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Programa de Desenvolvimento Educacional – PDE

Artigo Científico para Publicação nos Cadernos PDE 2010.

CURITIBA 2012

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A DESCONSTRUÇÃO DA VIOLÊNCIA ESCOLAR MEDIADA PELAS

TECNOLOGIAS DA INFORMAÇÃO E COMUNICAÇÃO

Autor: Luiz Celso Galino Cassi1

Orientadora: Iolanda Bueno de Camargo Cortelazzo2

Resumo

Este artigo apresenta o planejamento e a execução do projeto de intervenção A Desconstrução da Violência Escolar Mediada pelas Tecnologias da Informação e Comunicação, como ação da gestão escolar. Teve como locus de realização o Colégio Estadual Alfredo Parodi em Curitiba no Estado do Paraná. Implica que a Escola Pública que aprende possa cumprir a sua finalidade formadora diante de tantas informações midiáticas que, sem a devida atenção em filtrar ideias subjacentes de produtores e comunicadores, possa promover a paz. . Idealizado para atender alunos do Ensino Médio, teve autorização para ser concretizado com a participação de alunos de uma turma da 8ª série do Ensino Fundamental. Entende-se que a Desconstrução da violência é um movimento necessário para mitigar a violência escolar, As atividades desenvolveram-se com intenções colaborativas utilizando uma aula semanal do horário da disciplina de Educação Física cedida pela Professora da turma. Nessas aulas houve o encaminhamento teórico-metodológico em relação à violência e ao uso das tecnologias disponíveis para promover a desconstrução da violência escolar. Desenvolver a alteridade, o autoconhecimento e a colaboração dos alunos foi o resultado desta aplicação do projeto em conformidade com as normas escolares.

Palavras Chave: Violência escolar. Desconstrução. Tecnologia. Gestão Escolar.

Alteridade

1 Posgraduado em Análise de Sistemas; em Sindicalismo; em Administração Pública e Gerência de Cidades;

Professor Graduado em Matemática LP do C. E. Alfredo Parodi.

2 Doutora em educação, Professora Adjunto e Coordenadora de Tecnologia na Educação da UTFPR Câmpus

Curitiba.

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Introdução

O presente estudo indica os elementos e os instrumentos da

desconstrução da violência escolar mediada pela tecnologia como ação de gestão

escolar para mitigar a violência no processo educacional.

Explicitado em base conceitual como da alteridade, dos domínios pessoais,

dos mapas mentais, da aprendizagem em equipe, da liderança, da motivação, do

pensamento sistêmico trazidos, pela obra publicada “A Quinta Disciplina“ de Peter

Senge.

Neste contexto específico de conhecimento científico voltado para a escola

pública de Educação Básica da Rede Pública Estadual do Paraná sobre

agressividade, as tecnologias de informação e de comunicação podem auxiliar no

entendimento da violência social na mídia, escrita ou televisionada e inferir como

esse mundo simbólico influencia na tomada de decisão da gestão da escola pública

sistematizada sobre como mitigar a violência e propiciar a elaboração do

conhecimento formal.

A partir destas preliminares, traça-se a relação entre o fazer e o pensar no

âmbito educacional num paralelo entre as escolas públicas de educação básica da

rede pública estadual do Paraná e as escolas que aprendem (aprendentes), ou seja,

as organizações que desenvolvem a capacidade de aprender a aprender, nas quais

as pessoas não têm medo de errar, das falhas ou dos problemas de qualidade.

Refere-se, neste caso às escolas públicas que aprimoram, continuamente, suas

capacidades para criar o futuro sustentável em oposição às escolas públicas que

perdem seus alunos há pelo menos três décadas e que exigem uma ação renovada,

partindo-se da prática, para a reflexão teórica e retorno à prática, visto que, desde a

década de 1980, passa-se por mudanças rápidas com o avanço nas tecnologias das

informações.

As escolas públicas em que as pessoas aprendem por meio de base

conceitual voltada a sociedade do conhecimento compreendem que as organizações

públicas, também, são organizações que aprendem Em seu planejamento

estratégico situacional, remetem-se à elaboração de projetos integrados

prospectivos para o desenvolvimento sustentável.

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Concatenado com esta base conceitual, analisa-se esse espectro externo

do contexto da violência como um problema social que interfere na escola pública,

internamente no seu projeto educacional.

Os problemas e as soluções aparecem constantemente na escola pública

pela própria dinâmica do processo educacional, todavia, não se têm o tempo de

reflexão necessário devido à aceleração com que as decisões precisam ser

tomadas.

Em paralelo, gera a necessidade da compreensão da violência escolar pelo

fato de ser um problema social em decorrência do modelo de gestão pública

adotado pelo setor público relacionado a uma determinada comunidade.

Associando-se a esta base, desencadeia-se a desconstrução da violência

escolar com a reconstrução de um clima de compreensão que passa pela

informação, transformando-se em conhecimento a partir da vivência da alteridade,

do entendimento dos domínios pessoais, da compreensão dos mapas mentais de e

pelos professores e alunos, da visão compartilhada da comunidade, da

aprendizagem em equipe e do pensamento sistêmico ancorados em atividades

colaborativas.

A pessoa precisa, de fato desejar o crescimento, estar aberta às inovações,

atitudes, crenças, valores humanos que significam a sua visão de futuro em uma

organização aprendente, analisando e compreendendo-a como um sistema

integrado.

Na organização, os objetivos individuais articulados aos objetivos coletivos

comuns e aliados à sinergia de uma equipe colaborativa possibilitam o alinhamento

de esforços nas relações entre a causa e o seu efeito que integram tudo o que foi

relacionado anteriormente.

A sustentação desta base permite, a partir do momento em que se

compartilham ferramentas digitais facilitadoras em nova perspectiva com elementos

inovadores, motivadores, a desconstrução da violência escolar, ocorre.

Ela traz consigo a construção da paz com cidadania e democracia mediada

para o cidadão na sociedade do conhecimento para o desenvolvimento das suas

competências.

Ao problema da violência, relaciona-se a falta de adaptação social em

decorrência da educação deficitária por parte da família ou pelo meio onde o jovem

vive como o bairro degradado, o alcoolismo, a droga, o tráfico, a prostituição, a

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violência doméstica, os furtos, a resolução de conflitos pela agressão, precárias

condições de vida que implicam a violência escolar.

Considera-se, portanto, a sua desconstrução pela construção da cidadania

com uma gestão democrática como o meio de mitigar esta violência escolar.

Esta pesquisa envolve o entendimento situacional da complexidade em que

os gestores escolares públicos se colocam ao tornarem as escolas públicas

aprendentes e transformadoras.

Os gestores escolares sentem-se pressionados a obterem melhoria em

indicadores, no caso do IDH (índice de desenvolvimento humano), do IDEB (índice

de desenvolvimento da educação básica), do BSC (Balanced ScoreCard) para a

análise de desempenho organizacional, e por mudanças que vêm acontecendo no

meio educacional, desde a década de 1980, enquanto os vestibulares avaliam o

conhecimento pelo conhecimento. Cabe ao ENEM (Exame Nacional do Ensino

Médio) avaliar o conhecimento, as habilidades e as competências sendo que eles

são a porta de entrada para as Universidades.

Quando se procura fazer a relação entre a violência e a paz com seus

símbolos e atitudes, isso implica desconstruir a violência escolar, para então,

construir a paz com a cidadania e a democracia. Ratifica-se, nas Escolas Públicas, a

necessidade de se reconstruir os valores humanos por meio da relação de

alteridade, presente em fenômenos sociais que necessitam a interpretação do todo

integrado.

A complementaridade e a interdependência, no modo de pensar, de sentir,

de agir, nesse ambiente fazem-se necessárias. As experiências particulares são

consideradas sem que haja a preocupação com a sobreposição, a assimilação ou a

destruição das mesmas.

Tratando-se de competências em específico, do conhecimento formal na

escola pública, as relações humanas e as atividades aplicadas na sua especificidade

da desconstrução da violência escolar e da construção da democracia e da

cidadania contemplam importância nunca antes pensada. A escola pública encontra-

se localizada em meio à violência que reflete o stress do mundo atual como as

tensões, os conflitos dos grupos dentro dela.

Para a Gestão da escola pública pode-se estimar e pensar-se em como as

tecnologias digitais internas ao âmbito escolar podem ser usadas para a

desconstrução da violência escolar. Instalam-se e inserem-se elementos

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colaborativos potencializados nas suas estruturas internas que resultem no modelo

de gestão escolar democrática e participativa.

Gestão voltada ao conhecimento e às competências e culturas por meio de

vivências desta mediação educacional em contraponto a uma negociação

educacional, estabelecida. Hoje, distingue-se mediação de negociação, pois não se

irá negociar com o aluno; em contrapartida iremos exercer uma mediação pelo

princípio primário do Direito Administrativo para a Administração Pública fornecida

ao cidadão no bem do interesse público substanciado pelo ensino escolar (Fulano,

ano).

Este processo na organização pública é cíclica e dinâmica; com a

antecipação das ações violentas dispensa o uso de metodologia repressiva pela

desconstrução de um novo modelo de gestão pública e, portanto, urbaniza-se a

atual. Essa mudança por gerenciamento do desenvolvimento de competências

escolares permite dirimir os atos de bullying, cyberbullying, os atos das agressões

físicas, os atos das delinquências ou dos atos de crimes internamente à escola

pública (Padre Elcio, 2009).

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As mídias escolares são construídas como mediadoras que internamente

na escola pública têm o intuito de motivar a participação coletiva que nesse contexto

do problema social, podem conduzir a alternativas para que a sociedade organizada

atue conjuntamente.

Os elementos econômicos, sociais, políticos, culturais aparecem como

variáveis não controlados implicando a violência escolar como um problema

parcialmente controlado externo ao ambiente educacional e parcialmente

estruturado no diagnóstico inicial ao planejamento estratégico situacional para o

gerenciamento público, não cabendo serem analisados neste estudo.

A alteridade como a visão do outro no contexto da usa totalidade, neste

estudo, interpreta as responsabilidades sociais das famílias de educarem os seus

filhos, entendendo que não é coerente, estereotipá-los, estigmatizá-los pela

síndrome de alienação parental ou balizá-los sem ter lhes oportunizado a

socialização escolar que lhes permita desenvolverem suas criatividades, seus

interesses e atingirem os objetivos escolares.

A resiliência pela desconstrução da violência escolar efetiva-se dentro da

escola pública paralelamente à educação formal no intuito de mitigar essas tensões

e os conflitos existentes.

Mitigar pondera em ser o contraponto dos comportamentos reticentes que

pelas tensões e conflitos extremos levam seus sujeitos sociais à depressão, ao

alcoolismo, as drogas, ao “poder“ exercido pelo uso da força coercitiva que o

“traficante do narcotráfico” impõe como meio de sobrepor a sua vontade para a

sociedade, logo, mitigar pela desconstrução da violência escolar reduz a violência

existente.

A violência advém de epistemologia que se traduz numa grande

diversidade de comportamentos antissociais, sejam na forma dos modelos ou

sistemas de opressão ou exclusão social, delitos, vandalismos, provocações ao

próximo que podem ser desencadeados quer por alunos, por professores ou outros

elementos da comunidade escolar ou da sociedade.

Desconstruir esta violência escolar permite apontar os ideais dos

envolvidos com a questão educacional adequar à realidade social estática através

da dialética do próprio sujeito por intermédio do conhecimento no período de tempo

determinado de desenvolvimento dessas mudanças.

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A educação é importante para a formação das pessoas? A projeção de

longo prazo está no interesse público que pela educação escolar se torna possível,

sem prejudicar as gerações futuras, reverter o cenário desestimulante. O interesse

público por meio da participação coletiva com inclusão de todos que permeia a

democracia e a cidadania.

Concomitante, a formação dos adolescentes pela cidadania em uma

gestão democrática pode ser feita pelo uso de mídias que a escola pública dispõe.

Esta desconstrução da violência escolar pública passa pela flexibilidade da realidade

da comunidade local.

O resultado obtido dessas atividades está no ambiente educacional

saudável, seguro, ao inverter-se uma suposta hierarquia de valores que a “ação

violenta” seja mais valorizada que a “ação educativa” diante do problema social.

A ação de antecipação da violência escolar pela ação educativa realizada

em torno dos controles de monitoramento internos na escola pública poderá

desmobilizar os agressores que por intermédio do uso dessas atividades com mídias

que possam externar os motivos que os levam para a agressividade inserida nos

seus atos. Pela efetividade dessas mídias construídas, a base conceitual da

democracia, da cidadania, do diálogo pela sua semântica propicia a inclusão para a

construção de uma sociedade mais justa, mais humana.

É possível ter a visão prospectiva que a escola pública, não é um território

neutro ou passivo e necessita no seu espaço físico, de ambiente saudável,

apropriadamente seguro, para desenvolver o seu papel social.

As diferenças quando aparecem ao diagnóstico e ao prognóstico do

problema social da violência escolar, seguem por dois caminhos: o sociológico e o

clínico-psicológico que somados com o educacional equilibra-o ao nível de imensa

complexidade (Padre Elcio, 2009).

Para contextualizar o tema, foi feito um levantamento no Colégio Estadual

Alfredo Parodi das tecnologias disponíveis como: laboratório de informática, TV

laranja, Datashow (dispositivo de apresentação de conteúdos didáticos), tela de

projeção, DVD, retroprojetores, rede sem fio para internet. Observou-se que o

telefone celular é um dispositivo muito utilizado por todos e permite acesso aos

aplicativos disponíveis pela internet.

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Enfim, buscaram - se critérios para aplicar a atividade, por exemplo, do

Concurso de Fotografias usando o celular ou a câmera fotográfica com os próprios

alunos. Porém, verificou-se que pela preocupação da justificativa do Projeto que o

aluno não sabe se expressar como indivíduo e, apresentou dificuldades de

expressão, também, como cidadão e que para refletir sistematicamente a

problemática da violência no meio escolar houve déficit da leitura e da escrita.

Tomou-se como âncora, o diálogo com os alunos a respeito do tema da

desconstrução, considerando-se o embasamento teórico trazido em Gardner (1983),

Arroyo (2004) e Senge (1990).

Em Gardner, apresentam-se, para o Professor, outras facetas das

inteligências além da linguística e da lógica-matemática. Considerando que os

jovens fortes dos esportes não são os gênios em matemática; têm que serem

respeitadas as demais inteligências; neste exemplo, a cinestésico-espacial e a

interpessoal que podem promover a autoestima e desenvolver inteligências não tão

desenvolvidas.

Com Arroyo, estudou-se a questão das imagens quebradas, isto é, os alunos

têm a sua história de vida diferente das imagens criadas idealmente pelos

Professores em sala de aula e o que isso resulta na sua prática pedagógica.

Em, Senge, aparece o contexto da “escola aprendente” em que versa sobre

a visão compartilhada, o pensamento sistêmico, os mapas mentais, o domínio

pessoal e o trabalho em equipe, articulados com as ideias de outros autores, como

Arroyo e Gardner. Somados às competências dos alunos podem utilizar suas

proficiências específicas. Cada um contribui com a sua competência específica, e

isso é, muitas vezes, esquecido na escola pública.

Uma prática pedagógica com base na visão articulada dos ensinamentos

desses autores pode ajudar na desconstrução da violência escolar apoiado nas

mídias e atividades realizadas de modo que se permita aos professores

reorganizarem o mapa mental conceitual em conjunto com os alunos.

Todas são considerações que implicam nova visão para a Gestão escolar

das tecnologias de informação e comunicação e para a desconstrução da violência

de maneira sistematizada. Verifica-se em Gardner, Arroyo e Senge que o fiel da

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balança necessita estar voltado para a pessoa humana. Na valorização do ser

humano, nos seus direitos e deveres e, principalmente no conceito de cidadania.

As ações, as atividades planejadas para a desconstrução da violência

foram: a) Concurso de Fotografias – Expressão dos alunos pela Imagem. (Uso de

telefone celular, câmera digital, etc...), b) Identidade dos alunos pela rede de mídias,

e uso de multimeios que levassem os alunos a trabalharem com vídeo e um texto e

formularem perguntas sobre o tema abordado, c) uso do laboratório de informática

do Colégio Estadual para levantarem dados sobre a violência escolar e, e) um

debate com os alunos depois da Palestra com a Profª. Drª. Iolanda Bueno de

Camargo Cortelazzo, Professora da UTFPR.

Na primeira leitura do Projeto de Intervenção e do Caderno Pedagógico é

adequado informar que houve certo ceticismo por parte dos pares e da direção do

Colégio em relação à sua realização, visto que as atividades extracurriculares

podem ser matrizes e determinantes apropriados para a redução do quadro de

registros das ocorrências disciplinares na escola pública.

Este Colégio Estadual pela sua localização esta inserido num Bairro da

Cidade em que o seu entorno em que pesem os valores da média, da moda, da

mediana relacionados à violência é alto; e os comportamentos violentos na escola

justificam essa preocupação com a desconstrução da violência escolar utilizando a

tecnologia da informação e da comunicação mediada pela gestão escolar pelos

indicadores apresentados diariamente.

Como descrito no Caderno Pedagógico, “em Arroyo, estudamos a questão

das imagens quebradas, isto é, o aluno tem a sua realidade, a sua história de vida

diferente da realidade e da história de vida dos Professores e as imagens tornam-se

quebradas ou criadas idealmente, pois colidem e sofrem transformações ou

deformações na formação, daqueles e o que isso resulta da sua prática pedagógica,

destes.” (Cassi, 2011, p.4).

Retoma-se, ainda, do Caderno Pedagógico,

“que a Docência e a Aprendizagem são duas faces da mesma moeda. Pensemos antes nos tempos humanos do que nos tempos para os humanos. Ao vivenciar as estruturas e sistemas educacionais é necessário ter na sua mente, os

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sujeitos em sua totalidade, portanto, a mídia utilizada como uma aliada para a desconstrução da violência escolar concomitante ao processo educacional escolar.” (Arroyo apud Cassi, 2011, p.8).

O Projeto em ação

Como será descrito, a seguir, vale a leitura, por ser um tema sempre

presente no transcorrer da história do homem e do conhecimento.

Passa - se, diante da análise quantitativa da conjuntura de uma

problemática, a violência escolar, vista como um ente vetorial e que apresentava

características próprias de uma estrutura de referência como uma matriz, por

exemplo, onde teríamos linhas e colunas e uma totalização final que representaria o

resultado matricial da matriz com um valor de grandeza, uma direção e um sentido.

No entanto, diante desta análise, pode - se vislumbrar além deste cenário que

estávamos diante de seres humanos e que não se poderia usar de resultados

predeterminados diante do papel formador da escola pública para com os alunos

matriculados nela.

Do estudo, partiu-se para o contexto que incide da necessidade de instigar

os alunos com uma mensagem positiva, de futuro, de otimismo, de identificação

social que traduza a eles a oportunidade de vislumbrar uma sociedade sem violência

com essa juventude inserida numa concepção de harmonia e paz da questão

investigada como desconstrução da violência escolar, enfim, este PIE (Projeto de

Intervenção Escolar) implica um Projeto de Vida pessoal e profissional na e para a

escola pública.

Como foi descrito no PIE e repetido no Caderno Pedagógico, ratificando

para o diagnóstico da problemática da violência que pode - se obter o cenário em

que, o professor por consequência da violência escolar, deixa de exercer a sua

prática efetiva de formação porque o sistema colabora para esta reação. Ou seja, o

sistema educacional determina o seu discurso, principalmente, advindo da mídia, e é

este que determina a prática e em contrapartida, encaminha – o, para isso. Os

estudos efetivados concluem que a educação antecede a competência, a habilidade

e a atitude do homem e que são fatores primordiais para a colocação do trabalhador

no mercado de trabalho, hoje, e, conclui - se que pelo estudo realizado nas cinco

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disciplinas de Peter Senge: domínio pessoal, pensamento sistêmico, trabalho em

equipe, visão compartilhada, mapa mental ou cenário prospectivo, observou - se que

ocorreu a falta de argumentação escrita dos alunos no Colégio Estadual Alfredo

Parodi em torno do tema e que implica a argumentação inserida neste artigo.

Relembrando, ainda o exposto no PIE, que não se admitem, hoje, por

exemplo, heróis imaginários com símbolos utópicos. Admitem–se, sim, os heróis

reais e opressores inseridos numa realidade truculenta e avassaladora de maus

exemplos com alto grau de agressividade, onde pela força prevalece, a palavra.

Portanto, constatou-se que a violência simbólica que atinge a escola pública - mais

pelas condições sociais em que a Escola em seu conjunto está inserida do que

pelas dúvidas cognitivas que irão além do Professor, compara - se a quantidade da

praxis efetiva em relação à qualidade do trabalho produzido e têm-se a sensação de

inércia. Observou–se a constatação das premissas em diálogos com os Professores

do Colégio Estadual Alfredo Parodi.

O desafio encontrado foi o de conciliar o referencial teórico com o do

processo de investigação em que pesem que nas etapas seguintes advindas da

metodologia empregada para chegar aos resultados deveriam estar enquadrados

num referencial, diga-se, vetorial (no comprimento, na direção e no sentido) de

dirimir a violência escolar sem tipificar socialmente, pois, trata - se de um sistema

educacional com pessoas humanas.

Diante da concepção desafiadora da desconstrução da violência escolar,

vislumbrou-se o rol de argumentos ligados a este referencial teórico adequado ao

meio educacional e aos alunos dentre os quais: das Múltiplas inteligências, das

imagens construídas e quebradas, da organização aprendente.

A partir do PIE, os resultados obtidos do processo investigativo como as

pesquisas e as entrevistas coletadas com os alunos e os funcionários do Colégio

Estadual Alfredo Parodi trouxeram um cenário da localização do Colégio que

comparado ao cenário mais globalizado da Cidade de Curitiba, traduzia uma

realidade pontual em torno da violência, da agressividade e não distanciava do

parâmetro de registros dos atuais atos ou fatos violentos ou criminosos com os quais

se depara no cotidiano.

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Encontraram–se, assim elementos suficientes para que se pudesse utilizar

de instrumentos que possibilitassem a desconstrução da violência escolar por meio

da Tecnologia com Ação da Gestão Escolar.

Os resultados prévios propiciaram na sequência do Projeto os seguintes

procedimentos que puderam ser realizados: as aulas, o concurso de fotografias e a

palestra com os alunos da oitava série do ensino fundamental e o meio educacional

no Estabelecimento de Ensino como instrumentos aplicáveis para a desconstrução

da violência escolar no Colégio Estadual Alfredo Parodi em conformidade com as

normas escolares.

Mas surgiu uma dúvida, diante dessa proposta de dirimir a violência escolar

”Os procedimentos realizados serão suficientes para desconstruir, a violência

escolar usando a tecnologia disponível como ação na gestão escolar para o Colégio

Estadual Alfredo Parodi?”.

Em resposta a esta dúvida, é preciso entender a metodologia empregada e

os procedimentos utilizados do PIE, como descritos, a seguir:

A Propaganda é a prosperidade do negócio.

Sempre que surgiam oportunidades, divulgava - se o PIE para todos do

Colégio Estadual Alfredo Parodi, principalmente, aos professores, na sala dos

professores no horário de intervalo sobre o Projeto. Davam-se esclarecimentos

sobre o tema da Desconstrução da Violência Escolar mediada pela Tecnologia como

Ação de Gestão Escolar que envolveria os alunos como procedimento de

aplicabilidade para dirimir a violência escolar no Colégio Estadual Alfredo Parodi,

oriundo do PDE como Projeto escolhido pela SEED e para possibilitar a melhoria da

qualidade de ensino e pesquisa para a escola pública no Estado do Paraná.

O Projeto: plano e ação coletiva dos alunos.

Quando do retorno deste Professor ao Estabelecimento de Ensino foi

solicitado pela Direção Colégio Estadual Alfredo Parodi e Equipe Pedagógica, para a

aplicação dos procedimentos com os alunos, o planejamento de conteúdo e das

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atividades colaborativas e o plano de aulas para os alunos da oitava série do ensino

fundamental que por concordância de ações seriam os que estavam apresentando

maiores registros disciplinares, além do que já foi planejado pelo PDE na

Universidade. Portanto, o ajuste técnico entre os pontos positivos e os negativos a

serem considerados para a prática do PIE pelo PDE para o Estabelecimento de

Ensino, em questão.

Propunha-se a utilização de um artifício como uma nova variável ao sistema

para desconstruir a violência escolar mediada pela tecnologia como ação de gestão

escolar:

Para fortalecer a teoria de desconstruir a violência e polarizar a mesma

focada na promoção da paz e do diálogo, gerou-se um artifício motivador porque foi

a forma de despertar o tema junto aos alunos, orientando-os à consciência crítica e

responsabilidade com o modo que expressam seus anseios, dúvidas, críticas e

tomada de consciência das suas maneiras bastante agressivas no contexto escolar

e na proposta da desconstrução da violência tanto na escola pública como, em

consequência, na Sociedade. O diálogo em sala de aula e a participação em torno

do tema proposto utilizaram-se deste artifício.

Este artifício motivador foi o professor com orçamento próprio realizar

sorteios e premiações durante o horário em sala de aula para os alunos com cestas

básicas, bombons e chocolates, aparelho de TV, aparelho de DVD, usado,

impressora jato de tinta, câmera fotográfica para despertar o diálogo em opinar e

participar das atividades propostas ao PIE, Projeto Intervenção Escolar, pelo PDE,

Programa de Desenvolvimento Educacional. Buscava-se dirimir os excessos

violentos de que se tomava conhecimento, sem desmerecer as suas intenções em

pertinência normativa com o calendário escolar do Colégio, articulado com as

atividades curriculares desencadeadas pelo PIE que é uma atividade colaborativa

extracurricular.

As Aulas com os alunos inscritos: Uma atividade extracurricular.

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Com uma aula semanal cedida das aulas de disciplina de Educação Física,

pode-se, em aproximadamente cinquenta minutos, dialogar cientificamente com os

alunos acerca da violência escolar com base no conteúdo do Caderno Pedagógico

elaborado para o Projeto da Desconstrução da Violência Escolar mediada pela

Tecnologia com ação da Gestão Escolar.

A didática e a metodologia foram discutidas entre o Professor PDE, a

Direção e a Equipe Pedagógica sem a colaboração de alunos porque devido ao

tempo escasso e a baixa colaboração dos alunos durante as atividades, ocorreu

motivação, apenas, no Julgamento e Sorteio do Concurso de Fotografias.

Os conteúdos destas aulas seguiam o roteiro: Apresentação do Professor,

Apresentação do Projeto, sorteio de duas cestas básicas aos alunos, o sorteio de

bombons aos alunos, o sorteio de bombons aos professores colaboradores, a

entrega do regulamento do Concurso de Fotografias, a entrega da Cessão de

Direitos de pessoa física para pessoa física, como participar do Concurso de

Fotografias e de que forma válida poderiam concorrer aos prêmios ofertados aos

primeiros colocados ao final do Concurso pela premiação da Comissão Julgadora

formada para tal.

O Concurso de Fotografias: a expressão dos alunos pela imagem

O Planejamento, o regulamento, as inscrições, os participantes, a escolha

das fotos, a premiação foi tudo planejado com o objetivo de trazer uma mensagem

positiva dos alunos para a sala de aula; buscou- se a aproximação da identificação

dos alunos, dos familiares, dos amigos com o Colégio Estadual em que estudam.

No planejamento, foi incluído e previsto que a partir do próprio telefone

celular como meio de fotografarem os bons momentos com os familiares ou amigos

para a participação do Concurso de Fotografias – a expressão do aluno pela

imagem. Poderiam enviar por e-mail, ou por outro meio, ao coordenador do

Concurso, as fotos que se enquadrassem no regulamento para o Concurso A edição

das fotos seria patrocinada e realizada pelo Coordenador do Concurso para a

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exposição. Esta aconteceria por meio de um mural com as fotos em sala de aula

para a premiação ao final do Concurso.

O uso do telefone celular pelo aluno para o Concurso de Fotografias com o

dispositivo embutido da câmera digital teve como recomendação que fotografassem

em formatos compatíveis (. jpg ou. jpeg), já que o celular possui este dispositivo.

Apresentava-se, assim, a oportunidade de participar com fotos dos momentos que

envolvessem os alunos com seus familiares ou em atividades que lhes trouxessem

recordações positivas em suas vidas e que possibilitaria, de uma forma simples,

demonstrarem a sua convivência externa em sala de aula.

O Regulamento para o Concurso de Fotografias Expressão dos Alunos pela

Imagem foi elaborado com artigos e parágrafos definindo as regras para as

inscrições, prazos, julgamento e resultado e disposições finais na Forma da Lei n°:

9610/98.

A participação dos alunos foi, inicialmente, programada para duas turmas de

oitavas séries, do turno da manhã e do turno da noite totalizando 39 alunos foi

reduzida para treze alunos pela falta de interesse e participação dos alunos da

manhã.

Devido à participação da mulher como “chefe” da família e a jornada de

trabalho fora do lar e às condições sócio econômicas de renda familiar baixa,

constata-se que os pais buscam “satisfazer as vontades dos filhos em ter” e deixam

de lado o “educar” e este vazio familiar passa ao encargo dos professores na escola

pública, o de educar. Por conseguinte, o professor que passa a exigir um educar

mais rigoroso, estranham , pois os alunos refletem o que trazem do ambiente

familiar.

Justifica-se o desinteresse dos alunos do turno da manhã e conclui-se que a

sua não participação no Concurso, apesar de serem sorteadas cestas básicas e

bombons, deve-se à ideia do “fazer a vontade” ser maior do que o “educar“ que

aparece no cenário do tema da Desconstrução da violência escolar, portanto, parece

que seria demais, apenas, tirarem três fotos dos seus celulares e pelo regulamento

da participação no Concurso de Fotografias com premiação, pois, já incorporam o

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contexto de satisfazerem os seus desejos sem questionarem conceitos e valores

embutido por consequência de uma ação.

Portanto, continuaram os treze alunos do turno da noite de oitava série no

Concurso de Fotografias. Assim, nas aulas, enfatizava-se a importância das fotos

para a efetivação do Concurso, objetivando a aproximação da identificação do aluno

com o ambiente escolar público ao qual está matriculado.

Como o uso do telefone celular é rotineiro e, por ele ser, na verdade, com as

tecnologias digitais, um rádio, extremamente sofisticado pode se ter a comunicação

sem fio e a postagem de fotos na web.

A escolha das fotos, expostas em um mural, teve, como um dos critérios, a

originalidade da foto. Aplicaram-se os demais critérios do regulamento do Concurso,

finalizando com a premiação que concluiu o segundo procedimento no processo da

desconstrução da violência escolar mediada pela tecnologia como ação de gestão

escolar.

A Palestra Leitura Crítica dos Meios para a Desconstrução da Violência

Um momento de significativa importância para os alunos foi o seu encontro

com os Professores da Universidade para uma: “Leitura Crítica dos Meios para a

Desconstrução da Violência.”.

A palestra, motivadora, consistente e com uma mensagem muito positiva, foi

ministrada pela Profª. Drª. Iolanda Bueno de Camargo Cortelazzo, da UTFPR

(Universidade Tecnológica Federal do Paraná), abordou resultados de pesquisas no

uso de tecnologias para a aprendizagem com foco na leitura crítica dos meios para a

desconstrução da violência. Trouxe de uma forma bem direta, prática e reflexiva a

sua história de vida e luta em prol da educação, da estrutura familiar, dos valores

que estão passando por um momento de indefinição na era do conhecimento.

Chamou a atenção para o cuidado na interpretação e exploração de certos

fenômenos violentos incutidos nos meios de comunicação em um contexto voltados

para o consumismo, apenas.

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Relatou a sua experiência de vida tanto nos aspectos pessoais como em

aspectos profissionais de valores e concepções voltados para os dias atuais.

Demonstrou um exemplo de dedicação, de força de vontade e busca da realização

do seu projeto de vida.

Trouxe a mensagem de que antes vem a educação para que se

desenvolvam a competência, a habilidade e a atitude criativa e humanizadora no

mercado de trabalho, principalmente, nos atuais dias desta era do conhecimento.

Os alunos se comportarem interessados na fala da professora e, alguns

fizeram perguntas durante ou após a palestra. O professor pesquisador agradeceu

aos alunos a maneira como eles participaram da palestra, demonstrando

reconhecimento aos alunos por sua colaboração e atenção durante a primeira

participação de um professor da universidade dialogando com os alunos no colégio.

Desdobramentos das ações com os alunos

Após a premiação do Concurso de fotografias, realizou-se o terceiro

procedimento do Projeto: a aplicação do questionário avaliativo com cinco perguntas

para os alunos responderem em torno do tema do Projeto.

Das cinco questões, uma demandava como os alunos compreenderam a

intervenção feita no seu Colégio e o quê foi aplicado pelo Professor Especialista Luiz

Celso Galino Cassi, neste caso, os procedimentos realizados: o Concurso seguido

da Premiação com as cestas básicas e bombons e, depois, a Palestra.

As três respostas abaixo, ilustram a amostragem da pergunta realizada

sobre o Professor:

– Eu acho legal que ele tenha feito isso, pois ajudou bastante gente.

– Que o Galino é bacana.

– Nada eu perdi a primeira aula.

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Verificou– se, pelas respostas fornecidas, considerações significativas como

o empobrecimento do letramento dos alunos ao descreverem as suas opiniões em

uma ou duas frases, no máximo, neste questionário em torno do tema amplo. O

mesmo aconteceu nas amostragens em que poderiam descrever como são as suas

realidades cotidianas. em seus envolvimentos no Projeto da Desconstrução da

Violência Escolar mediada pela Tecnologia da Informação e Comunicação como

ação de Gestão Escolar.

Diante do desinteresse de parte dos alunos (que não participaram), das

respostas apresentadas pelos alunos que participaram , da atenção dos alunos do

noturno na palestra, e da necessidade de se ter um parâmetro para relacionar a

intervenção realizada com o que eles possam ter apreendido sobre Violência

Escolar, decidiu-se fazer a leitura do Livro “O ensino e a formação do professor;

alfabetização de jovens de adultos” de Kleiman e Signorini. Essa obra apresenta e

discute resultados do desenvolvimento de outro Projeto relacionado à alfabetização

de jovens e adultos e destinado à formação em serviço de alfabetizadores de jovens

e adultos, realizado na cidade de Cosmópolis, no interior de São Paulo, de 1991 a

1996, com pesquisas envolvendo universitários e Professores.

Há de considerar que no Projeto envolvendo trezentos participantes na

Cidade de Cosmopólis, a visão sistêmica é outra comparada a um Colégio Estadual

em Curitiba com mil e duzentos alunos matriculados em uma Cidade com mais um

milhão de habitantes como Curitiba, no Paraná;entretanto, existem aspectos comuns

que podem ser utilizados num paralelismo entre os dois Projetos.

Surgiram, a partir dessa leitura, explicações para os atos, as ideias, as

atitudes, os valores, a visão de mundo. A compreensão dos fenômenos sociais

tornaram-se evidentes pela necessidade de comunicação com os alunos por meio

de uma mensagem de otimismo, embora se compreenda que o homem seja

determinado e limitado em suas ações pelas estruturas em que se insere.

Logo, esta foi a tomada da situação do adolescente no início da segunda

década do século XXI, Curitiba, periferia, escola pública.

Considerações Finais

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Retomando o objetivo deste artigo, que é relatar como se deu projeto de

intervenção Desconstrução da violência, apresentam-se algumas constatações,

perspectivas, e sugestões.

Constatou-se que entre o “fazer a vontade“ e o “educar“, o “fazer a vontade”

é bem mais simples e menos dolorido do que impor a educação, tanto para os pais

como para os filhos, em determinadas situações analisadas. Por outro lado os

alunos que participaram aumentaram sua autoestima, localizaram-se melhor no

ambiente, estão mais conscientes e críticos

Como perspectiva, o projeto pode ser auxiliar para a reorganização da ação

pedagógica, estreitando as relações entre o ensino e a pesquisa e a formação dos

recursos humanos na escola básica .

Sendo um projeto situacional, auto ajustável , pode ser replicado no ensino

fundamental e ampliado para o ensino médio, nesse Colégio e na rede pública.

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