- c ¦ a'q rio de 1850. ;c ryyccy n.memoria.bn.br/pdf/709697/per709697_1850_00021.pdf · quero...

4
á,'*--vSfflmK*7'Wmw*%^'*™'í*w Ç:ç^ ^ ' ¦¦ '- i4-^«*»''v'"V«*|'f"" *^r bi . ^ÊÈk _wS_\ ^^B ^B B^ ^| áU ' flk ^Bi'- '^k ' ' '^IH k-\W ^B ^H ^^ vv--" Publica-se ás Reguncía,, GUmrtas.Sabbados, na typ. de A. M.Mo«A«nb , rua da Valia n. 25.-•N. Kseviohmo da rua do Ouvidor n. MB recebem-se assignaturas adiantadas•, por meí 600 reisV avalw 40 réis, Annuncio,, por linha 40 réis. «0>e pára os Srs. a..ignantes ser2o SraiiS, nSo excedendo deóhnhas. ¦te. te. .;....;'.. ••? N. 21. RIO DE JANEIRO 3 DE JUNHO. ytinj:j--\¦¦-., - .< ... .-i'.* 1850. __^_^i _w^g ¦ ¦;: «c* Aceita-se qualquer artigo gra- cíqso e critico (grátis) ,n5o sendo po- litico pu offensivo. PERIÓDICO DOS PORRES. XXI CARTA DO COWffADRE MATHIAS DE A*- BERC4 AO SEU AMIGO *%• COM?ADHE -H- TORRA» Meu páez ado com padre. Vou por esta pedir a vossa meTcê me desculpe de „&. ser muito extenso, por me faltar o tempo, eachar- me um tanto molesto de uma queda que dei sem ter nenhuma vontade veis ocaso: AA. .. Precisando hontem de irá Correcção para tirar o M Dominas, que tinha sido preso por causa datar on .ugütade, como lhe quiserem chamar v alvei Vor resistir aos Srs. guarda*, ou então por lhe faltar a '.impa, »v*iMtoUmret*dkb,m que estes senhores tem todo o cuidado por nüo se evaporar a tal excenctaix- nha; emfim, fosse como fo^.O preto para la foi sem !u sr "vido, e a minha álgBéirá o pagoui varfcomo : ia dizendo pu. me a ctoinho pela ™£*™% e qual foi o meu espanto por ver par te desta beija rua PI,T ninas; olhe, meu compadre,, haverá talve* um Uz que passavão 2 ou 3 sçges a par, porem hoje as , i,b,s estas que o digão, o caminho mette horror, e C pa a bavreira%ind.a mais, porque rachou quali toda, e breve teremos alguma dcsgraSa que la- mentar ^ eu teria evitado a minha queda, porem que havia fazer, estava itaojpnge, e nfiáo, era soltar \ em fim , meu compadre, uma cousa e lo e outra e dizô-Io -7 de um lado encontra-se uma lagoa, e doou- tro um Íngreme caminho e altura, nesse caso antes quíz dar tombo que mergulho, porque para quebras, quero dizer, de alguma perna, ha remédio, porem para a^gados ainda não se descòbrio t* Deos toque no cora- çao da Ulustrissima para evitar as desgraças quebreye ali acontecerão, e não haode ser muito poucas se ella se descuidar/. Mi ; A*ora mesmo, meu compadre , vi derramar lagri- mas°de sangue a um pobre homem, que me contou terem havido hontem 6 casas quebradas, eem todas, ellas tinha o triste desgraçado dinheiro seu li Oh mi- seria humanai.../"".'" .'¦¦.' Finalmente, compadre Pitorra , com esta ínterrup^ cíío ão posso dizer mais nada, pois ainda estou coro íusto nao seja algum meu amigo que passasse por este desgosto, que está acontecendo a muita gente de gra* vata lavadinha. Adeosinho, até á outra. Seu compadre Mathias* 0 NOME DA MULHER AMADA. O suave perfume pura açucena, o aroma lison- reiro do modesto manaká, o despontar da aurora, o ullimo raio do sol brilhante, os argentinos raios da luii em movediço cliSo de mar, o brando queixurte de temo passarinho, um abraço de pai, um beijo demiti, gdfcgSlBlB ' ,^M^ij^T^wa*TfflppTBByWBHBBBBBi^^.^^^^^^^^^^^^^^^^^^^•¦*— 9 O AMOR »E UMA MULHER. XXIII. [Continuação do n. 20.) EMIUA E BENTO, Em quanto, estas e outra, scena. .e pa^avão pela Enroua, outra, bem tristes pas.avâo,.e na Bahia. Hade a leitora lembrar-* que depo». da carta qu. Adolfo recebeu de Emilia ainda «So tive.no. notici, alguma. Bento mesmo havia mai.de um anno qua na» ia ao Bra.H i por is» «ada .abiaque no. powa adiantar. Entretanto nada tneno. tinha acontecido do que a morte do. pae. de Emilia, em conseqüência de uma febre perniciosa que os devorou a ambo». OríS, possuindo apena. a casinha em que morava, e ,res ncgra.qv.eganhavão para ella, a prima de Adolfo, havia mai» dc um anno, que passava cosendo para po- \ der viver com a decência e honestidade era que seus paes a tinhão creado. Depois da morte delles um parente ella tij.ha. e era seu tio, o pai dc Adolfo; ma. (,,cde nada lhe valia i porque nem com ella se im- portava. Desamparada por quem devia protegel-a, não tendo coragem para procurar soçcorro de estranhos va infeliz moça gastava todo o tempo em trabalhar e chorar as M desgraças. Muilas cartas tinha ecripio ao pri- mo; inas elle iião as tinha recebido. Fui nessa"epocha, um anno e tanto depois da morte «lc seus pais, que vimos Emilia, em uma noite de lua, entre as ow»ru do spu quintal e sc acompanhando no violão, cantar umas quadrinha» de que a leitora «c hade lembrar.Mf Alguns dias depois dessa noite, pelo meiado de fç- vereiw .erião 10 hora. do dia, Margarida veio ter com a Sra. e lhe disse qne um português, capitãq de „m navio do correspondente do Sr. Vorto-Alegrc dese-. iava lhe fallar. Ai.cioía por saber que era feito de *}*-l '¦';;.-;";. -C-y '';':¦'¦';.¦'¦'¦*,¦'¦¦ c .; '•...-;-íy..yy:t.y\- ¦ a'Q ;C ryyCCy I . . - ¦ . >. . y ¦¦¦ y . ¦ ¦¦ ¦

Upload: others

Post on 11-Sep-2020

2 views

Category:

Documents


0 download

TRANSCRIPT

Page 1: - c ¦ a'Q RIO DE 1850. ;C ryyCCy N.memoria.bn.br/pdf/709697/per709697_1850_00021.pdf · quero dizer, de alguma perna, ha remédio, porem para a^gados ainda não se descòbrio t*

á,'*--vSfflmK*7'Wmw*%^'*™'í*w Ç:ç^ ^ ' ¦¦ '- i4-^«*»''v'"V«*|'f"" *^r

bi . ^ÊÈk _wS_\ ^^B ^B B^ ^| áU ' flk ^Bi'- '^k ' ' '^IH k-\W ^B ^H ^^

vv--"

¦

Publica-se ás Reguncía,, GUmrtas.Sabbados, na typ. de A. M.Mo«A«nb , rua da Valia n. 25.-•N.

Kseviohmo da rua do Ouvidor n. MB recebem-se assignaturas adiantadas•, por meí 600 reisV avalw 40 réis,

Annuncio,, por linha 40 réis. «0>e pára os Srs. a..ignantes ser2o SraiiS, nSo excedendo deóhnhas.

:*¦¦¦¦¦¦¦

¦te. te. .;....;'.. ••?

N. 21. RIO DE JANEIRO 3 DE JUNHO.ytinj:j--\ ¦¦-., • - .< ... .-i'.*

1850.__^_^i w^g ¦

¦;: «c* Aceita-se qualquer artigo gra-cíqso e critico (grátis) ,n5o sendo po-litico pu offensivo.

PERIÓDICO DOS PORRES.

XXI CARTA DO COWffADRE MATHIAS DE A*-

BERC4 AO SEU AMIGO *%• COM?ADHE -H-

TORRA»Meu páez ado com padre.

Vou por esta pedir a vossa meTcê me desculpe de

„&. ser muito extenso, por me faltar o tempo, eachar-me um tanto molesto de uma queda que dei sem ter

nenhuma vontade veis ocaso: . ..Precisando hontem de irá Correcção para tirar o

M Dominas, que tinha sido preso por causa datar

P« on .ugütade, como lhe quiserem chamar v alvei

Vor resistir aos Srs. guarda*, ou então por lhe faltar a'.impa, »v*iMtoUmret*dkb,m que estes senhores tem

todo o cuidado por nüo se evaporar a tal excenctaix-

nha; emfim, fosse como fo^.O preto para la foi sem!u sr

"vido, e a minha álgBéirá o pagoui varfcomo

: ia dizendo pu. me a ctoinho pela ™£*™%e qual foi o meu espanto por ver par te desta beija rua

PI,T ninas; olhe, meu compadre,, haverá talve* um

Uz que passavão 2 ou 3 sçges a par, porem hoje as

, i,b,s estas que o digão, o caminho mette horror, e

C pa a bavreira%ind.a mais, porque já rachou

quali toda, e breve teremos alguma dcsgraSa que la-

mentar ^ eu teria evitado a minha queda, porem quehavia fazer, já estava itaojpnge, e nfiáo, era soltar \em fim , meu compadre, uma cousa e vê lo e outra edizô-Io -7 de um lado encontra-se uma lagoa, e doou-tro um Íngreme caminho e altura, nesse caso antes

quíz dar tombo que mergulho, porque para quebras,quero dizer, de alguma perna, ha remédio, porem paraa^gados ainda não se descòbrio t* Deos toque no cora-çao da Ulustrissima para evitar as desgraças quebreyeali acontecerão, e não haode ser muito poucas se ellase descuidar/ . i ;

A*ora mesmo, meu compadre , vi derramar lagri-mas°de sangue a um pobre homem, que me contouterem havido hontem 6 casas quebradas, eem todas,ellas tinha o triste desgraçado dinheiro seu li Oh mi-seria humanai... /"".'" .'¦¦.'

Finalmente, compadre Pitorra , com esta ínterrup^cíío ão posso dizer mais nada, pois ainda estou coroíusto nao seja algum meu amigo que passasse por estedesgosto, que está acontecendo a muita gente de gra*vata lavadinha.

Adeosinho, até á outra. Seu compadreMathias*

0 NOME DA MULHER AMADA.O suave perfume d» pura açucena, o aroma lison-

reiro do modesto manaká, o despontar da aurora, o

ullimo raio do sol brilhante, os argentinos raios da

luii em movediço cliSo de mar, o brando queixurte de

temo passarinho, um abraço de pai, um beijo demiti,

gdfcgSlBlB ',^M^ij^T^wa*TfflppTBByWBHBBBBBi^^.^^^^^^^^^^^^^^^^^^^ •¦*—

9

O AMOR »E UMA MULHER.

XXIII.

[Continuação do n. 20.)

EMIUA E BENTO,

Em quanto, estas e outra, scena. .e pa^avão pela

Enroua, outra, bem tristes pas.avâo,.e na Bahia.

Hade a leitora lembrar-* que depo». da carta qu.

Adolfo recebeu de Emilia ainda «So tive.no. notici,

alguma. Bento mesmo havia mai.de um anno qua na»

ia ao Bra.H i por is» «ada .abiaque no. powa adiantar.

Entretanto nada tneno. tinha acontecido do que a

morte do. pae. de Emilia, em conseqüência de uma

febre perniciosa que os devorou a ambo».

OríS, possuindo apena. a casinha em que morava, e

,res ncgra.qv.eganhavão para ella, a prima de Adolfo,

havia mai» dc um anno, que passava cosendo para po-

\

der viver com a decência e honestidade era que seus

paes a tinhão creado. Depois da morte delles só um

parente ella tij.ha. e era seu tio, o pai dc Adolfo; ma.

(,,cde nada lhe valia i porque nem com ella se im-

portava. Desamparada por quem devia protegel-a, não

tendo coragem para procurar soçcorro de estranhos va

infeliz moça gastava todo o tempo em trabalhar e chorar

as M desgraças. Muilas cartas tinha ecripio ao pri-

mo; inas elle iião as tinha recebido.

Fui nessa"epocha, um anno e tanto depois da morte

«lc seus pais, que vimos Emilia, em uma noite de lua,

entre as ow»ru do spu quintal e sc acompanhando no

violão, cantar umas quadrinha» de que a leitora «c

hade lembrar. fAlguns dias depois dessa noite, pelo meiado de fç-

vereiw .erião 10 hora. do dia, Margarida veio ter

com a Sra. e lhe disse qne um português, capitãq de

„m navio do correspondente do Sr. Vorto-Alegrc dese-.

iava lhe fallar. Ai.cioía por saber que era feito de*}* -l

"¦;¦'¦':

¦'

'

'"¦¦¦'

'¦';;.-;";. -C-y

...:'.¦* :1_". ;¦- -.¦:¦'';':¦'¦';.¦'¦'¦*,¦'¦¦ c .; '•...-;-íy..yy:t.y\-

¦ a'Q

;C ryyCCy

I

. . -

¦ . >. . y ¦¦¦ y . -¦ ¦ ¦¦ ¦

Page 2: - c ¦ a'Q RIO DE 1850. ;C ryyCCy N.memoria.bn.br/pdf/709697/per709697_1850_00021.pdf · quero dizer, de alguma perna, ha remédio, porem para a^gados ainda não se descòbrio t*

m àüm adeos de irmãos, nada disto é tão bello, tão docee tao arrebatador para o homem eomo o nome da mu-

• lher amada!O nome da mulher amada, expirando no sahir dos

lábios, é a mais bella oração que pode o homem diri-gir a Deos! Esse nome se envolve nos seus cantos, eo écco sèm cessar o repete! Se escreve, em mil carac-teresj volteados, gentis e bem talhados, escreve o ho-mem o noníe da mulher que adora!

Na hora do perigo, na hora extrema, já mesmo napresença de D< 03, é ainda o nome amado que implo-ramos!

Quanto é bello o amor ideal! (Extr.)¦

.'

DIALOGOEntre um namorado logrado, e uma

preta, por nome Maria.Maria. — Ando, nhonhô, vuçueê já sale, nhâm-

nhâm vai casa cu sinhò Chico?Namorado. — Não! quem é esse Sr. Chico ?!Maria. — Esse huome macrinha que te prego pu-

prico chama sinhó Chico, qui tê báriba rim baixo riquexo, mundo veze anda cá caváro preto bê siáro.

Namorado. — Não me recordo quem seja: então de-cididamente ella quer casar com elle? E tu o que lhetins dito a meu respeito ?

Maria. — Turo dia ió tá mendo sinhá moça, mióvuçuçe casa cu sinhô furano, (que e cu vuçucô) puru-que elle, qui chama moço ri bêm; esse sinhô Chicomundo magro nó pressa.

Namorado. — E ella o que diz?Maria.— Elle dize no sinhô, ió gossa mazi. ri sinhô

Chico já ri mundo tembo; já tê mundo carta d'êrê, iella já mi piri di casamendo.

Namorado. — Nesse caso*aquella carta de liberdade

Adolfo, Emilia deu-se pressa em receber o Sr. Bento,capitão do brigue — Naufrágio. —

As palavras que elle lÜe disse, ninguém ôuvio; oqueunicamente se sabe ê que, com sua rusticidade, comseus oferecimentos e com alguns presentes que fez emnome de sua mulher ede seus filhinhos, grangeou aestima e confiança da órfã desvalida.

E nem foi. só isso o que aconteceu.Durante um anno levou Bento a viajar por algumas

provincias do Brazil, fazendo da Bahia o centro do seucomrnercio. Todas as vezes que chegava havia de trazerum presente para Emilia, tendo sempre o cuidado deunir o util ao agradável. Entretanto nada de cartas deAdolfo, que nao se lembrava que sua prima delinhavacom'a idéia de que elle não a amava. Já não era aEmilia de outrW... De noite era uma mulher comat mãos descarnadas, os lábios descorados, o olhar tristee melancólico, o passo *agaroso*e languido, era emfimuma sombra, que vagava incerta entre as florc3 do jar-

que eu te passei, a qua) assignava no momento emque me casasse com tua senhora.moça,-fica de nenhumeffeito, visto ella casar-se corn outro; quem perdeu nonegocio fostes vós i, porque não o agencias! os comaquella habilidade que era precisa em casos taes?

Maria. -— Mazi ando ió qui tê empa; eu nu fezeminha obrigação ?

Namorado. — Não fizestes tua 'obrigação, porqueteu dever era a todos os momentos elo^iar-me o mais

possivel, e desfazer no outro com todas as forças dosteus pulmões.

Maria. —-Eu sempre, sempre, minha páo eu ma-teca era fará; má' ri sinhô Chico.

Namorado. — O caso é que eu fiquei ao signal, e túsenf a tha carta de liberdade, e agora elle que te as-signe*/

Maria. — Q,uá, êre mundo cáuiíía, paciência; si-nhá moço, paciência; mazi vuçuce fica cone/orado,puruque,^ vuçuce só* não é que ficou ganaro , out ohome qui tê mundo cavam raunitò, brango, preto,'catanho, ricetra; tambem ficou aí sua lingua delledendÔTÒ ri boca, puruque sinhá moça purumeleu ee puru fim foi casa cú outro.

Namorado; — Está bem, Maria, dize sempre á tuasenhora que ella hade •arrepender-se dò que fez, e que eunão lhe dou muito tempo para tal acontecer. Ouvistes?

Maria. — Sim sinhô, antô andezo cate outro dia ,eu tantbem vai cu ripressa, vai siícá mantéca no venrda ri sinhô Rumingo; mazi vuçuce sembri mi puriamd^uatro vinde para combôrá minha fumo ?

Namorado. — Está bem, adeos. 2).A preta se retirou, e em quanto se pezava a mau-

teiga improvisou esteMOTTE.

Lê lé, lê lê, lê lê, lê lê,Calunga, mosanga, monandemgue.

GLOZA,Me ó parente, vuçue^JTê uma mundo máu cussume,Anda sembri cu ciúme,Lê lê, lê lê,, lê lê, têlê:Dize puru via ri queEsse maruio qui tê,Vuçuce sembri nó vê,Esse cosa e ri perigo;E*>

• i* ,# r ?mio canoa comigo,Calunga, mosanga, monandemgue. D.

dim. De dia na sua falia, nas suas maneiras, no seuvestir, era uma flor dos pólos murcha e cabida nVnijardim do equador.... E ainda assim essa mulher tinhaforça e animo para fazer empresas que não poderia fazermuito homem robusto e sadio 4 porque um dia, Bentolhe dizendo que partia para Lisboa dentro de quinzedias, ella lhe respondeu. — Muito estimo, Sr. Bento;porque pretendo ir a vossa terra, e é a minha passa-gem a encommenda que tenho a fazer-vos.

Como, Sra. quereis ir a Pprtugal? deixaí-vosdisso! t

. *i'«

Não posso abandonar o meu projecto. Se nao que-«reis levar-me,dizei-me hoje mesmo; porque então irein'uma escuna que parte depois de amanha.

O capitão não insistio; concordar com Emilia era on elhor c iminho a seguir. Partirão pois.

(Continua.)

.... ¦

(..*

s

-:. > r i

¦'¦- -¦ ¦'• -«¦

i

Page 3: - c ¦ a'Q RIO DE 1850. ;C ryyCCy N.memoria.bn.br/pdf/709697/per709697_1850_00021.pdf · quero dizer, de alguma perna, ha remédio, porem para a^gados ainda não se descòbrio t*

. .^^...íwn—«pjjprw- V

Ir*¦*.*.:-

3—

CORRESPONDÊNCIA.

Sr. Redactor.—-Como um de seus maiores princi-

pios, seja o bem publico, e esforçar-se para que sejam

corrigidos todos os abusos, e infracções de posturas etc.

etc. Levo ao .conhecimentode V. Sa. um caso que me

acontece, do qual hia resultando em meu prejuiso uma

conseqüência bem funesta! Na quinta feira 3*0do pp.do mez de maio, vinha eu pelo Catumby grande, e em

frente a casa de um tal Miranda, o qual não conheço,

vagava solto na roa uma porção de vacas,'-eu suppondo

ser gado manco so tratei de desviar-me o mais xpie

pude, porém de repente sou agredido por uma vaca,

que a não ser uma pequena cancella de uma chácara

visinha pela qual pude saltar, certamente tinha de la-

mentar alguma avaria, com isso fiquei assás molesto do

espirito! e tratando de informar-me da visinhança a

respeito do mesmo gado, tive certesa de que por mui-

Ias vezes a mesma cancella que me tólvon,tem servido

de madrinha a oulras tantas victimas como eu, e que

o tal dono das "vaccas já teve a esse respeito um com-

monicado no Jornal do Gmmévch, porem que o trac-

tou com indiferença porque entende que a estrada e

sua propriedade, e deve ali mandar pastar seus gados,

ademiramos muito.qne a Illústris3Íma Camara Mum-

cipal pague a um fiscal oitocentos mil réis para fisca-

Hsar os interesses da Camara Municipal nesssa freguesm,

e que o fiscal entenda qne os deva comer metido no

seu canto.gou Sr., Redator Vkü ¦¦ O pobre padccente*30 de Maio de 1850.

I pai, eu contentou ^^^

quem quizer. n

PAIXÃOMDO JOGO.

Havendo certa senhora ganhado todo o dinheiro aojosó a um ecclesiastico, este, zangado da perda, pediopara retirar-se, allegando não ter dinheiro paraparar^a senhora lhe respondeu com muita urbanidade:« Pois bem, Sr. padre, joguemos a offerta do meu en-

- AAA

terro. n

c'<¦¦¦ ¦'¦-¦ ¦¦ ' ' - ' "

UM POUCO DE TUBOaUMA HEROINA.

Certa personagem, andava namorado de uma me-

nina que muito amava, e querendo-a experimentar,

„m dialhe perguntou, por onde se podia entrar mm.

eamarai ella respondeu com muita rap,dez-« leia

Igreja, senhor.»- Dous mm depois erao felues es-

posos.

RESPOSTA DE UM NOIVO.

Certo petimailre, fatigado de voar de conquista em

conquista, qui, tornar-se sisudo e cazou-se- ao salnr

da Igreja, a noiva , advertio-lhe, que era de esperar

„„« estavãoacabada.assuase8travagancias,-e que para

o futoo, .eria um homem serio «Sim , minha Sra.,

«spondeu elle, esta será, me parece, a ultima tol.ce

da minha vida »**\\_\t*mà-*w-***»

Conselho de um pai.Dizia um bom pai a'sua filha: « Aquella que busca

um marido faz bem, porem aquella que o não busca

faz melhor. A isto respondeu a menina: « Oh . meu l

\

AMOR GUASCA.^ MOTTE. a {

Ar mia. meu caro bem,Jj_u te amei, te vi apenas iNo peito se atarracárãoDe amor as fortes chilenas.

GLOZA.'-; * ' C ' . ¦ rrr.. ¦¦ " *• ¦

Meu idolo, deixa o desdém"**.

¦'¦ ",¦'.* "*¦¦'. .-¦ ¦-¦ ¦*....

'¦'¦ ¦¦*'¦'' :' '

Para outro sem ser eu rMeu peito somente é teu,Armia, meu caro bem*Teu feroz peito retém,Tu és que amor envenenas,Tu so meu peito gangrenasCom teu modo tão cruel,E nem pensas que fiel y

Eli ie amei, ie vi apenas,

Teus arrufos me atirarãoÉm cima de ardentes achas,

E, de amor duas tarrachasJSo peito se atarracárão*Minhas dores se aiigmentárSo^E nestas terríveis scenas,Do inferno para as penasMuitas vezes te mandei yJá que por ti atureiDe amor as fortes chilenas. r

ELOGIO AO BANANAL.aue Jerra 1 meu Deos, fue terra!

Tudo nella sao primores*Os homens nascidos láSao todos bons trovadores.

Em honra tu deves ter

Um egrégio pedestal,Para em memória trazermos

Producções do Bananal lll

Um lugar que so devia

Ter por producções bananas \Dahi surge á poesiaTanto bella, quanto ufana

Em nossos peitos gravado*Ficará eternamente,Versos tao raetieficados,E povo tâo sapiente.

A A

.fs

. . *.'¦' ¦

Page 4: - c ¦ a'Q RIO DE 1850. ;C ryyCCy N.memoria.bn.br/pdf/709697/per709697_1850_00021.pdf · quero dizer, de alguma perna, ha remédio, porem para a^gados ainda não se descòbrio t*

«.¦¦¦ * „_ 4 __

* - . ..'•; ¦>*¦*¦ X a-

¦ ... '.--.¦-. ¦ ¦

¦¦ ¦

¦¦

¦¦..¦¦

Iitfm^^mti^mmi^ÊmiwamamÊmÊ^mmmimÊÊtaÊ^^mmma,» i *•+* mr- ¦ xjk mwwwmumwwí —mi- ¦¦¦ ¦¦" *^t^:>

AS AMÁVEIS BRASILEIRAS.MOTTE.

Defender as BrasileirasPEu tenho só por brasão.

GLOZA.São bellas são feiticeirasAs meninas d'esta terra,Heide ás outras fazer guerraDefender as Brasileiras.Elias gentis e faceiras,Prenderão meu coração,A uma, nao amo nãoAmo todas em geralAmal-as firme e liaiEu tenho só por brasão,

Mas com as bellas¦'¦'¦ 'x f'r v. ¦ ¦ ¦ ¦ ,-r /

E' só que fallo,Lá sobre as outrasEntão me calo,Pelas bonitasSó .sinto abalo.

ANNUNCIOS JOCOSOS.PERDA.

Quem perdesse um ent ha me de vésperas, que fezVispere, falle no arco do Telles, ao domingo de tarde.

«*•

. ..¦.. ¦ ,¦..

Boa descoberta.Chegou a esta corte uni celebre matliematico, afim

de explorar um grande phenomeno, que hade aconte-cer domingo, á passagem do sol pelo meridiano,• aspessoas que pretenderem observá-lo, é preciso (fUe nãocomão cousa alguma no sabbado, e no domingo hão-de ir mesmo em jejum , porque com esta simples pre-paração, apezar da claridade do sol, veráã as estreitasao meio dia»

P.ypji -: :) í"',.A <

OBRAS PUBLICADAS. *Sahio ás escuras, porque não teve tempo de sahir

com luz, «m pecúlio, chefe de obra, o qual faz conhecercomo se deve saber distinguir de cores pela vista, per-cehcr o que se falia pelo ouvir, conhecer a arruda pelocheiro, sentiroquese come pelo gostar, e differençar aIiortiga pelo apalpar. Vende-se tudo isto em partes iguaes

•^:por mais de nada.

¦ *.-,;¦ .¦....¦

¦>;'•'.

..'¦>...¦;.¦¦*>¦,-*¦¦.

A ACHADO.Quem perdesse tres cabellos de barba, dous pretose um branco, fasenda que cm outro tempo sc empe-

nhava por tanto dinheiro, se se achar com barbas paradar a!.\içaras, falia cem o cego Quinca que foi quemos achou;

CHARADAS.Alfaiate, nem um ponto,No panno quero que deis,Heide embaraçar-te o fioCom que a casaca coseis. — 1Mas se elle é avariado,Se outro q uer ir^comprar,Puche-se já mui depressaNão sé deve demorar. — 1

Aonde as barcas atraçãoAhi tèm um armarinho,Oue de linhas e retrozesMantém o seu negocinho. — 1O armarinho é já velho,Porém não é a fazenda,Pois quasi sempre recebeDo Porto nova encommenda. - l.ac.2.{

E' de lá mesmo que veioAppellidos d1heróes,Eu sou um que PortuguezesTranscreverão para nós. — 3.a e 4.a

Conceito.Oue importa que seu corpo não respire,Se sua alma ainda existe unida á minha.

Correndo vos dou sustento, —1• Em terra, ou água veráo, — 1

Vendo o pobre sem alentoSentirá o bom christão. — 1

Conceito.Um fraco produeto meu ,Eu com gosto te offereçp \Bem sei que nada elle vale,Bem o sei, bem o conheço.

Mas sé pretendo com elleMostrar-te que reconheçoÔ teu modo tão cor tez,A que tanto dou apreço.

Annuncios.

¦\'-r'i.

CHITAS em cassa para lueto aieviado a 240 réis ^meriuó* preto a 800, I #200 e 3 #800 \ gravatinhas deseda para Snra. 1 #, 1 #280 e 2# ; panno preto a3 #200; e muitas outras fazendas em conta, na ruadc S. Pedro ri. 184.

ROUPA.Lava-se e engomma-se, e também se lava somente que-

rendo-se, quer de brancos quer de pretos; na rua dósBcnedictinos n. 12 sobrado.

T\*r. DE A. M. MORANDO, KVA li A \ALLA N. 25...

- ¦¦-.

I