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1 UNIVERSIDADE CANDIDO MENDES AVM – FACULDADE INTEGRADA PÓS-GRADUAÇÃO LATO SENSU QUALIFICAÇÃO NO ATENDIMENTO BANCÁRIO BRASILEIRO : UM ESTUDO DO PROGRAMA BB 2.0 JOÃO CARLOS DE MENEZES SILVA ORIENTADOR: Professora Luciana Madeira Rio de Janeiro 2016 DOCUMENTO PROTEGIDO PELA LEI DE DIREITO AUTORAL

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UNIVERSIDADE CANDIDO MENDES

AVM – FACULDADE INTEGRADA

PÓS-GRADUAÇÃO LATO SENSU

QUALIFICAÇÃO NO ATENDIMENTO BANCÁRIO BRASILEIRO :

UM ESTUDO DO PROGRAMA BB 2.0

JOÃO CARLOS DE MENEZES SILVA

ORIENTADOR: Professora Luciana Madeira

Rio de Janeiro 2016

DOCUMENTO PROTEGID

O PELA

LEI D

E DIR

EITO AUTORAL

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UNIVERSIDADE CANDIDO MENDES

AVM – FACULDADE INTEGRADA

PÓS-GRADUAÇÃO LATO SENSU

Apresentação de monografia à AVM Faculdade Integrada como requisito parcial para obtenção do grau deespecialista em Gestão em Instituição Financeira. Por: João Carlos de Menezes Silva

Rio de Janeiro 2016

QUALIFICAÇÃO NO ATENDIMENTO BANCÁRIO BRASILEIRO :

UM ESTUDO DO PROGRAMA BB 2.0

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AGRADECIMENTOS

Agradeço a Deus pela vida e pelos

direcionamentos que me deu. Aos meus pais,

João Gabriel da Silva e Raimunda Paulina de

Menezes Silva, fontes de inspiração e sabedoria.

À minha esposa, Elaine de Paulo da Paixão, pelo

companheirismo e dedicação a família. Aos

meus filhos, João Vítor Paixão Menezes e

Fernanda Paixão Menezes, que vieram dar

sentido a tudo. Ao amigo Henrique Roberto de

Moraes que me ajudou a “sonhar grande”. Aos

meus sobrinhos, amigos e familiares e enfim a

todos que contribuíram para minha trajetória de

vida.

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DEDICATÓRIA

Dedicado aos meus pais, João Gabriel da Silva e

Raimunda de Menezes Silva, à minha esposa,

Elaine de Paulo da Paixão, e aos meus filhos:

Fernanda Paixão Menezes e João Vítor Paixão

Menezes.

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RESUMO

Abordaremos no presente trabalho um novo modelo de relacionamento e

segmentação implantado pelo Banco do Brasil diante de sua mudança de

percepção de como a qualificação do atendimento à seus clientes gera

fidelização dos mesmos e uma relação contínua dos negócios.

O Banco do Brasil diante da necessidade do conhecimento do cliente

para sua sobrevivência competitiva detectou a necessidade de alteração de

sua atuação, implementou uma série de medidas voltadas para transformação

de suas operações. Dentro deste cenário de transformações no trato com o

cliente, o Banco do Brasil lançou o programa interno BB 2.0 que visa

transformar o tratamento dispensado ao cliente em um tratamento de

excelência.

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METODOLOGIA

Para realização deste trabalho, se fez necessário a realização de uma

revisão bibliográfica sobre o tema proposto, utilizando como referência livros

sobre atendimento de qualidade, como por exemplos: A Excelência no

Atendimento a Clientes, de Richard F. Gerson. O autor mostra que as

empresas sabem o quanto custa para obter um cliente, mas que não fazem

noção do custo de manter um cliente e o livro de David Freemantle, intitulado

Incrível Atendimento ao Cliente, que ressalta posturas adequadas ao se tratar

com um cliente. Estes autores devem ser pesquisados para se obter

informações importantes acerca do atendimento qualificado. Portanto há uma

vasta bibliografia a cerca do assunto que pode ser estudada.

Como fonte de consulta do Banco do Brasil fora utilizadas consultas a

seus sítios na internet e monografias e dissertações de mestrado que

abordavam o tema.

Além de extensa consulta bibliográfica foi utilizada a experiência

vivenciada pelo autor em mais de dez anos de experiência no atendimento de

clientes do setor varejo no Banco do Brasil.

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SUMÁRIO

INTRODUÇÃO 08

CAPÍTULO I

Marketing de Relacionamento 10

CAPÍTULO II

O Marketing de Relacionamento no Setor Bancário 22

CAPÍTULO III

O programa BB 2.0 31

CONCLUSÃO 46

BIBLIOGRAFIA 48

ÍNDICE 50

ÍNDICE DE FIGURAS 51

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INTRODUÇÃO

Nas últimas décadas as organizações mundiais sofreram profundas

mudanças devido às transformações ocasionadas pela economia, novas

tecnologias e modernas visões. Vários itens mudaram como: a propriedade de

várias empresas, a maneira de gerir, a qualidade dos produtos e dos serviços

oferecidos, o perfil e o comportamento profissional. Em paralelo a estas

mudanças, o cliente também sofreu profundas transformações se tornando

mais exigente, mais atento, buscando sua satisfação e deixando de lado a

figura do simples consumidor.

Devido a estas mudanças no cenário, as empresas começaram a

enxergar os profissionais que lidam diretamente com o público de forma

diferente. Estes profissionais devem estar qualificados para o atendimento ao

consumidor. Os mercados mundiais avançados desejam cada vez mais um

atendimento de excelência de seus funcionários. O processo de atendimento

começa pelo próprio vendedor e tem que ser contínuo após a venda, pois esta

fase é fundamental para transformar um cliente esporádico em um cliente

permanente.

O principal desafio que as empresas atualmente passam é de conquistar

clientes fiéis. Conteúdo e qualidade são essenciais para conquistas de novos

clientes e para manutenção dos mesmos, deve haver respeito ao consumidor e

o contínuo aprendizado com o cliente. A imagem de uma empresa está

diretamente relacionada à qualidade de seus produtos e serviços. Quando gera

uma satisfação no atendimento, ocasionalmente, gera uma fidelização dos

clientes, acarretando uma relação contínua de negócios.

A exigência se tornou presente nos clientes atuais que se prevalecem em

sua defesa de órgãos especializados prontamente para sua defesa em casos

de erros das organizações, assim como também se valem de normas e

resoluções para o cumprimento de melhoria do atendimento.

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No início da década de 90, o cliente só se relacionava com o Banco

através de um único canal: a agência. E os funcionários tinham total domínio

desse relacionamento, conheciam melhor os seus clientes. Com a

informatização, os clientes passaram a utilizar outros canais para se relacionar

com o Banco (TAA, Internet, celular, central de atendimento). Os bancos

passam a ter que acompanhar as mudanças do tempo e o crescimento das

instituições e do mercado, para continuar atendendo as demandas dos clientes.

Dentro deste cenário de transformações no trato com o cliente, o Banco

do Brasil lançou o programa interno BB 2.0 que visa transformar o tratamento

dispensado ao cliente em um tratamento de excelência.

O Banco do Brasil diante da necessidade do conhecimento do cliente

para sua sobrevivência competitiva detectou a necessidade de alteração de

sua atuação, implementou uma série de medidas voltadas para transformação

de suas operações.

Diante das informações apresentadas pergunta-se o programa BB 2.0

pode proporcionar a fidelização dos clientes bancários, diante da crescente

concorrência, aumentando a frequência de clientes e do consumo de produtos

do banco?

Conduziremos o presente trabalho da seguinte forma: abordaremos no

primeiro capítulo o estudo do marketing de relacionamento e a filosofia do CRM

(Customer Relationship Management ), no segundo capítulo estudaremos o

marketing de relacionamento no setor bancário e no terceiro capítulo faremos

uma análise do programa BB 2.0 um modelo de relacionamento e

segmentação implantado pelo Banco do Brasil diante de sua mudança de

percepção da relação com os clientes e seus principais pontos.

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CAPÍTULO I

Marketing de Relacionamento

1.1. Marketing no Relacionamento

A prática do Marketing de Relacionamento tomou força na década de 90

quando, após longos anos de marketing de massa, as empresas despertaram

para a mudança no comportamento dos consumidores e do mercado. Os

clientes se tornaram cada vez mais exigentes quanto à qualidade do

produto/serviço e esperam ter seus desejos e necessidades individuais

prontamente atendidos, enquanto o mercado lhes oferece inúmeras

possibilidades de compra com elevados padrões de qualidade e similaridade.

O marketing de relacionamento é uma ferramenta que surge da ideia de

que a satisfação e a fidelização dos clientes está ligada intimamente aos bons

resultados da empresa, visto que são os clientes que alimentam a empresa,

garantem o pagamento dos salários e o retorno dos acionistas.

Dentro do cenário globalizado atual, a abertura de novos mercados gera

uma nova era de competição e concorrência entre as empresas. Com isso os

clientes se tornam cada vez mais exigentes e conquistam cada vez mais valor

agregado aos produtos e serviços que consome.

A evolução natural de práticas empresariais e da configuração dos

mercados tornam a abordagem por clientes cada vez mais competitiva. Do

ponto de vista da oferta, esta nova era é marcada pela crescente diversidade

de produtos e serviços e pelo acirramento da concorrência global. Os

mercados estão cada vez mais saturados e não crescem nas mesmas

proporções de antigamente. Alcançar o consumidor tem sido outro desafio do

marketing. Os produtos e serviços precisam ser diferenciados em meio a

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excesso de opções. Entretanto, os meios de comunicação tradicionais já não

conseguem comunicar mensagens claras, e a prática comum de promoção e

desconto tem desgastado a lealdade à marca (McKenna, 1993).

Do ponto de vista da demanda, percebe-se um mercado cada vez mais

exigente. Em parte esse comportamento é uma reação à prática das

estratégias entre concorrentes, que buscam oferecer produtos e serviços cada

vez mais diferenciados. O cliente, portanto, tende a ter comportamento

bastante diversificados, ser mais informado e buscar o que melhor atende às

suas exigências a um preço mais baixo.

Para Vavra (1993), na conquista de novos clientes, as organizações têm

priorizado os seguintes passos:

• identificar um mercado-alvo;

• determinar as necessidades do mercado-alvo;

• combinar um produto ou serviço que elas possam produzir para atender

as necessidades do mercado;

• atrair um número máximo de consumidores no mercado-alvo para

experimentar o produto ou serviço.

De acordo com Vavra (1993) esta sequencia repete-se nas organizações

na tentativa de conquistar cada vez mais novos clientes. Muitas organizações

têm fixado seus objetivos em conquistar novos clientes com a intenção de

aumentar seus faturamentos e lucros. Para o autor, as empresas focadas em

conquistar novos clientes potenciais, mas frequentemente negligenciam os

atuais clientes. Muitas organizações falham na sua manutenção e quando

esses clientes deixam de ser fiéis, suas mudanças de preferência são

justificadas racionalmente como não 'não podemos satisfazer a todos”.

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Atrair novos clientes tem se tornado um esforço de custos crescentes,

pois manter o nível de propaganda necessário para a participação do mercado

pretendido exige um nível de gastos muito elevado. Competir em mercado mais

competitivo e agressivo, para conquistar novos clientes é a preocupação

aparente da maioria dos profissionais de marketing contemporâneo. Torna-se

difícil manter os clientes comprando regularmente a mesma marca ou serviço.

Considerando os custos decorrentes de conquistar novos clientes, a única

maneira de lucrar em tal situação é aumentar o tempo de vida de compra dos

clientes atuais. Logo a retenção de clientes é mais importante que a atração de

clientes (Vavra, 1993).

Gráfico 1: Escalada da lucratividade no tempo

Fonte: Pricewaterhouse Coopers apud Brown, S. CRM – Customer Relationship Management. São

Paulo: Makron Books, 2001, p. 14.

Grandes e pequenas empresas têm consciência da importância de

realizar ações de marketing para captar clientes e aumentar as vendas. Porém

vender não é o suficiente, estamos na época do relacionamento. Somente

conquistando o cliente em todas as etapas da venda será possível criar uma

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relação de confiança entre as partes, onde o cliente saberá que pode contar

com sua empresa, quando precisar.

Nesse contexto ambiental, surge a oportunidade para prática da

estratégia de Marketing de Relacionamento, que consiste na introdução de um

novo paradigma para as relações de troca no mercado. O marketing de

relacionamento enfatiza principalmente a necessidade de um relacionamento

em longo prazo com o mercado, em detrimento das práticas de transações com

objetivos de curto prazo, buscando a fidelização dos clientes.

Para Saliby (1997), a nova abordagem trazida pelo Marketing de

Relacionamento humaniza, segmenta e aproxima os clientes fazendo com que

esses deixem de ser apenas números, estatística ou market share

(participação no mercado) e passem a fazer parte da organização participando

ativamente dos processos de desenvolvimento de novos produtos/serviços e

crie vínculos duradouros com a empresa.

Bretzke (2000) no quadro abaixo (quadro 1) faz um comparativo entre o

marketing da década de 90 e a primeira década do século XXI onde é possível

observar a evolução dos relacionamentos entre os clientes e as empresas.

A partir de 2000, os clientes passam a serem vistos como auxiliares na

criação de valor, são colaboradores e desenvolvedores e participam da rede

estratégica. Visto que, satisfazer suas necessidades não é mais suficiente

para as empresas, elas passam a ver nos clientes aliados na busca de

superação das expectativas e criação de novos desejos através de um

diálogo ativo. É através da fidelização e manutenção dos clientes que as

empresas encontraram um meio de obter maior competitividade, fazendo do

relacionamento uma forte vantagem competitiva.

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Quadro 1: Comparativo Marketing da década de 90 X Marketing do século XXI

Década de 90 Primeira década do século XXI

Era do cliente. Era do comprometimento com o cliente em

tempo real.

Enfoque na melhoria do diálogo com o cliente. Enfoque no conceito de “importar-se e cuidar”

do relacionamento.

Crescente diversidade de produtos. Desenvolvimento de produtos customizados.

Crescente concorrência global. Crescente globalização dos negócios.

Segmentação de mercados, tecnologias e soluções. Segmentação de clientes.

Mudanças organizacionais e estruturais nas

empresas.

Reengenharia de marketing, nova organização de

vendas, crescente uso das parcerias.

Canais de distribuição em constante movimento e

frequentemente negligenciando o diálogo com o

cliente.

Mega-fusões e mega-alianças alteram e otimizam

os canais de ditribuição.

As mídias tradicionais falham em comunicar

claramente as mensagens.

Crescente esforço de comunicação integrada e

nova força de vendas.

As previsões e pesquisas de mercado não

fornecem um rumo claro às ações.

Maior uso das informações obtidas para a

formulação estratégica.

Os consumidores estão reconhecendo o valor do

tempo, mudando hábitos de consumo.

As exigências de tempo pessoal criam um novo

mercado, com conceitos de serviços ampliados.

O declínio da lealdade à marca. As promoções e

descontos e a falta de diferenciação aos olhos dos

clientes estão levando à compra por oferta.

Valorização da experiência de marca como fator

de construção de lealdade.

Fonte: BRETZKE, M. Marketing de relacionamento e competição em tempo real. São Paulo: Atlas,

2000, p.23.

Vários são os autores que têm definido marketing de relacionamento

como a relação entre comprador e vendedor, na qual uma empresa busca

alcançar fortalecer e desenvolver através de relações de longo prazo com

clientes potenciais atuais. Nesse sentido, o marketing de relacionamento pode

ser definido como a atração, a manutenção e o relacionamento com clientes.

Transformar clientes em leais consumidores e servi-los é de fato marketing

(Berry, 1995).

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Devido às mudanças de mercado, os profissionais do marketing estão

constantemente de prontidão; planos atuais são ajustados e planos futuros são

estruturados tomando como base as novas alterações no mercado. As

profundas mudanças que tem ocorrido atualmente, levam à necessidade de

novas abordagens para conduzir os negócios e o mercado mostra que se pode

estar em tempos de “reinventar” marketing (NAISBITT, 1987).

De acordo com Vavra (1993), o marketing de relacionamento como

sendo o processo de garantir satisfação contínua aos indivíduos ou

organizações que são clientes atuais ou que já foram clientes de uma

determinada organização.

McKenna (1991), define marketing de relacionamento como a resposta

para as empresas enfrentarem esse desafio e exige o domínio do

conhecimento sobre a tecnologia inerente a sua atividade, concorrentes,

clientes, novas tecnologias que podem modificar o ambiente competitivo e sua

própria organização, capacidades, recursos, planos e formas de negociar.

Nesse contexto o Marketing de relacionamento tem a função de compreender e

trabalhar com as necessidades do consumidor. A ideia principal do marketing

de relacionamento é manter-se em contato constante com os clientes,

oferecendo-lhes ajuda, conteúdo, informações e esclarecendo dúvidas.

Somente estando presente na vida do cliente que a empresa tornará viável

uma relação a longo prazo com os seus clientes. O contato constante, feito de

forma correta, faz com que a marca seja fixada na mente dos consumidores.

Conforme lembrado por Larentis (2009)[9], os relacionamentos

desenvolvidos com consumidores finais, ocorrem quando o fornecedor

organizacional interage de forma contínua e positiva com consumidores finais.

Porém, a possibilidade que os consumidores têm de comprar com

intermediários, aumenta a distância com a empresa, que precisa utilizar

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práticas diversas para possibilitar a retenção desse cliente, como benefícios

exclusivos, acúmulo e troca de pontos por produtos, premiações e descontos

em novas compras, dentre outros.

Segundo Kotler e Keller (2006), dentro do processo de atrair e manter

clientes, o ponto de partida são os possíveis clientes (os que presumivelmente

poderão comprar), em seguida, a empresa determina quais são os clientes

potenciais, os quais espera reverter em clientes eventuais, depois em clientes

regulares e logo em clientes preferenciais (clientes tratados excepcionalmente

bem). O desafio seguinte, como indicam os autores, é transformar esses

clientes preferenciais em associado, através de programas de associação

(clubes e comunidades) que ofereçam toda uma série de benefícios aos que

aceitarem a proposta. A partir disso, espera-se que os associados se

transformem em defensores, clientes que de forma entusiástica recomendam a

empresa e seus produtos e serviços.

O maior desafio é transformar defensores em parceiros, quando a

empresa trabalha continuamente em conjunto com o cliente para descobrir

meios para ambos alcançarem o melhor desempenho. No quadro abaixo

(Quadro 2), Zeitham demostra que satisfazer o cliente a empresa não pode

ficar restrita a qualidade do produto e a um preço justo. Além disto a empresa

deve focar na confiabilidade, na segurança, na empatia e na responsividade.

Quadro 2: Percepções dos clientes sobre qualidade e satisfação

Fatores situacionais

SATISFAÇÃO DO CLIENTE

Fatores pessoais

Qualidade

em

serviços

Confiabilidade

Responsividade

Segurança

Empatia

Tangibilidade

Qualidade do produto

Preço

Fonte: ZEITHAM L, V. A.; BITNER, M. J. Marketing de serviços: a empresa com foco no cliente. 2 ed.

Porto alegre: Bookman, 2003, p. 88.

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As pessoas são o foco quando tratamos de marketing de

relacionamento, e não poderia ser de outra forma, uma vez que são as

pessoas que realizam todas as atividades dentro e fora da empresa,

construindo ou destruindo relacionamentos. Os consumidores pensam sobre

os produtos e empresas comparando-os com outros produtos e empresas, o

que realmente importa é como os possíveis clientes avaliam uma empresa em

relação às concorrentes.

Marketing de relacionamento pressupõe contatos presentes e futuros e

pesquisa sobre as escolhas anteriores do consumidor. A aplicação do

relacionamento será uma constante, independente do estágio em que

estivermos. As pesquisas quantitativas e qualitativas contribuem para

reconhecermos o que realmente agrega valor as necessidades dos clientes, a

qualidade do relacionamento é a chave para o sucesso. Mais que conhecer as

informações pessoais de nossos clientes, no marketing de relacionamento,

precisamos entender o que o cliente espera do nosso negócio, o que pensa

dos nossos concorrentes, como interpreta nossas ações de comunicação,

como gostaria de ser tratado.

Atendimento especial, constante e humanizado nunca é investimento sem

retorno. As empresas devem fazer seus clientes se sentirem únicos,

respeitados e realmente considerados em suas decisões afim de conquistarem

a fidelidade contínua de sua base de clientes.

Programas de relacionamento com clientes têm sido ferramentas cada

vez mais utilizadas pelas organizações a fim de estabelecer relacionamentos

duradouros e rentáveis. Dentre estas ferramentas no marketing de

relacionamento destaca-se o CRM (CUSTOMER RELATIONSHIP

MANAGEMENTE).

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1.2. CRM (customer relationship management)

O objetivo do CRM é dar a empresa os meios mais eficazes e integrados

para atender, fazer o reconhecimento e cuidar do cliente, transformando seus

dados em informações que sejam disseminadas por toda a organização,

possibilitando que o cliente seja conhecido cuidado e bem atendido por todos

na organização e não somente pelos vendedores. O cliente como centro

direcionador das decisões deve estar como norte de cada colaborador

independente do nível hierárquico ou função.

Segundo Perin (2008) A filosofia da Gestão do Relacionamento com os

Clientes, também conhecida pela sigla em inglês CRM (customer relationship

management) é um instrumento que viabiliza identificar e atender às

necessidades dos clientes. A capacidade para tomar decisões estratégicas

com eficiência está estreitamente relacionada com sistemas estruturados

capazes de gerenciar as informações dentro das empresas, promovendo fluxos

eficientes que aprimorem a qualidade das decisões, disponibilizando à

administração informações necessárias e em tempo, local e formato

adequados. A estratégia precisa ser amplamente divulgada para todos os

colaboradores, independente do nível hierárquico, para ser seguida por toda a

organização.

Perin (2008) ressalta a importância do CRM (customer relationship

management) como uma estratégia de gestão que utiliza informações do

mercado e da empresa, e viabiliza a identificação e o atendimento das

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necessidades dos clientes. O CRM é definido como uma abordagem gerencial

que propicia às organizações a identificação, a atração e o aumento da

retenção dos clientes, e que proporciona uma maior rentabilidade para a

empresa desenvolvendo ações para a identificação e para o aumento de

transações com os clientes de maior valor. As ações de CRM são

dimesionadas levando em conta o foco do relacionamento com o cliente, e

residem no entendimento de seu comportamento de compra, de pagamento,

bem como do tipo de consumo que efetuam.

Embora o CRM seja de uma importância vital para coleta de informações

do cliente e manutenção de relacionamentos duradouros, não se pode

confundi-lo com marketing de relacionamento, pois o CRM é apenas uma

prática, de grande importância obviamente, mas que precisa ser aliada a outras

políticas de relacionamento da empresa para efetivamente dar resultado.

Kotler e Armstrong (1998) pontuam que para qualquer organização, "a

satisfação do cliente é ao mesmo tempo um objetivo e um fator dominante no

seu sucesso". Lembram ainda que clientes satisfeitos são menos suscetíveis a

preço e permanecem clientes durante mais tempo, compram produtos

adicionais à medida que a empresa lança produtos vinculados ou acrescenta

melhoramentos e falam de modo favorável da empresa e dos produtos para

outras pessoas

A base de uma eficiente segmentação é o conhecimento sobre os

clientes. Agrupando aqueles clientes semelhantes num mesmo grupo,

podemos entender e atender melhor a cada grupo. Em certos segmentos do

setor bancário é difícil encontrar clientes alterando de instituições com

frequência. Em financiamentos de longo prazo, por exemplo, os clientes estão

mais comprometidos com a instituição financeira, de modo que mesmo

insatisfeitos tendem a permanecer ligados a esta por um longo período.

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Perin (2008) defini que CRM é uma estratégia, não uma tecnologia.

Embora o CRM utilize tecnologia e equipamentos, ainda assim a essência de

sua aplicação e efetividade emerge da filosofia, e não das ferramentas

utilizadas no processo; necessitando, portanto, de planejamento adequado.

CRM envolve a combinação entre pessoas, processos e sistemas. Tem-

se então que esta tríade de elementos do CRM é direcionada para o melhor e

mais adequado atendimento do cliente. No projeto de implantação do CRM,

todos os funcionários da empresa, em menor ou maior grau de envolvimento

no projeto, devem ter a consciência da importância de sua contribuição.

Hansotia (2002) alerta que o CRM depende de cuidadoso planejamento e

prontidão organizacional, o que inclui a monitoração tem de estar preocupada

com a coleta e como o armazenamento dos dados do cliente, bem como com o

objetivo de conhecer melhor cada um deles. Esta tarefa requer uma adequada

estrutura de Recursos Humanos.

Há uma crescente tendência de que as empresas tenham políticas de

relacionamento com o cliente, cada uma ao seu modo e de acordo com suas

peculiaridades. Diferentemente de organizações maiores, talvez não seja tão

necessário uma pequena empresa investir em um CRM, devido aos altos

custos envolvidos, mas ela precisará valorizar seu cliente e agregar valor aos

relacionamentos para que este cliente possa tornar-se leal e defensor da

empresa diante dos demais, atuando como um parceiro. Esse é o objetivo de

qualquer empresa, independente do seu porte, quando investe na manutenção

dos relacionamentos.

Não se pode cair no erro de acreditar que a simples recompra de

determinando cliente já seja o fator determinante de sua lealdade. É necessário

que todos na organização conheçam as características dos clientes, saibam de

seus anseios e necessidades e de que forma a empresa pode atuar para

realizá-los. Em uma realidade de competição acirrada, a oferta de vantagens e

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exclusividades aos clientes pode ser uma ferramenta essencial para trazê-lo

para mais perto da empresa, nunca esquecendo que o cliente é o principal

ativo de qualquer organização.

Por fim, muitas empresas na busca por abraçar todos os clientes,

insistem no risco do cliente infiel e não lucrativo. Uma vez que, programas de

fidelização por meio do relacionamento significam alto custo às organizações,

não é recomendado que essas invistam tanto em clientes com alto risco de não

se obter retorno.

Quando as empresas conseguem aumentar seus ganhos com os

mesmos clientes e ainda atrair novos consumidores com potencial para um

relacionamento duradouro conquistam vantagem competitiva, o que pode ser

fundamental para a sua manutenção no mercado e crescimento.

No próximo capítulo estudaremos como o marketing de relacionamento

foi introduzido no sistema bancário brasileiro diante da necessidade deste

mercado de fidelizar e rentabilizar seus clientes.

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CAPÍTULO II

O Marketing de Relacionamento no Setor Bancário

O sistema bancário nunca esteve tão competitivo. Após a implantação

do Plano Real, o setor vivenciou um processo de consolidação, no qual, por

intermédio de fusões e aquisições, se evidenciou o aumento no grau de

concentração dos bancos. Para ter sucesso os bancos precisam melhorar sua

capacidade de manter clientes e descobrir novas maneiras de tornar a carteira

mais lucrativa o longo do período do relacionamento com cada cliente.

Na década de 1990, ocorreram importantes mudanças na estrutura e

nos padrões de concorrência do sistema bancário brasileiro. Seguindo a

tendência mundial de liberalização em vários mercados, o Brasil iniciou um

processo de abertura comercial e financeira. Após o processo de

reestruturação bancária promovido pelo governo, o bancos estrangeiros

ampliaram em muito sua participação no mercado brasileiro. Houve uma

intensificação no processo de fusões e aquisições, tanto por instituições

estrangeiras como por instituições nacionais, o que aumentou

consideravelmente a concentração bancária.

A abertura foi defendida como providência indispensável para ampliar e

baratear a oferta de crédito no país, por meio de oferta da concorrência, o que

obrigaria os bancos nacionais a reduzir seus custos e spreads cobrados e a

atender melhor demanda de empresas e indivíduos. Algumas das expectativas

eram de que haveria um acirramento da concorrência, uma maior qualidade e

diversificação dos produtos e serviços financeiros, modernização tecnológica e

um aumento na eficiência do sistema, principalmente pela concessão de

crédito. Entretanto, contrariando estas expectativas, os bancos estrangeiros

adotaram uma postura conservadora, direcionada, principalmente para os

títulos públicos. Dessa forma, apesar de terem ampliado sua atuação no

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mercado brasileiro, não provocaram mudanças significativas no sistema

financeiro do país. Portanto, grande parte das mudanças ocorridas no setor,

nesse período, provavelmente teria acontecido sem a entrada das instituições

estrangeiras.

O resultado da abertura foi totalmente de encontro ao que fora prometido

nas declarações oficiais e reforçou a interpretação de que os determinantes da

decisão dos estrangeiros de ingressar no Brasil estavam ligados à exploração

de oportunidades já oferecidas pela estrutura do mercado brasileiro, diante de

dificuldades de expansão dos negócios em seus mercados de origem.

Competir neste novo mercado, mais competitivo e agressivo tornou-se o

maior desafio para os bancos brasileiros. O lucro que antes vinha com o

ganho inflacionário fazia com que as instituições financeiras não se

preocupassem com posicionamento no mercado nem com estratégias

mercadológicas competitivas. Os resultados eram relativamente fáceis e os

clientes eram vistos apenas como fonte de renda. Os bancos brasileiros

passaram a ter concorrentes internacionais que no passado mantinham

distância do Brasil super inflacionado. Acostumados a operações de larga

escala, com aceso aberto aos recursos captados pelas matrizes no mercado

internacional, estes bancos entraram no Brasil para competir pelo mercado.

A partir de 2003 verifica-se importante mudança no setor bancário

brasileiro. A relação crédito/PIB, que vinha apresentando significativa redução

até o ano de 2002, quando ficou em 23,80%, começa um movimento

ascendente, alcançando a marca de 53% em março de 2016.

Como consequência da reestruturação bancária no Brasil nos últimos 22

anos e graças à onda de fusões e aquisições, o setor bancário experimentou

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várias alterações. O desafio deixa de ser buscar novos clientes no mercado e

passa a ser priorizar a manutenção e fidelização dos atuais. Os clientes que

antes eram acumulados passam agora a ser segmentados. O setor bancário foi

um dos primeiros seguimentos a notar a importância de um tratamento

personalizado para seus clientes. Seja em função da renda, seja pela atividade

econômica do cliente entre outras variáveis.

É neste momento que a função do marketing torna-se necessária,

justamente pela busca permanente de estabelecer, manter e melhorar entre as

relações entre as empresas e clientes, num ponto em que os objetivos das

partes sejam alcançados. Isto é obtido por uma troca mútua. Um bom

atendimento bancário ao cliente deve contar com recursos básicos como

tecnologia apropriada, intensa capacitação dos funcionários e agilidade de

informações sobre produtos, serviços visando rapidez no atendimento.

Marketing de relacionamento significa criar, manter e acentuar sólidos

relacionamentos com os clientes e outros públicos. Cada vez mais o marketing

vem transferindo o foco das transações individuais para construção de

relacionamento que contém valor e redes de oferta de valor. O marketing de

relacionamento está mais voltado para o longo prazo. Sua meta é oferecer

valor de longo prazo aos clientes, e a medida do sucesso é dar-lhes satisfação

a longo prazo.

Diante das condições do atual mercado competitivo global pode-se ter

uma dimensão do grande desafio que é para as empresas transformar clientes

meramente satisfeitos em absolutamente fiéis. Os clientes são constantemente

convidados a mudar de fornecedor e lhes são oferecidas inúmeras vantagens

para isso, principalmente as financeiras. Porém, cada vez mais, as empresas

estão entendendo que a fidelidade não pode ser comprada e sim conquistada

ao longo do tempo com atitudes que transmitam atenção, credibilidade e

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respeito. Além disso, deve ser um processo contínuo, pois o cliente não é fiel

de vez em quando nem de forma definitiva.

Para Kotler e Keller (2006), “fidelizar o cliente significa vender o maior

número de produtos a um único cliente por maior tempo possível, mantendo-o

satisfeito. É conquistá-lo de tal forma que o impeça de migrar para a

concorrência.”

O objetivo da fidelização é a retenção dos clientes, evitando que migrem

para a concorrência e o aumento do valor dos negócios que eles proporcionam.

A fidelização reflete a filosofia do Marketing de Relacionamento e

engloba desde a preocupação com o cliente interno (funcionários e parceiros),

passando pela qualidade total do serviço até o pós-venda, fator de suma

importância para a fidelização do cliente.

Existem alguns fatores que podem tornar o cliente fiel a um

produto/serviço, entre eles a conveniência, o fato do serviço já ser conhecido e

gerar um certo conforto psicológico, simplificando o processo decisório da

compra. Outro fator em que muitas empresas acreditam é a oferta de brindes,

descontos e promoções, porém alguns autores como Peppers e Roggers

(2000) não veem esta atitude como fidelização, uma vez que se o concorrente

oferecer um desconto maior ou pomoção mais vantajosa, o cliente logo mudará

de fornecedor.

É importante ressaltar que nenhum programa de fidelização será

eficiente se não for baseado em um produto/serviço de qualidade, que busque

atender a necessidades específicas, pois os clientes não são iguais. Além

disso, o desenvolvimento da fidelidade deve ser um processo que englobe a

organização como um todo; todas as atividades da organização devem visar à

geração de valor para o cliente.

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Nada é mais importante que o bom senso dos funcionários, pois estes

retratam a organização, sendo, em boa parte, responsáveis pela imagem do

cliente e por sua satisfação. A reclamação fica em segundo plano quando o

atendimento é rápido e de qualidade. Quando um cliente que teve problemas

com produto/serviço é bem atendido é consideravelmente mais fiel do que

aquele que nunca teve problemas. O atendimento tornou-se um forte

diferencial competitivo, é o teste final que elimina o risco de perder o cliente

definitivamente.

O marketing de relacionamento é considerado na atualidade uma

ferramenta fundamental para a permanência e desenvolvimento de uma

organização. Estimuladas pela crescente concorrência e desenvolvimento

tecnológico, as ações de marketing de relacionamento visam estreitar a ligação

entre empresa e cliente. Buscam sua fidelidade e consequente rentabilidade a

partir de uma série de negociações com um único cliente ao longo do tempo.

Os investimentos em marketing de relacionamento só podem ser justificados

caso a empresa conquiste seus objetivos e se aproprie de benefícios que

essas ações podem trazer.

O setor bancário tem características que devem ser destacadas para

efeito de estudos de mercado. A primeira delas é que ele sofre crescente

modificação no que tange aos seus canais de vendas e comunicações com os

clientes. O atendimento, que antes era feito através de interações entre clientes

e funcionários, vem sendo substituído entre máquinas e clientes. Essas

mudanças diminuem as possibilidades de interações interpessoais, ponto

essencial para o desenvolvimento de um marketing de relacionamento

adequado.

No Brasil cada vez mais o setor bancário apresenta canais de

atendimento aos consumidores. Com o advento dos serviços via internet e a

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maior conveniência de horário e localização dos pontos de atendimento

eletrônico, os bancos diversificam seus serviços, porém acabam podendo em

qualidade no atendimento pessoal e principalmente, relacionamento com seus

clientes.

Onerosos investimentos em tecnologia e recursos institucionais, não

adiantam se os bancos não levarem em consideração o tratamento concedido

ao cliente. Gerenciar e planejar as linhas de atendimento das organizações

modernas é de fundamental importância, permitindo que funcionários tenham

uma visão mais ampla sobre a imagem e os objetivos da empresa como um

todo, treinando equipes para transparecer a cultura organizacional de forma

positiva, além de orientar os funcionários sobre estratégias para perceber o

perfil de cada cliente e adaptar seu atendimento a ele.

A fim de atrair maior clientela, os bancos que atuam no mercado de

varejo têm desenvolvido estratégias de relacionamento com clientes por meio

de programas de vantagens e atendimento diferenciado para clientes

considerados especiais. Com o intuito de estreitar e solidificar relações, tem-se

tornado usual que as instituições bancárias segmentem sua clientela,

atribuindo atenções diferenciadas a clientes diferenciados, valorizando seu

potencial econômico financeiro, sua representatividade e sua idoneidade. Essa

segmentação nada mais é do que um artifício para que a instituição capture

clientes, crie um forte relacionamento de longo prazo com estes e evite

encerramentos dos mesmos gerando, assim, crescimento e lucro.

Este é o momento no qual a empresa, para se destacar no mercado,

obtém um diferencial competitivo. Os produtos e serviços oferecidos para estes

clientes distintos poderão ser semelhantes aos que outros bancos oferecem,

porém, o atendimento e o relacionamento serão o diferencial desta organização

na tentativa de envolver o cliente com o negócio e fidelizá-lo.

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Muitas organizações , ao invés de priorizar investimentos na captação

de novos clientes, tem ampliado cada vez mais suas alternativas de produtos e

serviços, oferecendo soluções diferenciadas. A tendência não é apenas

oferecer soluções financeiras, mas agregar valores e facilidades não

financeiras aos clientes. Assim os bancos tendem a procurar iniciativas para

melhorar seus relacionamentos com a base atual de clientes, incrementando as

vendas e desta forma aumentando a lucratividade individual.

Sob o enfoque de agregação de valor ao produto e serviço prestado, essa

aproximação é de competência de toda a organização. Compete a todos a

missão de fazer com que os clientes sintam e percebam que a qualidade dos

serviços é o principal diferencial competitivo do banco no mercado.

O cliente precisa ser atendido com mais presteza, eficiência e agilidade e

menos paparico. Funcionários desatenciosos, treinamento deficiente de

funcionários, atitudes negativas de funcionários em relação a clientes são itens

que precisam ser revistos no ramo bancário. Além de visar somente lucros e

excesso na produção e serviços, os bancos precisam enxergar seus

profissionais, lhe oferecendo condições de trabalho e dando-lhes suporte para

estudos, aprimoramento pessoal e profissional.

Evidencia-se a valorização da qualidade no atendimento ao cliente por

parte das organizações bancárias, gerando benefícios para a sociedade. A

qualidade é a melhor garantia de fidelidade do cliente, a mais forte defesa

contra a competição e o único caminho para o crescimento e para os lucros.

Treinamentos que geram qualidade, fazendo com que o cliente se sinta

confiante quando deseja uma informação, é só uma das ferramentas que os

bancos dispõem para aprimorar seus funcionários.

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É primordial que haja a valorização das pessoas e a realização

profissional das equipes. Essa combinação só gera ganhos, tanto das

empresas que terão profissionais mais preparados e satisfeitos, como dos

clientes, que receberão atendimento qualificado.

Pintaud (2002) ressalta que o atendimento não significa apenas ouvir o

cliente. A empresa tem que estar disposta a assegurar que o valor da

comunicação ocorrida, durante o atendimento, seja devidamente considerado.

Afinal, os clientes se sentem valorizados ao sentir que seus pontos de vista são

bem recebidos e levados em consideração.

O cliente precisa ser sempre ouvido com naturalidade e suas

reclamações, que em sua maioria são sempre sinceras e honestas, devem ser

consideradas e levadas a sério pelos funcionários de qualquer empresa,

tentando resolver os problemas buscando atingir as necessidades dos clientes.

É de extrema importância relacionar o marketing de relacionamento e

suas estratégias com a melhoria de desempenho dos bancos nos dias de hoje.

Na medida em que o setor está utilizando o marketing de forma intensiva, os

bancos têm investido seus recursos financeiros, operacionais e humanos na

intensão de obter maiores resultados.

O Banco do Brasil inserido neste contexto de transformações no

mercado onde atua teve que estabelecer metas ousadas de crescimento da

base de clientes para compensar as receitas perdidas pelo fim da conta

movimento, especialmente a partir do ano 2000, quando se acirrou a

competitividade entre os bancos de varejo. No decorrer dos anos, os resultados

demonstram que as receitas e as margens de contribuição geradas pelos

clientes já não compensavam a estratégia de expansão da base de clientes,

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pura e simplesmente. A relação de funcionários por cliente era cada vez menor

e margem de contribuição, comparada a de outros bancos, também.

Visando consolidar e expandir sua posição no mercado de varejo

bancário no Brasil, com base na estratégia do marketing de relacionamento ,

iniciou um conjunto de ações voltadas a transformar suas operações neste

segmento.

No capítulo seguinte será abordada a implantação do BB 2.0 no Banco

do Brasil um modelo de pautado no marketing de relacionamento que o BB

implementou a partir da necessidade de fidelizar e rentabilizar melhor seus

clientes.

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CAPÍTULO III

O Programa BB 2.0

O Banco do Brasil fundado em 12 de outubro de 1808 é hoje uma das

maiores instituições financeiras do Brasil, atuante em diversos países no

mundo, teve um lucro líquido de R$ 14,4 bilhões no último ano, tem ativos que

somaram R$ 1,51 trilhão em dezembro de 2015.

Em 1808 o Brasil passou a ser a sede da Coroa Portuguesa. Em 12 de

outubro de do mesmo ano, através de um alvará do príncipe regente D. João,

foi criado o Banco do Brasil. O capital da instituição seria constituído de 1.200

ações de um conto de réis cada uma. O lançamento público destinava-se à

subscrição por grandes negociantes ou pessoas abastadas. Em 25 de

abril de 1821, D. João VI e a Corte retornaram a Portugal, levando os recursos

depositados no Banco, já em crise devido à sua profunda vinculação com os

interesses da Coroa. O Banco do Brasil foi exaurido por saques da Corte

Portuguesa em seu retorno a Lisboa, por descalabro administrativo e

desmandos financeiros durante o 1º Reinado. Findo o prazo de duração,

estabelecido em 20 anos, e sob intensa oposição política, foi finalmente

liquidado em 1833.

Em 21 de agosto de 1851, no Rio de Janeiro, Irineu Evangelista de

Souza, que viria a ser Barão e Visconde de Mauá, criou uma nova instituição

denominada Banco do Brasil. Como antes, também nascida de um lançamento

público, dessa vez com um capital de 10.000 contos de réis. Esse valor era

considerado elevado para a época e o mais vultuoso entre os das sociedades

existentes na América Latina. Nesse ressurgimento do Banco há uma forte

carga simbólica de suas ligações permanentes com o mercado de capitais. As

reuniões preparatórias e a assembléia de constituição se realizaram no salão

da Bolsa do Rio de Janeiro.

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Até o ano de 1964 o Banco do Brasil atuava, ao mesmo tempo, como

banco central, agente do Tesouro Nacional, banco de fomento e banco

comercial. Enquanto banco central, o BB administrava a Carteira de

Redesconto, a Caixa de Mobilização Bancária e a Carteira de Comércio

Exterior (Cacex). Como agente financeiro do Tesouro, recebia e antecipava

receitas e realizava pagamentos, concedendo também empréstimos ao

Tesouro. Respondia pela compensação de cheques e era depositário das

reservas de outros bancos comerciais. Desenvolvia ainda às funções de banco

comercial e de fomento, esse papel aumentava o potencial de criação

monetária do BB.

O Banco do Brasil, com a criação do Banco Central, em 31/12/1964,

pela lei 4.595, permaneceu como agente financeiro do Governo, mas sem o

privilégio de realizar empréstimos ao Tesouro. Manteve ainda as funções de

guardar as reservas voluntárias dos bancos e de coordenar a compensação de

cheques. Foi destinada também ao Banco do Brasil a gestão da conta

movimento, por meio da qual executava, em nome do Governo, inúmeras

operações financiadas pelo Banco Central. Em 1986, na reforma do sistema

financeiro, o Banco do Brasil deixou de funcionar como autoridade monetária

com a extinção da conta movimento. Naquele momento, o Banco do Brasil não

detinha limites de caixa para suas operações, pois essa conta garantia suas

eventuais necessidades por recursos.

A parir de 1986 o BB iniciou sua capacitação para ir ao mercado. Foi

nesta fase que começaram a surgir os produtos – poupança, cartão de crédito,

linhas de crédito de PF e seguros. As agências foram readequadas com a

implantação do NMOA – Novo Modelo de Agências. Um grande plano de

incentivo à demissão de funcionários foi lançado em 1994 - o PDV e o quadro

de funcionários foi reduzido de 110 mil para 64 mil funcionários.

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A Pesquisa de Satisfação de Clientes realizada periodicamente pelo BB

com o objetivo de conhecer melhor necessidades dos clientes e buscar o

aprimoramento dos produtos e serviços também demonstrava que algo deveria

ser mudado, pois os índices de satisfação não acompanhavam o esforço do

banco em aumentar a sua quantidade de clientes. Estudos realizados por

consultoria externa demonstraram ser possível obter excelentes resultados

com a atual quantidade de clientes, desde que se estabelecessem condições

para isso. Surge então, em 2009, o Projeto BB 2.0, com a proposta de

substituir a estratégia de expansão pela de rentabilização de clientes.

Segundos dados obtidos no seu sítio na internet, o Banco do Brasil

conta mais de 5 mil agências no país, estando presente em 70% dos

municípios brasileiros, além dos correspondentes bancários e terminais

compartilhados com a Caixa Econômica Federal e Bancos 24 Horas.

O Novo Modelo de Relacionamento Varejo implantado pelo Banco do

Brasil surgiu num momento em que o banco experimentou excepcional

crescimento em sua base de clientes, com reflexos positivos nos resultados e

forte elevação do potencial de margem de contribuição.

Em julho de 2009, o Banco do Brasil, visando consolidar e expandir sua

posição no mercado de varejo bancário no Brasil, iniciou um conjunto de ações

voltadas a transformar suas operações neste segmento. O Programa tem como

objetivo reformular os modelos de gestão e de negócios do Banco do Brasil.

Para desenvolver e implantar um modelo de segmentação e

encarteiramento de clientes, além de estabelecer condições estruturais para

dar suporte a essa ação por meio do aumento da dotação de funcionários na

rede de agências. Foi criado o programa BB 2.0. A estratégia adotada era a de

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rentabilizar a base de clientes, fidelizando-os através de um relacionamento

mais estreito, sob o enfoque de agregação de valor ao produto e serviço

prestado.

Em julho de 2010, o Projeto BB 2.0 teve seus escopo ampliado, dando

origem ao Programa de Transformação do Varejo. Além de aumentar as

dotações das agências, havia o entendimento de que seria necessário

racionalizar processos e modernizar canais, desenvolver sistemas, método de

trabalho e capacitação das pessoas para viabilizar a estratégia de

rentabilização dos clientes. O programa foi estruturado em cinco perspectivas,

com o objetivo de propor ações que viabilizassem as necessidades apontadas.

A foto abaixo (ilustração 1) demonstra o ambiente interno de uma agência

Estilo, um novo seguimento de relacionamento direcionado a clientes

preferenciais. A agência com arquitetura e móveis confortáveis tem um

ambiente acolhedor, diferente das agências do seguimento varejo cujo objetivo

é demonstrar que ele este cliente é diferenciado na visão do banco.

Ilustração 1: Ambiente interno de uma agência do Banco do Brasil.

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O BB 2.0 teve como objetivo reformular os modelos de gestão e de

negócios do Banco do Brasil, está organizado em cinco perspectivas

integradas, inter-relacionadas e imprescindíveis à construção do novo foco

estratégico: o Cliente.

As perspectivas do BB 2.0 - Programa de Transformação do Varejo

compõem um conjunto integrado de ações com os seguintes objetivos:

1. Desenvolver as bases necessárias à implementação das ações

estratégicas do Banco do Brasil;

2. Criar infraestrutura de informações e tecnologias necessárias à

viabilização das mudanças do Pilar Varejo BB de forma eficiente e

sustentável;

3. Assegurar a participação dos principais intervenientes envolvidos, tais

como as áreas de negócio, operacionais e de tecnologia;

4. Estabelecer uma organização colaborativa entre o desenvolvimento das

ações (onde a visão cliente seja prioridade da Empresa) e assegurar o

alinhamento e a otimização de esforços no sentido de garantir o sucesso

do Programa.

Com a informatização, os clientes passaram a utilizar outros canais para

se relacionar com o Banco (TAA, Internet, celular, central de atendimento). O

que foi ganho em agilidade de atendimento, perdeu-se em informação sobre os

interesses e perfis dos clientes.

A perspectiva Pessoas refere-se a clientes e funcionários, e diz respeito

às modificações relativas à gestão da força de venda, com o objetivo de

melhorar a rentabilidade de clientes. As principais medidas tomadas nesta

direção foram:

• Ajustes nas dotações de agências (aumento do número de funcionários

na rede de agências);

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• Ações de capacitação e treinamento;

• Implementação do Novo Modelo de Relacionamento (segmentação e

encarteiramento) de clientes PF, PJ e do Setor Público atendidos no

Varejo.

O Novo Modelo de Relacionamento Varejo surgiu num momento em que

o Banco do Brasil experimentou grande crescimento da base de clientes, com

significativos resultados e forte elevação do potencial de negócios.

Com esse crescimento, a estrutura de atendimento em vigor tornou-se

insuficiente para fazer frente aos novos desafios. Dentre os problemas

identificados no atendimento, destacaram-se o excesso de clientes por carteira,

as carteiras sem gerentes e a sobrecarga de trabalho nas agências.

O Novo Modelo buscou superar essas carências, adequando recursos

escassos de estrutura da Rede de Atendimento ao potencial de rentabilidade

dos segmentos de clientes. As abordagens básicas do novo modelo que

suportam as estratégias de atendimento são as seguintes:

• Relacional - para clientes de renda/investimento/faturamento mais alto.

A condução do relacionamento é feita por meio de carteiras com

gerentes e assistentes que devem atender às necessidades dos

clientes;

• Comercial - para clientes com bom potencial de negócios, mas com

margem de contribuição abaixo da média. O foco é rentabilizar por meio

de ações proativas no curto prazo;

• Reativa - para os demais clientes. Pelo fato de os clientes não estarem

agrupados em carteiras gerenciadas, não se deve desconsiderar o

potencial de negócios que podem ser gerados.

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A implantação do Novo Modelo de Relacionamento ocorreu m forma de

“ondas”. A primeira aconteceu no estado de São Paulo, em março/2009 e a

última nos estados da região Norte, Maranhão e Piauí, em maio/2011.

Juntamente com as mudanças trazidas pelo Novo Modelo de

Relacionamento Varejo, faz-se necessária uma nova postura dos atendentes. A

nova forma de relacionar-se com os clientes exige proatividade, busca de

soluções inovadoras e desenvolvimento de relacionamento pautado em

confiança mútua.

Para atingir os objetivos da perspectiva Canais, foi criada a Unidade

Gestão de Canais, que realizara a integração de canais para oferecer melhor

experiência de atendimento ao cliente e obter maior rentabilidade para o

Banco. Algumas ações forma adotadas, tais como:

• Revisão da arquitetura de conveniência;

• Revisão de leiautes das agências e dos canais automatizados;

• Prospecção de novos canais de relacionamentos;

• Revisão de estruturas visando melhorar a navegação e amigabilidade;.

• Disponibilização de novas funcionalidades.

Foi necessária a contratação de mais de 10 mil novos funcionários com o

objetivo proporcionar ao cliente um melhor atendimento de suas necessidades.

Para tal, foi imprescindível a capacitação desta força de vendas.

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Atualmente, é cada vez mais comum o consumidor descobrir e inserir

novos e diferentes produtos e serviços em sua vida. O mercado está com

excesso de informações e apelos, além de novas ofertas. Para alcançar o

sucesso, é necessário conhecer, encantar, servir e corresponder aos anseios

dos clientes e tudo isso exige das empresas uma gestão sistemática de

relacionamentos.

O BB 2.0 - Programa de Transformação do Varejo foi desenvolvido

através de estratégias e ações que visam o foco no Cliente. Historicamente, o

Banco do Brasil teve sua atuação focada em produtos. Essas mudanças

exigem dos funcionários flexibilidade, empatia, entendimento e compreensão

dos caminhos que a empresa precisa trilhar para atingir os resultados

propostos.

É preciso um novo olhar, conhecer cada um dos clientes, seus hábitos e

suas necessidades. Logo, seria impossível a mudança de foco do produto para

o cliente, sem o auxílio da tecnologia, dada a quantidade de clientes que o

Banco do Brasil possui, mas muito mais importante que a tecnologia, é o

comportamento da relação funcionário / cliente.

O engajamento de todas as unidades estratégicas, táticas e negociais ao

BB 2.0 - Programa de Transformação do Varejo é de extrema importância para

a garantia da efetividade das mudanças.

O mercado de varejo é dinâmico, a cada momento surgem novos

desafios e para atuar nesse mercado é preciso estar preparado. O Banco tem

investido na capacitação dos funcionários, disponibilizando cursos internos e

recursos para formações externas.

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Os clientes passaram a receber um atendimento mais ágil, personalizado

e adequado ao seu perfil e histórico. Com a implantação do BB 2.0 o Banco

passou a guardar o histórico de interações com os clientes, e cada nova

interação poderá iniciar de onde a anterior terminou. Além disso, o gerente tem

a possibilidade de visualizar na Plataforma de Negócios todos os produtos que

podem ser oferecidos ao cliente, baseado no novo modelo de propensão ao

consumo que tem como objetivo aumentar a probabilidade de concretização

da venda.

O cliente além de receber um atendimento mais rápido e personalizado,

conta com uma assessoria financeira ainda mais adequada ao seu perfil de

relacionamento com o Banco.

O conceito de gestão de cliente não é novo. Ele vem sendo modificado

ao longo do tempo por diversos fatores internos e externos à organização. A

forma de relacionamento com clientes se alterou. Este fato se repete sempre

que a sociedade apresenta uma grande ruptura de valores ou avanços

tecnológicos e sociais.

“Observa-se isso analisando grandes marcos da história, como a

industrialização, quando houve a adaptação de máquinas para produções em

massa, com volume e preço sendo os fatores mais determinantes. Mais

recentemente, identificamos nova ruptura, quando o cliente e seu valor para as

empresas passaram a ser os novos focos de atenção, quando grandes

organizações mudaram da visão negocial transacional para a relacional.”

Fonte: Programa BB 2.0

Outra mudança para as agências foi a introdução do CRM, o que trouxe

mais agilidade para o processo de atendimento e mais informações sobre o

cliente, de forma a possibilitar que os funcionários possam oferecer os produtos

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certos para o cliente certo, de acordo com seu perfil, aumentando assim a

assertividade nas ofertas.

Através do CRM é dada a empresa os meios mais eficazes e integrados

para atender, fazer o reconhecimento e cuidar do cliente, transformando seus

dados em informações que sejam disseminadas por toda a organização,

possibilitando que o cliente seja conhecido cuidado e bem atendido por todos

na organização. O cliente como centro direcionador das decisões deve estar

como norte de cada colaborador independente do nível hierárquico ou função.

A Gestão do Relacionamento com Clientes (CRM) é uma estratégia de

negócio voltada ao entendimento e à antecipação das necessidades dos

clientes atuais e potenciais de uma empresa. Do ponto de vista tecnológico,

CRM envolve capturar os dados do cliente ao longo de todo o seu

relacionamento com a empresa, consolidar todos os dados capturados interna

e externamente em um banco de dados central, analisar os dados

consolidados, distribuir os resultados dessa análise aos vários pontos de

contato com o cliente e usar essa informação ao interagir com o cliente através

de qualquer ponto de contato com a empresa.

A Gestão do Relacionamento tem a ver com a captura, processamento,

análise e distribuição de dados, mas com total foco no cliente. O cliente passa

a ser o centro do modelo de dados, significando a necessidade de uma revisão

na atitude comercial, mudança cultural e comportamental dos colaboradores

envolvidos no processo.

A empresa que tem como estratégia o foco no cliente torna-se mais

rentável e competitiva. Para transformar os conceitos de gestão de clientes em

ações práticas é necessário disciplina, determinação e investimentos

proporcionais ao tamanho e à complexidade de cada organização.

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Empresas com estratégias baseadas na entrega de valor para o cliente

requerem o envolvimento de toda a organização. Essas estratégias exigem

grande uso de planejamento integrado e recursos tecnológicos.

A Gestão do Relacionamento para o BB representa a transformação do

conhecimento do cliente e de seu relacionamento com o Conglomerado,

Coligadas e Parceiros, em oportunidades de entrega de valor, aumento de

rentabilidade e manutenção do relacionamento a longo prazo.

O objetivo da implementação do BB 2.0 no Banco do Brasil é

desenvolver e gerenciar relações individuais com clientes por meio de

tecnologias interativas como Web sites, call centers e ferramentas de

automação, que permitam conexões automáticas e em tempo real dos clientes

à empresa, facilitando feedback, especificações, modificações e

personalizações de produtos.

O Banco do Brasil está trabalhando para revisar processos e conceitos e

criar o que chamamos de “Cultura de Relacionamento” onde o ponto de partida

das ações do banco deixa de ser voltado a encontrar oportunidades para a

venda de produtos e passa a ser conhecer melhor o cliente a fim de gerar

maior valor mutuamente.

Estão em andamento constantes análises que visam a gerar listas mais

precisas para a força de vendas. Estas listas estarão reunidas em uma visão

integrada das oportunidades que cada cliente possui.

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Uma vez plantada a semente da “Cultura de Relacionamento” é

necessário ampliar a capacidade do Banco de entender os seus cerca de 50

milhões de clientes, bem como encontrar os canais mais apropriados para falar

com eles, com ferramentas que tornem o relacionamento mais frequente e

simples de ser executado.

Com os processos e ferramentas otimizados o próximo passo é

aprimorar a capacidade de análise, com a finalidade de entender o

comportamento atual de cada cliente e antecipar suas necessidades de

serviços, produtos e atendimento.

O último estágio almeja ampliar ainda mais a capacidade do banco em

conhecer seus clientes, planejar e executar as ações de relacionamento,

colocando o banco entre os líderes de CRM.

Será monitorado cada acontecimento importante no relacionamento do

cliente, como a realização de uma simulação de um produto na internet, uma

ligação feita na CABB ou a alteração do saldo de sua conta.

O Banco do Brasil, através do projeto BB 2.0, busca compreender que

aquele evento sinaliza o melhor momento de ampliar seu relacionamento com

aquele cliente, através de uma oferta relevante e no momento mais adequado,

assim aumentando satisfação do cliente e ampliando o valor gerado por ele.

No projeto BB 2.0, estão sendo implementadas metodologias de

propensão ao consumo, com o objetivo de subsidiar a rede de atendimento na

realização de novos negócios, auxiliar o cumprimento das metas do acordo de

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trabalho, reduzir custos de prospecção de novos e aumentar a rentabilidade

dos atuais clientes.

A propensão ao consumo utiliza cálculos estatísticos que identificam

clientes com maior probabilidade de adquirir determinado produto, aumentando

desta forma, a chance de assertividade na oferta ao cliente.

A identificação e classificação de consumidores propensos ao consumo

é feita por meio da comparação de informações cadastrais, transacionais e

comportamentais de clientes que adquiriram o produto com as informações

daqueles que não adquiriram. O modelo identifica as características

predominantes dos compradores e classifica os não possuidores com perfis

semelhantes como potenciais compradores.

Por meio da análise de seus históricos e características, podemos, na

maioria das vezes, antecipar a intenção do cliente. Estes modelos podem

também avaliar o valor do cliente sendo retido e a probabilidade de sucesso,

capacitando tomadores de decisões a decidir até quanto devem investir em

ações de retenção.

A classificação dos clientes é feita em três níveis, "alta", "média" e

"baixa", sendo que "alta" representa o cliente que possui maior chance de

compra e "baixa" o que possui menor chance. Essa nova classificação

permitirá priorizar, nas abordagens, os clientes com maiores chances de

adquirirem determinados produtos ou serviços.

O reposicionamento estratégico do Banco do Brasil no varejo determinou

a necessidade de adequação de modelos de relacionamento à realidade atual

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do mercado, à proteção da base de clientes, à melhoria na satisfação dos

clientes e à convergência dos modelos de relacionamento.

Nesse sentido, foi criada a Central de Negócios. Esta área é responsável

pela centralização e padronização do processo de ações de marketing direto,

além de realizar o controle e gestão estratégica das abordagens (contatos e

negócios) com os clientes.

Com isso, os direcionamentos para ofertas de produtos, serviços e

relacionamento serão pautados no conhecimento integral dos clientes e

alinhamento com os direcionamentos estratégicos do BB.

As etapas do processo de gestão de ações de marketing direto

conduzidos pela Central de Negócios estão estruturadas em quatro fases:

1. Planejamento: inicia-se com o recebimento da demanda pelas áreas

interessadas em abordar o cliente. Em seguida são analisados o

potencial, a viabilidade e aderência da ação de marketing direto em

relação às estratégias corporativas. Fase em que a demanda é aprovada

ou não.

2. Preparação: após a aprovação, são extraídos os públicos alvos e as

mensagens de ofertas vinculadas aos canais responsáveis pela

abordagem.

3. Execução: fase em que a ação é liberada. Os clientes serão abordados

nos canais previamente definidos e os contatos e resultados das

abordagens são registrados.

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4. Análise: geração de relatórios com os resultados das ações de

marketing direto. Recomendações e comentários são realizados a partir

das respostas dos clientes e resultados obtidos que possam subsidiar

ações futuras.

Dentre os principais resultados esperados pela Central de Negócios,

destacamos:

• Credibilidade na definição do público alvo. Isso se traduz em ofertas

adequadas ao perfil dos clientes, realizadas nos canais de sua

preferência.

• Melhora na assertividade e confiabilidade na geração de listas de

abordagem de clientes.

• Transparência, controle e segurança com a padronização do processo

de gestão de ações de marketing direto.

• Aumento na satisfação dos clientes a serem abordados de forma

assertiva.

• Rentabilização e fidelização dos clientes com a consequente elevação

do resultado financeiro do Banco.

• Informações gerenciais tempestivas e alinhadas aos objetivos da ação.

• Maior expertise e eficiência na gestão de ações de marketing direto, a

partir da análise dos resultados e respostas dos clientes em ações

anteriores.

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CONCLUSÃO

A estratégia do BB 2.0 prioriza o cultivo de clientes. Gerenciar a qualidade

dos serviços prestados passa a ser um dos maiores desafios, pois depende

essencialmente das pessoas que interagem com os clientes. Ela supõe altos

investimentos em capital humano, visando consolidar a relação do banco com

o cliente através da qualidade do atendimento e da estreita relação cliente -

funcionário. Ao mesmo tempo em que são elementos fundamentais no

processo da geração de valor, essas mesmas pessoas podem destruir todo um

esforço de posicionamento e diferenciação à medida que não correspondem às

expectativas dos clientes, não proporcionam o atendimento adequado ou

simplesmente não apresentam habilidades interpessoais.

Serviços bancários não são produtos nem serviços puros, mas um

conjunto de atividades que misturam elementos tanto de um como de outro.

Assim, é necessário que tanto os produtos financeiros como os serviços de

atendimento estejam em sintonia e tenham o objetivo de atender as

necessidades do cliente. Outra estratégia importante no serviço bancário é

garantir a velocidade do atendimento. Quanto mais rápido a solução de suas

necessidades, melhor. A solução inovadora para esta demanda foi a utilização

de tecnologia.

A inclusão da tecnologia no relacionamento banco – cliente torna mais

rápido e ágil este atendimento e faz com que o cliente tenha prestação de

serviço em tempo real sem estar inserido dentro de uma agência bancária.

Bancos que colocam as necessidades dos clientes em primeiro lugar,

apresentam crescimento acelerado, deixando a concorrência para trás. Com o

aumento da demanda por serviços financeiros cada vez mais complexos e a

facilidade de migração para a concorrência, as instituições financeiras terão

que buscar a fidelidade de seus clientes para prevenir um completo êxodo de

clientes.

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Após o presente estudo conclui-se que o BB 2.0 pode proporcionar a

fidelização dos clientes bancários, diante da crescente concorrência,

aumentando a frequência de clientes e do consumo de produtos do banco. No

entanto nenhum programa de fidelização será eficiente se não for baseado em

um produto/serviço de qualidade, que busque atender a necessidades

específicas, pois os clientes não são iguais. Além disso, o desenvolvimento da

fidelidade deve ser um processo que englobe a organização como um todo;

todas as atividades da organização devem visar à geração de valor para o

cliente.

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ÍNDICE

FOLHA DE ROSTO 02 AGRADECIMENTOS 03 DEDICATÓRIA 04 RESUMO 05 METODOLOGIA 06 SUMÁRIO 07 INTRODUÇÃO 08 CAPÍTULO I - Marketing de Relacionamento 10 1.1 O Marketing no relacionamento 10 1.2 CRM (customer relationship management) 18 CAPÍTULO II - O Marketing de Relacionamento no Setor Bancário 22 CAPÍTULO III - O Programa BB 2.0 31 CONCLUSÃO 46 BIBLIOGRAFIA 48 ÍNDICE 50 ÍNDICE DE FIGURAS 51

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ÍNDICE DE FIGURAS

Ilustração I – Ambiente Interno de Uma agência do Banco do Brasil 34