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UNIVERSIDADE CANDIDO MENDES PÓS-GRADUAÇÃO “LATO SENSU” INSTITUTO A VEZ DO MESTRE A INFLUÊNCIA DA PRÁTICA DE RECURSOS HUMANOS EM RELAÇÃO ÀS CAUSAS DA ROTATIVIDADE DE FUNCIONÁRIOS EM UMA CONCESSIONÁRIA DE AUTOMÓVEIS Apresentação de monografia à Universidade Candido Mendes como requisito parcial para obtenção do grau de especialista em Gestão de Recursos Humanos. Por: Aline Basso Andreani CASCAVEL - PR 2008 DOCUMENTO PROTEGIDO PELA LEI DE DIREITO AUTORAL

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UNIVERSIDADE CANDIDO MENDES PÓS-GRADUAÇÃO “LATO SENSU” INSTITUTO A VEZ DO MESTRE

A INFLUÊNCIA DA PRÁTICA DE RECURSOS HUMANOS EM

RELAÇÃO ÀS CAUSAS DA ROTATIVIDADE DE FUNCIONÁRIOS EM UMA CONCESSIONÁRIA DE AUTOMÓVEIS

Apresentação de monografia à Universidade Candido Mendes como requisito parcial para obtenção do grau de especialista em Gestão de Recursos Humanos. Por: Aline Basso Andreani

CASCAVEL - PR 2008

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2

DEDICATÓRIA

Dedico a meus familiares, com todo amor e gratidão, por todas as palavras de ânimo, pelas atitudes generosas e momentos alegres compartilhados.

3

AGRADECIMENTOS

A Deus, por ter proporcionado mais uma etapa de conhecimento profissional, e a todos aqueles que de alguma forma influenciaram minha formação pessoal e profissional.

4

RESUMO

Esta pesquisa busca identificar a relação das práticas de Recursos Humanos, com o

índice de rotatividade dos funcionários ocorrido no 2º semestre de 2007, em uma

Concessionária de Automóveis. Busca-se a princípio conhecer as práticas de

Recursos Humanos da empresa, através de uma entrevista com a gerência de RH e

posteriormente avalia-se a Rotatividade, através de 08 fichas de desligamento

preenchidas pelos próprios funcionários da empresa. Com os resultados desta

pesquisa, observa-se que as causas da Rotatividade, envolvem principalmente as

questões de Recrutamento e Seleção, Treinamento e Desenvolvimento, bem como a

qualidade da estrutura ambiental da empresa. E estes são fatores que abrangem as

responsabilidades da Administração de Recursos Humanos nos dias atuais, em um

processo conjunto e contínuo com todas as demais áreas da organização.

Diante desta realidade, é notória, a necessidade de aprofundar ainda mais os

estudos sobre a rotatividade na empresa, para que o Departamento de Recursos

Humanos possa avaliar os dados e também a relação existente entre empregado e

empregador, a fim de que o ambiente de trabalho tenha mais qualidade e

consequentemente pessoas mais qualificadas para o desenvolvimento das

atividades.

Palavras-chave: Recursos Humanos; Rotatividade.

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METODOLOGIA Segundo Cervo e Bervian (2002, p. 23):

O método é a ordem que se deve impor aos diferentes processos necessários para atingir um certo fim ou resultado desejado”, isto é, é a descrição dos processos empregados no decorrer de um estudo, e que conduzem este às considerações sobre um determinado tema/assunto que tornou-se foco de investigação.

E os mesmos autores Cervo e Bervian (2002, p. 23), também observam:

“Por método, entende-se o dispositivo ordenado, o procedimento sistemático, em

plano geral. E todo método depende do objetivo da investigação”.

TIPO DE ESTUDO

De acordo com Cervo e Bervian (2002, p. 63):

A pesquisa é uma atividade voltada para a solução de problemas teóricos ou práticos, com o emprego de processos científicos. A pesquisa parte, pois, de uma dúvida ou problema e, com o uso do método científico, busca uma resposta ou solução.

De acordo com Gil (1991, p. 45-47), é sabido que toda e qualquer

classificação de pesquisas se faz mediante algum critério. Com relação às

pesquisas, é usual a classificação com base em seus objetivos gerais. Assim, é

possível classificar as pesquisas em três grandes grupos:

a) Pesquisas exploratórias: Estas pesquisas têm como objetivo

proporcionar maior familiaridade com o problema, com vistas a torná-lo mais

explícito ou a constituir hipóteses.

b) Pesquisas descritivas: As pesquisas descritivas têm como objetivo

primordial, a descrição das características de determinada população ou fenômeno,

ou , então, o estabelecimento de relações entre variáveis. São inúmeros os estudos

que podem ser classificados sob este título e uma de suas características mais

significativas, está na utilização de técnicas padronizadas de coleta de dados, tais

como o questionário e a observação sistemática.

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c) Pesquisas explicativas: Essas pesquisas têm como preocupação

central, identificar os fatores que determinam ou que contribuem para a ocorrência

dos fenômenos. Este é o tipo de pesquisa que mais aprofunda o conhecimento da

realidade, porque explica a razão, o porquê das coisas.

Esta pesquisa se caracteriza então por uma pesquisa descritiva, que de

acordo com Cervo e Bervian (2002, p. 66), é o tipo de pesquisa que ”procura

descobrir, com a precisão possível, a freqüência com que um fenômeno ocorre, sua

relação e conexão com outros, sua natureza e características.”

E segundo os mesmos autores, “os dados da pesquisa, por ocorrerem em

seu habitat natural, precisam ser coletados e registrados ordenadamente para seu

estudo propriamente dito”. (Cervo e Bervian, 2002 p.66)

Deste modo, os objetivos desta monografia, envolvem o registro, a análise

e a correlação do nível de rotatividade com as práticas de Recursos Humanos da

empresa em estudo.

ABORDAGEM UTILIZADA

Para Richardson et al (1999, p.70), o trabalho de pesquisa deve ser

planejado e executado de acordo com normas requeridas por cada método de

investigação. Adotando uma classificação bastante ampla, podemos dizer que há

dois grandes métodos: o quantitativo e o qualitativo.

E o autor explica que:

O método quantitativo representa, em princípio, a intenção de garantir a precisão dos resultados, evitar distorções de análise e interpretação, possibilitando, conseqüentemente uma margem de segurança quanto às inferências. É freqüentemente aplicado nos estudos descritivos, naqueles que procuram descobrir e classificar a relação entre variáveis, bem como nos que investigam a relação de causalidade entre fenômenos. ( Richardson et al, 1999 p. 70)

Segundo Richardson et al (1999, p.71), os estudos de natureza descritiva

propõem-se investigar o “que é”, ou seja, a descobrir as características de um

fenômeno como tal. Nesse sentido, são considerados como objeto de estudo, uma

situação específica, um grupo ou um indivíduo.

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Já no método qualitativo, Richardson (1999, p.88) cita que “o pesquisador

obtém medições que apresentam maior validade interna, pois as observações não

estruturadas permitem conhecer detalhes que os instrumentos estruturados

(questionários) não podem obter.” Portanto, nesta pesquisa, utiliza-se a abordagem

qualitativa para obter as informações das práticas de Recursos Humanos, através de

entrevista não estruturada junto a Gerência de RH e também se utiliza a abordagem

quantitativa, para a coleta de dados referente ao índice de rotatividade de

funcionários, bem como de suas principais causas, através dos questionários

respondidos pelos empregados desligados do quadro funcional da empresa no 2º

semestre de 2007.

MÉTODO DA PESQUISA

Para Cervo e Bervian (2002, p. 65), qualquer espécie de pesquisa, em

qualquer área, supõe e exige uma pesquisa bibliográfica prévia, quer para o

levantamento do estado da arte do tema, quer para a fundamentação teórica ou

ainda para justificar os limites e contribuições da própria pesquisa.

Segundo Cervo e Bervian (2002, p. 65):

A pesquisa bibliográfica procura explicar um problema a partir de referências teóricas publicadas em documentos. Pode ser realizada independentemente ou como parte da pesquisa descritiva ou experimental. Em ambos os casos, buscam conhecer e analisar as contribuições culturais ou científicas do passado existentes sobre um determinado assunto, tema ou problema.

Para Gil (1991, p. 63), o desenvolvimento de uma pesquisa bibliográfica

varia em função de seus objetivos. Convém, portanto, que estes sejam claramente

estabelecidos a fim de que as fases posteriores da pesquisa se processem de

maneira satisfatória. Os principais objetivos que conduzem à realização de uma

pesquisa bibliográfica são:

a) Redefinição de um problema;

b) Obtenção de informações acerca de técnicas de coleta de dados;

c) Obtenção de dados em resposta ao problema formulado;

d) Interpretação de resultados.

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Outra característica que contempla o método de pesquisa é o Estudo de

Caso, que conforme Gil (1991, p.59), pode ser definido como:

... um conjunto de dados que descrevem uma fase ou a totalidade do processo social de uma unidade, em suas várias relações internas e nas suas fixações culturais, quer seja essa unidade uma pessoa, uma família, um profissional, uma instituição social, uma comunidade ou uma nação ( YOUNG, 1960, p.269)

Deste modo, o estudo em questão envolve a coleta de dados, bem como

a descrição destes dados, na matriz de uma Concessionária de Automóveis do

Oeste do Paraná.

POPULAÇÃO E AMOSTRA

Segundo Gil (1991, p. 97),

De modo geral, os levantamentos abrangem um universo de elementos tão grande que se torna impossível considerá-los em sua totalidade. Por essa razão, o mais freqüente é trabalhar com uma amostra, ou seja, com uma pequena parte dos elementos que compõem o universo.

Diante do exposto, cada unidade ou membro de um universo, denomina-

se elemento, e quando se toma certo número de elementos para averiguar algo

sobre a população a que pertence, tem-se uma amostra.

Assim, esta pesquisa ocorre na matriz de uma Concessionária de

Automóveis, localizada na região Oeste do Paraná, sendo organizada da seguinte

forma: O índice e as principais causas de rotatividade dos funcionários foram

avaliadas através de uma população de 08 (oito) fichas de desligamento da

empresa, que foram preenchidas pelo total de funcionários desligados do quadro

funcional da matriz, durante o período de 01 de julho a 31 de dezembro de 2007. A

amostra desta etapa, foi selecionada através de dados localizados nos arquivos da

empresa, sendo o questionário (entrevista de desligamento), elaborado pelo

Departamento de Recursos Humanos e entregue a todos os funcionários que

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tiveram seus contratos de trabalho rescindidos, durante o período acima citado, para

o devido preenchimento.

COLETA DE DADOS

Segundo Barros (2000, p.89), a coleta de dados significa a fase da

pesquisa em que se indaga e se obtêm dados da realidade pela aplicação de

técnicas. Em pesquisas de campo, é comum o uso de questionários e entrevistas. A

escolha do instrumento de pesquisa, porém, dependerá do tipo de informação que

se deseja obter ou do tipo de objeto de estudo.

Para Marconi e Lakatos (1999, p.100), o questionário é um instrumento de

coleta de dados constituído por uma série ordenada de perguntas, que devem ser

respondidas por escrito e sem a presença do entrevistador.

Barros (2000, p.90), explica que:

O questionário é o instrumento mais usado para o levantamento de informações. Não está restrito a uma determinada quantidade de questões, porém aconselha-se que não seja muito exaustivo, desanimando o pesquisado. É entregue por escrito e também será respondido por escrito.

Outro método que pode ser utilizado é a entrevista, que segundo Barros

(2000, p.91), é uma técnica que permite o relacionamento estreito entre entrevistado

e entrevistador. As entrevistas, segundo sua forma de operacionalização, podem ser

classificadas em estruturadas e não-estruturadas:

• As entrevistas são estruturadas quando possuem as questões previamente

formuladas, isto é, o entrevistador estabelece um roteiro prévio de perguntas,

não há liberdade de alterar os tópicos ou fazer inclusão de questões frente às

situações.

• E nas entrevistas não-estruturadas, o pesquisador busca conseguir, através

da conversação, dados que possam ser utilizados em análise qualitativa, ou

seja, os aspectos considerados mais relevantes de um problema de pesquisa.

Para Marconi e Lakatos (1999, p.28), a soma do material coletado,

aproveitável e adequado, variará de acordo com a habilidade do investigador, de sua

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experiência e capacidade em descobrir indícios ou subsídios importantes para o seu

trabalho.

E os mesmos autores, Marconi e Lakatos (1999, p.28), citam que as

principais fontes e tipos de documentos são:

a) Fontes primárias: dados históricos, bibliográficos e estatísticos; informações,

pesquisas e material cartográfico; arquivos oficiais e particulares; registros em

geral; documentação pessoal (diários, memórias, autobiografias);

correspondência pública ou privada, etc.

b) Fontes secundárias: imprensa em geral e obras literárias.

Para tanto, os dados desta pesquisa, foram coletados de fontes primárias,

que envolvem dados ainda não trabalhados por outros pesquisadores, como por

exemplo, a entrevista não estruturada, para conhecer a organização em estudo e

suas práticas de RH e o questionário a ser respondido pelos funcionários ao serem

desligados da empresa, a fim de verificar as causas da rotatividade. E como

subsídios para a fundamentação teórica, foram utilizados também, as fontes

secundárias, pautadas na leitura e análise de artigos, livros e periódicos, os quais se

caracterizam pela apresentação de informações já elaboradas por outrem.

ELABORAÇÃO DOS DADOS

Marconi e Lakatos (1999, p. 35), orientam que após a coleta de dados, os

dados podem ser elaborados e classificados de forma sistemática. Antes da análise

e interpretação, os dados devem seguir os seguintes passos:

a) Seleção: é o exame minucioso dos dados. De posse do material coletado, o

pesquisador deve submetê-lo a uma verificação crítica, a fim de detectar

falhas ou erros, evitando informações confusas, distorcidas, incompletas, que

podem prejudicar o resultado da pesquisa.

b) Codificação: é a técnica operacional utilizada para categorizar os dados que

se relacionam. Mediante a codificação, os dados são transformados em

símbolos, podendo ser tabelados e contados.

c) Tabulação: é a disposição dos dados em tabelas, possibilitando maior

facilidade na verificação das inter-relações entre eles. É uma parte do

processo técnico de análise estatística, que permite sintetizar os dados de

11

observação conseguidos pelas diferentes categorias e representá-los

graficamente. Dessa forma, poderão ser mais bem compreendidos e

interpretados mais rapidamente.

Segundo Marconi e Lakatos (1999, p. 36), “uma vez manipulados os

dados e obtidos os resultados, o passo seguinte é a análise e interpretação destes,

constituindo-se ambas no núcleo central da pesquisa.”

Para Marconi e Lakatos (1999, p. 37), a análise é a tentativa de evidenciar

as relações existentes entre o fenômeno estudado e outros fatores. Já a

interpretação, é a atividade intelectual que procura dar um significado mais amplo às

respostas, vinculando-as a outros conhecimentos. Em geral, a interpretação significa

a exposição do verdadeiro significado do material apresentado, em relação aos

objetivos propostos e ao tema.

Portanto, esta pesquisa teve como objetivo: obter informações sobre as

práticas de Recursos Humanos da empresa, sobre o índice de rotatividade dos

funcionários, bem como suas principais causas durante o 2º semestre de 2007, e em

posse destas informações, passar à análise e interpretação destes dados, para

posteriores sugestões e recomendações.

DELIMITAÇÃO DO ESTUDO

Este estudo está delimitado a identificar as práticas de Recursos

Humanos e as causas da rotatividade de funcionários, ocorrido no 2º semestre de

2007, na matriz de uma concessionária de automóveis do Oeste do Paraná.

LIMITAÇÕES DO ESTUDO

As limitações que podem ocorrer na realização da pesquisa são

referentes ao instrumento de coleta de dados: o questionário aplicado aos

funcionários.

Segundo Barros (2000, p.91):

12

A principal limitação do questionário está relacionada com a sua

devolução. Além disso, o grau de confiabilidade das respostas obtidas pode diminuir

em razão de que nem sempre é possível confiar na veracidade das informações.

Marconi e Lakatos (1999, p.100) denotam que o questionário apresenta

as seguintes vantagens:

• Economiza tempo, viagens e obtém grande número de dados;

• Atinge maior número de pessoas simultaneamente;

• Abrange uma área geográfica mais ampla;

• Economiza pessoal, tanto em adestramento quanto em trabalho de campo;

• Obtém respostas mais rápidas e mais precisas;

• Há maior liberdade nas respostas, em razão do anonimato;

• Há menos risco de distorção, pela não influência do pesquisador;

• Há mais tempo para responder e em hora mais favorável;

• Há mais uniformidade na avaliação, em virtude da natureza impessoal do

instrumento;

• Obtém respostas que materialmente seriam inacessíveis.

Como desvantagem, os mesmos autores apresentam:

• Percentagem pequena dos questionários que voltam;

• Grande número de perguntas sem respostas;

• Não pode ser aplicado a pessoas analfabetas;

• Impossibilidade de ajudar o informante em questões mal compreendidas;

• A dificuldade de compreensão, por parte dos informantes, leva a uma

uniformidade aparente;

• Na leitura de todas as perguntas, antes de respondê-las, pode uma questão

influenciar a outra;

• A devolução tardia prejudica o calendário ou sua utilização;

• O desconhecimento das circunstâncias em que foram preenchidos torna difícil

o controle e a verificação;

• Nem sempre é o escolhido quem responde ao questionário, invalidando,

portanto, as questões;

• Exige um universo mais homogêneo.

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LISTA DE ILUSTRAÇÕES

QUADRO 1 - Áreas de responsabilidade da função de pessoal .......................... 20

QUADRO 2 - Fórmula de calcular a rotatividade .................................................. 26

QUADRO 3 - Rotatividade de funcionários da empresa no 2º semestre de 2007

............................................................................................................................. 31

TABELA 1 - Qual o motivo de desligamento do funcionário ................................ 32

GRÁFICO 1 – Qual o motivo do desligamento do funcionário ............................. 33

TABELA 2 - Qual a opinião do funcionário sobre trabalhar na empresa .............. 33

GRÁFICO 2 – Qual a opinião do funcionário sobre trabalhar na empresa ........... 34

TABELA 3 - Qual a opinião do funcionário em relação ao cargo ocupado ........... 34

GRÁFICO 3 - Qual a opinião do funcionário em relação ao cargo ocupado ........ 35

TABELA 4 - Qual a opinião do funcionário em relação ao chefe direto ................ 35

GRÁFICO 4 – Qual a opinião do funcionário em relação ao chefe direto ............ 36

TABELA 5 - Qual a opinião do funcionário em relação ao horário de trabalho .... 36

GRÁFICO 5 - Qual a opinião do funcionário em relação ao horário de trabalho .. 37

TABELA 6 - Qual a opinião do funcionário em relação às condições

físicas ambientais dentro das quais desenvolvia seu trabalho ............................. 37

GRÁFICO 6 - Qual a opinião do funcionário em relação às condições

físicas ambientais dentro das quais desenvolvia seu trabalho ............................. 38

TABELA 7 - Qual a opinião do funcionário em relação aos benefícios

sociais concedidos pela organização .................................................................. 38

GRÁFICO 7 - Qual a opinião do funcionário em relação aos benefícios

sociais concedidos pela organização ................................................................... 39

TABELA 8 – Qual a opinião do funcionário em relação ao seu salário ................ 39

GRÁFICO 8 - Qual a opinião do funcionário em relação ao seu salário .............. 40

TABELA 9 - Qual a opinião do funcionário em relação ao relacionamento

humano existente na sua seção ........................................................................... 40

GRÁFICO 9 - Qual a opinião do funcionário em relação ao relacionamento

humano existente na sua seção ........................................................................... 41

TABELA 10 - Qual a opinião do funcionário em relação às oportunidades

de progresso dentro da empresa ......................................................................... 41

14

GRÁFICO 10 - Qual a opinião do funcionário em relação às oportunidades

de progresso dentro da empresa ........................................................................ 42

TABELA 11 - Qual a opinião do funcionário em relação à moral e atitude dos

colegas de trabalho .............................................................................................. 42

GRÁFICO 11 - Qual a opinião do funcionário em relação à moral e atitude

dos colegas de trabalho ....................................................................................... 43

TABELA 12 - Qual a opinião do funcionário em relação às oportunidades

que encontra no mercado de trabalho. ................................................................ 43

GRÁFICO 12 - Qual a opinião do funcionário em relação às oportunidades

que encontra no mercado de trabalho .................................................................. .44

TABELA 13 – Perspectiva de trabalho ................................................................. 44

GRÁFICO 13 - Perspectiva de trabalho. ............................................................. 45

15

SUMÁRIO

INTRODUÇÃO .................................................................................................... 16

CAPÍTULO I ADMINISTRAÇÃO .......................................................................... 19

1.1 Administração em Recursos Humanos .......................................................... 20

1.2 Mercado de Trabalho ..................................................................................... 25

1.2.1 Rotatividade de Pessoal ou Desligamento .................................................. 25

CAPÍTULO II ANÁLISE E INTERPRETAÇÃO DOS DADOS .............................. 28

2.1 Descrição das Práticas de Recursos Humanos da empresa.......................... 28

2.2 Apresentação do Índice de Rotatividade de funcionários na empresa ........... 30

2.3 Apresentação dos Índices das Causas de Rotatividade de

funcionários na empresa ...................................................................................... 32

CAPITULO III SUGESTÕES E RECOMENDAÇÕES ........................................ 46

CONSIDERAÇÕES FINAIS ................................................................................. 50

REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS ..................................................................... 53

ANEXOS ............................................................................................................. 55

16

INTRODUÇÃO

Esta pesquisa tem como objetivo principal, identificar a relação entre a

prática de Recursos Humanos e o índice de rotatividade dos funcionários de uma

Concessionária de Automóveis, ocorrido no 2º semestre do ano de 2007.

Para Chiavenato (2006, p.42):

O termo rotatividade de recursos humanos é usado para definir a flutuação de pessoal entre uma organização e seu ambiente; entre outras palavras, o intercâmbio de pessoas entre a organização e o ambiente é definido pelo volume de pessoas que ingressam e que saem da organização.

Observa-se que a rotatividade é onerosa para a empresa, pois a saída de

um funcionário (demitido ou demissionário) gera a necessidade de acionar o

departamento de recrutamento e seleção para reposição, e isso envolve variável de

tempo e custo. Mas, cabe complementar que a rotatividade é “cara”, pois implica na

contratação de outras ou mais pessoas que o necessário para executarem as tarefas

e a somatizar o problema, pessoas inexperientes acabam realizando o trabalho dos

ausentes, até que ocorra a substituição, ou ainda ocorre um acúmulo de horas

extras, para que se consiga desenvolver todas as atividades por um determinado

período.

Para toda e qualquer empresa, as demissões geram custos adicionais e é

comum a utilização de outras pessoas para suprir as necessidades de mão de obra

e atender a demanda do trabalho diário.

Segundo Chiavenato (2006, p.54):

A rotatividade de pessoal - por seus inúmeros e complexos aspectos negativos -, quando acelerada, torna-se um fator de perturbação. Principalmente quando forçada pelas empresas no sentido de obtenção de falsas vantagens em curto prazo. “O certo é que a médio e longo prazo a rotatividade provoca enormes prejuízos à organização, ao mercado e à economia em sua totalidade e, principalmente, ao empregado tomado individual ou socialmente em relação a sua família.

Para reduzir esses índices, as organizações devem identificar as

principais causas do problema. Deste modo, os resultados da pesquisa permitem

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reavaliar as práticas de RH, possibilitando assim, um estudo mais aprofundado em

relação ao problema para que a organização possa estar intervindo de maneira

eficaz.

A Administração de Recursos Humanos deve ter ferramentas para

identificar se as práticas de Recursos Humanos utilizadas estão satisfazendo as

necessidades humanas da organização, pois quando os índices de rotatividade

aumentam, indicam insatisfação dos funcionários pelas práticas, ou também, podem

indicar falhas nos demais processos de RH, como por exemplo, no recrutamento e

seleção, ao selecionar candidatos que não se enquadram no perfil da vaga, ou sem

qualificação necessária para as atividades.

Conforme Chiavenato (1999, prefácio XXVII):

A Gestão de Pessoas é uma das áreas que mais tem sofrido mudanças e transformações nestes últimos anos. Com a globalização dos negócios, o desenvolvimento tecnológico, o forte impacto da mudança e o intenso movimento pela qualidade e produtividade, surge uma eloqüente constatação na maioria das organizações: o grande diferencial, a principal vantagem competitiva das empresas, decorre das pessoas que nelas trabalham.

A empresa em estudo é a matriz de uma Concessionária de Veículos

Automotores do Oeste do Paraná, fundada em 31 de maio de 1961. Esta

concessionária é uma empresa sólida e tradicional, composta por 10 empresas,

entre matriz e filiais, atuando no ramo automotivo e tendo como principal objetivo o

bom atendimento, e também a disponibilidade de estoque e serviços, que são

destaques para os clientes.

A matriz está situada em Cascavel, no Estado do Paraná, com instalações

próprias e diferenciadas para cada setor de atuação, com show room de veículos

novos nacionais e importados, departamento de veículos semi-novos e usados, com

oficina especializada, departamento de peças e área administrativa totalmente

informatizada.

A empresa é administrada por 04 sócios diretores e conta com

aproximadamente 250 funcionários, atuando na matriz (automóveis e caminhões) na

cidade de Cascavel, e nas filiais de Toledo, Palotina, Assis Chateaubriand, Campo

Mourão, Guarapuava (veículos e caminhões), Laranjeiras do Sul e Irati, todas no

Estado do Paraná.

18

A qualidade dos produtos, os serviços e o bom atendimento, fazem desta

Concessionária, sinônimo de excelência junto a marca que representam.

Esta pesquisa busca então, identificar e caracterizar a prática de

Recursos Humanos desta empresa em estudo, através de uma entrevista junto a

Gerência de Recursos Humanos; em demonstrar os índices e as causas da

rotatividade no 2º semestre de 2007, através de questionários respondidos pelos

funcionários que tiveram seus contratos de trabalho rescindidos neste período e em

posse destes resultados, analisar a influência das práticas de R H nas causas desta

rotatividade, sugerindo estratégias para a redução deste índice.

O resultado obtido com esta pesquisa permite colocar em prática o

conhecimento adquirido na Pós Graduação em Gestão de Recursos Humanos,

propiciando ainda um ambiente de comparação entre teoria e prática, o que vem a

contribuir particularmente, com a formação.

Para a conclusão do Curso de Pós Graduação, esta pesquisa bem como

os resultados, tornam-se material de apoio para próximos estudos, podendo em um

momento futuro confrontar-se com a implantação das sugestões de melhorias e

comparar se houve ou não, mudanças no que tange aos índices de rotatividade.

19

CAPÍTULO I

ADMINISTRAÇÃO

Administração é um fenômeno universal no mundo moderno. Cada organização e cada empresa requer à tomada de decisões, à coordenação de múltiplas atividades, condução de pessoas, avaliação do desempenho dirigido a objetivos previamente determinados, obtenção e alocação de recursos, etc. (CHIAVENATO,2000 p. 10)

Para Chiavenato (2000, p. 07), a palavra Administração sofreu uma

radical transformação em seu significado original. A tarefa da Administração passou

a ser de interpretar os objetivos propostos pela organização e transformá-los em

ação organizacional, por meio de planejamento, organização, direção e controle de

todos os esforços realizados em todas as áreas e em todos os níveis da organização

a fim de alcançar os tais objetivos de maneira mais adequada à situação e garantir a

competitividade, em um mundo de negócios de alta concorrência e complexidade.

Drucker (2002, p. 29) afirma que “a Administração trata dos seres

humanos. Sua tarefa é capacitar as pessoas a funcionar uma organização, e esta é

a razão pela qual a administração é um fator crítico e determinante.”

Segundo Chiavenato (1999, p. 04), quando as organizações são bem

sucedidas, elas tendem a crescer ou, no mínimo, sobreviver. O crescimento acarreta

maior complexidade dos recursos necessários às suas operações, com o aumento

de capital, incremento de tecnologia, atividades de apoio, etc., além disso, provoca o

aumento do número de pessoas, bem como a necessidade de se intensificar a

aplicação de seus conhecimentos, habilidades e destrezas. Com tudo isto, se

assegura que os recursos materiais, financeiros e tecnológicos sejam utilizados com

eficiência e eficácia. E as pessoas passam a significar o diferencial competitivo que

mantém e promove o sucesso organizacional: elas passam a constituir a

competência básica da organização, a sua principal vantagem competitiva em um

mundo globalizado, instável, mutável e fortemente competitivo.

A seguir, passa-se a abordar mais estritamente a temática que circunda a

Administração de Recursos Humanos.

20

1.1 Administração em Recursos Humanos

Segundo Chiavenato (1999, p.6 ):

A gestão de pessoas é uma área muito sensível à mentalidade que predomina nas organizações. Ela é contigencial e situacional, pois depende de vários aspectos, como a cultura que existe em cada organização, a estrutura organizacional adotada, as características do contexto ambiental, o negócio da organização, a tecnologia utilizada, os processos internos e uma infinidade de outras variáveis importantes.

O quadro 01, exposto a seguir, apresenta a evolução da área de RH, conforme

Marras (2000, p.25).

QUADRO 1 - Áreas de responsabilidade da função de pessoal

Áreas de responsabilidade da função de pessoal

Chefe de Pessoal Gerente de RH Gerente de RH

Até 1950 De 1950 a 1970 De 1970 até 1999

Controles da freqüência Controles da freqüência Controles da freqüência

Faltas ao trabalho Faltas ao trabalho Faltas ao trabalho

Pagamentos Pagamentos Pagamentos

Admissões e demissões Admissões e demissões Admissões e demissões

Cumprimento da CLT Cumprimento da CLT Cumprimento da CLT

Serviços gerais Serviços gerais

Medicina e higiene Medicina e higiene

Segurança Patrimonial Segurança patrimonial

Segurança Industrial Segurança Industrial

Contencioso trabalhista Contencioso trabalhista

Cargos e salários Cargos e salários

Benefícios Benefícios

Recrutamento e Seleção Recrutamento e Seleção

Treinamento Treinamento

Avaliação de desempenho

Qualidade de Vida

Desenvolvimento gerencial

21

Relações trabalhistas

Sindicalismo

Desenvolvimento

organizacional

Estrutura Organizacional

FONTE MARRAS (2000 p 25).

Observa-se em Marras (2000, p.25), na tabela acima apresentada, que

até o ano de 1950, a área de responsabilidade da função de pessoal recebia a

denominação de “chefe de pessoal”, e cabia a esta área contratar e demitir

funcionários, bem como controlar a freqüência e a falta dos mesmos, cumprindo com

a CLT.

Entre os anos de 1950 a 1970, ao antigo chefe de pessoal, agora

denominado Gerente de Recursos Humanos, são atribuídas maiores

responsabilidades no que envolve a função de pessoal. Além das atividades

anteriores ganham atenção também às questões que envolvem a medicina e higiene

do trabalho, segurança, benefícios, treinamento, entre outros.

A partir dos anos de 1970 a 1999, ocorre uma nova ampliação das

responsabilidades, e as questões da relação trabalhista, da avaliação do

desempenho profissional, da qualidade de vida, entre outros assuntos são

direcionados também ao Gerente de RH.

Diante do exposto, apresenta-se a seguir, o conceito de Administração de

Recursos Humanos, visto que houve, em menos de um século, uma mudança

significativa das funções de responsabilidade desta área, o que afetou diretamente o

conceito de ARH.

Para Chiavenato (1999, p.8) “A administração de Recursos Humanos é o

conjunto de decisões integradas sobre as relações de emprego que influenciam a

eficácia dos funcionários e das organizações.”

De acordo com Dessler (2003, p.02), a administração de recursos

humanos refere-se às práticas e políticas necessárias para conduzir os aspectos

relacionados às pessoas no trabalho de gerenciamento, especificamente à

contratação, ao treinamento, à avaliação, à remuneração e ao oferecimento de um

ambiente bom e seguro aos funcionários da empresa.

22

Para Chiavenato (2006, p.11), em uma era repleta de mudanças,

incertezas, restrições, problemas, ameaças e dificuldades de toda sorte, em que

avultam a inflação, a recessão e o desemprego, a Administração de Recursos

Humanos se torna cada vez mais complexa e desafiante.

E o mesmo autor também comenta que: “O segredo das empresas, é

saber agregar valores humanos e integrá-los em suas atividades. Buscar pessoas no

mercado que tenham condições de ajudar a empresa a navegar pelas turbulências

dessa nova era.” (CHIAVENATO, 2006 p.11).

Observa-se em Chiavenato (1999, p.9-10), que a Administração de

Recursos Humanos deve contribuir para a eficácia organizacional através dos

seguintes meios:

1) - Ajudar a organização a alcançar seus objetivos e realizar sua missão:

Não se pode imaginar a função de RH, sem conhecer os negócios de uma

organização.

2) - Proporcionar competitividade à organização: a função da

Administração de Recursos Humanos é fazer com que as forças das pessoas sejam

mais produtivas para beneficiar clientes, parceiros e empregados.

3) - Proporcionar à organização, empregados bem treinados e bem

motivados: “construir e proteger o mais valioso patrimônio da empresa: as pessoas.”

4) - Aumentar a auto-atualização e a satisfação dos empregados no

trabalho: Para que sejam produtivos, os empregados devem sentir que o trabalho é

adequado às suas capacidades e que estão sendo tratados eqüitativamente.

5) - Desenvolver e manter qualidade de vida no trabalho: A QVT é um

conceito que se refere aos aspectos da experiência do trabalho, como estilo de

gerência, liberdade e autonomia para tomar decisões, ambiente de trabalho

agradável, segurança no emprego, horas adequadas de trabalho e tarefas

significativas.

Assim, para Chiavenato (1999, p.07) a questão básica, é escolher entre

tratar as pessoas como recursos organizacionais - recursos humanos, que precisam

ser administrados, o que envolve planejamento, organização, direção e controle de

suas atividades e obter deles o máximo rendimento possível, ou como parceiros das

organizações-como tais, elas são fornecedoras de conhecimentos, habilidades,

capacidades e, sobretudo, o mais importante aporte para as organizações: a

inteligência, que proporciona decisões racionais e imprime o significado e rumo aos

23

objetivos globais. Desse modo, as pessoas constituem o capital intelectual da

organização e as organizações bem sucedidas, se deram conta disso e tratam seus

funcionários como parceiros do negócio e não mais como simples empregados

contratados.

A maneira pela qual as pessoas se comportam, decidem, agem, trabalham, executam, melhoram suas atividades, cuidam dos clientes e tocam os negócios das empresas, varia em enormes dimensões. E essa variação depende, em grande parte, das políticas e diretrizes das organizações a respeito de como lidar com as pessoas em suas atividades (CHIAVENATO, 1999, Prefácio XXVII).

E conforme observa Chiavenato (1999, p. 08), as pessoas constituem o

principal ativo da organização. Daí a necessidade de tornar as organizações mais

conscientes e atentas a seus funcionários. As organizações bem sucedidas estão

percebendo que somente podem crescer, prosperar e manter sua continuidade se

forem capazes de otimizar o retorno sobre os investimentos de todos os parceiros,

principalmente o dos empregados.

Para Marras (2000, p.62), a administração de recursos humanos,

organicamente compõe-se de um conjunto de subsistemas que respondem

individualmente por cada uma das funções da ARH. Dependendo do formato

organizacional de uma empresa, essa poderá desenhar o seu sistema de ARH

dividindo-o nos seguintes subsistemas: recrutamento e seleção; treinamento e

desenvolvimento; remuneração ou cargos e salários; higiene e segurança no

trabalho; departamento de pessoal; relações trabalhistas; serviços gerais, etc.

Na visão de Chiavenato (1999, p. 11 a 12) a Administração de Recursos

Humanos, refere-se às políticas e práticas necessárias para se administrar o

trabalho das pessoas. E podem ser resumidas em seis processos:

• PROCESSOS DE AGREGAR PESSOAS:

Recrutamento

Seleção

• PROCESSOS DE APLICAR PESSOAS:

24

Desenhos de cargos

Avaliação de desempenho

• PROCESSOS DE RECOMPENSAR PESSOAS

Remuneração

Benefícios e serviços

• PROCESSOS DE DESENVOLVER PESSOAS

Treinamento

Mudanças

Comunicações

• PROCESSOS DE MANTER PESSOAS:

Disciplina

Higiene, Segurança e Qualidade de Vida

Relações com sindicatos

• PROCESSOS DE MONITORAR PESSOAS

Banco de dados

Sistemas de informações gerenciais

Para Chiavenato (1999, p.12), todos estes processos estão intimamente

relacionados entre si, de tal maneira que se interpretam e se influenciam

reciprocamente. Cada processo tende a favorecer ou prejudicar os demais, quando

bem ou mal utilizados. Um processo de agregar pessoas malfeito passa a exigir um

processo de desenvolver pessoas mais intenso para compensar as suas falhas. Se o

processo de recompensar pessoas é falho, ele exige um processo de manter

pessoas mais intenso.

25

1.2 Mercado de Trabalho

O mercado de trabalho é composto pelas ofertas de oportunidades de trabalho, ou emprego, oferecidas pelas diversas organizações. Toda organização - na medida em que oferece oportunidades de trabalho - constitui parte integrante de um mercado de trabalho (CHIAVENATO 1999, p. 82).

Para Chiavenato (1999, p.83), o mercado de trabalho é dinâmico e sofre

contínuas mudanças. As características estruturais e conjunturais do mercado de

trabalho influenciam as práticas de RH das empresas. Quando o mercado de

trabalho está em situação de oferta, as organizações se vêem diante de um recurso

escasso e difícil: as pessoas são insuficientes para preencher as suas posições em

aberto. E quando o mercado de trabalho está em situação de procura, as

organizações se vêem frente a um recurso fácil e abundante: as pessoas que

disputam empregos no mercado.

E segundo o mesmo autor (Chiavenato, 1999 p.83), as características do

mercado de trabalho, também influenciam o comportamento das pessoas e em

particular, dos candidatos a emprego. Quando o mercado de trabalho está em

situação de oferta, existe excesso de vagas e oportunidades de emprego para os

candidatos. Nestas circunstâncias, eles podem escolher e selecionar as

organizações que oferecem melhores oportunidades. Como existem boas

oportunidades no mercado de trabalho, os empregados ficam encorajados a deixar

seus atuais empregos para tentar melhores oportunidades em outras organizações.

Todavia, quando o mercado de trabalho, está em situação de procura, os

mecanismos se invertem.

1.2.1 Rotatividade de Pessoal ou Desligamento

A Rotatividade de pessoal, para Chiavenato (1999, p. 69-70), é o

resultado da saída de alguns funcionários e a entrada de outros para substituí-los

no trabalho. A rotatividade refere-se ao fluxo de entradas e saídas de pessoas em

uma organização, ou seja, às entradas de pessoas para compensar as saídas de

pessoas da organização. A cada desligamento quase sempre corresponde à

26

admissão de um substituto como reposição. O desligamento ocorre quando uma

pessoa deixa de ser membro de uma organização.

E segundo Chiavenato (1999, p. 70) existem dois tipos de desligamento:

• Desligamento por iniciativa do funcionário: ocorre quando um funcionário decide,

por motivos pessoais ou profissionais, encerrar a relação de trabalho com o

empregador e esta decisão depende de duas percepções, a primeira é o nível de

insatisfação do funcionário com o trabalho e a segunda, é o número de

alternativas atrativas que ele visualiza fora da organização, isto é, no mercado de

trabalho.

• Desligamento por iniciativa da organização: (demissão), ocorre quando a

organização decide desligar funcionários, seja para substituí-los por outros mais

adequados às suas necessidades, seja para corrigir problemas de seleção

inadequada, seja para reduzir sua força de trabalho.

Segundo Marras (2000, p.66), a rotatividade ou “turn over”, é o número de

empregados desligados da empresa, em um determinado período comparativamente

ao quadro médio de efetivos. A rotatividade é expressa por um número índice, que

recebe o nome de índice de rotatividade.

E com base no estudo de Chiavenato (1999, p. 70), apresenta-se a seguir

a fórmula para mensurar o nível de desligamento em uma organização:

Quadro 2 - Fórmula de calcular a rotatividade ___________________________________________________________________

Índice de rotatividade = Nº de funcionários desligados

Efetivo médio da organização

FONTE: CHIAVENATO (1999, p. 70) Observa-se, conforme exposto no Quadro 2, que o índice de rotatividade

é obtido, a partir da identificação do número de funcionários desligados em um

determinado período, em uma empresa, e divide-se este valor pelo número do

efetivo médio da organização.

Para Chiavenato (2006, p. 44), a rotatividade de pessoal não é uma

causa, mas o efeito, a conseqüência de certos fenômenos localizados interna ou

externamente à organização que condicionam a atitude e o comportamento do

27

pessoal. É, portanto, uma variável dependente (em maior ou menor grau) daqueles

fenômenos internos ( exemplo: política salarial da organização, política de benefícios

da organização, condições físicas ambientais de trabalho da organização, etc.) e /

ou externos ( situação de oferta e procura de recursos humanos no mercado,

conjuntura econômica, etc.) à organização.

E o mesmo autor também comenta que:

As informações a respeito desses fenômenos internos e externos são obtidas por meio das entrevistas de desligamento feitas com as pessoas que se retiram, para diagnosticar as falhas e corrigir as causas que estão provocando o êxodo do pessoal. Entre os fenômenos internos responsáveis pelos desligamentos estão praticamente todos os itens que fazem parte de uma política de recursos humanos. Quando uma política de recursos humanos é inadequada, ela promove uma atitude do pessoal, que predispõe à sua retirada da organização. Um dos melhores indícios de uma boa política de recursos humanos é a permanência do pessoal na organização, principalmente quando acompanhada da participação e dedicação das pessoas (CHIAVENATO, 2006 p.46).

Algumas organizações aplicam a entrevista de desligamento para se fazer

um acompanhamento dos resultados das políticas de Recursos Humanos.

Segundo Chiavenato (2006, p. 46):

A entrevista de desligamento constitui um dos meios principais de controlar e medir os resultados da política de recursos humanos desenvolvida pela organização. Costuma ser o principal meio de diagnosticar e determinar as causas da rotatividade de pessoal.

E o mesmo autor também observa, que as informações colhidas por meio

das entrevistas de desligamento e de outras fontes, permitem uma análise

situacional da organização e de seu ambiente, e conseqüentemente, uma avaliação

dos efeitos da política de recursos humanos desenvolvida pela organização,

determinando as alterações necessárias, com vistas a novas estratégias que

permitam sanar seus efeitos sobre a rotatividade de pessoal.

28

CAPÍTULO II

ANÁLISE E INTERPRETAÇÃO DOS DADOS

Neste capítulo, são apresentados os resultados da pesquisa, tendo como

base as informações coletadas na matriz de uma Concessionária de Automóveis do

Oeste do Paraná, no período de 01 de julho a 31 de dezembro de 2007.

2.1 Descrição das Práticas de Recursos Humanos da empresa

A princípio, descreve-se a prática de Recursos Humanos da empresa em

estudo, que consiste no desenvolvimento das seguintes atividades:

• Recrutamento e seleção de candidatos aos diversos cargos que compõem o

quadro funcional (com orientação, entrevistas, levantamento de referências,

definição de cargos e salários, etc.);

• Realizar todo o processo de admissão dos funcionários (registro no sistema,

confecção dos contratos e termos específicos para a contratação, etc.);

• Controlar a freqüência dos funcionários ao ambiente de trabalho através do

cartão ponto e fichas de ausência durante o expediente;

• Elaborar a folha de pagamento, preparar os holerites, as planilhas de comissões,

de prêmios e demais termos necessários para comprovação de pagamento;

• Passar provisões de pagamentos para os Departamentos Financeiros;

• Elaborar as férias e 13º salário dos funcionários;

• Preparar as provisões de férias e 13º Salário para a área contábil;

• Calcular e emitir as guias dos encargos trabalhistas (INSS, FGTS, IRRF,

Contribuições Sindicais e Assistenciais);

• Desenvolver planilhas de médias salariais para auxílio nas tomadas de decisões

junto às gerências;

• Preparar e enviar o CAGED, RAIS, DIRF e comprovantes de rendimento para o

Imposto de Renda;

• Fazer a conciliação contábil das contas que se referem ao Departamento de

Recursos Humanos;

• Controlar a cota de menores aprendizes e deficientes na empresa;

29

• Responsável pela Medicina e Segurança no Trabalho, através de treinamentos,

através da CIPA ; pela entrega e controle de EPI´S , uniformes, CAT, elaboração

do PCMSO e PPRA, prezando pelo cumprimento do exposto na CLT;

• Quanto aos benefícios, a Gerente de RH informou que os funcionários tem direito

a vales transporte, convênio com farmácia, convênio com o SESC (por se tratar

de empresa do comércio), convênio médico (plano total) com a UNIMED e

também com o SINDMED a valores mais acessíveis;

• A gerência do RH, também acompanha o QCP (Programa de Qualidade: Vendas

e Pós Vendas da Concessionária) e pelo acompanhamento de todos os

processos jurídicos sejam de ordem trabalhista e cíveis (separando

documentação, prestando informações, providenciando credenciais para

audiências), bem como é preposta da empresa nos processos trabalhistas;

• A Gerência de Recursos Humanos, também interage junto a diretoria, quanto a

orientação, apresentação de relatórios que auxiliam na tomada de decisões, no

estudo de perfil de cargos e salários, desempenho de funções, etc;

• A gerente do RH, também é procuradora da empresa, o que lhe agrega mais

atividades, citando como exemplo, conferir requisições de compra de material de

expediente, atender as necessidades dos funcionários da matriz, realizar e

aprovar orçamentos, bem como assinar cheques de pagamento, entre outras

atividades.

Em atendimento ao objetivo específico, que consiste em identificar e

caracterizar a prática de RH nesta Concessionária de Automóveis no Oeste do

Paraná, os dados foram coletados através de uma entrevista não estruturada, com a

Gerente de Recursos Humanos da empresa, oportunizando o destaque das práticas

de RH como: “recrutamento e seleção“, “admissão e demissão de funcionários”,

“execução de folha de pagamento, férias e rescisões”, “elaboração de encargos

trabalhistas, como INSS, FGTS, IRRF”, “responsabilidades como a entrega das

seguintes declarações”, “CAGED, RAIS, DIRF”, “responsabilidades com a Medicina

e Segurança no Trabalho (Orientação, EPIS, PCMSO e PPRA)”, ”Controle de

cartões ponto, escala de horários, uniformes”, “Controle dos benefícios: Plano de

Saúde, Convênio com Farmácia”, buscando treinamentos para os funcionários,

atuando junto a diretoria nas tomadas de decisão, e outras atividades inclusive

alheias ao Departamento de Recursos Humanos.

30

Verifica-se em Chiavenato (2006, p.11):

Que a Administração de Recursos Humanos está passando também por grandes mudanças e inovações. Sobretudo agora, no terceiro milênio, com a crescente globalização dos negócios e a gradativa exposição à forte concorrência mundial, quando as palavras de ordem passaram a ser produtividade, qualidade e competitividade. Nesse novo contexto, as pessoas deixam de ser o problema das organizações para ser a solução de seus problemas.

Diante dos resultados apresentados, observa-se que o Departamento de

Recursos Humanos da referida empresa, está em constante aperfeiçoamento para

atender a todos os requisitos que atualmente abrangem a Administração de

Recursos Humanos, não só no que é especificamente ligado ao “Departamento de

Pessoal”, mas atendendo a outros itens como “Recrutamento e Seleção”,

“Benefícios”, “Medicina e Segurança no Trabalho”, além de estar buscando, dentro

de um escasso tempo, em virtude de inúmeras atividades, um desenvolvimento para

os treinamentos e capacitação dos funcionários.

2.2 Apresentação do índice de Rotatividade de funcionários na empresa

No segundo semestre de 2007, a matriz desta Concessionária contava

com um efetivo médio de 70 funcionários. Ocorreram no período em estudo, 09

(nove) rescisões de contrato de trabalho (desligamentos na empresa). Destes

desligamentos:

• 04 (quatro) foram por “Pedido de Dispensa”,

• 04 (quatro), foram por “Dispensa sem Justa Causa” e

• 01 (um) foi por “Dispensa com Justa Causa”.

Foram obtidas, 08 (oito) fichas de desligamento, observando que no caso

da “Rescisão por Dispensa com Justa Causa”, o funcionário recusou-se a preencher

a ficha de desligamento. Abaixo apresenta-se o índice de rotatividade de

funcionários obtido nesse 2º semestre de 2007, de acordo com a fórmula

apresentada por Chiavenato (1999, p.70), onde divide-se o número de funcionários

31

desligados, pelo efetivo médio de funcionários da empresa, em determinado

período:

Quadro 3 – Rotatividade de funcionários da empresa no 2º semestre de 2007

___________________________________________________________________

Índice de rotatividade = 09 (nove) - Número de funcionários desligados 70 (setenta) - Efetivo médio da organização Em atendimento ao objetivo específico que busca demonstrar o índice de

rotatividade no 2º semestre de 2007, verifica-se que a rotatividade não tem sido tão

“acentuada”, com base no índice de 13% (treze por cento), resultado este, obtido

pela divisão dos 09 desligamentos ocorridos no período, pelo número de 70

funcionários, que compreendem o efetivo médio da empresa.

Para Chiavenato (2006, p.50):

Um dos problemas com que a Administração de Recursos Humanos se defronta em uma economia competitiva, é saber até quanto vale a pena, por exemplo, perder recursos humanos e manter uma política salarial relativamente conservadora e econômica. Saber até que nível de rotatividade de pessoal uma organização pode suportar sem maiores danos, é um problema que cada organização deve avaliar segundo seus próprios cálculos e bases de interesses.

E também segundo Chiavenato (2006, p. 42):

Um índice de rotatividade de pessoal equivalente a zero não ocorre na prática e nem seria desejável, pois denotaria um estado de total esclerosamento da organização. Por outro lado, um índice de rotatividade de pessoal muito elevado também não seria desejável, pois refletiria um estado de fluidez e entropia da organização, e não conseguiria fixar e assimilar adequadamente seus recursos humanos. O índice de rotatividade ideal seria aquele que permitisse à organização reter seu pessoal de boa qualidade, substituindo aquelas pessoas que apresentam distorções de desempenho difíceis de ser corrigidas dentro de um programa exeqüível e econômico. Assim, cada organização teria sua rotatividade ideal no sentido de que esta permitisse a potenciação máxima da qualidade de seus recursos humanos, sem afetar a quantidade dos recursos disponíveis.

32

Portanto, verifica-se que a empresa não possui um índice de rotatividade

“elevado”, mas é importante e faz-se necessário sempre um bom acompanhamento

de todas as práticas relacionadas ao Departamento de Recursos Humanos, para

estar sempre melhorando e proporcionando aos colaboradores um ambiente de

trabalho mais satisfatório, o que vem a colaborar para alcançar os objetivos da

organização.

2.3 Apresentação dos Índices das Causas de Rotatividade de

funcionários na empresa

Estão descritos abaixo, os índices das principais causas da rotatividade

de funcionários, expostos em forma de tabela, e posteriormente, com apresentação

gráfica dos resultados e explanação dos dados observados.

Estas informações foram obtidas através dos questionários respondidos,

pelos 08 (oito) funcionários desligados do quadro funcional da empresa, no 2º

semestre de 2007.

TABELA 1 – Qual o motivo do desligamento do funcionário

Respostas N° de respostas %

Não sei - -

Motivos pessoais - -

Corte de funcionário - -

Buscar outra oportunidade 3 37,50%

Problemas com a chefia 1 12,50%

Inadaptação ao trabalho 4 50,00%

Problemas de

relacionamento

- -

FONTE: Respostas da Entrevista de Desligamento – Julho/Dezembro- 2007.

A Tabela nº. 01 apresenta os índices de rotatividade, sobre o motivo que

levou o funcionário ao desligamento, com os seguintes resultados:

• 37,50 % “Buscar outra oportunidade”,

• 12,50% “Problemas com a chefia” e

• 50,00% “Inadaptação ao trabalho”.

33

GRÁFICO 1 Qual o motivo do desligamento do funcionário

Motivo do desligamento

0

1

2

3

4

5Não sei

Motivos

pessoais

Corte de

funcionários

Buscar outra

oportunidade

Problem

as com

a chefia

Inadaptação ao

trabalho

Problem

as de

relacionam

ento

Através do Gráfico nº 1, conclui-se que para a pergunta “Qual o motivo do

desligamento do funcionário”, prevaleceu a resposta“ Inadaptação ao trabalho” , com

o percentual de 50%.

TABELA 2 - Qual a opinião do funcionário sobre trabalhar na empresa

Respostas N° de respostas %

Excelente - -

Ótimo 4 50,00%

Bom 3 37,50%

Regular 1 12,50%

Ruim - -

Muito ruim - -

FONTE: Respostas da Entrevista de Desligamento-Julho a Dezembro/2007. A Tabela nº 2 representa a opinião do funcionário sobre a empresa, com

os seguintes resultados:

• 50,00% “Ótimo”,

• 37,50% “Bom”, e

• 12,50% “Regular”

50,00 %

12,50 %

37,50 %

34

GRÁFICO 2 - Qual a opinião do funcionário sobre trabalhar na empresa

Opinião sobre a empresa

0

0,5

1

1,5

2

2,5

3

3,5

4

4,5

Excelente Ótimo Bom Regular Ruim Muito ruim

Através do Gráfico nº 2, observa-se que em relação à opinião do

funcionário sobre a empresa, prevaleceu o fator “ótimo” com o percentual de 50%.

TABELA 3 – Qual a opinião do funcionário em relação ao cargo ocupado

Respostas N° de respostas %

Excelente - -

Ótimo 4 50,00%

Bom 3 37,50%

Regular 1 12,50%

Ruim - -

Muito ruim - -

FONTE: Respostas da Entrevista de Desligamento – Julho a Dezembro/2007.

A Tabela nº 3 demonstra as respostas sobre a opinião dos pesquisados

com relação ao cargo ocupado, e apresenta os seguintes resultados:

• 50,00 % “Ótimo”,

• 37,50% “Bom” e

• 12,50% “Regular”.

50,00 %

37,50 %

12,50 %

35

GRÁFICO 3 - Qual a opinião do funcionário em relação ao cargo ocupado Opinião em relação ao cargo que exercia

0

0,5

1

1,5

2

2,5

3

3,5

4

4,5

Excelente Ótimo Bom Regular Ruim Muito Ruim

O Gráfico nº 3 demonstra, que na opinião dos funcionários em relação ao

cargo que exercem, prevaleceu o fator “ótimo”, com o percentual de 50%.

TABELA 4 - Qual a opinião do funcionário em relação ao chefe direto

Respostas N° de respostas %

Excelente - -

Ótimo 2 25,00%

Bom 4 50,00%

Regular 1 12,50%

Ruim 1 12,50%

Muito ruim - -

FONTE: Respostas da Entrevista de Desligamento-Julho a Dezembro/2007.

Na Tabela nº 4, verificou-se a opinião dos pesquisados com relação ao chefe direto.

As respostas foram:

• 25,00% “Ótimo”,

• 50,00% “Bom”,

• 12,50% “Regular” e

• 12,50% “Ruim”.

37,50 %

50,00%

12,50 %

36

GRÁFICO 4 - Qual a opinião do funcionário em relação ao chefe direto Opinião em relação ao chefe direto

0

0,5

1

1,5

2

2,5

3

3,5

4

4,5

Excelente Ótimo Bom Regular Ruim Muito Ruim

No gráfico nº 4, verifica-se que as respostas com a opinião dos

pesquisados em relação ao chefe direto, indicam um percentual de 50% de “ bom relacionamento”.

TABELA 5 - Qual a opinião do funcionário em relação ao horário de trabalho

Respostas N° de respostas %

Excelente - -

Ótimo 4 50,00%

Bom 3 37,50%

Regular 1 12,50%

Ruim - -

Muito ruim - -

FONTE: Respostas da Entrevista de Desligamento-Julho a Dezembro/2007.

A Tabela nº. 5 apresenta o resultado da pesquisa em relação ao horário

de trabalho, com os resultados a seguir:

• 50,00% “ótimo”,

• 37,50% “Bom” e

• 12,50% “Regular”.

50,00 %

25,00 %

12,50 % 12,50 %

37

GRÁFICO 5 – Qual a opinião do funcionário em relação ao horário de trabalho Opinião em relação ao horário trabalhado

0

0,5

1

1,5

2

2,5

3

3,5

4

4,5

Excelente Ótimo Bom Regular Ruim Muito Ruim

O Gráfico nº 5 apresenta que 50% dos funcionários pesquisados

responderam “ótimo”, na pergunta sobre o horário de trabalho.

TABELA 6 – Qual a opinião do funcionário em relação às condições físicas ambientais dentro das quais desenvolvia seu trabalho

Respostas N° de respostas %

Excelente - -

Ótimo 1 12,50%

Bom 3 37,50%

Regular 4 50,00%

Ruim - -

Muito ruim - -

FONTE: Respostas da Entrevista de Desligamento-Julho a Dezembro/2007. Os dados da Tabela nº 6, correspondem às respostas dos funcionários

em relação às condições físicas ambientais dentro das quais desenvolviam suas

atividades:

• 12,50 % “Ótimo”,

• 37,50% “Bom” e

• 50,00% “Regular”.

37,50 %

50,00 %

12,50 %

38

GRÁFICO 6 - Qual a opinião do funcionário em relação às condições físicas ambientais dentro das quais desenvolvia seu trabalho Opinião em relação às condições físicas ambientais

0

0,5

1

1,5

2

2,5

3

3,5

4

4,5

Excelente Ótimo Bom Regular Ruim Muito Ruim

No Gráfico nº 6, onde estão apresentadas as respostas quanto às

condições físicas e ambientais em que os pesquisados desenvolviam o seu trabalho,

observa-se que: 50,00 % da amostra consideram, “regular” as condições ambientais

de trabalho e apenas 12,50% estão satisfeitos com as condições ambientais de

trabalho.

TABELA 7 - Qual a opinião do funcionário em relação aos benefícios sociais concedidos pela organização

Respostas N° de respostas %

Excelente - -

Ótimo - -

Bom 5 62,50%

Regular 3 37,50%

Ruim - -

Muito ruim - -

FONTE: Respostas da Entrevista de Desligamento –Julho a Dezembro/2007.

50,00 %

37,50 %

12,50 %

39

Na Tabela nº 7, observa-se a opinião dos funcionários em relação aos

benefícios sociais concedidos pela organização. Foram obtidos os seguintes

percentuais:

• 62,50% “Bom” e

• 37,50% “Regular”.

GRÁFICO 7 - Qual a opinião do funcionário em relação aos

benefícios sociais concedidos pela organização Opinião em relação aos benefícios sociais concedidos pela organização

0

1

2

3

4

5

6

Excelente Ótimo Bom Regular Ruim Muito Ruim

No Gráfico nº 7 constata-se, que 62,50 % dos entrevistados consideram

“Bons” os benefícios concedidos pela organização.

TABELA 8 - Qual a opinião do funcionário em relação ao seu salário

Respostas N° de respostas %

Excelente - -

Ótimo - -

Bom 5 62,50%

Regular 3 37,50%

Ruim - -

Muito ruim - -

FONTE: Respostas da Entrevista de Desligamento-Julho a Dezembro/2007.

37,50 %

62,50 %

40

A Tabela nº 8 representa as respostas das fichas de desligamento, quanto

à opinião do funcionário em relação ao seu salário, sendo observado que:

• 62,50 %, responderam “Bom” e

• 37,50%, responderam “Regulares”.

GRÁFICO 8 - Qual a opinião do funcionário em relação ao seu salário Opinião em relação ao salário recebido

0

1

2

3

4

5

6

Excelente Ótimo Bom Regular Ruim Muito Ruim

O Gráfico nº 8 conclui que 62,50 % dos pesquisados consideram “ Bom” o

salário recebido pelos serviços prestados a organização.

TABELA 9 - Qual a opinião do funcionário em relação ao relacionamento humano existente no seu departamento

Respostas N° de respostas %

Excelente - -

Ótimo 2 25,00%

Bom 6 75,00%

Regular - -

Ruim - -

Muito ruim - -

FONTE: Respostas da Entrevista de Desligamento-Julho a Dezembro/2007.

62,50 %

37,50 %

41

Na Tabela nº 9, onde se verifica a opinião do funcionário em relação ao

relacionamento humano existente no departamento onde exerciam suas atividades,

foram apresentadas as seguintes respostas:

• 25% “Ótimo” e

• 75% “Bom”.

GRÁFICO 9 - Qual a opinião do funcionário em relação ao relacionamento

humano existente no seu departamento

Opinião sobre o relacionamento humano existente no departamento

0

1

2

3

4

5

6

7

Excelente Ótimo Bom Regular Ruim Muito Ruim

O Gráfico nº 9, conclui que 75% dos pesquisados consideram “Bom” o

relacionamento humano existente no departamento onde exerciam suas atividades.

TABELA 10 – Qual a opinião do funcionário em relação às oportunidades de progresso dentro da empresa

Respostas N° de respostas %

Excelente - -

Ótimo - -

Bom 6 75,00%

Regular 2 25,00%

Ruim - -

Muito ruim - -

FONTE: Respostas da Entrevista de Desligamento-Julho a Dezembro/2007.

75,00 %

25,00 %

42

Observa-se que na Tabela nº 10, as respostas dos pesquisados em relação às oportunidades de progresso dentro da empresa, foram:

• 75 %, “Bom” e • 25% “Regular”.

GRÁFICO 10 - Qual a opinião do funcionário em relação às oportunidades de

progresso dentro da empresa

Opinião em relação as oportunidades de progresso na organização

0

1

2

3

4

5

6

7

Excelente Ótimo Bom Regular Ruim Muito Ruim

No Gráfico nº. 10, verifica-se que 75 % dos pesquisados responderam

que consideram “Boas” as oportunidades de progresso na organização.

TABELA 11- Qual a opinião do funcionário em relação a moral e atitude dos colegas de trabalho

Respostas N° de respostas %

Excelente - -

Ótimo 2 25,00%

Bom 4 50,00%

Regular 2 25,00%

Ruim - -

Muito ruim - -

FONTE: Respostas da Entrevista de Desligamento-Julho a Dezembro/2007.

25,00 %

75,00 %

43

Na Tabela nº 11, observa-se as respostas dos funcionários em relação a moral e atitude dos colegas: • 25 % “Ótimo”

• 50% “Bom” e

• 25% “Regular”.

GRÁFICO 11 - Qual a opinião do funcionário em relação a moral e atitude dos

colegas de trabalho

Opinião em relação a moral e atitude dos colegas de trabalho

0

0,5

1

1,5

2

2,5

3

3,5

4

4,5

Excelente Ótimo Bom Regular Ruim Muito Ruim

No gráfico nº 11 constata-se, que 50 % dos pesquisados responderam

“Bom”, quanto a moral e atitude dos colegas de trabalho.

TABELA 12 - Qual a opinião do funcionário em relação às oportunidades que

encontra no mercado de trabalho

Respostas Nº de respostas %

Excelente 0 0

Ótimo 0 0

Bom 5 62,50

Regular 3 37,50

Ruim 0 0

Muito ruim 0 0

FONTE: Respostas da Entrevista de Desligamento –Julho a Dezembro/2007.

25,00 % 25,00 %

50,00 %

44

A Tabela nº 12 demonstra os resultados do questionamento em relação

às oportunidades que os funcionários encontram no mercado de trabalho. Os

pesquisados forneceram as seguintes respostas:

• 62,50%, “Bom” e

• 37,50% “Regular”.

GRÁFICO 12 - Qual a opinião do funcionário em relação às oportunidades que encontra no mercado de trabalho Opinião em relação às oportunidades encontradas no mercado de trabalho

0

1

2

3

4

5

6

Excelente Ótimo Bom Regular Ruim Muito Ruim

No Gráfico nº 12, observa-se que 62,50 % dos pesquisados responderam

“Bom”, para as oportunidades encontradas no mercado de trabalho.

TABELA 13 – Perspectiva de trabalho

Respostas Nº de respostas % Sim 3 37,50% Não 3 62,50%

A definir 0 -

FONTE: Respostas da Entrevista de Desligamento – Julho a Dezembro/2007 Na tabela nº. 13, com relação á pergunta “perspectiva no mercado de

trabalho”, os pesquisados responderam:

37,50 %

62,50 %

45

• 37,50% “Sim” e

• 62,50%, “ Não”.

GRÁFICO 13 Perspectiva de trabalho Perspectiva de trabalho

0

1

2

3

4

5

6

Sim Não A definir

No Gráfico nº 13, conclui-se que 62,50% ainda não têm perspectiva de

trabalho.

Para atender ao objetivo específico que consiste na identificação das

principais causas da Rotatividade de funcionários, observa-se e conclui-se através

das 08 (oito) fichas de desligamento que foram preenchidas, que neste 2º semestre

de 2007, as principais causas da rotatividade nesta Concessionária de Automóveis,

ambas com um percentual de 50% das respostas, foram:

• “A Inadaptação ao trabalho”, na resposta à pergunta: “Qual o motivo do seu

desligamento?”

• “Condições Físicas ambientais regulares”, em resposta à pergunta: “Qual a sua

opinião sobre as condições físicas ambientais dentro das quais desenvolvia seu

trabalho”.

37,50 %

62,50 %

46

CAPÍTULO III

SUGESTÕES E RECOMENDAÇÕES

Neste capítulo, são apresentadas as sugestões e recomendações, sobre

os resultados obtidos nesta pesquisa.

Observa-se, que o Departamento de RH desta Concessionária de

Automóveis, está em busca de atender a todos os requisitos da Administração de

Recursos Humanos, e ao analisar nesta pesquisa as principais causas de

rotatividade dos funcionários, pode-se contribuir, apresentando 03 (três) sugestões

para a redução do índice e melhor desenvolvimento dos processos de Recursos

Humanos:

01) - Solicitar às gerências de departamento na empresa, que busquem

maior apoio do RH, para o Recrutamento e Seleção, a fim de que as contratações

sejam realizadas, com maior nível de informações sobre os candidatos, e para que

as admissões se concretizem com candidatos, que realmente sejam aptos e que

tenham o perfil para a função a qual estão designados (de acordo com a descrição

de cargos). Desta forma, pode-se contribuir para que a empresa tenha a pessoa

certa no lugar certo.

Para Chiavenato (2006, p.68), o Recrutamento envolve um processo que

varia conforme a organização. O início do processo de recrutamento depende de

decisão da linha. Em outras palavras, o órgão de recrutamento não tem autoridade

para efetuar qualquer atividade de recrutamento sem a devida tomada de decisão

por parte do órgão que possui a vaga a ser preenchida. Como qualquer atividade da

ARH, o recrutamento de pessoal também é uma responsabilidade de linha e uma

função de staff. A rigor, toda a organização deve estar engajada no processo de

recrutar pessoas: trata-se de responsabilidade que deve ser compartilhada por todas

as áreas e por todos os níveis.

E segundo Chiavenato (2006, p.92), o recrutamento e a seleção de

recursos humanos devem ser tomados como duas fases de um mesmo processo: a

introdução de recursos humanos na organização. Se o recrutamento é uma

atividade de divulgação, de chamada, de atenção, de incremento de entrada (input),

47

portanto, uma atividade positiva e convidativa, a seleção é uma atividade obstativa,

de escolha, de opção e decisão, de filtragem da entrada (input), de classificação e,

portanto, restritiva.

Conforme observa-se em Chiavenato (2006, p.92):

A tarefa do recrutamento é a de atrair com seletividade, mediante várias técnicas de divulgação, candidatos que possuam os requisitos mínimos do cargo a ser preenchido, enquanto a tarefa da seleção é a de escolher, entre os candidatos recrutados, aquele que tenha maiores probabilidades de ajustar-se ao cargo vago. Assim, o objetivo básico do recrutamento é abastecer o processo seletivo de sua matéria-prima básica: os candidatos. O objetivo básico da seleção é o de escolher e classificar os candidatos adequados às necessidades da organização.

E para complementar, Chiavenato (2006, p.92) também cita que:

A seleção de recursos humanos pode ser definida singelamente como a escolha do homem certo para o cargo certo, ou, mais amplamente, entre os candidatos recrutados, aqueles mais adequados aos cargos existentes na organização, visando manter ou aumentar a eficiência e o desempenho do pessoal, bem como a eficácia da organização.

02) - Solicitar à diretoria, um planejamento junto à área de Recursos

Humanos, para um constante Treinamento e Desenvolvimento na empresa, a fim de

que os colaboradores possam estar sendo informados sobre a maneira correta de

estarem desenvolvendo suas atividades, e propiciando oportunidades de atualização

tanto a nível técnico, como comportamental, objetivando resultados mais

significativos tanto para o empregado, como para o empregador, com conseqüente

aumento de produtividade.

Para Chiavenato (1999, p. 138), a orientação das pessoas é o primeiro

passo para a sua adequada aplicação dentro das diversas atividades da

organização. Trata-se de posicionar as pessoas em suas atividades na organização

e esclarecer o seu papel e objetivos. Contudo, possuir recursos é necessário, mas

não suficiente. Simplesmente, possuir recursos deixou de ser o bastante. O

desperdício e o mau uso de recursos já não mais é aceito nas modernas

organizações. O que traz competitividade para uma organização é saber usá-los

adequada e produtivamente. Como o mundo está mudando e a tecnologia também,

48

o novo paradigma de competitividade em mercados globais requer habilidade para

mudar e inovar rapidamente para aproveitar as oportunidades e neutralizar as

ameaças ambientais. Isto implica a necessidade de aumentar continuamente a

produtividade através da melhoria da qualidade do trabalho das pessoas. O que

requer que elas sejam bem orientadas para que isso possa acontecer.

O autor também comenta que: orientar significa determinar a posição de

alguém frente aos pontos cardeais; encaminhar, guiar, indicar o rumo a alguém;

reconhecer a situação do lugar onde ela se acha para então guiá-la no caminho.

Isto vale tanto para novos como para os antigos funcionários. Quando ingressam

na organização, ou quando a organização faz mudanças, as pessoas precisam

sentir em que situações se encontram e para onde devem conduzir suas atividades

e esforços. Imprimir rumos e direções, definir comportamentos e ações,

estabelecer metas e resultados a cumprir são algumas das providências

orientadoras que a organização deve oferecer a seus funcionários.

E para contribuir com esta orientação, faz-se necessário o Treinamento

e Desenvolvimento, e para melhor visualização dos termos de T& D (Treinamento

e Desenvolvimento), Chiavenato (1999, p. 323), define:

• “Treinamento: são as experiências organizadas de aprendizagem centradas na

posição atual da organização. O treinamento deve aumentar a possibilidade de o

funcionário desempenhar melhor suas atuais responsabilidades.”

• “Desenvolvimento: são as experiências não necessariamente relacionadas com o

cargo atual, mas que proporcionam oportunidades para desenvolvimento e

crescimento profissional.”

Segundo Chiavenato (1999, p. 322), Treinamento e Desenvolvimento

(T & D), estão na ordem do dia. Todos os funcionários podem e devem se

desenvolver. Na abordagem tradicional, o desenvolvimento gerencial era

reservado apenas a uma pequena fatia do pessoal: apenas os níveis mais

elevados. Com a redução de níveis hierárquicos e a formação de equipes de

trabalho, os empregados passaram a ter maior participação nos objetivos de seus

cargos e maior preocupação com a qualidade e com os clientes. Hoje, as

organizações estão exigindo novas habilidades, conhecimentos e capacidades de

49

todas as pessoas. E o desenvolvimento passou a envolver a totalidade dos

funcionários.

03) - Solicitar à diretoria, um estudo sobre as condições ambientais onde

atualmente estão sendo desenvolvidas as atividades na empresa: layout, sistemas,

ferramental, etc., para que o ambiente tenha harmonia e além de estar adequado

com a legislação vigente de segurança e medicina no trabalho, esteja também

adequado para o desenvolvimento correto das atividades.

Para Araújo (2001, p.51)

O estudo do layout pode trazer conseqüências desastrosas se não forem observadas algumas recomendações. A melhor justificativa para todo o cuidado em estudos dessa natureza é o fato de que a mudança de uma mesa e cadeira de um ponto da sala para outro pode causar um conflito maior do que a transformação estrutural de uma organização.

E o autor também comenta, que é certo que o espaço físico que

utilizamos é de muita importância para nós mesmos. É possível considerar que o

brasileiro, em geral, zela muito pelo espaço que utiliza e cada vez mais tem

necessidade de maior conforto. Haja vista a constância de remodelações ambientais

sobrepondo-se a reformas de outra ordem. Contudo, não é apenas o aspecto visual

e de conforto que deve prevalecer no estudo de aproveitamento do espaço físico;

mais do que isso importa o fluxo existente entre pessoas e papéis, genericamente

falando. A função do gerente é intervir justamente nas questões de espaço físico,

que envolvem a burocracia de sua unidade.

Lerner (1996), em Araújo (2001, p.51), por exemplo, considera que o

“arranjo físico deve ser estabelecido a partir do estudo planejado do sistema de

informações relacionado com a distribuição de móveis, equipamentos e pessoas

pelo espaço disponível, da forma mais racional possível. Considera também que o

arranjo físico acaba por influir na motivação, gerando maior ou menor eficiência no

trabalho”.

50

CONSIDERAÇÕES FINAIS

Esta pesquisa possibilitou avaliar a influência das práticas de Recursos

Humanos nas causas da Rotatividade e compreender a importância de implementar

esforços para melhorar a política interna de gestão de pessoas, no sentido de

atender tanto as expectativas dos colaboradores, assim como as da organização.

Atualmente, os mais diversos tipos de negócios e de empresas, que

competem em um ambiente dinâmico e globalizado, necessitam desenvolver

processos de aprendizagem, de mudança comportamental e de melhoria do

desempenho e da produtividade.

Desta forma, as empresas que desejam privilegiar a satisfação de seus

clientes, precisam centrar-se inicialmente nos clientes internos, ou seja, nos

funcionários. Para tanto, faz-se necessário desenvolver o aprendizado adaptativo e

de inovação, através da disseminação de informações e atitudes comportamentais,

focando principalmente os objetivos da organização junto aos colaboradores, para

então, possuir subsídios e avaliar os resultados dessa interação, que envolve o

desenvolvimento econômico da empresa.

Considera-se também, a necessidade de outras investigações nos demais

temas que norteiam a Administração de Recursos Humanos, sugerindo-se um

trabalho futuro para a empresa, sobre os seguintes tópicos:

• Elaborar uma pesquisa em relação aos indicadores de Qualidade de Vida no

Trabalho (QVT), que atendam às expectativas dos funcionários;

Para Chiavaneto (1999, p. 392), o desempenho no cargo e o clima

organizacional representam fatores importantes na determinação da QVT. Se a

qualidade do trabalho for pobre, conduzirá à alienação do empregado e à

insatisfação, à má vontade, ao declínio da produtividade, a comportamentos

contraproducentes (como absenteísmo, rotatividade, roubo, sabotagem, militância

sindical, etc). Se a qualidade do trabalho for boa, conduzirá a um clima de confiança

e respeito mútuo, no qual o indivíduo tenderá a aumentar suas contribuições e

elevar suas oportunidades de êxito psicológico e a administração tenderá a reduzir

mecanismos rígidos de controle social.

51

E também segundo Chiavenato (1999, p. 392):

A importância das necessidades humanas varia conforme a cultura de cada indivíduo e de cada organização. Portanto, a QVT não é determinada apenas pelas características individuais (necessidades, valores, expectativas) ou situacionais (estrutura organizacional, tecnologia, sistemas de recompensas, políticas internas), mas, sobretudo pela atuação sistêmica dessas características individuais e organizacionais.

• Identificar o clima organizacional da empresa, levando-se em conta a sua própria

cultura, atendendo a diversos tópicos como: estrutura organizacional, liderança,

plano de carreira, normas internas e outros, para que se tenha um maior

conhecimento da realidade. E em posse destes dados, posteriormente buscar

alternativas de mudanças a fim de se alcançar maior eficiência e eficácia na

organização, através da contribuição dos colaboradores que nela atuam.

Para Chiavenato (2000, p.444-445):

Cultura organizacional é o conjunto de hábitos, crenças, valores e tradições, interações e relacionamentos sociais típicos de cada organização. Representa a maneira tradicional e costumeira de pensar e fazer as coisas e que são compartilhadas por todos os membros da organização. Em outras palavras, a cultura organizacional representa as normas informais e não escritas que orientam o comportamento dos membros da organização no dia a dia e que direcionam suas ações para a realização dos objetivos organizacionais. Cada organização tem a sua própria cultura corporativa.

Segundo Chiavenato (2000, p. 445), a cultura da organização não é

estática e permanente, mas sofre alterações com o tempo, dependendo de

condições internas ou externas. Certas organizações conseguem renovar

constantemente sua cultura mantendo sua integridade e personalidade, enquanto

outras permanecem com uma cultura amarrada a padrões antigos e ultrapassados.

Mudar a estrutura organizacional não é suficiente para mudar uma organização. A

única maneira viável de mudar uma organização é mudar a sua cultura, isto é, os

sistemas dentro dos quais as pessoas vivem e trabalham. Para que as organizações

possam sobreviver e se desenvolver, para que exista a renovação e a revitalização,

deve-se mudar a cultura organizacional.

52

E para complementar, Chiavenato (2000, p. 446) cita, que:

O clima organizacional constitui o meio interno ou a atmosfera psicológica característica de cada organização. O clima organizacional está ligado ao moral e à satisfação das necessidades dos participantes e pode ser saudável ou doentio, pode ser quente ou frio, negativo ou positivo, satisfatório ou insatisfatório, dependendo de como os participantes se sentem em relação à organização.

Para Chiavenato (2000, p. 446), o conceito de clima organizacional

envolve fatores estruturais, como tipo de organização, tecnologia utilizada, políticas

da companhia, metas operacionais, regulamentos internos, além de atitudes e

comportamento social que são encorajados ou sancionados através dos fatores

sociais.

Enfim, o autor também comenta que:

A organização é um sistema humano e complexo, com características próprias típicas de sua cultura e clima organizacional. Esse conjunto de variáveis deve ser continuamente observado, analisado e aperfeiçoado para que resultem motivação e produtividade. (CHIAVENATO, 2000 p. 446)

53

REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS

ARAUJO, L. C., Organização, sistemas e métodos e as modernas ferramentas de

gestão organizacional. São Paulo: Editora Atlas, 2001.

BARROS, A. J. S.; LEHFELD, N. A. S., Fundamentos da metodologia científica. 2ª

ed. São Paulo: Markron Books, 2000.

CERVO, A. L.; BERVIAN, P., A Metodologia científica. 5ª ed. São Paulo: Pearson

Prentice Hall, 2002.

CHIAVENATO, I., Gestão de pessoas: o novo papel dos recursos humanos nas

organizações. Rio de Janeiro: Campus, 1999.

CHIAVENATO, I., Introdução à Teoria Geral da Administração. 6ª ed. Rio de Janeiro:

Editora Campus , 2000.

CHIAVENATO, I., Planejamento, recrutamento e seleção de pessoal. 2ª ed. Rio de

Janeiro: Editora Campus, 2006.

DESSLER, G., Administração de recursos humanos. 2ª ed. São Paulo: Prentice

Hall,2003.

DRUCKER, P. F., O melhor de Peter Drucker: a administração. São Paulo:

Nobel,2002.

GIL, A. C., Como elaborar projetos de pesquisa. 3ª ed. São Paulo: Atlas, 1991.

MARCONI, M. A.; LAKATOS, E. M., Técnicas de pesquisa. São Paulo: Atlas, 1999.

54

MARRAS , J. P., Administração de recursos humanos. 3ª ed. São Paulo: Futura,

2000.

RICHARDSON, R. J., et al. Pesquisa Social: Métodos e Técnicas. 3ª ed. São Paulo:

Atlas, 1999.

55

ANEXOS

56

A U T O R I Z A Ç Ã O

A empresa abaixo assinada autoriza a Sra. ALINE BASSO ANDREANI, a

realizar sua pesquisa de encerramento do curso de pós-graduação, como requisito

parcial para obtenção do grau de especialista em Gestão de Recursos Humanos na

Universidade Candido Mendes, mais precisamente junto ao Departamento de

Recursos Humanos, onde poderá estar buscando informações para o

desenvolvimento de seu trabalho, junto aos funcionários, bem como analisando a

documentação que a empresa possui para a concretização de seus objetivos.

Solicita-se somente a não divulgação do nome da empresa, no presente

trabalho.

E, por ser verdade, datamos e assinamos a presente autorização, para

que surtam os efeitos legais.

Cascavel, 04 de Janeiro de 2008.

______________________________________

SLAVIERO DE CASCAVEL LTDA.

DIRETORIA

57

ANEXO A – MODELO DE FICHA DE ENTREVISTA DE DESLIGAMENTO.

NOME DA EMPRESA:

_________________________________________________________________

LOCAL:

_________________________________________________________________

DEPARTAMENTO:

_________________________________________________________________

NOME FUNCIONÁRIO:

_________________________________________________________________

1- Qual o motivo do seu desligamento?

___________________________________________________________________

___________________________________________________________________

2- Qual a sua opinião sobre a empresa?

___________________________________________________________________

___________________________________________________________________

3- Qual a sua opinião em relação ao seu cargo?

___________________________________________________________________

___________________________________________________________________

4- Qual a sua opinião sobre o seu chefe direto?

___________________________________________________________________

___________________________________________________________________

5- Qual a sua opinião sobre o seu horário de trabalho?

___________________________________________________________________

___________________________________________________________________

58

6- Qual a sua opinião sobre as condições físicas ambientais dentro das quais

desenvolvia seu trabalho?

___________________________________________________________________

___________________________________________________________________

7- Qual sua opinião sobre os benefícios sociais concedidos pela organização?

___________________________________________________________________

___________________________________________________________________

8- Qual a sua opinião sobre o seu salário?

___________________________________________________________________

___________________________________________________________________

9- Qual a sua opinião sobre o relacionamento humano existente na sua seção?

___________________________________________________________________

___________________________________________________________________

10- Qual a sua opinião sobre as oportunidades de progresso que sentiu dentro da

empresa?

___________________________________________________________________

___________________________________________________________________

11- Qual a sua opinião sobre o moral e atitude de seus colegas de trabalho?

___________________________________________________________________

___________________________________________________________________

12- Qual a sua opinião sobre as oportunidades que encontra no mercado de

trabalho?

___________________________________________________________________

___________________________________________________________________

13- Já tem outro lugar para trabalhar?

___________________________________________________________________

___________________________________________________________________