doenÇas exantemÁticas
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Aroldo P. de Carvalho
Aroldo Prohmann de CarvalhoProfessor Adjunto de Pediatria
2005
Aroldo P. de Carvalho
Enfermidades infecciosas sistêmicas cuja característica principal é a manifestação cutânea.
Enantema: manifestação em mucosa.
Diversas enfermidades podem apresentar exantema, porém essa manifestação não as caracteriza.
Aroldo P. de Carvalho
TIPOS DE EXANTEMA: Máculopapular:
Morbiliforme Escarlatiniforme Rubeoliforme Urticariforme
Pápulovesicular Petequial ou Purpúrico
Aroldo P. de Carvalho
DADOS IMPORTANTES: Faixa etária História vacinal Procedência Fontes de contágio Manifestações prodrômicas Época do ano Estado geral do paciente Evolução
Aroldo P. de Carvalho
SARAMPO
RUBÉOLA
ESCARLATINA
VARICELA
ERITEMA INFECCIOSO
EXANTEMA SÚBITO
Aroldo P. de Carvalho
aa
Aroldo P. de Carvalho
CASO CLÍNICO 1CASO CLÍNICO 1 Lactente de 8 meses de idade, feminino, natural e procedente
da Alemanha, muda-se para Blumenau na primavera de 2003. Cinco dias após chegar no Brasil inicia com febre de até 39,5oC, tosse produtiva, coriza, intensa hiperemia conjuntival e queda importante do estado geral.
Ao ser levado ao pronto socorro o pediatra observa a presença de pequenos pontos esbranquiçados na mucosa oral. A criança foi medicada com sintomáticos e a família orientada para retornar em caso de mudança ou piora do quadro.
Um dia após a criança retorna com manchas vermelhas, que iniciam em região retroauricular e posteriormente se disseminam para todo o corpo.
Três dias após ocorre descamação fina.
Aroldo P. de Carvalho
DEFINIÇÃO: Enfermidade infecto-contagiosa caracterizada como uma doença exantemática típica com alguns sinais e sintomas bastante sugestivos ou característicos
EPIDEMIOLOGIA: Contágio: secreções naso-faríngeas
Aroldo P. de Carvalho
EPIDEMIOLOGIA: Transmissibilidade:
• Alta contagiosidade no período prodrômico• Até 4 dias do exantema • Isolamento respiratório
Ocorrência máxima no inverno e primavera
ETIOLOGIA: Vírus RNA, família Paramyxovidae gênero Morbillivirus
Aroldo P. de Carvalho
MANIFESTAÇÕES CLÍNICAS: Período de Incubação: 8 a 12 dias Período Prodrômico (3 a 5 dias):
• Febre alta • Coriza • Conjuntivite • Tosse • Queda do estado geral
Manchas de Koplik
Aroldo P. de Carvalho
MANIFESTAÇÕES CLÍNICAS: Tipo de exantema:
Máculo-papular, morbiliforme Início retroauricular Confluência após disseminação Máximo em 3 dias Descamação fina e furfurácea
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DIAGNÓSTICO: Clínico Isolamento do vírus Sorologia
COMPLICAÇÕES: Otite média, Pneumonia Laringite e laringotraqueite Diarréia
Aroldo P. de Carvalho
COMPLICAÇÕES: Encefalite (0,1%) Miocardite e pericardite (ocasionais) Pneumonia de células gigantes Panencefalite esclerosante subaguda:
• Efeito tardio do vírus• Crianças maiores e adolescentes.
TRATAMENTO: Sintomáticos Vitamina A: 100.000 A 200.000 UI, VO
Aroldo P. de Carvalho
PREVENÇÃO: Vacina:
• 12 meses isolada ou combinada com vacina contra rubéola e caxumba
• Até 72 h após a exposição Gamaglobulina até 6 dias do contágio:
• < 9 meses • Imunodeficientes • Gestantes
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a
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CASO CLÍNICO 2CASO CLÍNICO 2 Pré-escolar, 3 anos de idade, história de 20 dias
antes ter tido contato com criança com manchas vermelhas no corpo. Após este período, no início do inverno, iniciou com febre baixa e “garganta vermelha” (sic) durante 3 dias, aparecendo manchas róseas no corpo, iniciando pelo rosto, após tronco e membros, persistindo por 3 dias, desaparecendo sem descamação. A mãe observou a presença de ínguas atrás da orelha.
A criança é tratada por homeopata e não recebeu todas as vacinas.
A família estava bastante preocupada pois a mãe estava no terceiro mês de gestação.
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Doença infecto-contagiosa geralmente leve
Morbidade e mortalidade usualmente mínimas
PREOCUPAÇÃO: Infecção na gravidez - infecção fetal
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Família : Togavírus
Gênero : Rubivírus
Vírus RNA
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Ser humano: único hospedeiroTransmissão: contato direto ou
secreções de nasofaringeIdade: pré-escolares, escolares,
adolescentes e adultos jovens.
(Rara no primeiro ano de vida)Pico de incidência: final do inverno
e início da primavera
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Período de incubação: 14 a 21 dias
Transmissibilidade máxima: poucos dias antes até 5 a 7 dias do exantema
Isolamento: contato Adquirida: até 7 dias do exantemaCongênita: até 1 ano de idade
Aroldo P. de Carvalho
Rubéola na gravidez comprovada: 90% até 12 semanas 25 a 30% segundo trimestre 60 a 100% final da gravidez
Aroldo P. de Carvalho
Incidência de Rubéola por Faixa Etária Brasil, 1999 - 2000
0
5
10
15
20
25
< 1ano
1 - 4 5 - 9 10 - 14 15 - 19 20 - 29 > 30Inci
dên
cia
po
r 10
0.00
0 h
ab
1999 2000 2001
Fonte: SINAN/CGVEP/CENEPI
Aroldo P. de Carvalho
Percentual de Casos em Mulheres em Idade Fértil (MIF= 10 - 49 Anos), Brasil, 1999-2001
0
10
20
30
40
50
60
70
80
90
100
1999 2000 2001
%
MIF Não-MIF
Fonte: SINAN/CGVEP/CENEPI
Aroldo P. de Carvalho
Gestantes com Rubéola, Casos Suspeitos e Confirmados de SRC - Brasil, 1997-2001
0
100
200
300
400
500
600
1997 1998 1999 2000 2001
Nú
mero
Gestantes SRC Susp SRC Conf
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MANIFESTAÇÕES CLÍNICAS:
Período Exantemático:Exantema não característicoMáculo-papular róseo, início na faceProgressão crâniopodálicaGeneralização em 24 a 48 hNão muda de cor, não descamaFebre moderada; linfadenopatiaEnantema25 a 50% subclínica
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TAXA DE EXCREÇÃO VIRAL NA INFECÇÃO CONGÊNITA POR RUBÉOLA
0-10-10-10-1 1-41-41-41-4 5-85-85-85-8 9-129-129-129-12 13-2013-2013-2013-20 3-153-153-153-15
71/85=84%71/85=84%71/85=84%71/85=84%
50/81=62%50/81=62%50/81=62%50/81=62%
26/80=33%26/80=33%26/80=33%26/80=33%
11/98=11%11/98=11%11/98=11%11/98=11%
4/115=3%4/115=3%4/115=3%4/115=3%0/20=0%0/20=0%0/20=0%0/20=0%
100100
9090
8080
7070
6060
5050
4040
3030
2020
1010
00
100100
9090
8080
7070
6060
5050
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2020
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MesesMesesIdade criançasIdade crianças
MesesMesesIdade criançasIdade crianças
AnosAnosAnosAnos
% c
ult
ura
s p
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s%
cu
ltu
ras
po
siti
vas
% c
ult
ura
s p
osi
tiva
s%
cu
ltu
ras
po
siti
vas
Looper, L. e Krugman, S., 1967Looper, L. e Krugman, S., 1967Looper, L. e Krugman, S., 1967Looper, L. e Krugman, S., 1967
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Cultura: material de nasofaringe, swabs de garganta, sangue, urina, líquor;
Testes sorológicos: Soro na fase aguda e convalescenteElevação de 4 títulos ou soro-conversãoIgM específica: infecção recente pós-natal ou
infecção congênita (diminui após 6 meses)IgG específica: confirma infecção congênita com
concentrações estáveis ou ascendentes durante vários meses
DIAGNÓSTICO DA RUBÉOLA
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INFECÇÃO PRIMÁRIA MATERNAINFECÇÃO PRIMÁRIA MATERNA
IgM + na mãe: 7 a 14 dias após “rash” IgM + na mãe: 7 a 14 dias após “rash”
IgG : aumento de 4 vezes ou maisIgG : aumento de 4 vezes ou mais
INFECÇÃO FETALINFECÇÃO FETAL
PCRPCR : Líquido amniótico - sensibilidade 100 % : Líquido amniótico - sensibilidade 100 %
Vilo coriônico - sensibilidade 83 %Vilo coriônico - sensibilidade 83 %
IgM + no sangue fetal por cordocentese IgM + no sangue fetal por cordocentese
DIAGNÓSTICO DE RUBÉOLA NA GESTAÇÃO
Aroldo P. de Carvalho
Risco de infecção fetal pelo vírus vacinal em mulheres vacinadas = 1,3%
Síndrome da rubéola congênita pelo vírus vacinal = 0%
Não se indica interrupção da gravidez28 dias de intervalo entre vacinação e
concepção (ACIP, E.U.A., 2001) MMWR vol. 50 No. 49, 2001, p. 1117
RUBÉOLA CONGÊNITAIMUNIZAÇÃO X GESTAÇÃO
Aroldo P. de Carvalho
Síndrome da Rubéola Congênita (SRC)
DEFINIÇÃO DE CASO
A) Defeitos Principais:
Catarata / glaucoma
Retinopatia pigmentar
Doença cardíaca (PCA, EP)
Distúrbio de audição
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A)Defeitos Principais:
Aroldo P. de Carvalho
A)Defeitos Principais:
PCA 30%
EP 25%
Aroldo P. de Carvalho
A)Defeitos Principais:
Distúrbio de audição
até 80% a 90%
Aroldo P. de Carvalho
SRC - DEFINIÇÃO DE CASOB) Defeitos Secundários:
Púrpura trombocitopênica Hepatoesplenomegalia Icterícia Microcefalia Retardo do crescimento Meningoencefalite Doença óssea radioluscente
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B) Defeitos Secundários:
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B) Defeitos Secundários:
Aroldo P. de Carvalho
B) Defeitos Secundários:
Aroldo P. de Carvalho
B) Defeitos Secundários:
Aroldo P. de Carvalho
B) Defeitos Secundários:
Aroldo P. de Carvalho
Suspeito: achados compatíveis sem definição de provável
Provável: 2 de A) ou 1 A) + 1 B), sem outra etiologia
Confirmado: Consistência clínica
+ Confirmação laboratorial
SRC - DEFINIÇÃO DE CASO
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a
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CASO CLÍNICO 3CASO CLÍNICO 3 Escolar, 8 anos de idade, inicia com faringite
aguda com presença de placa amarelada e pontos vermelhos no pálato e febre alta. Dois dias após iniciou com “vermelhão” no corpo que iniciou no tronco, puntiforme, áspero, que desaparecia à compressão. O exantema se estendeu para face e membros, observando-se palidez perioral e acentuação do rush em dobras de flexão. A língua da criança apresentou-se inicialmente com uma secreção espessa esbranquiçada e posteriormente com vários pontos vermelhos intensos. Após 7 dias do início do quadro a pele soltou-se em placas.
Aroldo P. de Carvalho
DEFINIÇÃO: Enfermidade infecto-contagiosa
causada por uma ou várias das exotoxinas eritrogênicas
ETIOLOGIA:Streptococcus Beta-hemolítico do Grupo A
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EPIDEMIOLOGIA: Rara em lactentes:
• Transferência de anticorpos da mãe ?• Hiperssensibilização às toxinas ?
Faringite prévia, pouco freqüente após infecção de pele
Período de incubação: 2 a 5 dias Transmissão: PP até 24 a 48 horas após
instituído terapêutica eficaz
Aroldo P. de Carvalho
MANIFESTAÇÕES CLÍNICAS: Período Prodrômico: 12 a 24h:
• Febre alta• Odinofagia• Adenomegalia cervical e
submandibular
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Período Exantemático: Exantema difuso:
Micropapular, áspero Vermelho intenso Desaparece à compressão Início no tórax Poupa palmas e plantas
Aroldo P. de Carvalho
MANIFESTAÇÕES CLÍNICAS: Sinal de Filatow: palidez perioral Sinal de Pástia: exantema mais
intenso nas dobras cutâneas, sobretudo nas dobras de flexão onde aparecem linhas transversais
Língua saburrosa e em framboesa Após 7 dias descamação em lâminas
Aroldo P. de Carvalho
DIAGNÓSTICO: Clínico Cultura de orofaringe Leucocitose com desvio á esquerdaTRATAMENTO: Penicilina Benzatina (dose única via IM):
• 1.200.000 U para maiores de 25 kg • 600.000 U peso inferior a 25 kg
Aroldo P. de Carvalho
TRATAMENTO: Medicação via oral:
• Penicilina V, 25.000 a 50.000 UI/Kg/dia, 6/6 h, 10 dias
• Amoxicilina, 20 a 50 mg/Kg/dia, 8/8 h, 10 dias Pacientes alérgicos à penicilina:
• Eritromicina, 30 a 40mg/Kg/dia, 6/6 h, 10 dias • Azitromicina 10 mg/Kg/dia, 1 vez/dia, 5 dias • Claritromicina, 7,5 mg/Kg/dose, 12/12 h, 10 dias
Aroldo P. de Carvalho
PREVENÇÃO: Contatos íntimos devem receber
penicilina benzatina ou eritromicina oral por 10 dias
Retorno à escola 24 horas após antibioticoterapia e desaparecimento da febre.
Aroldo P. de Carvalho
a
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CASO CLÍNICO 4CASO CLÍNICO 4 Pré-Escolar, 6 anos de idade, inicia com febre baixa e mal
estar durante 2 dias. Após este período aparecem manchas vermelhas na pele, iniciando-se na face e couro cabeludo. Sobre estas manchas aparecem pequenas bolhas contendo um líquido claro. O conteúdo das vesículas vai ficando mais espesso, evidenciando-se uma umbilicação central, até secar e formar uma crosta. As lesões evoluem para o tronco e membros, ocorrendo também na mucosa oral, conjuntiva, conduto auditivo e em genitais. Ao mesmo tempo em que se formam as crostas aparecem novas vesículas, observando-se em um mesmo momento, máculas, pápulas, vesículas e crostas. As lesões são pruriginosas, com um número aproximado de 300. A mãe da criança refere que 15 dias antes a criança brincou com um primo que tinha as mesmas bolhas no corpo.
Aroldo P. de Carvalho
DEFINIÇÃO: Enfermidade infecto-contagiosa de
alta transmissibilidade, geralmente de curso benigno em crianças imunocompetentes, caracterizada por um exantema vesicular ou bolhoso.
Catapora = designação popular: do Tupi “Tata pora” = fogo que salta
Aroldo P. de Carvalho
ETIOLOGIA: Vírus Varicella-zoster ou Herpes zoster,
membro da família Herpesvirus Infecção primáriaEPIDEMIOLOGIA: Alta contagiosidade Taxa de ataque secundário em contatos
domiciliares de 90%
Aroldo P. de Carvalho
EPIDEMIOLOGIA: Seres humanos única fonte Inverno e início da primavera Transmissão:
• Conteúdo das vesículas, trato respiratório, conjuntivas
• 2 dias antes do exantema até crostas Período de incubação: 10 a 21 dias
Aroldo P. de Carvalho
EPIDEMIOLOGIA: Brasil : ?Brasil : ? E.U.A. (1980 - 1990)*:E.U.A. (1980 - 1990)*:
• 3,7 milhões de casos / ano; 3,7 milhões de casos / ano; • 1.498 casos / 100 mil hab.;1.498 casos / 100 mil hab.;• > 90% em < 15 anos; > 90% em < 15 anos; • 33% pré-escolares33% pré-escolares• 44% escolares44% escolares
*Fonte: National Health Interview Survey (U.S.A.)
Aroldo P. de Carvalho
Epidemiologia: Santa Catarina
Doença de agravo de notificação** 4.467 casos, entre jan/1997 e
dez/2002
** Santa Catarina. Secretaria de Estado da Saúde. Agravos de Notificação. ** Santa Catarina. Secretaria de Estado da Saúde. Agravos de Notificação.
Aroldo P. de Carvalho
156 crianças hospitalizadas (jan/1997 a jun/2002) (Eyng C, 2003.)
2125 29 38 26
17
05
10152025303540
1997 1998 1999 2000 2001 2002
hospitalizados
485
905729 888
597 157*
0200400600800
10001997 1998 1999 2000 2001 2002
notificados
3761 casos notificados (jan/1997 a jun/2002)
* Entre janeiro e dezembro de 2002 foram notificados 863 casos. FONTE: SES - SC , janeiro de 1997 a junho de 2002FONTE: SES - SC , janeiro de 1997 a junho de 2002
Hospitalizações por VaricelaHospitalizações por Varicela
Aroldo P. de Carvalho
Predomínio na primavera com 60 casos (43,2%), seguido do inverno com 50 (36%)*
0
2
4
6
8
10
n.c
asos
1997 1998 1999 2000 2001
janeiro fevereiro março abril maio junho
julho agosto setembro outubro novembro dezembro
Distribuição quanto ao mês de ocorrência dos casosDistribuição quanto ao mês de ocorrência dos casos
* p<0,05* p<0,05
Hospitalizações por VaricelaHospitalizações por Varicela
(Eyng C, 2003.)
Aroldo P. de Carvalho
MANIFESTAÇÕES CLÍNICAS: PP ausente ou 1 a 2 dias com febre baixa
e mal estar Período Exantemático:
• Máculas, pápulas, vesículas e crostas• Vesículas superficiais inicialmente em
face, couro cabeludo e tronco;• (“Gota de Orvalho em Pétala de Rosa”),
umbilicação central
Aroldo P. de Carvalho
MANIFESTAÇÕES CLÍNICAS: Cerca de 250 a 500 lesões Pruriginoso Polimorfismo = Vários estágios evolutivos
em um mesmo momento Mais grave em adolescentes e adultos Infecção assintomática rara Reinfecção sintomática rara em
imunocompetentes
Aroldo P. de Carvalho
DIAGNÓSTICO: Clínico Conteúdo das vesículas:
• Cultura• Antígeno fluorescente direto (DFA)• Células de inclusão gigantes
multinucleadas PCR
Aroldo P. de Carvalho
DIAGNÓSTICO: Sorologia:
• Ensaio imunoenzimático (EIA)• Aglutinação em látex (LA): + sensível • Ac imunofluorescentes indiretos (IFA) • Ensaios de anticorpos fluorescentes de
membrana (FAMA): não disponível• Fixação de complemento (FC): pouco
sensível
Aroldo P. de Carvalho
COMPLICAÇÕES: Infecções bacterianas secundáriasInfecções bacterianas secundárias: :
piodermite, celulite, abscessos piodermite, celulite, abscessos PneumoniaPneumonia NeurológicasNeurológicas
Meningoencefalite Ataxia cerebelar aguda Síndrome de Reye Neurite
Aroldo P. de Carvalho
COMPLICAÇÕES: Hepatite Glomerulonefrite Artrite / Osteomielite Uveíte Trombocitopenia Varicela hemorrágica
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CONDIÇÕES ASSOCIADAS À GRAVIDADE: Neoplasias, transplante de órgãos Imunodeficiências, imunossupressores Doenças vasculares do colágeno RN de 5 a 10 dias, prematuros (<32sem.) Desnutrição severa Fibrose cística Adultos Gravidez
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Hospitalizações por Hospitalizações por varicela no HIJG de varicela no HIJG de jan/1997 a abr/2004:jan/1997 a abr/2004:
= 234= 234
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A frequência de complicações foi de 84%* (131 de 156 crianças): 107 (68,6%) infecções bacterianas
secundárias 18 (11,5%) relacionadas ao VVZ 42 (26,9%) outras complicações
Peterson et al (1996) Peterson et al (1996) 74% complicações 74% complicações
Hospitalizações por Hospitalizações por VaricelaVaricela
(Eyng C, 2003.)
Aroldo P. de Carvalho
Infecções bacterianas secundárias (n=107)
13 (12,1%)
11 (10,3%)
11 (10,3%)
9 (8,4%)
6 (5,6%)
6 (5,6%)
40 (37,4%)
0 5 10 15 20 25 30 35 40 45
celulite*
conjuntivite
impetigo
OMA
sepse
abscesso
outras
* p<0,05* p<0,05
(Eyng C, 2003.)
Hospitalizações por Hospitalizações por VaricelaVaricela
Aroldo P. de Carvalho
Complicações virais (n=18)
10 (55,5%)
4 (22,2%)
2 (11,1%)
2 (11,1%)
1 (5,5%)
0 3 6 9 12
plaquetopenia
cerebelite
encefalite
men.assépt
meningoencef.
n.casos
(Eyng C, 2003.)
Hospitalizações por Hospitalizações por VaricelaVaricela
Aroldo P. de Carvalho
Outras complicações (n=42)
36 (85,7%)
4 (9,5%)
3 (7,1%)
2 (4,8%)
5 (11,9%)
0 5 10 15 20 25 30 35 40
pneumonia*
nefrite
neonatal
hepatite
outras
n.casos* p<0,05* p<0,05
(Eyng C, 2003.)
Hospitalizações por Hospitalizações por VaricelaVaricela
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Duração da internação 1 a 86 dias
9 dias (média)9 dias (média)
O tratamento medicamentoso foi instituído em 140 crianças (89,7%)*
Medicamentos Casos n. %
Duração média dias
Antibióticos 119 85,0 6,8Antihistamínicos 64 45,7 4,4Antivirais 40 28,6 6,2
* Peterson et al (1996) * Peterson et al (1996) 86% tratamento medicamentoso / 67% antibióticos / 45% antivirais. 86% tratamento medicamentoso / 67% antibióticos / 45% antivirais.
(Eyng C, 2003.)
Hospitalizações por Hospitalizações por VaricelaVaricela
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Evolução clínica das crianças
Total = 156 casos3,2% 1,9%
1,3%93,9%
seqüelas óbito cura outras
Meyer et al (2000) -2262 mortes por varicela, nos EUA (1970-1994) Meyer et al (2000) -2262 mortes por varicela, nos EUA (1970-1994) - taxa de mortalidade: crianças / indivíduos previamente saudáveis- taxa de mortalidade: crianças / indivíduos previamente saudáveis
- causas: PMN (27,6%), SNC (21,1%), inf. bact (8,6%), hemorrág. (4,8%)- causas: PMN (27,6%), SNC (21,1%), inf. bact (8,6%), hemorrág. (4,8%)
(Eyng C, 2003.)
Hospitalizações por Hospitalizações por VaricelaVaricela
Aroldo P. de Carvalho
TRATAMENTO: Sintomáticos, evitar salicilatos Tratamento na dependência de:
• Fatores específicos do hospedeiro• Extensão da infecção• Resposta inicial à terapia
Antivirais:• Aciclovir, Velaciclovir, Famciclovir, Foscarnet
Aroldo P. de Carvalho
PREVENÇÃO: Isolamento: precauções padrão, respiratórias
e de contato, no mínimo 5 dias do início do rash, até que não hajam mais vesículas
Pessoas susceptíveis expostas:• VZIG 125 U/10Kg (máx. 625 U) até 4 dias
após a exposição, para grupos especiais• Vacina 1 dose preferencialmente até 72
horas após a exposição, podendo ser aplicada até 120 horas
Aroldo P. de Carvalho
PREVENÇÃO:Vacina contra Varicella-zoster:
• Vírus vivo atenuado• Cepa Oka 12 meses: 1 dose • Dose: 0,5 ml, subcutânea 13 anos: 2 doses,
intervalo de 4 sem.
Aroldo P. de Carvalho
a
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CASO CLÍNICO 5CASO CLÍNICO 5 Escolar, 10 anos de idade, inicia com dor de
garganta e febre baixa.Três dias após inicia com rush cutâneo em região das bochechas, bastante eritematoso, poupando a região perioral. Dois dias após o exantema dissemina-se para o tronco e membros, evoluindo com um clareamento central das lesões, conferindo um aspecto rendilhado. O rush desaparece em 5 dias e 2 semanas após reaparece um exantema máculo-papular discreto em tronco e membros que a mãe da criança relaciona com a ingestão de salgadinho amarelo.
Aroldo P. de Carvalho
DEFINIÇÃO:
Enfermidade infecto-contagiosa, de baixa contagiosidade, também conhecida como quinta moléstia
ETIOLOGIA:
Parvovirus humano B19
Aroldo P. de Carvalho
EPIDEMIOLOGIA: Distribuição universal, todo o ano,
surtos na primavera Idade: + freqüente de 5 a 14 anos Período de Incubação: 4 a 14 dias Transmissão: secreções respiratórias,
transfusões de sangue, vertical Transmissibilidade: antes do exantema
Aroldo P. de Carvalho
MANIFESTAÇÕES CLÍNICAS: Ausência de pródromos ou discretos (20% a 30%) Dor de garganta e febre baixa Exantema em 3 estágios:
1o ) Rush facial nas bochechas, palidez perioral: “Sinal da Bofetada”2o ) 1 a 4 dias após, rush em tronco e membros, após clareamento central (rendilhado)3o ) 1 a 3 sem. após, exantema variável, fatores relacionados
Aroldo P. de Carvalho
DIAGNÓSTICO: Clínico Sorologia: ELISA, IFI,
Radioimunoensaio
TRATAMENTO: Sintomáticos
PREVENÇÃO: Não há
Aroldo P. de Carvalho
a
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CASO CLÍNICO 6CASO CLÍNICO 6 Lactente de 8 meses de idade apresenta
febre alta de até 40oC durante 3 dias, com ocorrência de um episódio de convulsão. A família procura atendimento médico, tendo sido efetuado punção lombar com obtenção de líqüor normal. A febre desaparece abruptamente quando observa-se o surgimento de um exantema róseo em face, pescoço e tronco. Durante todo o quadro a criança se mantém em bom estado geral.
Aroldo P. de Carvalho
DEFINIÇÃO: Enfermidade infecto-contagiosa conhecida
como sexta moléstia ocorrendo em cerca de 20% das crianças com infecção pelo Herpesvirus humano 6 (HHV-6)
ETIOLOGIA: Herpesvirus humano 6 (HHV-6)
Herpesvirus humano 7 (HHV-7)
Aroldo P. de Carvalho
EPIDEMIOLOGIA: Homem hospedeiro natural Transmissão: secreções respiratórias
de pessoas assintomáticas Idade: entre 6 e 24 meses Ocorrência todo o ano Período de incubação: 9 a 10 dias Baixa contagiosidade
Aroldo P. de Carvalho
MANIFESTAÇÕES CLÍNICAS: Período prodrômico: (3 a 7 dias) febre muito
alta (> 39,5º C), convulsões Pode ocorrer:
• Infecção inaparente• Febre, linfadenopatia, sintomas
gastrointestinais ou respiratórios• Febre sem erupção• Erupções cutâneas sem febre
Aroldo P. de Carvalho
MANIFESTAÇÕES CLÍNICAS: Quadros típicos de exantema súbito (20%):
• Febre desaparece em lise• Exantema eritematoso, máculo-papular, com
lesões discretas• Face, pescoço e tronco
DIAGNÓSTICO: Cultura de sangue ou líquor, PCR Sorologia
Aroldo P. de Carvalho
TRATAMENTO: Suportivo Imunodeficientes com doença grave:
ganciclovir
PREVENÇÃO: Não há Isolamento com precauções padrão