dólar_ um guia para tempos de incertezas

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Page 1: Dólar_ Um Guia Para Tempos de Incertezas

DÓLAR: UM GUIA PARA TEMPOS DE INCERTEZASVeja como se proteger da alta da moeda dos EUA, como comprar para viajar e

como investir

 

 

“O que a alta do dólar tem a ver comigo?”

“Ainda vale a pena comprar dólares para investir, ou já perdi a oportunidade?”

“Vou sair de férias e o dólar está um absurdo, como eu faço?”

“Qual a melhor maneira de investir para ganhar com a alta do dólar?”

 

Provavelmente alguma das questões acima passou pela sua cabeça nos últimos tempos. Antes de indicar as melhores maneiras de

comprar dólares, vamos responder cada uma das quatro perguntas acima.

 

POR RODOLFO AMSTALDEN, ANALISTA, CNPI SÃO PAULO, BRASIL

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1 – “O que a alta do dólar tem a ver comigo?”

Desde pequenos estamos acostumados a ouvir as pessoas falarem sobre a cotação diária da moeda dos Estados Unidos. O grá�co

abaixo mostra a alta do dólar nos últimos cinco anos. Mas o que essa linha ascendente tem a ver conosco?

 

Para entender a in�uência do dólar na economia brasileira, primeiro temos que olhar para todos os itens que consumimos e para

as empresas que os fabricam.

Muitos dos produtos que utilizamos possuem componentes importados. Quando o dólar sobe, aumenta o custo das companhias

para comprar esses itens.

O empresário ou o produtor que passa por essa situação tem sua margem de lucro reduzida. Ou seja, a diferença entre o que ele

ganha nas vendas e o que ele gasta com todos os seus custos e despesas diminui.

Para compensar essa perda, ele tenta repassar esse incremento do custo para os consumidores com o aumento dos preços dos

produtos. Como exemplo, podemos citar um bolo pronto que custa R$ 13,00 para ser produzido e é vendido por R$ 15,00. Quando

o dólar sobe, o trigo �ca mais caro e o custo para produzir o mesmo bolo pula para R$ 14,00. A redução foi de R$ 1,00 na margem.

Com isso, o dono da padaria tenta repassar esse valor para o consumidor, aumentando o preço do produto.

O mesmo acontece em diversas outras áreas da economia, como no caso de uma farmacêutica que precise importar enzimas para

produzir os medicamentos, ou mesmo uma fabricante de equipamentos de tecnologia que precise comprar placas de memória

vindas dos EUA.

Mas o salário do consumidor não sobe na mesma velocidade do aumento dos preços dos produtos, certo? Assim, o poder de

compra dos brasileiros diminui.

Além dos importados e dos produtos nacionais com componentes estrangeiros, tendem a �car mais caros também os produtos

100% nacionais. Isso acontece basicamente por duas razões: 1) os consumidores tendem a migrar para eles, o que eleva a

demanda e, consequentemente, o preço. 2) Com os preços dos concorrentes subindo, as empresas que não dependem dos

importados tendem a elevar também seus preços, para aumentar suas margens.

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Assim, há um aumento dos preços dos produtos no país, o que afeta o seu bolso.

Há também algumas consequências indiretas do aumento do dólar. É o caso, por exemplo, do aumento do desemprego. Algumas

empresas não conseguem realizar o repasse cambial para os seus produtos, o que exige que reduzam outros custos internos de

produção. Entre eles, está a folha de pagamentos. Assim, não é raro que essas empresas façam demissões.

 

2 – “Ainda vale a pena comprar dólares para investir, ou já perdi a oportunidade?”

Muita coisa pode mudar em poucas semanas quando o assunto é câmbio, ainda mais neste momento nebuloso no qual vivemos.

A cotação atual pode ser muito diferente de quando escrevo este guia. Por isso é preciso ter cuidado. Nos elevados patamares que

se encontra, o dólar assume muito mais um papel de proteção do que um instrumento para obtenção de lucros.

O cenário atual, de incertezas em relação à economia brasileira, ainda justi�ca uma exposição em dólar principalmente para

proteger o patrimônio.

Na Empiricus, temos recomendado a compra de dólares desde quando a moeda era cotada a R$ 1,90. Em nossa opinião, com

todas os problemas que nos cercam, acreditamos o dólar pode subir muito nos próximos meses. Mas esse cenário pode mudar

radicalmente com alguma ruptura política interna ou algum evento global inesperado.

 

3 – “Vou sair de férias e o dólar está um absurdo, como eu faço?”

Finalmente suas férias estão se aproximando... Infelizmente, o dólar está caríssimo!

Há quem opte por cancelar a viagem. Eu sou mais do time do “eu trabalhei tanto... eu mereço” e de “a vida é muito curta para

perder férias”. Bom, se você também não pretende mudar de planos, a sugestão é fazer uma pesquisa rápida nas corretoras de

câmbio para tentar encontrar o melhor preço.

Quando eu vou viajar, costumo ligar ao menos em três corretoras diferentes para ver quanto elas estão cobrando pelo dólar.

Como vendem o dólar turismo, é bom já �car preparado para ouvir um valor cerca de 15 centavos maior do que a cotação do dólar

que você vê nos jornais. Em geral, depois de pechinchar consigo uma redução de 4 a 10 centavos no valor que foi pedido

incialmente.

Usaremos como exemplo, dados que pesquisei em março de 2016. A lógica é a mesma para o momento atual. Na época, liguei em

quatro corretoras de câmbio e obtive os seguintes preços para a compra de US$ 1 mil.

 

Telefonei primeiro na corretora Cotação, que me passou um preço de R$ 3,90 para o dólar sem o imposto (IOF) e de R$ 3,91 com o

imposto. O corretor ofereceu desconto de 4 centavos quando perguntei se aquele seria, mesmo, o melhor preço.

Como o dólar abriu o dia em baixa, os preços começaram a cair nas corretoras. Conforme eu ligava nas outras, conseguia valores

levemente mais baixos, sempre perguntando se não seria possível fazer uma cotação melhor.

Depois de uns 25 minutos de ligações, o mínimo que encontrei foi R$ 3,80. Ou seja, a diferença foi de 10 centavos em relação ao

primeiro contato telefônico.

Page 4: Dólar_ Um Guia Para Tempos de Incertezas

Para US$ 1 mil, a diferença é de R$ 100. Não é muito, mas cada real importa. E, convenhamos, isso custou apenas o tempo gasto

para telefonar.

Mesmo para US$ 500 – e uma diferença de R$ 50 -, eu sugiro fazer a pesquisa de cotação. As casas de câmbio costumam oferecer

os descontos como uma estratégia de �delizar os clientes.

Eles nunca sabem quanto você vai comprar da próxima vez...

Mas veja bem, se o valor for muito mais baixo, talvez não compense gastar muito tempo na pesquisa. Se for muito mais alto, vale

mais ainda. Para US$ 10 mil, a diferença seria de R$ 1.000.

Também vale fazer uma conta simples de quanto você gastaria – em tempo e em dinheiro – para ir de carro, táxi, bicicleta ou

transporte público até a corretora que tem o melhor preço. Dependendo da cidade, o preço do estacionamento do local já reduz a

economia que você teria comprando em um local, e não em outro. Nos lugares em que liguei, os corretores de câmbio ofereceram

entregar em casa, sem custo adicional. Sempre pergunte se a sua corretora oferece esse serviço, o que pode lhe poupar algum

esforço. Qualquer economia é um passo para a criação de riqueza.

Acabei comprando apenas US$ 500 nessa experiência, e o atendente manteve o mesmo preço oferecido para US$ 1 mil. Para

volumes maiores a cotação costuma �car mais baixa.

Para fechar a compra, o procedimento é simples. Em geral, basta abrir uma conta na corretora, o que é possível fazer com uma

ligação telefônica e o envio, por e-mail, de alguns documentos (RG, CPF e comprovante de residência, basicamente).

Depois é preciso fazer uma transferência bancária (TED) para a corretora e enviar o comprovante, por e-mail mesmo.

Para quem vai viajar nos próximos meses, o conselho é fazer um planejamento e ir comprando aos poucos. Dessa forma, você

evita o risco de encontrar um preço horrível na véspera da viagem e não se arrependerá por não ter comprado antes.

Ao �m você terá formado um “preço médio”. Além disso, quem viaja com frequência tem que comprar sempre. “Essa pessoa tem

que colecionar dólar”, diz um especialista.

Agora, se a necessidade de dólares for pontual e o montante de dinheiro for pequeno, talvez também não valha a pena ir à

corretora a cada quinze dias...

Há alguns anos, era comum a compra de cartões de viagem que funcionavam no estilo “pré-pago”. Agora, essa solução deixou de

ser tão interessante, pois passou a ter o imposto adicional de 6%, que antes era exclusividade do cartão de crédito (além dos 0,38%

de IOF, que sempre é cobrado).

Mesmo assim, o cartão “pré-pago” ainda é útil para quem vai estudar fora, por exemplo, e receberá dinheiro periodicamente de

sua família no Brasil. Com esses cartões, é possível fazer recargas à distância. Outra opção para enviar dinheiro para o familiar que

vive fora do país é a remessa de dinheiro via bancos. Explicamos melhor abaixo, quando falamos da abertura de uma conta no

exterior.

O cartão de crédito, que acaba sendo muito usado nas viagens para fora pela praticidade, tem como principal desvantagem a

impossibilidade de se prever quanto você vai pagar pelo dólar, já que a cotação que o banco vai te cobrar é a do dia do fechamento

da fatura do cartão. Por outro lado, tem a vantagem do acúmulo de pontos no programa de milhagem.

 

Não deixe para trocar o dinheiro no aeroporto

Um recomendação importante para quem vai comprar dólares em espécie – isso vale também para outras moedas – é nunca

deixar para comprar no aeroporto. As lojas de câmbio e os bancos de aeroportos costumam cobrar taxas, que podem ser �xas ou

comissões.

Recentemente, liguei no banco Safra do aeroporto internacional de Guarulhos, em São Paulo. Na época, o Safra informou que

cobrava uma taxa de administração de US$ 12 (sim, 12 dólares) para fazer o câmbio.

O preço do dólar também costuma ser muito mais alto do que o que você encontra fora do aeroporto. As corretoras veem uma

oportunidade diante de um viajante que, em tese, teria deixado a compra do câmbio para última hora e oferecem taxas absurdas

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acrescidas de taxa pela operação. Fique muito atento nisso e faça de tudo para não comprar dólar no aeroporto.

 

4 – “Qual a melhor maneira de investir para ganhar com a alta do dólar?”

Com uma busca no Google, você vê que existem várias maneiras de se investir em dólar. Mas tenha cuidado. Na prática, só

algumas valem a pena.

O nosso consultor �nanceiro descarta, por exemplo, a compra de ações de empresas exportadoras, ou mesmo de papéis de

empresas estrangeiras negociados na Bolsa brasileira (chamados de BDRs), o que acaba sendo mais complexo do que e�caz. Sem

falar que não é exatamente um investimento em dólares, mas sim em ações de empresas que oscilam conforme uma série de

variáveis.

Você também já pode ter ouvido falar em mini-contratos de dólar. Essa é outra opção que preferimos deixar de lado. Nossos

consultores �nanceiros dizem que não vale a pena ir por esse caminho se você não é um operador de mercado (trader), que abre o

seu home broker todo dia e tem experiência em operações de curto prazo.

Operar contratos futuros de dólar é uma opção de investimento voltada para o curto prazo, muito mais indicada para investidores

dedicados ou pro�ssionais. Isso porque demanda mais atenção do investidor. Cada contrato tem um vencimento e você precisa

decidir qual o mais adequado para a sua estratégia.

Além disso, nem todos os contratos têm a mesma liquidez. Portanto, se você quiser fazer uma posição de longo prazo, pode ser

penalizado na hora da vender. As corretoras, seguindo as normas da Bolsa, exigem que os investidores depositem uma margem

de garantia e atualizam isso diariamente, com o chamado “ajuste diário”.

Como todo investimento em derivativos, você deve recolher o imposto via DARF, sempre que auferir lucro nas operações. Muito

trabalho para nosso objetivo atual.

 

Se você tem hábito e aptidão para fazer esses tipos de aplicações, tudo bem, siga em frente. Mas as recomendações de nossos

consultores �nanceiros para o investimento em dólares são:

1) a escolha de um fundo cambial;

2) compra do papel moeda;

3) abertura de uma conta no exterior.

 

Fundo cambial

Sobre os fundos cambiais, um especialista me garantiu que é fácil encontrar nas plataformas de investimentos de bancos e

corretoras, principalmente os maiores.

Com ajuda dele, reunimos na tabela abaixo algumas das opções.

Page 6: Dólar_ Um Guia Para Tempos de Incertezas

 

Você pode encontrar outras opções diferentes se procurar em outras corretoras de valores ou bancos.

Na hora de escolher o seu fundo cambial, é importante olhar o investimento inicial, para que você já �ltre a opção que cabe no seu

bolso. Em seguida, veja a taxa de administração. Quanto menor essa taxa, que é como uma “comissão” cobrada pela administração

do fundo, melhor.

Para uma aplicação mínima de R$ 1 mil, por exemplo, o “Fundo FIC Votorantim Cambial Dólar” oferece a menor taxa de

administração (0,85% ao ano)

Esse mesmo produto estava disponível nas corretoras XP e Ativa (também pode ser oferecido em outras, mas só olhamos essas).

Neste exemplo que citamos, o retorno obtido nos últimos 12 meses foi de 16,39%. Como os bancos e corretoras sempre alertam, é

preciso ter sempre em mente que resultados passados não garantem performances futuras.

Nesta semana, um leitor nos enviou um e-mail dizendo que estava justamente em dúvida para escolher entre dois tipos de

investimentos em dólares:

“Meu nome é Juliano C., sou assinante de alguns produtos de vocês, dentre os quais a Carteira Empiricus. Vejo que vocês

continuam recomendando o investimento em dólar, mas tenho dúvidas em como escolher o melhor produto.

Veri�quei junto a meu banco, e atualmente existem dois fundos disponíveis indexados pelo dólar. Estou enviando em anexo a

lâmina destes dois produtos e gostaria do conselho de vocês, sobre qual dos dois é mais atrativo, ou se existem opções melhores

no mercado que eu deva veri�car.

Obrigado antecipadamente.”

 

Uma das opções que ele tinha era um fundo cambial com aplicação mínima de R$ 5 mil e taxa de administração de 1,5%. A outra

era um investimento estruturado vinculado à cotação do dólar com aplicação mínima de R$ 25 mil.

Os dois produtos que Juliano C. tinha em mãos tinham per�s diferentes. O fundo era mais arriscado, por não ter proteção para o

caso da queda do dólar. Já o investimento estruturado era mais conservador e garantia a devolução do valor investido caso o dólar

não subisse. Mas tinha ganhos limitados a 12%. O restante �caria com o banco.

Dada a nossa perspectiva de valorização do dólar no médio prazo, nossa sugestão para o Juliano foi a de optar pelo fundo.

 

Papel moeda

A compra de papel moeda, da qual já tratamos aqui, também pode ser uma forma de investir em dólar. Lembrando que essa

modalidade, embora também possa ser usada como uma forma de investimento, combina mais com quem sabe que vai gastar o

dinheiro em algum momento futuro.

 

Conta nos EUA

A nossa terceira recomendação para o investimento em dólar é a abertura de uma conta nos Estados Unidos. É possível fazer isso

de algumas formas.

Estando lá, você pode levar seu passaporte a um banco local e abrir uma conta corrente. Por esse caminho, o banco não costuma

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exigir um depósito inicial alto.

A desvantagem é que o acesso a produtos de investimentos do banco, em geral, é restrito às opções mais básicas e com menores

retornos. O tratamento que você vai receber provavelmente será semelhante ao que tem com um gerente de uma conta básica no

Brasil.

Caso você tenha conta aqui no Brasil, em um banco internacional como o Citi e o HSBC, também é possível abrir uma conta nos

EUA. Nesse caso, a vantagem é poder receber um atendimento melhor do gerente, com mais atenção. E a variedade de aplicações

também é maior, o que signi�ca que seus dólares podem ser aplicados de forma a render mais.

Mas como “não existe almoço grátis”, o aporte inicial é o complicador: costuma ser alto. O banco pode exigir US$ 100 mil ou US$

200 mil, por exemplo.

Entre outras opções mais especí�cas, está a abertura de uma conta no BB Américas, que é uma subsidiária do Banco do Brasil com

agências na Flórida.

Em todos esses casos, você poderá fazer remessas de dinheiro de vez em quando. E, se �zer uma viagem, poderá usar um cartão

de débito para seus gastos, evitando o IOF de 6,38% do cartão de crédito e do pré-pago das casas de câmbio brasileiras.

 

Quanto investir em dólares?

Por favor, não invista todo o seu dinheiro em dólares. A não ser que você esteja indo embora do Brasil para sempre. Como é um

investimento de bastante risco, por causa da alta volatilidade e da imprevisibilidade de comportamento da moeda, é melhor

colocar só um pouco do valor que você tem para investir.

A sugestão de nosso consultor �nanceiro é aplicar no máximo 15% de seu patrimônio em dólar. Pode ser um pouco mais caso

você pense em morar fora um dia e queira já deixar uma porção maior de seu patrimônio na moeda americana. Ou então se você

tem um �lho com planos de estudar nos EUA. Em casos como esses, daria para colocar até uns 40% na moeda americana. Uma

alocação média, utilizada na maioria das carteiras dos clientes que assessoramos, está em torno de 10%.

Por �m, recomendamos também descartar os fundos multimercados como opção para o investimento em dólares. Se procurar na

internet, você vai encontrar essa sugestão em alguns sites. De fato, pode ser um caminho. Mas esses fundos, como o nome já diz,

aplicam em vários tipos de mercados. Assim, pode ser que a exposição em dólares seja mínima. Aqui, estamos mantendo o foco na

moeda americana.

Antes de concluir, faço um último alerta: o investimento em dólar via fundo cambial terá imposto sobre os rendimentos. A regra

que vale para esse caso é a da chamada tabela regressiva, que começa com 22,5% dos ganhos. Com o passar do tempo, diminui

até o mínimo de 15%.

 

Ainda vale a pena comprar dólares?

A volatilidade no dólar neste primeiro trimestre é impressionante. A crise política e econômica impactou diretamente a moeda

norte-americana. Com o recente declínio recebemos diversas perguntas sobre a possibilidade do dólar voltar para o patamar de R$

2,00.

Talvez não nesta magnitude, mas há sim uma chance considerável de que os ativos brasileiros passem, nos próximos meses, por

um re-rating (reavaliação para cima, com valorização pronunciada). Ao mesmo tempo existe a constatação de que os fundamentos

continuam ruins, sem garantia de mudança.

Parece uma disputa entre esperança e desânimo.

Porém, não podemos ignorar os fatos, investidores já começaram a embutir no preço dos ativos a probabilidade de mudança da

política econômica, seja por meio de um processo de impeachment ou de cassação do mandato da presidente Dilma.

Estamos no terreno do imponderável. Precisamos decidir num ambiente de incerteza.

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(*) A reprodução indevida, não autorizada, deste relatório ou de qualquer parte dele sujeitará o infrator a multa de até 3 mil vezes o valor do relatório,

à apreensão das cópias ilegais, à responsabilidade reparatória civil e persecução criminal, nos termos dos artigos 102 e seguintes da Lei 9.610/98.

© 2016 Empiricus Research. Todos os direitos reservados.

 

Por ora, nossa interpretação é de que o equilíbrio de longo prazo da moeda está entre R$ 3,50 e R$ 4,00.

Mesmo que ocorra impeachment, os fundamentos continuarão ruins e, quase certamente, o novo governo não fará as reformas

necessárias.

Desta forma, não acreditamos que o dólar deve permanecer em patamares baixos por muito tempo.

Portanto, se você ainda não está alocado em dólar, essa é uma boa hora para comprar. Mas atente-se para a importância de uma

diversi�cação de portfólio num cenário de incerteza como este.

Um abraço,

DisclosureElaborado por analistas independentes, o conteúdo da Empiricus não pode ser reproduzido ou distribuído, no todo ou em parte, a qualquer terceiro

sem autorização expressa. Nossos estudos são baseados em informações disponíveis ao público, consideradas con�áveis na data de publicação. Posto

que as opiniões nascem de julgamentos e estimativas, estão sujeitas a mudanças. Nossos relatórios não representam oferta de negociação de valores

mobiliários ou outros instrumentos �nanceiros. As análises, informações e estratégias de investimento têm como único propósito fomentar o debate

entre os analistas da Empiricus e os leitores. Os leitores devem, portanto, desenvolver suas próprias análises e estratégias.

Por vezes, informações adicionais sobre quaisquer sociedades, valores mobiliários ou outros instrumentos �nanceiros aqui abordados podem ser

obtidas mediante solicitação.

Os analistas responsáveis pela elaboração do conteúdo declaram, nos termos do artigo 17o da Instrução CVM no 483/10, que suas recomendações

re�etem única e exclusivamente as suas opiniões pessoais e foram elaboradas de forma independente.