablicas (Osteoporose e outros)

    102 Ambulatrio de Reumatologia Peditrica

    103 Laboratrio de Avaliao, Condicionamento e Reabilitao (LACORE)

    104 Consulta de Enfermagem 105 Centro de Infuso de Imunobiolgicos

    PNEUMOLOGIA 106 Ambulatrio de Pneumologia Geral107 Ambulatrio de Tuberculose Geral

    108 Ambulatrio de Tuberculose Multirresistente109 Ambulatrio de Tuberculose Latente (Profilaxia)110 Ambulatrio de Micobactrias No-Tuberculosas

    111 Ambulatrio de Prova de Funo Pulmonar / Espirometria

    112 Ambulatrio de Risco Cirrgico113 Ambulatrio de Asma114 Ambulatrio de Alergia

    ANESTESIOLOGIA

    115 Ambulatrio de Avaliao Pr Anestsica (risco cirrgico)NEUROLOGIA

    116 Ambulatrio de Neurologia Geral 117 Ambulatrio de Distrbios do Movimento118 Ambulatrio de Epilepsia119 Ambulatrio de Esclerose Mltipla

    ORTOPEDIA120 Ambulatrio de Ortopedia

    OTORRINOLARINGOLOGIA

    121 Ambulatrio de Otorrinolaringologia Geral - Adulto e Infantil

    122 Audiometria e Impedanciometria123 Videoendoscopia Nasal e Rino-Farngea124 Ambulatrio de Fonoaudiologia

    OFTALMOLOGIA125 Ambulatrio de Oftalmologia Geral 126 Banco de Olhos127 Triagem de Urgncias Oftalmolgicas128 Ambulatrio de Glaucoma129 Ambulatrio de Retina / Degenerao Macular130 Ambulatrio de Retinopatia Diabtica131 Ambulatrio de Plstica Ocular132 Ambulatrio de Doenas da Superfcie Ocular133 Ambulatrio de Catarata134 Ambulatrio de Viso Subnormal135 Ambulatrio de Estrabismo136 Ambulatrio de Terapia Ocupacional

    OUTROS137 Ambulatrio de Acupuntura138 Setor de Vacinao139 Ambulatrio de Dor Crnica140 Programa de Atendimento ao Alcoolista 141 Programa de Combate ao Tabagismo

    142 Ncleo de Ateno Sade do Trabalhador (NAST)

    143 Ambulatrio de Nutrio144 Servio de Patologia145 Ambulatrio de Fonoaudiologia146 Ambulatrio de Terapia Ocupacional

  • Anexo 2. Estrutura HospitalarCentro Cirrgico Salas de Pequenas CirurgiasUnidade de Emergncia (pronto-socorro)Servio de Diagnstico por Imagem (Tomografia Com-putadorizada, Ressonncia Magntica, Raio-X (fixo, porttil e telecomandado), Mamografia, Ultrassom (fixo e porttil), Ecocardiografia e Densitometria)Hemodinmica e Cardiologia IntervencionistaSetor de DiliseHospital DiaServio de Endoscopia Setor de Precauo de Contato e Isolamento de Bactrias Multirresistentes Clnica Mdica (Clnica Geral, Gastroenterologia, Neurologia, Reumatologia, Cardiologia, Infectologia, Hematologia, Pneumologia e Nefrologia)UTI AdultoPr Parto / Centro ObsttricoMaternidade / Alojamento ConjuntoGinecologia / MastologiaClnica Cirrgica (Cirurgia Geral, Aparelho Digestivo, Vascular, Torcica, Plstica,Cardaca, Urologia, Cabea e Pescoo, Proctologia e Oftalmologia)UTI Neonatal / Unidade Intermediria NeonatalPediatria Laboratrio de Anlises Clnicas (Rotina / Urgncia)Banco de Leite HumanoBanco de SangueServio de Patologia

    Anexo 4. Exemplos de Servios onde o HUCAM Referncia1) Transplante renal 2) Hemodilise e Dilise Peritoneal com equipamentos de ltima gerao3) Radiologia intervencionista de alta complexidade (arteriografia seletiva)4) Cateterismo cardaco para diagnstico de doenas do aparelho cardiovascular5) Cirurgia cardiovascular intervencionista de alta com-plexidade (angioplastia coronariana e valvuloplastias)6) Cirurgia cardaca para implante de marcapasso7) Cirurgia para correo endovascular de aneurisma/disseco da aorta8) Estudo eletrofisiolgico e ablao por cateter com radiofrequncia para diagnstico e tratamento de arritmias cardacas9) Videotoracoscopia para diagnstico e tratamento de doenas torcicas10) Ambulatrio de tuberculose multirresistente 11) Servio de oftalmologia clnica especializada e cirurgia oftalmolgica de alta complexidade 12) Transplante de crnea13) Servio de referncia em Reumatologia com Centro de Infuso de Imunobiolgicos e Laboratrio de Avaliao, Condicionamento e Reabilitao (LACORE)14) Ambulatrio de diagnstico, tratamento e pesquisa da Sndrome de Sjogren 15) Servio de referncia em HIV/AIDS com laboratrio especializado e nfase em pacientes multifalhados16) Ambulatrio de Medicina Tropical, com nfase em paracoccidioidomicose e leishmaniose. 17) Hospital Dia (setor de internao parcial para administrao de medicamentos de uso hospitalar)18) Cirurgia para tratamento de cncer do aparelho digestivo (fgado, pncreas, vias biliares, clon, etc.)19) Colangiopancreatografia retrgrada endoscpica (CPRE) para diagnstico e tratamento de doenas do aparelho digestivo20) Quimioembolizao para tratamento de cncer heptico21) Cirurgia baritrica para tratamento de obesidade mrbida22) Ambulatrio de hematologia peditrica com nfase em doena falciforme 23) Servio de urologia especializada com nfase em oncologia 24) Cirurgia para tratamento do cncer ginecolgico e de mama25) Ateno integral gestante de alto risco 26) UTI especializada em recm-nascido prematuro27) Servio de neurologia clnica especializada28) Cirurgia vascular de alta complexidade29) Servio de dermatologia especializada e cirurgia dermatolgica30) Unidade de urgncia 24h clnica e cirrgica

    Anexo 3. Fora de TrabalhoServidores (MEC) = 930Terceirizados = 492Outros vnculos = 247Total = 1669 Obs1: Os dados so de 2011 e englobam os profis-sionais de todas as categorias e de todos os setores, inclusive ambulatrios. Obs2: Com o trmino do convnio com a FAHUCAM em maro, os 125 trabalhadores foram dispensados e no esto contabilizados.Obs3: Os 74 profissionais contratados de modo emer-gencial tambm no foram contabilizados.Obs4: No momento, trs empresas terceirizadas atuam no hospital: Instituto Excelence (higienizao e cozi-nha), Express (administrativo e assistncia) e APSA (anestesia).Obs5: O item outros vnculos inclue funcionrios cedi-dos de outros rgos (MS, SESA, PMV) e voluntrios.Obs6: Alguns funcionrios acumulam mais de um vnculo.Obs7: Alguns servidores do hospital esto empresta-dos a outros rgos.

  • Anexo 5. Leitos HospitalaresLeitos Clnicos = 105 total / 71 inativos Leitos Cirrgicos = 81 / 47Leitos Obsttricos = 24 / 19Leitos Ginecolgicos = 22 / 15Leitos Peditricos = 51 / 21 Leitos UTI Adulto = 8 / 2Leitos UTI Neonatal = 24 / 12Leitos Total = 315 Leitos Ativos = 128 (41%)Leitos Inativos = 187 (59%)Obs1: Os dados obedecem a classificao da portaria 312 do Ministrio da Sade (30/04/12). Obs2: 16 dos 51 leitos peditricos ainda no esto cadastrados, mas compe a capacidade instalada.Obs3: A estatstica j considera os 48 leitos desativa-dos devido atual crise.

    Anexo 8. Cursos do Centro de Cincias da Sade da UFESGRADUAO1) Medicina (80 vagas / ano) 2) Enfermagem (60)3) Odontologia (60)4) Farmcia (50)5) Terapia Ocupacional (50)6) Nutrio (50)7) Fonoaudiologia (50) 8) Fisioterapia (50)PS-GRADUAO (strictu senso)1) Doenas Infecciosas (Mestrado / Doutorado) 2) Biologia Vegetal (Mestrado) 3) Biotecnologia (Mestrado / Doutorado)4) Cincias Fisiolgicas (Mestrado / Doutorado)5) Clnica Odontolgica (Mestrado / Doutorado)6) Sade Coletiva (Mestrado)7) Medicina (Mestrado Profissional)8) Enfermagem (Mestrado Profissional)RESIDNCIA1) Clnica Mdica (11 vagas / ano)2) Cirurgia Geral (8)3) Obstetrcia e Ginecologia (5)4) Pediatria (4)5) Anestesiologia (3)6) Patologia (2)7) Infectologia (2)8) Oftalmologia (3)9) Dermatologia (2 )10) Radiologia e Diagnstico por Imagem (4)11) Urologia (2)12) Cirurgia Vascular (2)13) Gastroenterologia (2)14) Mastologia (2)15) Medicina Intensiva (2)16) Cirurgia do Aparelho Digestivo (2)17) Reumatologia (2)18) Nefrologia (2)19) Cardiologia (2)20) Neonatologia (2)21) Hepatologia (1)22) Ultrassonografia em Obstetrcia e Ginecologia (2)23) Transplante de Fgado (1) 24) Residncia Multiprofissional - Fonoaudiologia, Farmcia, Nutrio, Servio Social, Odontologia, Enfermagem,Terapia Ocupacional e Fisioterapia. (12)

    Anexo 7. Comisses Hospitalares1) tica Mdica2) Mortalidade Materna e Neonatal3) Controle de Infeco Hospitalar (CCIH)4) bitos5) Reviso de Pronturios6) Intra-Hospitalar de Doao de rgos e Tecidos para Transplantes (CIHDOTT)7) Comit Transfusional8) Equipe Multiprofissional de Terapia Nutricional9) Farmcia e Teraputica10) tica de Enfermagem

    Anexo 6. ProduoConsultas = 160 mil / anoCirurgias = 14,1 mil / anoInternaes = 10 mil / anoAtendimento Urgncias = 5,3 mil / anoPartos = 1000 / anoExames Imagem = 25 mil / anoExames Laboratoriais = 490 mil / ano Obs1: Os dados so mdias dos anos de 2009 e 2010, retirados dos relatrios de estatstica hospitalar e do Plano Operativo Anual.Obs2: O item Cirurgias inclui procedimentos de pequeno, mdio e grande porte.

  • Anexo 9. GestoDIREOSuperintendnciaSecretaria Geral Departamento MdicoDepartamento de EnfermagemDepartamento Tcnico Assistencial Departamento de AdministraoDepartamento de Planejamento e FinanasDepartamento de Ensino e PesquisaSECRETARIA GERAL Secretaria ExecutivaAssessoria de Comunicao e DivulgaoAssessoria JurdicaSeo de Arquivo e ProtocoloOuvidoriaCoordenao das Comisses e rgos ColegiadosNcelo de Controladoria Tcnico Assistencial DEPARTAMENTO MDICO Diviso de Clnica CirrgicaDiviso de Clnica MdicaDiviso de Ginecologia e ObstetrciaDiviso de PediatriaDiviso de Servios Complementares de Diagnstico e Tratamento Diviso de Urgncia e EmergnciaDiviso de TransplantesDEPARTAMENTO DE ENFERMAGEM Diviso de Enfermagem Ambulatorial Diviso de Enfermagem Clnica Mdica

    Diviso de Enfermagem Clnica CirrgicaDiviso de Enfermagem Ginecologia e ObstetrciaDiviso de Enfermagem PediatriaDiviso de Enfermagem Urgncia e EmergnciaDiviso de Enfermagem Servios ComplementaresDEPARTAMENTO TCNICO ASSISTENCIALServio de Nutrio e DietticaServio de Assistncia FarmacuticaServio Social Servio de PsicologiaServio de FisioterapiaServio de Terapia OcupacionalServio de FonoaudiologiaDEPARTAMENTO DE ADMINISTRAODiviso de Documentao e Informao em SadeDiviso de Superviso Operacional Diviso de Gesto de PessoasDiviso de ManutenoDiviso de Material e PatrimnioDiviso de Projetos e ObrasNcleo de Gesto de Contratos e ConvniosDEPARTAMENTO DE PLANEJAMENTO E FINANASDiviso de Contabilidade e FinanasDiviso de Planejamento e OramentoDEPARTAMENTO DE ENSINO E PESQUISAServio de Ensino e PesquisaServio de Projetos Tecnolgicos e Captao de Recursos FinanceirosNcleo de TelessadeCentro de Estudos

    EXPEDIENTE.Este Dossi com informaes sobre o Hospital Universitrio Cassiano Antnio Moraes de responsabilidade do Diretrio Acadmico de Medicina da UFES. Contato: [email protected]

    O H U C A M N O P O D E P A R A R ! W W W . D A M U F E S . C O M / H U C A M