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UNIVERSIDADE CANDIDO MENDES
PÓS-GRADUAÇÃO “LATO SENSU”
AVM FACULDADE INTEGRADA
IMPACTO DA CRISE ECONOMICA EM MICRO E PEQUENAS
EMPRESAS
Por: Dalileia Cardoso Bastos
Orientador
Prof. Aleksandra Sliwowska
Rio de Janeiro
2015
DOCUMENTO PROTEGID
O PELA
LEI D
E DIR
EITO AUTORAL
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UNIVERSIDADE CANDIDO MENDES
PÓS-GRADUAÇÃO “LATO SENSU”
AVM FACULDADE INTEGRADA
IMPACTO DA CRISE ECONOMICA EM MICRO E PEQUENAS
EMPRESAS
Apresentação de monografia à AVM Faculdade
Integrada como requisito parcial para obtenção do
grau de especialista em Finanças e Gestão
Corporativa
Por: Dalileia Cardoso Bastos
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AGRADECIMENTOS
A minha família pelo apoio nos momentos de dificuldades e amor
incondicional.
A universidade e todo corpo docente pelo trabalho realizado.
E a todos os envolvidos, direta e indiretamente na conclusão deste
trabalho.
À todos meu muito obrigada.
4
DEDICATÓRIA
Dedico este trabalho a Deus, primeiramente por me
da força a todo momento a seguir em frente.
A meu marido Fabio Voga de Alvarenga meu grande
e fiel companheiro no amor e na vida.
A minha mãe pelo carinho e zelo dedicado a todo o
momento de minha vida.
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RESUMO
A crise econômica é um tema bastante debatido na atualidade, em
especial no ramo empresarial.
Com isso, este estudo aborda o seu grande impacto na realidade das
micro e pequenas empresas. Tendo em vista a preocupação dessas empresas
nos futuros dos seus negócios, propõe-se uma análise das principais fontes
geradoras da crie econômica no país e seu impacto nesse segmento.
O intuito deste trabalho científico é apresentar de maneira sucinta os
conceitos dos principais fatores que impactam na análise deste tema e apontar
as possíveis oportunidades de sucesso em meio a crise econômica.
Palavras-chave: Economia. Crise. Empresa.
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METODOLOGIA
Trata-se de uma pesquisa descritiva, com base em dados documentais
e bibliográfico, estruturado em instrumentos como livros, artigos, sites na web e
conversar com profissionais da área de economia, mercados financeiros e
pequenos empresários atuantes.
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LISTA DE TABELAS
TABELA 1 - Produto Interno Real e Produção Industrial 14 TABELA 2: Sintomas de ansiedade e depressão 24
TABELA 3: Resumo Projeções Econômicas para 2015-2016 34
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SUMÁRIO
INTRODUÇÃO 09
CAPÍTULO I
1 A ECONOMIA BRASILEIRA 11
1.1 UMA BREVE HISTORIA DA ECONOMIA
BRASILEIRA 11
1.2 FUNCIONAMENTOS DA POLITICA ECONOMICA
BRASILEIRA 15
1.3 A CRISE CHEGOU 16
CAPÍTULO II
2 AS MICRO E PEQUENAS EMPRESAS EM UM
CENARIO ADVERSO 21
2.1 ORIGEM DOS PEQUENOS NEGÓCIOS 21
2.2 O EMPREENDEDORISMO NO BRASIL 22
2.3 CLASSIFICAÇÃO DAS EMPRESAS NO BRASIL 24
2.4 O CENÁRIO ATUAL 26
CAPÍTULO III
3 PERPECTIVAS FUTURAS 32
CONCLUSÃO 36
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INTRODUÇÃO
Tomar a decisão de abrir uma empresa no Brasil não é um fator tão
simples. Segundo um ranking elaborado pela KPMG internacional, o país está
no topo da lista dos que mais cobram impostos no mundo, fato este que resulta
no falecimento de grande parte das empresas nos seus primeiros anos de
vida.
Tirando esse fator, tem-se ainda a vulnerabilidade aos quais estas estão
expostas perante ocorrências mercadológicas, incontroláveis e avassaladoras,
na maioria das vezes, deixando o empresário muitas vezes perdido em meio à
turbulência.
E mesmo nessa conjuntura, o Brasil lidera as listas quando o tema é
empreendedorismo. Nos dez últimos anos a taxa total de empreendedorismo
aumentou em mais de 10%, o que significa que em um comparativo mundial o
Brasil esta bem a frente da China, segundo colocado, em quase oito pontos
percentuais. Tais brasileiros são responsáveis por grande parte do bom
desenvolvimento da economia brasileira, pois seus pequenos
empreendimentos geram empregos e consumo. Os desdobramentos negativos
nesses setores em tempos de crise podem tornar a situação mais crítica no
país, abalando toda a sociedade.
Verifica-se que grande parte dos administradores das empresas de
pequeno porte, apesar de considerável conhecimento sobre seu negócio, não
ocorre da mesma erudição a despeito do funcionamento da economia do seu
país, fato este que pode fazer toda diferença de como a empresa entrará e
sairá de uma crise.
Este estudo será feito tendo em vista a crise econômica ao qual o país
está passando, abordando assim o impacto da situação no mundo empresarial
dessas micro e pequenas empresas, bem como estratégias para que as
mesmas se blindem o quanto for possível nesse momento de crise e se
fortaleçam para ocorrências futuras.
Estruturar uma pesquisa a respeito de algo que esta em curso, ou seja,
algo que o país esta vivenciando, não é tarifa fácil. Muitos dos processos ainda
estão em seu pleno desenrolar e as novidades a respeito do assunto são todos
10
os dias noticiados nos telejornais e internet mostrando suas novas
perspectivas. Visto isto, a pesquisa apresentará uma análise documental a
respeito da economia brasileira, a historicidade dos processos, analisando
assim como um cenário de crise pode afetar as micro e pequenas empresas
no Brasil, em que proporção a atual instabilidade econômica no país pode
afetar empresas desses segmentos e apontar estratégias de reversão desse
cenário.
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CAPÍTULO I
1 A ECONOMIA BRASILEIRA
Os conceitos básicos do funcionamento da economia do país são de
suma importância para que se entenda o cenário ao qual o país esta vivendo e
suas perspectivas futuras.
De acordo com Leitão (2014, p. 439) “A economia se destina a ser a
base na qual são feitas as escolhas do país”.
É de grande relevância que as empresas entendam essa dinâmica e o
quanto o papel do Estado na estrutura econômica, política e social do país
influenciam nos negócios e na vida da população em geral.
1.1 UMA BREVE HISTORIA DA ECONOMIA
O termo economia tem sua origem na palavra grega oikonomia, que
significa “administração de um lar”, ou seja administração da sociedade. Trata-
se de uma ciência social de grande relevância e que tem sua
representatividade na sociedade contemporânea.
De acordo com Gonçalves e Guimarães (2010, p. 1), “economia é a
ciência que estuda como os recursos escassos das sociedades são alocados
tendo por base as decisões individuais de consumidores, trabalhadores,
firmas, etc.” A economia é uma ciência que estuda a relação dos processos de
produção, bem como suas interações e consumo dos bens e serviços.
No senso comum é normal as pessoas pensarem em economia apenas
como recursos financeiros, contas do governo, inflação, entre outros. Porém
economia vai muito além dessas questões. A economia envolve muito mais
que tais conceitos. A análise de fatores como as escolhas individuais de cada
indivíduo, as escolhas das empresas e seus comportamentos são a base do
entendimento econômico, ou seja, da microeconomia. É através dela que se
pode extrair informações importantes para se entender as oscilações de
preços e salários (Gonçalves e Guimarães, 2010, p. 1).
12
Já em escala global tem-se a macroeconomia, que tem seus parâmetros
em torno das diversas análises ocorridas na microeconomia e partir de então
consegue levantar questões a respeitos de inflação, crescimento do país,
desemprego, moeda, dívida do governo, desemprego e análise internacionais.
Segundo Mankiw (2008), a macroeconomia é o estudo da economia como um
todo e seus principais objetivos estão em promover um acelerado consumo na
população, controle dos índices inflacionários, diminuição da taxa de
desemprego e relações vantajosos como o mercado internacional.
A sociedade contemporânea e propriamente capitalista tem a todo o
momento necessidade de consumir algo e essa ânsia nunca cessa. Porém os
recursos disponíveis no meio são restritos e que configura e importância da
administração desses de forma eficiente para que o maior número de
necessidades sejam supridas.
Albergoine (2008, p.12) já havia destacado a respeito da escassez de
recursos:
“A escassez esta relacionada ao confronto entre necessidades limitadas e recursos limitados. Não significa a ausência de recursos, ou que os recursos sejam poucos, e sim que eles são insuficientes para satisfazer todas as necessidades. Sociedades ricas e pobres enfrentam escassez, uma vez que as necessidades ficam cada vez mais sofisticadas e demandam mais recursos”.
Desde o seu descobrimento, o Brasil passou por diferentes ciclos na sua
trajetória, o que em cada acontecimento foi moldando a sua história e a da sua
sociedade.
O século XX marca uma grande mudança no desenrolar da história
econômica do país e é a partir desse período que o Brasil sai da redoma
colonial que se encontrava e começa acompanhar o mundo nas revoluções
tecnológicas e ideológicas que se decorrem.
A crise de 1929 teve total reflexo no Brasil, atingindo essencialmente o
que naquele momento é o principal ator em torno das exportações e da
dinâmica econômica: O café.
Junto ao cenário da crise agrícola na década de 30, viu-se a ascensão
da indústria e foi nesse crescimento que todas as estratégicas e planejamento
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político foram calcados para que o país tivesse um desenvolvimento e
crescimento paltado na industrialização. Em fevereiro de 1938, Getúlio Vargas
lançou as linhas gerais do programa econômico do Estado Novo que se
chamava “Carta de São Lourenço”. Trazia nada mais que os pontos bases da
nova política econômica.
A análise do economista Pereira (2003, p.35) desse momento da
história, mostra o quanto este momento mudou a composição econômica do
país.
“Como país semicolonial, exportávamos produtos primários em troca de manufaturas. O surto industrial, que então se verifica, permite-nos realizar rápida substituição de importações. Assim praticamente não mais importamos produtos manufaturados de consumo, produzidos agora no país.”
A partir desta década o Brasil vai se conhecendo e constituindo o que
desencadeou hoje na economia que conhecemos.
As mudanças da era Vargas foram responsáveis não só pelo
crescimento de capital que ocorreu naquele momento, mas pela sua intenção
de consolidação do país no mercado internacional, deixando de ser um mero
exportador de matéria-prima. O Brasil neste período passou a buscar parcerias
internacionais em busca de financiamento para seu desenvolvimento e acesso
à tecnologia.
Essa estratégica fez com que galgássemos altos níveis de crescimento,
porém muito alinhado ao aumento da dívida externa e em consequência
desencadeando uma maré inflacionária. Segundo Pereira (2003, p.54) o
começo dos anos 60 consolida e encerra-se a primeira fase da Revolução
Industrial do Brasil e o país começa a vê o declínio do sucesso econômico dos
últimos anos, ao qual foi realizado sem planejamento e por estímulos externos.
O quadro abaixo mostra em números a guinada e o declínio ocorrido do
que esta sendo chamado acima de primeira Revolução Industrial no Brasil. Ele
mostra a taxa anual média por período fazendo um comparativo entre Produto
Interno Real e Produção Industrial.
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TABELA 1: Produto Interno Real e Produção Industrial (taxa anual média de crescimento por período)
Períodos Produto Interno Real Produção Industrial
1940 - 1945 4,7% 6,2%
1946 – 1950 7,3% 8,9%
1951 – 1955 5,7% 8,1%
1956 - 1961 6,0% 11,0%
1962 - 1965 1,9% 2,4%
Fonte: Fundação Getúlio Vargas e Cepal. Adaptada de Pereira, 2003, p.50.
Em 1964 tem-se a entrada mais uma vez da ditadura na história do país
e veio por consolidar o sistema capitalista do Brasil. Nos 21 anos que a
ditadura esteve vigente a economia teve um crescimento acelerado, mas
criaram desequilíbrios que só puderam ser ajustados alguns anos depois com
a volta da democracia.
Com a economia estagnada como se encontrava o primeiro ato tomado
pelo presidente Castello Branco foi à adoção de um plano de reformas que
seria responsável mais tarde pelo grande milagre econômico vivenciado pela
população brasileira.
Na década de 70 teve-se também a exportação da soja que foi um
grande impulso também na economia desenvolvendo de forma massiva a
“expansão da fronteira agrícola” na direção da Amazônia o que gerou (e ainda
gera) o desmatamento dos locais em alta escala, (Porto, 2008).
Com a economia crescendo a níveis inimagináveis, a ditadura militar foi
cada vez mais ganhando simpatizantes, até que em 1973 com a alta do
Petróleo e a crise mundial que se desencadeou, o Brasil como muito outros
países que importavam a maioria do petróleo que produziam tiveram um
grande baque. Os militares resolveram continuar com o grande aquecimento
da economia e para isso se prevaleceram de grandes empréstimos externos a
fim de garantir a modernização do país já planejada.
Após alguns anos o plano não foi sustentável e volta o terror da inflação
junto com outros fantasmas como a dívida externa que não parava de subir. O
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Brasil só voltou a crescer em 1984 e os anos subsequentes ainda foram
marcados por períodos de grande instabilidade econômica. Somente em 1994
conseguiu reajustar sua economia pelo então ministro da fazenda Fernando
Henrique Cardoso, depois da tentativa de muitos planos fracassados.
1.2 FUNCIONAMENTO DA POLITICA ECONOMICA BRASILEIRA
Conhecer a respeito das politicas econômicas praticadas do país faz
toda a diferença na tomada de decisão de um empreendedor. Ter ciência e
entendimento das politicas econômicas adotadas pelos governantes é de
grande importância não só para as empresas e sim para toda a sociedade.
Políticas Econômicas são medidas adotadas pelo governo para controlar
economia e atingir determinados objetivos. Essas medidas podem afetar toda
a economia do país caracterizando como macroeconômica ou apenas um
segmento dando-se como microeconômica.
São os agentes econômicos (governo, Banco Central e parlamento) que
são responsáveis pela execução dessas medidas.
A economia brasileira abrande três tipos de política: a fiscal, a cambial e
a monetária.
Ø Política Fiscal
Conforme informações extraídas do site do Tesouro Nacional, a politica
fiscal consiste em:
“medidas pelas quais o Governo arrecada receitas e realiza despesas de modo a cumprir três funções: a estabilização macroeconômica, a redistribuição da renda e a alocação de recursos.”
A mesma é utilizada para frear as tendências de depressão ou inflação
da economia, controlando os níveis de gastos do governo.
Ø Política Cambial
Tem-se o objetivo de manter a estabilidade nos mercados de cambio
estrangeiro, no intuito de mantê-las a preços justos nas suas transações. O
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Banco Central a define como um conjunto de ações governamentais
diretamente relacionadas ao comportamento do mercado de cambio, inclusive
no que se refere à taxa e no equilíbrio de balanço de pagamentos.
Ø Política Monetária
Com o mesmo objetivo da política fiscal, a política monetária atua no
controle do sistema econômico nacional e através dela e ações do Banco
Central que as decisões são tomadas como: quantidade de moeda em
circulação, de crédito e de taxas de juros. A diferença entre elas é que
enquanto a política fiscal atua nos gastos do governo, a política monetária atua
na moeda do país.
Tais medidas visam agir estrategicamente frente ao cenário
apresentando, tomando decisões a fim de atingir metas de finalidade
macroeconômica. Existem dois tipos de política monetária a serem adotadas
pelo governo: a política expansionista ou contracionista.
A política expansionista é adotada em um cenário de recessão ou
estagnação da economia, onde é necessário aumentar a circulação de moeda
na economia, visando estimular o poder de compra da sociedade e gerar
novos empregos.
Ao contrário, a política monetária contracionista consiste em reduzir a
oferta de moeda, com adoção de aumento nas taxas de juros e redução de
investimentos por parte do setor privado. A medida é adotada em um cenário
de inflação.
1.1 A CRISE CHEGOU
Agora que já foi apresentando um pouco de como funciona a máquina
econômica brasileira, é importante entender como o país chegou a essa atual
realidade.
Crise. Essa palavra tão temida e que traz tantos contratempos nas
economias mundiais. Ela representa fracasso, erro, algo que poderia ser
evitado, mesmo que não seja falha interna, que tenha ocorrido algum fator
17
interno que tenha desencadeado-a... é necessário se planejar para esses
percalços.
Segundo Alves (2011, p.5) “Crise é algo que todos temem. Em
economia representa a culminação de erros em séries, a tragédia que poderia
ser evitada, mas não foi.”
A crise pode ser também tratada como um período de falta de recursos
no que se refere a produção, consumo de bens e serviços e sua
comercialização.
O país esta passando por um período delicado, isso não há como ser
negado. A prosperidade econômica apresentada nos últimos anos teve um
baque representativo nesse ano de 2015. Só se fala disso nos noticiários.
Há quem tem melhores perspectivas e diz que apesar dos desmandos
atuais o Brasil possui uma boa estrutura, que o sistema financeiro é sólido e
que o país continua sendo bastante competitivo, como por exemplo, nos
segmentos de agronegócios e mercado de capitais se comparado aos países
ricos.
E tem aqueles que dispõem dos piores cenários com dados de inflação
em alta, contas públicas desalinhadas, altas dos juros e piores números de
PIBs dos últimos vinte anos.
Pela boa ou pela má análise não há como negar, a crise que não
surpreendeu o Brasil há alguns anos atrás junto com alguns dos vizinhos
emergentes e parceiros do primeiro mundo veio nesse ano de 2015 e atinge
em massa todos os segmentos da sociedade.
O Brasil ao qual o conhecemos hoje tem sua trajetória recente. Antes de
1994, quando tivemos a estabilização de moeda, foram anos de desequilíbrio
econômico como destaca Miranda (2014) em seu artigo:
... tínhamos um outro país, em que famílias, amedrontadas com a inflação, corriam para o supermercado tão logo recebiam seus salários, empresários não investiam por conta da falta de confiança na moeda e da incerteza jurídica, consumidores não compravam porque a inflação era galopante e não existia crédito.
O medo de reviver esses tempos assombram os pensamentos da
sociedade brasileira
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Desde então houve algumas mudanças nas políticas econômicas,
algumas com bons resultados em curto prazo, porém sem se sustentarem.
Segundo o Professor Roberto Dumas (2014), em entrevista realizada ao
canal on line O Alerta, a crise teve seu início antes do governo atual da
Presidenta Dilma. No governo de seu antecessor Lula, a economia teve um
crescimento paltado no alto consumo, grande endividamento bancário e alta
das exportações, isso tudo sem comprometer a inflação, o que naquele
momento foi ótimo, porém em paralelo as reformas deveriam ter sido feita.
Nessa conjuntura o governo foi entregue a Dilma que tem seu primeiro
mandato sustentado na nova matriz econômica com foco somente no
consumo, crédito acelerado e máxima intervenção do Estado na economia,
modelo este que vem se mostrando insustentável visto a situação econômica
atual.
Em entrevista ao canal Globo News o Economista e Professor
Alexandre Schwartsman (2015), afirma que “o que a gente esta vivendo hoje é
consequência direta das politicas que foram adotadas atrás”. Onde faz
referencia as ações do governo nos últimos anos e o quanto que atual postura
ainda compromete os avanços que se é preciso.
A questão é que tudo indicava para que este ano de 2015 fosse um ano
difícil, independente de quem ganharia as ultimas eleições realizadas em
outubro de 2014. Como foi muito dito, é um ano de se arrumar a casa, acertar
o que esta errado e isto implica em grandes impactos para população e
diretamente e consequentemente ao setor empresarial.
Em toda história é possível se notar o quanto os termos política e
economia se fundem e na atual realidade temos mais um exemplo do exposto,
pois além da crise econômica, o país esta enfrentando uma grande crise
política onde seu desencadeamento vem auxiliando cada vez mais a resolução
da questão econômica.
Pode-se dizer de política que esta é a forma de governar e administrar
recursos, a fim de se chegar ao objetivo desejado. De acordo com Albergoine
(2008, p.20) politica “é o exercício do poder e o processo de influencia para se
obter determinada coisa”. Este poder pode ser exercido em qualquer esfera
inclusive na econômica. Não é incomum em nossa sociedade, grupos
19
possuidores desse poder o utilizar em benefício próprio e é justamente o que
acontece atualmente.
Além do exposto acima a respeito dos fatores que contribuírem para
disseminação completa neste ano de 2015 da crise, os governantes estão
enfrentando uma grande batalha no congresso para conseguir aprovação nas
suas medidas arroxo fiscal para o controle de gastos e suas contas fecharem
novamente. A crise política está agravando a crise econômica e sem os
políticos caminharem juntos em pró da resolução do problema mais difícil será
contar novamente com o equilíbrio econômico.
O que mais vem impactando na atual crise nos negócios da empresa é a
inflação, que atinge diretamente o potencial de compra da população fazendo-
a pensar duas vezes no ato da compra e fazendo mil cálculos para fechar a
conta do supermercado com tudo o que é necessário para sua cesta-basica.
Um tema importante também a ser percebido no cenário empresarial é o
acesso ao credito. Muitas empresas dependem dos financiamentos bancários
para o giro do seu negócio e, o que esta ocorrendo são cada vez mais
restrições as linhas de credito e o valor do dinheiro cada vez mais elevado, ou
seja juros mais altos pelo risco de inadimplência eminente decorrente da
instabilidade na economia.
Mais em meio a esse pessimismo que configura a realidade, com os
indicadores sempre apontando suas setas pra baixo e perspectivas
desastrosas, há empresários conseguindo tirar grandes proveitos e com
grandes projetos em andamento. É importante destacar que não se trata de
uma maioria e cada qual tem uma característica em particular no seu negócio,
porem eles mostram que é possível sim não vê seus impérios desabarem em
meio a uma crise política e econômica.
Em artigo do Diário Catarinense (2015), o diretor-superintendente da
CRP Companhia de Participações especializada na prospecção de empresas
com capacidade de crescimento, Clovir Meurer diz que “além de situações
particulares há setores que ainda podem crescer apesar da economia
claudicante. No mercado interno, serviços ligados à saúde, educação e
negócios voltados à logística têm grande potencial, avalia o especialista”.
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O que essas empresas têm em comum? O que elas fizeram? A crise
não chegou a seus negócios? São muitos os questionamentos que pode-se
fazer a elas, mas uma resposta em comum elas tem, não deixaram essa
tenebrosa palavrinha determinar seu destino muitas vezes anunciado. Nos
próximos capítulos serão abordados como as micro e pequenas empresas
estão em meio a esse cenário e em o que podemos esperar do seu futuro.
21
CAPÍTULO 2
AS MICRO E PEQUENAS EMPRESAS EM UM
CENÁRIO ADVERSO
Como foi abordado na introdução deste trabalho, as micro e pequenas
empresas tem um grande papel na economia do Brasil, sendo assim, antes da
abordagem desse segmento no cenário atual é importante se fazer entender a
origem desses e como se consolidaram importantes para a economia.
2.1 Origem dos pequenos negócios
Pode-se remontar a história desse segmento muito antes de sua
institucionalização como tal.
No artigo “As origens da Pequena Empresa no Brasil”, os autores
abordam o início da atividade desde a ocupação portuguesa no país,
entendendo que era necessário convencer os empresários portugueses a
investirem aqui para que o desenvolvimento econômico no local os fornecesse
a lucratividade almejada.
A região escolhida para início das atividades econômicas (lê-se agrícola)
foi à faixa do litoral que compreende da Bahia a Paraíba por se
estrategicamente bem localizada para fins de vendas, portos e solo favorável.
Isso levou o Brasil a aquecer a economia interna e está no meio econômico
mundial da época, gerando empregos, renda e negócios aos envolvidos.
Muitos habitantes começaram a consumir recursos próprios do Brasil,
anteriormente utilizados apenas por nativos (índios). Nesse momento os
pequenos agricultores tem participação relevante, sendo responsável pela
inserção desses alimentos nas cidades.
Não é só na parte agrícola que esses pequenos empreendedores
começaram sua história no Brasil colonial, foram em diversas áreas de atuação
que os primeiros colonizadores que vieram de diversas partes do mundo
começaram a escrever a história desse segmento que vem com sua
importância enraizada até os dias atuais.
22
Já no inicio do século XX, o foco empresarial era na industrialização dos
processos e quem ainda tinha todo o domínio desses negócios eram os
estrangeiros.
Segundo Villela e Suzigan (apud Diniz e Boschi, 1978, p.35) “entre
novembro de 1940 e março de 1941, cerca de 33% dos sócios das empresas
industriais, responsáveis por 42,3% do capital realizado, eram de origem
estrangeira, preponderando os italianos e os portugueses.” Os autores
demonstram também que nessa época as pequenas empresas atendiam uma
demanda de mercado, porem tratava-se de assalariados.
“Quanto à presença das pequenas empresas, ao contrario da tendência
ao seu desaparecimento, o que verifica é uma estabilização da proporção
dessas empresas em relação ao total dos estabelecimentos industriais”
(Robalinho Barros, 1973, apud Diniz e Boschi, p. 27, 1978).
Em seu trabalho acadêmico, Melo (2008) ressalta que o fator
informalidade começa a ser analisado no começo dos anos 70, configurando
assim parte dos que compõe o núcleo dos pequenos empresários e que
somente as instituições financeiras trabalhavam com a definição de pequena,
média e grande empresa com único intuito de delimitação para fins de crédito.
Seu estudo mostra também que foi a partir da década de 80 que
surgiram as primeiras ações do governo de incentivo a essa classe, como:
Primeiro Estatuto da Microempresa (lei nº7256 de 27 de novembro de 1984);
inclusão das MPEs na Constituição Federal de 1988; lei nº 9317 que instituiu o
Simples em 1996; Lei nº 9841 que institui o segundo estatuto das
microempresas e empresas de pequeno porte de 1999; estabelecimento do
Fórum Permanente das MPEs (2000).
2.2 O empreendedorismo no Brasil
O empreendedorismo é um dos temais mais atuais. Muitas instituições
investem em pesquisas a respeito do tema a fim de incentivar a atividade, visto
sua importância econômica. Uma das instituições mais conhecidas, ainda mais
se tratando de pequenas empresas, é o SEBRAE que atua não só em
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pesquisa como também na qualificação desses empreendedores. Não é à toa
as inúmeras vezes ao qual é citada neste trabalho.
São muitas as definições a respeito do tema, porém destacarei abaixo talvez uma das mais antigas de Joseph Schumpter (1949):
“O empreendedor é aquele que destrói a ordem econômica existente pela introdução de novos produtos e serviços, pela criação de novas formas de organização ou pela exploração de novos recursos naturais.” (Apud Dornelas, 2008, p.22).
Trazendo um conceito mais contemporâneo Dornelas (2008, p. 22) diz
que “empreendedorismo é o envolvimento de pessoas e processos, em
conjunto, levam à transformação de ideias em oportunidades.” O
empreendedorismo é responsável pela grande dinâmica na economia
contemporânea em todo o mundo. As inovações trazidas por esses
empreendimentos e as gerações de empregos proporcionadas por essas
pequenas empresas constituídas a partir desse impulso empreendedor, são
demonstrações vívidas desse fenômeno.
Muito por conta da grande instabilidade econômica vivenciada pelo
Brasil no princípio da década de 90, muitas empresas viram a necessidade de
redução de seus custos e consequentemente uma das ações eram reduções
de postos de trabalho. Sem conseguir se realocar muito desses empregados
criaram seus próprios negócios com alguma habilidade que dispunham ou
conhecimento e as vezes nem isso, acreditavam que aquela ideia podia da
certo e investiam suas economias.
Outro acontecimento no começo dos anos 2000 foi o avanço da internet
e das várias empresas que acompanharam esse processo com seus pequenos
negócios online. Constituídas quase que com exclusividades por jovens
empreendedores esse tipo de investimento se popularizou neste período no
Brasil.
O Brasil desde então esteve em bastante destaque nos rankings
mundiais, sempre se destacando entre os países mais empreendedores do
mundo. Porém o relatório Global Entrepreneurship Monitor (GEM), organizado
por duas renomadas escolas de administração dos Estados Unidos e de
Londres, em 2000 apontou a afirmativa feito acima, porém com a ressalva que
metade dos empreendedores estavam constituídos pelo empreendedorismo de
necessidade e não de oportunidade.
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Dornelas (2008) conceitua essas duas definições de
empreendedorismo:
“(...) o empreendedorismo de oportunidade, (...) o empreendedor visionário sabe onde quer chegar, cria uma empresa com planejamento prévio, tem em mente o crescimento que quer buscar para a empresa e visa a geração de lucros, empregos e riqueza. (...) o empreendedorismo de necessidade, em que o candidato a empreendedor se aventura na jornada empreendedora mas por fata de opção, por estar desempregado e não ter alternativas de trabalho.”(p.13).
Basicamente o empreendedor por oportunidade esta relacionado
também com o desenvolvimento econômico e com menos riscos de seu
negócio sofrer um insucesso nos primeiros anos de vida.
Nas pesquisas mais recentes da GEM o Brasil continua entre os países
mais empreendedores, porém com o diferencial que agora em sua maioria com
empreendedores por oportunidade.
2.3 Classificação das empresas no Brasil
O que define uma empresa é a constituição de uma organização onde
se tem o objetivo do alcance de um resultado, seja ele de em termos de
lucratividades ou sendo uma instituição sem fins lucrativos objetivo de cunho
social.
Em outras palavras Raimar Richers define empresa sendo:
“(...) uma organização que se propõe a, regularmente, transformar insumos e ou transacionar bens que considera úteis para a sociedade, sejam eles matérias-primas, produtos semifabricados, bens industriais, bens de consumo ou serviços. Pelo esforço de ser útil e empresa espera ser remunerada (...)” (1986, p.12)
A classificação das empresas no Brasil é realizada por critérios
heterogêneos o que dependendo da finalidade pode causar algum tipo de
confusão para quem busca a informação. Tal delimitação pode ser feita de
acordo com sua forma jurídica, quanto ao seu porte, quanto ao seu setor,
quanto à propriedade de seu capital e quanto a sua receita bruta anual. Abaixo
segue um apanhado dessas classificações de acordo com as informações do
SEBRAE:
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a) Quanto à forma jurídica:
• Empresa Individual – com uma única pessoa que irá exerce a atividade
empresarial em nome próprio, respondendo de forma ilimitada pelas
dívidas.
• Microempreendedor individual (MEI) – com uma única pessoal. Pessoa
física que trabalha por conta própria e se legaliza como empresário. Tal
forma jurídica tem limitação de faturamento de R$60 M anual, não pode
ter mais de um empregado e nem participação em outra empresa.
• Sociedade Limitada – Com duas ou mais pessoas. Estas se juntam para
criar uma empresa constituindo assim uma sociedade através do
contrato social, documento este que redigirá as condições afirmadas
pelos participantes. A responsabilidade pelo pagamento das obrigações
é limitada a participação dos sócios.
• Sociedade Anônima – O capital da empresa não está associado a uma
pessoa física em específico e sim dividida em ações. Esta pode ser de
capital aberto, quando suas ações são abertas ao público ou de capital
fechado quando o mesmo não acontece.
b) Quanto ao seu porte:
• Microempreendedor individual – Comercio e serviços até 9 empregados
e na indústria até 19 empregados.
• Empresa de Pequeno porte – Comercio e serviço de 10 a 49
empregados e na indústria de 20 a 99 empregados.
• Empresa de Médio porte – Comercio e serviço de 50 a 99 empregados e
na indústria de 100 a 499 empregados.
• Empresa de Grande porte – Comercio e serviço acima de 99
empregados e na indústria acima de 499 empregados.
c) Setor:
• Comercial;
• Industrial;
• Rural;
• Prestação de serviço;
26
d) Propriedade de seu capital:
• Empresas públicas – Capital pertencente ao poder público.
• Empresas privadas – constituídas por pessoas individuais ou
instituições privadas
• Empresas de capitais mistos – capital da empresa é composto por
participação do Estado e de instituições privadas.
e) Receita Bruta Anual:
• Microempreendedor Individual MEI – Até R$60 M por ano
• Microempresa ME – Até R$360 M por ano
• Empresa de Pequeno Porte – de R$ 360M ate R$3,6 MM
2.4 O cenário atual
Voltando aos dias atuais, percebe-se que com a baixa do PIB e o
crescimento da inflação, a queda no crescimento da economia do país é mais
que uma estimativa, torna-se uma certeza. A crise política e econômica se
instala no Brasil nesse ano de 2015 e as MPEs estão no meio desse furacão.
Muitas empresas que também teve o surgimento de seu pequeno
empreendimento em detrimento de uma grande empresa teve seu negócio
falido por tabela, pois seu faturamento estava totalmente interligado ao
funcionamento dessa grande empresa. É comum quando uma empresa de
grande esporte se instala em uma cidade pequena acontecer um grande boom
na economia deste lugar. Isso ocorre porque, geralmente a quantidade de
empregados desses empreendimentos são em número bastante levado,
muitos acabam morando, mesmo que durante a semana, nestas cidades e
consequentemente a demanda por bens e serviços nesses lugares acaba
sendo elevadíssimo, o que fomenta os negócios locais, sendo uma
oportunidade singular de se montar um negócio com a garantia quase que
certa de sucesso. E quando essas grandes empresas quebram?
Automaticamente leva junto esses pequenos negócios o que tá se tornando
uma realidade cruel nesse cenário.
27
Além disso, a crise econômica está enxugando o faturamento do
pequeno empresário que também não para de cair. Pode-se pegar o exemplo
de São Paulo que segundo os indicadores do SEBRAE divulgado neste mês
de julho de 2015, teve queda de 10,2% em maio em comparação ao mesmo
período do ano passado, sendo o mais atingido o setor de serviços. Os MPEs
não tem tanta margem para se manter por um tempo em um cenário de crise
como é o encontrado, ficando mais difícil enfrentar essas adversidades do
mercado.
Mesmo que em comparação com as médias e grandes empresas o
segmento foi o último a ser afetado. Desde meado do ano de 2014 começou-
se a sentir a crise, junto com as demissões em massa em vários setores
produtivos. Sem salário... sem poder de compra e assim se começa a crise
como um efeito cascata.
E não é só pela falta de mercado consumidor e queda nos seus
negócios que essas empresas são protagonistas da crise existente, segundo
dados do SEBRAE a quantidade de carteiras assinadas nas micro e pequenas
diminui muito e o cenário até o final do ano infelizmente é de piora.
O cenário é preocupante? Sim, pois afeta a todos, desde o grande
empresário que vê seus negócios diminuírem, ao assalariado que perde seu
emprego e não tem facilidade para se realocar. E até mesmo os que não
tiveram de certa forma impacto em seus negócios ou a perda do seu emprego,
sentem os efeitos da crise, pois a inflação esta aí e os preços não param de
subir, acabando com seu poder de compra e sem nenhuma perspectiva de
investimentos no que for, afetando ainda mais toda a cadeia produtiva.
Baseado no indicador SPC Brasil, cai de 11,25% em maio para 8,6% em
junho a intenção de pegar crédito nos próximos meses, sem contar que
34,25% apontam que pegar crédito esteja mais difícil, e de fato está. Por conta
do cenário, os Bancos estão mais seletivos na hora da concessão de
empréstimos e quando este é liberado as taxas estão elevadíssimas. Com isso
verifica-se que os investimentos nos negócios não será uma atitude que vai ser
vista em grande percentual neste ano, o que de certa forma é ruim para todos
os lados, se não há investimento não há crescimento.
28
Aos que não tem escolhas e precisam garantir seu capital de giro com
os créditos de terceiros, a situação ainda se agrava mais. Nesse primeiro
semestre as micro e pequenas empresas foram líderes nos requerimentos de
recuperação judicial, sendo 20% maior do que igual período do ano passado.
Essas empresas por não terem uma sobra de caixa acabam que tendo seu
fluxo de caixa exprimido e suas despesas aumentadas pela atual situação,
levando-as não conseguirem honrar seus compromissos com seus credores.
Outra situação que esta sendo muito vista em meio a esse cenário é o
abalo psicológico sofrido pelos pequenos empresários frente a atual situação
da economia, o que acaba sendo um ponto contra ao direcionamento que deve
dar a sua empresa. Este acaba não tendo o discernimento necessário para
tomar a atitude mais assertiva para o momento em pró da continuidade do seu
negócio.
Hoje em dia, os casos de depressão, ansiedade, TOC e pânico
infelizmente são mais comuns nos consultórios psiquiátricos do que há 30
anos. E com a atual situação do país, esses casos estão mais latentes do que
nunca.
Com a crise, os pacientes que lotam os consultórios hoje são
empresários e empregados preocupados com a perda do seu emprego. De
acordo com a psicóloga Maria Cristina Ramos Brito (2015) em sua coluna no
site Contioutra, tal situação ainda tem o agravante que muita dessas pessoas
esconderem os sintomas para não parecerem fracas ou doentes.
Muitas são as causas desses transtornos, mas quando os mesmos
advêm de fatores externos como é o caso da crise atual? A psicóloga relata
que acontecimentos como estes acabam não se restringindo apenas a rotina
dos negócios se alastrando para vários setores da vida.
O site Paraiba.com.br relacionou alguns sinais de que a crise esta fazendo você sofrer de ansiedade ou depressão:
29
TABELA 2: Sintomas de ansiedade e depressão Ansiedade Depressão
Respiração acelerada Alteração de humor
Taquicardia Perder interesse por atividades antes
atrativas
Mãos frias Insônia
Náuseas Perda ou aumento de apetite
Palidez Modificação de peso
Tremores Dificuldade de concentração
Irritabilidade Cansaço permanente
Dificuldade para se concentrar Apatia
Corpo em permanente prontidão para
alguma ameaça
Ideias suicidas
Fonte: Autoria própria. Adaptada de Paraiba.com.br (2015)
Mas do que procurar ajuda especializada, é necessário que o
empresário neste momento reaja aos acontecimentos e queira realmente a
mudança. Sabe-se que não é fácil mas somente essa atitude fará com que de
fato as coisas melhorem.
É crucial saber separar a vida pessoal da do trabalho e saber
administrar tal situação é essencial para não deixar tais conflitos dominarem
seu corpo. Ter uma boa alimentação, praticar atividades físicas, ter tempo de
lazer, estar com a família e amigos, são exemplos importantes de ações que
são necessárias para manter o corpo e a mente sã para enfrentar as
adversidades, compreender a situação com mais clareza e ter a melhor
tomada de decisão para a empresa possível naquele momento, pois doente é
que nada poderá ser feito.
Mas do que nunca as micro e pequenas empresas tem participação
importante na realidade econômica do país e na construção do seu futuro
mesmo com todas as suas limitações.
As ações de apoio aos micro e pequenos empresários e de incentivo
aos seus negócios, essas nem sempre são apresentadas de forma assertiva,
seja por sua divulgação não se dá de maneira ampla ou porque muitas dos
30
ensinamentos não serem de acordo com sua realidade. Mas o país tem seu
papel de destaque quando se fala em empreendedorismo e isso talvez se dê
por essa sociedade já demonstrar tal capacidade enraizada em sua cultura, o
que torna seu poder de reviravolta nos momentos mais difíceis mais possível.
Martins e Pieranti (2006, p. 208) cita essa característica brasileira:
“(...) a existência de uma capacidade empreendedora e de um dinamismo empresarial disseminados em todo o país é o grande recurso que diferencia o Brasil de outros países emergentes, e que nos permitiu, muito mas do que escolhas de políticas, superar uma sequencia impressionante de crises (...)”
Além do que é visto a respeito da crise em estatísticas, estudos,
pesquisas, noticiários etc. Que trata-se da realidade em termos empíricos, há
também o fator percepção. Não se fala em outra coisa nas principais mídias e
nesse momento o conhecimento a respeito da que é o real e não só uma
manipulação por um setor contrário, é essencial para se ter a visão crítica a
respeito do que esta sendo passado.
É fato que todo esse clima de expectativa negativa acaba complicando
ainda mais a situação. O importante é não cruzar os braços e deixar que os
fluxos dos acontecimentos deixem guiar os negócios. Cada segmento é um
segmento e cada empresa é uma empresa. Por isso a importância de ter total
domínio do que se faz, pois muitas grandes empresas tiveram grandes
oportunidades justamente em momentos de crise.
A carga de trabalho é enorme e como em sua maioria o dono do
empreendimento trabalha de fato a ponta do negócio, esse acaba se atolando
na rotina da empresa e não tem a percepção do envolta. Ler um jornal, por
exemplo, pode fazer toda diferença. Ali pode esta a informação de algum
evento, uma obra, um acontecimento que seja, na sua rua que não tinha
conhecimento, fazendo a empresa tomar atitudes que podem evitar um
prejuízo ou garantir o aumento da sua lucratividade.
O momento é delicado e por isso a relevância quando se fala em
conhecer o negócio que atua do fortalecimento da marca, da fidelização dos
31
clientes e proporcionar um bom atendimento, serviços e produtos de
qualidade. Tais atitudes são diferenciais que podem fazer o micro empresário a
se destacar em meio aos seus concorrentes e consequentemente ter a
preferencia do consumidor.
32
CAPÍTULO 3
PERSPECTIVAS FUTURAS
O Brasil nos últimos anos vem em uma ascendência em seus números
que fez com que sua posição econômica perante o mundo apresentasse um
grande salto. O país até então estava muito bem visto e com grandes
perspectivas, porém a situação mudou.
Em 2014 a economia brasileira estagnou. Os índices positivos que
estavam acostumados a se apresentarem... simplesmente parou. Completando
a desconfiança esses mesmos índices em 2015 tiveram quedas significativas
com o ajuste fiscal proposta pelo novo ministro da Fazenda afim de “arrumar a
casa”.
Conforme pesquisa recente do Banco Central (G1, 2015), as estimativas
dos economistas das Instituições Financeiras em relação ao PIB e a inflação
não são positivas. Tudo indica para aumento da inflação, retração da economia
e queda de 1,7% no PIB o que significa o pior número em 25 anos. A taxa de
juros também ainda dever ter aumentos até o final do ano, apresentando um
viés para 14,5%.
E como se encontram os números das micro e pequenas empresas em
meio ao cenário macroeconômico?
Conforme já exposto, as micros e pequenas empresas tem um papel
importante na conjuntura atual. Mesmo imersa nesse turbilhão de
adversidades e com a baixa de seu faturamento, pode-se dizer que seus
números em diversas análises se mostram positivos, inclusive em sua
confiança no futuro. Através da pesquisa mensal Indicadores Sebrae-SP,
mostrou que 60% dos entrevistados proprietários de MPEs acreditam na
estabilidade no faturamento para os próximos meses.
No primeiro semestre deste ano houve um aumento de 6,73% na
arrecadação do Simples Nacional em comparação com igual período do ano
passado, conforme dados da Secretaria da Micro e Pequena Empresa e o
Serviço Brasileiro de Apoio às Micro e Pequenas Empresas (Sebrae). Através
dessa informação, podemos verificar que a desconfiança geral do país não
33
abalou o pequeno empresário que acredita no sucesso de suas ideias e
mesmo no cenário apresentado esta iniciando seu empreendimento. Segundo
dados do Sebrae, tudo indica que as formalizações continuarão aquecidas com
boas previsões para o setor de alimentos, consumo domiciliar, reparos
domésticos e reparação de bens duráveis.
Segundo o presidente do Sebrae, Luiz Barretto, os negócios favoráveis
para 2015 têm uma particularidade de atender às necessidades básicas da
população, que têm adquirido novos costumes nos últimos anos, como
serviços e produtos que foram incorporados ao seu dia a dia.
No mesmo relatório é visto também que entre janeiro e maio desse ano,
houve um aumento de empregos nesse segmento com a abertura de mais de
116 mil vagas. Guilherme Afif Domingos, ministro da Secretaria da Micro e
Pequena Empresa, relata que: “Felizmente as expectativas exageradamente
pessimistas não conseguiram derrubar o crescimento chinês das micro e
pequenas empresas, que continuam sustentando o emprego e a renda no
Brasil”, afirmou o ministro, em nota.
Isso mostra e comprova a força das MPEs na economia do país. Mesmo
com seus pequenos recursos, em sua grande maioria, conseguem se destacar
em crescimento e em geração de emprego comparados as grandes
corporações, mesmo que em menor proporção visto a situação econômica.
É importante frisar, que os dados apresentados reflete o segmento de
maneira global e sabe-se que infelizmente muitos não conseguiram (ou não
estão conseguindo) driblar a situação com tanto sucesso. É visto que quem
estava em um setor diretamente afetado pela crise e não havia suporte para
aguentar a grande queda de faturamento, teve seu negócio exprimido
resultando na redução do quadro de funcionários e até mesmo finalização do
empreendimento. A boa notícia é que 2016 as estimativas são melhores!
Por conta das medidas de ajustes fiscais e econômicos promovidas pelo
governo federal, já espera-se que em 2016 o Brasil já apresente melhoras em
seus indicadores, apresentando recuperação tímida, mas com pouca
probabilidade de crescimento como ocorrido entre os anos de 2003 e 2010. As
empresas ainda devem de certa forma sentir os impactos até meados de 2016,
porem com melhores números.
34
De acordo com boletim Focus para 2016, a expectativa é que diferente
do que esta ocorrendo em 2015 ao qual o PIB esta mostrando uma retração,
em 2016 começa apresentar um crescimento e a inflação uma diminuição.
Para a taxa de juros (Selic), os economistas acreditam que encerre o ano com
números menores que apresentam em 2015 diferente do cambio, que se
espera que permaneça elevada como agora.
O ex-presidente do Banco Central e atual sócio - diretor da empresa de
consultoria Tendências Consultoria Integrada, o economista Gustavo Loyola,
em abril de 2015 apresentou também em seu trabalho intitulado Perspectivas
da Economia Brasileira, projeções positivas para a economia em 2016. Segue
abaixo um resumo de como podemos esperar a economia de 2016, frente a
2015:
TABELA 3: Resumo Projeções Econômicas para 2015-2016
Indicador 2015 2016
Crescimento do PIB (%) - 1,4* 1,0
Inflação (IPCA) (%) 8,1 5,4
Taxa de desemprego (%) 6,3 7,0
Crescimento da massa salarial (%) -1,3 -1,4
Taxa de juros – Selic (%) 13,5 12,0
Taxa de Cambio (R$ - US$) 3,06 3,34
Conta Corrente – Balanço de Pagamentos (US$ bilhões)
-89,0 -80,0
Fonte: Adaptada de Loyola, 2015, p.21
Porém a cautela é necessária, pois mesmo os números apresentando
tendências positivas para 2016 comparados ao de 2015 o país ainda vai
precisar de alguns anos para sua recuperação plena, as medidas de ajustes
fiscais do governo não são suficientes para recuperação total do país em curto
prazo. Até na economia mundial a previsão é que o crescimento seja de
maneira mais lenta, até por causa ainda do seu cenário de recuperação, porém
seus índices, de acordo com relatórios do FMI não deixam de ser positivos.
35
O ajuste será necessário e é certo que a população terá que pagar pelos
desmandos e pelas ações não tomadas do passado mais uma vez.
36
CONCLUSÃO
A todo o momento as informações a respeito da crise que assola o país,
são veiculadas em todas as mídias, todos os dias da semana. A cada instante
um novo protagonista, uma nova descoberta de corrupção nos órgãos e
empresas ligadas ao governo torna a instabilidade no país maior e os
governantes parecem não se entender em pró de uma resolução para o que é
mais importante: fazer com que o Brasil volte a crescer.
O momento é complicado, não há dúvida. O que o Brasil vive hoje não é
só um problema econômico, mas sim envolve política o que torna o problema
mais grave. As esferas envolvidas não se entendem não conseguindo, juntas,
chegar a uma solução que será próspera para o país e não para seus
interesses.
Para sobrevivência em meio ao turbilhão, ao qual o país está passando,
as empresas precisarão se diferenciar e criar maneiras para se vê longe da
zona do perigo, de vê seu empreendimento falecer.
De acordo com Christian Travassos, gerente de economia da Federação
do Comércio do Estado do Rio de Janeiro (FecomercioRJ), apostar em um
bom atendimento estreitando o relacionamento com clientes é um trabalho
importante em um momento instável e de desconfiança como atual. “O
consumidor brasileiro esta ressabiado. Portanto, estabelecer uma boa relação
com os clientes é forma de o microempresário conseguir atravessar esse
momento ruim” sugere. Travassos cita também que “o que diferencia, por
exemplo, o pequeno varejo das grandes redes é a proximidade com o cliente”.
O presidente da Associação de Micro e Pequenas Empresas do Alto
Vale do Contestado (AMPE), Odelir Neves, diz que a principal causa que leva
as empresas a fecharem as portas é a falta ou precariedade na gestão e
administração do seu negócio.
O conhecimento do seu ramo é essencial para que o negócio tenha um
mínimo de chances de sucesso e que seja estável. Somente com
conhecimento o empresário estará capacitado para produzir de maneira eficaz
no momento de instabilidade e de produzir ideias criativas para sua
diferenciação frente aos concorrentes.
37
Uma pesquisa do Sebrae sobre expectativas de negócios para 2015
aponta que quem está com recursos disponíveis para investir , o marketing
virtual é uma excelente aposta, sendo uma estratégia eficiente para estimular
as vendas. "Hoje, até por uma questão de custo, as redes sociais estão sendo
largamente utilizadas pelos microempresários para a divulgação de produtos.
Muitos deles contratam também links patrocinados, cujo custo é muito baixo",
afirma o coordenador de projetos da Fundação Nacional da Qualidade (FNQ),
Luiz Malta.
Outra estratégia também utilizada é a diversificação dos produtos e
serviços oferecidos. Muitos empresários estão inserindo em seu portfólio novos
produtos e agregando serviços extras para seus consumidores. As mudanças
vão além, os processos também são alteradas possibilitando economia e
agilidade. A mudança é essencial, porém difícil. Muitos negócios se veem
imersos em dificuldades, mas se recusam alterar seus procedimentos e
estratégias. Um exemplo disso são empresas familiares ou pequenos negócios
que já possuem um longo período no mercado e não entendem que as
mudanças chegaram para todos e que é preciso se reinventar.
Redução de custos é o que mais se busca neste mundo globalizado. As
empresas estão em uma sociedade capitalista onde o lucro (o maior possível)
é o que determina seu sucesso. Em tempos de crise a importância dada ao
tema torna-se ainda mais evidente, visto que isso se torna uma questão de
sobrevivência.
Infelizmente, a maiorias dos empreendimentos em sua análise de
redução de custos tem em sua primeira atitude o corte de seus empregados,
estimulando ainda mais a crise vivenciada. Não que essa atitude seja
necessária ser tomada em algum momento, mas a questão é que muitos
empresários a consideram como primeira opção, sem antes se quer fazer uma
análise de seus custos e verificar o que pode ser alterada na rotina empresarial
a fim de diminuir seus gastos e assim fazer economias significativas sem
diminuir sua mão de obra. Esse tipo de gestão também significa no futuro,
quando a empresa já estiver em sua atividade plena, em um gasto com
recrutamentos, desenvolvimentos e treinamentos do novo pessoal.
38
Trabalhar com a redução da margem de lucro de maneira eficiente,
pode se transformar em uma grande estratégia em tempos ruins. Em tempos
de juros altos, as vezes, por mais que se trabalhe com redução de energia e
combustíveis, por exemplo, não é suficiente para as contas se ajustarem. Uma
negociação com os fornecedores para prazos e descontos de pagamento é
uma excelente ideia para reduzir seus custos sem comprometer a qualidade do
negócio.
O benchmarking é outro fator que pode aumentar sua competitividade.
Analisar as estratégias adotadas por outras empresas do mesmo ramo de
atividade que estão obtendo sucesso pode se tornar um grande passo para a
mudança de atitude e determinar o sucesso do negócio. Antes de iniciar tal
estratégia o empresário precisa delimitar o que realmente ele precisar saber
para melhorar. Chegar sem o mapeamento definido do que irá se extrair não o
ajudará no objetivo e no sucesso da estratégia.
Planejar os objetivos e ter uma meta traçada são atitudes importantes
para uma gestão estratégica. Seguir sem um direcionamento é perigoso. O que
se verifica em muitos empresários é por terem um largo conhecimento prático
dos seus negócios, são resistentes a ouvir opiniões novas ou procurar ajuda
especializada. Como sempre foram acostumados a seguir sem nenhum
controle de suas finanças, acreditam que isso sempre dará certo. Procedendo
dessa forma, poderá até incorrer no sucesso, porem terá sido por um único
fator: sorte. E quem quer apenas contar com ela?
O que vemos se apresentar aos microempresários nesse atual mercado
dinâmico, são que os mesmos acabam sendo atropelados pelas novas
maneiras de se conduzir o negócio e vão ficando para traz. É de suma
importância ter-se um mínimo de planejamento sobre suas ações futuras, bem
como planos extras caso uma possível instabilidade atinja seu negócio.
Ser estratégico é a palavra e tal atitude esta diretamente ligada aonde
se quer chegar e a missão do negócio. Com a avaliação das variantes que a
rodeiam, é possível delimitar suas ameaças e onde pode ir além e obter mais
lucratividade. Como já foi abordado, nem todas as empresas estão fadadas ao
fracasso em momentos de turbulência econômica, as oportunidades podem
surgir nos momentos mais inóspitos, mas para isso é necessário está atento
39
aos sinais e preparado para os investimentos na nova ideia, caso seja
necessário.
Além disso, ser criativo, responsável e se munir do máximo de
informações a respeito do seu negócio, do seu segmento e de seu público
alvo, são grandes atitudes que tornará o pequeno empresário mais competitivo
frente aos seus concorrentes e os acontecimentos externos. Mais do que isso,
elas podem ser a diferença entre os que sobreviverão e os que ficarão pelo
caminho.
40
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