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UNIVERSIDADE CANDIDO MENDES
PÓS-GRADUAÇÃO “LATO SENSU”
AVM FACULDADE INTEGRADA
A IMPORTÂNCIA DA COMUNICAÇÃO INTEGRADA NO
MARKETING DE VAREJO
Por: Fernando Rodrigues de Souza
Orientador
Prof. Jorge Vieira
Rio de Janeiro
2013
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UNIVERSIDADE CANDIDO MENDES
PÓS-GRADUAÇÃO “LATO SENSU”
AVM FACULDADE INTEGRADA
A IMPORTÂNCIA DA COMUNICAÇÃO INTEGRADA NO
MARKETING DE VAREJO
Apresentação de monografia à AVM Faculdade
Integrada como requisito parcial para obtenção do
grau de especialista em...Marketing.
Por: . Fernando Rodrigues de Souza
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DEDICATÓRIA
.....Dedico esta monografia à minha avó
querida, pelo apoio e força na realização
deste trabalho.
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RESUMO
Este trabalho trata dos conceitos de marketing de varejo e as
características de uma comunicação em marketing integrada. No primeiro
capítulo mencionei o marketing de varejo no Brasil e suas principais
tendências, tratando a importância da comunicação no marketing.
No segundo capítulo, trabalhei com diversos autores entre eles Roberto
Minadeo que mapeia identidade, imagem e marca, além de teorias sobre o
comportamento do consumidor. Outro autor importante no capítulo é Paul
Argenti, apresentando uma discussão inovadora sobre estratégia da
comunicação para as empresas com a quarta edição de Comunicação
Empresarial: A Construção da Identidade, Imagem e Reputação.
O último capítulo foi o mais importante devido ao composto de
marketing, ou seja, a comunicação integrada para os 4P´s (Produto, Preço,
Praça e Promoção), e elaboração de um plano de marketing eficaz para os
processos mercadológicos.
Palavras-chaves: Varejo – Marketing – Comunicação
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METODOLOGIA
A metodologia utilizada foram livros com base em marketing e
comunicação. No estudo utilizei diversos autores para marketing como Roberto
Minadeo, Ricardo M. Gioia, Ricardo Morici. Para o assunto comunicação
integrada de marketing utilizei dois especialistas: Perrotti Pietrangelo Pasqualle
e Paul Argenti.
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SUMÁRIO
Introdução ........................................................................................ 08 Capítulo 1 – O marketing de varejo no Brasil...................................09 1.1 – Tendências no varejo...................................................................12 1.2 – Comunicação estratégica de marketing.......................................15 1.3 - O mix de marketing......................................................................18 Capítulo 2 – Comportamento do consumidor...................................21 2.1 – Identidade e Imagem....................................................................23 2.2 – Posicionamento de uma marca....................................................26 2.3 – Pesquisa de mercado...................................................................29 Capítulo 3 – Comunicação Integrada em marketing.........................33 3.1 – Composto mercadológico.............................................................35 3.2 – Gestão de marketing e suas ferramentas.....................................38 3.3 – Plano de marketing.......................................................................40 Conclusão..............................................................................................44 Anexo ....................................................................................................45 Bibliografia............................................................................................47 Índice.....................................................................................................48 Folha de Avaliação...............................................................................49
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INTRODUÇÃO
Vivemos numa sociedade em que o consumo é um fator determinando
de poder e conquistas. Com isso cresce a demanda de satisfação do
consumidor e suas necessidades. Mais o que busca o cliente em potencial?
Como as empresas trabalham seus produtos de bens e consumo e qual a
melhor estratégia de comunicação e marketing a ser tomada?
Segundo Philip Kotler, “marketing é um processo social por meio dos
quais pessoas e grupos de pessoas obtêm aquilo de que necessitam e o que
desejam com a criação, oferta e livre negociação de produtos e serviços de
valor com os outros”.
De acordo com Gioia (2010, p.6), a American Marketing Association
define marketing como “uma função organizacional e um conjunto de
processos para criação, comunicação e entrega de valor a consumidores e
gerenciamento de relações com clientes de maneira a beneficiar a organização
e seus stakeholders”. O termo stakeholder, citado, envolve os acionistas,
funcionários, fornecedores, clientes e outras partes interessadas no
funcionamento da empresa.
Segundo autor, marketing pode ser entendido como processo de
dinamização e intensificação das trocas entre pessoas e organizações, com o
objetivo de alcançar a satisfação recíproca de consumidores e produtores.
Para Morici (2013, p.16), “falar de marketing é falar de vantagem
competitiva”. Não se trata de “ser excelente”, “excepcional” ou “brilhante”, mas
sim de possuir uma vantagem determinante em relação à concorrência.
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CAPÍTULO I
O marketing de varejo no Brasil
O marketing de varejo no Brasil é utilizado como esforços
estratégicos de comunicação para atingir o consumidor final. Mais para que
essa estratégia de marketing dê certo, é preciso que os empresários e as
empresas conheçam seu negócio como um todo, a fim de buscar lucro e gerar
visibilidade a sua marca ou produto.
“Os canais de distribuição possuem uma grande
dinâmica, com as suas principais características e
tipologias evoluindo ao longo do tempo, conforme a
mudança dos hábitos de consumo e da tecnologia,
incorporando ganhos ao consumidor” (MINADEO, 2008,
p.295).
Segundo o site Wikipédia, o marketing da venda a varejo, é uma
atividade totalmente distinta do marketing tradicional, que teve a sua
formulação baseada na indústria de bens e consumo. As suas principais
características de diferenciação são os tempos utilizados nos seus planos e
ações, as formas de pesquisa junto ao consumidor e a comunicação. Segundo
Edson Zogbi, o varejo atual ainda necessita desenvolver um setor de
investigação e Desenvolvimento para competir com os novos meios de
distribuição de produtos do futuro.
De acordo com Morici (2013, p.6), “a área de marketing tem um papel
que pode variar muito de uma organização para outra. Isso decorre do fato
que, como se dizia no passado, o marketing de uma empresa é muito
importante para ser responsabilidade apenas do departamento de marketing”.
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Essa distribuição de responsabilidade não segue o formato único e depende
da natureza do negócio, do ambiente competitivo em que está inserido e da
estrutura organizacional como um todo.
Para o autor, existem empresas que adotam o critério de que o
marketing está apenas ligado à área comercial. Sua função é a de criar
descontos e alguns serviços como reposição para os clientes intermediários.
Já em outras, é a área que tem como responsabilidade primordial a
comunicação ao consumidor ou cliente (desenvolver folhetos de mala direta ou
outros tipos de propaganda). Também existem aquelas em que o
departamento de marketing é o responsável pela criação e execução de ações
no PDV (ponto de venda), como promoções e expositores.
Em empresas orientadas de fato ao mercado, o marketing tem o papel
de identificar lacunas no mercado e desenvolver soluções para elas, que sejam
ao mesmo tempo viáveis técnica e financeiramente para a companhia.
Segundo Morici (2013), o papel essencial do Marketing é:
Entender os objetivos de negócios da empresa.
Analisar os mercados e definir segmentos interessantes para atuação.
Descobrir lacunas no cumprimento de necessidades dos grupos
consumidores escolhidos.
Coordenar o desenvolvimento de soluções para essas lacunas.
Comunicar o produto final do consumidor.
Retroalimentar a organização com informações sobre o desempenho
dos produtos.
Segundo Gioia (2008, p.152), “a distribuição ou canais de distribuição,
ou ainda, canais de marketing, compreende o processo, a estrutura e a gestão
da disponibilização dos produtos (bens, serviços etc.) para as trocas”. Portanto,
a administração da distribuição envolve a estrutura e o gerenciamento das
atividades dos agentes presentes no canal, as operações de atacado e varejo,
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a distribuição física, incluindo aspectos logísticos de planejamento, transporte e
armazenagem, entre outras variáveis associadas ao processo de ligação entre
produção e consumo.
Para o autor, a distribuição que representa a maior parcela dos custos
de diversos produtos, é uma dimensão fundamental na potencialização das
vendas, por envolver a disponibilização para a compra, e no valor percebido
pelo cliente, por ser componente do benefício (por exemplo, facilidade de
acesso ou pronta entrega) e/ou custo (por exemplo, dificuldade de localização
ou espera na entrega). A distribuição pode ser focalizada nas suas duas
dimensões de contexto: canis de marketing e distribuição física.
Canais de marketing: sistema de agentes (organizações ou pessoas)
inter-relacionados, pelo qual se estabelece um fluxo de produtos,
propriedades, informações, recursos ou promoções, ligando a produção ao
consumo.
Distribuição física: movimentação física do produto entre produtor e
ponto de venda ou consumidor, envolvendo a gestão logística de transporte,
volumes, prazos, armazenagem e manuseio, assim como a infraestrutura de
suporte para esses processos.
Gioia comenta que a variável distribuição, diferentemente do preço e
sua grande flexibilidade em geral, não pode sofrer transformações relevantes
no curto prazo, aspecto que deve ser considerado com especial atenção nas
decisões estratégias da organização.
Em contrapartida, por seu significado proporcionalmente crescente no
custo, ela fornece oportunidade de aumento de produtividade e eficiência, ou
seja, constitui-se em uma fonte potencial de criação de vantagens competitivas
sustentáveis.
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1.1 – Tendências no Varejo
Marketing é uma das funções empresariais mais importantes, a
motivação existencial das empresas é o comércio, é a troca. E marketing é o
conjunto de processos voltados a facilitar a troca, atendendo as necessidades
do consumidor.
Segundo Kotler (2000), “todas as atividades de venda de bens ou
serviços diretamente aos consumidores finais são definidas como varejo”. O
local onde os produtos ou serviços são vendidos ou realizados pode ser em
lojas, rua ou residência do consumidor. Da mesma forma, todas as maneiras
pela qual estes bens ou serviços são vendidos estão incluídas no conceito de
varejo (retalho), seja através de venda pessoal, correio, telefone ou máquina
automática.
De acordo com o site Wikipédia, no marketing da venda a varejo
(retalho) existem várias características específicas de grande importância,
como o atendimento, a exposição (visual merchandising), o ponto comercial
(geomarketing) e outras.
Para Bernardi (2008, p.28), “refere-se à abordagem de mercado pelas
empresas, à demanda potencial, ao consumo, às tendências, às necessidades,
aos produtos e serviços que fornecem e às formas que serão utilizadas para
suprir o mercado, observando-se alternativas, locais, regiões, bem como a
relação entre os elementos”.
Entre as análises, para a construção do modelo, estudam-se as formas
atuais de suprimento do mercado e as tendências quanto à abordagem. É
notória, por exemplo, a mudança nas formas de comercialização de produtos
em canais e locais antes considerados inadequados; lojas expressas ou de
conveniência em postos de gasolina, os shopping centers, internet e todos os
conceitos de consumo decorrentes.
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Para o autor, em logística, é cada dia mais intenso o desenvolvimento
de alianças estratégicas locais e globais.
Segundo Minadeo (2008, p.295), “os canais de distribuição possuem
uma grande dinâmica, com as suas principais características e tipologia
evoluindo ao longo do tempo, conforme a mudança dos hábitos de consumo e
da tecnologia, incorporando ganhos ao consumidor.”.
Por exemplo, a introdução do auto serviço significou um grande passo
no sentido de proporcionar o surgimento de merchandising, o aumento da
importância das marcas e da própria publicidade. O fenômeno de a classe
média passar a se deslocar habitualmente de automóvel para o local de
trabalho foi um fator que influiu fortemente para o surgimento dos shopping
centers e dos hipermercados.
Para Minadeo, segue características de tendências no varejo:
- Aumento da concentração dos grandes grupos mediante fusões e
aquisições;
- Parcerias e associações entre pequenos varejistas;
- Polarização entre os grandes varejistas generalistas contra os
especialistas;
- Aumento da concorrência de varejos intraformatos (como padarias
concorrendo com lojas de conveniência);
- Consumidor cada vez mais exigente;
- Varejo virtual.
Dawson (2000) trata das aquisições no varejo afirmando que além da
dificuldade em integrar diferentes culturas, há o problema de pagar preços
realistas.
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Os supermercados e hipermercados são os principais varejistas a
atuar na distribuição de alimentos. Além disso, oferecem artigos de higiene,
produtos para o lar, papelaria, os produtos que as famílias demandam com
maior frequência. Segundo Minadeo, há ainda espaço para pequenas lojas:
mercearias, padarias e casas de carnes, que possuem a vantagem da maior
proximidade com o consumidor.
As feiras livres respondem por significativa parcela das vendas de
produtos como frutas, legumes e verduras, sendo fontes de suprimentos de
todas as classes sociais.
Minadeo (2008, p.302), “os shopping centers surgiram na década de
50, visando atrair o crescente número de consumidores que se expandiam
para os subúrbios das grandes cidades, e que passou a utilizar o automóvel
habitualmente”.
Os shopping centers podem ser definidos como um grupo planejado de
negócios varejistas, desenvolvido, promovido e gerenciado como uma unidade.
Além disso, apresentam uma área de influência, e o seu mix de lojas e
serviços deve ser adequado às necessidades dos consumidores localizados
nessa região.
Um shopping center é um agregador de atividades varejistas, cuja
função primordial é a prestação de serviços que podem se dar em três níveis:
do empreendimento ao lojista, do empreendimento ao cliente e do lojista ao
cliente. Com isso, percebe-se a importância do serviço ao cliente como um
diferencial em relação ao varejo de rua tradicional. O resultado para o
consumidor é uma experiência de compra e de entretenimento superior.
Por exemplo, além do mix de lojas, da praça de alimentação e de
unidades diversas voltadas ao lazer, os shopping centers organizam eventos
como lançamentos de produtos, feiras de vendas de automóveis e promoções
dos mais variados tipos.
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1.2 – Comunicação estratégica de marketing
Vivemos numa época em que cada vez mais precisamos nos
comunicar. A evolução do mundo tem forçado a comunicação empresarial a
um novo modelo e gestão, devido à pressão da sociedade e do mercado, que
exigem clareza, simplicidade e objetividade.
Segundo Perrotti (2012, p.6), “a comunicação empresarial deve
despertar interesse e, como é sabido, existem diferentes segmentos de
mercado que serão alcançados com meios de comunicação distintos e
linguagens específicas, de acordo com o público que se quer atingir”.
Margarida M. Krohling Kunsch, citando Horácio A. Rodriguez de San
Miguel, diz que a comunicação organizacional pode ser vista como um
conjunto de técnicas e atividades que busquem facilitar o processo de
comunicação interna e externa, relações públicas, publicidade e propaganda
institucional.
Para Perrotti:
“Como pode ser visto pela composição do mix de comunicação,
este articula estreita relação entre as diversas áreas profissionais que
exercem a comunicação dentro da organização; portanto, a
comunicação deixa de ser tática para se transformar em estratégica,
devendo assim estar articulada com todas as atividades da
organização.”
A característica estratégica da comunicação a obriga a fazer parte
integrante de uma política comum, com valores, princípios e diretrizes que se
mantêm íntegros nas mais variadas formas de relacionamento com os
diferentes públicos da organização. Dessa maneira, deve refletir em sua
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comunicação aquilo que realmente é evitando desrespeitar os que nela
confiam.
De acordo com Argenti (2006, p.29), “a primeira parte de uma
estratégia de comunicação empresarial eficiente está relacionada à própria
organização”. Os três subconjuntos de uma estratégia organizacional incluem,
determinar os objetivos de dada comunicação; decidir que recursos estão
disponíveis para alcançar tais objetivos e diagnosticar a reputação da
organização.
Argenti comenta também que analisar o público-alvo é semelhante a
estudar a plateia na hora em que você planeja um discurso ou o leitor na hora
em que escreve um memorando. Essa análise determina qual é o público-alvo
da sua organização; o que cada um pensa sobre a organização e o que cada
um sabe sobre a comunicação em questão.
Depois de se comunicar com o público-alvo, é preciso avaliar os
resultados de sua comunicação e determinar se o objetivo desejado foi
atingido. Em alguns casos, esse feedback pode ser obtido quase que
imediatamente após uma mensagem ou várias mensagens importantes serem
transmitidas. Por exemplo, os funcionários podem receber um questionário
simples para confirmar seu entendimento dos principais pontos da
comunicação e revelar tópicos sobre os quais desejam receber mais
informações ou esclarecimentos.
Criar uma estratégia de comunicação empresarial e de marketing
coerente envolve, portanto as três variáveis: definir a estratégia geral da
empresa para a comunicação, analisar os públicos-alvo relevantes e transmitir
bem as mensagens.
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Perrotti (2012, p.34), “a comunicação institucional, com o seu papel de
divulgadora da organização de forma global, assume cada vez maior
importância no marketing”.
Yanaze (2007) demonstra a importância da comunicação institucional
no marketing, afirmando que a razão disto encontra-se principalmente em dois
fatores, que são os seguintes:
- As relações da empresa, que antes se resumiam basicamente a
vínculos comerciais de compra (com fornecedores) e de venda (com os
clientes), tornaram-se complexas, exigindo dela o desempenho de vários
papéis e a adoção de diferentes atitudes e comportamentos nas interações
com os inúmeros públicos que hoje a cercam e afetam. Em sua relação com
seus públicos, ela deve ser, ao mesmo tempo, compradora e vendedora,
pagadora e cobradora, implacável e tolerante, aquela que contrata e que
demite, obcecada pelo lucro e preocupada com o bem-estar social, ativa e
passiva, orgulhosa e humilde etc. Qualquer equivoco, no desempenho desses
papéis, qualquer atitude imprópria em relação a algum público podem causar
danos à sua imagem e identidade corporativa.
- A disputa pela conquista de espaço nos mercados atualmente não
está restrita às estratégias relacionadas com os outputs (produtos,
precificação, distribuição e comunicação promocional). A busca pelos
diferenciais, que podem propiciar vantagem competitiva no mercado, passou a
ser realizada também no âmbito dos inputs (recursos, informação, tecnologia)
e dos throughputs (processos, sistemas, políticas, cultura organizacional, clima
empresarial, logística). O suporte financeiro concedido por parceiros fortes, a
contratação e a manutenção de um corpo de colaboradores capacitados e
motivados, a celebração de acordos profícuos com fornecedores renomados, a
adoção e a utilização de sistemas e processos justos e eficazes.
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1.3 – O mix de marketing
Segundo o professor Philip Kotler da Northwestern University, em seu
livro Direção de Marketing – Análise, planejamento, implementação, e controle,
“O marketing é um processo social e administrativo no qual grupos e indivíduos
obtêm o que necessitam e desejam através de gerar, oferecer e intercambiar
produtos de valor com seus semelhantes”.
De acordo com Gioia (2010, p7), “a execução do marketing se dá pela
aplicação de técnicas ou programas às diversas dimensões ou variáveis
passíveis de intervenção no ‘objeto’ do marketing, isto é, o bem, o serviço, a
ideia ou a pessoa”.
Existem diversos modelos que enumeram as principais variáveis de
marketing, sendo o mais destacado o de McCarthy, chamado modelo 4Ps,
também conhecido como composto mercadológico ou mix de marketing, ou
ainda, marketing mix, que relaciona as seguintes variáveis:
Produto – são as características de qualquer bem, serviço, ideia,
pessoa, instituição etc. que potencialmente possui valor de troca. Entre essas
características estão o design do produto em si, a embalagem, suas cores, seu
aroma, seu sabor, a tipologia dos rótulos, entre outras.
Preço – são as variáveis que refletem o custo do produto para o
consumidor, como o preço propriamente dito, condições de pagamento,
aceitação ou não de cartões de crédito etc.
Praça – é tudo o que se relaciona à distribuição, localização física e
logística envolvida para fazer um produto chegar às mãos do consumidor.
Promoção – é o processo de comunicação ativa dos atributos e
benefícios de um produto para o mercado-alvo pretendido. Para tanto, envolve
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a criação e veiculação de programas de propaganda, de relações públicas,
além de venda pessoal.
Para Minadeo (2008, p.79), “cada elemento do composto de marketing
tem potencial para afetar o processo de compra em vários estágios:
Produto: pesam em especial fatores como a novidade, sua
complexidade e qualidade percebida. A aparência física, além da embalagem e
do rótulo, também pode influenciar o processo de compra. Do mesmo modo,
um rótulo que destaque benefícios importantes pode induzir a uma avaliação
favorável.
Preço: essa estratégia influencia o comportamento de compra quando
o consumidor está avaliando alternativas. Pode-se dar preferência a um
produto mais barato, o que ocorre no caso de bens de conveniência, e para
poupar recursos ao que o consumidor classifica como primordial.
Ponto de distribuição: um produto amplamente disponível atende mais
facilmente às necessidades. A disponibilidade é especialmente importante na
tomada de decisões rotineiras ou limitadas.
Promoção: as mensagens lembram aos consumidores que existe uma
necessidade, que o produto pode resolvê-las, com a entrega de um valor maior
do que o dos concorrentes.
A estratégia de marketing para um produto é determinada pelos
objetivos do negócio e está sempre a eles relacionada. O marketing está ligado
à troca, envolvendo, portanto, ao menos duas partes, que consideram
interessante essa troca.
Segundo Gabriel (2010, p.42) “o composto de marketing é a
ferramenta estratégica que constitui o coração de qualquer plano de marketing.
Também chamado de marketing mix, o composto de marketing é formado
pelos 4 Ps estratégicos do marketing: produto, preço, praça e promoção”.
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O produto é a oferta capaz de satisfazer uma necessidade ou desejo,
por meio de uma troca, podendo ser qualquer coisa, de bens tangíveis e
serviços a experiências e ideias.
Para Gabriel (2010), podemos definir preço como o valor justo
atribuído à posse de um produto. O termo “justo”, na definição de preço,
significa que só haverá “troca” – condição sine qua non do marketing – se o
público-alvo acreditar que ela é justa e adequada. O preço define as condições
básicas da troca e é, portanto, o P da receita: é por meio dele que a empresa
obtém seus resultados.
Praça é o componente do composto de marketing que “define as
estratégias e táticas para a colocação do produto no mercado, a forma com
que ele chegará ao ponto de venda e de que maneira será exposto ou
disponibilizado ao consumidor, ou seja, praça é o P que lida com as questões
que propiciam que a “troca” aconteça”.
Promoção é o conjunto de ferramentas que visa à viabilização e ao
aumento das vendas (trocas) e à diferenciação do produto ou da empresa
entre seus concorrentes, ou seja, a função da promoção é fazer com que o
público-alvo conheça a existência do produto e o seu posicionamento.
As ferramentas de promoção serão também conhecidas como
composto de comunicação, composto de promoção ou mix de comunicação.
São as seguintes ferramentas: propaganda, promoção de vendas, marketing
direto, relações públicas e venda pessoal.
A primeira etapa do marketing é o estudo do mercado, identificando as
necessidades e desejos dos clientes, para então ser desenvolvido o produto
adequadamente, e finalmente serem estipulados preços, o local de distribuição
e a comunicação.
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CAPÍTULO II
Comportamento do consumidor
O comportamento do consumidor é uma das áreas mais complexas de
todo o processo de marketing, pois envolve diferentes áreas de contribuição
como ciência, psicologia, sociologia entre outras.
De acordo com Minadeo (2008, p.61), “o comportamento do
consumidor é um termo abrangente que se refere ao processo da tomada de
decisão de compra, tendo-se em conta que uma compra é uma atitude
humana, decidida pelo consumidor”. As pessoas compram bens e serviços não
apenas para a satisfação de suas necessidades, mas para que possam
projetar imagens favoráveis junto aos demais, dado que há uma forte
componente social no ser humano.
Para Gioia (2010, p.37), “a perspectiva de marketing como filosofia de
gestão presume uma busca incessante da satisfação das necessidades e dos
desejos dos consumidores, ou seja, da criação de produtos e serviços que
venham ao encontro das expectativas do consumidor ou as superem”.
Para conhecer o consumidor, geralmente inicia-se pela obtenção de
informações em quatro áreas principais.
- características demográficas do consumidor, como número e
localização geográfica, distribuição em termos de renda, sexo, idade e nível de
instrução.
- comportamentos de consumo (quem, o que, quando, onde e como
consome), comportamentos de compra (quem, quando, como e onde compra)
e de utilização de mídias (onde procura informação, hábitos de leitura, rádio e
televisão, frequência a congressos, exposições).
- atitudes como o conhecimento que o consumidor tem de uma marca
ou a imagem que lhe atribui ou, ainda, medidas de satisfação.
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- processo de compra, como motivações, envolvimento e critérios de
escolha de uma marca.
O comportamento do consumidor é influenciado pelas características
individuais e pessoais de cada ser humano, oriundas tanto da genética quanto
da personalidade. Para Gioia, trata-se daquelas características muito próprias,
que compõem nossa individualidade e pertencem exclusivamente a cada um
de nós.
Gioia comenta que atitudes são predisposições aprendidas para
responder a alguma coisa de forma conscientemente favorável ou
desfavorável. Já personalidade é o modo como o indivíduo responde ao
ambiente em que vive, de maneira que siga um padrão repetido e consistente
de comportamento. A personalidade de cada pessoa é determinada pela
constituição genética e pelas influências ambientais a que ela está exposta.
Três teorias principais têm sido usadas na pesquisa do consumidor:
psicanalítica, sociopsicológica e de fator traço.
A teoria psicanalítica, surgida com a aplicação das teorias de Freud,
baseia-se na análise do id, ego ou superego. A teoria sociopsicológica
considera que existe grande interdependência entre indivíduo e sociedade.
Por fim, a teoria de fator traço considera que a personalidade de um
indivíduo é composta por atributos definidos, os chamados traços, que vêm a
ser qualquer maneira distinguível, relativamente duradoura de ser.
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2.1 – Identidade e imagem
A imagem e identidade de um serviço ou produto é o cartão de visita
de qualquer produto ou marca. Com isso as empresas utilizam de diversas
estratégias para atingir seu público alvo.
De acordo com Argenti (2006, p.80), “a identidade de uma empresa é a
manifestação visual de sua realidade, conforme transmitida através do nome,
logomarca, lema, produtos, serviços, instalações, folheteria, uniformes e todas
as outras peças que possam ser exibidas, criadas pela organização e
comunicadas a uma grande variedade de públicos”.
A imagem é o reflexo da identidade de uma organização. Segundo
autor, em outras palavras, é a organização sob o ponto de vista de seus
diferentes públicos. Dependendo do público envolvido, uma organização pode
ter diversas imagens. Assim, compreender a identidade e imagem é conhecer
profundamente o que a organização realmente é e para onde ela está voltada.
Segundo Minadeo (2008, p169), “as duas dimensões que determinam
uma estratégia de marca dos produtos de uma empresa são: sua oferta e sua
mensagem”. A oferta pode ser um produto ou serviço singular, ou uma linha
diferenciada ou com alguma qualidade especial. Isso envolve uma escolha: o
mesmo produto para todos os segmentos ou criar produtos diferentes de
acordo com os diversos segmentos. A mensagem significa a posição de
mercado dos produtos que a empresa deseja atingir, levando em consideração
os benefícios oferecidos ao consumidor e a diferenciação em relação à
concorrência. Também existe uma escolha: utilizar a mesma mensagem junto
a todos os públicos ou variar conforme o segmento (Basu, 2006).
A imagem é a resultante da identidade organizacional, expressa nos
feitos e nas mensagens. Para a empresa a imagem é um instrumento
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estratégico, um conjunto de técnicas mentais e materiais, que têm por objetivo
criar e fixar na memória do público, os ‘valores’ positivos, motivadores e
duradouros. Estes valores são reforçados ao longo do tempo (reimpregnação
da mente) por meio dos serviços, as atuações e comunicações. A imagem é
um valor que sempre se deseja positivo – isto é, crescente e acumulativo -, e
cujos resultados são o suporte favorável aos êxitos presentes e sucessivos da
organização (Costa, 1995).
Segundo Minadeo, a imagem é formada através das relações da
empresa com seus públicos, em vários níveis:
- Modo como a empresa delineia sua estratégia e estabelece suas
políticas de produto, preço, distribuição e promoção.
- Impressões causadas por seus empregados.
- Consequências das relações com os diversos públicos afetados pela
empresa, como: imprensa, líderes de opinião, fornecedores, órgãos do
Governo, consumidores e comunidade em geral.
- Ações desenvolvidas no setor de negócio e também as que são
decorrentes das atividades da região em que atua.
Argenti (2006, p.84), comenta que “um dos elementos mais
importantes na identidade corporativa é uma visão que abranja os principais
valores, filosofias, padrões e objetivos da empresa”. A visão corporativa é um
eixo comum com o qual os funcionários e, idealmente, todos os outros públicos
devem se relacionar.
Da mesma forma que a sociedade americana exige listas dos “10
mais” e rejeita histórias complexas em favor de pequenos fragmentos
narrativos, também valoriza as marcas como sinais identificadores que ajudam
a avaliar tudo à nossa volta de modo rápido e com mínimo esforço.
Considerando esse fenômeno, o valor de uma empresa pode ser
significativamente influenciado pelo sucesso de sua estratégia de marca
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corporativa. A Coca-Cola, por exemplo, tem um valor que excede
consideravelmente seus ativos tangíveis totais, por conta de sua marca
bastante fortalecida.
A dupla natureza da identidade e da imagem, traduzidas por objetos
físicos, mas inseparavelmente ligadas às percepções, cria um dilema especial
para os responsáveis pela tomada de decisão.
Para evitar investimentos superficiais e responder objetivamente a
perguntas de como o público geral vê a organização? O que representam os
seus diversos símbolos para os diferentes públicos? É preciso gerenciar o
processo de identidade da empresa.
De acordo com Argenti (2006), embora a auditoria de identidade possa
parecer um processo relativamente simples e direto, em geral, não é assim.
Com frequência, os símbolos existentes e as impressões resultantes divergem
totalmente do modo como a empresa se observa na atualidade.
Ter objetivos bem definidos é essencial no processo de identidade.
Esses objetivos têm de ser estabelecidos pela gerência e devem explicar a
reação de cada público a propostas específicas de identidade.
A imagem de qualquer organização é uma função de como os
diferentes públicos percebem esta organização com base em todas as
mensagens que ela envia em nomes e logomarcas a através de auto
apresentações, incluindo expressões de sua visão corporativa.
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2.2 – Posicionamento de uma marca
Posicionar uma marca nada mais é que manipular a mente do
consumidor em favor daquele produto ou marca. É mostrar que estamos à
frente da concorrência e que a necessidade de ter aquele produto ou serviço
lhe trará primeiramente benefícios. É criar a vontade no consumidor para
vontade de adquirir determinado produto.
Segundo Gioia (2010, p.120), “posicionamento pode ser definido como
a arte de configurar a imagem da empresa e o valor oferecido do produto em
cada segmento, de forma que os clientes possam entender e apreciar o que a
empresa proporciona em relação à concorrência”.
Para compreender o que vem posicionamento, é necessário
preocupar-se em entender como a mensagem é recebida pelo consumidor em
potencial. Em outras palavras, o foco da análise é o processo de comunicação
empresa-consumidor.
Para Gioia, uma primeira constatação é a de que vivemos em uma
sociedade saturada de comunicação, dado o número imenso de produtos e
marcas existentes no mercado. Propõe-se, então, que a mensagem publicitária
deve ser claramente interpretada pelo consumidor, sem ambiguidades. Para
que o consumidor a interprete de modo claro, ela deve ser simples. Tal
simplificação precisa levar em conta não somente as características e os
atributos do produto em si, mas também a imagem que se pretende transmitir
ao mercado.
De Acordo com Morici (2013, p.52), “ posicionamento de mercado é a
definição de como você quer sua marca, serviço ou produto seja percebido
pelo público-alvo”.
27
Para o autor um consumidor típico possui um sem-número de
necessidades e expectativas. Querer satisfazer a todas resulta em uma tarefa
impossível. Para cada segmento de mercado podemos posicionar uma marca
(ou mais) para satisfazer as necessidades do grupo consumidor. Esse
posicionamento deverá ser relevante (algo que o público-alvo valorize de fato)
e diferenciado da concorrência, buscando uma vantagem sobre ela.
Uma vez definido o posicionamento, devemos testá-lo no público
potencial consumidor. Se ele for considerado relevante e diferenciado então
podemos afirmar que temos um bom posicionamento. Caso contrário,
deveremos criar outros ou até mesmo pesquisar novas lacunas de mercado.
Segundo Morici (2013, p.53), “para se entender a necessidade de um
posicionamento claro e diferenciador é necessário primeiro que se
compreenda o conceito de valor. Em marketing, valor é o equilíbrio entre o
benefício e o custo de um bem”.
Em geral os “benefícios” de um produto são ligados à:
- Qualidade.
- Performance (cor, velocidade, sabor, aroma, tamanho etc.).
- Atratividade.
Lembrando que esses são conceitos ligados à percepção que o
consumidor tem do produto, não à realidade. Se o produto tem uma alta
qualidade do ponto de vista técnico, mas o consumidor médio acredita, ainda
que erroneamente, que sua qualidade é inferior, na prática seu valor será
baixo.
De acordo com Minadeo (2008, p.203), “posicionamento é a imagem
que os clientes têm de um produto, especialmente em relação aos
concorrentes”. Os resultados alcançados pela propaganda dependem mais da
maneira como as mensagens são posicionadas do que de sua criação.
28
A teoria do posicionamento surgiu na década de 70, e seus teóricos,
Ries e Trout (1987), defendem a ideia de que mais importante do que a
criatividade na propaganda é a busca por uma posição na mente do
consumidor. Segundo eles, a mente humana recebe diariamente um sem-
número de estímulos e sugestões de consumo, e essas informações são
organizadas sob a forma de “escadinhas mentais”. Dessa maneira, o sucesso
de uma marca está diretamente relacionado ao “degrau” que a marca ocupa.
Segundo Rocha e Christensen (1999): o posicionamento é a imagem
na mente do consumidor, como resultado de três dimensões: produto, grupo-
alvo e concorrência.
Minadeo comenta que o conceito de posicionamento pode ser
expresso como o empenho que a empresa faz para criar e manter certo
conceito na mente dos consumidores. Esse empenho visa obter para o produto
uma posição clara, distinta e desejável em relação à concorrência. O
posicionamento é o lugar ocupado pelo produto na mente do consumidor, é a
associação feita pelo consumidor entre uma determinada marca e imagem.
Etapas de um plano de posicionamento. Minadeo (2008, p207):
- Definir os segmentos existentes em um dado mercado.
- Decidir em quais segmentos atuar
- Avaliar o posicionamento dos concorrentes no segmento escolhido.
- Compreender as expectativas dos consumidores desse segmento.
- Desenvolver um produto que esteja sintonizado com as expectativas
desse público.
- Definir a melhor imagem a transmitir ao novo produto, de forma a
posicioná-lo adequadamente no segmento visado.
- Realizar as atividades de comunicação junto ao público a respeito do
produto de tal forma que estejam afinadas com a posição que se pretende
obter.
- Manter todo o composto mercadológico sintonizado.
29
2.3 – Pesquisa de mercado
Mesmo o estudo mais simples de mercado situa-se em um campo
específico chamado Pesquisa de Marketing. David Aaker define pesquisa de
marketing como a coleta de informações primárias, normalmente provenientes
de fontes externas, para resolver um problema específico.
Para Philip Kotler (2000), pesquisa de marketing corresponde à
elaboração, à coleta, à análise e à edição de relatórios sistemáticos de dados e
descobertas relevantes sobre uma situação específica de marketing enfrentada
pela empresa.
A diferença entre opiniões dos autores está na restrição da pesquisa de
marketing à coleta de dados primários, feita por Aaker, mas não endossada
por Kotler. Na prática, a maioria das pesquisas de marketing envolve a coleta
de dados primários, mas também pode incluir dados secundários.
Nesse sentido, a Abep define:
“Pesquisa de marketing é a coleta sistemática e o registro, classificação,
análise e apresentação objetiva de dados sobre hábitos,
comportamentos, atitudes, valores, necessidades, opiniões e
motivações de indivíduos e organizações dentro do contexto de suas
atividades econômicas, sociais, políticas e cotidianas”.
Segundo Gioia (2010, p.78), “todas as pesquisas podem ser
classificadas em três categorias gerais: exploratórias, descritivas e causais”.
O principal objetivo da pesquisa exploratória é prover maior
compreensão do problema enfrentado pelo entrevistador. É usada em campos
de estudo pouco estabelecidos, nos quais é necessário obter dados adicionais
para definir o problema. A pesquisa exploratória caracteriza-se pela
30
flexibilidade e versatilidade de métodos. Entre os caminhos que ela pode
seguir estão: análise de dados secundários, entrevistas com especialistas e
pesquisas qualitativas.
Uma pesquisa exploratória muito utilizada em marketing é a construção
de casos baseados em experiências bem sucedidas das empresas.
Normalmente, o método utilizado envolve a análise de dados secundários,
seguida de entrevistas em profundidade com os executivos responsáveis.
A pesquisa descritiva destina-se a descrever características de
determinada situação ou função do mercado. O uso da pesquisa descritiva é
comum quando se pretende: descrever as características de grupos
relevantes, como consumidores, vendedores, fornecedores, ou áreas do
mercado; determinar as percepções dos consumidores com relação às
características dos produtos; fazer previsões específicas de consumo.
A pesquisa causal é um tipo de pesquisa utilizado para descobrir
relações de causa e efeito. Os gestores frequentemente tomam decisões com
base em relações causais presumidas, como acreditar que uma redução de
preços resultará em aumento de vendas e ganho de participação de mercado,
o que nem sempre acontece. Relações de causa e efeito são difíceis de
demonstrar, exigindo uma pesquisa com muito planejamento e estruturação.
De acordo com Minadeo (2008, p.85), “a pesquisa de mercado deve ser
vista como mais um componente dos processos que uma empresa emprega
para levantar informações. É comum falar da integração da pesquisa de
mercado em um amplo sistema de informações de marketing empresarial –
que por sua vez é parte de um sistema ainda mais amplo de gerenciamento
corporativo das informações”.
31
Para Gioia (2010), “a pesquisa qualitativa é a metodologia de pesquisa
não estruturada, exploratória, baseada em pequenas amostras, que
proporciona insights e compreensão do contexto do problema”.
A pesquisa quantitativa tem por objetivo quantificar os dados e
generalizar os resultados da amostra para a população-alvo, com base em um
grande número de casos; além disso, emprega amostras representativas,
coleta de dados estruturada e análise estatística dos dados.
De acordo com Morici (2013, p.74), “quando classificamos as pesquisas
segundo suas fontes elas poderão ser primárias ou secundárias”. As primárias
são aquelas efetuadas especialmente com o propósito de levantar
determinadas informações para a empresa. São feitas sob medida e
encomenda para isso. Um tracking (seguimento periódico) de marcas é um
exemplo. Já as fontes secundárias são aquelas várias públicas ou
semipúblicas (jornais, institutos como o IBGE ou SEBRAE e anuários de
associações), que oferecem diversos dados de interesse à empresa.
A pesquisa de mercado visa:
- Avaliar a possível reação dos consumidores diante de novas características
do produto, dos demais esforços mercadológicos ou de movimentos da
concorrência.
- Avaliar o perfil do consumidor, sua percepção quanto à imagem da empresa
e dos concorrentes, intenções de compra, suas preferências e sua satisfação
com os produtos e serviços da empresa.
- Avaliar fatores demográficos, culturais ou econômicos que atuam na
percepção do consumidor em relação a certos produtos ou marcas.
- Aferir o nível do serviço prestado pelo varejista ou pela rede de assistência
técnica.
- Fornecer informações para estudos do potencial de demanda para novos
produtos.
32
- Identificar os diferenciais competitivos entre produtos concorrentes.
- Mensurar a audiência e eficácia das campanhas publicitárias.
- Nortear o desenvolvimento de campanhas promocionais.
Palmer (2006) apresenta as seguintes etapas do processo de pesquisa
de marcado:
- Definição do problema e dos objetivos da pesquisa.
- Desenvolvimento do plano de pesquisa.
- Coleta de dados.
- Análise dos dados.
- Apresentação dos resultados.
Para Minadeo, um problema bem definido já se pode considerar
resolvido pela metade, pois permite ao pesquisador focalizar em assegurar-se
das informações necessárias para poder resolvê-lo.
Dados primários são informações coletadas especificamente para a
pesquisa em andamento. São obtidos das fontes: consumidores, força de
vendas, concorrentes e mercado. Exigem a realização de pesquisas junto a
essas fontes, portanto, são dados que custam mais caro do que o
levantamento de dados secundários, os quais representam informações já
existentes e normalmente públicas. Sua vantagem é o baixo custo. Por outro
lado, antes de uma busca sistemática de informações, é dever de todas as
pessoas de marketing estar atualizadas com os dados que são públicos no
mercado, ou disponíveis internamente na empresa.
33
CAPÍTULO III
Comunicação Integrada em marketing
Toda empresa tem o objetivo de conseguir melhores resultados através
de uma comunicação eficaz, melhorando o atendimento e propagando sua
imagem, tornando-se cada vez mais conhecida.
Segundo Argenti (2006, p.28) “a maioria das teorias associadas à
comunicação baseia-se em noções que remontam a milhares de anos. Na
Grécia antiga, a disciplina que hoje chamamos de comunicação era então a
retórica”. O uso da linguagem para persuadir os ouvintes a fazer algo. Praticar
a arte da retórica era muito bem visto pelos gregos.
Aristóteles, que estudou com Platão e ensinou em Atenas de 367 a 347
a.C., desenvolvimento da retórica como uma arte. Em seu principal livro, A arte
retórica, vemos as raízes da teoria da comunicação moderna. Logo no início
dessa obra fundamental, Aristóteles define a composição de toda enunciação:
Toda enunciação contém três partes: o orador, o assunto a ser tratado e
a pessoa a quem a fala se dirige, ou seja, o ouvinte, a quem se refere o objeto
ou a finalidade da fala.
De acordo com Perrotti (2012, p.12), “a estratégia de comunicação
considera os esforços que têm como objetivo colocar os produtos na cadeia de
distribuição de forma que cheguem ao consumidor; levam em conta os
seguintes materiais e procedimentos”.
- Folhetos técnicos de apresentação do produto produzidos para os
canais de venda.
34
- Publicação de anúncios e de matérias pagas em veículos de
comunicação dirigidos aos revendedores.
- Participação em eventos, como feiras, congressos, cujos públicos-alvo
sejam atacadistas e varejistas.
- Desenvolvimento e implementação de concursos, como o objetivo de
premiar os canais e os vendedores com o melhor desempenho na venda dos
produtos da empresa.
- Manutenção dos sistemas de comunicação on-line e just in time com
os canais de venda, objetivando mantê-los informados sobre a disponibilidade
de produtos, preços condições de pagamento, novos lançamentos, novos
investimentos, informações sobre o mercado dos produtos etc.
- Criação, produção e veiculação de campanhas publicitárias
cooperativas com os canais de distribuição.
- Criação e remessa de broadsides – folheto, DVD, CD-ROM
especialmente dirigidos aos públicos internos (vendedores e funcionários) e
intermediários (distribuidores, varejistas) da empresa, reportando a eles como
será a campanha de propaganda ou promoção, sua estratégia e amplitude,
sua temática e meios e sugerindo sempre como tirar o máximo proveito dela.
- Treinamento de vendas para as equipes dos canais distribuidores.
- Sistemas de atendimento via telefone ou internet, para agilizar os
pedidos e registrar as reclamações e sugestões.
- Patrocínios de eventos locais promovidos pelos canais de revenda.
35
3.1 – Composto mercadológico
O composto de marketing é a ferramenta estratégica que constitui o
coração de qualquer plano de marketing. Também chamado de marketing mix,
o composto de marketing é formado pelos 4Ps estratégicos do marketing:
produto, preço, praça e promoção.
Segundo Gabriel (2010, p.42), “a definição de marketing é atividade
humana dirigida para satisfazer necessidades e desejos por meio de troca”.
Para autora a definição dos 4Ps na estratégia de marketing é definida da
seguinte forma:
Produto: Aquilo que satisfaz a necessidade ou desejo.
Preço: Fator que estabelece as condições da troca.
Praça: Local que possibilita que a troca aconteça.
Promoção: Forma de comunicar ao público-alvo sobre o produto, preço
e praça, estimulando a troca.
Para Gioia (2010, p.136), “a conjugação desses quatro aspectos, ou
variáveis de marketing, resulta no comporto de marketing (ou marketing mix)”.
A solução de integração desses elementos é um dos componentes que
definam a estratégia de marketing; de sua correta e adequada combinação
depende o sucesso de tal estratégia.
O composto de marketing, associado aos 4Ps de McCarthy referem-se a
produto, preço, promoção e praça ou ponto de venda, é o resultado de
decisões estratégicas quanto às quatro dimensões básicas da oferta: a
configuração do produto, o apreçamento, os esforços promocionais e a
distribuição. Assim, o composto de marketing incorpora a visão de negócios,
seus objetivos, decisões sobre mercado e, acima de tudo, expressa
operacionalmente a estratégia do produto, vale dizer, as orientações e
decisões adotadas para oferta. (Gioia, 2010)
36
A estratégia de marketing para um produto é determinada pelos
objetivos do negócio e está sempre a eles relacionada. Gioia ressalta que o
marketing está ligado á troca, envolvendo, portanto, ao menos duas partes,
que consideram interessante essa troca. Admitindo que uma organização, ao
decidir oferecer um produto a determinado mercado, visa à remuneração do
capital investido, conclui-se que uma abordagem de marketing implica viabilizar
a troca com ganho para ofertante (vendedor) e satisfação de uma necessidade
para o demandante (comprador). Os lados ou partes envolvidos têm
necessidades a satisfazer e objetivos a cumprir, considerando a troca um meio
para tanto.
Segundo Gabriel (2010, p.43), “produto é a oferta capaz de satisfazer
uma necessidade ou desejo, por meio de uma troca”, podendo ser qualquer
coisa, de bens tangíveis e serviços a experiências e ideias. Estrategicamente,
o produto é composto de três dimensões distintas e complementares: o
produto em si, a sua marca e a sua embalagem. Essas três dimensões do
produto formam o composto do produto.
Outro fator do produto em si segundo o autor, é que todos os atributos e
características que estejam relacionados diretamente com o produto, como
tamanhos, texturas, garantias, cores, sabores, durabilidade, conformidade,
confiabilidade, segurança, materiais etc., formam o produto. Cada uma dessas
características e desses atributos podem ser utilizados e alterados
estrategicamente em um plano de marketing.
O preço é também o P mais flexível do composto de marketing.
Normalmente é mais rápido e fácil se alterar o preço do que modificar o
produto, praça ou promoção. Assim, em razão de sua flexibilidade, o preço é
um importante componente estratégico do marketing.
Praça é o componente do composto de marketing que “define as
estratégias e táticas para a colocação do produto no mercado, a forma com
37
que ele chegará ao ponto de venda e de que maneira será exposto ou
disponibilizado ao consumidor”, ou seja, praça é o P que lida com as questões
que propiciam que a “troca” aconteça.
Gabriel (2010) define promoção como o conjunto de ferramentas que
visa à viabilização e ao aumento das vendas (trocas) e à diferenciação do
produto ou da empresa entre seus concorrentes, ou seja, a função da
promoção é fazer com que o público-alvo conheça a existência do produto e o
seu posicionamento.
As ferramentas de promoção são também conhecidas como composto
de comunicação, composto de promoção ou mix de comunicação. Segundo
autor segue as ferramentas:
- Propaganda (PP) – Usada para propagar uma mensagem ao público-
alvo. Características: repetição da mensagem muitas vezes, impessoal, cara.
- Promoção de vendas (PV) – Usada para incentivar a experimentação e
o relacionamento com o público-alvo. Características: oferta de recompensa
incentivando a aproximação do público-alvo em direção à marca ou produto.
- Marketing direto (MD) – Usado para construir relacionamento de duas
vias com público-alvo. Toda ação de marketing direto deve ter uma chamada
de call to action, interativa e personalizada, incentivando a resposta imediata
do consumidor.
- Relações públicas (RP) – usada para fortalecer (ou recuperar) a
imagem e reputação da marca/produto. Características: muita credibilidade,
“dramatização” da empresa/marca ou produto para impactar o público-alvo.
- Venda pessoal (VP) – Usada para construir relacionamento pessoal e
próximo entre empresa-público. Características: interação pessoal,
normalmente é ferramenta de promoção mais cara.
38
3.2 – Gestão de marketing e suas ferramentas
O planejamento estratégico de marketing, segundo Martha
Gabriel, é o processo no qual uma empresa analisa o ambiente de marketing
(macro, micro e ambiente interno da empresa) com foco nos seus objetivos
com um determinado público-alvo, traçando as estratégias de marketing para
alcançar tais objetivos.
O marketing nada mais é do que uma ferramenta de gestão, entre as
diversas ferramentas podemos citar algumas como: benchmarking, CRM,
segmentação de mercado, SWOT e plano de marketing.
Segundo uma matéria da Revista Exame, Benchmarking é o método
sistemático de procura por melhores processos, ideias inovadoras e
procedimentos de operação mais eficazes que conduzam a um desempenho
superior. Importante lembrar que o verdadeiro benchmarking tem como
princípio a inovação e não a cópia de ações desenvolvidas pela concorrência.
Por isso, sua prática não se deve restringir apenas ao setor de atuação da
empresa.
De Acordo com Evans (2013, p.28), “a análise SWOT é onipresente.
Aparecem em todos os lugares, em relatórios de pesquisa de mercado,
relatórios de analistas de mercado, até mesmo em relatórios financeiros de
due diligence, elaborados por contadores interessados em impressionar com
seus conhecimentos sobre conceitos estratégicos”.
Gabriel ressalta que da análise das forças e fraquezas (provenientes do
ambiente interno da empresa) e das ameaças e oportunidades (originadas no
macro e microambientes) resulta a Matriz SWOT (em inglês, SWOT significa
strenghts, weaknesses, opportunities e threats). A Matriz SWOT é o
instrumento pelo qual a empresa realiza a avaliação das suas competências
39
(forças e fraquezas) e a análise de cenários (ameaças e oportunidades), de
forma a orientar na escolha da melhor decisão estratégica possível.
Para Gabriel (2010, p.37):
“A análise SWOT pode ser usada para se avaliar qualquer tipo de
produto – uma empresa inteira, um projeto, uma parte do projeto, um
produto específico ou uma linha de produtos, uma equipe etc. Aqui
estamos enfocando a análise SWOT no planejamento estratégico de
marketing, mas ela é usada e bastante útil em qualquer outro tipo de
planejamento estratégico. Profissionais que atuam na área de
planejamento estratégico empresarial estão habituados ao uso das
análises SWOT. Um bom exercício de uso da Matriz SWOT é para
planejamentos estratégicos pessoais”.
Outra ferramenta do marketing que busca uma melhor qualidade nos
processos é o CRM (Customer Relationship Management).
De acordo com Morici (2013, p.145), “a mesma revolução digital que
popularizou a internet permitiu o aparecimento das primeiras classes de
ferramentas de marketing e vendas para automatizar seu relacionamento com
consumidores e clientes”. A elas dá-se o nome de CRM ou Gestão do
Relacionamento com o cliente.
O CRM parte de uma premissa fundamental: o cliente (ou consumidor) é
definido como centro do plano estratégico de negócios. Do seu conhecimento
e da relação entre ele e empresa são definidos os seus planos de ação. E para
isso uma importante estrutura de tecnologia da informação deve ser utilizada
como suporte.
40
3.3 – Plano de marketing
Segundo Perrotti (2012, p.101), citando a definição de marketing da
American Marketing Association (AMA), marketing é:
“O processo de planejar e executar a concepção,
estabelecimentos de preços, promoção e distribuição de ideias, produtos
e serviços a fim de criar trocas que satisfaçam metas individuais e
organizacionais”.
Um plano de marketing deve considerar a análise do composto
mercadológico, que é realizado por meio da avaliação dos 4Ps. Para o
estabelecimento de um plano de marketing adequado à realidade da empresa
e do ambiente, é necessário que a organização realize a análise do
macroambiente, do microambiente, dos concorrentes e o diagnóstico
organizacional.
Segundo Morici (2013, p.200), “uma vez conhecidos os objetivos gerais
do negócio, começa o trabalho da área de marketing em confeccionar seu
plano específico, alinhado com o plano geral de negócios. É o marketing plan
ou plano de marketing”.
O plano de marketing é o instrumento para se desenvolver qualquer
ação estratégica de marketing.
De acordo com Gabriel (2010, p.59):
“um plano de marketing deve contemplar dois aspectos: o
estratégico e o tático. O aspecto estratégico consiste na análise da
situação e oportunidades do mercado determinando as estratégias a
serem desenvolvidas. O aspecto tático se refere às ações operacionais
a serem executadas em decorrência das estratégias determinadas,
41
como precificação, determinação de canais, contratação de agências e
fornecedores para executar as ações etc.”.
Para autora existem diversos modelos de plano de marketing que
englobam esses aspectos. Segue a estrutura mais simples possível para um
plano de marketing, compreendendo todas as etapas que englobam os
aspectos estratégicos e táticos de um planejamento:
- Introdução
- Análise do macroambiente
- Análise do microambiente: mercado, concorrência e público-alvo.
- Análise do ambiente interno/produto
- Matriz SWOT – avaliação de competências e análise de cenários
- Objetivos e metas de marketing
- Estratégias (4Ps)
- Planos de ação (tático-operacionais)
- Orçamentos e cronogramas
- Avaliação e controle
Introdução
A introdução é um resumo do plano de marketing e deve apresentar os
motivos e objetivos da elaboração deste.
Análise do macroambiente
Esta etapa do plano de marketing visa a analisar todas as variáveis do
macroambiente e os possíveis impactos que possam exercer sobre a
empresa/produto. As variáveis do macro ambiente são: políticas, econômicas,
sociais e culturais, demográficas, tecnológicas e naturais (provenientes da
natureza).
Análise do microambiente: mercado, concorrência e público-alvo
42
Nesta etapa analisamos o microambiente e os impactos que ele pode trazer
para a nossa empresa/produto.
Análise do ambiente interno/produto
A análise do ambiente interno da empresa (marca, departamentos,
funcionários, instalações, estacionamento, sortimento, qualidade de
atendimento, preço, produto, praça, promoção etc.) permite detectar as forças
e fraquezas do nosso produto, possibilitando uma posterior avaliação de
competências na matriz SWOT.
Matriz SWOT – Avaliação de competências e análise de cenários
Nesta etapa reunimos todas as informações levantadas nas etapas
anteriores e fazemos a análise SWOT (Força, Fraqueza, Oportunidades e
Ameaças).
Objetivos e metas de marketing
Um plano de marketing é desenvolvido quando existe um problema a
ser resolvido ou um objetivo a ser alcançado no mercado. Um objetivo de
marketing pode envolver quaisquer aspectos do marketing, como lançamento
de produto, fortalecimento ou recuperação de imagem, aumento de vendas e
Market share etc.
Estratégias de marketing (4 Ps)
São traçadas as estratégias com os 4 Ps (produto, preço, praça e
promoção) para atender aos objetivos de marketing determinados.
43
Planos de ação
Aos planos de ação é a parte tático-operacional do plano de marketing,
ou seja, determinam como a estratégia será operacionalizada. Desta forma,
cada ação relacionada nas estratégias dos 4 Ps (definidas no plano de MKT)
deve ter um plano de ação que determine como será executada.
Orçamentos e cronogramas
Neste estágio são feitos os gráficos de alocação dos programas de ação
determinados no estágio anterior, de forma cronológica, física e financeira.
Eventualmente, conforme a alocação de recursos e finanças ao longo do
tempo reveladas pelos gráficos, pode ser necessário voltar e reavaliar os
planos de ação ou estratégias.
Avaliação e controle
Todas as ações do plano de marketing devem ser passíveis de mensuração
por indicadores que permitam controle e avaliação para possibilitar futuros
ajustes.
Os indicadores de desempenho devem ser determinados antes da execução
do plano de marketing e mensurados durante todo o processo para, depois,
ser analisados para avaliação e controle do desempenho das estratégias do
plano.
44
CONCLUSÃO
A comunicação em marketing é uma ferramenta de sucesso no mundo
dos negócios. O marketing visa identificar as necessidades de cada
consumidor em potencial, pois é através dele que a marca ou produto
consegue alcançar o objetivo final.
Diferente do marketing tradicional o marketing de varejo tem como
objetivo primordial o relacionamento com o consumidor, muitas vezes
destacando pouco sobre o produto, mas se comunicando e se relacionando
com seu público-alvo.
A segmentação de mercado é um fator determinante na identificação
do público-alvo de cada negócio. A primeira etapa do marketing é o estudo de
mercado, a fim de buscar as respostas para o equilíbrio de cada ação
mencionado no plano de negócios da empresa.
O composto mercadológico ou mix de marketing é a ferramenta
estratégica associado aos 4Ps (produto, preço, praça e promoção), é o
resultado de decisões estratégicas quanto às quatro dimensões básicas da
oferta: a configuração do produto, a precificação, os esforços promocionais e a
distribuição.
O composto de marketing incorpora a visão de negócios, um marketing
mix adequado ao seu público-alvo é garantia de sucesso da marca ou produto.
O marketing está ligado à troca, envolvendo, portanto, ao menos duas partes,
que consideram interessante essa troca.
Como toda empresa o plano de marketing é uma ferramenta que
busca desenvolver qualquer ação estratégica de marketing. O plano de
marketing engloba dois aspectos: o estratégico e o tático. Através de um bom
plano de marketing é possível diagnosticar e mapear possíveis cenários para
cada segmentação de mercado.
45
.
ANEXO
http://exame.abril.com.br/pme/dicas-de-especialista/noticias/8-ferramentas-de-
marketing-essenciais-para-empreendedores 8 ferramentas de marketing essenciais para empreendedores
Especialista afirma que as ferramentas não podem ser vistas de forma isolada, pois sua aplicação deve estar orientada a intenções estratégicas da empresa
Quais são as ferramentas de marketing indispensáveis para empreendedores? Respondido por Eduardo Andrade, especialista em marketing.A principal crítica que se faz à busca desenfreada por ferramentas de marketing está na crença superdimensionada de que elas são recursos salvatorianos para remediação de qualquer mal. Embora sejam extremamente úteis, não podem ser vistas de forma isolada. Sua aplicação deve estar orientada a intenções estratégicas e sistêmicas da organização, seja ela de que porte for.
Jovens ou inexperientes gestores tendem a se tornar condicionados ao uso das ferramentas de gestão, atraídos pelo caráter prático e objetivo delas. Essa postura vulnerável pode gerar uma miopia para elementos igualmente importantes como abstração de conceito e capacidade crítica e analítica de ambientes. Citando Shaw, "para todo problema complexo, existe uma solução clara, simples e errada". Portanto, o uso de ferramentas é condição necessária, mas não satisfatória para garantir o sucesso na gestão de marketing.
1. Benchmarking É o método sistemático de procura por melhores processos, ideias inovadoras e procedimentos de operação mais eficazes que conduzam a um desempenho superior. Importante lembrar que o verdadeiro benchmarking tem como princípio a inovação e não a cópia de ações desenvolvidas pela concorrência. Por isso, sua prática não se deve restringir apenas ao setor de atuação da empresa.
2. Servqual É uma escala concisa de múltiplos itens, com boa confiabilidade que as organizações que atuam com serviços podem usar para compreender melhor as expectativas e percepções dos seus consumidores. Ele fornece um esqueleto básico através das suas declarações
46
de expectativas/percepções para cada uma das cinco dimensões da qualidade do serviço: tangibilidade, confiabilidade, suscetibilidade, garantia e empatia.
3. CRM (Customer Relationship Management) É uma integração de processos de produção, distribuição, vendas e marketing, de forma orientada ao cliente. Com isso busca-se conquistá-los, aumentar a satisfação dos atuais e estimular neles a fidelidade visando maior lucratividade para a empresa. Mais do que uma ferramenta, o CRM é uma filosofia de gestão baseada em marketing de relacionamento. Existem diversas soluções tecnológicas disponíveis no mercado para suportar o conceito original de relacionamento.
4. SWOT ou FOFA (Forças, Oportunidades, Fraquezas e Ameaças) Sistema de análise de ambiente que, por sua facilidade de compreensão e uso, é utilizada em diversos negócios. Objetiva entender o cenário momentâneo e identifica o posicionamento das marcas ou produtos que fazem parte da análise.
5. Segmentação de mercado Processo de identificação, dentro de um mercado, de um subgrupo de clientes cujas necessidades, desejos e/ou recursos são diferentes de tal modo que os faz responder de forma diferenciada a determinados estímulos de marketing. Com essa prática as empresas podem, por exemplo, priorizar ações de marketing para clientes mais rentáveis e direcionar recursos de menor custo para clientes menos importantes.
6. Sistema de informações de marketing (S.I.M.) Pessoas, equipamentos e procedimentos dedicados a coletar, classificar, analisar, avaliar e distribuir as informações necessárias de maneira precisa e oportuna para aqueles que tomam decisões de marketing.
7. Pesquisas de marketing Fazem parte de um S.I.M. É a concepção, coleta, análise e comunicação em bases sistemáticas de dados, das descobertas relevantes de marketing para uma empresa. Tem grande valia no processo de tomada de decisões.
8. Plano de marketing Documento formal que resume o entendimento sobre o mercado com suas tendências e peculiaridades. Aponta a forma como a empresa almeja atingir seus objetivos de marketing dadas as limitações de recursos da empresa. Geralmente, é apresentado em três etapas: planejamento, implementação, avaliação e controle.
47
BIBLIOGRAFIA
ARGENTI, Paul. Comunicação Empresarial. Rio de Janeiro: Elsevier, 2006.
BERNARDI, L. Antônio. Manual de Plano de Negócios: Fundamentos,
Processos e Estruturação. São Paulo: Atlas, 2008.
DOOLEY, Roger. Como influenciar a mente do consumidor. São Paulo:
Elsevier, 2012.
EVANS, Vaughan. Ferramentas Estratégicas. Rio de Janeiro: Elsevier, 2013.
GABRIEL, Martha. Marketing na Era digital. São Paulo: Novatec, 2010.
GIOIA, R. Marcelo. Fundamentos de marketing: conceitos básicos. São
Paulo: Saraiva, 2010.
MINADEO, Roberto. Gestão de marketing: fundamentos e aplicações. São
Paulo: Atlas, 2008.
MORICI, Ricardo. Marketing no Brasil. Rio de Janeiro: Elsevier, 2013.
PERROTI, Pasquale. Comunicação Integrada de Marketing. Rio de Janeiro:
Elsevier, 2012.
http://pt.wikipedia.org/wiki/Varejo
48
ÍNDICE
FOLHA DE ROSTO 2
AGRADECIMENTO 3
DEDICATÓRIA 4
RESUMO 5
METODOLOGIA 6
SUMÁRIO 7
INTRODUÇÃO 8
CAPÍTULO I
O Marketing de varejo no Brasil 9
1.1 – Tendências no varejo 12
1.2 – Comunicação estratégica de marketing 15
1.3 – O mix de marketing 18
CAPÍTULO II
Comportamento do consumidor 21
2.1 – Identidade e Imagem 23
2.2 – Posicionamento de uma marca 26
2.3 – Pesquisa de mercado 29
CAPÍTULO III
Comunicação Integrada em marketing 33
3.1 – Composto mercadológico 35
3.2 – Gestão de marketing e suas ferramentas 38
3.3 – Plano de marketing 40
CONCLUSÃO 44
ANEXO 45
BIBLIOGRAFIA 47
ÍNDICE 48
FOLHA AVALIAÇÃO 49