doquintal - 4º edição

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Do Quintal Um jornal a serviço dos moradores da região do Pilarzinho, Mercês, Vista Alegre, Abranches e São Lourenço R$ 1,50 Curitiba, abril/maio de 2011 - Ano I - Número 4 » A ACIEP está saindo do papel Comerciantes estão criando a Associação Comercial e Industrial do Pilarzinho e Região – Aciep, que antes mesmo de ser oficializada já está oferecendo benefícios aos futuros associados. :: Pág. 3 » Ofertas para os comerciantes O Do Quintal lança o Clube Empresário Amigo do Quintal. Veja as vantagens que ele oferece e como participar na página 3. » Chegou o Almanaque Nesta edição, estreia o Almanaque do Quintal. :: Págs. 12 e 13 » Teffé: elogios e reclamações Obras na Rua do Bom Retiro trazem benefícios, mas geram críticas do comércio. :: Pág. 10 » Salve o Golfinho A campanha para resgate do antigo clube continua. :: Pág. 5 Não se sabe exatamente quando ou quem a ergueu, mas antes do século XX ela já estava ali. Presenciou a cria- ção do bairro e sua transfor- mação até agora. Tornou-se a principal referência da região. Mesmo com sua importância histórica e afetiva, a Cruz do Pilarzinho nem cadastro na Prefeitura tem, e hoje pou- co é notada por quem passa apressado pela confluência das ruas Hugo Simas, Ra- poso Tavares e Hugo Lange. Em meio a postes e fiações, placas e letreiros comerciais e um trânsito pesado de veí- culos, o maior símbolo do Pi- larzinho hoje é quase invisí- vel. Não fosse pelos próprios moradores, ela nem existiria mais. :: Págs. 8 e 9 Uma cruz quase invisível De quem são estes pés? Descubra na página 7. DUAS TRAGÉDIAS E UM ALERTA Abril ficou marcado pela chacina na Escola de Realengo, no Rio de Janeiro. Uma semana depois, houve uma nova cena de sangue na saída de uma escola no interior do Piauí. Ambas tiveram como pano de fundo uma prática perversa que se alastra pelo ambiente escolar, o bullyng. Na última edição, o Do Quintal tratou deste tema, entrevistando uma das principais especialistas do assunto, que já alertava sobre as conseqüências desse mal. :: Pág. 11

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"Uma Cruz quase invisível"

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Do QuintalUm jornal a serviço dos moradores da região do Pilarzinho, Mercês, Vista Alegre, Abranches e São Lourenço

R$ 1,50 Curitiba, abril/maio de 2011 - Ano I - Número 4

» A ACIEP está saindo do papel

Comerciantes estão criando a Associação Comercial e Industrial do Pilarzinho e Região – Aciep, que antes mesmo de ser oficializada já está oferecendo benefícios aos futuros associados.

:: Pág. 3

» Ofertas para os comerciantes

O Do Quintal lança o Clube Empresário Amigo do Quintal. Veja as vantagens que ele oferece e como participar na página 3.

» Chegou o Almanaque

Nesta edição, estreia o Almanaque do Quintal.

:: Págs. 12 e 13

» Teffé: elogios e reclamações

Obras na Rua do Bom Retiro trazem benefícios, mas geram críticas do comércio.

:: Pág. 10

» Salve o GolfinhoA campanha para resgate do antigo clube continua.

:: Pág. 5Não se sabe exatamente

quando ou quem a ergueu, mas antes do século XX ela já estava ali. Presenciou a cria-ção do bairro e sua transfor-mação até agora. Tornou-se a principal referência da região. Mesmo com sua importância

histórica e afetiva, a Cruz do Pilarzinho nem cadastro na Prefeitura tem, e hoje pou-co é notada por quem passa apressado pela confluência das ruas Hugo Simas, Ra-poso Tavares e Hugo Lange. Em meio a postes e fiações,

placas e letreiros comerciais e um trânsito pesado de veí-culos, o maior símbolo do Pi-larzinho hoje é quase invisí-vel. Não fosse pelos próprios moradores, ela nem existiria mais.

:: Págs. 8 e 9

Uma cruz quase invisível

De quem são estes pés?Descubra na página 7.

DUAS TRAGÉDIAS E UM ALERTAAbril ficou marcado pela chacina na Escola de Realengo, no Rio de Janeiro. Uma semana depois, houve uma nova cena de sangue na saída de uma escola no interior do Piauí. Ambas tiveram como pano de fundo uma prática perversa que se alastra pelo ambiente escolar, o bullyng. Na última edição, o Do Quintal tratou deste tema, entrevistando uma das principais especialistas do assunto, que já alertava sobre as conseqüências desse mal. :: Pág. 11

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Curitiba, abril/maio de 2011

Do Quintal

Do Quintal

Uma semente para a paz O combate à violência é um dos maio-res desafios da atualidade. Há um con-senso de que algo deve ser feito para in-terromper a escalada desse mal que se alastra por todos os poros da socieda-de, sufocando-a em sua própria essên-cia – que seria a convivência pacífica entre pessoas. O problema é que muitos acham que o combate a essa ferida so-cial é atribuição exclusiva dos governos e das polícias. E que ela poderia ser combatida somente com leis mais seve-ras e uma polícia mais competente.

O que muitos não vêem é que a violência tem raízes muito mais profundas cultivadas pela própria sociedade que é vítima dela. O desrespeito ao próximo, a intolerância às diferenças, o culto ao individual, geralmente começam em casa. E são dessas bases que se criam adultos intolerantes e agressivos que irão continuar alimentando nossa cultura de violência.

E só será possível acabar com esse círculo vicioso a longo prazo cultivando a cultura da paz e do bom convívio. Nesta edição, o Do Quintal traz três exemplos de situações que mostram como podemos contribuir diretamente para um mundo menos violento. Será que somos cúmplices da tragédia de Realengo (veja matéria sobre bullyng na pág. 11), da violência no trânsito (página 3 ) ou do próprio aumento da criminalidade (pág, 4) ? Cúmplices pela ação ou pela omissão.

Por que antes de pedirmos soluções aos governos e autoridades, não começamos primeiro a fazer nossa lição de casa, cultivando o respeito ao próximo, a tolerância no convívio social?

Uma boa ação, extremamente simples, mas com resultados surpreendentes, por exemplo, é exercitar a gentileza, seja em casa, na escola, no trânsito, no trabalho. Quando provocamos um ambiente agradável aos outros, também somos beneficiados, pela lei da ação e reação. Já quando plantamos mais sementes de violência, o que podemos esperar colher?

CARTA AO LEITOR

Propriedade da Editora ETC e Tãao – CNPJ: 12.339.920/0001-18

Jornalista Responsável: Ângela Ribeiro DRT 1574

Diretor de Redação: Douglas de Souza Fernandes

Projeto gráfico e diagramação: Eduardo Picanço Aguida e Paulo Augusto Krüger de Almeida.

Endereço: Rua Professor Ignácio Alves de Souza Filho, 343, Pilarzinho, CEP 82110-450.

Telefones: 3527-0501 e 9852-3071.

E-mails: [email protected], [email protected], [email protected]. Site: www.doquintal.com.br

Impressão: Editora O Estado do Paraná

EXPEDIENTE

Morreu Edwino, “o homem da Cruz”Incansável defensor da Cruz do Pilarzinho foi entrevistado pelo Do Quintal uma semana antes de morrer.

Ele nasceu em frente à Cruz no dia 17 de maio de 1937. Na casa construída pela família, mo-rou toda a sua vida, criou os três filhos, traba-lhou, se aposentou. E nesse tempo todo foi

um defensor incansável da preservação do monumento que dizia ter sido levantado por sua própria família quan-do chegou a Curitiba vinda da Polônia. Na madrugada do último dia 28 de abril, Edwino José Polak morreu, ví-tima de um infarto fulminante.

Uma semana antes, a reportagem do Do Quintal o en-trevistara sobre a história da Cruz do Pilarzinho. Suas de-clarações estão nas páginas 8 e 9 desta edição. Pela última vez, seu Edwino falou sobre o que mais gostava.

Edwino deixou viúva Nena Polak, companheira de mais de quatro décadas. O casal teve quatro filhos: a pro-fessora Aninha, a advogada Cristila e a médica Josefina. O quarto filho, um menino, morreu logo após nascer.

O pai de Edwino, Theodoro Polak, chegou por vol-ta de 1870 a Curitiba. No local onde seriam futuramen-te a confluência das ruas Raposo Tavares, Hugo Simas e Amauri Lange, ele construiu o primeiro armazém de secos e molhados da região. No local também instalou uma vinícola, famosa durante décadas por produzir um apreciado vinho de laranja.

Com o tempo, as ruas de terra percorridas pelas carro-ças dos colonos deram lugar a vias asfaltadas e ao pesado trânsito dos modernos automóveis. Parte do antigo ar-

mazém deu lugar a um bazar de confecções e perfumaria, dirigido por Nena Polak. Ao lado, O espaço foi alugado para uma loja de venda e consertos de panelas. No local onde funcionava a vinícola, hoje está o Bar Hollyowood. E era nesse local em que Edwino passava a maior parte do seu tempo reunido com velhos amigos, jogando um baralhinho, tomando seus tragos e sempre com o inde-fectível cigarro num canto da boca e o sorriso maroto no outro. Ali sempre havia alguém disposto a saber mais so-bre a Cruz. E seu Edwino sempre disposto a falar sobre o seu maior orgulho.

Seu Edwino se foi, mas ficou a Cruz, que como mos-tra a reportagem desta edição, está cada vez menos visí-vel por quem passa por ela. (DSF)

Osni Gomes

Nasci curitibano em 1º de maio de 1994, exatamente no dia em que o mundo do automobilismo mun-dial perdia sua maior estrela, Ayr-ton Senna. Vim transferido para exercer aqui minha profissão de jornalista. Mas apenas alguns anos depois é que descobri o bairro das Mercês, onde adquiri um aparta-mento próximo a Igreja dos Capu-chinhos.

Minha convivência diária é com o trânsito maluco das redondezas, na Manoel Ribas, Padre Agostinho, Prudente de Morais ou Brigadei-ro Franco. Complicado mesmo é a madrugada, pois a juventude malu-ca nos surpreende vez ou outra com um barulhão danado que nos rou-ba o sono ou em acidentes violen-tos ou ainda na algazarra de rua ou os chamados “jacu boys” com seus

sons de estremecer as paredes.Eu não posso reclamar dos li-

xeiros da madrugada que gritam, assobiam, jogam tudo o que catam pelas ruas. É o preço do progresso. Pior seria se eles cruzassem os bra-ços e não levassem para bem longe a sujeira que produzimos. Nada a observar.

Sinto não ter o espaço que des-frutei por 40 anos lá em Ponta Grossa, onde tudo era mais calmo e a gente vivia em paz. Falta-me uma churrasqueira e um bom parque de diversões para o menorzinho aqui de casa que está nos seus irrequie-tos 4 anos de idade.

Gosto de tomar minha cerveji-nha e bater papo com o pessoal da Lanchonete Gentil, onde o Wan-derley e o João Mário se revezam no atendimento de uma freguesia recheada de amigos e bons compa-nheiros de papo e de copo.

O bairro é bom, bem localizado, tenho tudo próximo de mim quan-do preciso. Supermercado, praça pública, agências bancárias, igreja, excelentes restaurantes. É a vida que qualquer um pede a Deus!

E ainda tenho orgulho de dizer que moro na cidade mais européia do Brasil, com fama de primeiro mundo, jeitão ecológico. Tanto é assim que eu saio do meu prédio e na calçada posso colher abacates e pitangas em árvores frutíferas que existem por aqui. Sem contar que toda manhã um sabiá amigo vem cantarolar na minha janela e dizer: “ei cara, levanta que hoje será mais um dia de sol e alegria”.

Que bom que eu “nasci” em Curitiba, apesar de ser de Ponta Grossa.

Osni Gomes, jornalista e membro doConselho de Ética do Sindicato dos

Jornalistas do Paraná.

Eu “nasci” quando o Senna morreu!

Seu Edwino nos anos 70 e a casa dos Polak nos anos 50.

Edições anterioresPerdeu uma das edições do Do Quintal? Então é só entrar em contato pelos telefones 3527-0501 ou 98523071 ou pelo e-mail [email protected] e encomendar os seus exemplares. Confira os principais assuntos de cada edição:

1 – Conta a história de Ize, o craque do Pilarzinho; da fábrica de Santos da família Jolly, da centenária família Basso, e da droga que não para de fazer vítimas.

2- Traz a história da pedreira que deu origem à Ópera de Arame, des-venda o mistério do túnel das Mercês, e apresenta o ex-jogador que vi-rou uma enciclopédia do futebol.

3 – Mostra o porquê do Clube do Golfinho merecer ser resgatado, o que é esse tal de bullyng – a doença que assola as escolas, e traz um livro que pode mudar sua vida.

» 3Curitiba, abril/maio de 2011

Do Quintal

Pilarzinho organiza associação comercialIniciativa busca fortalecer o comércio da região e já está oferecendo benefícios aos empresários

Baseados na velha e ver-dadeira premissa de que “a união faz a força”, comerciantes e empre-

sários do Pilarzinho e bairros vi-zinhos estão se organizando para a constituição da Associação Co-mercial Industrial e Empresarial do Pilarzinho e Região- Aciep. Uma comissão está trabalhando desde o ano passado para tornar esse pro-jeto uma realidade. E antes mesmo de ser oficializada, a futura entida-de já está oferecendo benefícios aos futuros associados.

A semente da Aciep foi lançada durante reuniões no ano passado do Projeto de Desenvolvimento Local, uma iniciativa do sistema Sesi-Fiep. Daí surgiu o grupo co-ordenado pelo profissional da tec-nologia de informação Adélcio Rodrigues, a contabilista Amaril-da Aparecida da Luz Pereira,e a comerciante Lorena Drechasler (Lolly’s Papelaria). A equipe vem desde então coordenando reuni-ões abertas a todos os interessados, onde são repassadas informações sobre o procedimento para criação da entidade, e recebidas sugestões de ações, algumas delas que já es-tão sendo colocadas em prática.

Segundo Adélcio Rodrigues, a intenção é que em um ano os co-merciantes da região já tenham ofi-cializada a entidade representativa com o objetivo de fortalecimento do setor.

Passos como verificar as ques-tões técnicas da associação, traçar perfil sócio econômico do local e avaliar o que os comerciantes es-peram da entidade são necessários para que no decorrer do tempo a associação seja consolidada, expli-ca Adélcio.

» Primeiros benefíciosEnquanto isso, porém, o grupo

gestor já iniciou campanhas em prol dos comerciantes. Uma de-las é a “Contablidade para Todos”. Através de convênio firmado com

o escritório contábil AC-Plenitude, já está sendo oferecido o serviço de contabilidade aos interessados ao custo inicial de apenas R$ 100 mensais. “Um dos grandes proble-mas dos empresários, é conseguir manter as questões tributarias, fis-cais e contábeis em ordem, o que acaba limitando a conquista de muitos benefícios. Essa campanha é um passo importante na solução desse problema”, lembra Adelcio.

Outras campanhas já estão sen-do organizadas, uma delas visa dis-ponibilizar o acesso à tecnologia aos empreendimentos e a inclusão digital dos comerciantes.

Nos próximos encontros se-rão definidas as formalidades para convocação de Assembléia para constituição formal e aprovação de estatuto da associação, e também definição da sede.

» ParticipeA comissão convida todos os

empresários que também buscam fortalecer o seu próprio negócio para participar das reuniões. Para isso basta entrar no site da entidade (www.aciep.com.br) e cadastrar-se sem custo algum. Assim você será sempre informado das ações e po-derá contribuir com sugestões para a oficialização da entidade que irá defender os seus interesses.

Nas reuniões, representantes da CEF ofereceram parceria com a Aciep.

Parcerias de pesoAntes mesmo de estar conso-

lidada, a Aciep já conta com par-ceiros de peso. Um deles é a rede de Desenvolvimento Local, da Federação das Indústrias do Es-tado do Paraná (Fiep), que vem apoiando a iniciativa e propor-cionando informações para a cria-ção da entidade. Outro é a Caixa Econômica Federal, que já propôs parceria com a futura associação. Nas últimas reuniões da comissão coordenadora, participaram os ge-rentes da Caixa Lorete Fabbris e Mario de Souza, que ofereceram parcerias, consultorias e linhas de créditos dentro do programa Em-preendedor Individual. A ideia é fortalecer a comunidade atra-vés da formalização de pequenos comerciantes que muitas vezes encontram-se na clandestinidade sem apoio de agentes de financia-mento. E contribuir com aqueles já consolidados, mas que preten-dem expandir seu negócio. Para mais informações, acesse o site aciep.com.br.

Um clube de descontospara os comerciantes

COMÉRCIO

Comerciante também é consumidor. Todo empresário que vende certos produtos ou presta certos serviços tam-bém necessita diariamente de outros produtos e outros serviços. Mas, como encontrá-los próximos e com bons preços? Para ajudá-lo, o Do Quintal está lançando o clube Empresário Amigo do Quintal, abrangendo os bairros Pi-larzinho, São Lourenço, Abranches, Mercês, Vista Alegre e Bom Retiro.

O Clube funciona assim : o empresário determina o desconto que oferecerá aos colegas empresários nos pre-ços de determinados produtos ou serviços. Os dados são incluídos num cadastro no site Do Quintal.com.br aos quais só os associados terão acesso por meio de uma se-nha. Quando necessitar de algum produto, bastará acessar o site e conferir as ofertas. Para efetivar a compra, deverá apresentar a carteirinha do Clube, que será oferecida gra-tuitamente aos associados.

Para participar basta ser anunciante no jornal ou ad-quirir a cota mínima de 7 jornais mensais (R$ 10,00). Por esse valor, o empresário terá, além das vantagens do Clube de descontos, o nome, endereço e telefone de sua empre-sa publicados no guia Aqui Tem do jornal impressoe no site do Do Quintal, junto com o mapa de localização do endereço .

Não fique fora dessa! Com apenas R$ 10 mensais, você divulgará os seus produtos para o público em geral, aumen-tará a integração com os comerciantes vizinhos e terá pro-dutos a preços promocionais oferecidos pelos seus colegas.

Para participar basta acessar o nosso site e preencher o cadastro.

Mais informações no site (doquintal.com.br)ou pelos telefones (041) 3527-0501 e 9852-3071.

SERVIÇO: Para mais informações, acesse o site

Aciep.com.br ou ligue para os telefones (41) 8713-8910 (Adél-

cio), Amarilda (8820-0007) e 3339- 0010 (Lorena).

Curitiba, abril/maio de 2011

Do Quintal » 4

A reforma do Palácio Rio Bran-co (1895-1896), da Câmara Muni-cipal de Curitiba, revelou algumas características originais do prédio que serão novamente expostas. Uma delas é a pintura. Por baixo da tinta látex utilizada nas últimas reformas do prédio, há desenhos a base de cal e pigmentos naturais, que em partes serão novamente ex-postos e protegidos por uma resina acrílica que não deixa a cal sair.

“O restaurador vai abrir as pare-des com bisturi e deixar à mostra alguns desenhos originais, traba-lho que chamamos de janela de testemunho”, explicou o arquiteto Claudio Forte Maiolino, diretor da Albatroz Arquitetura, Construção e Restauro Ltda., que está executan-do a obra. Trata-se de uma compo-sição de flores que complementam a pintura do teto e de algumas paredes do Palácio que ainda con-servam características originais.

Na fachada, uma equipe traba-lha para descobrir as cores de cada detalhe, já que os registros fotográ-ficos da época da inauguração são em preto e branco. “Nesta restau-ração estamos voltando o máximo possível ao que era original”.

“O restauro é importante do ponto de vista histórico, já que o prédio guarda a memória política do estado e abrigou a assembleia legislativa até 1957. A rua Barão do Rio Branco, onde está localizado, também já foi a rua do comércio mais importante da cidade” lem-brou o presidente da Câmara, João Cláudio Derosso.

O piso será diferente do que se viu nos últimos anos durante as sessões. Ao invés do carpete ver-

melho que cobria todo o plenário, será mantido o projeto inicial de assoalho de madeira. “Por baixo existia um assoalho de tábuas cor-ridas, mas a forma original é toda trabalhada em losangos, como um mosaico, e vamos mostrar isto”, complementou.

O piso de mármore da escadaria da entrada, que estava manchado e corroído pela ação do tempo, também já foi retirado e será subs-tituído por um novo, mantendo as características originais.

No telhado, todas as telhas tive-ram que ser trocadas. Também foi necessário trocar o ripamento, mas o madeiramento da estrutura foi tratado e mantido.

O teto também recebeu reforço. Ele foi feito com uma técnica de estuque, que consistia em fazer um forro de madeira e depois assentar uma espécie de argamassa, para aplicar a pintura. “Consolidamos este estuque pela parte de trás, através de injeção de resinas, para evitar que não caiam pedaços”, explicou Maiolino.

No porão do prédio, que era utilizado para as reuniões das co-

missões, está prevista a retirada das divisórias. Os arcos da estrutura deverão ser mantidos à mostra. As janelas deste ambiente foram leva-das para restauro e, assim como as demais, também devem manter a cor inicial, que está sendo pesqui-sada.

» TecnologiaSegundo Maiolino, com o pas-

sar do tempo, a antiga edificação foi perdendo algumas característi-cas. “Ao longo dos anos, o prédio foi sendo adaptado para se adequar às tecnologias. Houve necessidade de pontos de energia elétrica, te-lefonia, automação e estas coisas foram descaracterizando a constru-ção”, disse o arquiteto. Agora, toda a fiação elétrica e lógica está sendo refeita.

» Projeto estrutural Estrutura portante foi a técnica

utilizada no século XIX para erguer o Palácio Rio Branco. Ou seja, não existe fundação, mas sim paredes grossas, de aproximadamente um metro de espessura, que seguram o prédio. A movimentação do solo, causada principalmente pelo trân-sito de veículos pesados em volta

do prédio, fez com que as paredes apresentassem rachaduras que comprometeram a estrutura.

Para conter isto, no início da restauração foram criados três anéis metálicos, que envolvem o prédio e mantêm rachas e paredes no lugar. Uma das cintas está no térreo, outra nas tribunas e a tercei-ra, no telhado.

» HistóriaA conclusão da construção do

palácio Rio Branco foi entre 1895 e 1896. Foi inicialmente chamado de Palácio do Congresso, quando abrigou a Assembleia Legislativa do estado. Em 1957, o espaço foi cedido para a Câmara Municipal de Curitiba, que se instalou defi-nitivamente em 1963 e mudou o nome para o atual. Pelo valor his-tórico e cultural do prédio para o Paraná, foi tombado pelo governo do Estado em 1978.

» InvestimentoA previsão de custo da obra é de

R$ 858.967. Derosso ressaltou que os recursos que estão sendo utili-zados são oriundos de economias realizadas pelo Legislativo munici-pal. “A criação do Fundo em 2008, possibilitou a reforma sem onerar o município”, complementou o presidente. O fundo foi criado para receber os valores economizados pelo Legislativo a cada ano fiscal, a partir de 2009. Desta forma, a instituição pode realizar melhorias de infraestrutura e de qualificação profissional dos servidores sem despesas adicionais para a cidade. Anteriormente a isto, os valores eram devolvidos à prefeitura. Des-de o ano de 2000, a Câmara econo-mizou mais de R$ 26,5 milhões.

Palácio Rio Branco voltará às características originais

Palácio é patrimônio histórico do Estado.

Fotos: Andressa Katriny

Piso será reconstituídocomo no início.

Arcos do porão têm aproximadamenteum metro de espessura.

Desenhos por trásda pintura serão mostrados novamente.

Forro com pinturasa cal foi cuidadosamente reforçado com resina.

Janelas serão restauradase pintadas.

UMA RUA, UMA HISTÓRIA

Nilinho Paz e Amor

A Rua Nilo Peçanha é uma das principais vias de nossa região. Ela começa na altura da Roberto Barroso , no final do bairro São Francisco, corta todo o Bom Retiro, passa

pela divisa entre Pilarzinho e São Lourenço e desem-boca na confluência da João Gava e São Salvador, próximo à Ópera de Arame.

Seu nome é uma homenagem ao advogado e polí-tico fluminense Nilo Procópio Peçanha (2/10/1867-31/3/1924). Mulato e filho de pequenos agricultores da região de Campos (RJ), foi deputado constituinte, senador, governador do Rio de Janeiro e presidente da República por um ano e cinco meses.

Apesar de ter lutado na campanha abolicista, his-toriadores apontam que ele nunca assumiu sua ascen-dência africana. Alguns afirmam que suas fotografias presidenciais eram retocadas para branquear sua pele escura. Sua origem humilde nunca escondeu, e dizia que fora criado com “pão dormido e paçoca”.

Eleito vice-presidente em 1906, assumiu o cargo com a morte do titular, Afonso Pena, em junho de 1909. Em seu governo, criou o Serviço de Proteção ao Índio (embrião da Funai), reorganizou o Ministério da Agricultura e deu grande impulso ao ensino técni-co-profissional.

Sua sucessão foi uma das mais disputadas até então, contrapondo pela primeira vez São Paulo, cujo candi-

dato era Rui Barbosa, e Minas Gerais, que venceria o pleito com Artur Bernardes. Preocupado com uma es-calada de violência durante a campanha, lançou o lema “paz e amor”, que 90 anos depois seria adotado pelo candidato Luis Ignácio Lula da Silva, que ganharia na época o apelido de “Lulinha Paz e Amor”. (DSF)

De origem humilde, Nilo Peça foi presidentedo país por 1 ano e cinco meses.

INFORME DA CÂMARA MUNICIPAL DE CURITIBA

Em março, a cada 50 minutos uma casa em Curitiba era assaltada ou arrombada. A constatação é da Secretaria de Estado da Seguran-ça Pública com base nos boletins de ocorrências no período. Ao todo foram 697 furtos e 192 furtos a residências. O número é assustador, mas bem abaixo do que acontece de fato. Isso porque muitas vítimas acabam não registrando queixa.

O estudo mostra em que pé está a insegurança na cidade. Para ten-tar mudar essa situação, moradores têm se organizado para formar seus conselhos de segurança nos bairros. O Bom Retiro, por exem-plo, criou o seu há um ano e meio e vem conseguindo bons resulta-dos. Presidido por Sérgio Murilo Komoroski, o Conseg-Bom Retiro reúne-se toda última terça-feira do mês, às 19h, no Oratório de Bach, no Bosque Alemão, no Vista Alegre. Nesses encontros, com represen-tantes das polícias Civil e Militar e Guarda Municipal, são discutidos os problemas mais prementes e repassadas informações sobre como se prevenir das ações criminosas.

Sérgio comenta que a integração entre polícia e população é funda-mental para melhorar a segurança, assim como a união entre os pró-prios moradores, que, assim, formam uma rede para detectar e coibir crimes.

O Conseg Bom Retiro é pioneiro na implantação de um novo sis-tema de segurança. Através de um dispositivo eletrônico, moradores e comerciantes mantêm contato direto com o Módulo Policial, ajudan-do no atendimento às ocorrências e na prevenção dos crimes.

ExpandindoMoradores do Pilarzinho também estão se mobilizando para criar

o seu Conseg. Atualmente o grupo busca experiência de conselhos já em atividade, como o do bairro Agua Verde, o primeiro a ser instalado na cidade.

Serviço - Conseg Bom Retiro (presidente- Sérgio Murilo Komo-roski. Tel-3029-0107/ 3338-7147/ 9961-6851.

Bairros tentam coibir crimes

Curitiba, abril/maio de 2011

Do QuintalATUALIDADES

» 5

Campanha “Salve o Golfinho” continua

O Do Quintal contou a história gloriosa desse clubee o estado deplorável em que ele está hoje.

Lançada na última edi-ção Do Do Quintal, a campanha “Salve o Golfinho” prossegue,

com o apoio de moradores, ex--atletas e ex-sócios do Clube que já foi referência na natação de alto nível no País e que hoje está jogado às moscas. A comissão de moradores do bairro continua gestionando junto äs autoridades para que se encontre uma solu-ção para que o clube seja reaberto para atender á comunidade.

O Do Quintal contou na edi-ção de número 3, toda a história desse clube, criado há 35 anos por um grupo de famílias curi-tibanas como a primeira escola exclusiva de natação da cidade. Com recursos próprios, o grupo comprou o terreno de 8.312 me-tros quadrados na rua São Sal-vador, no Pilarzinho, construiu quatro piscinas, inclusive a pri-meira olímpica de 50 metros da cidade. Em pouco tempo, com a contratação de técnicos de reno-me, já se formavam os primeiros campeões paranaenses. No auge, nos anos 80, o clube foi o segun-do melhor do País, fornecendo várias atletas para defender o Bra-sil em Olimpíadas.

Com o afastamento das famí-lias fundadoras, o clube entrou em declínio e foi vendido para a Sociedade Juventus, que em 2003 o levaria a leilão para pagar dívidas com o INSS. A área foi arrematada por R$ 600 mil, di-vididas em 60 prestações de R$ 10 mil. Mas, o arrematador só pagou a primeira parcela e desde então imóvel está indisponível pela Justiça, e pesava sobre ele até o início deste ano uma dívida de R$ 300 mil relativos ao IPTU atrasado e cerca de R$ 1 milhão e 500 mil de dívidas com o INSS.

Diante disso, a comissão de moradores e ex-atletas levaram a situação ao prefeito Luciano Ducci, solicitando que o muni-cípio estudasse uma forma – a partir de uma parceria com o governo federal – para assumir o espaço e usá-lo para continuar formando atletas e para atender ä comunidade. A comissão aguar-da resposta.

» A luta continuaA luta pelo Golfinho tem mo-

bilizado vários segmentos. Está em curso um abaixo-assinado deixado em vários pontos dos bairros próximos ao Clube. Ex--atletas como Ilana Kriger, pri-meira paranaense recordista su-lamericana e filha do fundador do clube Berek Kriger, e o ex--nadador olímpico Rogério Ro-mero, hoje secretário-adjunto de Esportes e da Infância de Minas Gerais, são alguns dos ex-atletas que estão na luta para resgatar o Golfinho.

A situação do Clube já foi apresentada às assessorias do se-cretário de Esportes de Curitiba, Marcello Richa, e a da senadora Gleisi Hoffmann (PT), no sen-tido de que o caso seja estudado nos níveis municipal e federal. A comissão também está tentando contato com o Ministério dos Es-portes.

O abaixo- assinado pedindo que o Poder Público assuma o local continuará circulando por pontos estratégicos do bairro. Exemplares da edição que conta a história do Clube do Golfinho e sua atual situação podem ser pe-didos pelo e-mail [email protected]. A edição digital está no site do jornal – doquintal.com.br.

Fiscalize seu vereadorMuitos curitibanos ainda não sabem, mas há mais de um ano existe uma forma rápida e fácil de

fiscalizar a atuação dos vereadores locais. Em 31 de julho do ano passado foi lançado o Portal

da Transparência, uma seção do site da Câmara que traz todas informações referentes ao

funcionamento da casa, como gastos com salários e manutenção e o trabalho dos legisladores

voltado para cada bairro da cidade. Também um histórico das leis, projetos e proposições feitas

por cada vereador. Para ter acesso a essas informações basta entrar no site da Câmara (www.cmc.

pr.gov.br ) e clicar no link Portal da Transparência.

Quer casar ?Casamento de graça é um dos serviços que os programas Sesc Cidadão e Justiça no Bairro, em

parceria com a Prefeitura de Curitiba, vão oferecer à população na Rua da Cidadania do Boqueirão,

no Terminal do Carmo, nos dias 2 e 3 de julho, das 9h às 17h. O casamento coletivo será no dia

2, às 18h. As vagas são limitadas para 200 casais. Os documentos exigidos são a certidão de

nascimento original, RG, CPF, e comprovantes de residência e de renda. As inscrições vão até o dia

31 de maio, no Cras Pilarzinho, que fica na Rua Guy de Maupassant, 177. Fone: (41)3338-3554 .

AbranchesO bairro do Abranches ganhou, no aniversário

de Curitiba, uma Unidade de Saúde. Vizinha à

igreja do bairro, ela tem 510 metros quadrados

de área com Espaço Saúde integrado. O Espaço

homenageia a educadora Gisele Aparecida

Dolata, moradora da região e falecida no ano

passado. A nova unidade atenderá parte dos

usuários até então atendidos pelas unidades

Pilarzinho e Diana. Na foto, o prefeito Luciano

Ducci pouco após a inauguração.

Obras na FredolinO grande volume de chuvas registrado em Curitiba no final do ano passado e início deste provocou

atraso nas obras de reforma e revitalização da avenida Fredolin Wolf. Lançada em maio do ano

passado, a obra tinha como prazo inicial de entrega o 31 de maio deste ano. Agora, a previsão é

para o segundo semestre, provavelmente em outubro. Isso se não tivermos até lá novos períodos

de chuvas intensas. Enquanto isso, é importante que os motoristas fiquem atentos aos desvios no

trãnsito provocados pelas obras. No último 4 de maio, por exemplo, foi liberado o trecho em frente

ao Parque Tingui, com a conclusão da pavimentação e a ponte.

Professora lutapor trânsitomais seguroPreocupada com o risco diário de

acidentes com crianças na Rua Hugo

Simas, a 40 metros da confluência

com as ruas Raposo Tavares e Amauri

Lange, no Pilarzinho, a professora

Sônia Brush continua sua luta para

que se aumente a segurança no local.

Ali existe um ponto de ônibus, o mais próximo do Colégio Bento Munhoz. Para se chegar a ele, as

crianças têm que atravessar a movimentada Hugo Simas, o que já provocou pequenos acidentes

com alunos. Um deles foi presenciado pela professora, que viu uma estudante ser atropelada por

um motociclista ao tentar atravessar a rua. Por conta própria, ela buscou solução na prefeitura. A

Diretran instalou no ano passado uma travessia elevada, mas que não vem sendo respeitada pela

maioria dos motoristas. Agora, a professora vem promovendo uma campanha de conscientização

com a participação de seus alunos. Com recursos próprios, mandou fazer camisetas para os

estudantes para serem usadas na campanha. Ao mesmo tempo, ela continua gestionando junto

as autoridades do setor para que adotem novas medidas de segurança no local, como melhoria da

sinalização, aumento da fiscalização ou mesmo a instalação de uma lombada eletrônica. Enquanto

isso não acontece, torce para que não ocorra nenhum acidente grave por ali. No mês passado, ela

chegou a registrar um acidente no local. A moto, dirigida por uma jovem que ia no sentido Raposo

Tavares, chocou-se com o carro. Felizmente, houve apenas ferimentos leves. (Da redação)

Notas - Do Quintal

Na foto tirada por Sônia Brush, um dosvários acidentes já ocorridos no local.

Curitiba, abril/maio de 2011

Do Quintal » 6

ANEL VIÁRIO

Obras na Teffé causam transtornos ao comércioObras trazem melhorias, mas também geram críticas

Osni Gomes

Um Anel Viário de quase 26 quilôme-tros de extensão está sendo construí-do pela Prefeitura de Curitiba, prepa-rando a cidade para a Copa do Mundo

de 2014. Neste trajeto incluem-se os bairros Re-bouças, Alto da XV, Alto da Glória, Centro Cívico, Bom Retiro, Mercês, Batel e Água Verde.

Nos nossos bairros serão aproximadamente 12 quilômetros no sentido horário e outros 14 no anti--horário. As obras previstas são de asfaltamento das ruas Teffé e José Antoniassi entre a Dom Alberto Gonçalves e a André Zanetti; Júlio Perneta, entre a Dr. Roberto Barroso e José Antoniassi e João Go-mes da Silva, entre as ruas Dr. Roberto Barroso e José Antoniassi.

Entretanto as obras, que começaram em janeiro e devem se estender até o mês de agosto ou setem-bro, não estão recebendo total aprovação dos mo-radores da região e principalmente do comércio da Rua Teffé, considerado um ponto de compras tu-rísticas e que perdeu recentemente grande parte do seu estacionamento.

“Justamente agora que o comércio da Rua Teffé

se diversifica e passa a abrir espaço para o ramo de confecções, fugindo um pouco da exclusividade de “rua dos calçados” até então conhecida, sofremos essas mudanças que não nos dão muito tempo para adaptação”, reclama Roseli Block, proprietária da Modelle Confecções.

Já Mariana Schroeder Manfredi reclama que a redução da área de estacionamento, a alta velocida-de dos veículos, circulação de ônibus e caminhões. “Precisamos urgentemente que os estacionamen-tos sejam recuperados, pois nosso movimento caiu praticamente pela metade. A alta velocidade dos veículos exige uma lombada eletrônica, pois é difí-cil para o pedestre atravessar a rua”, protesta.

Outro ponto reclamado por Mariana é a instala-ção de ponto de ônibus quase defronte a sua loja, a Mare Chiare: “ Vou ter que colocar portas de vidro para evitar a sujeira que vem para dentro e mancha nossas roupas”

Para Kalinka Greca, que possui uma rede de lo-jas na região, a principal reclamação é pela falta de estacionamento. “O ônibus não atrapalha e por ser um anel viário é inevitável que tenhamos o trans-porte coletivo. O que prejudicou mesmo foi a abo-lição dos pontos de estacionamento”, frisa.

Apesar dos benefícios, as obras do anel viário

causam transtornos.

Mais segurança, arborização e iluminação

Só que os moradores e co-merciantes não estão bem in-formados sobre os benefícios da obra porque a área além dos benefícios de circulação ganhará também um sistema de circuito fechado de TV, com 18 câmeras e videomo-nitoramento 24 horas por dia e sistemas sincronizados de mensagens e controle de se-máforos, entre outras coisas.

Outra novidade anuncia-da recentemente será a ar-borização da Rua Teffé, que ganhará 142 novas árvores nativas, ao longo de seus 800 metros. Foram programados também paisagismo, calça-das, asfalto e iluminação pú-blica.

Quando estiver pronto este Anel Viário criará um caminho alternativo de trân-sito, contornando o centro de Curitiba. O objetivo é di-minuir o tráfego de veículos

na região central de Curitiba e melhorar o fluxo do trans-porte coletivo.

A principal mudança será na área considerada mais re-sidencial, a partir da Dom Alberto Gonçalves até a José Antoniassi, onde máquinas trabalham para reconstruir a pista e eliminar uma mini--praça que existia ao longo. Isso descontentou alguns moradores e há até os que colocaram residências à ven-da para evitar o confronto com o tráfego mais intenso que é esperado para o local tão logo o acesso seja libera-do. “Se antes tínhamos ape-nas os carros dos moradores que entravam e saiam, agora ficará insuportável, pois te-remos além dos carros, ca-minhões, ônibus e trânsito intenso 24 horas por dia”, re-clama um morador que não quis se identificar. (OG)

Roseli Block: “Mudanças não dãotempo para adaptação”.

Mariana S. Manfredi reclama da redução dos estacionamentos.

Fotos: Osni Gomes

Luis Claudio Patrí[email protected]

A bicicleta é um veículo muito simples e de um modo geral você vai con-seguir pedalar em qualquer modelo de bicicleta. Entretanto, se você vai usá-la diariamente, existem alguns detalhes que podem tornar sua vida muito mais fácil. Seguir ou não essas dicas pode ser a diferença entre quem começa pe-dalar mas desiste logo e aqueles que conseguem incorporar a bicicleta no seu dia a dia.

» Estabilidade - Modelo e tamanho do quadroO tamanho do quadro é uma medida geralmente desprezada por quem

está comprando uma bicicleta. Os modelos prontos de fábrica vêm com ta-manho fixo e atendem apenas quem tem estatura mediana. Você não usaria um sapato que não fosse sua numeração, com o quadro da bicicleta é a mesma coisa. Um tamanho inadequado com o uso contínuo pode provocar dores nas costas, no pescoço e nos pulsos. Veja a tabela abaixo com o tamanho indicado por faixa de altura:

ALTURA DO CICLISTA (CM.)

BICICLETA DA ESTRADA (CM.)

BICICLETA MTB (POLEGADA)

160 – 165 47 – 51 14165 – 170 51 – 53 16 – 17170 – 175 53 – 55 18175 – 180 55 – 57 18-19180 – 185 57 – 59 20185 – 190 59 – 61 20-22> 190 > 61 > 22

Existem formas mais precisas de calcular o tamanho ideal do quadro que levam em consideração também o tamanho das pernas, braços e tronco va-riam de cada pessoa. Mas um macete bastante útil é o seguinte, sua perna deve ficar quase 100% esticada ao se sentar no selim e apoiar seu calcanhar no pedal na posição mais baixa.

» Postura - guidãoPara uso geral na cidade, é recomendável uma mesa com guidão mais

alto, mantendo assim uma postura mais ereta. Mas cuidado! Se o pavimento não for bom ou houver muitos desníveis, evite ficar com a coluna totalmente reta. Isso pode causar muito impacto nas vértebras. Alguns modelos pos-suem regulagem de altura, mas um guidão fixo com a altura certa para você já é suficiente.

Hoje em dia, os modelos mais comuns são os guidãos retos de MTB ou aqueles “chifres de bode” das bicicletas speed. Infelizmente modelos mais er-gonômicos têm sido abandonados aqui no Brasil. Mas garimpando um pouco dá pra achar modelos confortáveis.

» Conforto - Selim Se você não estiver confortável, você pode acabar desistindo de usar a bici-

cleta diariamente ou pelo menos, ela vai parecer bem menos atraente.Eu pedalo diariamente há mais de cinco anos. Rodo em média 400km por

mês. Já cheguei a rodar 100kms num dia na minha bici e não fiquei com dor alguma (exceto o cansaço, lógico). Por outro lado, já usei também bicicletas com selins duros que após uns poucos quilômetros eu já estava rezando pra chegar porque já estava sentindo desconforto.

Não existe um único modelo perfeito. Vai do gosto de cada um. Experi-mente antes de escolher ou converse com alguém mais experiente. Mas des-confie dos modelos extremamente baratos.

Esses três são os primeiros itens que você deve levar em consideração ao escolher sua bicicleta. Pode parecer exagero, mas faz realmente diferença. Por serem escolhas mais subjetivas e muito particulares, eles acabam não receben-do a importância adequada.

» Segurança - freiosOs tipos mais conhecidos de freio são: cantilever, a disco, contrapedal e

v-brake. Esse último é o que possui a melhor relação custo/benefício.

» Eficiência - marchasA variação de preços é enorme. Para evitar dor de cabeça, se você vai usar a

bicicleta com muita frequência, invista num bom grupo. Não precisa ser tam-bém dos mais caros, afinal de contas você provavelmente não terá tanto conta-to com barro e poeira andando na cidade.

Já está pra lá de bom um grupo Shimano Alivio ou SRAM 3.0 ou algo com-patível. Preste atenção no modelo dos grupos. Não basta ser da Shimano para ser uma boa marcha.

Com essas dicas é possível escolher uma bicicleta adequada para durar por muito tempo e não irá deixá-lo na mão.

Qual a bicicleta ideal para andar na cidade?

Douglas de Souza Fernandes

Quando o governador Beto Richa rompeu o tendão de aquiles do pé esquerdo durante

o Jogo da So-lidariedade, em abril na Arena da Baixada, reeditava uma história acontecida com o seu pai há 25 anos. Neste mesmo mês, só que em 1986, José Richa também cum-pria seus compromissos de gover-nador com um dos pés imobiliza-do. Também por causa de um jogo de futebol. Só que em vez de ex--profissionais como Zico, Dunga, Romáro, Paulo Rink e cia , ele que-brara o pé numa pelada com asses-sores e amigos.

Na juventude, Zé Richa che-gou a se destacar em times ama-dores do norte do Estado. Depois, enquanto era prefeito de Londri-na, deputado, governador e sena-dor, ou quando ajudava a criar o MDB no Paraná e o PSDB no país, sempre achava um tempo na agen-da para bater uma bolinha com os mais chegados. Foram nessas pe-ladas com o pai que os irmãos Beto e José Richa Filho foram iniciados no lúdico do esporte bretão.

E o velho Richa continuou jogando enquanto pode. Nos últi-mos tempos de esportista de fim de semana, porém, as más línguas (e as boas também) diziam que devido ao peso dos anos ele joga-va “ plantado” em campo, ou seja, tinha uma movimentação mais ce-rebral que corporal. Não é ainda o caso do filho, que na partida bene-

ficente até se movimentou bem, mas exagerou num pique, rompeu o tendão e teve que ir mais cedo para o chuveiro.

Curiosa nessa história é a coin-cidência com o número 7 . Quan-do quebrou o pé direito, José Richa tinha 52 anos, sete a mais que Beto Richa, que se machucou aos 27 minutos do jogo realizado a par-tir das 7h30 da noite do dia 7 de abril. E foi há 7 anos que o atual governador teve sua primeira lesão

mais grave jogando bola, quando quebrou em várias partes o torno-zelo direito ao ser atingido por um carrinho imprevidente do adversá-rio. O que lhe rendeu alguns pinos de platina e o fez ficar estes 7 anos afastado do rude (neste caso rude mesmo) esporte bretão. Pode ser só coincidência, mas por vias das dúvidas o governador deveria pen-sar nisso se daqui a 7 anos for con-vidado novamente para uma parti-da de futebol...

» 7Curitiba, abril/maio de 2011

Do QuintalPOLÍTICA

Tal pai... ...tal filho

E na políticaSe no futebol, o filho infelizmente seguiu os passos do pai no

quesito contusão, na política a torcida de quem acompanhou

o governo José Richa (1983-1986) é para que ele mantenha

o estilo de jogo do seu genitor. Primeiro governador eleito

após o restabelecimento das eleições diretas, Richa

pai teve seu mandato marcado pela democratização da

administração, que nos quase 20 anos de governos biônicos

havia se afastado drasticamente da população. Uma de suas

ações inovadoras foi a chamada interiorização do governo.

De tempos em tempos, reunia secretários e assessores e

passava um dia inteiro em uma das cidades pólos do Estado.

Entre um quibe cru e um sanduíche de mortadela, ouvia in

loco as reivindicações dos representantes da região. Algo

parecido com que o filho fez no último dia 15 em Londrina, só

que com o nome de “audiência pública”.

Morto em dezembro de 2003, José Richa continua lembrado

por ex-aliados e adversários como exemplo de decência

e elegância no trato político. Sempre evitou ataques

pessoais, pois repetia que “se deve atacar os erros e não

os que erram”. O respeito aos adversários lhe garantiu o

papel de um dos principais articuladores no período de

redemocratização. Não por acaso, foi um dos fundadores do

MDB no Paraná e do PSDB no país.

No seu governo, a educação foi prioridade. Para muitos

professores, foi o governador paranaense que mais respeito

teve com a categoria, tanto na política salarial quanto na

democratização da estrutura administrativa. Com ele, por

exemplo, o Paraná foi o primeiro Estado brasileiro a adotar

eleições para a escolha dos diretores de escolas.

Bota ortopédica: No último 19 de abril, Dia do Exército, com o pé devidamente instalado numa bota ortopédica, o governador Beto Richa conversa com o general Willian José Soares , pouco antes de ser condecorado com a medalha da Ordem do Mérito Militar. Pela imagem do fotógrafo Ricardo Almeida (AENotícias), alguém desavisado poderia supor que o general estivesse dando algum conselho ao governador – por exemplo, sobre como evitar novas contusões...

Bota de gesso: Com o pé quebrado imoblizado numa bota de gesso, o governador José Richa atendia a imprensa no desembarque no Gastão Vidigal, antigo aeroporto de Maringá, em abril de 1986. Na foto, de autoria não identificada e que foi publicada na extinta revista Aqui Maringá, à esquerda, o jornalista Jorge Henrique Lopes, da revista Aqui. À direita, Douglas de Souza Fernandes, então repórter da sucursal do Correio de Notícias, e hoje editor deste Do Quintal. Atrás à esquerda, o assessor de imprensa do prefeito maringaense Said Ferreira, Lenin Schhmdt . Ao seu lado, a secretária de Estado da Educação, Gilda Poli Rocha Loures, e ao centro, o prefeito de Mandaguari, Antônio Galera.

SolidariedadeCom o Jogo da Solidariedade, organizado pelos ex-jogadores

Zico, Paulo Rink e Alcindo, dia 7 na Arena da Baixada, foram arreca-dados R$ 369. 140,00, dos quais 60 por cento foram para as vítimas das enchentes no litoral paranaense e o restante para as vítimas do terremoto e tsunami no Japão. Foram 22.195 pagantes que viram os Amigos do Paraná , do técnico Sicupira, e Amigos do Japão , do téc-nico Valdir Espinosa, empatarem em 5 a 5. Alcindo (2), Romário, Zico e Washington marcaram os gols dos “ japoneses”. Paulo Rink (2), Oséas, Alberto e Amarildo fizeram para os paranaenses.

HISTÓRIA

» 8Curitiba, abril/maio de 2011

Do Quintal

Cruz do Pilarzinho: um monumento quase invisível que resiste ao tempoPrincipal referência do bairro, hoje ela é poucopercebida por quem passa apressado ao seu redor

Ângela Ribeiro

A cruz localizada na esquina de algumas das prin-cipais ruas que cruzam o Pilarzinho foi durante muito tempo uma das principais imagens da re gião. O Cruzeiro tornou-se um referencial his-

tórico de Curitiba, relembrando o período em que coloniza-dores instalavam uma cruz para marcar a conquista e a posse de terras. A Cruz do Pilarzinho foi a única que permaneceu de pé entre as tantas que teriam marcado a chegada dos co-lonizadores à capital do Paraná. Hoje, no entanto, ela parece invisível em meio às fachadas dos prédios comerciais e placas de sinalização e ao intenso tráfego de veículos ao seu redor.

Apesar de sua importância histórica, ainda não há um re-gistro oficial que traga a data exata em que a cruz foi erguida e nem quem o fez. Em 1999, a vereadora Julieta Reis solicitou em petição ao então prefeito Cássio Taniguchi, informações oficiais sobre a cruz. Ela pedia as seguintes informações: “O que ela representa para o Patrimônio Cultural do município e qual sua verdadeira história”. Segundo a vereadora, a peti-ção pretendia oficializá-la como um marco histórico e como um monumento de extrema importância para a cidade. “Eu morei naquela região e muitas vezes ouvi minha mãe falando sobre a Cruz e sei da importância daquele monumento para os moradores”, explicou a vereadora.

Segundo Julieta, a prefeitura se restringiu a decla-rar, em resposta à petição da Câmara Legislativa, que “a Cruz do Pilarzinho é um ícone da cidade de Curitiba que foi apro-priado e é preservado pelo Terceiro Setor, ou seja, pela po-pulação organizada, a quem cabe o direito e o dever da sua salvaguarda, preservação e a valorização de sua história”.

» Histórias de uma cruz

E essa responsabilidade foi, de fato, assumida pelos mo-radores que há muito tempo protegem a Cruz como parte de sua própria história. É o caso de Edwino José Polak, o popular “seu Edwino” que pode facilmente ser encontrado no Pilarzinho, em um bar localizado quase em frente à Cruz, jogando um baralhinho com os amigos de longa data. Seu Edwino mora na casa ao lado há mais de 70 anos e o bar, na verdade, é um antigo galpão de sua propriedade onde funcionou, durante muitos anos, a sua oficina mecânica. Ao lado, estão outros dois prédios da pioneira família Polak, onde funcionam uma loja de roupas administrada por sua esposa e uma oficina de panelas, além de sua casa. Por muitas décadas, foi o endereço do Armazém Polak, a primeira casa de secos e molhados da região.

O mecânico aposentado é um dos incansáveis defenso-res da Cruz e chegou a participar da fundação de uma as-sociação para proteger o monumento. Ele conta que foi seu biavô que fincou a Cruz, juntamente com outros imigrantes. Edwino é bisneto de Boaventura Polak, um dos pioneiros locais. Polaco originário da Varsóvia, Boaventura estabele-ceu-se nos terrenos concedidos por carta de foro, no início da década de 1870, período em que Curitiba era ocupada por levas de imigrantes europeus.

Seo Edwino se lembra de quando ainda criança ter vis-to outras cruzes que também teriam sido levantadas pelos imigrantes. “Tinha a dos espanhóis, por exemplo, que ficava mais para cima, mas foi derrubada. A cruz dos espanhóis foi levantada, como a do Pilarzinho, como referência de pos-

se de terra. Era costume na época, que nem os portugueses quando chegaram ao Brasil, a primeira coisa que eles fizeram foi levantar uma cruz”.

Existem, no entanto, outras versões alimentadas pela população que se acostumou a ter a Cruz não só como um símbolo do bairro, mas como fonte de lendas e histórias que compõem o imaginário local. Reza uma lenda, por exemplo, que no período em que o Pilarzinho ainda se parecia com um extenso campo de criação, com grandes áreas de plantios de milho, feijão, arroz e parreiras, com poucas e humildes casas de operários e agricultores, uma senhora fez uma pro-messa para Nossa Senhora do Pilar para alcançar uma graça. Caso fosse atendida, levantaria uma cruz a uns mil metros da pracinha, mais precisamente à Rua São Salvador onde fica a capela Nossa Senhora do Pilar que data de 1782 e que na

época era centro do bairro. Pedido atendido, a cruz foi le-vantada e se tornou referência do local que passou a ser cha-mado de “Cruz do Pilarzinho”..

Seu Miguel França, morador do Pilarzinho há cinquen-ta anos conta que, “na verdade”, a Cruz foi levantada pelos colonos para marcar o encontro de duas ruas que, mais tar-de, seriam a Hugo Simas e Raposo Tavares: “O cruzeiro foi levantado ali na encruzilhada das ruas, onde elas se encon-travam e formavam uma cruz”. E há quem diga, inclusive, que foi erguida ali para marcar o local onde um boiadeiro foi morto quando passava pela região. Histórias que, aliás, são veementemente negadas por seu Edwino que não se cansa de dizer: “Eu tenho certeza da história da Cruz”. O fato é que a Cruz do Pilarzinho foi a única a permanecer de pé, de tantas antes existentes.

João de Noronha

Entre placas, fios e o intenso tráfego, a Cruz passa despercebida. No destaque, a imagem de Cristo que poucos vêem.

HISTÓRIA

» 9Curitiba, abril/maio de 2011

Do Quintal

No mapa, a cruz não existeOficialmente ela não consta no registro da prefeitura,que aguarda pedido dos moradores para cadastrá-la.

Ângela Ribeiro

A Cruz do Pilarzinho, embora seja apontada como um ícone da ci-dade pela Prefeitura de Curitiba, permanece sem nenhuma prote-

ção oficial por não ser um bem histórico tom-bado como patrimônio cultural da cidade. Na verdade, a Cruz nem existe no mapa de Curitiba que serve de base para os serviços da Secretaria do Meio Ambiente, responsável pela manutenção de parques, praças e monu-mentos da cidade. Por ter sido originalmente fincada em meio a um cruzamento de ruas e, posteriormente, recuada pelos moradores preocupados com sua proteção, a Cruz não é marcada oficialmente como um monumento sob responsabilidade do Município. O que não significa que não venha tendo manuten-ção por parte da Prefeitura.

Segundo Jean Brasil, gerente de manuten-ção e conservação de praças da Secretaria do Meio Ambiente de Curitiba, como não existe nenhuma identificação no mapa do municí-pio que aponte a existência da cruz no Pilar-zinho, os serviços de manutenção são feitos em caráter “oficioso”, ou seja, por iniciativa do setor que faz esse tipo de serviço como “cortesia”. Conforme explicou Jean Brasil, embora a Cruz seja uma referência histórica e cultural, ela não chega a existir oficialmente para o Município porque está localizada em um lugar público, mas não foi devidamente cadastrada, solicitando sua preservação.

“Existe no bairro, por exemplo, no mapa oficial da Prefeitura, a demarcação da área do Largo Mãe de Deus, na Rua Roberto Gava com a Amauri Lange Silvério. Isso existe por-que alguém solicitou essa denominação e ela foi decretada em 2002. Isso é um registro do monumento que garante que ele seja algo ofi-cial para o Município”.

Ex-morador da região do Pilarzinho, Bra-sil chegou a sugerir que a população provi-denciasse esse registro para garantir a prote-ção oficial e não mais em caráter “oficioso”, da Cruz. “Trata-se de fato de um monumento de grande valor cultural para a população e pode ser devidamente registrado para garantir sua identidade histórica” – enfatizou Jean Brasil.

Fotos: João de Noronha

Curitiba não tem Lei de Tombamento

Curitiba ainda não possui uma legisla-

ção de tombamento, ao contrário de cidades como São Paulo e Porto Alegre. Essa atri-buição é dada ao Estado, geralmente a partir de uma iniciativa da população que levanta o histórico e a importância de um determi-nado bem cultural e histórico, requerendo seu tombamento e, consequentemente, seu reconhecimento como um patrimônio da ci-dade. Marcelo Sutil, pesquisador da Casa da Memória de Curitiba, lembra que a Cruz do Pilarzinho não foi um monumento constru-ído pela prefeitura e sim pela comunidade, sendo um bem localizado em local público. Assim como bustos, monumentos, estátuas construídas em praças, ruas, pode ser consi-derada uma “unidade de preservação”. Nós, da Fundação Cultural, não temos nada sobre a Cruz nesse sentido, ela está sob responsa-bilidade da Secretaria Estadual do Meio Am-biente que é responsável pela limpeza e ma-nutenção desses monumentos localizados em locais públicos.

As unidades são parcialmente protegidas pelo Município que se restringe a dar orien-tações para a comunidade, no caso de uma intervenção no monumento. “Existem cerca de 700 imóveis em Curitiba que são “uni-dades de preservação”. “O proprietário não pode demolir, mudar sua fachada, ou fazer grandes alterações nesses imóveis”, explica Sutil.

Sem uma legislação específica na esfera municipal no que tange a tombamentos de bens históricos e sem um cadastro oficial que aponte a Cruz do Pilarzinho como um monumento de salvaguarda do município, o cruzeiro tem ficado refém dos cuidados da própria população que, muitas vezes, no afã de preservá-la promove alterações sem os devidos estudos que garantam sua integrida-de histórica. (AR)

Reformas e reconstruçãoO fato é que se a Cruz do Pilarzinho

permaneceu de pé até hoje foi devido à ação dos moradores que se reuniram para proteger o monumento. Caso a história corrente se confirme, de que ela foi fin-cada pelos imigrantes polacos, o cruzeiro existe há quase cento e cinquenta anos e sua conservação foi garantida pela união dos moradores, que no decorrer dos anos também fizeram alterações no mo-numento.

O mais remoto registro histórico con-ta que a cruz original durou até 1906, quando passou por uma renovação. Ela voltaria a sofrer transformações em 1952, quando foi reconstruída sobre um pedes-tal de concreto, alterando sua estrutura anterior, totalmente de madeira.

Os moradores do Pilarzinho explicam que em 1955 foi feita a última renovação

da madeira da Cruz, que estava totalmen-te danificada. “Seo” Edwino Polak conta que foi nessa ocasião que retirou a ima-gem de Cristo que existia na Cruz e pediu a um amigo, professor de História, para analisá-la. “Ele chegou à conclusão, pelos traços da imagem, de que era de origem polonesa”, afirma.

Foi nessa mesma ocasião, na década de 50, conforme relatam os moradores, que teria sido enterrada, sob os pés da Cruz, uma urna de lata contendo moe-das ( dinheiro que sobrara do arrecadado para a reconstrução da cruz) além de re-cortes de jornais da época como forma de manter a história da cruz para seus des-cendentes.

Na década de 1980, a Cruz teve de ser reconstruída porque foi levada ao chão por uma tempestade. Os moradores

chegaram a fundar uma associação para colocá-la novamente de pé, a Associação Comunitária e Esportiva Cruz do Pilarzi-nho, cuja presidência ficou a cargo de He-verson Madureira Camelo.

Depois de uma intensa campanha que mobilizou toda a comunidade , a terceira Cruz foi levantada no dia 11 de abril de 1987. A imagem de Cristo que também tinha sido danificada pela tem-pestade, ou pelo raio segundo alguns, foi restaurada pelo próprio Edwino Po-lak, conforme faz questão de lembrar. O que pouca gente sabe, no entanto, é que essa imagem original foi roubada logo depois. “A Cruz ficou sem a imagem ori-ginal de Cristo crucificado até que foi substituída por uma nova, dessa vez doa-da pelos Petruk, outra tradicional família do bairro”. (AR)

Do outro lado da rua, a casa e comércio dos Polak,outra referência na história do bairro.

Quem não a conhece nem percebe que há uma cruz em meio a tanto movimento.

ATUALIDADE

» 10Curitiba, abril/maio de 2011

Do Quintal

Letras & Garranchos

Leia Poty e aprecieas imagens de DaltonAngela Ribeiro

Quando, ainda no século XVII, Boucher ilustrou um livro de Moliére, inaugurou um diálogo que renderia parcerias ilustres entre pintores e escritores. Em 1780, o clássico de La Fontaine seria publicado com ilustrações de Fragonard; enquanto Goya e Delacoix ilustravam o Fausto, de Goethe. Em segui-da, Manet ilustrava obras de Zola e Allan Poe; Paul Klee fazia parceria com Voltaire; Émile Bernard ilustrava “As Flores do Mal”, de Baudelaire, além de Toulouse Lautrec e Henri Matisse, entre outros. E essa parceria entre pintor e escritor se estreitaria mais ain-da com o aperfeiçoamento e valorização das artes gráficas.

É exatamente esse casamento entre artes plásticas e obra literária que é tema do livro ““Poty Lazzarotto e Dalton Trevisan: Entre-textos”, de Sônia Gutierrez. O encontro é um marco na junção da literatura e da ilustração, num processo de simbiose em que uma lin-guagem complementa a outra.

A parceria teve início no primeiro núme-ro da revista “Joaquim”, de 1946, quando foi publicado o conto “Eucaris, a de olhos do-ces”. O desenho em preto e branco a traço que é marca da obra de Poty Lazzarotto dava forma ao universo imaginário de Dalton Trevisan. A partir dali, a parceria se firma-ria numa troca ininterrupta de linguagens. E, conforme explica Sônia Gutierrez, ambos partindo sempre de um mesmo lugar: da Curitiba dos anônimos e das personagens

que circulam pelas suas ruas. O ilustrador passeia pelo território de Trevisan que se materializa no visível desenhado do artista. Ambos passeando pela cidade transformada no que Sônia Gutierrez chama de “labirinto”.Território que fica nos limites entre o real e imaginário dos textos de Poty e Dalton.

A autora retrata o artista-ilustrador Poty Lazzarotto, sua importância na arte da ilus-tração que lhe rendeu parcerias com Guima-rães Rosa, Raul Boop, Darcy Ribeiro, entre outros. Para Fernando Sabino, “nenhum ou-tro ilustrador atingiu esse grau de integração com o espírito literário”. Maria Adélia Lopes afirmou: “Tenho a impressão de que há den-tro de Poty um escritor escondido”.

Em “Poty Lazzarotto e Dalton Trevisan: Entretextos” o leitor poderá entender o pro-cesso dialógico na obra de escritor e ilustra-dor, com belíssimas imagens do acervo de Sônia Gutierrez e da Fundação Poty Lazza-rotto, responsável pela publicação da obra. “Entretextos” é um presente para os leitores do textos de Poty e apreciadores das ima-gens descritas por Dalton Trevisan. Os que passeiam pelos entretextos de uma cidade realmente fictícia.

Clássicos por R$ 5Se os preços dos livros afastaram durante muito tempo os leitores das livrarias, hoje é

possível encontrar clássicos da literatura por valores irrisórios. Os leitores dos clássicos

nacionais, por exemplo, ficarão surpresos ao encontrar livros como “Lucíola” e “Senhora”

de José de Alencar por apenas R$ 5 na livraria do Chaim.

Graças a uma parceria com outros livreiros do País, a livraria

colocou em promoção duas coleções de Literatura

Brasileira. A primeira, da Editora Escala, oferece edições

populares das obras dos grandes mestres. Algumas delas

compõem a lista do vestibular 2012 da UFPR, tais como

o “Bom – Crioulo”, de Adolfo Caminha e “Inocência”, de

Visconde de Taunay. Ainda da editora Escala, a lista inclui

obras dos portugueses Camilo Castelo Branco, Eça de Queirós e Luis de Camões.

Outra editora parceira que participa da promoção é a Editora Núcleo, com obras de

Machado de Assis, Aluizio de Azevedo, Lima Barreto, Manuel Antônio de Almeida, Raul

Pompéia, Bernardo Guimarães e Alexandre Herculano.

Mas não é somente os leitores de Literatura que serão contemplados, estudiosos da

Filosofia também poderão encontrar clássicos nesse valor. Entre os títulos estão 14

obras de Friedrich Nietzsche, além de Cícero, Platão, Maquiavel e Voltaire, Diderrot,

Sêneca, Darwin, Karl Marx, Comte e Rousseau, entre outros. Ao todo são mais de 80

títulos também a R$ 5.

Ou seja, pelo preço de duas passagens de ônibus em Curitiba é possível viajar pelo universo

de grandes mestres do conhecimento.

Serviço: Livraria do Chain – R. General Carneiro, 441, ao lado da Reitoria da UFPR

Tel. 3264-3484.

Curitibavista do alto

Em 11 anos, mais de um milhão subirama torre para ver a cidade

Nas nuvens – A 1050 metros acima do nível do mar,a Torre proporciona a mais ampla paisagem da cidade.

Moradores da nossa região sempre enxergaram longe .A topografia garante uma bela e ampla vista. Não

por acaso, Mercês, Pilarzinho e, claro, Vis-ta Alegre, foram os bairros preferidos na cidade para TVs e rádios fincarem suas an-tenas. E o exemplo dessa vocação para as alturas é que foi por aqui, exatamente na rua Lycio de Castro Vellozo, 191, que a an-tiga operadora estatal de telefonia Telepar construiu, em 1991, a torre para suas ante-nas de transmissão. Com a privatização da telefonia, ela passou pelas mãos da Brasil Telecom e hoje reponde pelo nome de OI. Oficialmente o nome é Torre Panorâmica de Curitiba, mas continua chamada popu-larmente de Torre da Telepar.

Aberta à visitação, a torre tem 109,5 metro de alturas,o que proporciona uma visão de 360 graus da cidade. São no total 1050 metros acima do nível do mar, altura que atrai semanalmente milhares de turis-tas. E levantamento de dados feito por téc-nicos de turismo, funcionários e estagiá-rios que trabalham no local, constatou que de janeiro de 2000 a fevereiro deste ano, visitaram o local 998.520 pessoas. Portan-to, atualmente já são mais de um milhão de curitibanos e turistas de várias partes do mundo que que vieram ao Mercês para apreciar Curitiba do alto.

E a quantidade de visitantes vem cres-

cendo. O número no primeiro ano de pes-quisa foi de 54.747 pessoas. Em 2009, ano em que a Torre teve mais visitas, foram 111.351 pessoas. O mês de maior movi-mento foi janeiro deste ano: 16.729 pesso-as. Os dias da semana de maior movimen-to são sexta-feira, sábado e domingo e os meses mais movimentados, janeiro, julho e dezembro.

A quantidade de turistas estrangeiros que visitam o espaço também cresce ano a ano. Em 2009, foram 5.158 turistas es-trangeiros provenientes de 79 países. Em 2010, 5.622 turistas, de 85 países.

Os principais países emissores de turis-tas são Estados Unidos, Alemanha, Argen-tina, Paraguai e Colômbia.

O atrativo - A Torre Panorâmica fica na rua Lycio de Castro Vellozo, 191, no bair-ro Mercês, e foi inaugurada em dezembro de 1991. Tem 109,5 metros de altura, o equivalente a um prédio de 40 andares e fica em uma altitude de 1.050 metros do nível do mar.

O mirante tem 350 m2 de área e ca-pacidade para visitação de 180 pessoas simultaneamente. Além dele, o local abri-ga um posto de informações turísticas e o Museu do Telefone. Os visitantes podem conhecer a evolução da telefonia no país na mostra de aparelhos que foram utiliza-dos desde o período do Brasil Imperial.

(Redação e SMCS)

Serviço:Torre PanorâmicaLocal: rua Lyciode Castro Vellozo, 191 MercêsTelefone: 3339-7613Horário: de terça-feiraa domingo, das 10h às 19hIngressos: R$ 3 e R$ 1,50 (para idosos e criançasde cinco a nove anos).

“Livros não mudam o mundo, quem muda o mundo são as pessoas. Os livros só mudam as pessoas.” (Mário Quintana)

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Saiba como identificarNo livro e na Cartilha, Ana Beatriz explica os tipos

de bullyng e como pais e professores podem contri-buir para inibir sua prática no ambiente escolar. É co-mum a vítima, por vergonha ou por achar que não há a quem recorrer, não contar a ninguém o que passa com ele. A seguir, alguns trechos resumidos que podem aju-dar a identificar vítimas e agressores:

» QUEM PRATICA

Meninos e meninas praticam o bullying. O que varia é a forma. Entre os primeiros é mais visível, pois geralmente utilizam a violência física. Já entre as meninas, é mais dissimulado, geralmente utilizando-se de fofocas, intrigas e isolamento das colegas.

» AS VÍTIMAS

Na Escola: No recreio ficam isoladas do grupo, ou perto de adultos que possam protegê-las; na sala de aula apresentam postura retraída, faltas frequentes às aulas, mos¬tram-se comumente tristes, depri-midas ou aflitas; nas atividades em grupo sempre são as últimas a serem escolhidas ou são excluídas; e em casos mais dramá-ticos apresentam hematomas, arranhões, cortes, roupas danificadas ou rasgadas.

Em Casa: Frequentemente se quei-xam de dores de cabeça, enjôo, dor de es-tômago, perda de apetite, insônia. Sinto-

mas que tendem a ser mais intensos no pe-ríodo que antecede o horário de entrarem na escola. Geralmente elas não têm ami-gos. Apresentam diversas desculpas (in-clusive doenças físicas) para faltar às aulas.

» OS AGRESSORES

Na escola: Os agressores fazem brincadei-ras de mau gosto, gozações, colocam ape-lidos pejorativos, difamam, ameaçam e menosprezam alguns alunos. Fur¬tam ou roubam dinheiro e lanches. Estão sempre enturmados.

Em casa: mantêm atitudes desafiado-ras e agressivas. São arrogantes no agir,no falar e no vestir, demonstrando superiori-dade. Manipulam pessoas para se safar das confusões em que se envolveram.

» AS CONSEQUÊNCIAS

Todas as vítimas, sem exceção, sofrem

com os ataques de bullying (em maior ou menor proporção). Muitas levarão marcas profundas provenientes das agres¬sões para a vida adulta, e necessitarão de apoio psiquiátrico e/ou psicológico para a supe¬ração do problema.

» O PAPEL DOS PAIS

Em muitos casos, o fenômeno começa em casa. Os pais, muitas vezes, não ques-tionam suas próprias condutas e valo-res, eximindo-se da responsabilidade de educadores. O exemplo dentro de casa é fundamental. O ensinamento de ética, solidariedade e altruísmo inicia ainda no berço.

A direção da escola deve acionar os pais e os órgãos de proteção à criança e ao adolescente etc. Em situações que envol-vam atos infracionais (ou ilícitos) a escola também tem o dever de fazer a ocorrência policial. Tais procedimentos evitam a im-punidade e inibem novos atos.

» 11Curitiba, abril/maio de 2011

Do QuintalGALERA DO QUINTAL

O alerta de Realengo e CorrenteDuas tragédias em abril chamam atenção para um mal que assola as escolas

Douglas de Souza Fernandes

O assassinato de 12 crianças no bairro carioca de Realengo chocou o país no dia

7 de abril. Mesmo acostumados às manchetes diárias de crimes bárba-ros, os brasileiros ficaram estarre-cidos tal a violência voltada a seres indefesos e acontecida dentro de uma escola, local em que deveriam estar protegidos. A tragédia foi tão grande que fez passar quase desper-cebido outro ato de extrema violên-cia que vitimou um estudante, oito dias depois, só que na saída da aula numa escola de Corrente, cidade do interior do Piauí. Ambos tiveram como pano de fundo uma prática perversa, cada vez mais comum nas escolas brasileiras, o bullyng (*), as-sunto que o Do Quintal tratou com destaque na edição de dezembro.

Como sua mãe biológica, Wellington Menezes de Oliveira, 23 anos, que matou 12 crianças e feriu 11, sofria de esquizofrenia, um transtorno mental que provoca o distanciamento da realidade, mas que se tratado corretamente não impede de o doente ter uma vida normal. Sem tratamento, foi mer-gulhado nesse mundo paralelo que ele fez o que fez. Mas, porque ele escolheu especificamente esse alvo? Aí que entra o bullyng.

Em relatos gravados, Wellington

contou das humilhações que sofria dos colegas na escola Tasso da Sil-veira. Pobre, manco, tímido, era o alvo preferido das “turminhas de descolados”. Uma das “brincadei-ras” mais usuais era segurar sua ca-beça dentro do vaso sanitário para delírio dos que assistiam. Daí co-meçaria a revolta que desembocaria na tragédia do Realengo. Como não podia voltar no tempo para acertar as contas com os algozes, buscou as crianças da idade que ele tinha na época das humilhações.

Já na tragédia do Piauí, não consta que o assassino tenha algum transtorno mental. Mas, cansado de ser humilhado, o estudante de 14 anos esfaqueou o colega de 15 na

saída da escola. Disse depois, que não queria matar, mas apenas dar um susto num dos colegas que dia-riamente o agrediam física e psico-logicamente.

» Um mal quase invisívelComo as tragédias acima, mui-

tas outras podem estar sendo gesta-das nas escolas públicas e particula-res do país por causa do bullyng. E poucos são os que vêem nessa prá-tica todo o mal que ela carrega. Em dezembro, o Do Quintal entrevis-tou uma das maiores especialistas no assunto, a médica psiquiatra Ana Beatriz Barbosa Silva. Autora de vá-rios livros a respeito, ela considera o bullyng “um problema de “saúde

pública, com graves consequências para as vítimas, incluindo traumas psicológicos e até suicídios”.

Autora também da cartilha lan-çada em outubro do ano passado pelo Conselho Nacional de Justiça em que ensina como identificar e combater esse mal, Ana Beatriz de-fende uma ação conjunta entre es-colas e pais para coibir a prática. A base de tudo é o respeito às diferen-ças, à tolerância. Entre as ações que sugere às escolas está a atividade que batizou de “E se eu fosse você?”, que nada mais é que o incentivo para que os alunos se coloquem na posição do “outro”, ou seja, pensem em como se sentiriam se fossem eles os agredidos e humilhados.

Como geralmente as vítimas têm vergonha de contar aos pais ou professores o que acontece, o bullyng muitas vezes passa desper-cebido. Mas continua se alastrando. Em Curitiba, por exemplo, pesquisa do IBGE divulgada no ano passado mostra que a ocorrência do bullyng nas escolas da cidade está acima da média nacional. Dos estudantes en-trevistados, 35, 2% disseram já ter sido vítima, o terceiro maior índice entre as capitais.

(*) Bullyng – Termo inglês para definir atos de violência física ou psicológica praticados de forma in-tencional e repetitiva contra uma ou mais pessoas que não se encon-tram em condições de se defender.

Ana Beatriz Barbosa e um de seus livros divulgadosna última edição: “É um caso de saúde pública”.

Do Quintal – Livrarias do Chain

Concurso premiará melhores receitas para a paz nas escolasn Para incentivar a discussão sobre o que pode ser feito para se manter nas escolas um ambiente de paz e respeito, o Do Quintal em parceria com a Livraria do Chain lança o concurso de reda-ção intitulado “Minha receita para a paz”. O concurso é aberto a todos os estudantes dos colégio Bento Munhoz da Rocha Neto (Pilarzinho), Manoel Guimarães (Mercês-Bigorrilho), Guido Straube (Mercês), Bom Pastor (Vista Alegre) e Sebastião Sapor-ski (Abranches).

n Participação - Para participar basta fazer um texto com até 30 linhas de 70 toques, ou 2.100 caracteres e enviar para o e-mail [email protected]. Textos manuscritos podem ser encami-nhados à própria secretaria da escola em que o aluno estuda, ou ainda enviados diretamente para o endereço – Rua Professor Ig-nácio Alves de Souza Filho, 343, Pilarzinho, CEP 82.110-450. Os textos devem conter o nome, série e escola em que o autor estuda.

n Avaliação - Os trabalhos serão analisados por uma comis-são formada por uma estudante do curso de Letras da UFPR, uma professora de literatura e uma pós doutora em Linguística.

n Premiação - Os três melhores textos na opinião da comissão serão publicados nas próximas edições do Do Quintal e no site doquintal.com.br. Os três autores serão premiados com três li-vros cada um da coleção Grandes Mestres da Literatura Brasileira (Editora Escala) e que constam na lista das obras exigidas para o vestibular da UFPR. Também receberão o troféu “Eu sou Amigo da Paz”. E, por fim, terão um espaço à disposição nas próximas edições do jornal para continuarem mostrando suas idéias sobre este e outros temas.

Para baixar ou ler a Cartilha de Combate ao Bullying, acesse www.cnj.jus.br/images/Justica_nas_escolas/cartilha_web.pdf

Para denunciar o bullyng ci-bernético ou qualquer outro cri-me contra os direitos humanos, como pornografia infantil e ou-tros, acesse a SaferNet, no ende-reço http://www.safernet.org.br.

SERVIÇO:

E você, já foi vítima?

O Do Quintal está fazendo uma pesquisa sobre a incidência do bullyng nas escolas locais. Para participar basta acessar o nosso site www.doquintal.com.br e responder à pergunta “Você já foi ou é vítima de bullyng?”.

ALMANAQUE

» 12Curitiba, abril/maio de 2011

Do Quintal

CocaNo sécullo XIX, nos Estados Unidos, fez sucesso uma pastilha usada para diminuir a dor de dentes. Feita à base de cocaína, o seu fabricante garantia além de alívio, a melhora do bom humor da criança.

BebidaNa propaganda de 1905, o bebê trocava o leite pela cerveja e tomava candidamente uns goles sob o olhar carinhoso da mãe.

ArmasNos anos 60, a fábrica de armas Daisy dizia que as espingardas de pressão eram um presente de Natal inesquecível...

Cigarros antes...Prestes a levar uma bronca, o bebê acon-selhava à mamãe que fumasse antes um Malrboro para se acalmar.

Cigarros depois...Hoje, as crianças aparecem nos próprios maços para alertar sobre os males do ta-bagismo.

Mudou? Atualmente também as crianças estão em todas as propagandas de fast-foods, divulgando um dos tipos de alimentação mais nocivos à saúde, principalmente a delas próprias.

Na limpezaNos anos 50, uma ótima opção de presente de natal para a mulher era um aspirador de pó. Com ele, ela seria feliz não só nessa ma-nhã, como em todas as outras...

No chãoNos anos 60, o anúncio explicava que o ho-mem não precisou disparar nenhum tiro para abater a “tigresa” que tinha em casa e tê-la sob os pés. Bastou que ela visse as calças Mr. Leggs que ele usava, para que ela se jogasse aos seus pés e deixasse ser usada como tapete.

No tanqueAté o início dos anos 70 era possível ver uma sorridente dona de casa ir feliz da vida para o tanque lavar roupas. Claro que só nos co-merciais...

Na lavadoraEm 1977, em vez do tanque, o lugar da mu-lher era ao lado da máquina de lavar. Me-lhorou de situação, mas continuou na lavan-deria...

No comandoJá em 2008, os papéis estão mudados. É a mulher, a Chapeuzinho Vermelho mode-ra, que leva o homem, o antigo lobo mau, na coleira...

Na vingançaJá na campanha atual da Bombril, a mu-lher não só está no comando, como afir-ma que homem está muito abaixo na escala evolutiva...

Mudou?Para muitos, a forma em que a mulher é mostrada hoje nos comerciais de cerveja reforça o machismo ao tratá-la como objeto sexual.

E a propaganda evoluiu...evoluiu?Para se ter um retrato rápido dos costumes e valores de uma época basta passear pelas propagandas desses

períodos. Vistos destes tempos de politicamente correto, certos reclames antigos são uma verdadeira agres-são às mulheres, às crianças e à saúde de todos. Há décadas usar crianças para vender cigarros e armas ou dizer que lugar de mulher é no tanque era algo natural, não causava indignação.

Os tempos mudaram e hoje bebês e a gurizada não vendem mais esses tipos de produtos, mas são usados para vender quase tudo o resto. O papel da mulher também mudou e hoje ela aparece comumente no coman-do. Mas também nunca houve tanta propaganda usando a sensualidade explícita da mulher para vender pro-dutos para o outro sexo, o que para muitos mostra que ela continua sendo mostrada como antes, ou seja, um objeto do homem. Será que daqui a décadas nossos descendentes não sentirão o mesmo horror a algumas propagandas de hoje como temos em relação a essas de antigamente?

» Aluno burroNa classe mais terrível da escola, Joãozinho

comandava a piazada na bagunça. Cansado de tentar organizar a turma, o professor desafia: - Vocês são muito bons pra avacalhar a minha aula, mas vamos ver se têm também um pouco de au-to-crítica. Eu sei que aqui tem alunos muito bur-ros. Mas vocês se reconhecem como tal? Aque-le que se julgar burro, faça o favor de ficar em pé. Todo mundo continua sentado, em silêncio. Alguns minutos depois, Joãozinho levanta-se, solenemente. - Ah... - disse o professor, com um sorriso irônico nos lábios - Quer dizer que você se acha burro? - Bem, pra dizer a verdade, não. - respondeu o João-zinho - Mas fiquei com pena de ver o senhor aí, em pé, sozinho!

» Quem diz o que quer...Numa universidade, a professora dava as últi-

mas orientações para os alunos acerca da prova no dia seguinte. Deixou claro que não haveria descul-pa para faltas, com exceção de um grave ferimento, doença ou a morte de algum parente próximo.

Do fundo da classe, um engraçadinho pergunta com aquele velho ar de cinismo:

- Dentre esses motivos, podemos incluir o de extremo cansaço por atividade sexual? Foi uma gargalhada geral. Impassível, a professora aguardou que a turma voltasse ao silêncio. Depois, olhou para o palhaço e respondeu:

- Isto não é um motivo justificado. Como a pro-va será em forma de múltipla escolha, você pode vir para a classe e escrever com a outra mão... ou, se não puder sentar-se, pode respondê-la em pé.

» Esperando abrirO bêbado passou a noite toda ligando pra casa

do dono do bar e perguntando: “Que hora você vai abrir o bar?” O dono estourou: “Mas, rapaz! você ja ligou mais de 100 vezes. Já disse que só vou abrir as 9 horas. Por quê você continua me aporrinhando?” E o bêbado respondeu : “É porque você me deixou preso no bar e não tem mais nenhuma pinga pra tomar...”

» No velórioTerminado o velório, os agentes da funerária co-

meçam a fechar o caixão. Desesperada, a viúva se atira sobre o corpo do marido e começa a soluçar:

- Ai, meu querido! Eles vão te levar para onde não há luz, não há comida, não há bebida, não há nada...

Ao que um bêbado encostado na soleira da por-ta resmunga: - Não é que vão levar esse desgraçado lá pra casa!!.

» PromoçãoO sujeito consegue levar a morena lindís-

sima para um canto deserto da praia e come-ça a lhe dar o maior malho. - Querido - inter-rompe ela. - Estou me sujando toda de areia! Aí o rapaz pega a canga da moça, es-tende no chão e continua os amassos. - Querido, está ventando muito. A ponta da canga fica batendo no meu rosto toda hora! O sujeito vai até um quiosque, compra 4 lati-nhas de Coca-Cola, coloca uma em cada pon-ta da canga e começa a tirar a roupa da moça. - Querido, você esqueceu a camisinha! Aí o sujeito sai correndo em busca de uma farmácia. Nisso, passa um bêbado, vê a mulher nu-azinha deitada de bruços na canga e não tem dúvidas, manda a brasa. Depois do ser-viço feito, ele vira-se para a mulher e diz: - Duvido que a Pepsi faça uma promoção melhor que esta!

» Não confioUm avião cheio de políticos famosos caiu próxi-

mo a uma fazenda, logo o assessor do prefeito cor-reu lá e perguntou para o dono da fazenda: -Por um acaso o senhor não viu um avião caindo por aqui não?

- Vi sim. Acabei de enterrar todos eles.- Rapaz! tava cheio de político famoso ! Mas es-

tavam todos mortos?- Olha moço, eu até que perguntei, teve al-

guns que levantaram a mão, mas político mente muito!...

SÓ RINDO

ALMANAQUE

» 13Curitiba, abril/maio de 2011

Do Quintal

Em busca do tesouro do PirataA lenda do Pirata Zulmiro, que teria enterrado

seu tesouro aqui nas Mercês, povoa o imaginário curitibano. Mas, de onde teria surgido essa lenda? O Do Quintal foi ao arquivo da Câmara Municipal e descobriu um registro que pode ser o gene dessa his-tória que atravessa séculos. No dia 27 de setembro de 1722, os edis registravam o recebimento de carta Dom João V oferecendo metade da riqueza, em outro e prata, contida em um navio pirata naufragado em Paranaguá a quem conseguisse resgatá-la. Pela data, ele devia estar falando do navio pirata francês Louise, que afun-dou em 1718 no litoral parnanguara. Em várias tentativas, última em 1980, porém, o cofre do navio nunca foi achado. Será porque em vez de procura-rem no fundo do mar, os caçadores de tesouros deveriam procurá-lo num túnel das Mercês?

Hoje é dia do que?As datas comemorativas deveriam

ser criadas para festejar eventos, per-sonagens ou instituições que, por sua importância, merecem ser lembrados. Com o tempo, porém, o Brasil criou muitas datas pouco importantes ou curiosas. Para tentar frear essa sanha comemorativa, a deputada potiguar Sandra Rosado (PSB) propôs e o pre-sidente Lula sancionou em 9 de de-zembro do ano passado a Lei 12.345, que determina que novas datas nacio-nais só poderão ser criadas se forem “de alta significação para os segmen-tos profissionais, políticos, religiosos, culturais e étnicos que compõem a sociedade brasileira”.

Como a lei não tem caráter re-troativo, continuaremos com uma infinidade de datas que não têm essa “alta significação” ou que são no mí-nimo curiosas. A seguir o Do Quin-tal traz algumas das datas pouco co-nhecidas.

» JANEIRO

6 – Dia da Gratidão, 15 – dos Adul-tos, 30 – da Saudade.

» FEVEREIRO 5- do Datiloscopista, 27 – do Fiscal da Receita Federal e do Livro.

» MARÇO10- do Telefone e do Sogro, 20- do Contador de Histórias, 26 - do Ca-cau, 27 – do Circo.

» ABRIL1 – D Abolição da Escravidão dos Ín-dios, 9 – do Aço, 13 – do Office Boy, 15 – do Desarmamento Infantil, 16 – da Voz, 20 – do Disco, 26 – do Go-leiro, 28 – da Sogra.

» MAIO 7 – Do Silêncio, 13 – do Automóvel, 24 – do Datilógrafo, do Detento e do Vestibulando.

» JUNHO 17 – do Funcionário Público Apo-sentado, 29 – do Papa, e do Pescador.

» JULHO 4 – Do Operador de Telemarketing, 10 – da Pizza, 14 – do Propagandis-ta de Laboratório, 19 – da Caridade, 20 - do Amigo, 26 – da Vovó.

» AGOSTO3 – Do Tintureiro e do Capoeirista, 15 – dos Solteiros.

» SETEMBRO9 – da Velocidade, 14 – da Cruz, 20 – do Gaúcho, 21 –do Fazendeiro, 27 – do Encanador.

» OUTUBRO1 –Do Vendedor e do Vereador, 25 – Do Sapateiro.

» NOVEMBRO10 – do Trigo, 12 – do Supermerca-do, 17 – da Criatividade, 21 – das Saudações.

» DEZEMBRO2 – do Samba, 4 – do Pedicuro, 9 – do Alcoolista Recuperado, 23 – do Vizinho, 24 – do Órfão, 26 – da Lem-brança, e 28 - do Salva-Vidas.

Cozinha fácil

» Torta vapt-vuptIngredientes: dois ovos, 1 xícara (chá) de óleo de soja, 1 xí-

cara (chá) de leite, 10 colheres (sopa) de farinha de trigo, meia xícara (chá) de parmesão ralado, 1 colher (chá) de fermento quí-mico em pó. Sal a gosto. Se quiser, acrescente algumas pitadas de Ajinomoto para realçar o sabor.

Preparo: bata tudo no liquidificador até obter uma massa mole. Coloque metade em fôrma untada e recheie com os ingre-dientes de sua preferência (presunto, carne moída, queijo, sobras de frango etc.) cubra com o restante da massa e asse em forno a 170ºC. até que doure e até que ao enfiar o palito o mesmo saia limpo.

» Abacaxi na sobremesaIngredientes: Um abacaxi pequeno, dois pacotinhos de pu-

dim Royal sabor baunilha, duas chícaras de açúcar. Cobertura: 2 claras, 2 colheres (sopa) de açúcar e uma lata de creme de leite sem soro.

Preparo: Descasque e pique o abacaxi em pedaços miúdos. Coloque-o (de véspera) de molho em uma xícara (sopa) de água com uma xícara (sopa) de açúcar. No dia seguinte leve todo o conteúdo ao fogo e acrescente os dois pacotes de pudim. Deixe ferver sem parar de mexer até engrossar o líquido.

Em seguida, cubra com o creme feito com duas claras em neve, o açúcar e o creme de leite. Depois é só levar para gelar.

Dicas culinárias

Para eliminar a baba do quiabo, lave-o ainda inteiro, seque-o e coloque-o numa tigela com um pouco de suco de limão, deixando repousar por 15 minutos. Depois lave ligeiramente, corte e cozinhe.

Coloque no feijão de molho, de vés-pera, uma colherinha de fermento em pó. Ele ficará mais macio.

Ao cortar maçãs e bananas, pin-gue algumas gotas de limão pra que não escureçam.

Para que as batatas fritas fiquem bem sequinhas, depois de corta-das, coloque-as em água ferven-do por alguns minutinhos e, em seguida, em água com gelo. Es-corra bem, frite em bastante óleo e escorra em papel-toalha.

O queijo não endurece se você passar manteiga ou margarina na parte cortada.

Truques caseiros

» Mãos pintadasPara facilitar a limpeza das

mãos após lidar com tintas, sempre passe um pouco de vaselina nas mãos antes de pintar. Com isso as manchas e respingos sairão mais facil-mente.

» Sal no castiçalPara facilitar a limpeza dos

suportes de velas, coloque um pouco de sal dentro do casti-çal para evitar que a cera fique grudada — e o castiçal não é arranhado.

» Umidade no armárioPara combater a umidade

no armário, coloque um pe-daço de carvão vegetal dentro de uma tigelinha de vidro e o ponha dentro do móvel. O car-vão atrai a umidade.

Vamos fazer um convescote?

No início do século passado, um dos programas favoritos de famílias curitibanas eram os convescotes. O termo caiu em desuso há muitas dé-cadas, mas a prática ainda persiste. Convescote é como eram chamados os piqueniques de antigamente. Com o tempo, a palavra foi substituída pelo termo em inglês, pic-nic, depois abrasileirado.

Em carroças ou bicicletas, buscava-se um lugar aprazível para pas-sar o dia, comendo, bebendo, colocando a conversa em dia, como na foto tirada na região, mas sem data e localização especificadas. Vestidos como a época mandava, passavam um dia longe dos afazeres do traba-lho.

O tempo mudou, mas o convescote continua uma boa opção para os finais de semana na nossa região. Nos parques São Lourenço e Barigui, por exemplo, além das áreas verdes, há até churrasqueiras e mesas à dis-posição. O vestuário mudou, mas a bicicleta continua na moda, assim como a necessidade de se tirar pelo menos um dia da semana para re-por as energias para a próxima. Então, que tal programar um convescote com a família ou amigos para o próximo final de semana?

DOM SEG TER QUAR QUIN SEX SÁB

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Calendário Lunar para a pescaCRESCENTE

Mar: ótima

Rio: boa

CHEIA

Mar: regular

Rio: ótima

MINGUANTE

Mar: ótima

Rio: boa

NOVA

Mar: regular

Rio: regular

MAIO

No para-choque“A única sogra que presta é a da minha mulher”.

Para pensar“O único lugar em que o sucesso vem antes do trabalho é no

dicionário” (Albert Einstein).

Você sabia?Que Bárbara é o nome da primeira criança nascida no

Quarteirão do Pilarzinho registrada no arquivo da Catedral Metropolitana de Curitiba? Filha de Maria da Silva Ferreira, seu registro data de 1 de março de 1870. E que o primeiro regis-tro no local de filho de imigrantes deste Quarteirão( que abran-gia também a Vista Alegre, São Lourenço e parte das Mercês), foi o de Maria José Schaffer, filha de Egydio José Antônio e Rosa Maria Schaffer?

» 14Curitiba, abril/maio de 2011

Do Quintal

Viva o seu bairro. Antes de deixar o seu bairro para fazer compras em outro local, confira se o que você quer não está perto de você.

ACADEMIAS

Máster Corpore Fitness

R. Raposo Tavares, 281, Pilarzinho ................3022-8004

Winner Academia

R. Mateus Lemes, 3.544 – S. Lourenço ........ 3252-2044

AÇOUGUES

Casa de Carnes May May

Rua Carlos Cornelsen, 307 - Bom Retiro ........3018-9136

Casa de Carnes Trevizzo

R. Amauri L. Silvério – Cruz do Pilarzinho.......3338-1988

Nilo Peçanha

Av. Nilo Peçanha, 1280 ...................................3338-9156

ÁGUA MINERAL

Água Viva – Disk Água

Av. Hugo Simas, 961, Bom Retiro .................... 33387977

Depósito Paloma

Disk Água e Bebida ........................................3335-3736

Distribuidora Schaffer

R. Giácomo Mulla, 535, B. Retiro ....................3077-9780

ARMARINHOS

A Pequenina Armarinhos – Lãs, fios, pedrarias

R. Mateus Leme, 3195 ................................... 3252-7673

Armarinhos Mercês

Av. Manoel Ribas, 1219, loja 2

Yes Presentes

R.Amauri Lange, 10, Pilarzinho ......................3076-4185

Verde- Presentes, Brinquedos, Utensílios

R. Amauri Lange, 28, loja 1-Pilarzinho ........... 3024-1040

ARTE E ARTESANATO

Arte na Madeira

R. Cel. João G. Guimarães, 1588, B. Retiro ......3338-9541

Artesanato Nilda .......................................... 3335-4733

Arts & Crafts

Av. Hugo Simas, 1215, Bom Retiro ................. 3222-4822

De Maryno – Atelier de Artes

Av. Hugo Simas, 1181, Vista Alegre .................3018-6227

AUTOMÓVEIS

AUTO MECÂNICA PHILLIPPS

Rua Dom Alberto Gonçalves,1131, Bom ..........3338-9701

AUTO-ELÉTRICA

Mininão

R. Raposo Tavares, 1519, Pilarzinho ............... 3027-4607

Auto Center Schaffer

Av. Hugo Simas, 3031, Pilarzinho ...................3013-6470

AUTO-PEÇAS E ACESSÓRIOS

Alex Auto Peças

R. Mateus Leme, 2927, São Lourenço .............3252-3777

Auto-peças Muraro

Av.Hugo Simas, 2701 Bom Retiro ................... 3338-2211

Braz Sound Car

Av. Hugo Simas, 1834, Bom Retiro ................9934-8964

Cobra Pneus

R. Mateus Leme, 5358 – São Lourenço .........3044-2994

Galeria das Rodas

Av. Hugo Simas, 940, Bom Retiro .................. 3338-7788

Rodas e Pneus

R. Domingos A. Moro, Pilarzinho ................... 3235-3550

Varejão das Baterias

R. Mateus Leme, 2794 ....................................3077-1815

Vila Nori Auto Peças

R. Raposo Tavares, 1452, Pilarzinho ............. 3235-2069

Estofamento

Estrela Estofamento

R. Raposo Tavares, 25, Pilarzinho .................. 3235-2803

Lava Car

Lava car e guincho Ponto Amarelo .................9607-7559

RM

R. Raposo Tavares, 184, ................................. 9809-6183

Wash My Car – Lava Car e estacionamento

R. Mateus Leme, 2763................................... 3044-1420

OFICINA E PINTURA

Auto Center

R.Raposo Tavares, 55, Pilarzinho .................... 3235-4110

Check Up- Auto Center

R. Carlos Pioli, 811, Bom Retiro ......................3014-5525

Zico Ezequiel – Auto Car

R. Domingos Antônio Moro, 233, Pilarzinho ..3598-3808

AVIÁRIOS E PET SHOP

Aviário Cão Amigo

R.Amauri L. Silvério, 967, Pilarz. .....................3338-3575

Aviário Tingui

R. Raposo Tavares, 698, Pilarzinho .................3338-3671

Bicho Locko

Av. Hugo Simas, 1231, Bom Retiro ................. 3338-0337

Casa do Pequeno Animal

Av. Hugo Simas, 3597, Pilarzinho ................... 3338-2620

Cat & Dog

R. Tapajós, 1015, Bom Retiro ..........................3338-7558

Gato Travesso

Av. Hugo Simas, 1480, Bom Retiro ................3338-8804

Iujo Aviário/Pet Shop

R. Raposo Tavaes, 181, Pilarzinho ................. 3335-5422

Patas e Garras PetEscola-Pet Shop

R.Henrique Itiberê, 504, B. Retiro ................. 3335-2587

Pet Shop

R. Raposo Tavares, 181, Pilarzinho ................ 3335-5422

Planeta Azul

R. Raposo Tavares, 1521, Pilarzinho ................3338-3575

Santo Expedito – Aviário e Pet Shop

R. Ten. João Gomes, 680, Mercês ..................3338-9640

BARES E LANCHONETES

Bar dos Amigos

Rua Manoel Pereira, 237 – Pilarzinho ..............9123-7161

Bar e Lanchonete

R. Emílio de Menezes, 1200, Bom Retiro........3338-8290

Bar do Beto

Rua Jorn. Geraldo, 354 ................................. 3338-2545

Bar Hollywood

R. Raposo Tavares, 25 – Pilarzinho

Bar e Restaurante Altair

R. Nilo Peçanha, 1781, Bom Retiro ..................3078-4513

Lanchonete da Lombada – Delivery

Av. Hugo Simas, 1856, Bom Retiro .................3338-9515

Lanch. e Pestiscaria Carvalho

R. Raposo Tavarfes, 292, Pilarzinho ................. 338-4332

Quermesse

R. Carlos Pioli, 513, B. Retiro ......................... 3026-6676

BICICLETAS

Speed Bike

R. Raposo Tavares, 488, Pilarzinho ................ 3338-2055

Técnico Cicles Biker`s Generation

R. Raposo Tavares, 45, Pilarzinho ................. 3338-5527

BORRACHARIA

Borracharia Estrela

R. Pioli, 681, entre Tapajós e Nilo Peçanha..... 8802-2457

BRINQUEDOS

Terrae Lúdice – Brinquedos Educativos

R. Giacomo Mylla, 460, Bom Retiro ...............3338-8505

Av. Anita Garibaldi, 2480, Shop. Anita ........... 3044-4541

Zonato – Presentes

Av. Hugo Simas, 990, Bom Retiro ...................3014-8422

CABELEIREIROS

Blitz Hair

R. Alexandre Von Hulboldt, 1097- Pilarzinho ... 3338-1106

BW Cabelereiros Unissex

R. Alexandre Von-Humboldt, 66, Pilarzinho .... 3235-1726

Charlotte Hair

Av. Hugo Simas, 830, Bom Retiro ..................3338-9540

Cida Cabeleireiros Unissex

R. Alexandre Humboldt, 730, Pilarzinho ...... 3338-2822

Dirce Cabeleireiros

Av. Manoel Ribas, 272, São Francisco ............ 3045-4071

Encanto

R. Raposo Tavares, 38, Pilarzinho ..................3015-7369

Gere – Cabeleireiros Unissex

R. Raposo Tavares, 25, Cruz do Pilarzinho ...... 9227-9951

GiraSol

Av. Manoel Ribas, 352, Mercês ...................... 3232-4630

Kavangô

R.Raposo Tavares, 1144, Pilarzinho................. 3338-5771

Le Due

Hugo Simas, 600, Bom Retiro .......................3078-9480

Nice – Hair Designer

R. Mateus Leme, 3170 .................................... 3015-3614

Odara Cabeleireiros e Estética

R. Carlos Pioli, 538, Bom Retiro ....................3338-0080

R Depils

R. Raposo Tavares, 709, Pilarzinho .................3235-2774

RôKbelu`s

R. Albano Reis, 1302, Bom Retiro ................. 3352-3705

Salão Myiuki

R. Raposo Tavares, 895, Pilarzinho .................3014-3638

Salão NovoVisual

R. Raposo Tavares, 806, Pilarzinho ................ 3095-0373

Salão Unissex Marinele

R. 25 de Abril, 23, Pilarzinho .......................... 3618-7681

Super Estilo

R. João Tschannerl, 994, V. Alegre ................. 3336-0780

Vitalitá – Cabelos e Estética

Av. Manoel Ribas, 1367, Mercês ..................... 3078-4388

ZM Cabeleireira Unissex

Av. Hugo Simas, 475, Bom Retiro .................. 3338-0577

CAFÉ E CONFEITARIA

Pastéis de Belém

Av.Manoel Ribas, 999, Mercês .......................3016-3901

CALÇADOS

Ragazza Calçados

R. Dr Roberto Barrozo, Mercês ...................... 3018-0660

Gloriana

Rua Teffé, 426, Bom Retiro ............................ 3338-7874

CALDO DE CANA

Delícia Natural – Água de coco, sorvetes

R. Ângelo Zeni, 494 ...................................... 3077-5208

CHAVEIRO

Aqui & Ali ....................................................9960-6087

Ópera

R.Mateus Leme, 4304 ................................... 3254-5075

J.R. Chaveiro

Av. Manoel Ribas,308, Mercês ......................3233-4660

Will ..............................................................9960-6087

CHOCOLATE

Cacau Show

Av. Manoel Ribas, 1405, Lj 01, Mercês3 ............044-7106

CONTABILIDADE

AC-Plenitude Assessoria Contábil

R. Antônio Costa, 685, cj2- V. Alegre ..............8820-0007

CORTINAS

Lau Cortinas

R. Raposo Tavares, 510, Pilarzinho ................ 3338-2876

Pyrich – Comércio de Tecidos

Av. Manoel Ribas, 1625, Mercês .................... 3335-9705

COSTURA E REPAROS

Aledane – Cons. e reformas masc. e fem.

Av. Manoel Ribas, 391, Mercês ...................... 3016-3541

Alice Araújo – Reformas em Geral

R. Myltho Anselmo da Silva, Mercês .............. 3339-8919

Atelier de Costura

R. Raposo Tavares, 11, Pilarzinho ...................3235-4900

Loja Tânia Martins

João Tschannerl,411, conj.02, V. Alegre ......... 3339-4708

Mary Mason – A Oficina da Costura

Av. Hugo Simas, 507, Bom Retiro ................... 9234-6597

Oficina de costura Eliane de Fátima B. Perle

Rua Raposo Tavares, 478, Pilarzinho ............. 3421-5914

CLÍNICAS DE FISIOTERAPIA E ESTÉTICA

Fisio Form

R. Carlos Augusto Cornelsen, 321, Bom Retiro 3252-0282

DENTISTA

Mariana Miyaji – Espec.em Endodontia

R. Mateus Leme, 2987, Bom Retiro ................3029-0555

EMPRÉSTIMOS

A.E. Finanfacil

R. Raposo Tavares, 55, Pilarzinho ................. 3045-2861

ESCOLAS E CURSOS

Cappuccino – Espaço gastronômico

R. Robeto Barrozo, 1670, Mercês ................... 3019-6404

Escola Tec. Enfermagem Catarina Labouré

Rua Jacarezinho, 1000, Pilarzinho ................ 3219-3650

Diferencial Cursos

Nilo Peçanha, 1246 – Apto.01 – Bom Retiro .. 3328-6928

ESTOFADOS

Marques – Estofados & planejados

R. Carlos Cornelsen,21.................................. 3252-4453

FARMÁCIAS

Homeo Pharma- Farmac.de Manipulação

Av. Hugo Simas, 830 ..................................... 3029-0675

+Farmácia Vila Nori

R. Raposo Tavares, 1228, Pilarzinho .............. 3338-2229

FERRAGENS

3 M - Ferragens e Parafusos

R. Raposo Tavares, 1135, Pilarzinho

Romana Scandelari

Av. Hugo Simas, 2687, Pilarzinho................... 3338-2535

FESTAS E EVENTOS

Casa de Festas Art y Magia

R. Carlos Piolli, 443, Bom Retiro ................... 3338-8242

Flora Casablanca – Decoração

p/ casamentos e eventos

R. Tapajós, 980, Bom Retiro ...........................3339-7382

Maria F. Veloso –Arranjos Florais e eventos

Av. Hugo Simas, 1215, cj 6 – Bom Retiro ........ 3013-6404

Tático Banda Show ....................................... 3022-3326

FOTOGRAFIA

Jammcollor – Com. de Matéria Fotográficos

Av. Manoel Ribas, 1251, loja 10, Mercês ......... 3077-4683

FERRAGENS

Fermatti

Rua São Salvador, 450 .................................. 3527-4139

AQUI TEMGuia de Serviços e Comércio dos bairros Mercês, Pilarzinho, Bom Retiro, Abranches, Vista Alegre e São Lourenço.

» 15Curitiba, abril/maio de 2011

Do Quintal

ANUNCIE: Tel: 3527-0501 – 9852-3071. e-mail: [email protected] Site: www.doquintal.com.br

FLORICULTURA

Floricultura Santa Cecília

R. Santa Cecília, 835, Pilarzinho ....................3338-5219

Ópera Garden

R. São Salvador, 43, Pilaraziho ........................ 353-6222

Flora Casablanca

Rua Tapajós, 980, Bom Retiro ........................3339-7382

GAMES

Rei Games

R. Raposo Tavares, 9, Pilarzinho ....................9950-6860

JORNAIS E REVISTAS

Distribuidora de Revistas

R. João Tschannerl, 1073- V.Alegre ................ 3232-7860

Banca Divina Pastora

Praça Divina Pastora – Mercês ..................... 9122-8044

Banca da Luciane

R. Marcelino Champagnat, s/n ..................... 3339-0720

Banca do Lori

Av. Manoel Ribas em frente ao 1217 ............... 3335-7315

GÁS – DISTRIBUIDORAS

Brusch – Gás e Água

R. João Tschannerl, Mercês ............................3015-6163

Ultragaz........................................................3235-4200

IMOBILIÁRIAS

Apolar Pilarzinho

Av. Hugo Simas, 2245 e 3075 ........................3023-4949

INFORMÁTICA

Construo Site

R. Raposo Tavares, 198, Pilarzinho .................8401-3234

Clinivídeo – Informática e Eletrônica

Av. Manoel Ribas, 1349, Mercês.................... 3335-9306

Curitiba Hard

R. Raposo Tavares, 178, Pilarzinho .................. 3013-1348

SL Informática

Av. Hugo Simas, 1789, Jardim Schaffer...........3015-1500

MS Informática

R. Frederico Guilherme Virmond, 390,

Pilarzinho .................................................. 3336-3486

Max Digital Sistemas Eletrônicos

Av. Des. Hugo Simas, 1005, Bom Retiro ..........3338-0781

LAN HOUE

Lan House Bom Retiro

R. Henrique da Cunha, 565, Bom Retiro .........3026-7847

LAVANDERIA

Autêntica Lavanderias –seco e úmido

Av. Hugo Simas, 936, Bom Retiro .................. 3353-3784

LIMPEZA E HIGIENE

Formular - Produtos de limpeza

Rua Teffé, 634, Bom Retiro............................3338-6844

MASSAGEM TERAPÊUTICA

Espaço do Bem-Estar

Av. Hugo Simas, 1510 .....................................3528-2312

MATERIAIS DE CONSTRUÇÃO

Casa do Construtor

R. D. Alberto Gonçalves, Bom Retiro .............. 3029-0107

Dutra´s Pedras – Marmogran

R. Mateus Leme, 2991 ................................... 3352-5630

Scrock – Pisos de Madeira

Av. Hugo Simas, 1846, Bom Retiro ................ 3338-2994

W.R de Almeida LTDA

Rua Raposo Tavares, 1536, Pilarzinho............. 3338-1618

MATERIAIS ELÉTRICOS E HIDRÁULICOS

Casa Nostra – lustres & Iluminação ...............3339-3162

Nossa Casa

R. Mateus Leme, 3615, S. Lourenço ..................3252-219

Vilas Boas – Mat. Elétricos e Hidráulicos

Av. Manoel Ribas, 507, Mercês ...................... 3335-7466

MODAS E CONFECÇÕES

Ana Murara Fashion Designer

R. Albano Reis, 951 ........................................ 3253-2191

Anna Ferrari

R. João Tschannerl, 1000, Lj 5, V. Alegre .........3077-3933

Confecções Bom Preço

R.Raposo Tavares, 1291, Pilarzinho ................3235-4133

Comercial Confecções Polak

R. Raposo Tavares, 9, Pilarzinho .....................3338-1526

D’Juli Modas

R. R Tavares, 1521,Loja 106,Vila Nori ...............3338-2861

Dunp – Liberdade em estilo

Representante no Pilarzinho ......................... 3235-1103

Flor de Liz

R. Alexandre Humboldt, 06, Pilarzinho ..........8483-2036

Modelle - Confecções femininas nº 46 a 52

R. Teffé, 308, A .............................................. 3308-4140

Porta Jóia – Moda Íntima Masculina e Feminina.

Av. Manoel Ribas, 1247. lj 9 ............................ 3273-1601

Volare Confezioni –Bebê –Infantil – Adulto

R. Eça de Queiroz, 1031 ................................. 3354-8709

TNG

Av. Manoel Ribas, 1473, Mercês ......................3336-2196

Roupas diferenciadas – semi novas

R.Raposo Tavares – Pilarzinho .......................3338-2591

Alfaiataria Seth

Rua Roberto Barroso, 960, São Francisco ......9901-9831

Tag

Rua Emílio de Menezes, 1025, Bom Retiro ..... 3077-7425

MOTOCICLETAS

A Casa do Motoqueiro

R. Raposo Tavares, 654, Pilarzinho ................3336-8033

KanKan – Moto Peças

Av. Hugo Simas, 2701, Pilarzinho....................3235-3150

MotoParts

R. Raposo Tavares, 1521, Pilarzinho ................3339-7974

Moto Peças Ivan –Consertos em geral

R. Mateus Leme, 4501................................... 3352-9987

MÓVEIS

Irmãos Maia Móveis Decorações

Raposo Tavares, 521, Pilarzinho .....................3338-2162

MÚSICA

Etta-Aulas de violão e Guitarra

R. Milena Costa, 146, Pilarzinho .................... 9163-3032

ÓTICAS

Óticas Casagrande

R. Mateus Leme, 1631, Centro Cívico ............. 3642-4786

Óticas Focal

Av. Hugo Simas, 1249, Bom Retiro ..................3319-5659

PANELAS

Pronto-Socorro das Panelas

R. Raposo Tavares, 09, Pilarzinho .................. 3338-8333

PANIFICADORAS E CONFEITARIAS

Cestas de Café da Manhã

Rua Raposo Tavares, 1299, Pilarzinho ........... 3235-2236

Cia do Pão

Raposo Tavares, 746, Pilarzinho ....................3527-4673

Cravo e Canela

R. Jacarezinho, 1456, Mercês ........................ 3015-0032

Av. Hugo Simas, 1299, Bom Retiro ................ 3027-4890

Doce Pão

R. Raposo Tavares, 20 – Pilarzinho .................3338-1626

Dona Jóia – Confeitaria

R. Mateus Leme, 3150 – São Lourenço ...........3252-6109

Jocasta – panificadora

R.Mateus Leme, 2808 .................................. 3029-9454

Jovem Pan - Pães e confeitos

Rua Tapajós, 1215 ......................................... 3328-8108

Le Boulanger

R. Ten. João Gomes da Silva, Mercês ............. 3338-0013

PaneVita Bagueteria

R. Carlos de Pioli, 861 –Bom Retiro ...............3338-0002

Pão de Ouro

Raposo Tavares, 746, Pilarzinho ....................3527-4673

Tingüi

Raposo Tavares, 1321,Pilarzinho ....................3338-1298

Panificadora e Confeitaria Opera

Rua Maria Bauer Sigmund, 498 .....................3353-4159

PAPELARIA

Deveras Papelaria

Rua Tapajós, 1144, Bom Retiro ...................... 3338-6763

Lolly’s

R. Hugo Simas, próx.à Cruz do Pilarziho........ 3339-0010

Papelaria Pilarzinho

R. Raposo Tavares, 1165 .................................3078-1682

Prisma – Livraria e Papelaria

R. Myltho Anselmo da Silva, Mercês ..............3027-0875

Tânia Presentes

R.Mateus Leme, 3238 ................................... 3252-9494

PEIXARIA

Emporium Belmare – Peixes e frutos do mar

Av. Manoel Ribas, 1151, Mercês ..................... 3093-5251

Paraíso

Rua Carlos Pioli, 671, B. Retiro ...................... 3338-6367

São Marcos

R. André Zanetti, 031, Vista Alegre ................ 3336-0272

PISCINAS

Cooperpool – Equipamentos para piscinas

Av. Hugo Simas, 888, Bom Retiro .................. 3338-6533

PIZZARIAS

Diforno Pizzaria

R Carlos Pioli 163 lj 4 - Bom Retiro .................3253-0157

Divina Pizza

R. Jacarezinho, 441, Mercês .......................... 3335-4248

Due Fratelle

R João Tschannerl 447, Vista Alegre .............. 3335-3482

Império da Pizza

R Nilo Brandão, 504, São Lourenço ...............3024-1424

Paparella

João Tschannerl, 529, Vista Alegre ................3336-9494

Pizzadog

Av. Fredolin Wolf, 670, Pilarzinho ................... 3235-3686

Pizzaria do Hamilton

R. Des. Hugo Simas, 2666, Pilarzinho ............ 3338-5489

Ponto da Pizza Abranches

R. Guilherme de Souza Valente, 359,

Abranches .................................................... 3255-5048

Pizzaria Jardim

Av. Raposo Tavares, 1175, Pilarzinho ...............3235-4718

POSTO DE GASOLINA

São Salvador

R. São Salvador, 360, Pilarzinho .....................3026-1652

RÁDIOS

BBN – Rádio totalmente Cristã

92,3 FM ....................................................... 3281-4400

RESTAURANTES

Benvenuto

Av. Manoel Ribas, 1025, Mercês .................... 3078-6653

Churrascaria do Darci

R. Albano Reis,1289 ..................................... 3352-4464

D`Gustelli – Rotisseria e massas

R. Roberto Barroso, 1698, Mercês .................. 3336-1231

Divino Rango

R. Mateus Leme, 2695 ................................. 3078-6479

Emanuel

R. João Tschannerl, 1002 – Vista Alegre .........3235-1005

Ervin

R. Mateus Leme, 2746, C. Cívico .....................3252-5347

Le & RO – Fevian

R. Mateus Leme, 3041 ................................... 3015-3614

Maggiore Gastronomia

Av. Manoel Ribas, 1635, Mercês .................... 3335-5584

Casa de Ferreiro, Espeto de ...

Rua Nilo Peçanha, 1246, Bom Retiro ..............9253-7646

Espetinho da Adri

Rua Henrique Itibere da Cunha, 504,

Bom Retiro ................................................... 9128-7816

SAPATARIA

Sapataria Roger

R.Raposo Tavares, 1180, Pilarzinho .................9112-1920

SORVETES

Bapka

R. Raposo Tavares, 42, Pilarzinho .................. 3014-5520

TAPETES E CARPETS

De Carpetts

R. Antônio Grade, 595 ................................... 3336-2220

TINTAS

Corbio Tintas

Av. Manoel Ribas, 1597................................. 3335-0010

Tintas Darka

Av. Manoel Ribas, 1489, Mercês.....................3015-2007

Tintas Vergínia

Av. Hugo Simas, 566, Bom Retiro .................. 3338-6981

TRANSPORTADORA

Trans-Rei – Mudanças e viagens

Ponto: Cruz do Pilarzinho ............................. 3338-2738

VETERINÁRIOS

Dr. Ângela C. Macedônio

Av. Hugo Simas, 1500, lj 07 – Bom Retiro ......3029-0585

Clínica Veterinária Doctor Vet

R. Mateus Leme, 3312 ...................................3253-6008

Emergência ..................................................9983-0089

Pet – Veterinária

R. Carlos A. Cornelsen, Bom Retiro ............... 3254-5844

VIDRAÇARIA

Vidraçaria Nori Ltda

R. Raposo Tavares, 1521, Lj3 – Pilarzinho ......3336-4093