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UNIVERSIDADE CANDIDO MENDES PÓS-GRADUAÇÃO “LATO SENSU” PROJETO A VEZ DO MESTRE OS NOVOS DESAFIOS DO TRABALHADOR DIANTE DA ERA DA INFORMAÇÃO Por: Eliane Gonçalves Ribeiro Marques Orientadora: Prof. Adélia Maria Oliveira de Araújo Brasília/DF 2010 DOCUMENTO PROTEGIDO PELA LEI DE DIREITO AUTORAL

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UNIVERSIDADE CANDIDO MENDES

PÓS-GRADUAÇÃO “LATO SENSU”

PROJETO A VEZ DO MESTRE

OS NOVOS DESAFIOS DO TRABALHADOR DIANTE DA ERA DA

INFORMAÇÃO

Por: Eliane Gonçalves Ribeiro Marques

Orientadora:

Prof. Adélia Maria Oliveira de Araújo

Brasília/DF

2010

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UNIVERSIDADE CANDIDO MENDES

PÓS-GRADUAÇÃO “LATO SENSU”

PROJETO A VEZ DO MESTRE

OS NOVOS DESAFIOS DO TRABALHADOR DIANTE DA ERA DA

INFORMAÇÃO

Apresentação de monografia à Universidade

Candido Mendes como requisito parcial para

obtenção do grau de especialista em Gestão de

Recursos Humanos

Por: Eliane Gonçalves Ribeiro Marques

AGRADECIMENTOS

À minha família, meus amigos

e colegas de trabalho, que direta

ou indiretamente contribuíram para

a realização deste trabalho.

DEDICATÓRIA

Dedico ao meu esposo, que tanto

contribuiu para a realização deste trabalho

e aos meus filhos Paulo Eduardo e João

Pedro.

RESUMO

Este trabalho buscará compreender as influências que a tecnologia da informação produz no mercado de trabalho. Nos três capítulos trabalhados, vamos buscar responder quais são os impactos trazidos pela implantação dessa tecnologia na vida do trabalhador, quais são seus principais desafios e oportunidades, os seus pontos positivos e os negativos no cotidiano dos postos de trabalho, como ela afetou na configuração da ética profissional, por fim, o que ela reserva para o futuro, na vida do trabalhador.

Sabemos que a inserção do novo sempre traz mudanças, requer adaptação na velha ordem de pensar e de agir; porém, nunca na história da humanidade as mudanças ocorreram de forma tão rápida como após a implantação das novas teias de comunicação. Uma grande massa de trabalhadores não consegue responder aos avanços constantes das novas tecnologias de informação, ficando a margem do processo de qualificação que as empresas requerem, e muitos outros são excluídos pela substituição do homem pela máquina.

O setor bancário foi um dos primeiros a sofrer estas alterações, e podemos perceber que ainda hoje, são nítidas as transformações nas rotinas de trabalho trazidas pelo avanço da tecnologia de informação. As grandes baterias de atendentes de caixa dentro das agencias foram substituídas por máquinas, geralmente do lado de fora dos bancos, sem contar que mais de 80 por cento das operações bancárias são feitas das casas ou empresas dos correntistas, através dos computares pessoais, note books, celulares; e em um futuro próximo, estas operações bancárias poderão ainda ser feitas por meio da nova TV digital. Os papéis foram substituídos pelos arquivos magnéticos, as intermináveis noites das compensações de cheques hoje são feitas on-line, eletronicamente.

Foi percebendo a importância de entender melhor esse conturbado cenário de constantes mudanças, procurando compreender suas ameaças e oportunidades para o trabalhador que escolhemos este tema, onde estaremos procurando os pontos mais relevantes, tendo em vista que o assunto é de uma multiplicidade e complexidade inesgotáveis.

6

METODOLOGIA

Trata-se de um trabalho experimental, que passa por uma pesquisa de

campo, onde serão elaborados questionários e entrevistas com os

trabalhadores e gestores do Banco do Brasil com mais de 45 anos de idade e

pelo menos 15 anos no mercado de trabalho, com a finalidade de entender

como essa pessoas perceberam em suas vidas as mudanças introduzidas pela

tecnologia da informação nos seus locais de trabalho. Após estes questionários

respondidos se buscará apresentar como resultado um estudo científico, fruto

da análise e interpretação das informações a serem coletadas, que serão

sistematizadas através dos conceitos referencial e teórico, embasados em

pesquisas bibliográficas.

A entrevista será elaborada buscando identificar as mudanças de hábitos

e expectativas relativas às questões sensíveis do trabalhador, principalmente

em como eles se vêem dentro da instituição.

ROTEIRO:

1) Cargo e escolaridade:

2) Há quanto tempo trabalha na empresa:

3) Quais eram suas expectativas de futuro quando entrou na empresa?

4) Quais as mudanças tecnológicas mais relevantes implementadas no

Banco?

5) Quais os pontos positivos dessas mudanças para a sua vida

profissional?

7

6) Quais os pontos negativos dessas mudanças para a sua vida

pessoal?

7) As inovações da tecnologia da informação ajuda ou prejudicam a vida

social? Por que?

8) Como você se sente diante da velocidade das mudanças do mundo

atual?

9) Qual o seu projeto de carreira profissional?

Como principal referência bibliográfica, utilizaremos as obras do

Professor Albertin*, tais como: Administração de informática e seus fatores

críticos de sucesso : um estudo no setor bancário privado nacional. São Paulo,

1993 - Dissertação (Mestrado em Administração) - Faculdade de Economia,

Administração e Contabilidade, Universidade de São Paulo, e Comércio

eletrônico: um estudo no setor bancário. São Paulo, 1997 - Tese (Doutorado

em Administração) - Faculdade de Economia, Administração e Contabilidade,

Universidade de São Paulo.

8

SUMÁRIO

INTRODUÇÃO 09

CAPÍTULO I - A Nova Ética na Era da Tecnologia da Informação 13

1.1 – Desafios e oportunidades na era digital 18

CAPÍTULO II - A Tecnologia da Informação e seus impactos no mercado de

trabalho 21

2.1 – Novas perspectivas na Relação de Trabalho e as novas tendências do

Mercado de trabalho 22

CAPÍTULO III – A influência da tecnologia da informação e seus impactos no

Mercado de Trabalho 33

CONCLUSÃO 39

BIBLIOGRAFIA 41

ANEXO 46

FOLHA DE AVALIAÇÃO 47

9

INTRODUÇÃO

O tema deste estudo é o impacto da revolução tecnológica da

informação nas organizações, sendo que esta pesquisa delimita-se a investigar

os impactos das mudanças trazidos pelo advento do uso dessas novas

tecnologias na vida dos trabalhadores, tendo como recorte delimitador os

trabalhadores do Centro de Suporte Operacional do Banco do Brasil em

Brasília.

A flexibilidade, o dinamismo e a busca constante de novos

conhecimentos, no “novo modelo de trabalho”, vêm tornando, cada vez mais,

pré-requisitos para a construção de uma carreira, na era da tecnologia da

informação.

Como outras conseqüências do novo mundo tecnológico, podemos

citar o paradoxal isolamento causado pelas mídias tecnológicas que leva o

trabalhador a colocar a vida social em segundo plano, resultando no

afastamento dos amigos e da família. O mundo se tornou mais dinâmico e as

mudanças de emprego, ou mesmo de carreira, ao longo da vida se tornam

cada vez mais comuns. O mercado de trabalho se torna mutável como antes

nunca visto, passando cada vez mais a se pensar no curto prazo, refletindo isto

na carreira; o emprego passa a ser de curto prazo, e surge uma falta de

perspectiva de compromisso duradouro com as empresas.

Nos últimos anos as mudanças tecnológicas vêm rearranjando as

antigas corporações e orientando as novas empresas que nascem na era da

10

informação, com o intuito de manter o longo exercício da mesma, onde essa

nova constituição está formatada de tal maneira que propõe a se adequar as

rápidas mudanças, e a encarar de forma positiva os fenômenos, como a

globalização, mudanças políticas, sociais, econômicas e tecnológicas.

O efeito da revolução tecnológica é evidente em toda a história do seu

desenvolvimento, porque cada invenção, cada novo item criado, envolvendo os

interesses dos países mais ricos, empresas multinacionais que procuram

manter o seu poder através deles, de modo especial os serviços de Internet,

móveis, etc., e ainda estão trabalhando para continuar a inovar.

Os vários desenvolvimentos ocorridos na tecnologia permitiram que a

maioria dos seres humanos se adaptasse a este novo estilo de vida, que tem

beneficiado principalmente porque nos diferentes aspectos da sociedade,

muitas coisas antes feitas manualmente, são agora feitas por máquinas

programadas para quaisquer tarefas específicas.

Por outro lado, neste novo cenário - onde o trabalhador encontra-se

desprovido de sua identidade, de suas forças produtivas, pois as inovações

trazidas pela tecnologia da informação expropriam o saber que o mesmo

possuía, fazendo-o se adaptar a estas novas tecnologias - obriga-se a repensar

nas formas de trabalho propostas atualmente.

Ao longo dos anos, as grandes organizações sofreram mutações

profundas; o avanço tecnológico, o surgimento da Internet e dos novos meios

de informações fizeram com que surgissem vários outros problemas

relacionados ao mundo do trabalho. A incessante busca de tecnologias pelas

empresas faz com que a cada momento eclodam novas regras, fazendo com

11

que a necessidade de se encaixar no mercado seja mais forte de que pensar e

refletir sobre sua existência como ser social dentro deste jogo. As regras vêm

sendo colocadas de forma sensível, transferindo para o trabalhador a culpa da

falta de qualificação.

A sociedade atual funciona sob a égide dos conceitos de cunho

tecnológico. Para tanto, crê-se que para entender o conceito de sociedade de

informação é interessante esclarecer grandes questões relacionadas ao mundo

do trabalho vivido atualmente.

A exigência crescente de qualificação e de novas habilidades e

competências para o exercício das profissões convencionais e das novas

profissões criadas pelos novos dispositivos tecnológicos passam por um

repensar profundo sobre a forma com que o trabalhador deve ser inserido

nesse novo mundo hiper globalizado.

Será necessário um repensar sistêmico dos diferentes segmentos da

sociedade - empresa, governo, escola, sindicatos – para criar mecanismos que

permitam, de forma menos drástica, a inserção do trabalhador na era da

revolução da tecnologia da informação. Será fundamental oferecer um suporte

técnico e psicológico para que os trabalhadores possam se enquadrar aos

novos processos de trabalho; mudar hábitos é algo que se leva um tempo, o

que lhes estão sendo negado.

Enfim, o mundo anterior à “Revolução da Tecnologia da Informação”

era mais estável, mais previsível, com perspectivas em longo prazo. O atual

tem a marca da flexibilidade e do dinamismo, mas sem comprometimentos

duradouros.

12

Entender o que as mudanças implementadas pela chegada da

“Revolução da Tecnologia da Informação” provocam na vida dos trabalhadores

é o desafio principal deste trabalho, pois se entende essas mudanças, em uma

análise mais ampla, ultrapassam as meras relações de trabalho provocando

alterações profundas nas relações cotidianas em sociedade. Onde encaixar as

questões humano-sociais neste cenário? Esta será a questão central a ser

buscada nesta pesquisa.

13

CAPÍTULO I

A NOVA ÉTICA NA ERA DA TECNOLOGIA DA INFORMAÇÃO.

“O tempo de curto prazo, flexível, do novo

capitalismo parece excluir que façamos uma narrativa

constante de nossos labores, e, portanto uma carreira.”

SENNETT.

Existem várias definições para ÉTICA; a que buscamos utilizar neste

trabalho a define como “um conjunto de valores ou princípios morais que

definem o que é certo ou errado para uma pessoa, grupo ou organização.”

(CHIAVENATO, 2004, p.269).

Assim, a ética na nova organização do trabalho, vai definir o que é certo

ou errado tanto na relação empresa-empregado, quanto empregado-

empregado. Porém essa ética pode ser moldada, e a tecnologia da informação

tem um importante papel na criação da nova ética do trabalho.

Na celebre obra “A corrosão do Caráter”, Richard Sennett descreve as

armadilhas pelas quais os trabalhadores são vítimas das novas técnicas

administrativas. Entre as armadilhas o autor se dedica ao que ele chama da

ficção de trabalho em equipe, criado pela administração, onde a

superficialidade e o foco no momento imediato, com ênfase na não resistência

e não confrontos são nada mais, nada menos que objetos de dominação.

Segundo o autor, o capitalismo flexível afeta o caráter pessoal,

principalmente porque não propõe condições para construção de uma história

14

linear de vida, sustentada na experiência. Na citada obra, ele mostra através

do personagem “Enrico” como o assalariado, apesar de desenvolver uma

atividade rotineira, consegue construir uma vida planejada, onde conseguiu

acumular condições para tornar realidade seus objetivos baseada no uso

disciplinado do tempo com expectativas em longo prazo. O que não é o caso

de “Rico”, o filho de Enrico, um "discípulo" do capitalismo flexível, em uma

época em que os laços sociais já não se processam em longo prazo, em

decorrência de uma dinâmica de incertezas e de mudanças contínuas de

emprego e de lugares, comportamento que dificulta as pessoas a conhecer os

vizinhos, estabelecer vínculos de amizade e manter laços com a própria

família, impedindo um equilíbrio emocional no que tange a este aspecto.

De fato a tecnologia é o grande agente de transformações e o principal

fator responsável pela criação de novas linguagens, têm contribuído para

mudar o ambiente natural, os padrões de trabalho, lazer e consumo, afetando a

consciência do homem moderno, impondo sua presença nas mais diversas

atividades.

A Tecnologia

“Está transformando a maneira de como vivemos,

trabalhamos e nos divertimos, como acordamos pela manhã,

fazemos compras, investimos dinheiro, escolhemos nossos

entretenimentos, criamos arte, cuidamos da saúde,

educamos os filhos, trabalhamos e participamos ou nos

relacionamentos com as instituições que nos empregam,

15

vendem algo, prestam serviços à comunidade”

(DERTOUZOS, 1997, p.153)“

Diante das mudanças, principalmente com a implantação das novas

tecnologias, surge um novo perfil de trabalho, que é caracterizado por uma

natureza flexível, que ataca as formas "engessadas" da burocracia, as

conseqüências da rotina e traz novos sentidos e significados para o trabalho,

mudando inevitavelmente o perfil dos trabalhadores, em uma realidade onde

prevalece o “curto prazo”. Isto traz uma situação de angústia nas pessoas, que

não tem conhecimento dos riscos que estão correndo e onde irão chegar,

colocando à prova o próprio senso de caráter pessoal.

Há pouco tempo, uma pessoa entrava ainda muito jovem em uma

empresa e saia somente após ser aposentada. Nesta época, o perfil esperado

dos profissionais era de pessoas pacatas, seguidoras, leais, pacientes,

especialistas e executoras. O serviço bancário era tido como um do melhores

trabalhos que existia, o Banco do Brasil era referência de excelente emprego; o

funcionário do Banco do Brasil era o “bom partido” da cidade. Os pais diziam

para os filhos: - Estude bastante para, quem sabe, trabalhar no Banco do

Brasil! Nossos antepassados não tinham tantas opções como nós temos hoje.

Por isso, para eles, a maioria das pessoas que faziam uma faculdade para

serem pessoas reconhecidas e com status na cidade, teria que trabalhar em

um banco ou possuir seu próprio negócio.

O mercado de trabalho atual evoluiu e agora somente ter um diploma

universitário já não é mais suficiente. As exigências são muitas, vão de um

16

segundo idioma (já tem gente dizendo terceiro) até um MBA no exterior.

Pessoas com aquele perfil já são consideradas dinossauros pré-históricos. Isso

mostra como a ética na organização de trabalho mudou em um curto espaço

de tempo, e muito mais rápido e constantemente continuará mudando na era

da informação.

Sennett ensina:

“A moderna ética do trabalho concentra-se no

trabalho em equipe e exige que o trabalhador seja

cooperativo e um bom ouvinte, e acima de tudo, o trabalho

em equipe enfatiza a flexibilidade e a capacidade do

trabalhador para se moldar diferentes circunstâncias”

(SENNETT, 1999 P. 47).

O trabalho em equipe tem como principal característica a sua

interminável automodelação, exigindo dos trabalhadores incansáveis buscas

em prol da sua qualificação, onde o resultado final enfatiza mais a

responsabilidade mútua do que a confirmação pessoal.

Conceitualmente poderia se dizer que a ética empresarial é o

posicionamento da empresa referente aos empregados, clientes, comunidade e

investidores, ou seja, basicamente se coloca como um tipo de conceito moral e

de virtudes aceitáveis dentro do contrato social, que parte do pressuposto, do

respeito coletivo para se manter uma plenitude, de relações arregimentadas

por lei. Para se atingir uma posição mais ética possível, se faz necessário que

suas escolhas e decisões devam seguir por um padrão que prime por um maior

17

numero de valores morais, que está baseado no tripé: lei, valores humanos e

interesses próprios.

O que se observa atualmente é que as atitudes das empresas em prol

do coletivo, quando existentes, servem para fazer com que a sua imagem seja

a melhor possível, na qual o respeito pelo próximo configure-se em uma

promoção para organização. Visto que a ética em todo esse preâmbulo é

utilizada de acordo com a necessidade da empresa, com isso mostra que a

ética vem a reafirmar as necessidades organizacionais.

“A visão dos empresários está muito direcionada à

condução do seu negócio, dando ênfase ao pragmatismo da

aplicação das novas tecnologias, visando basicamente a

produtividade, a lucratividade, a perenidade da empresa e a

satisfação do cliente”(VIGNERON,1996, p.144)

De acordo com Sennett, “a ética do trabalho, como a entendemos

comumente, afirma o uso auto disciplinado de nosso tempo o valor da

satisfação adiada” (SENNETT, 1999, p. 32). Diante das colocações, demonstra-

se que a ética é mais uma ferramenta de controle, que nos leva a estar

intimamente ligados aos preceitos morais da nossa sociedade.

Atualmente tem sido muito questionado o conceito de ética e moral

dentro das organizações, pois este caráter nem sempre é identificado por

ambas as partes, e quase sempre a empresa é a parte em destaque. Está em

moda e é ponto positivo, tanto para promoção da imagem da empresa tanto

quanto como ferramenta de marketing, dizer que a empresa é socialmente

responsável ou ética e ainda que é sensível às necessidades sociais e

18

ambientais, porém este jogo de palavras e de conceitos não convive

harmoniosamente com as necessidades e responsabilidades para com os

operários e/ou trabalhadores.

Hoje, se faz necessária a revolução da idéia que temos sobre ética. É

preciso ser ético porque realmente acredita nos valores que prega e nos

princípios que propõe. Ser verdadeiro nas relações, não fazer as coisas só

porque pode estar sendo observado ou julgado, e não fazer porque alguém

está mandando, mas sim, porque vê a ética como um meio de humanização

das relações, neste mundo onde tudo está cada dia mais mecanizado e

artificial.

É através do comportamento ético que se definem as relações de

trabalho e se criam laços entre as pessoas. Uma pessoa ou uma empresa

antiética não é confiável. Se uma empresa é antiética, pode até atingir o topo,

mas terá dificuldades em manter-se nele. Uma empresa que preza pela ética

tende a crescer, e junto com ela, as pessoas que a compõem, e também a

sociedade. A vida em grupo só é possível se isso ocorrer; se todas as pessoas

e organizações prezassem por isso, com certeza a sociedade seria muito mais

humana, e as pessoas seriam mais felizes.

1.1 - Desafios e Oportunidades na Era Digital

A Tecnologia da Informação tem sido considerada como um dos

componentes mais importantes para o desenvolvimento das empresas,

19

tornando-se um diferencial de competitividade e um divisor de águas entre o

sucesso e o fracasso de uma organização.

Vários são os benefícios trazidos pela TI para as organizações e para as

pessoas, dentre eles se destacam a melhoria do relacionamento empresas-

clientes, inovação de produtos e serviços, novos canais de atendimento, novas

oportunidades de negócios e empregos.

Outro ponto importante que deve ser levado em conta, no ambiente de

trabalho é a troca de informação em tempo real e todo um controle do fluxo de

trabalho que pode envolver membros de uma equipe em diferentes estações

de trabalho.

Porém, segundo Albertini (2005), o uso da Tecnologia da Informação

também pode provocar efeitos negativos nos indivíduos, tais como perda da

capacitação pela inovação, diminuição do nível de emprego, distanciamento

social, entre outros.

A pesar da forte iniciativa da sociedade de informação para que haja

uma expressão crescente e continua da classe de trabalhadores no ramo do

conhecimento há indicadores que se opõem a essa “marcha natural”.

Exonerando alguns trabalhadores do ramo do conhecimento de serviços e

tornando supérfluo e incerto seu futuro.

Em muitos modelos organizacionais, o trabalhador é forçado a

interiorizar cada vez mais conceitos, tais como, produtividade, capacitação,

otimização, qualidade total, dentre outros. Apresentando estas questões como

fatos normais e usuais a todos, dando ao trabalhador o sentido de importância

para a organização, uma peça necessária para o quebra cabeça, ou seja, ele

20

não percebe o condicionamento ao qual está sendo submetido, assumindo as

conseqüências da tecnologia, no instante em que ele toma para si a

necessidade de está sempre atualizado para não ser descartado da estrutura,

e para ser competitivo tem-se de conhecer cada vez mais, e desta maneira

maioria das vezes não se discute a velocidade com que avança a tecnologia, e

sim apenas procura-se adequar a esta realidade.

O maior medo que aflige a vida do trabalhador é o desemprego, daí a

pergunta: a tecnologia da informação gera desemprego? Para Dupas (1999),

sim, ele afirma que a automação junta com as novas tecnologias acabam com

o emprego. Segundo o autor, socialmente a tecnologia traria mais

desvantagem do que vantagens. Ele afirma que o número de trabalhadores

estáveis vem caindo gradativamente e tende a cair ainda mais, e como

alternativa, o emprego informal e precário tem crescido consideravelmente, e a

tendência geral acaba sendo a menor criação de postos de trabalho pelas

grandes corporações.

“As empresas continuam a necessitar de serviços, o

trabalho existe. O que está deixando de existir é o vínculo

empregatício, que estabelecia uma relação mais duradoura

entre o empregador e o empregado, para uma relação

temporária, onde satisfeitas as necessidades da empresa,

encerra-se a relação. Dentro dessa perspectiva, pode-se

estar prestando serviços a mais de uma empresa ao mesmo

tempo”. (FRANCINI, 2000, WEB)

21

Por outro lado, há os que vêem mais oportunidades do que desafios

nesse novo mundo: com o uso cada vez mais elevado dos computadores em

todos os ramos de atividade, os profissionais que se capacitarem continuarão a

ser muito procurados no futuro. O profissional de TI com visão estratégica e

que saiba como a tecnologia pode ser decisiva para os negócios, sempre terá

oportunidades no mercado de trabalho.

CAPÍTULO II

A TECNOLOGIA DA INFORMAÇÃO E SEUS IMPACTOS NO MERCADO DE

TRABALHO.

Neste capítulo serão apresentadas as principais ferramentas e

inovações trazidas pela tecnologia da informação para as empresas, como elas

estão afetando, de forma positiva ou negativa, a relação da empresa e o

trabalhador, e os principais pontos que as novas mudanças trazidas pela

revolução da informação trouxeram para as relações de emprego e carreira do

trabalhador, trazendo os novos desafios e as novas oportunidades oferecidas

por essas novas tecnologias.

22

2.1 – Novas Perspectivas na Relação de Trabalho e as novas

tendências no Mercado de Trabalho.

Pode ser criado um cenário de futuro em que se aponta as principais

possibilidades que a tecnologia da informação pode criar para o mercado de

trabalho; como ela pode melhorar a vida do trabalhador, na geração de

emprego e qualidade de vida para as pessoas; quais as medidas que deverão

– ou poderão - ser tomadas para que os seus efeitos negativos sejam

minimizados ou erradicados.

Neste início de século XXI, qual será o futuro do mercado de trabalho? A

informação eletrônica marcará o terceiro milênio, porque o mundo virtual está

crescendo de maneira assustadora. Tínhamos em 2001 1,3 milhões e 100 mil

brasileiros internautas, enquanto em 1995 eram apenas 5 mil. Nos Estados

Unidos já são 109 milhões os que têm acesso à internet, com a possibilidade

de viajar de um lugar para outro na busca dos produtos desejados e podendo

materializar na hora as informações através da impressão.

Trata-se de um instrumento muito prático, eficaz e rápido hoje. Para

procurar informações não é mais preciso sair de casa, gastar dinheiro com

transporte ou dispensar tempo para ir à biblioteca, basta somente ligar o

computador, entrar na Internet e com uma rapidez impressionante, pode se

conseguir tudo aquilo que se quer, todavia, a informação On-Line é mais um

mecanismo de construção da renda nas mãos dos novos empresários que são

os donos dos meios eletrônicos, anteriormente, eram donos dos meios de

produção, hoje se tornaram empresários eletrônicos com o rosto global.

23

As empresas do mundo moderno passam por grandes mutações. Vale

de tudo para se manter no mercado: fusões, cisões, incorporações, aquisições

de co-irmãs de ramos diferentes. Tudo isso tem um forte impacto no mundo do

trabalho. Quando há fusões, a tendência é que o emprego total das empresas

fundidas se reduza. No caso das aquisições, os quadros de pessoal tornam-se

mais heterogêneos. Na racionalização dos negócios, cresce a terceirização. No

mundo inteiro, o emprego fixo e de longa duração se retrai e as novas

modalidades de trabalho se expandem – a subcontratação, o trabalho por

projetos, a atividade autônoma, o teletrabalho, o trabalho virtual, etc. Na

verdade, o mercado foi dividido em dois mundos: o do emprego, onde estão os

postos de trabalho fixos, e o do trabalho, onde as atividades podem ser

realizadas fora das empresas.

A tendência é que no mundo do futuro haja menos emprego e mais

trabalho; O avanço tecnológico permitirá aos trabalhadores abandonarem a

relação de subordinação, que é característica dos empregos convencionais, e

adquirirem a liberdade, que é marca do trabalho moderno. Neste processo,

será inevitável o surgimento de uma série de novos conceitos nos campos do

direito e das relações de trabalho, pois ambos se baseiam na relação de

subordinação entre empregado e empregador.

Por outro lado, com as mudanças, aumenta cada vez mais a

necessidade da qualificação e da flexibilidade. Antes, bastava que o

trabalhador soubesse fazer bem o seu trabalho. No novo mundo do trabalho, é

fundamental ter uma boa base educacional e vontade de se aperfeiçoar

continuamente, além de saber fazer o seu trabalho. Diante da grande

24

velocidade das mudanças nas tecnologias, as empresas necessitam de um

novo perfil, e a educação torna-se o elemento-chave para a empregabilidade

dos trabalhadores e para a competitividade das empresas. No mundo do

futuro, continuará a ter grande valor a pós-graduação, o MBA e o fato de ser

bilíngüe e informatizado. O profissional que buscar espaço nesse mercado

deverá, preferencialmente, possuir também em seu perfil algumas

características básicas: iniciativa própria, criatividade, liderança, aprendizagem

contínua, boa comunicação, agilidade e flexibilidade, habilidade para lidar com

pessoas e saber trabalhar em equipe. Porém, a capacidade e o domínio do

conhecimento, além dos valores pessoais, serão essenciais e continuarão a

agregar valores aos trabalhadores.

Diante de tantas exigências no mercado de trabalho, o planejamento da

carreira torna-se fundamental.

Thomas Malone, no artigo “O Futuro dos Empregos”, escreve:

“É importante planejar a carreira que queremos para

o futuro, pensando sobre as áreas nas quais se tem mais

competência e afinidade. Depois dessa seleção fica mais

fácil pensar em trabalhos remunerados e não remunerados

(como a atuação numa ONG, por exemplo), que,

combinados, ajudam um profissional a ganhar experiências

e assim desenvolver a carreira” (Revista Você S/A, ed. 140,

web).

25

Ainda segundo MALONE, o livre acesso à informação vai ajudar a nova

geração a conseguir embasamento teórico para escolher, de maneira mais

sensível, os rumos da carreira e da vida.

Na conclusão do seu artigo o autor faz uma previsão:

“no futuro o profissional vai preferir ter o respeito e a

admiração de sua rede de contatos do que ostentar um

cargo executivo no cartão de visita. E, mais importante, o

sucesso não será medido apenas pelo dinheiro. As pessoas

passarão a dar mais valor à satisfação pessoal: o trabalho

precisa trazer também felicidade” (Revista Você S/A, ed.

140, web).

Vista a partir de uma perspectiva global, a mudança nos mercados de

trabalho está sendo conduzida por forças poderosas e interconectadas: rápidos

avanços tecnológicos (em especial as tecnologias da informação e

comunicação) e a sua difusão mundial, o aumento do comércio e dos

investimentos diretos no exterior, a intensificação da concorrência nos

mercados internacionais e, mais recentemente, as alterações climáticas e a

necessidade urgente de melhorar a gestão da energia e dos resíduos. Juntas,

elas têm o potencial de desencadear transformações importantes nos sistemas

econômicos em todas as regiões do mundo.

“As tendências e forças que podem ser identificadas

hoje moldarão os trabalhos do futuro. Globalização,

envelhecimento da população e tendências sociais,

tecnológicas e nos negócios criarão oportunidades para

26

diversas profissões, com nomes que muitas vezes ainda não

existem atualmente” (CHALLENGER, 2005, p. 56).

Segundo a Organização Internacional do Trabalho (OIT, 2001), é

necessário melhorar a capacidade de instituições da sociedade para coletar e

comunicar informação confiável e atualizada sobre as demandas do mercado

de trabalho, como uma base para melhores escolhas dos processos a serem

aplicados na capacitação do trabalhador. Esse processo de orientação

profissional deve envolver todos os interessados – população, empresas,

governos e instituições de ensino. Ainda para a OIT, um país precisa ter uma

política de desenvolvimento de competências que contemple três objetivos:

combinar a procura e a oferta de novas competências; facilitar a adaptação e a

mitigação dos seus custos; e manter um dinâmico processo de

desenvolvimento. É nesse sentido que os estudos do futuro podem oferecer

uma contribuição, na medida em que prospectam tendências, apontam

caminhos e oferecem um referencial de discussão para o desenvolvimento de

planos estratégicos para que se aja em direção a um futuro desejado.

Diante dos desafios enfrentados no mercado de trabalho, os

profissionais terão que desenvolver continuamente suas competências e estar

atentos à evolução de tendências que determinarão as demandas por

profissionais no futuro. É preciso que os trabalhadores tenham uma postura pró

ativa na definição dos rumos de suas carreiras, devendo monitorar o ambiente,

fontes de inovações e mudanças tanto quando o objetivo é a busca de

oportunidades de negócios como quando o objetivo é desenvolver

competências para se inserir e manter-se no mercado de trabalho.

27

A noção de empregabilidade passa pelo conceito de auto aprendizado,

na medida em que profissionais de todos os níveis devem buscar o

aperfeiçoamento constante para estarem mais bem preparados para enfrentar

o mercado de trabalho e suas mutações, pressupondo uma postura pró-ativa,

no sentido de qualificar-se permanentemente, com o claro objetivo de

permanecer num mercado de trabalho crescentemente competitivo e restrito,

seja através de um vínculo de emprego formal, assalariado ou atuando em

diferentes organizações, mantendo uma demanda freqüente por seus serviços

e obtendo, daí, remuneração permanente (SARSUR, 2001).

Em que pese as críticas de que as empresas tem repassado a

responsabilidade de qualificação dos seus empregados a esses, quando essa

deveria ser uma tarefa que elas deveria assumir, hoje tornou-se inquestionável

a necessidade do trabalhar buscar o auto aprendizado, seja pelos meios

disponibilizados pelos empregadores, quando estes existirem, seja por outros

meios de ensino e qualificação profissional público ou privado, pois o mercado

de trabalho é altamente seletivo, e só terá acesso ao emprego que atender aos

exigentes critérios de seleção imposto pelas empresas ao comporem seus

quadros de empregados.

“A tecnologia da informação tem sido amplamente

realizada em todas as áreas funcionais das organizações,

apenas nos últimos anos começa a ser respeitada como

uma ferramenta para alavancar o processo de mudança na

gestão de pessoas” (ALBERTIN, 2001, p.29).

As inovações tecnológicas, principalmente a partir do século XVIII, com

o advento da primeira Revolução Industrial, proporcionaram maior velocidade

28

ao processo de transformações, levando a mudanças significantes no mundo

do trabalho. Desde a administração cientifica de Taylor, a introdução da esteira

dentro do processo produtivo, a máquina a vapor, o processo corte metalúrgico,

e a substituição de ferramentas manuais por máquinas; depois, já na segunda

metade do século XIX, quase cem anos depois, com a segunda Revolução

Industrial, os avanços nos sistemas de transporte e de comunicação,

desencadeando as primeiras inovações com os primeiros barcos a vapor,

locomotivas, revestimentos de pedras nas estradas, telégrafos, a descoberta

da lei da corrente elétrica e do eletromagnetismo. Dá para imaginar a

quantidade de mudanças que estes setores promoveram ou mesmo

promoveriam num futuro próximo.

No setor têxtil a concorrência entre ingleses e franceses permitiu o

aperfeiçoamento de teares; o aço tornou-se uma das mais valorizadas

matérias-primas; a indústria bélica sofreu significativo avanço, acompanhando

a própria tecnologia metalúrgica. A explosão tecnológica conheceu um ritmo

ainda mais frenético com a energia elétrica e os motores a combustão interna;

a energia elétrica aplicada aos motores, a partir do desenvolvimento do

dínamo, deu um novo impulso industrial. Movimentar máquinas, iluminar ruas e

residências, impulsionar bondes. Os meios de transporte se sofisticam com

navios mais velozes. Hidrelétricas aumentavam, o telefone dava novos

contornos à comunicação, o rádio, o telégrafo sem fio, o primeiro

cinematógrafo, a indústria química, o automóvel movido à gasolina e o motor à

diesel. Eram sinais evidentes da nova era industrial se consolidando. As novas

29

tecnologias revolucionavam os limites da imaginação criativa e avançavam a

passos largos.

As distâncias entre as pessoas, entre os países, entre os mercados se

encurtariam. Os contatos mais regulares e freqüentes permitiriam uma maior

aproximação de mundos tão distintos como o europeu e o asiático.

Neste contexto, começam a surgir as grandes empresas, em detrimento

das pequenas unidades de produção, onde cada vez mais a tecnologia da

informação invade a vida das pessoas e das organizações, provocando

profundas transformações em seus cotidianos.

O desenvolvimento tecnológico sempre consistiu a plataforma básica

que impulsionou o desenvolvimento das organizações e permitiu a

consolidação da globalização (CHIAVENATO: 2004). Seus efeitos são

evidentes no nosso dia a dia, se mostrando nas mais diversas áreas. Porém,

nenhuma tecnologia é tão evidente na atualidade quanto a tecnologia da

Informação, de modo especial os serviços de Internet, e a telefonia móvel.

Com o avanço cientifico da tecnologia da informação, o taylorismo voltou

a ser empregado como principio administrativo funcional, primando pela

padronização do trabalho manual quanto pelo administrativo. Portanto a sua

doutrina orienta os trabalhadores a uma constante reciclagem por isso, a sua

alusão é direcionada para uma empresa, que deve concentrar todo seu efetivo,

sem exceção, no departamento de planejamento. Propondo com seu método

de administração a descentralização das administrações, acabando com a

hegemonia hierárquica, depositando nas mãos da massa operária o encargo

de gerenciar e deliberar as ações das empresas.

30

Dando continuidade a esse processo as empresas se informatizaram

criando setores de processamento de dados, mas em contrapartida esse

processo tornou os funcionários “escravos do computador” meros

alimentadores de maquinas, sem o mínimo de censo crítico diante da função

que esta executando, sem nenhuma autonomia funcional. Percebemos que é

necessário o mínimo de conhecimento ou treinamento para executar as tarefas

rotineiras no computador.

O conhecimento segundo a ótica da sociedade de informação interfere

na estrutura do trabalho, no sentido de que essa tecnologia não diminui o nível

de conhecimento dos funcionários, ajudou na expansão de novos tipos de

trabalho na área de informação, substituindo trabalhos obsoletos, não

automatizados de rotina e de nível baixo pela automatização.

Desse cenário surge uma grande questão: a tecnologia de informação

aumenta ou diminui o nível de emprego? Em resposta a esse questionamento

existem duas grandes vertentes de pensamento: a pessimista pensa que essa

nova ordem tecnológica gera uma grande turbulência e desagregação no setor

desenvolvendo uma nova ordem econômica capitalista. Outra otimista ou

realista acredita que os novos empregos gerados pela tecnologia de

informação são esperança de uma fase de prosperidade, voltaremos a discutir

esse assunto no próximo tópico.

Voltando ao papel das novas tecnologias da informação e sua influência

no setor de gestão de pessoas, vale ressaltar que outras características

importantes: substituir atividades transacionais rotineiras por sistemas de

31

informação ágeis e confiáveis; facilitar os processos de negociação por

fornecer aos gerentes e funcionários acesso direto à informação.

“A formulação de um sistema de informação é

capaz de auxiliar também os processos de tomada de

decisões, produção, inovação e o controle gerencial. Estes

sistemas ainda podem possibilitar aos gestores analisar e

monitorar as tendências do planejamento estratégico da

empresa, diminuindo as decisões tomadas baseadas mais

em impressões e na experiência empírica e não

sistematizada” (RUGGIERO; GODOY, 2006, p.71).

Na opinião dos autores Broderick e Boudreau (1992), “a tecnologia da

informação tem enorme potencial para fazer o RH mais competitivo”. O autor

considera ainda algumas importantes formas de interferência da TI na área de

RH as quais envolvem o planejamento e investimento das habilidades da força

de trabalho, investimento em banco de dados e equipamentos, organização da

forma de trabalho e o próprio gerenciamento de recursos humanos.

No ponto de vista de Turban, McLean e Wetherbe, a área de TI pode

servir de apoio nos processos de recrutamento e seleção, treinamento,

desenvolvimento e manutenção dos recursos já existentes na empresa. Pode

também contribuir no planejamento e gerenciamento das relações trabalhistas,

disponibilizando as informações no tempo certo, baseadas na adequação de

qualidade e custo e prestar apoio no desenvolvimento das equipes, por meio

do autogerenciamento, sem necessitar a presença dos gestores da área e

também do RH, a todo o momento (TURBAN, MCLEAN E WETHERBE, 1996).

32

Fato é que as novas formas de comunicação influenciam o cotidiano das

pessoas e das empresas; nenhum avanço até o momento tem mudado tão

profundamente os hábitos e comportamentos. A velocidade com que se

transmitem imagens, sons e dados encurtam distâncias e racionalizam os

processos. Hoje, os escritórios virtuais desafiam fronteiras; reuniões acontecem

com os participantes a centenas e milhares de quilômetros de distâncias umas

das outras, através dos vídeos e áudio conferências; sabemos que até

julgamentos de réus já vem acontecendo através desses recursos, no judiciário

brasileiro.

“Graças ao desenvolvimento das telecomunicações

e graças às estradas da informação, novas formas de

trabalho e de administração da informação estão

aparecendo.” (VIGNERON,1998,p.246)

Hoje vivemos uma fase de profundas transformações. De acordo com

Drucker, “nenhum século na história da humanidade passou por

transformações sociais tão radicais como o século XX” (DRUCKER, 1996,

p.47),. “Isso acarretou mudanças qualitativas e quantitativas nos problemas,

processos e estruturas das empresas, sociedades e governos” (OLIVEIRA,

2004, p.107). Alguns autores a denominam de Terceira Revolução Industrial e

Tecnológica, com mudanças no ponto de vista econômico, social, político e,

sobretudo, das tecnologias. “Há sinais tanto no que diz respeito a inovações

positivas com relação ao trabalho, como sinais também de regressão social”

(POCHMANN: 1999, p. 14).

33

CAPÍTULO III

A INFLUÊNCIA DA TECNOLOGIA DA INFORMAÇÃO E SEUS

IMPACTOS NO MERCADO DE TRABALHO.

“ Profundas mudanças econômicas, políticas e

sociais estão ocorrendo no mundo. estas mudanças estão,

de certa forma, conectadas com a revolução das tecnologias

de informação e comunicação que estão rapidamente e

continuamente se propagando.” (RODRIGUEZ, 2000, p.11)

Em um ambiente cada vez mais competitivo e mutável, com a adoção de

novas técnicas de trabalho onde o número de postos de trabalho tende a

diminuir dia a dia, é preciso acompanhar a velocidade das mudanças. O novo

modelo de trabalho com as novas tecnologias implantadas exige que o

trabalhador se atualize sempre, para que possa se manter no mercado.

Chiavenato afirma:

“o começo da década de 1990 marca o surgimento

da “Era da Informação”, provocado pelo desenvolvimento

tecnológico e pela tecnologia da informação. Essa nova Era

é fundamentada pela Globalização, pela aceleração da

mudança, pela imprevisibilidade, instabilidade e incerteza.

Palavras como produtividade, qualidade e competitividade

ganharam nova roupagem”.( CHIAVENATO, 2004, p.248)

34

Para o autor, existem doze temas que diferenciam a economia da Era da

Informação da velha economia; desses temas, destacam-se para esse trabalho

o 10º - imediatismo e o 12º - discórdia. Segundo o autor, o imediatismo torna-

se o elemento propulsor da atividade econômica, a velocidade; a discórdia diz

respeito às questões sociais sem precedentes que foram recentemente

emergidas, provocando traumas e conflitos que precisam ser administrados.

Com o surgimento da nova era, muitas Escolas e Técnicas de

administração foram criadas para dar conta de responder aos novos desafios

propostos e apresentar soluções práticas às emergências impostas pelas

mudanças e transformações impostas pela Era da Informação: Melhoria

Contínua, Círculo de Qualidade, Qualidade Total, Reengenharia, Gestão de

Projetos, Gestão do Conhecimento e Capital Intelectual. Uma série de novos

termos em inglês, muitas vezes sem palavras sinônimas em nosso idioma

invadiram a administração nas empresas: benchamarking, downsinzing

(enxugamento), outsorcing (terceirização), Just-in-time (produzir em tempo

real), apenas para citar alguns.

No trabalho “Panorama e Indicadores do Uso da Tecnologia de

Informação nas Empresas” in: (ALBERTINI:2006), o autor Fernando Meirelles

aponta que o ramo da economia mais informatizado e o que mais gasta em

Tecnologia de Informação é o dos bancos. Assim, entendemos que o setor

bancário é um dos mais afetados pela nova realidade da Era Digital, devido

principalmente às constantes inovações que o mercado mundial exige, em uma

realidade onde a globalização é cada dia mais evidente.

35

Segundo dados do Banco Central, em 2009, o uso do cheque continuou

a cair, como já vinha acontecendo há alguns anos, e as operações bancárias

via internet superaram a utilização de caixas eletrônicos.

Em texto sobre a evolução do sistema brasileiro de pagamentos de

varejo, a autoridade monetária faz um diagnóstico sobre o crescimento das

transações eletrônicas e suas formas no Brasil. Informa, por exemplo, que os

caixas eletrônicos perderam a liderança que detinham em 2008 na realização

de operações bancárias.

A internet home e Office banking responderam no ano passado por

30,6% das transações com bancos, de um total de 7,87 bilhões operações. O

comodismo e a tecnologia já dominam, constituindo a maioria ou 66,7% dos

acessos bancários sem a presença do usuário.

A revolução da tecnologia da informação é caracterizada no setor

bancário pela menor intervenção humana em suas operações, mudou de forma

drástica a profissão dos bancários, clientes que antes ficavam em grandes filas

para sacar, retirar empréstimos, tirar extratos, transferir dinheiro, pagar contas

agora usam as máquinas de auto-atendimento e a internet para realizar esses

serviços.

“Pode-se observar que o avanço tecnológico,

especialmente da informática, está transformando

sobremaneira os padrões de emprego e comportamento,

com o deslocamento de funções entre os trabalhadores.

Como exemplo, na área bancária, pode-se citar o trabalho

anteriormente realizado pelo digitador (digitação de

36

depósitos, cheques e outros documentos) passou, a partir

das transformações tecnológicas, a ser realizado pelo caixa

ou até mesmo pelo cliente, através dos “caixas-eletrônicos”.

Observa-se, portanto, que cada vez mais as organizações

estão investindo em tecnologia e, em função disso, muitas

das tarefas rotineiras, antes distribuídas entre diversos

trabalhadores, tornam-se mais concentradas, ocasionando,

assim, uma redistribuição e, em alguns casos, uma redução

da necessidade da mão-de-obra humana”. (CAMPELLO:

Internet)

Quem trabalha ou já trabalhou no Banco do Brasil, principalmente

aqueles com mais de 15 anos de empresa, acompanhou em tempo real as

mudanças trazidas pela “nova era” a que se refere Chiavenatto (2004). Com a

implantação da informatização das rotinas e processos de trabalho tanto de

atendimento ao público quanto da execução dos serviços interno, os

trabalhadores acostumados com um modelo tradicional de tarefas foram

submetidos a uma complexa mudança de hábitos, tanto na sua forma de agir

quanto na forma de pensar.

Nos meados da década de 90 com a instalação de redes de

computadores nas agencias, houve uma real necessidade de treinamento dos

funcionários para se adaptarem a uma nova rotina de trabalho que passou a

fazer parte da sua realidade.

O perfil de trabalhador exigido pelo Banco do Brasil mudou, e o desafios

dos antigos empregados da carreira bancária precisava se alinhar a essa nova

37

dinâmica da empresa. Segundo Oliveira (1998), o papel do “novo” bancário é o

de consultor financeiro, o que exige desse profissional uma

qualificação/atualização permanente.

Para atender as suas novas necessidades, o Banco do Brasil criou

programas que estimulava os seus empregados a buscarem a auto-

qualificação, utilizando mecanismos como a reflexão sobre as novas

tendências do mercado de trabalho, planejamento de carreira, desenvolvimento

de competências, avaliação de desempenho, sempre buscando o

aperfeiçoamento do seu quadro de empregados para fazer frente aos novos

desafios impostos pela tecnologia da informação no setor bancário.

Para os novos empregados, esse perfil já era selecionado por meio dos

critérios de exigência no edital do concurso público, o maior desafio era mudar

a maneira de agir e pensar dos antigos empregados acostumados com hábitos

e rotinas de trabalho.

Durante a realização da nossa pesquisa, pudemos perceber uma

preocupação com a busca da qualificação permanente por parte dos

entrevistados, os empregados sentem-se responsáveis pelo planejamento de

suas carreiras.

O primeiro item da entrevista desta pesquisa foi a questão da

escolaridade onde foi percebido que 60% dos entrevistados ou tem curso

superior ou estão cursando. Embora não tenha sido objeto de nosso estudo a

pesquisa, empiricamente percebe-se que o percentual de trabalhadores com

nível superior de ensino entre os empregados mais novos é bem maior.

38

A maioria dos empregados pesquisados já tem mais de 20 anos na

carreira de bancário, sendo muito diversas as suas percepções quanto aos

pontos positivos ou negativos das mudanças trazidas pela tecnologia da

informação para sua carreira profissional; alguns valorizaram mais o lado

positivo das mudanças, enfatizando a agilidade das informações, a facilidade

de comunicação e de participação em treinamentos. Por outro lado, outros

enfatizaram que a informática dificulta o seu trabalho, quando o “sistema sai do

ar” ninguém consegue fazer nada, todos os setores do banco estão reféns dos

“sistemas”, são as máquinas que mandam no banco.

Perguntados se as inovações da tecnologia da informação ajudam ou

prejudicam a sua vida social, a maioria respondeu que ajudam e enfatizaram a

facilidade de comunicação, o celular e a internet, como fatores positivos,

apenas um que se destoou dos demais, dizendo que a tecnologia da

informação aliena o cidadão por meio de uma enxurrada de desinformações

inúteis.

Sobre os seus sentimentos quanto à velocidade das mudanças do

mundo atual, mais uma vez tivemos respostas diversas, sendo que apareceu

em quatro respostas o tema da aposentadoria, o mesmo acontecendo quando

questionados sobre projeto de carreira profissional. Isso se deve ao fato do

recorte feito pelo nosso estudo priorizar quem tivesse mais de 15 anos no

Banco. Pudemos perceber que quanto mais perto de cumprir o tempo para se

aposentarem, menor é o interesse pela construção de carreira no banco, o que

é perfeitamente natural; os funcionários com esse perfil estão querendo deixar

esse tema de velocidade de transformações e carreiras para os mais jovens.

39

CONCLUSÃO

Como podemos perceber ao longo do trabalho, a Tecnologia da

Informação é e será uma realidade inquestionável na vida do trabalhador. Se

ela será benéfica ou prejudicial ao trabalhador vai depender da forma em que

as organizações – empresa, governo e trabalhadores - vão se organizar para

enfrentar os desafios cada vez mais velozes e diversificados que a TI impõe à

sociedade em geral, e especificamente aos seus usuários mais diretos.

Uma coisa é clara nesse nosso estudo a maior parte do trabalho hoje e

em um futuro próximo estará ligada à informação e somente com a qualificação

constante os trabalhadores vão conseguir se manterem no mercado de

trabalho informatizado. Qualificar esses profissionais para estarem aptos a

responder às exigências desse novo mercado de trabalho é uma tarefa de

todos as esferas da sociedade: da empresa, pois só assim ela vai ter mão de

obra qualificada; do governo, para que não qualifique os trabalhadores do país

para receber novas tecnologias e investimentos externos; e do próprio

trabalhador, seja individualmente ou através de associações e sindicatos, para

que assim possam se inserir no mercado de trabalho.

Os profissionais pesquisados no Banco do Brasil possuem essa clara

consciência da importância do planejamento individual de suas carreiras. A

busca por crescimento na carreira dentro do Banco vai além da questão da

remuneração, está ligada também à empregabilidade, pois todos entendem

que seus postos de trabalho dependem dos seus constantes aprimoramentos

técnicos.

40

Por sua vez, o Banco do Brasil direciona investimentos em treinamento e

outras formas de desenvolvimentos dos empregados, disponibilizando

ferramentas e sistemas que auxiliam os trabalhadores a atingirem o seu

crescimento profissional.

Evidente que esse trabalho não teve a pretensão de abranger todas as

dimensões dos impactos da Tecnologia da Informação no mercado de trabalho,

porém, espera-se que este estudo se constitua em um ponto de partida para a

realização de novas pesquisas que possamos continuar desenvolvendo na

nossa carreira acadêmica e profissional, tendo consciência de que os pilares

que norteiam um estudo que busca compreender os impactos que a tecnologia

da informação causam na vida do trabalhador foram abordados, mesmo que de

forma introdutória, neste trabalho, tais como: os desafios impostos por essa

nova forma de trabalho, os rearranjos que ela vem causando na gestão de

pessoas, a sua ética, e principalmente seus pontos fortes e pontos fracos, as

novas oportunidades e ameaças que a acompanham.

41

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46

ANEXO:

QUESTIONÁRIOS

QUESTIONÁRIO PARA PESQUISA DE CURSO DE ESPECIALIZAÇÃO: PERFIL: Funcionário do Banco do Brasil há mais de 15 anos

1) Cargo e escolaridade:

2) Há quanto tempo trabalha na empresa:

3) Quais eram suas expectativas de futuro quando entrou na empresa?

4) Quais as mudanças tecnológicas mais relevantes implementadas no

Banco?

5) Quais os pontos positivos dessas mudanças para a sua vida profissional?

6) Quais os pontos negativos dessas mudanças para a sua vida pessoal?

7) As inovações da tecnologia da informação ajuda ou prejudicam a vida

social? Por que?

8) Como você se sente diante da velocidade das mudanças do mundo atual?

9) Qual o seu projeto de carreira profissional?

47

FOLHA DE AVALIAÇÃO

Nome da Instituição: INSTITUTO A VEZ DO MESTRE

Título da Monografia: OS NOVOS DESAFIOS DO TRABALHADOR DIANTE

DA ERA DA INFORMACAO

Autor: ELIANE GONCALVES RIBEIRO MARQUES

Data da entrega:

Avaliado por: Conceito: