domesticaÇÃo das forÇas armadas - … · deixa a viúva dona thereza e os filhos haroldo e iêda...

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2 183 - Outubro/2012 2 *Cientista Político, ex-Oficial de Ligação ao Comando e Armas Combinadas do Exército Norte Americano, ex-Assessor do Gabinete do Ministro do Exército, Analista de Inteligência E-mail: [email protected] *Marco Antonio Felício da Silva ARMAS EM FUNERAL SO FAB Haroldo Brega H 05/01/1924 V 12/10/2012 N ascido em Sorocaba-SP, faleceu aos 88 anos, em Belo Horizonte. Ingressou na FAB em 1941. Em 1945, foi ma- triculado na Escola Técnica de Aeronáutica, onde especi- alizou-se em Manutenção e Reparação de Sistemas Hidráu- licos, tendo sido promovido a 3º sargento, após o término do curso, em 1946. Prestou serviços em diversas Bases Aéreas e Parques, dentre os quais, em For- taleza, Porto Alegre, Manaus, Recife, Brasília Rio de Janeiro e São Paulo. Em 1962, foi designado para estagiar na cidade de Manchester, na Inglaterra, como compo- nente da Equipe de Manutenção e Suprimentos, a fim de adquirir conhecimentos técnicos sobre as aeronaves AVRO 748, recém adquiridas pela Força Aérea. Em 1964, foi promovido a Sub-Oficial, tendo ainda se especializado em maiores co- nhecimentos de Manutenção e Hélices. Em 1971, é transferido para a Reserva e pas- sa a trabalhar na Sadia Transporte Aéreo, Lider Taxi Aéreo e TAM, como gerente de manutenção e suprimentos. Na ABMIGAer, desde fevereiro de 2005, onde desempenhou diversas fun- ções, sendo eleito Presidente do Conselho Fiscal, em janeiro de 2009. Incansável colaborador do Inconfidência há mais de 10 anos, o divulgava junto aos compa- nheiros de Força Aérea nesta capital e ao PAMA, em Lagoa Santa. É autor de um trabalho que se encontra à disposição no link de ABMIGAer, opinando, com sua experiência de 60 anos na área de manutenção de aeronaves, a preferência pelos caças suecos SAAB. Deixa a viúva Dona Thereza e os filhos Haroldo e Iêda Madeira Brega, a quem apresentamos os nossos mais sentidos sentimentos pela irreparável perda em nome da ABMIGAer, do Inconfidência e de seus inúmeros amigos. Que Deus o tenha! A lgum tempo anterior ao falecimento do General Sergio Augusto de Avellar Cou- tinho, tive o privilégio, o que ocorria de quando em quando, de com ele conversar sobre o marxismo-gramscismo, assunto que dominava e sobre o qual explanava com extrema maestria, segurança, profundidade e serenidade. Há que se lembrar que ele, dentre os grandes estudiosos do assunto, foi o único que escreveu sobre a concepção revoluci- onária gramscista, sob forma didática, mos- trando uma sistematização de sua opera- cionalidade. Os dois livros que deixou, primoro- sos, A Revolução Gramscista no Ociden- te (de 2002) e Cadernos da Liberdade (de 2003), apresentam Antonio Gramsci como um marxista inovador, não renegando ele o objetivo principal do marxismo-le- ninismo, porém, propondo para atingi-lo, nas sociedades democráticas e capitalis- tas, que chamou de ocidentais e nas quais se insere o Brasil, a estratégia da Guerra de Posição (conquista não violenta do poder, embora da violência não descarte em algum momento), traduzindo envolvimento longo e obstinado, ao contrário da estratégia da Guerra de Movimento que se caracteriza, fundamentalmente, pelo uso da luta armada em ataque frontal ao Estado existente. Importantes para tal tipo de guerra, indica Gramsci a formação dos Intelec- tuais orgânicos (políticos qualificados, di- rigentes e organizadores, formados no parti- do, para orientar, influenciar e consci- entizar as massas), objetivando a busca da hegemonia, dentro da sociedade civil, das classes subalternas (traba- lhadores) bem como o consenso, nas áreas psicológica e cultural. Ao mesmo tempo, utilizando-se prin- cipalmente do patrulhamento ideológico e do politicamente correto, não só objetiva o envolvi- mento da burguesia (en- quanto classe dirigente), amestrando-a, isto é, fa- zendo-a superar o senso comum até então vigente (senso comum é o conjunto das opiniões aceitas pela generalidade das pessoas da sociedade, fazendo com que opiniões discrepantes pareçam desajustadas), im- pregnando-a de novos va- lores e cultura, como tam- bém preconiza a assimila- ção e conquista ideológica dos intelectuais tradicio- nais (cientistas, filósofos, professores, es- critores, artistas e profissionais dos meios de comunicação), transformando-os em ali- ados, companheiros de viagem ou em ino- centes úteis. O grande objetivo, segundo Gramsci, é a profunda e gradativa transformação po- lítica e cultural de toda a sociedade, subs- tituindo valores de naturezas variadas, mu- DOMESTICAÇÃO DAS FORÇAS ARMADAS A Instituição será maculada, violentada e conspurcada diante da leniência de todos aqueles que não pensam, não questionam, não se importam, não se manifestam dando padrões morais e a própria História do País. Qualquer semelhança com o que vem ocorrendo no Brasil não é mera co- incidência, porém, realidade palpável, encontrada, principalmente, nas iniciati- vas governamentais, como o Programa Nacional de Direitos Humanos, cujos efeitos podem ser encon- trados nas escolas, desde o primeiro grau, como tam- bém na leitura diária dos jornais e nos demais meios de comunicação. Assim, o General Cou- tinho, sempre enfatizando que fazia a sua parte, tal qual o sabiá que carregava água no bico para ajudar a apagar o incêndio na floresta, com o fito de salvar o seu ninho, não perdia oportunidade para demonstrar o quanto avançado está este proces- so revolucionário marxista- gramscista no Brasil, propi- ciando, já, profunda transformação políti- ca, histórica e cultural. Desejava ele abrir os olhos daqueles que, por ignorância, incredulidade ou omis- são, não cumprem o dever de a este proces- so se opor. Entre eles, os chefes militares, pois, consideram, os marxistas grams- cistas, as Forças Armadas como a última trincheira a ser conquistada na Guerra de Posição. Se domesticadas, não haverá mais qualquer oposição na caminhada para a transição para o Socialismo, isto é, para o comunismo. O domesticar as Forças Armadas, ensinava o General, se traduz por inibir a sua capacidade de oposição ao avanço lento e gradual do processo revolucionário marxista-gramscista, intimi- dando-as e desmoralizando- as perante a sociedade nacio- nal. Trata-se de anular qual- quer possibilidade de que venham a ser, novamente, baluarte da Democracia. Que não repitam 1964, impedindo um futuro assalto ao Poder por alguma das tendências re- volucionárias existentes e ati- vas no desfecho da transição para o socialismo em curso em nosso País O processo de domes- ticação das Forças Armadas não ficará apenas na ação da chamada Comissão da Verda- de (que já não se porta conforme o pré- estabelecido com as FFAA), agindo, ao ar- repio da lei, somente contra os Agentes do Estado, valendo-se de mentiras e de meias- verdades. Paralelamente, sem o apoio dos atuais chefes, como ocorre com o Cel Ustra e outros, certamente serão levados à barra dos tribunais, ilegalmente, com a conivên- cia de procuradores e de juízes revanchistas, os que combateram a subversão, o terro- rismo e as guerrilhas urbana e rural nas décadas de 60 e de 70. Os militares, que cumpriram ordens legais, tornaram-se bandidos e os reais bandidos tornaram- se heróis. A Intentona Comunista e a Contra-Revolução de 64 devem ser to- madas como fatos a esquecer e desapare- cer nas brumas do tempo, em nome de uma reconcili- ação unilateral. O caso do cadete La- poente torna-se emblemá- tico de tal domesticação: Fo- ram consumadas, sem reação, afronta à soberania nacional, desmoralização da Justiça Militar e a profanação de um santuário militar, a AMAN, onde colocou-se placa mal- dita. Foram aceitas, ainda, in- gerências externas, consubs- tanciadas por solicitação ao Conselho de Defesa dos Di- reitos da Pessoa Humana (CDDPH), para análise de 23 supostas violações aos direitos humanos, ocorridas no âmbito das Forças Armadas, conforme estudo elaborado pelo grupo marxista Tortura Nunca Mais (GTNM/RJ) e, ainda, por alterações no curriculum escolar de formação de oficiais e praças, sob a orientação da Comissão Intera- mericana de DH/OEA. Como dizia o ge- neral Coutinho, que já preconizara a trajetó- ria da Comissão da Verdade, novas reformas democráticas poderão advir: reformulação do sistema de inteligência militar; reforma da des- tinação constitucional das Forças Arma- das; revisão dos regulamentos discipli- nares incluso com a aceitação aberta de casamentos gays; revisão da Lei de Anis- tia; democratização das escolas milita- res de formação de quadros e do treina- mento dos recrutas. E arrematava o lúcido e valoroso Ge- neral: Embora despercebido pelas apa- rências da prática democrática, um mo- vimento revolucionário da esquerda está em curso no Brasil. Só as pessoas de muito boa-fé não percebem isto. O mo- mento que vivemos é, ainda, de correla- ção de forças políticas. Por isto, só os políticos e as organizações e partidos libe- rais democráticos poderão deter a mar- cha das esquerdas para o socialismo monocrático e opressor. Os brasileiros esclarecidos e responsáveis não podem ignorar o que está efetivamente aconte- cendo e devem iniciar a resistência po- lítica e ideológica enquanto é tempo.

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Page 1: DOMESTICAÇÃO DAS FORÇAS ARMADAS - … · Deixa a viúva Dona Thereza e os filhos Haroldo e Iêda Madeira Brega, a quem apresentamos os nossos mais sentidos sentimentos pela irreparável

2Nº 183 - Outubro/2012 2

*Cientista Político, ex-Oficial de Ligação ao Comandoe Armas Combinadas do Exército Norte Americano,

ex-Assessor do Gabinete do Ministro do Exército,Analista de Inteligência

E-mail: [email protected]

*Marco AntonioFelício da Silva

ARMAS EM FUNERALSO FAB Haroldo Brega

H 05/01/1924 V 12/10/2012Nascido em Sorocaba-SP, faleceu aos 88 anos, em BeloHorizonte. Ingressou na FAB em 1941. Em 1945, foi ma-triculado na Escola Técnica de Aeronáutica, onde especi-alizou-se em Manutenção e Reparação de Sistemas Hidráu-licos, tendo sido promovido a 3º sargento, após o término docurso, em 1946.Prestou serviços em diversas Bases Aéreas e Parques, dentre os quais, em For-taleza, Porto Alegre, Manaus, Recife, Brasília Rio de Janeiro e São Paulo. Em 1962,foi designado para estagiar na cidade de Manchester, na Inglaterra, como compo-nente da Equipe de Manutenção e Suprimentos, a fim de adquirir conhecimentostécnicos sobre as aeronaves AVRO 748, recém adquiridas pela Força Aérea. Em1964, foi promovido a Sub-Oficial, tendo ainda se especializado em maiores co-nhecimentos de Manutenção e Hélices. Em 1971, é transferido para a Reserva e pas-sa a trabalhar na Sadia Transporte Aéreo, Lider Taxi Aéreo e TAM, como gerentede manutenção e suprimentos.Na ABMIGAer, desde fevereiro de 2005, onde desempenhou diversas fun-ções, sendo eleito Presidente do Conselho Fiscal, em janeiro de 2009. Incansávelcolaborador do Inconfidência há mais de 10 anos, o divulgava junto aos compa-nheiros de Força Aérea nesta capital e ao PAMA, em Lagoa Santa. É autor de umtrabalho que se encontra à disposição no link de ABMIGAer, opinando, com suaexperiência de 60 anos na área de manutenção de aeronaves, a preferência peloscaças suecos SAAB.Deixa a viúva Dona Thereza e os filhos Haroldo e Iêda Madeira Brega, a quemapresentamos os nossos mais sentidos sentimentos pela irreparável perda emnome da ABMIGAer, do Inconfidência e de seus inúmeros amigos.Que Deus o tenha!

Algum tempo anterior ao falecimento doGeneral Sergio Augusto de Avellar Cou-tinho, tive o privilégio, o que ocorria dequando em quando, de com ele conversarsobre o marxismo-gramscismo, assunto quedominava e sobre o qual explanava comextrema maestria, segurança, profundidadee serenidade.Há que se lembrar que ele, dentre osgrandes estudiosos do assunto, foi o únicoque escreveu sobre a concepção revoluci-onária gramscista, sob forma didática, mos-trando uma sistematização de sua opera-cionalidade.Os dois livros que deixou, primoro-sos, �A Revolução Gramscista no Ociden-te� (de 2002) e �Cadernos da Liberdade�(de 2003), apresentam Antonio Gramscicomo um marxista inovador, não renegandoele o objetivo principal do marxismo-le-ninismo, porém, propondo para atingi-lo,nas sociedades democráticas e capitalis-tas, que chamou de ocidentais e nas quaisse insere o Brasil, a estratégia da �Guerra dePosição� (conquista não violenta do poder,embora da violência não descarte em algummomento), traduzindo envolvimento longoe obstinado, ao contrário da estratégia da�Guerra de Movimento� que se caracteriza,fundamentalmente, pelo uso da luta armadaem ataque frontal ao Estado existente.Importantes para tal tipo de guerra,indica Gramsci a formação dos �Intelec-tuais orgânicos� (políticos qualificados, di-rigentes e organizadores, formados no parti-do, para orientar, influenciar e consci-entizar as massas), objetivando a buscada �hegemonia�, dentro da �sociedadecivil�, das �classes subalternas� (traba-lhadores) bem como o consenso, nasáreas psicológica e cultural.Ao mesmo tempo, utilizando-se prin-cipalmente do patrulhamento ideológico edo politicamente correto,não só objetiva o envolvi-mento da �burguesia� (en-quanto classe dirigente),�amestrando-a�, isto é, fa-zendo-a superar o sensocomum até então vigente(senso comum é o conjuntodas opiniões aceitas pelageneralidade das pessoasda sociedade, fazendo comque opiniões discrepantespareçam desajustadas), im-pregnando-a de novos va-lores e cultura, como tam-bém preconiza a assimila-ção e conquista ideológicados �intelectuais tradicio-nais� (cientistas, filósofos, professores, es-critores, artistas e profissionais dos meiosde comunicação), transformando-os em ali-ados, companheiros de viagem ou em ino-centes úteis.O grande objetivo, segundo Gramsci,é a profunda e gradativa transformação po-lítica e cultural de toda a sociedade, subs-tituindo valores de naturezas variadas, mu-

DOMESTICAÇÃO DAS FORÇAS ARMADAS�A Instituição será maculada, violentada e conspurcada diante da leniência de todos

aqueles que não pensam, não questionam, não se importam, não se manifestam�dando padrões morais e a própria Históriado País.Qualquer semelhança com o quevem ocorrendo no Brasil não é mera co-incidência, porém, realidade palpável,encontrada, principalmente, nas iniciati-vas governamentais, como o ProgramaNacional de Direitos Humanos, cujosefeitos podem ser encon-trados nas escolas, desdeo primeiro grau, como tam-bém na leitura diária dosjornais e nos demais meiosde comunicação.Assim, o General Cou-tinho, sempre enfatizandoque fazia a sua parte, tal qualo sabiá que carregava águano bico para ajudar a apagaro incêndio na floresta, com ofito de salvar o seu ninho,não perdia oportunidadepara demonstrar o quantoavançado está este proces-so revolucionário marxista-gramscista no Brasil, propi-ciando, já, profunda transformação políti-ca, histórica e cultural.Desejava ele abrir os olhos daquelesque, por ignorância, incredulidade ou omis-são, não cumprem o dever de a este proces-so se opor. Entre eles, os chefes militares,pois, consideram, os marxistas � grams-cistas, as Forças Armadas como a últimatrincheira a ser conquistada na �Guerra dePosição�. Se �domesticadas�, não haverámais qualquer oposição na caminhada paraa �transição para o Socialismo�, isto é, parao comunismo.O domesticar as Forças Armadas,ensinava o General, �se traduz por inibir asua capacidade de oposição ao avançolento e gradual do processo revolucionáriomarxista-gramscista, intimi-dando-as e desmoralizando-as perante a sociedade nacio-nal. Trata-se de anular qual-quer possibilidade de quevenham a ser, novamente,baluarte da Democracia. Quenão repitam 1964, impedindoum futuro assalto ao Poderpor alguma das tendências re-volucionárias existentes e ati-vas no desfecho da transiçãopara o socialismo em curso emnosso País�O processo de domes-ticação das Forças Armadasnão ficará apenas na ação dachamada Comissão da Verda-de (que já não se porta conforme o pré-estabelecido com as FFAA), agindo, ao ar-repio da lei, somente contra os Agentes doEstado, valendo-se de mentiras e de meias-verdades. Paralelamente, sem o apoio dosatuais chefes, como ocorre com o Cel Ustrae outros, certamente serão levados à barrados tribunais, ilegalmente, com a conivên-cia de procuradores e de juízes revanchistas,

os que combateram a subversão, o terro-rismo e as guerrilhas urbana e rural nasdécadas de 60 e de 70. Os militares, quecumpriram ordens legais, tornaram-sebandidos e os reais bandidos tornaram-se heróis. A Intentona Comunista e aContra-Revolução de 64 devem ser to-madas como fatos a esquecer e desapare-

cer nas brumas do tempo,em nome de uma reconcili-ação unilateral.O caso do cadete La-poente torna-se emblemá-tico de tal domesticação: Fo-ram consumadas, sem reação,afronta à soberania nacional,desmoralização da JustiçaMilitar e a profanação de umsantuário militar, a AMAN,onde colocou-se placa mal-dita. Foram aceitas, ainda, in-gerências externas, consubs-tanciadas por solicitação aoConselho de Defesa dos Di-reitos da Pessoa Humana(CDDPH), para análise de 23supostas violações aos direitos humanos,ocorridas no âmbito das Forças Armadas,conforme estudo elaborado pelo grupomarxista Tortura Nunca Mais (GTNM/RJ)e, ainda, por alterações no �curriculum�escolar de formação de oficiais e praças,sob a orientação da Comissão Intera-mericana de DH/OEA.

Como dizia o ge-neral Coutinho, que jápreconizara a trajetó-ria da Comissão daVerdade, novas �reformas democráticas�poderão advir: reformulação do sistemade inteligência militar; reforma da des-tinação constitucional das Forças Arma-das; revisão dos regulamentos discipli-nares incluso com a aceitação aberta decasamentos gays; revisão da Lei de Anis-tia; �democratização� das escolas milita-res de formação de quadros e do treina-mento dos recrutas.E arrematava o lúcido e valoroso Ge-neral: �Embora despercebido pelas apa-rências da prática democrática, um mo-vimento revolucionário da esquerdaestá em curso no Brasil. Só as pessoas demuito boa-fé não percebem isto. O mo-mento que vivemos é, ainda, de correla-ção de forças políticas. Por isto, só ospolíticos e as organizações e partidos libe-rais democráticos poderão deter a mar-cha das esquerdas para o socialismomonocrático e opressor. Os brasileirosesclarecidos e responsáveis não podemignorar o que está efetivamente aconte-cendo e devem iniciar a resistência po-lítica e ideológica enquanto é tempo.�