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DOS POBRES _* •' ,- t$3e O QUERIDO DAS MOÇAS <s PI\0PK1EDAJ)K DE A. M. MORANO ~EaK3t;orà;%TELVlNA MARIA DO AMOR DIVINO. - Estexpenodiço é critico «jocoso-r-para fazer rir.-Saliirá todos os sabbados.-Os Srs. assignantes lerãoà garantia da r-nhW os seus artigos graUt, «uo sendo poliliooa ou oflensivos a moral publica, .\ssigna-se, por 3 meze WW?wT™itJÊaT por 1 mez IffooO rs. (pagos adiantados). Folha avulsa a 80 réis.' P meze84fi00° e '¦ANNO 1. DOMINGO 1 DE MEÍRO DE 1871 ma ,,['•¦ » . . ¦N*. 5 Roga-se a Iodos os Srs. assignantes o favor de r*jfüj'marem suas assignaluras, para não soíírerem interrupeãó na on- Irega ila folha. l-ftat»» <r,»14.^<f^^:^(l«fc.»-w^-^v..i»*Jl^(í t Brevemente serão publicadas duas f*- lhas avulsas desle Periódico, contendo uma grande sessão de jury femeni.no, sentenciando o prelo Jucá Rosa; com aceusação, -defesa, debates, suminarió de lesleu»unhas,G os nomes(por extensos) de todas as pessoas que furão" victimas desse malvado. Sendo "as senhoras as mais ofendidas, será este sexo -quo lhe dará a.seníença ue elle meivçe. PERIÓDICO DOS POBRES O nmio novo - * >i Bem vindo lu sejas oh anno do 11 ! Deos te salve ! paxá ventura n)ssa, o roalisaçáo das "idéias esperançosas que se nos antolha, sempre queraia o dia 1* de Janeiro! Salve ! oh anno que começas, A tua nova carreira, ,. Seja-lea sorlcpropiciaL,, Seja-tc ella fagueira l toda cheia do erros, corao aconteceu torno d*aqiiellas fornalhas accesas: do no u. 4, devido aos erros lypogiaphi- sapateiro batendo a sola prosa ao lira eus, agradecendo a todos a sua protec-jpé assoviando pedaços da Norma ou da çao, pedmdo desculpa destas involun- Tiaviata nasua acanhada tenda ; do ai- lanas lanas.Walef principalmente^so for francez ) abaixo se segue por se achar riiuilo a propósito. ftü$MW/.-. ^^tt^^^g. A felicidade nos traga, Oh venluroso anno bom, Casando mui brevemente Todas as mocas do tom. ; Salve ! ob anno que começa! Deos le fado lorlunoso. Seja clie p'ra esle povo Vm bom anno venluroso 1 Salve pois anno de 1871 e feliz seja elle para Iodos. Ora eis aqui o Periódica todo vestido de roupa nova, barbinha feita e penteado a capricho ; para ler a subida honra de cumprimentar Iodas as senhoras e senhores, que lhes tem feito o favor Ue appreciar a sua leilura íi ble condição é a do jornalista ! Aproxima-se o tompo da colheita dos arligos, é uma oceasião critica para o pobre escriplor. Bale-lhe á porta o implacável rediclor;²Temos por ahi alguma cousa, meu amigo?x ²Venha mais logo. Eis :ahi a synlheso constante dessa lula. * Chega odia da distribuição da folha, os assignantes querem lèr alguma couta- pouco importa o trabalho que dá. E como nâo ha de ser' assim so elles papo ?.... E Sssimé tudo. Uuerem que eu rabisque alguma mo-, Xinifada, por tralhas ou por malhas i .Sanlo breve da marca ! r Ondj-voucu buscar tanló ássumpto que inspire interesse, que prenda a al- lençâo dos leitores? Paliarei Üas cascatas, das nuvons, dos arrebóes, do luar; das eslrellas, dos dó- nairosda virgem pudibundà, do orvalho gotejando nos cálices mimosos das flò- res, do espreguicar das ondas, do rumo- rejarda folhagom ¦?.... outros tantos assumplos que os nossos poetas lôm esgotado mais, que os espe- cubüloics— as minas da Califórnia eda Chapada 1 E' uma desordem que põe a cabeça atordoada ! Em que assumplo poderei então sa- lisfazor hoje a minha infeliz missão ? lereicu forças para tirar d'um ob- jeclo ridículo uma poesia. igual áde Woodworlb. Da licença, amor-períeilo ? Pó.Jc entrar, minhas paixões. Maraca, você.lambem?... Passa bom, minhas lenções?- Priminha me esse abraço,. Como está, como passou ? Ao recado d'oulro dia Nem resposta me mandou. Vidinha, vocô desculpe cr, m ª, Que ando muito atrapalhada* lue 04d o akeri buckel— ou à Não como eslou desfeita, B* pelos novíssimos figurinos ^üe Paris, às obras com que, de passarpiolho ruivo, têm de sugar dosapiedadamente o sp- gue aos seus toleranlés freguezes; mas até ahi nao çhega7a nossa caruuclíosa musa.,,. :,;;:,;.;\'; •.,;.;.:. i;^ Tratai- dos preços correntes da praça, da baixa do, cambio, dos arrufos da França contra a Prússia, das armas de agulha o sobro tudo da nova eJieâo de bombardeiras que de uma vez poderão enviar mais.de dez mil homens, são as- sumplos lambem importantes, mas que íaziüo torcer o nariz aos nossos leitores, quo vivem cm outro circulomenos positivo, t O que èii nao quero ó niangações com os muito' honestos senhores typogrà- phos, aos quàos precisa Ira lar á vela de libra, pois de oulro. modo, pesarei pelo dissabor de amítnliá ninguém entender o meu escripta. Em vez de selvicola hão de pôr »selviçolar;,cm. vez de vir- gu1a„ ponto e vírgula e assim por diante, neste mesmo.gosío. Leitores, esta vida não me serve; dicididameole arroio.o fardo! visita mmiíHj «í>:w«^i»«_,,; Historia do João Felpudo T Os espíritos ferieis e iuvcnlivos pode- rião tirar bellas composições por exeru- pio, do trabalho infernai d'um gazo- metro com seus work men negros do carvão agilando-se como demônios cm Até nâo como nada . Mas que trabalhos são estes, Porque razão não nVinforma ? Pois vocô inda não sabe Que eslou aprendendo a No moi ? Por isso ii que se enfada,

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Page 1: DOSPOBRES - memoria.bn.brmemoria.bn.br/pdf/709697/per709697_1871_00005.pdfTratai- dos preços correntes da praça, da baixa do, cambio, dos arrufos da França contra a Prússia, das

DOS POBRES_*

•' ,- t$3e O QUERIDO DAS MOÇAS <sPI\0PK1EDAJ)K DE A. M. MORANO ~EaK3t;orà;%TELVlNA MARIA DO AMOR DIVINO. -

Estexpenodiço é critico «jocoso-r-para fazer rir.-Saliirá todos os sabbados.-Os Srs. assignantes lerãoà garantia da r-nhWos seus artigos graUt, «uo sendo poliliooa ou oflensivos a moral publica, .\ssigna-se, por 3 meze WW?wT™itJÊaTpor 1 mez IffooO rs. (pagos adiantados). Folha avulsa a 80 réis. ' P meze84fi00° e¦ -- ¦ - ¦ ~

- ..-.'¦ANNO 1. DOMINGO 1 DE MEÍRO DE 1871

ma ,, '• ¦ » . .¦N*. 5

Roga-se a Iodos os Srs. assignantes ofavor de r*jfüj'marem suas assignaluras,para não soíírerem interrupeãó na on-Irega ila folha.

l-ftat»» <r,»14.^<f^^:^(l«fc.»-w^-^v..i»*Jl^(í

t

Brevemente serão publicadas duas f*-lhas avulsas desle Periódico, contendouma grande sessão de jury femeni.no,sentenciando o prelo Jucá Rosa; comaceusação, -defesa, debates, suminarióde lesleu»unhas,G os nomes(por extensos)de todas as pessoas que furão" victimasdesse malvado.

Sendo "as senhoras as mais ofendidas,será este sexo -quo lhe dará a.seníença

ue elle meivçe. -»

PERIÓDICO DOS POBRES

O nmio novo- *

>i

Bem vindo lu sejas oh anno do 11 !Deos te salve ! paxá ventura n)ssa, oroalisaçáo das "idéias esperançosas quese nos antolha, sempre queraia o dia1* de Janeiro!

Salve ! oh anno que começas,A tua nova carreira,

,. Seja-lea sorlcpropiciaL,,Seja-tc ella fagueira l

toda cheia do erros, corao aconteceu torno d*aqiiellas fornalhas accesas: dono u. 4, devido aos erros lypogiaphi- sapateiro batendo a sola prosa ao liraeus, agradecendo a todos a sua protec-jpé assoviando pedaços da Norma ou daçao, pedmdo desculpa destas involun- Tiaviata nasua acanhada tenda ; do ai-lanas lanas. Walef principalmente^so for francez )abaixo se segue por se achar riiuilo apropósito.

ftü$MW/.-. ^^tt^^^g.

A felicidade nos traga,Oh venluroso anno bom,Casando mui brevementeTodas as mocas do tom.

; Salve ! ob anno que começa!Deos le fado lorlunoso.Seja clie p'ra esle povoVm bom anno venluroso 1

Salve pois anno de 1871 e feliz sejaelle para Iodos. Ora eis aqui o Periódicatodo vestido de roupa nova, barbinhafeita e penteado a capricho ; para ler asubida honra de cumprimentar Iodas assenhoras e senhores, que lhes tem feitoo favor Ue appreciar a sua leilura

íi ble condição é a do jornalista !Aproxima-se o tompo da colheita dosarligos, é uma oceasião critica para opobre escriplor. Bale-lhe á porta oimplacável rediclor; •

Temos por ahi alguma cousa, meuamigo? x

Venha mais logo.Eis :ahi a synlheso constante dessa

lula. *Chega odia da distribuição da folha,

os assignantes querem lèr alguma couta-pouco importa o trabalho que dá. E comonâo ha de ser' assim so elles papo ?....

E Sssimé tudo.Uuerem que eu rabisque alguma mo-,

Xinifada, por tralhas ou por malhas i.Sanlo breve da marca ! rOndj-voucu buscar tanló ássumpto

que inspire interesse, que prenda a al-lençâo dos leitores?

Paliarei Üas cascatas, das nuvons, dosarrebóes, do luar; das eslrellas, dos dó-nairosda virgem pudibundà, do orvalhogotejando nos cálices mimosos das flò-res, do espreguicar das ondas, do rumo-rejarda folhagom ¦?....

outros tantos assumplos que os nossospoetas lôm esgotado mais, que os espe-cubüloics— as minas da Califórnia edaChapada 1

E' uma desordem que põe a cabeçaatordoada !

Em que assumplo poderei então sa-lisfazor hoje a minha infeliz missão ?

lereicu forças para tirar d'um ob-jeclo ridículo uma poesia. igual ádeWoodworlb.

Da licença, amor-períeilo ?Pó.Jc entrar, minhas paixões.Maraca, você.lambem?...Passa bom, minhas lenções?-Priminha dê me esse abraço,.Como está, como passou ?Ao recado d'oulro diaNem resposta me mandou.Vidinha, vocô desculpe

cr, m , Que ando muito atrapalhada*— lue 04d o akeri buckel— ou à Não vô como eslou desfeita,• *

pelos novíssimos figurinos ^üe Paris, àsobras com que, de passarpiolho ruivo,têm de sugar dosapiedadamente o sp-gue aos seus toleranlés freguezes; masaté ahi nao çhega7a nossa caruuclíosamusa.,,. :,;;:,;.;\'; •.,;.;.:.

i;^Tratai- dos preços correntes da praça,da baixa do, cambio, dos arrufos daFrança contra a Prússia, das armas deagulha o sobro tudo da nova eJieâo de

bombardeiras que de uma só vez poderãoenviar mais.de dez mil homens, são as-sumplos lambem importantes, mas queíaziüo torcer o nariz aos nossos leitores,quo vivem cá cm outro circulomenospositivo, t

O que èii nao quero ó niangações comos muito' honestos senhores typogrà-phos, aos quàos precisa Ira lar á vela delibra, pois de oulro. modo, pesarei pelodissabor de amítnliá ninguém entendero meu escripta. Em vez de selvicolahão de pôr »selviçolar;,cm. vez de vir-gu1a„ ponto e vírgula e assim por diante,neste mesmo.gosío.

Leitores, esta vida não me serve;dicididameole arroio.o fardo!

visita mmiíHj «í>:w«^i»«_,,;

Historia do João Felpudo TOs espíritos ferieis e iuvcnlivos pode-rião tirar bellas composições por exeru-

pio, do trabalho infernai d'um gazo-metro com seus work men negros docarvão agilando-se como demônios cm

Até já nâo como nada .Mas que trabalhos são estes,Porque razão não nVinforma ?Pois vocô inda não sabeQue eslou aprendendo a No moi ?Por isso ii que se enfada,

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>.AV<Í' ¦ &*',•— 2

Deixando até de comer 1Que a tempèstiftiéstd estado,Que a tèm feito emmagrecerEu ouvi na Gasta divaExclamarem bello....bello IQuando tocou nó pi anoAnninha,a filha do Mello,

formei éu logo tènçâoDe estudar a Norma inteira ;-Pois eu quero l-à-q-u^eui musicaMe'top'ella adianleira ? f* Ora ainda estão do pé ?Sentem-se, minhas lenções,Cá não facão ecremonia'Sente-se, rainhas paixões. 7Diga-me então que ha de novoPor ahi, amor-perfeito ?Conte-nos cousas galantesWíá ò que tem graea e goilo.Eu, Máruca não sei*Que lhe possa Interessar....>)á ha de saber que AméliaEslá brevep^acazar.... :Sim ?'pois eu não o sabia- E com quem prima.sCom quemSerá possível, que deliaPode se agrada alguém íElla é um tanto morena,Porto ó bem educada ;Pesto não seja bonita,Não deixa de ser prendadaOra saia-sod*ahiNão mangue commigo primaAprenda a fallar francezFazer versinhos com rima?.,.Pois cão sabe que são gostos,/Demais ella é sympathica.Gá na minha opiniãoSempre for mui antipatbica,Um certo cabello louro mQue* outro dia IbeconteuJá não passa mais por cá' A razão porque; não sei.Uns dizem quc*stá doente,Outros que chVstá perdido jPorém ha quem nos affiníieQue é porque foi domitlidob•^Minhas-tenções você sabeQue aconteceu ao JuquinhaOutro dia quando veioTomar chá cá na vizinha ?Sabe mui bem aue traziaUm cabeltínbo a faceira;Pois outro dia cahio-lhePorque era cabeleira 1Ficou como gato mortoCom a cabeça pellada,Em desespero damnadoPor ver a geral risada.Ora vejâo que fracasso fE como não ficariaElle, que se ufana serGrande na lafularia!—Também não sei o que lemTrazer cabello postiço.Só nos homens se reparaPois nós nào usamos isso ?.M

S$ '¦''' '¦'''' ''¦ ¦ '7'7 ";;¦: ¦ í^' ¦." ¦' :

p-Porque nós somoi senhoras.E' para nos adornar.~Ora é boa, cnlão os moçosTambém não devem b-ilh.ar ?—Como a jtlminha o defendeCom ar de oscandallsada !Agora sei a razãoPorque ficou tão coradn;Quando eu no outro diaEm tal menino fallei.Prim;), dou-lhe os parabéns,Seja feliz,... não pensei!...r-Ora prima, não cassueQue isto não são brincadeirasFico logo incomihodadaQuando falia em taes asneiras.—Apromptemo-hos, maninha,B.ista já de dar maçadaVamos, víímos ;porfiié a noiteJá vai ínuilo adiantada.—Inda. é cedo, ora pois não !Inda agora o chá tomou vOlho que Emilia oulro diaPor isso se corisiipou.r-Nà'd.%, v;tmosínos emboraA noite mui linda eslá,Lá quanlo a conslipacõesO chalé me livrará.—Tome ía o seu ehapeoOnde o comprou ? que bem feito 1—iNa Madame JudiseAdeus meu Amor-peifeito.—Não se và assim ingrataVenha lá esso beijinho....Adeus querida Maruca.pAdeus mou caro amorzlnbó.Lembranças ao Marcolino,Saudades ao primo Vicente.—Em vindo minhas—paixõesEu cá lho farei sciente.Esta sua cseadazinhaE' mesmo os peecados meusOra não presiza luz....Passem bem, adeus, adeus.

Etelvina

,,1t-.

..*.- \

7-77.7'v

Agradeço ao cavalheiro, que me envi-ou esta carta, suas delicadas expressõesas quaes não mereço; aproveitando esta*

•i .;> ^ *?

oceasião, pára pedir ao mesmo cava-lheiro, ò fator de agenciar algumas as-signaluras, prolegendo assim esta em-preza;da qual é proprietário um orpltáoda luz que pelas suas dislinclas qtiàíi-dades, muito merece; julgo que ao po-dido do uma senhoia, não se deve faltar.

B. M. do Amor Divino

O primo Quicfiihti á pri»miuha Kosluha*

^ MINHA FLOR.

Que pè mimozo lQuê mão delicada lQue dentes tão alvos íQue cintura de fada !

Que ca bellos lindos!Que olhar ligeiro !Que bocca pequena íQue andar faceiro !

Que nariz pequeno !Que—côr—mimoza IQue gentil donzella

E' a minha—Roza—

Que falia doce? ,Que sorrir de amor!Eis o retraioDa—minha flor!—

Hméco

Carta atteuciosa*

Exma. Snra.D. Etelvina.Beijo as mãos de V. Ex. pela impor-tancia que deu á minha tosca poesia-U-na linda morenioha- mandando a

publicar no familiar—Periódico dos IVbres;-o desejando á V. E*. folizesfestas, vou incommodal-a pela segun-da vez, pedindo-lhe o favor de man*dar publicar mais eslas quadrinhas : pe-lo que lhe ficarei muito agradecido

A emanelpaç&a Políticada mulher

E•7^ fí. v - ;DIREITO DE VOTAR

Não queremos menosprezar outrostnelhodosde defendor a mulher, mas odireito de votar é na minha opinião apedra angular da empreiadosde que nãosó procuramos proteger a mulher, mas,antes pôl-a em uma posição de sc prole--ger olla mesma,

uQue depois ella sciá só censurada sonao dcsapparecerom todas as barbaras edesiguacs leis que desmoralisão a nossasociedade, a relação do matrimônio, anropriedade, administração e uso—íruc-to, e entretanto nós confessamos quepara esperança dos proveitosos empre-

SESgwaSiBSS^í";

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%

gos na sociedade, é um dos raais fortesestímulos a cultura inleHectual.

..._.~HW ¦'-,-•' '-

EVsufficiente para nosso argumento *a jusliça natural, a politica, e os axiomasda liberdade delerminão que direitosc obrigações, tributos e representações,deyom ser coextensivo.s, logo que amulher como individual cidadã, eslá ex-postai punição por actos* criminosos, ea tributos para soccorrer o governo,evidentemente tem igual direito como ohomem, para votar, para o-exerciciodestas leis e para a formação dos go-vemos. x.:. ' .....

v Continua.

- 3 -

Qual é aíave— quo anda no mar e|que se fórmade uma pancada ?

Qual é o substantivo— cujo ninguémgosta, — que para óprohünciar-mos— falíamos em tres consoantes ?

Manéco.. ; .7 ¦ .'¦ ¦ .7 "f».' ! . * 5

N. B. da-sc uma collecção deste Pe-riodico, a primeira pessoa, que por es-criplo, Irouxer a resposta dpslas per-gunlas.

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5 r. -I • '

: ,. , : ¦ ... ¦;¦

s¦f:¦¦¦.;..¦_.

.:;:¦;í-};fe7;;-.. • ;"'

Flores cgue ás moças per-teuee íit #'¦¦¦, v. ¦¦'.'.- ¦' ¦¦'''" :¦ ¦'¦ *7 ¦ - ¦ .'""..'':'¦¦•'

'7".'Y • „ ;••' "x. '

PYa minha bella.Poder pintar,Eii vou das flores

ores tirar, v

Para seus lahiosCôr decarmim,i>osejoiim cravoCôr de marfim.

'-7*7*

P'm suas facesCôr de arrebol,Também pretendoUmgira-sol.

'",•¦'¦.

Para seos dentesCôr de jasmim,Somente queroBello alecrim.

P'ra seus cabellosQue são dourados,Quero mil cravosBrancos, rajados,

P'ra sua côrAmorenada,Quero uma rosa-tlevichada.

Assim somenteSerá composto.Seu bello iodoSeu lindo rosto.

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Perguntas enigmáticas.

Qual é a flor— que, lirando-só umaconsoante, fica um nome de mulher ?

Conf-ggito de uma moça arespeito de seus amores"

Padre—Que peccados podes lôrTu menina tão gentil ?

Moça—A belleza muitas vezes *E'que faz pecados mil.

Padre—Então que peccados tens ? -Lhe pergunta o confessor.

Moça—Meus peccados Sr. PadreProduzem somente amor.

Padre—Potcauza d'esse malandroMuita desgraça acontece,O peito iníido só ganha,ü peito puro padece*

Moça—Pa ra a verdade dizer-lheNão padeço nâo senhor.E quem prazer só me dá,

• E's_mente o Déos de amor,Padre—Que me dizes menina'Staes enganando os rapazes í

Assim quantas creaturasDesgrçadissimas fazes!!!

Moça—O senhor mesmo me dizQue quem é fido padece*Ninguém buscará penar?Assim commigo acontece.

Padre—E'verdade que hoje om diaNinguém sabe o que é amor,O menino quer amar tO velho é namorador.

Moça—Eu tenho um primo q'diz-meQue ba de casar-se commigo.

Padre—Não creias tal minha filhaEstá mangando comtigo.Os rapazes d'este lempoSão levados dos diabosNão são iguaes aos antigosNào comprão em saccos nabos.13 m só mil moças namora !!São na verdade sagazes!Mas amão só ao dinheiro'Slão

pervertidos os rapazes I!Moça—Também amo um armador

Que faz sua bella trova.Padre— Se te mcltes com lal genieYàs direitinha p'ia cova.

-

Moça—Também gosto d'um* rapazQue é na verdade um chupe tefilie é galante e airoso,E, o mais bonito cadê le.

Padre—Santa Barbara ! minha filhaCojn qw gente, -tç multes-teAgora sito eu te f-goQue ao todo tu lé perdes.e!!Moça—Elle jurou sér fiel,Me promette sempre amar,Oulro dia já me disseQue me queria fartar.

Pad re—Que fizeste meninaVisio o que tens tu disposto !?

Moça*-Meu padre em laços não caioDei gargalhadas de gostoTambém com outro rapazQue mora na sua caza.

Padre—E'um sobrinho-que^lenhoCom este nao fazes vasa* A'vista do que tens ditoNão te posso absolver.

Moça—Espere um pouco meu padreInda tenho que dizerPadre—Ande ligeiro menina

Lhe responde o confessor.Meca—Eu amo.... lenho vergonha

Também eu amo... ao senhor.Padre—Vá para ao pó do altar

Faça sua penitencia,Que eu heide em breve meninaLhe limpar a consciência.

Verdades puras*Mulher de padre, è comadre,Tripa de porco échouriço,Carne podre é que lem cheiroPeixe frito ó bom petisco.Pedaço de pote é cacoÁgua do mar é salgada,Mulher de preta mánlilhaE' batata descascada.

Não ha casa sem janella,Nâo ha loja sem balcão,Não ha roceiro e soldadoSem que tenha presumpçío.Tripa de boi é seringa,Todo o velho é rabugeulo,Toda moça qu'é solteiraSó pensa no casamento.

Não ha forre sem ter sino:.Nem sino sem ter badalo,Nâo ha súcia que nao tenha,Suas brigas e regalo!

Não ha padre sem coroaNem lacaio sem libre,Não ha soldado sem fardaNem mulher que tenha fé (*)

.».

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(*) Tirando a minha amada com iodo trespeito.

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Não ba casa sem leBiadü,Não ha vela sem pavio,Não ha moça que nâo se gabeDe ler graça e atavio.

Boupa mui velha é farrapo,Gairloba no ninho é xoca,Não ha sapato sem solla,Não ha fuzo sem ter roca:

O galo ensopado é lebreNão ha vestido sera eoz,3Vào ha navio sem cabos,Nem no sem sua foz.

Malhei* u&o cria suissasO padre Anlonio é bom mestreEnsina a fazer lingüiças.Diz que no seu calendário,« Mulher nâo cria suissas. »

As francezas em giraiTrazem as pernas postiças, rQuem casa quer dormi/cedo,à Mulher não cria suissas, »

Utn padre por ser velhacoDisse uma vez quatro missas,Quem não tem brio ê patico« Mulher não cria suissas. »

"f ' „ ¦. ¦» -" ..." l\

Ternas quando são bem feitas,Devem ser- gordas; roucas,Cara de galo é focinho

*« Mulher não cria suissas. »Vaccas lourinas são boasDão, bom leite, são mestiças, moCachorros nunca põe ovos',« Mulher não cria suissas. »

Charadas ligeirasPARA ENTRETINIMENTO FAMILIAR.

Oflferecidas—ás bellas e amáveis¦> fluminenses.

DEDICATÓRIA.¦»

Bellas—Priminhas faceiras,Desculpai-me a ousadiaOue tenho-om bffcrcccr-vos,Como—prova do sympathia,—Estas— « Charadas ligeiras. — »

O Manèco.

¦" ¦ .-¦¦¦.'¦¦'

Vogai.Pão."Vogai.

111

Conceito.-—Bebida*

- 4 -

Musica.Musica. 1

Conceito.—DeslinoMusica.Planela.

12

Conceito.*— Embarcação.Frucla.Musica. \

Conceito.— Animal.Vagai. 1

2Frucli).

Coneeilo.—Musica.

Ruim. 1Cubículo. .2Conceito.*— Flor.Bfeé. -Vogai.Muzica.

111

Conceito.—Doce

Unda. 2Embarcação. 2Conceito.—Masanão.Vogai. 1

2¦.. Uíada.Conceito — Carneira.

Rosto.Madeira.

22

Conceito.—Peixe.

Musica. lMusica. iApertado. 1Conceito.—Jogo.

Herva.Musica.

21

Conceito.—Per verio.

Bebida.Musica.Vogai,

111

Conceito.—Peixe.

Oada. 2Fogo. 2Conceito.—Insecto.

Frucla. 2Musica. 1Conceito.-Vixo .

Leito.Animal.

22

Conceito. — Réptil.

i,i

Bebida. 1Medida. 1Vogai. 1Conceito.—Da cabeça.«

Vogai. V . XCidado.

" 2

Conceito.—Perfume.

ANNUNCIOS GRACIOSOSChegou pDlo ultimo navio batatas do

Inglaterra, e baratas, porém estas só sepodem vô-r do noite, qo* é quando se on-che a caza dellas roem lúcio.

Faz-se saber a todas as pessoas queforem credoras á caza dos Orates &C1.,que no prefixo lempo de um mez requei-rão o que tiverem que alíegar em juizocompetente, porque todos os tolos temsua hora.

Estabeleceo-se um bom Hotel o qualfaz comer com muito aceio, e para denoite so dá quartos e luz, porque a res-peito de cama, quem melhor a fizer, nellase deitará.

Sahio á luz novo melhodo de fazer abarba sem dizer palavra; obra muitonecessária aos Srs. barbeiros que cos-lumãodar á linjua contando suas Esto-rias, que pur força lia p de ser ouvidas.

THE4TÃÔ DE SANTA THERESASucesso garanti tioDIA S. MLNCA A TARDE

R"presenlar-se-ba o excellente dramade grando apparalo.sem apparato;

O descuido da província15 ci o tempo de

JOÃO CAETANOScguir-sc-ha,á muilo applaudida scena

cômica, desempenhada pelo grande Mala,vestido a caracter, da sintara parabaixo, intitulada :Branco como as estreitas

O resto do espectaculo, será annun-ciado pelas kalendas gregas.

Roga-se a todos os Srs. espectadores,do virem munido de fouce o cadeira ; aprimeira é para capinar o lugar que lheaprover, e a segunia para commodida-(ie nâo querendo sentar-se no chão.*>^^*i^N% m» ¦»

A dicifração das Charadas do n. 3 at" é Paraizo 2a Galuramo 31 Favorita4a Caza e a do n. 4 Vida.

Typ. rua de S. José n, 73f