doenças crônicas · 2020. 12. 14. · diagnóstico de doenças crônicas não transmissíveis...

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13 Exercício de Vibração de Corpo Inteiro (EVCI) no manejo de doenças crônicas Anelise Sonza UDESC Ana Inês Gonzáles UDESC Amanda da Silva UDESC Aline Reis Silva UERJ Marcia Cristina Moura-Fernandes UERJ Danubia da Cunha de Sá-Caputo UERJ Mario Bernardo-Filho UERJ . 10.37885/201001716

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“13

Exercício de Vibração de Corpo Inteiro (EVCI) no manejo de doenças crônicas

Anelise SonzaUDESC

Ana Inês GonzálesUDESC

Amanda da SilvaUDESC

Aline Reis SilvaUERJ

Marcia Cristina Moura-FernandesUERJ

Danubia da Cunha de Sá-CaputoUERJ

Mario Bernardo-FilhoUERJ

.

10.37885/201001716

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Palavras-Chave: Atenção Primária, Vibração Mecânica, Osteoartrite, Doença Pulmonar Obstrutiva Crônica, Síndrome Metabólica.

RESUMO

Objetivo: Realizar revisão narrativa da literatura para apresentar os principais achados do uso do exercício de vibração de corpo inteiro (EVCI) em doenças crônicas não trans-missíveis e trazer como perspectiva para atuação na saúde coletiva. Métodos: Uma revisão narrativa da literatura foi realizada em busca de ensaios clínicos randomizados utilizando-se palavras-chave relacionados ao uso do EVCI em doenças crônicas não transmissíveis (DCNT) (osteoartrite - OAJ, doença pulmonar obstrutiva crônica - DPOC, síndrome metabólica-SMet) na base de dados PUBMED, de janeiro de 2010 a agosto de 2020. Resultados: Ao todo foram encontrados 34 estudos envolvendo EVCI nas citadas DCNT, e destes, 15 foram incluídos; 3 de OAJ, 7 de DPOC e 5 SMet. Foram avaliados desfechos como qualidade de vida, força muscular, flexibilidade, funcionalidade, capaci-dade funcional e qualidade do sono, com diferentes parâmetros biomecânicos utilizados no EVCI. Os estudos foram desenvolvidos no Iran(1), China(2), Brasil (7), Alemanha(4) e Espanha(1). Conclusão: O EVCI comparado a outras modalidades de exercício físico apresentou inúmeros desfechos com ganhos significativos aos pacientes. Este estudo apresenta os principais parâmetros biomecânicos recomendados e utilizados nos estu-dos investigados na OAJ, DPOC e SMet para os desfechos que se desejam alcançar. Assim, o EVCI é uma ferramenta viável para utilização na saúde coletiva em diferentes doenças crônicas não transmissíveis.

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Fisioterapia Na Saúde Coletiva: Perspectivas Para A Prática Profissional 157

INTRODUÇÃO

A inatividade física tem aumentado na população mundial devido a fatores como hábitos de vida não saudáveis e aumento da incidência de violência. Este comportamento seden-tário tem favorecido o desenvolvimento de doenças crônicas não transmissíveis (DCNT) ao longo dos anos (CARLUCCHI et al., 2013). Existem várias modalidades de exercício físico (EF) que dependem da participação direta da pessoa para sua execução e, diante da difi-culdade apresentada pelos indivíduos com DCNT para a realização de EF, estudos devem ser realizados para investigar diferentes opções de EF, identificando parâmetros ideais de execução para cada população e seus reais benefícios.

Dentro do Sistema Único de Saúde (SUS) o profissional que trabalha no acompanha-mento e reabilitação do paciente com DCNT é o fisioterapeuta, e a fisioterapia coletiva é referida como novo modelo de atuação profissional (BISPO JÚNIOR, 2010). O fisioterapeu-ta passa a desenvolver novas relações entre profissionais e usuários, estabelecer víncu-los, com acompanhamento sequencial, potencializando ações promocionais e preventivas (NASCIMENTO et al., 2006). O manejo das DCNT como a obesidade, a doença pulmonar obstrutiva crônica e a osteoartrite de joelhos, envolve abordagens relacionadas à mudan-ça no estilo de vida, a adequação de hábitos alimentares mais saudáveis, o combate ao estresse, o controle de condições clínicas como a obesidade, a hipertensão e o diabetes e a realização do EF (DUNCAN et al., 2012). Considerando este enfoque profissional, é interessante o estudo do uso de instrumentos que potencializem e tragam perspectivas não apenas a reabilitação, mas na promoção da saúde. Neste contexto, o exercício de vibração de corpo inteiro (EVCI) tem sido amplamente estudado com relação a seus efeitos e fácil aplicabilidade (SONZA et al., 2013).

A vibração gerada pelas plataformas vibratórias (PV) induz efeitos fisiológicos sob forte influência de parâmetros como frequência de vibração, amplitude, tempo de exposição (SONZA et al., 2015; WUESTEFELD et al., 2020). Na complexa interação entre os estímu-los vibratórios e seus efeitos fisiológicos, as vibrações mecânicas (VM) geradas na PV são transmitidas ao corpo do indivíduo e promovem diferentes efeitos no organismo, tendo sido recomendados para diferentes populações como: indivíduos obesos (SÁ-CAPUTO et al., 2014), idosos (TOOSIZADEH; MOHLER; MARLINSKI, 2018), mulheres pós-menopausa (FIGUEROA et al., 2014), indivíduos com osteoporose (SLATKOVSKA et al., 2010), pessoas com fibromialgia (BIDONDE et al., 2017), com osteoatrite de quadril e de joelhos (WANG, et al., 2016, MOURA-FERNANDES, et al, 2020), com síndrome metabólica (SMet) (SÁ-CAPUTO et al., 2018) e aqueles com doença pulmonar obstrutiva crônica (DPOC) (BRAZ et al., 2015; GLOECKL et al., 2012; NEVES et al., 2018; SPIELMANNS et al., 2017a e 2017b). Efeitos como: redução da dor, melhora da fadiga, da força muscular, da massa óssea, da

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Fisioterapia Na Saúde Coletiva: Perspectivas Para A Prática Profissional158

dispneia, da funcionalidade, da qualidade de vida, tem sido descritos nos estudos acima citados e outros estudos.

Considerando aspectos relacionados à saúde pública, o EVCI pode ser considerado uma estratégia interessante de intervenção devido ao baixo custo, boa aderência e fácil ope-racionalização. A relevância de sua utilização se dá principalmente com relação às comorbi-dades que acometem a população em geral, como as doenças crônicas não transmissíveis, destacando-se a doença pulmonar obstrutiva crônica, a obesidade e a osteoartrite. Assim, o papel do fisioterapeuta dentro da saúde coletiva, pode ser ampliado com a adição dessa ferramenta, embasado em estudos de qualidade para proporcionar qualidade de vida ao usuário do Sistema Único de Saúde. Assim, o conhecimento e orientação quanto à pratica, torna-se importante de ser resgatado.

OBJETIVO

Realizar revisão narrativa da literatura para apresentar os principais achados do uso do exercício de vibração de corpo inteiro (EVCI) em doenças crônicas não transmissíveis (musculoesqueléticas, pulmonares e metabólicas) em diferentes áreas de atuação do fisio-terapeuta e trazer como perspectiva para atuação na saúde coletiva.

MÉTODOS

Este estudo é uma revisão narrativa da literatura, para atualizar e orientar o conheci-mento sobre uma temática especifica em curto espaço de tempo. As perguntas de pesquisa foram: Quais os efeitos do EVCI? Quais protocolos foram utilizados? Existe recomendação de uso do EVCI em diferentes doenças crônicas não transmissíveis?

A busca de artigos incluiu pesquisa em uma base eletrônica e busca manual de cita-ções nas publicações inicialmente identificadas. A base eletrônica pesquisada foi MEDLINE (Medical Literature Analysis and Retrieval System Online). Para esta base foram utilizadas pa-lavras-chave e descritores em inglês do dicionário Mesh (Medical Subject Headings). O perío-do de abrangência foi entre janeiro de 2010 e agosto de 2020. As doenças crônicas não trans-missíveis selecionadas são doenças comumente atendidas em unidades básicas de saúde.

No quadro 1, é possível visualizar os descritores utilizados nas buscas de acordo com a doença de desfecho.

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Fisioterapia Na Saúde Coletiva: Perspectivas Para A Prática Profissional 159

Quadro 1. Temas utilizados na revisão narrativa com respectivos descritores utilizados na base de dados selecionada.

Tema de Busca Descritores de Busca

EVCI na Osteoartrite [(Whole Body Vibration) AND (Osteoarthritis)]

EVCI na Doença Pulmonar Obstrutiva Crônica [(Whole Body Vibration) AND (Chronic Obstructive Pulmonary Disease OR COPD)]

EVCI na Síndrome Metabólica [(Whole Body Vibration) AND (Metabolic Syndrome)]

Os títulos e os resumos de todos os artigos identificados na busca eletrônica foram revisados e selecionados para leitura na íntegra. Com base nesta ação, os artigos foram selecionados e organizados por tópicos de interesse.

Foram incluídos apenas estudos do tipo ensaios clínicos randomizados e quasi rando-mizados, realizados em adultos (idade igual ou maior a 18 anos), de ambos os sexos, com diagnóstico de doenças crônicas não transmissíveis (musculoesqueléticas, pulmonares e metabólicas) que tenham sido submetidos a intervenção com EVCI de forma isolada ou as-sociada a diferentes outras modalidades de exercícios (endurance, resistido, dentre outros).

Foram excluídos os arquivos do tipo resumo, carta ao editor, diretrizes, revisões sistemá-ticas, meta-análises e aqueles que não apresentavam texto completo. Adicionalmente, foram excluídos os estudos de intervenções que tenham sido associados a qualquer tipo de suple-mentação ou medicação experimental, que possam interferir na interpretação dos resultados.

RESULTADOS

Para as DCNT estudadas, os dados extraídos como objetivos, características dos participantes, tipo de plataforma utilizada, protocolos de intervenção e principais conclusões encontram-se descritos na Tabela 1.

Tabela 1. Principais estudos (ensaio clínicos randomizados), envolvendo doenças crônicas não transmissíveis (OAJ, DPOC e SMet) e diferentes protocolos de EVCI.

Autor, ano, país Objetivo Características dos participantes Tipo de plataforma Protocolo de intervenção

Parâmetros biomecânicos Conclusão

EVCI na Osteoartrite de Joelhos

Bokaeian, et al 2016.

Iran

Investigar os efeitos da adição do EVCI a exercí-cios de força muscular de joelho em pacientes

com OAJ

N total = 28

- GI = 15 indivíduos 51,8 ± 8,3 anos

Sexo: 5H/10F IMC: 75,3 ± 8,7 kg/m2

- GC= 13 indivíduos 54,0 ± 3,9 anos

Sexo: 13F IMC: 72,1 ± 8,5 kg/m2

Plataforma Vibratória Vertical (Fitvibe Italy)

-GI: EVCI + EFMJ8 semanas, 3x/semanaFrequência: 25 –30Hz

Amplitude: 2mm Tempo de Trabalho: 30 a 70 s. Tempo de Descanso: 30-70s.

-GC – sem intervenção

A adição do EVCI aos EFMJ, ↑ significativa-mente os índices de

desempenho do músculo quadríceps e atividades

funcionais

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Fisioterapia Na Saúde Coletiva: Perspectivas Para A Prática Profissional160

Autor, ano, país Objetivo Características dos participantes Tipo de plataforma Protocolo de intervenção

Parâmetros biomecânicos Conclusão

EVCI na Osteoartrite de Joelhos

Wang et al, 2016

China

Comparar os efeitos dos EVCI associados aos EFQ ou EFQ realizados

isoladamente na função e parâmetros da marcha em pacientes com OAJ

N total =39

- GI1 = 19 indivíduos 61,1 ± 7,1 anos Sexo: 9 H/10F

IMC: 27,8 ± 3,1 kg/m2

- GI2 = 20indivíduos 61,5 ± 7,3 anos Sexo: 7H/13F

IMC: 26,2 ± 2,7 kg/m2

Plataforma Vibratória Vertical

(modelo My7TM, Personal Plate, Power Plate, Northbrook, IL,

EUA)

-GI1: EVCI + EFQ12 semanas, 5x/semanas,

30minFrequência: 35 Hz. Amplitude:

4 a 6 mm. Tempo de Trabalho: 60 s. Tempo de Descanso:60

-GI2: EFQ

EVCI em combinação aos EFQ promoveram melhora

nos sintomas, função física e parâmetros espaço

temporais

Wang et al, 2016

China

Determinar os efeitos dos EVCI associado aos ERQ versus ERQ

isolado na dor, função física, biomarcadores

sorológicos e de urina, AVDs e QV em pacientes

com OAJ

N total = 99

- GI1: 49 indivíduos 61,2 ± 9,6 anos Sexo: 13H/36F

IMC: 26,1 ± 1,2 kg/m2 - GI2: 50 indivíduos

61,5 ± 9,1 anos Sexo: 15H/35F

IMC: 26,7 ± 1,5kg/m2

Plataforma Vibratória Vertical

(modelo My7TM, Personal Plate, Power Plate, Northbrook, IL,

EUA)

-GI1: EVCI + ERQ24 semanas, 5x/semana,

30minFrequência: 35Hz

Tempo de Trabalho: 60 s. Tempo de Descanso: 60 s.

-GI2: ERQ

EVCI associado a ERQ melhorou sintomas, fun-ção física, AVDs e QV em

pacientes com OAJ

EVCI na Doença Pulmonar Obstrutiva Crônica

Braz et al., 2015

Brasil

Investigar o efeito de 12 semanas de treinamen-to com EVCI na CF e QV de indivíduos com DPOC

N total = 1162,9 ± 8,8 anos

Sexo: 8H/3FIMC = 25,1 ± 5,3 kg/m2

Plataforma Vibratória (MY3; Power Plate,

Londres, Reino Unido)

Estudo do tipo Crossover

Momento 1: Ausência de AF por 12 semanas (washout)

Momento 212 semanas, 3x/semana

-1ª a 4ª semana- 10 min, com 30s, amplitude: 2mm, 60s de

intervalo;- 5ª a 8ª semana - 15 min, com 30s, amplitude: 2mm,

60s de intervalo;- 9ª a 12ª semana- 20 min, 60s, amplitude: 4mm, 30s

repouso;

Frequência: 35Hz

Autores sugerem que EVCI é tratamento seguro

e viável para promover melhora na CF no TC6 e

na QV em pacientes com DPOC

Gloeckl et al., 2012,

Alemanha

Investigar os efeitos da vibração de corpo

inteiro durante a reabili-tação multidisciplinar de

pacientes com DPOC

N total = 72DPOC grave/muito grave

(III e IV)

-GI: 36 indivíduos 64 ± 11 anos

Sexo: 18H/18F IMC: 24 ± 5 kg/m2

- GC: 36 indivíduos 65 ± 7 anos

Sexo: 19H/17F

Plataforma Vibratória Lateral Alternada

(Galileo®, Novotec Medical, Pforzheim,

Alemanha)

-GI: Ciclismo (15min) + TF + EVCI (agachamento)

3 semanas, 3x/semanaFrequência: 24 – 26Hz

Amplitude: 6mm

-GC: ciclismo (15 minutos) + TF + agachamento no solo

3 semanas, 3x/semana

O treinamento com EVCI parece ser modalidade

promissora para pacientes com DPOC, e pode poten-cializar os efeitos de um

programa de reabilitação multidisciplinar

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Fisioterapia Na Saúde Coletiva: Perspectivas Para A Prática Profissional 161

Autor, ano, país Objetivo Características dos participantes Tipo de plataforma Protocolo de intervenção

Parâmetros biomecânicos Conclusão

EVCI na Osteoartrite de Joelhos

Gloeckl et al., 2017 (a)

Alemanha

Avaliar a demanda cardiopulmonar aguda

em pacientes com DPOC grave realizando exercícios de agacha-

mento dinâmico com e sem uso de plataforma

vibratória

N total = 1062 ± 8 anosSexo: 7H/3F

IMC = 26,3 ± 4,4 kg/m2

Plataforma Vibratória Lateral Alternada

(Galileo®, Novotec Medical, Pforzheim,

Alemanha)

-GI: Ciclismo (15min) + TF + EVCI (agachamento)

3 semanas, 3x/semanaFrequência: 24 – 26Hz

Amplitude: 6mm

-GC: ciclismo (15 minutos) + TF + agachamento no solo

3 semanas, 3x/semana

Intervenções em um único diaCiclismo (10 min)

+Momento 1: 1 min de aga-chamento na plataforma

Momento2: 2 min de agacha-mento na plataforma

Momento 3: 3 min de agacha-mento na plataforma

Momento 4: 1 min de agacha-mento no solo

Momento 5: 2 min de agacha-mento no solo

Momento 6: 3 min de agacha-mento no solo

+3 min em pé na plataformaAgachamentos:4s de trabalho

e 2 s de repouso Frequência: 26 Hz Amplitude: 5 mm

A combinação de exercí-cios de agachamento com EVCI induziu resposta car-diopulmonar semelhantes em pacientes com DPOC

grave em comparação aos exercícios de agachamen-

to isolados.

Gloeckl et al., 2017 (b)

Alemanha

Avaliar a Influência de um protocolo de treina-mento de agachamento com e sem plataforma vibratória no equilíbrio postural e desempenho de exercício em pacien-

tes com DPOC grave

N total= 74DPOC grave/muito grave

(III e IV)-GI: 37 indivíduos

65 ± 8 anos Sexo: 27H/10F

IMC: 25,2 ± 5,2 kg/m2 - GC: 37 indivíduos

63 ± 9 anos Sexo: 23H/14F

IMC: 25,6 ± 6,3 kg/m2

Plataforma Vibratória Lateral Alternada

(Galileo®, Novotec Medical, Pforzheim,

Alemanha)

-GI: Ciclismo (15min) + TR + EVCI (agachamento)

3 semanas, 3x/semanaFrequência: 24 – 26Hz

Amplitude: 5mm4 séries de agachamento de

2min-GC: ciclismo (15 minutos) + TR + agachamento no solo

3 semanas, 3x/semana

A implementação do EVCI melhora o desempenho do equilíbrio postural e

força muscular

Neves et al., 2018

Brasil

Investigar os efeitos da vibração de corpo inteiro nos níveis de

biomarcadores oxidati-vos e inflamatórios e na capacidade de exercício em pacientes com DPOC

N total= 20-GI: 10 indivíduos

Idade: 63,8 ± 8,1 anos Sexo: 4H/6F

IMC: 23,3 ± 3,6 kg/m2- GC: 10 indivíduos

Idade: 63,5 ± 7,8 anos Sexo: 4H/6F

IMC: 23,1 ± 4,5 kg/m2

Plataforma Vibratória sincônica (FitVibe Ex-

cel Pro, GymnaUniphy, Bélgica)

- GI: EVCI associado a agacha-mento estático

12 semanas, 3x/semana6 séries de 30s

Frequência inicial: 30Hz, sen-do elevada progressivamente

até 40HzAmplitude de 2mm

Tempo de Descanso: 60s-GC: sem intervenção

EVCI induziu benefícios clínicos semelhantes em relação a capacidade de exercício, FM e QV em

pacientes com DPOC, sem alteração de biomar-cadores inflamatórios

oxidativos

Neves et al., 2018

Brasil

Pleguezuelo et al., 2013

Espanha

Determinar se EVCI isolado melhora FM e/

ou modifica parâmetros de CF na DPOC grave

N total = 51DPOC grave

-GI: 26 indivíduos Idade: 68.4 ± 8,9 anos

Sexo: 26H IMC: 26,3 ± 5,3 kg/m2

-GC: 25 indivíduos Idade: 71,3 ± 8.0 anos

Sexo: 25H IMC: 26.0 ± 3.9 kg/m2

Plataforma Vibratória sincônica (FitVibe Ex-

cel Pro, GymnaUniphy, Bélgica)

-GI: Aquecimento de MsSs e MsIs + EVCI + Alongamen-

to 6 semanas, 3x/semana Frequência: 35Hz Amplitude: 2mm Tempo de Trabalho: 30s

Tempo de Descanso: 60s

- GC: recomendações sobre AF e Estilo de Vida + orientação

de 30min de caminhada diária

EVCI proporcionou ↑ significativo na CF em pa-cientes com DPOC grave,

sem alterações na FM

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Fisioterapia Na Saúde Coletiva: Perspectivas Para A Prática Profissional162

Autor, ano, país Objetivo Características dos participantes Tipo de plataforma Protocolo de intervenção

Parâmetros biomecânicos Conclusão

EVCI na Osteoartrite de Joelhos

Spielmanns et al., 2017 (a)

Alemanha

Comparar os efeitos do EVCI de baixa ampli-

tude por 3 meses com TC convencional em

indivíduos com DPOC leve a grave

N total= 27DPOC leve a grave- GI: 14 indivíduos

Idade (média): 69 anos Sexo: 7H/7M

IMC (média): 27.2 kg/m2GC: 13 indivíduos

Idade (media): 70 anos Sexo: 7H/6M

IMC (média): 30.6 kg/m2

Plataforma Vibratória Lateral Alternada

(Galileo®, Novotec Medical, Pforzheim,

Alemanha)

-GI: ciclismo ou caminhada de baixa intensidade por 10min +

alongamento+ EVCI12 semanas, 2x/semana

Frequência: 6 a 10HzAmplitude: 4 a 6mm

Tempo de Trabalho: 2minTempo de Descanso: 2min

- GC: 3min relaxamento + Tresp. + TC.

12semanas, 2x/semana

Um programa de EVCI de baixo volume resultou em

melhora significativa e clinicamente relevante na capacidade de exercício

em com comparação com TC em pacientes com

DPOC leve a grave

EVCI na Síndrome Metabólica

Paineiras et al., 2018

Brasil

Avaliar a funcionalidade por meio do teste SPPB

em indivíduos com SMet após EVCI

N total = 39

-GI1: 22 indivíduos 61,18 ± 8,39 anos IMC: 83,65 ±

16,27 kg/m2 - GI2: 17 indivíduos 58,20 ± 9,11 anos

IMC: 87,43 ±18,02 kg/m2

Plataforma Vibratória Alternada

(Novaplate; Fitness Evolution, São Paulo,

Brazil)

-GI:EVCI realizado com 3 posições diferentes de pés

Amplitude: Variável 2,5/5,0 e 7,5 mm

Frequência: Progressiva 5 a 14 Hz

Tempo de Trabalho: 1minTempo de Descanso: 1min

10 sessões

-GC: realizado com 3 posições diferentes de pés, mesmo protocolo, com plataforma

desligada

Houve melhora nos parâmetros funcionais de equilíbrio, marcha e força de membros inferiores no

grupo GI1 que realizou EVCI

Lima et al., 2017

Brasil

Avaliar o efeito do EVCI na QV de indivíduos

com SMet

N total =21

- GI e GC Idade: 66,65 ± 2,90 anos

Sexo: 7 H/14 M IMC: 28,28±1,76

Plataforma Vibratória Alternada

(Novaplate; Fitness Evolution, São Paulo,

Brazil)

-GI: EVCI realizado com 3 posições diferentes de pés

Amplitude: Variável 2,5/5,0 e 7,5 mm

Frequência: Progressiva 5 a 14 Hz

Tempo de Trabalho: 1minTempo de Descanso: 1min

-GC: realizado com 3 posições diferentes de pés, mesmo protocolo, com plataforma

desligada

EVCI 2x/semana com frequência progressiva

pode melhorar a QV em indivíduos com SMet

Paiva et al.,2019

Brasil

Avaliar os efeitos agudos a acumulativos utilizando-se de dois

protocolos de EVCI, de frequência fixa e vari-ável na flexibilidade e

percepção de esforço de indivíduos com SMet

N total = 31

-GI1: 09 58±13anos IMC: 82 ± 10,09 kg/m2

- GI2: 10 57±12anos IMC: 88,8 ± 11,9 kg/m2

Plataforma Vibratória Alternada

(Novaplate; Fitness Evolution, São Paulo,

Brazil)

GI1: EVCI FF 6 semanas, 2x/semana 18-30min Fre-

quência: 5Hz Amplitude: 2,5/5,5/7,5mm Tempo de Trabalho: 1min Tempo de

Descanso: 1min

-GI2: EVCI FV 6 semanas, 2x/semana 18-30min Frequência Crescente: 5Hz a 16Hz Ampli-tude: 2,5/5,5/7,5mm Tempo de Trabalho: 1min Tempo de

Descanso: 1min

Os resultados sugerem que os 2 protocolos (EVCI FF 5 Hz), relacionados ao efeito cumulativo, e (EVCI FV de 5 a 16 Hz), relacio-

nados ao efeito agudo e cumulativo, podem

melhorar a flexibilidade do tronco

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Fisioterapia Na Saúde Coletiva: Perspectivas Para A Prática Profissional 163

Autor, ano, país Objetivo Características dos participantes Tipo de plataforma Protocolo de intervenção

Parâmetros biomecânicos Conclusão

EVCI na Osteoartrite de Joelhos

Figueiredo et al., 2019

Brasil

Estudar os efeitos de dois diferentes

protocolos de EVCI na Qualidade do Sono de pacientes com SMet

N total = 31

-GI1: 09 indivíduos IMC: 29,50 kg/m2

- GI2: 10 indivíduos IMC: 35,40 kg/m2

Idade total amostra: 58,9 ±

12,55anos

Plataforma Vibratória Alternada

(Novaplate; Fitness Evolution, São Paulo,

Brazil)

-GI1: EVCI FF3x de 18min

Pés posicionados em 3 dife-rentes posições Frequência: 5Hz Amplitude: 2,5/5,0/7,5 Tempo de Trabalho: 1minTempo de Descanso: 1min

- GI2: EVCI FV3x de 18min

Pés posicionados em 3 dife-rentes posições

Frequência: 5 a 14HzAmplitude: 2,5/5,0/7,5

Tempo de Trabalho: 1minTempo de Descanso: 1min

A intervenção foi capaz de interferir nos mecanismos

fisiológicos de melhoria da qualidade do sono em indivíduos com SMet. O

EVCI pode ser uma impor-tante intervenção clínica

para melhorar a qualidade do sono em ambos os

grupos (EVCI FF e EVCI FV) e melhorar a sonolência

diurna, somente no grupo de (EVCI FV) (5–16 Hz).

Paineiras et al., 2020

Brasil

Identificar os efeitos do EVCI na QV e nível de

dor em indivíduos com SMet

N total = 33

-GI: 17 indivíduos 61,10 ± 8,39 anos

IMC: 83,65 ± 16,27 kg/m2

- GC: 16 indivíduos 58,20 ± 9,11 anos

IMC: 87,43 ± 18,02 kg/m2

Plataforma Vibratória Alternada

(Novaplate; Fitness Evolution, São Paulo,

Brazil)

-GI: EVCI com pés em 3 dife-rentes posições

10 sessões3x de 18 min

Frequência: 5Hz a 14HzAmplitude: 2,5/5,0/7,5

Tempo de Trabalho: 1minTempo de Descanso: 1min

- GC: realizou o mesmo protocolo com a plataforma

desligada

EVCI em indivíduos com SMet foi capaz de promo-ver melhora na QV e nível

de dor

Legenda: EVCI – exercício de vibração de corpo inteiro; OAJ – Osteoartrite de joelho; N – amostra do estudo; GC – grupo controle; GI – grupo intervenção; EFMJ – Exercícios de Força Muscular de Joelho; IMC – Índice de Massa Corporal; kg/m2 – quilograma por metro  quadrado;  x/semana:  vezes  por  semana;  ↑  -  aumentou;  EFQ  – Exercícios  de  Fortalecimento  de Quadríceps; GI1: Grupo  de intervenção 1; GI2 – Grupo de Intervenção 2; M – Masculino; F – Feminino; ERQ – Exercícios de Resistência de Quadríceps; AVDs – Atividades de Vida Diária; QV – Qualidade de Vida; Hz – Hertz; CF – Capacidade Funcional; DPOC – Doença Pulmonar Obstrutiva Crônica; N – amostra do estudo; GC – grupo controle; mm – milímetros; AF – Atividade Física; min – minutos; s – segundos; TC6 – teste de caminhada de seis minutos; III e IV – classificação conforme Gold; TF – treinamento de força; TR – treinamento de resistência; FM – força muscular; TC – treinamento calistênico; Tresp. – Treinamento Respiratório; SPPB – Short Physical Performance Battery; SMet – Síndrome Metabólica; FF – Frequência Fixa; FV – frequência variável;

EVCI na Osteoartrite de Joelhos (OAJ)

Em relação ao uso da EVCI em pacientes com diagnóstico de OAJ, a pesquisa na base de dados inicialmente evidenciou 14 artigos, sendo que, após o processo de análise dos títulos, resumos e leitura na íntegra apenas 3 estudos foram mantidos.

Capacidade Funcional, Dor e Qualidade de Vida

Em estudo desenvolvido por BOKAEIAN, et al (2016), após período de intervenção de 8 semanas, a comparação das alterações médias entre os grupo intervenção (GI) e grupo controle (GC) demonstrou melhora significativa para o GI nas variáveis: teste de caminhada de 2 metros, pico de torque muscular, trabalho total e força muscular (P<0,05), mas não foi encontrada diferença significativa nas variáveis: dor, QV, TUG teste e no teste de ca-minhada de 50 pés.

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Já no estudo de WANG et al (2016), verificaram melhorias significativas tanto no grupo submetido ao EVCI associado ao exercício de força de quadríceps (EFQ) quanto no grupo submetido apenas ao EFQ isolado nos desfechos: domínios do questionário de QV Western Ontario and McMaster Universities (WOMAC), TUG teste, no teste de caminhada de 6 mi-nutos (TC6) e em todos os parâmetros espaço-temporais de 12 a 16 semanas, sendo que, o grupo de intervenção mostrou melhorias maiores. Não foi encontrada melhoras significa-tivas em ambos grupos na dor e nos parâmetros cinemáticos e cinéticos de marcha em 12 semanas e 16 semanas.

WANG, et al,(2016) ao investigar os efeitos do EVCI com exercícios de resistência do quadríceps (ERQ) versus ERQ sozinho, evidenciaram que em comparação com o ERQ o EVCI +ERQ mostrou melhora significativa na dor após 4 semanas de intervenção (p = 0,03) e na dor, TC6 (p = 0,01), no WOMAC - domínio dor (p = 0,01) e WOMAC – domínio função física (p = 0,02) em 16 semanas, e em todos os desfechos primários em 24 semanas (todos p <0,01).

EVCI na Doença Pulmonar Obstrutiva Crônica (DPOC)

Ao todo, após busca na base de dados foram encontrados 11 artigos relacionando o uso da EVCI em pacientes com DPOC. Após análise de títulos, resumos e leitura na íntegra, 7 artigos foram inclusos na revisão tendo seus dados extraídos e organizados por tópicos de interesse e apresentados os principais desfechos.

Nota-se que a maioria dos estudos foi conduzido na Alemanha (N= 4; 62,55), seguido por Brasil (N= 2; 25%) e Espanha (N= 1; 12,5%). A amostra total dos estudos foi composta de 265 indivíduos com DPOC com classificação de I a IV (leve a muito grave), sendo que destes 10 foram submetidos a treinamento com VCI de forma isolada, 134 associada a outras modalidades (treinamento aeróbio, de força, alongamento ou aquecimento) e 121 mantiveram-se apenas como controle.

Devido ao número grande de artigos encontrados e afim de melhorar a compreensão dos resultados, estes foram divididos por desfechos para esta população.

Testes funcionais

Os achados dos estudos (BRAZ et al, 2015; GLOECKL et al, 2012, 2017a e 2017b; NEVES et al, 2018; PLEGUEZUELOS et al, 2013; SPIELMANNS et al 2017a) demonstraram que pacientes com DPOC quando submetidos a diferentes protocolos de VCI de forma isolada ou associada a outra terapia obtém uma melhora na capacidade funcional verificada por meio do aumento da distância percorrida (DP) no teste de caminhada de 6 minutos (TC6min) ou redução no tempo de execução do teste de sentar e levantar (TSL) de 5 repetições.

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A diferença entre o grupo intervenção (GI) e grupo controle (GC) na DP no TC6min variou entre os estudos uma melhora de 23 a 105 metros, demonstrando diferença sig-nificativa no GI. Os protocolos com maiores tempos de intervenção (6 e 12 semanas) fo-ram aqueles que demonstrara melhores desfechos (BRAZ et al, 2015; NEVES et al, 2018; PLEGUEZUELOS et al, 2013; SPIELMANNS et al, 2017a). É o caso do estudo realizado por SPIELMANNS et al (2017a), onde o GI aumentou a DP em 105 m (45,5–133,5 m; P = 0,001) e o GC 15m (−3 a 21 m; P = 0,10), após 12 semanas de intervenção.

No TSL de 5 repetições a diferença entre GI e GC no tempo execução do teste de-monstrou uma redução que ficou entre -1,9 a -4 segundos (GLOECKL et al, 2012 e 2017b; SPIELMANNS et al, 2017a). O estudo que apresentou melhor resultado foi conduzido por GLOECKL et al (2017b), durante três semanas, demonstrando uma redução do tempo no GI em comparação ao GC, com diferença significativa entre grupos de 4 segundos [IC 95%, −4,0 (−6,1 a −1,9)], p< 0,001.

No estudo realizado por SPIELMANNS et al (2017b) não foram encontradas diferen-ças significativas no TC6min e TSL 5 repetições intra ou intergrupos após 12 semanas de intervenção. Uma possível explicação para este resultado está no número de sessões, visto que neste estudo era realizada apenas uma sessão semanal e nos demais, a frequência utilizada foi de sessões semanais.

Qualidade de vida

A qualidade de vida (QV) foi mensurada em cinco estudos (BRAZ et al, 2015; GLOECKL et al, 2012; NEVES et al, 2018; SPIELMANNS et al 2017a e 2017b), com variação nos ins-trumentos utilizados para tal avaliação.

Dois estudos (GLOECKL et al, 2012; SPIELMANNS et al 2017b) demonstraram me-lhora no escore de QV mensurada pelo Chronic Respiratory Questionnaire (CRQ). Em seu estudo, GLOECKL et al (2012) encontrou uma diferença entre os grupos de 0,16 pontos ([IC 95%, 1,63 a 1,95], p = 0,86). Já SPIELMANNS et al (2017b) encontrou mudança significativa para o GI nos subgrupos fadiga (P = 0,022), função emocional (P = 0,007) e domínio (P = 0,018). No mesmo estudo, também houve melhora da QV no GI, com a diferença mínima de -2 pontos alcançada, no COPD Assessment Test (CAT). Um terceiro estudo, conduzido por Braz et al (2015) mensurou a QV por meio do Saint George’s Respiratory Questionnaire (SGRQ) que apresentou redução no escore total (28,21 ± 14,21, IC de 95%: 18,66-37,76) e em todos os domínios (sintomas, atividade e impacto) no GI.

Já os estudos de NEVES et al (2018) e SPIELMANNS et al (2017a) não encontraram diferenças significativas na QV mensurada pelo SGRQ. Estes estudos realizaram a VCI de forma isolada (NEVES et al, 2018) ou associada apenas ao ciclismo (SPIELMANNS,

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2017a), com protocolos de 12 semanas de duração. Já os estudos que encontraram melho-ra na QV associaram a VCI com treinamento aeróbico e de fortalecimento muscular, com duração de três (GLOECKL et al, 2012) e 12 semanas (SPIELMANNS et al, 2017b), o que pode ter influenciado em um aumento da qualidade de vida em menor espaço de tempo.

Força muscular

A força muscular foi analisada em quatros estudos (GLOECKL et al, 2017b; NEVES et al, 2018; PLEGUEZUEIROS et al, 2013; SPIELMANNS et al, 2017a), com uso de dife-rentes instrumentos/testes para avaliação.

Em seu estudo, GLOECKL et al (2017b) realizaram mensuração de força muscular de quadríceps (força isométrica durante extensão de joelho- dinamometria) e encontraram uma diferença entre grupos de 1.0 Newton (N) (IC 95% −17.7 a 19.8), p= 0.912. Neves et al (2018) encontraram melhora da força de preensão manual no GI em comparação a linha de base (34.1 kgf vs. 36.7 kgf) e GC (34.1 kgf vs. 32.4 kgf). PLEGUEZUEIROS et al (2013) realizou teste isocinético de flexores e extensores de joelho e não encontrou um efeito significativo comparando linha de base e final do estudo. Já SPIELMANN et al (2017a), no teste de 1RM no leg press, encontrou um aumento de força no GI (28,7 [16,7 a 33,3] kg, P= 0,001) e nenhuma alteração no GC (3,0 [-2,5 a 5,8] kg, P = 0,13).

EVCI na Síndrome Metabólica

No total foram encontrados 07 artigos na base de dados pesquisada que investigaram os efeitos do EVCI em indivíduos com Síndrome Metabólica (SMet). Os títulos e os resumos de todos os estudos foram revisados sendo que destes, 05 foram selecionados para leitura na íntegra. Destes, 01 avaliaram o desfecho de QV, 01 avaliou a capacidade funcional, 01 avaliou a flexibilidade, 01 a marcha e equilíbrio e por fim 01 investigou a qualidade do sono. O resumo dos resultados encontra-se apresentado na Tabela 1.

Qualidade de vida

A avaliação da QV, ocorreu no estudo de CARVALHO-LIMA et al (2017), por meio do questionário WHOQOL- bref demonstrando resultados significativos na melhora QV após 2 semanas de intervenção com um protocolo de EVCI isolado utilizando uma frequência crescente de 5 a 14 Hz no GI em comparação ao controle.

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Funcionalidade

Estudo de PAINEIRAS-DOMINGOS et al (2020) investigou a funcionalidade desses indivíduos após um protocolo de EVCI utilizando o posicionamento dos pés em três des-locamentos pico a pico diferentes (2,5;5,0;7,5) e utilizou como instrumento de avaliação o SPPD “Short Physical Performance Battery” que avalia três domínios equilíbrio estático, habilidade de caminhar e levantar-se de uma cadeira. O estudo mostrou que um protocolo de EVCI utilizando três DPP diferentes em uma plataforma modelo alternada pode melhorar a funcionalidade desses indivíduos bem como melhora da marcha e equilíbrio.

Flexibilidade

PAIVA et al (2019) no seu trabalho revelou resultados significativos na flexibilidade do tronco a partir de um protocolo agudo ou de efeito cumulativo na plataforma alternada. Azeredo et al. explorou um protocolo de EVCI com frequências fixas e variáveis e apontou resultados significantes na melhora da sonolência diurna e qualidade do sono com o protocolo de frequência variável e melhora da qualidade do sono com o protocolo de frequência fixa.

DISCUSSÃO

A popularização e a disseminação na utilização de PV pela fisioterapia destacam a necessidade de se conhecer as evidências diante da sua utilização em DCNT, a fim de permitir uma prática clínica baseada em evidência mais eficiente e assertiva.

Após a realização de uma revisão na literatura diante dos efeitos do uso do EVCI iso-lado ou associado a outras modalidades no tratamento da OAJ, DPOC e SMet, foi possível identificar benefícios com melhoras significativas em diferentes desfechos.

A OAJ, é considerada uma doença progressiva que envolve a articulação como um todo, sendo considerada a principal causa de dor crônica e incapacidade em idosos, influenciando sobremaneira na qualidade de vida desses indivíduos (KOLASINSKI et al, 2020). Diante deste desfecho, nossos resultados evidenciaram que o uso EVCI, em uma plataforma vibratória vertical, em posição estática, com os pés descalços e com joelhos flexionados, sozinho ou em adição a exercícios de resistência ou fortalecimento muscular foi capaz de melhorar os escores de dor e funcionalidade e força muscular de indivíduos com OAJ (BOKAEIAN, et al, 2016, WANG, et al, 2016). Tais achados, podem demonstrar ser possível a utilização de EVCI nesta população, quando o objetivo é o manejo destes desfechos.

Entretanto, dados diante do posicionamento adequado do indivíduo na plataforma vi-bratória, bem como os parâmetros biomecânicos ainda não se encontram bem estabelecidos

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para esta população, o que deve ser melhor investigado, uma vez que indivíduos com OAJ apresentam um risco maior de quedas (FOLEY, 2006), o que pode comprometer a segurança do participante durante o protocolo em algumas posições. No entanto, resultados impor-tantes já foram obtidos e podem ser considerados de importância clínica sendo promissora ferramenta para o uso profissional do Fisioterapeuta nesta população.

Quando verificados os resultados encontrados em pacientes com DPOC, esta revisão de literatura permitiu compreender os benefícios de protocolos de intervenção d o EVCI, de forma isolada ou associada a outras terapias não medicamentosas, em indivíduos com DPOC classificados de leve a grave. Os estudos, de uma forma geral, demonstraram que o EVCI é capaz de promover melhora nos resultados de capacidade funcional, da força muscular, do equilíbrio postural, da QV e de variáveis respiratórias após período de treinamento de três a 12 semanas. Já variáveis como esforço percebido, SpO2, FR, FC e biomarcadores oxidativos não demonstraram alterações com significância, ressaltando a segurança na utilização das plataformas vibratórias como intervenção nesta população.

Os protocolos utilizados pelos estudos apresentaram variações quanto ao tempo de realização (3 a 12 semanas), frequência (6 a 40 Hz, sendo a mais utilizada entre 24 e 26 Hz), amplitude (2 a 6 mm) e uso do EVCI de forma isolada (Neves, 2018) ou associada a outras terapias (BRAZ, 2015; GLOECKL, 2012, 2017A E 2017B; PLEGUEZUELOS, 2013; SPIELMANNS 2017a e 2017b). Os estudos com maior tempo de intervenção obtiveram maio-res diferenças nos desfechos apresentados, como a distância percorrida (DP) no TC6. O uso do EVCI de forma associada ou isolada não interferiu nos desfechos, demonstrando que sua utilização gera ganhos de capacidade funcional, força muscular e QV independen-te dessa variável.

O uso do EVCI também evidenciou benefícios importantes em pacientes com SMet em diferentes desfechos. O estudo de PAINEIRAS et al (2018) demonstrou que o EVCI realizado na PV alternada com baixa frequência (12 Hz) é viável de ser utilizada em idosos com diagnóstico de SMet para aumento da função física.

Sabendo-se idosos com SMet apresentam diminuição da força e potência muscular, nosso achados demonstram a importância da utilização de intervenções que possam auxiliar a minimizar o quadro, podendo permitir o uso da PV em programas preventivos, incluindo exercícios, nessa população.

Autores descreveram que a análise do resultado de um questionário relacionado à QV em DCNT permite verificar o impacto de um procedimento na vida de um sujeito (WANG et al.2016; BRAZ et al.2015). Achados observados após a intervenção, indica que um pro-tocolo EVCI pode ser adequado para promover melhorias na QV de pacientes com SMet.

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Já a melhora da flexibilidade pode significar maior eficiência no movimento do indivíduo, neste contexto, o estudo de PAIVA et al.(2019), esta acordo com os achados de SÁ-CAPUTO et al.(2018) que demonstraram melhora dos efeitos agudos na flexibilidade do tronco após o protocolo de exercícios EVCI em indivíduos com SMet.

Por fim, um protocolo de 6 semanas EVCI com frequencia fixa (5 Hz) foi capaz de trazer benefícios significantes na qualidade do sono de pacientes com SMet. Tal resultado se mostra importante, uma vez que pacientes com SMet apresentam elevada prevalência de distúrbios do sono.

CONCLUSÃO / CONSIDERAÇÕES FINAIS

Os estudos envolvendo o EVCI vêm crescendo, e com eles, aumentam as possibili-dades e perspectivas da utilização desta ferramenta de forma segura com indivíduos que possuem DCNT na saúde pública. Destaca-se a grande quantidade de protocolos (e uso de parâmetros biomecânicos como frequência, amplitude, tempo de exposição e aceleração) e desfechos analisados nos diferentes estudos; cada doença e desfecho devem ser cui-dadosamente analisados no momento da escolha do protocolo específico direcionado aos pacientes beneficiados com a terapia.

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Fisioterapia Na Saúde Coletiva: Perspectivas Para A Prática Profissional172

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