dossiê - oit2020minionu.files.wordpress.com€¦ · criminatórias em diversos ambientes sociais,...

2
O país A República da África do Sul, mais conhecido como África do Sul, está localizada no extremo sul do continente africa- no, fazendo fronteira terrestre ao norte com a Namíbia, Botsuana e Zimbábue; e ao leste com Moçambique e Suazi- lândia. Como o território apresenta uma grande diversida- de étnica e cultural, a constituição reconhece 11 línguas oficiais, entre elas o africâner, inglês; ndebele; xhosa; zulu; soto do norte; soto do sul; tswana; suazi; venda e tsonga; e também apresenta uma variedade religiosa, onde o cristia- nismo é considerada a religião predominante. A África do sul possui aproximadamente 57 milhões de habitantes, um PIB de 371,3 bilhões de USD, o segundo mais alto do conti- nente, e a república parlamentar como forma de governo. Além de fazer parte da Organização Internacional do Tra- balho (OIT), o país também é membro de outras organiza- ções como a União Africana (UA), Fundo Monetário Inter- nacional (FMI), Organização Mundial do Comércio (OMC), entre outras. O país e a Organização Internacional do Trabalho A República da África do Sul se tornou membro da OIT em 1919. A parr de 1948, a África do Sul sofreu com o apartheid, momento em que o racismo se tornou lei e hou- ve a separação total entre os brancos, minoria naquela épo- ca, e negros na sociedade. Essa separação resultou na exclu- são dos mesmo em seu próprio país, isenção de alguns dos seus direitos como o de livre circulação e trabalho. Assim sendo, houve uma predominância de mão-de-obra negra em todo o país, fazendo com que o sistema políco sul afri- cano fosse quesonado por Organizações Internacionais. No final dos anos 60, alguns países começaram a adotar poli- cas de embargo comercial a fim de condenar as prácas raciais discriminatórias na África do Sul, o que consequente- mente, ocasionou na expulsão da Organização Internacional do Trabalho em 1966. Somente em 1994, com o fim do apartheid, que a África do Sul retorna a ser um membro permanente da organização. Durante estes 24 anos, o país raficou cerca de 27 acordos, nos quais 4 envolvem questão de gênero e igualdade de remuneração e 10 à condição no ambiente de trabalho. O mercado de trabalho sul africano e a população LGBT+ Logo após o apartheid (1948-1994), o território sul africano foi um dos primeiros países do continente africano a adotar políticas anti-discriminatórias baseado na orientação sexu- al. Assim, em 1998 as relações homoafetivas, principalmen- te entre homens, se tornou legal. Dessa forma, usufruindo de uma proteção constitucional efetiva contra práticas dis- criminatórias em diversos ambientes sociais, a população sul africana LGBT+ goza de todos os seus direitos, como a adoção, casamento, e reconhecimento da transexualidade através da cirurgia. Nota-se que grande parte da população LGBT+ está inserida no mercado de trabalho, uma vez que a grande maioria das empresas dos mais diversos setores juntamente com organizações não governamentais, estão empenhadas em realizar politicas de inclusão, proteção e promoção da população no território. Consequentemente, a minoria LGBT+ vêm ganhando cada vez espaço, ocupan- do os mais diversos cargos e representativi- dade, com as politicas e campanhas que as empresas e ONG’s vêm fazendo. Dossiê República da África do Sul POR OIT 2020 INFORMAÇÕES

Upload: others

Post on 04-Oct-2020

2 views

Category:

Documents


0 download

TRANSCRIPT

Page 1: Dossiê - oit2020minionu.files.wordpress.com€¦ · criminatórias em diversos ambientes sociais, a população adoção, casamento, e reconhecimento da transexualidade através

O país

A República da África do Sul, mais conhecido como África

do Sul, está localizada no extremo sul do continente africa-

no, fazendo fronteira terrestre ao norte com a Namíbia,

Botsuana e Zimbábue; e ao leste com Moçambique e Suazi-

lândia. Como o território apresenta uma grande diversida-

de étnica e cultural, a constituição reconhece 11 línguas

oficiais, entre elas o africâner, inglês; ndebele; xhosa; zulu;

soto do norte; soto do sul; tswana; suazi; venda e tsonga; e

também apresenta uma variedade religiosa, onde o cristia-

nismo é considerada a religião predominante. A África do

sul possui aproximadamente 57 milhões de habitantes, um

PIB de 371,3 bilhões de USD, o segundo mais alto do conti-

nente, e a república parlamentar como forma de governo.

Além de fazer parte da Organização Internacional do Tra-

balho (OIT), o país também é membro de outras organiza-

ções como a União Africana (UA), Fundo Monetário Inter-

nacional (FMI), Organização Mundial do Comércio (OMC),

entre outras.

O país e a Organização Internacional do Trabalho

A República da África do Sul se tornou membro da OIT em

1919. A partir de 1948, a África do Sul sofreu com o

apartheid, momento em que o racismo se tornou lei e hou-

ve a separação total entre os brancos, minoria naquela épo-

ca, e negros na sociedade. Essa separação resultou na exclu-

são dos mesmo em seu próprio país, isenção de alguns dos

seus direitos como o de livre circulação e trabalho. Assim

sendo, houve uma predominância de mão-de-obra negra

em todo o país, fazendo com que o sistema político sul afri-

cano fosse questionado por Organizações Internacionais. No

final dos anos 60, alguns países começaram a adotar politi-

cas de embargo comercial a fim de condenar as práticas

raciais discriminatórias na África do Sul, o que consequente-

mente, ocasionou na expulsão da Organização Internacional

do Trabalho em 1966. Somente em 1994, com o fim do

apartheid, que a África do Sul retorna a ser um membro

permanente da organização. Durante estes 24 anos, o país

ratificou cerca de 27 acordos, nos quais 4 envolvem questão

de gênero e igualdade de remuneração e 10 à condição no

ambiente de trabalho.

O mercado de trabalho sul africano e a população LGBT+

Logo após o apartheid (1948-1994), o território sul africano

foi um dos primeiros países do continente africano a adotar

políticas anti-discriminatórias baseado na orientação sexu-

al. Assim, em 1998 as relações homoafetivas, principalmen-

te entre homens, se tornou legal. Dessa forma, usufruindo

de uma proteção constitucional efetiva contra práticas dis-

criminatórias em diversos ambientes sociais, a população

sul africana LGBT+ goza de todos os seus direitos, como a

adoção, casamento, e reconhecimento da transexualidade

através da cirurgia. Nota-se que grande parte da população

LGBT+ está inserida no mercado de trabalho, uma vez que

a grande maioria das empresas dos mais diversos setores

juntamente com organizações não governamentais, estão

empenhadas em realizar politicas de inclusão, proteção e

promoção da população no território. Consequentemente,

a minoria LGBT+ vêm ganhando cada vez espaço, ocupan-

do os mais diversos cargos e representativi-

dade, com as politicas e campanhas que as

empresas e ONG’s vêm fazendo.

Dossiê

República da

África do Sul

POR OIT 2020 INFORMAÇÕES

Page 2: Dossiê - oit2020minionu.files.wordpress.com€¦ · criminatórias em diversos ambientes sociais, a população adoção, casamento, e reconhecimento da transexualidade através