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Há exatamente um ano o primeiro álbum do cantor e compositor Romero Ferro chegava às lojas, iniciando uma trajetória de sucesso, que culminou com a indicação ao Prêmio da Música Brasileira 2017. A projeção do PMB também lhe rendeu participações na TV, em atrações como "Sem Censura" e "Encontro com Fátima Bernardes", além de bate-papos especiais com Leda Nagle em seu canal no YouTube e com o jornalista Carlos Albuquerque, o Calbuque, na rádio Roquete Pinto. O trabalho foi gravado em Recife/PE no Fábrica Estúdios, e produzido pelo carioca Diogo Strausz - responsável pelos últimos álbuns de Alice Caymmi, Castelo Branco e Chay Suede. "Arsênico" foi lançado no segundo semestre de 2016 e sua turnê já passou por cidades como: Recife/PE, Garanhuns/PE, Maceió/AL, João Pessoa/PB, Natal/RN, Rio de Janeiro/RJ e São Paulo/SP, angariando excelentes críticas de jornalistas como Mauro Ferreira (G1/RJ), André Felipe de Medeiros (Monkeybuzz/MTV/SP), Artur Barros (Collectors Room/SC), Marcelo Pereira (Jornal do Commercio/PE), Danieli Souza (Folha de Londrina/Jornal do Paraná), Lucas Simões (Jornal o Tempo/BH), Sandra Bittencourt (CBN/PE).

Nascido em Garanhuns(PE), Romero começou sua carreira com o lançamento do EP autoral “Sangue e Som”, em Outubro de 2013. Na ocasião, o artista lançou três videoclipes no youtube para divulgar o EP e estes já somam mais de 300 mil visualizações. Após passagens bem sucedida pelo carnaval pernambucano e por festivais de música do nordeste como Mada (RN), o Janeiro de Grandes Espetáculos (PE), e o Móbile (PB), que lhe renderam, entre outras publicações, a capa do jornal carioca “O Globo” como um dos principais artistas responsáveis pela revitalização da música do Estado e do lançamento do clipe da música “Arsenal” – que teve mais de 10 mil visualizações na primeira semana de exibição no youtube e foi premiado no FestCine 2015.

Para divulgar o trabalho, o músico lançou em Outubro o clipe de “O Medo em Movimento”, que teve direção de André Brasileiro. O vídeo mostra Ferro preso, hora com as mãos algemadas, outras vezes por criaturas mascaradas. O roteiro foi do próprio músico em parceria com Carol Silveira, que também fez a direção criativa. A ideia é discutir questões políticas do País. O disco ainda conta com a participação de Amaro Freitas na coprodução e teclados, Patrick Laplan (Ex-Los Hermanos) nas baterias, Guilherme Eira nas guitarras, Nego Henrique (Ex-Cordel do Fogo Encantado) nas percussões, o trio de metais composto por Nilsinho Amarantes (Trombone), Fabinho Costa (Trompete) e Liudinho Souza (Sax), e o coro das irmãs Sue e Surama Ramos. A produção geral é de Maurício Spinelli e Jana Constantino, a assessoria da Rabixco Comunicação, os figurinos são de Carol Silveira, a identidade visual de Caramurú Baumgartner, as fotos de Lana Pinho, e a maquiagem de Monique Caires. "Arsênico" é composto de 10 faixas inéditas e completamente autorais, que passeiam pelo soul, funk, rock, dance music, e mais diversas outras experimentações.

R O M E R O F E R R O | A R S Ê N I C O TO U R

Recife é frevo, é maracatu, é coco, é ciranda, mas Recife também é pop. Até porque é uma cidade que nasceu com o dom de manter-se contemporânea, mesmo e apesar do peso forte da tradição. Romero Ferro também é assim.

Nascido em Garanhuns, interior do estado de Pernambuco, mas criado dentro da vivência urbana recifense, Romero desde cedo, descobriu o streaming natural da cidade, como o pôr do sol nas praias em dias tórridos, a troca de dados nas pistas mais cobiçadas das noites recifenses, ou o que mais faça valer o lado pop e contemporâneo da vida local – um mero olhar conflituoso de paixão, pode valer também.

Trocando em miúdos, Romero Ferro atualiza o pop contemporâneo feito no Recife desde o lançamento de seu EP “Sangue e Som”, em 2013. E neste sentido, é um caso à parte na nova cena musical autoral e independente pernambucana. Mas nem por isso, deixa de representá-la. Seu canal no YouTube já soma mais de 300 mil visualizações, e seu último clipe foi premiado no FestCine 2015.

Arsênico é o título do primeiro álbum assinado por Romero Ferro. Como assim? Aqui, o principal tema é o amor – que, em doses descontroladas, envenena, e, em contrapartida, os venenos que, em doses controladas, podem ser até mesmo fundamentais. Algo como em Rimbaud, que esgotou em si todos os venenos, as formas de amor e de loucura. A poesia em Ferro – que, além das questões amorosas, também perpassa as políticas, sociais e psicológicas – dá conteúdo a dez canções inéditas e autorais, ao estilo pop contemporâneo.

Isso faz toda a diferença. Ou seja, não se trata aqui de um pop qualquer. Neste caso, significa o pop alinhavado a sonoridades atuais da cena musical alternativa, harmonias com tonalidades jazzísticas, timbragens vintage pontuadas pelos 80’s – aliás, sonoridade oitentista é uma das paixões de Romero –, referências do funk & black music, soul, dance, reggae, psicodélico, brega, e de quebra, uma tonalidade de experimentalismo. Isso sem esquecer de levarmos em conta a produção assinada pelo ‘queridinho’ da cena indie brasileira Diogo Strausz (trabalhos com Alice Caymmi e Chay Suede), e co-produção assinado pelo pernambucano Amaro Freitas – pianista com formação jazzística –, ambos talentosos e sem medo de correr riscos, levando em conta apenas a liberdade de criar o que cada música pede, sem preconceitos ou intolerâncias sonoras.

R O M E R O F E R R O L A N Ç A A R S Ê N I C O - P O R SA N D R A B I T T E N C O U R T

Complementando, a participação de músicos a exemplo de Patrick Laplan, ex-Los Hermanos (baterias), Guilherme Eiras (guitarras), Nego Henrique, ex-Cordel do Fogo Encantado (percussões), o trio de metais da pesada composto pelos pernambucanos Nilsinho Amarantes (trombone), Fabinho Costa (trompete), e Liudinho Souza (sax). O coro formado pelas irmãs Sue e Surama Ramos, sem esquecer Diogo Strausz (baixo e guitarra), e Amaro Freitas (teclados).

Feita pra dançar – aliás, a proposta do disco é ser dançante, ensolarado e, ao mesmo tempo, denso e reflexivo em suas temáticas –, a faixa de abertura ‘Hoje’ já diz a que Arsênico veio: uma sonoridade singular para uma dance music arrebatadora, levada pelos improvisos do piano aos ataques precisos dos metais também em fraseados jazzy, o baixão dando suporte à batida. A poesia faz um contraponto em tom reflexivo sobre o mundo descartável em que vivemos, os relacionamentos vazios, o culto exacerbado à imagem, um manifesto anti-padrão ao sentenciar: ‘viver de vaidade, pra quê?’. Romero a criou de uma largada só, letra e música. Esta foi a última a ser composta, e que lhe inspirou aos 80’s.

'O medo em movimento’, primeiro single, traz uma melodia muito bem trabalhada, em tom menor, um ritmo pulsante, grooveado, um alerta aos primeiros sinais de domínio do medo, em qualquer sentido, quando ele nos tolhe. Romero Ferro numa interpretação firme, e que ganha ênfase no refrão, com baixo, guitarra e metais alinhados: ’o trato é agora/e agora é a hora/o medo causa esquecimento’.

Há uma tríade de oitentistas radicais tanto em suas estruturas composicionais como de arranjos: ‘DropSatã’, ‘ Cidadão Perdido’ e a balada ‘Só’. A primeira com letra inspirada em uma alpinista social, ‘um pedaço de Satã’. A outra, uma auto-reflexão acerca do ariano em si (Romero é do signo de Áries), e de como a pessoa amada o enxerga dentro da relação: ‘Estou perdido nas ruas da tua cidade.’ E a balada ‘Só’, super pop oitentista, com direito a solo melodioso da guitarra por Diogo Strausz, e no final uma

finalização harmônica surpreendente via piano jazzístico de Amaro Freitas. Esta canção é a mais antiga do disco, e foi a primeira a ser composta inteiramente no celular.

O brega-sertanejo não poderia faltar. Afinal, a experiência sonora aconteceu pela primeira vez em ‘Arsenal ', com Zé Cafofinho, que viralizou no YouTube. Desta vez o título é ‘No mesmo teto’, bregão da melhor qualidade, com pegada de música paraense misturada à guitarra com nuances surf music. Uma das mais ‘arsênicas’ do disco ao dizer: ‘a gente passa o dia inteiro/catucando na ferida/criando um ponto de tensão’.

O brega-sertanejo não poderia faltar. Afinal, a experiência sonora aconteceu pela primeira vez em ‘Arsenal ', com Zé Cafofinho, que viralizou no YouTube. Desta vez o título é ‘No mesmo teto’, bregão da melhor qualidade, com pegada de música paraense misturada à guitarra com nuances surf music. Uma das mais ‘arsênicas’ do disco ao dizer: ‘a gente passa o dia inteiro/catucando na ferida/criando um ponto de tensão’.

De um polo a outro, ‘Solidão é nada’, traz um clima cheio de charme em seu gênero pop-reggae, numa ambiência sonora de balada, graças ao andamento mais lento. A harmonia rica e elegante leva assinatura de Amaro Freitas em seu teclado à lá Jamiroquai. A letra, de cunho existencialista, diz: ‘Solidão é nada / solidão atrai só /negatividade/ desatividade’.

Uma balada clássica, mas com um toque jovem-guardista, ‘Até onde se vai’, é levada por um piano charmoso e guitarra mais orgânica, letra sobre a fase final de um relacionamento quando sugere: ‘deixa/ o ‘não’ às vezes abre portas/ e assim a gente se renova para viver /e volta para saber ser’.

Outra boa dose arsênica acontece em ‘Veneno’ - a história de um homem prestes a cometer um crime passional por um amor desmedido. Trata-se de outra ótima opção para pistas, grooveada em timbres disco, certeira para dançar e suar muito.

‘Dois’, retirada da leva de temas com tom de experimentalismo criados por Romero Ferro, cheia de compassos irregulares e variados, estrutura melódica e os grooves fogem ao pop regular, e junto a isso uma dose de psicodelia meio à Ave Sangria para falar de um crime passional e trágico. Mais uma inusitada surpresa composicional criada por Romero Ferro.

Ou seja, não se trata aqui de um pop qualquer. Arsênico, em termos definitivos, nos apresenta Romero Ferro – cantor, compositor da nova geração de música autoral e independente pernambucana, que cresceu, amadureceu em suas influências, criou sua própria assinatura, e nos devolve seu talento neste álbum perfeitamente consonante ao pop contemporâneo feito em Recife.

Gravado em dezembro de 2015 no Fábrica Estúdios, Recife/PE, por Arthur Dossa.Vozes de Romero e pianos gravados no estúdio Carranca, Recife/PE, por Jorge Romão.

Produzido por Diogo Strausz.Coproduzido por Amaro Freitas.

Mixado por Diogo Strausz, Rio de Janeiro/RJ.Masterizado por Ricardo Garcia no estúdio Magic Master, Rio de Janeiro/RJ.

Rabixco Produção e Comunicação Criativa: Romero Ferro, Maurício Spinelli e Jana ConstantinoFotos: Lana Pinho

Design: Allan Monteiro Ilustrações: Caramurú Baumgartner

Direção Criativa: Carol SilveiraMaquiagem: Monique Caires

Contato: [email protected]: (081) 97102-3573

R O M E R O F E R R O