documento protegido pela lei de direito autoral · 2014-01-30 · os métodos que levam ao problema...
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UNIVERSIDADE CANDIDO MENDES
PÓS-GRADUAÇÃO “LATO SENSU”
AVM FACULDADE INTEGRADA
A INTEGRIDADE DOS DOCUMENTOS ELETRÔNICOS
Por: Giuliana dos Prazeres Alvim
Orientador
Prof. Nelson Magalhães
Rio de Janeiro
2014
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UNIVERSIDADE CANDIDO MENDES
PÓS-GRADUAÇÃO “LATO SENSU”
AVM FACULDADE INTEGRADA
A INTEGRIDADE DOS DOCUMENTOS ELETRÔNICOS
Apresentação de monografia à AVM Faculdade Integrada
como requisito parcial para obtenção do grau de
especialista em Gestão de Projetos
Por: . Giuliana dos Prazeres Alvim
3
AGRADECIMENTOS
....aos amigos e parentes...
4
DEDICATÓRIA
.....dedico meu ao pai....
5
RESUMO
Exemplificando a necessidade de se estudar e analisar a base tecnologia que
garante a fidedignidade dos documentos eletrônicos este trabalho demonstra a
separação entre o desenvolvimento tecnológico e a legislação que trata a mesma
tecnologia. Esta pesquisa estuda a relevância para os arquivos e para a arquivologia
sobre a regulamentação dos documentos eletrônicos.
6
METODOLOGIA
Os métodos que levam ao problema proposto, foram leitura de livros, jornais,
revistas e a resposta, após coleta de dados, pesquisa bibliográfica,, observação do
objeto de estudo, foi que no contexto nacional e internacional e como fonte a
informação, a revisão de Bibliografia do meio arquivístico e da Tecnologia da
Informação.
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SUMÁRIO
INTRODUÇÃO 08
CAPÍTULO I - A Arquivologia e a Tecnologia da Informação 10
CAPÍTULO II - Natureza dos Gerenciamento Eletrônico de Documentos 16
CAPÍTULO III – Aspectos legais sobre Documentos Eletrônicos 24 CAPÍTULO IV – Gestão Arquivística de Documentos Arquivísticos Digitais 32
CONCLUSÃO 33
ANEXO 36 BIBLIOGRAFIA CONSULTADA 37
WEBGRAFIA 37
ÍNDICE 39
8
INTRODUÇÃO
O progresso da ciência traz consigo mudanças nos hábitos e comportamentos das
pessoas e instituições. Porém, nunca o avanço das novas tecnologias se fez tão
presente no cotidiano como ocorre atualmente. Esse cenário de mudanças
aceleradas tem causado reação nas pessoas, empresas e sociedade de um modo
geral principalmente pela multiplicidade do uso das novas tecnologias e sua
popularização.
Esta popularização do uso da informática, seguida pela rápida expansão da internet,
colocou em evidência o conceito de documentos eletrônicos, termo que passou a
integrar o vocabulário comum de todos nós, como usuários de computadores. No
passado, questionava-se o valor legal dos arquivos digitais por considera-los de fácil
modificação. Mas, esse cenário foi mudado com a aplicação, em âmbito
internacional, da autenticação dos arquivos digitais, o que garante sua validade
jurídica. Com os arquivos digitais autenticados inverteu-se a situação. Estes agora
aumentaram sua confiabilidade, enquanto os documentos em meio tradicional
passaram a ser considerados duvidosos quanto a sua autenticidade, podendo ser
adulterados e falsificados com maior facilidade.
Sendo assim, o documento eletrônico é uma realidade e um meio de prova já aceito
no âmbito processual, tendendo a se tornar, uma prática usual com o uso da
certificação digital, assegurando maior confiabilidade e segurança na troca de dados
via internet. Se, por um lado, diante da dura realidade econômica e social vivenciada
pela maioria do povo brasileiro, os recursos tecnológicos disponibilizados pelos
Tribunais ainda são utilizados por poucos, constituindo um grande desafio no
caminho do pleno acesso à informação e à Justiça, por outro o uso da informática
resultou em importantes passos na busca da forma ideal de administração das
relações conflituosas, em menor tempo e a menores custos.
No Brasil, a gestão de documentos públicos, independentemente de seu suporte,
tornou-se um tema bastante discutido nos últimos anos. Desde a Constituição de
1988 passando pela Lei 8159/1991, que dispõe sobre a política nacional de arquivos
públicos e privados, e culminando com a Lei 11.419/2006, que trata da
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informatização do processo judicial, é significativa a reocupação legislativa com a
gestão documental adequada no setor público e, em especial, no Poder Judiciário.
Esta pesquisa procurará demonstrar se existe relevância para os arquivos e para a
arquivologia sobre a regulamentação dos documentos eletrônicos.
A informação em formato digital é extremamente suscetível a intervenções não
autorizadas (perda, adulteração e destruição), degradação física e obsolescência
tecnológica (hardware, software e formatos), o que compromete sua qualidade e
integridade. É necessário, portanto, que os arquivos facilitem o estabelecimento de
políticas, procedimentos e práticas para assistir e apoia as organizações a criarem e
manterem documentos autênticos, acessíveis e preserváveis.
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CAPÍTULO I
ARQUIVOLOGIA E A TECNOOGIA DA INFORMAÇÃO
1.1 Tipos de Documentos
A organização das informações tem sido um grande desafio da Arquivística
contemporânea. Lidar com massas tão grandes de informações acumuladas
diariamente pelas organizações exige uma maior sofisticação dos esquemas de
classificação. O redirecionamento proposto no objeto de estudo abre as portas para
um universo novo de possibilidades, de inter-relações, de diálogos que, sem dúvida,
proporcionarão uma consistência teórico-metodológica para a Arquivística. É
importante ressaltar como ponto de partida algumas definições a respeito de
documento arquivístico eletrônico, autenticidade, que são essenciais para o
estabelecimento de diretrizes, padrões e normas que devem nortear a gestão de
documentos eletrônicos.
Documento de arquivo: Informação registrada, independente da forma ou do
suporte, produzida ou recebida no decorrer das atividades de uma instituição ou
pessoa, dotada de organicidade, que possui elementos constitutivos suficientes para
servir de prova dessas atividades.
No caso de documentos eletrônicos, acrescentem-se outros elementos tais como:
Forma: links, nome do originador (e-mail), assinatura digital, certificado de
assinatura digital e outros. Anotações: data, hora e local da transmissão; indicação
de anexos e outros.
Contexto: contexto tecnológico (hardware e software).
Documento eletrônico: Documento em meio eletrônico, com um formato digital,
processado por computador.
Documento arquivístico eletrônico: Documento arquivístico processado por um
computador. A atividade prática e serve como fonte de prova da ação que o gerou,
sendo que o valor desta fonte depende da fidedignidade e autenticidade do
documento.
11
Autenticidade de documentos: A capacidade de um documento arquivístico ser o
que diz ser. Refere-se à fidedignidade ao longo do tempo. Esta relacionada com a
forma de transmissão e estratégias de preservação e custódia.
1.2 Documento Eletrônico
Após a II Guerra mundial, o computador deixou de ser de uso de militares, para na
década de 1970 ser limitado aos especialistas devido à necessidade de dominar
suas estruturas. A década de 1980 trouxe a descentralização de trabalhos
informáticos, com uma invasão de computadores nas instituições públicas e
privadas, com repercussão nos procedimentos documentários e administrativos
adotados até aquele momento.
De acordo com Fishbain (1984), primeira vez que foi abordado o tema “arquivologia
e informática” pelo Conselho Internacional de Arquivos (CIA) foi em 1964, durante o
Congresso Internacional de Arquivos realizado em Paris. No entanto, houve
desinteresse dos profissionais em relação aos computadores, que acreditavam que
era um mero instrumento para fins estatísticos e fiscais.
No Brasil, os arquivistas limitavam-se a refletir sobre as novas tecnologias, apesar
de na década de 1970 contar com um representante no Comitê de Automação do
CIA, pouco abordava o tema em seus congressos e publicações. O tema
“arquivologia e informática” era abordado por engenheiros e bibliotecários a convite
de arquivistas.
Em 1980, a situação não havia mudado muito e de acordo com uma pesquisa
elaborada pela Comissão Especial de Preservação do Acervo Documental –
CEPAD, apenas 0,02% dos arquivos existentes em Brasília usavam recursos
informáticos. Percebe-se então que o tema era abordado poucas vezes e ainda por
profissionais de outras áreas, os arquivistas mantiveram-se em silêncio diante da
evolução digital e não atentos ao impacto que isso causaria aos arquivos. Já na
década de 1990 surgiram no Brasil as primeiras publicações
Relacionadas à tecnologia da informação, e começa o aprofundamento nas
discussões. Surgem então os termos “documentos eletrônicos” e “documentos
digitais” substituindo denominações como “novos arquivos”, “novas tecnologias” e
“documentos informáticos” usados nas décadas anteriores.
12
A primeira publicação da década foi no ano de 1990, com o estudo de Charles
Dollar sobre o impacto das tecnólogas da informação nos princípios e nas práticas
arquivísticas abrindo uma porta para futuras discussões e outras publicações.
Dentre essas, vale destacar o artigo “A Arquivologia e as novas tecnologias da
informação” de José Maria Jardim no ano de 1992 em que analisa o impacto das
novas tecnologias nos princípios e práticas da arquivologia e alerta a comunidade
arquivística a buscar seu espaço diante deste impacto nos arquivos, impacto esse
que ainda estamos sofrendo e espaço que continuamos a buscar apesar de anos
terem se passado. Atualmente é considerado uma das principais características de
documentos de arquivo, o fato de ele servir como testemunho. Se antes era levado
em consideração o suporte, hoje o objeto dos arquivistas é a informação
independentemente do suporte em que esteja ligada, esteja ela em banco de dados,
páginas da web, sistemas interativos, sistemas dinâmicos, combinação de voz,
imagem fixa, entre centenas de outras possibilidades de um repertório que cresce
rapidamente. A informação ali contida que deverá ser trabalhada e preservada.
Dentre as principais características dos documentos eletrônicos está a grande
dependência da tecnologia. Os documentos dependem de software, drives e
determinadas versões para interpretar as informações neles contidas. Conteúdo e
suporte não estão mais juntos. Há aspectos físicos, lógicos e intelectuais a serem
levados em consideração e por isso a preservação será diferente do documento
físico.
Documentos eletrônicos também são instáveis e mutáveis. O documento de arquivo
permanente, por exemplo, não é eterno, mas é estável, e é possível garanti-lo
mantendo o suporte. Os eletrônicos são instáveis, você pode ter o leitor do suporte e
não ter o software.
quando o tem, esse pode não ser a versão adequada, ter o bit não quer dizer que
tem a informação. A instabilidade e a rápida obsolescência de equipamentos é
muito grande e a mídia pode ser degradada com muita facilidade. Há também a
grande ameaça à autenticidade das informações, documentos arquivísticos acima
de tudo têm que ser autênticos e gozar de confiabilidade. Sendo assim, o principal
desafio dos documentos eletrônicos atualmente é produzir, manter e preservar
documentos arquivísticos digitais confiáveis, autênticos e acessíveis.
Documento acessível é aquele que pode ser localizado, recuperado, apresentado e
interpretado sempre que necessário. O sistema qual ele está vinculado deve ser
13
capaz de recuperar qualquer documento em qualquer tempo e apresenta-lo com a
mesma forma de sua criação.
A confiabilidade de um documento é atribuída a capacidade dele sustentar os fatos
que atesta e que está relacionado ao momento da sua produção e a veracidade do
seu conteúdo. Apenas que produz pode garantir a veracidade da informação, por
isso a importância da identificação do produtor.
Por último, a autenticidade, que é a capacidade de um documento ser o que diz ser,
que a informação nele contida confere com a realidade.
Atualmente a confiabilidade a autenticidade dos documentos eletrônicos já pode ser
garantida pela assinatura digital.
1.3 Assinatura Digital
Os documentos eletrônicos já não podem ser ignorados pelos arquivistas,
principalmente após ter sido instituída no Brasil sua validade jurídica pela nº 2.200/2
que transforma o Instituto Nacional de Tecnologia da Informação em autarquia e
Autoridade Certificadora Raiz, e institui a Infraestrutura de Chaves Públicas
Brasileiras (ICP-Brasil) para garantir a autenticidade, integridade e a validade
jurídica de documentos em forma eletrônica, das aplicações de suporte e das
aplicações habilitadas que utilizem certificados digitais, bem como a realização de
transações eletrônicas seguras. Este trabalha como um instituto de identificação
para o mundo virtual certificado a origem de uma determinada assinatura digital, e
definindo as regras e procedimentos para se operar no país sistemas de certificação
digital além de credenciar empresas que fornecem estes certificados. Dentre as
autoridades certificadoras que atuam no Brasil na venda direta de certificados
digitais estão: Secretaria da Fazenda, Presidência da República e Caixa Econômica
Federal.
A certificação digital é um arquivo eletrônico digital que acompanha o documento
assinado digitalmente e cujo conteúdo esta criptografado. É ela que contém as
informações que identificam a empresa e/ou pessoa com quem se está tratando na
Internet vinculando uma pessoa ou entidade, a uma chave pública garantindo a
autenticidade de origem e autoria do documento, e que a transação depois de
efetuada, não pode ser negada por nenhuma das partes. Certificação Digital é o
equivalente eletrônico de carteira de identidade e passaportes. Pode-se apresentar
14
uma Identificação Digital eletronicamente para provar sua identidade ou seu direito a
acessar informações ou serviços on-line. Usadas com a criptografia, essas
Identificações Digitas fornecem uma solução de segurança mais completa,
garantindo a identidade de todos os envolvidos em uma transação.
Um Certificado Digital ou uma Identificação Digital é emitido por uma Autoridade de
Certificação (AC) e é assinada com a Chave Privada desta AC. Uma Identificação
dita normalmente contém:
• A Chave Pública do proprietário
• O nome do proprietário
• A data de vencimento da Chave Pública
• Nome do emissor (a AC que emitiu a Identificação Digital)
• O número de série da Identificação Digital
• A assinatura digital do emissor
A assinatura digital não tem nenhuma semelhança com a convencional, alguns
arriscam a dizer que hoje é também mais segura, pois diferente da manual que
contém sempre traços semelhantes e dessa forma é conferida, a assinatura digital é
elaborada pela chave pública e privada.
Necessário distinguir assinatura digital da assinatura digitalizada. A assinatura
digitalizada é a reprodução da assinatura autografa como imagem por um
equipamento tipo scanner. Ela não garante a autoria e integridade do documento
eletrônico, porquanto não existe uma associação inequívoca entre o subscritor e o
texto digitalizado, uma vez que ela pode ser facilmente copiada e inserida em outro
documento.
A base para as assinaturas digitais é a criptografia, uma técnica pelas quais a
informação pode ser transformada da sua forma original para outra ilegível, a menos
que seja conhecida a sua “chave” que a transforme de maneira que possa ser
legível novamente. Sendo assim torna difícil de ser lida por alguém não autorizado.
Porém para a assinatura digital é usada a criptografia assimétrica. Enquanto a
criptografia convenciona usa a mesma “chave” para cifrar ou decifrar a mensagem,
a assimétrica utiliza duas chaves distintas geradas por computador. Essas chaves
se combinam de forma que uma desfaz o que a outra faz. Uma mensagem cifrada
não pode ser decifrada com a chave pública que a gerou, essa mensagem só
conseguirá ser decifrada com o uso da chave privada e vice-versa.
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A assinatura digital, na verdade, nada mais é que um número. Vale lembrar que o
computador internamente trabalha com números, e que documento eletrônico é uma
combinação de códigos na qual o resultado de uma complexa operação matemática
será a assinatura digital. Somente quem possui a chave privada é capaz de chegar
ao número representado pela assinatura e decifrar a mensagem.
A assinatura digital de uma mesma pessoa será sempre diferente, pois o resultado
matemático (a assinatura) será diferente para cada documento. Esta técnica permite
demonstrar a autoria do documento e permite também que esse documento possa
continuar a ser alterado. No entanto, alterá-lo após o documento ter sido assinado
digitalmente, invalida sua assinatura e, obviamente, seu valor probatório, pois, já
não tem garantia que as informações ali são autênticas e fidedignas. Mesmo que
essa alteração seja imperceptível como um simples caractere, pós-assinado, ele
perderá seu valor. É através dessa técnica que asseguramos a autenticidade do
documento eletrônico ao assiná-los digitalmente.
Atualmente, especialistas dizem ser impossível decifrar os valores das chaves e
suas assinaturas. Garantem que é o meio mais seguro, pois utilizam operações
matemáticas conhecidas como one-way- functions, funções sem retorno. Sendo
números, essas chaves públicas e privadas podem ser maiores ou menores,
pensando o óbvio, é claro que chaves menores podem ser mais fáceis de serem
descobertas, parte-se então do princípio que um programa de computador confiável
criará chaves com combinações seguras suficientemente.
Vale pensar que a assinatura digital nos traz segurança hoje, mas vivemos em
constante evolução, e as evoluções tecnológicas têm sido ainda mais rápidas do
que conseguimos assimilar, é possível que futuramente existam técnicas que
tornem o documento eletrônico algo seguro quanto os documentos tradicionais, ou
seja, possíveis de alterações imperceptíveis, porém podemos ressaltar de tudo que
foi abordado, que a assinatura criptográfica permite que o documento não possa
mais ser alterado após ser assinado e que os documentos eletrônicos não
assinados digitalmente não poderiam ter valor de prova, pois não garantem se foi
alterado ao ser enviado (integridade), não comprovam a autoria do emitente
(autenticidade) e origem conforme exige a Lei 11.419 de 19 de dezembro de 2006.
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CAPÍTULO II
NATUREZA DO GERENCIMENTO ELETRÔNICO DE DOCUMENTOS
Para podermos discorrer sobre GED – Gerenciamento Eletrônico de Documentos,
devemos ter alguns conceitos básicos inseridos. A gerência de documentos possuí
algumas particularidades, que devem pertencer a sistemas de documentação
gerenciados eletronicamente. Em muitas destas gerências, os erros de localização e
manutenção podem ser facilmente identificados, tais como a duplicidade de
documentos, o armazenamento por tempo demasiado, a perda, a indexação errada
e o arquivamento incorreto.
2.1 Gerência de Documentos
Os documentos são a memória de uma organização. Os objetivos de um programa
de gerência de documentos englobam o atendimento as necessidades operacionais
e funcionais da organização, a preservação da história da organização, a proteção
de interesses vitais e a proteção da organização frente a processos jurídicos.
Se a organização consegue fazer com que seus documentos desempenhem todos
os papéis citados acima, pode-se dizer que ela demonstra um bom controle quanto
a sua manipulação (STARBIRD e VILHAUER, 1997).
O workflow, ou fluxo de trabalho, é definido como movimento e processamento
organizado da informação para o desempenho de funções específicas. Ele está
diretamente ligado ao melhor desempenho de processos. O gerenciamento eficiente
dos processos de trabalho nas empresas é um componente essencial para que
essas respondam de forma mais ágil às necessidades do mercado. O fluxo de
trabalho permite analisar, modelar, programar e revisar os processos de trabalho de
uma forma simples e interativa, reduzindo tempos de execução e custos totais. Ele
se refere ao processamento dos documentos dentro da empresa, Que são
analisados, integrados e distribuídos automaticamente nos sistemas de controle de
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processos, quando integrados ao sistema de GED, os documentos e arquivos não
são simplesmente armazenados e localizados, mas usados para conduzir as etapas
dos negócios. O workflow vem sendo utilizado dentro das soluções de ERP
(Enterprise Resource Planning).
SCM (Supply Chain Management), CRM (Customer Relationship Management) e de
e-commerce. De acordo com os processos e tipos de documentos ele permite dar
soluções reais à maioria dos problemas encontrados nos projetos de melhorias de
processos. Quando falamos de fluxo de trabalho, dentro do contexto desta
monografia, estamos nos referindo a um software que automatiza e controla
processos de negócios de uma empresa.
2.2 Organização dos Documentos
Os documentos devem ser agrupados de forma homogênea, cujo modo de
classificação atenda a pelo menos uma das suas características em comum, como
por exemplo, a sua função, processo ou atividade. A organização seguirá uma
ordem hierárquica, partindo de um grupo para subgrupos. Geralmente os ramos
idades da organização encabeçam os grupos (administração, contabilidade,
finanças, marketing, entre outros). Tais classificações geram os grupos
documentais, que a partir daí podem ser classificados a partir de sua função ou
assunto. Uma atividade deve ser representada por apenas um grupo documental, e
este necessita ser totalmente distinto de todos os outros.
2.3 Ciclo de Vida dos Documentos
Os documentos, por fazer parte de um processo organizacional qualquer, herdam o
ciclo de vida de tais processos. As pessoas, à medida que novos fatos e
necessidades vão surgindo, geram documentos referentes a estes fatos e
necessidades.
Estes possuem uma duração própria, que dependendo de seu escopo, vem a ser
mais longa ou mais efêmera. Tomaremos por exemplo os documentos referentes a
uma nova campanha de publicidade de uma empresa qualquer. Os documentos
publicitários, sob a ótica histórica da empresa, passam a não ter muito valor após
algum tempo.
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2.4 Meios para Registro Documental
Hoje, existem três meios de registrar os documentos, que possuem vantagens e
desvantagens acerca de sua utilização como meio de armazenamento. O papel, que
é uma mídia bastante popular, de baixo custo e que proporciona maior conforto às
leituras e modificações dos usuários, pode obter bom desempenho quando as
consultas de seus acervos forem de baixa frequência e for tolerada uma resposta
lenta.
Em suas desvantagens, pode-se afirmar que o papel causa um excesso de volume
nos arquivos, pois sua estocagem requer um bom espeço físico, pode ser facilmente
extraviado, pode ser arquivado de maneira errônea e o gerenciamento de arquivos
necessita de um grande número de pessoas envolvidas. Já os microfilmes, que são
pequenas “fotografias” de um documento existente em papel, possuem por natureza
um armazenamento menor que o original, mas em contrapartida são muito menos
comuns que o papel, pois necessitam de equipamentos especiais para a leitura e
geração, e que podem ser incompatíveis entre si. Isso deixa o custo dos microfilmes
bem mais alto que o do papel, mas seus documentos poderão ser reproduzidos com
muito mais facilidade, e serão sempre autênticos, já que não é possível modificar os
microfilmes já gerados. Os microfilmes têm acesso e controle mais fáceis de serem
realizados.
O sistema de controle dos microfilmes já se encarrega de indexá-los, e podem,
muitas vezes associá-los às bases de dados e a outros sistemas de processamento.
A microfilmagem desponta na frente do papel em maior velocidade de resposta a
consulta a acervos, quando a frequência de consultas é alta e quando o número
de usuários dos arquivos é pequeno. Finalmente, o terceiro é o armazenamento de
documentos em mídias eletrônicas. Esta é a mídia que apresenta o menor tempo de
resultados em consultas, e podem abranger um grande número de usuários. As
mídias eletrônicas possuem um custo bastante alto, e por isso, é importante saber o
que deve ser convertido em arquivos digitas ou o que será mantido em formas
tradicionais. Às vezes é mais viável para a organização manter uma estrutura mista
do que converter todos os seus documentos para a mídia eletrônica.
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2.5 O Conceito de Gerenciamento Eletrônico de Documentos
As necessidades de economizar espaço físico e manter cópias de documentos
existem há algum tempo nas organizações, visto que o volume de papel, mídia de
documentos ainda mais usada no mundo, vem crescendo exponencialmente. A
humanidade gerou a mesma quantidade de informação nos últimos 50 anos que os
cinco mil anteriores (SPRAGUE JR. 1995). Somado às necessidades anteriores
citadas, existe também o trabalho dispendioso em tempo de procurar documentos
em grandes arquivos de papel, armários e/ou fichários, que produzirá processos de
baixa produtividade e lentos. A chegada da microfilmagem resolveu em partes
alguns dos problemas encontrados nos arquivos de papel, pois o espaço requerido
para se estocar os microfilmes é expressivamente menor que o utilizado com o
papel.
2.5.1 Definição – GED
O Gerenciamento Eletrônico de Documentos é uma solução que faz uso de novas
tecnologias, para agilizar o fluxo de documentos representados na forma de papel,
aumentar a velocidade na troca de informações, e tomar os processos de negócio
mais rápidos (SPRAGUE JR., 1995). O GED é bastante vantajoso em relação às
outras formas de gerenciar documentos existentes atualmente. Gerenciar
documentos, como já foi dito anteriormente, não significa apenas gerar um acervo
sem ter nenhum controle sobre seu conteúdo, e um bom sistema deve englobar
todos os preceitos do Gerenciamento de Documentos. Segundo Ralf Sprague Jr.
(1995), a definição apresenta-se como a seguir:
• Gerenciamento: criação, armazenamento, organização, transmissão,
consultas, manipulação, atualização e eventual disposição de documentos para
preencher um propósito organizacional.
• Eletrônico: uso de tecnologias de informação.
• Documento: um conjunto de informações pertinentes a um tópico, estruturado
para compreensão humana, representado por uma variedade de símbolos,
armazenado e manuseado como uma unidade. Dentre as vantagens do GED estão:
A economia de papel, já que os documentos estarão disponíveis em mídia
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eletrônico-digital, fazendo mínimo o uso de papel; A economia de espaço físico, pois
um arquivo metálico de quatro gavetas, com capacidade de 22.000 documentos,
pode ser facilmente acomodado em 1GB de espaço de disco. Um equipamento com
capacidade 186GB, ou quatro milhões de documentos, pode ser acomodado em
menor espaço que o arquivo metálico; A facilidade ao efetuar alguma consulta e
dedução do tempo de localização em grandes acervos, pois as consultas são feitas
a partir de algumas palavras-chave, retornando vários documentos referentes ao
assunto desejado, evitando conteúdo sem ligação como contexto da busca. Com o
auxílio de um software de workflow (fluxo de trabalho), uma consulta muito pesada
pode ter sua execução agendada para um período do dia em que o tráfego da rede
não é muito grande, por exemplo;
O aumento na integridade de arquivos, já que redundâncias seriam facilmente
localizadas e tratadas; A alteração de qualquer documento só seria possível
mediante a autorização do gerente do sistema dada ao usuário, que pode ser
implementada de várias maneiras, como por exemplo, com o uso de senhas; A
disponibilidade de um documento para vários usuários simultaneamente, que com o
uso da tecnologia de redes, poderão fazer uso de um documento no mesmo
momento; A fácil manutenção do acervo, pois o sistema assegura a organização do
acervo em tempo integral, as revisões de documentos ficam muito mais fáceis e os
gerentes de sistema poderão ter informações do estado de seu acervo a qualquer
momento, sem ter que realizar pesquisas demoradas ou específicas; A diminuição
de perdas por arquivamento errado, já que os documentos, antes de serem
inseridos no acervo eletrônico, passam por uma classificação (indexação) que se
baseia em vários aspectos do conteúdo do documento; A correção de erros e
aumento de legibilidade de documentos.
Alguns documentos de papel podem já estar na forma de cópias fotográficas ou em
deterioração. Os sistemas dispõem de software de correção de imagens, tornando
documentos de má qualidade melhores depois de digitalizados e tratados. Todas
essas características favoráveis ao GED fazem parte da mais relevante
característica aos Gerentes de Negócios: a agilização de processos. A agilização de
processos traz a redução de custos, a melhoria organizacional da empresa, e a
melhoria financeira da organização. Porém esta solução possui algumas
desvantagens. Os equipamentos têm um custo alto em relação aos outros sistemas
de gerência de documentos, e se o sistema for mal planejado, ele poderá nunca
21
chegar a funcionar da maneira desejada. Existe ainda o problema da mudança
constante das tecnologias empregadas, que implica em se classificar, num contexto
atual, sistemas com cinco anos de existência obsoletos. Um estudo de viabilidade
de seu uso deve ser realizado em situações em que existem: a alta atividade de
pesquisa em documentos; o uso simultâneo de documentos; a necessidade de
melhora de qualidade dos documentos com importância histórica; um ambiente de
negócios competitivo, onde um tempo em baixo em buscas e relevante; a geração
de receita da organização depende da localização de documentos. Não é
necessária a existência de todas essas situações em uma possível organização
usuária do sistema, mas quanto mais ocorrências dessas situações existirem, mais
eficiente o sistema de gerenciamento de documentos pode vir a ser. A conversão de
um documento comum para o meio digital é uma atividade que pode custar caro,
pois somente vale à pena converter os documentos que possuem uma frequência
de consulta bastante ou moderadamente elevada. Por isso, é necessário saber o
que vai ser convertido antes da implantação do sistema.
A composição de um sistema de GED se dá com o uso de equipamentos de
captura/edição de imagens, uma ou várias tecnologias de armazenamento, que
variam de acordo com a quantidade de documentos convertidos, e de dispositivos
de consulta/impressão. Para gerenciar e manter os documentos, se faz necessário o
uso de sistemas operacionais e de banco de dados cliente/servidor, softwares de
workflow, softwares de tratamento de recuperação de imagens, além de
implementações de segurança no acesso e backups (cópias de segurança).
2.5.2 Principais componentes do GED
A crescente expansão de implementação de sistemas de Gerenciamento Eletrônico
de Documentos são parte do resultado dos avanços na tecnologia de sua
infraestrutura básica. Tais tecnologias de sustentação melhoram a manipulação de
informação no gerenciamento e processamento de documentos. A infraestrutura do
GED deve ser capaz de operar todas as suas tecnologias envolvidas de forma
integrada. O uso de seus componentes de forma conjunta e concisa é o fator
relevante no significado da existência desta solução.
22
2.6 O Fluxo de Trabalho (Workflow)
O workflow ou fluxo de trabalho, também chamado de processamento de
transações, integra automaticamente o fluxo de documentos dentro de uma
empresa e/ou organização, em forma eletrônica, de uma estação de trabalho para
outra. Neste tipo de sistema, o trabalho é processado rapidamente numa LAN (Local
Area Network), onde todos aqueles que têm permissão de acesso podem
compartilhar arquivos e documentos. No fluxo de trabalho em sistemas de imagem
eletrônica, os documentos não simplesmente armazenados, localizados e
manipulados (como os são em sistemas de informação tradicional), mas usados
para conduzir etapas de negócios. Quando um documento é transformado numa
imagem eletrônica em um sistema de GED, ele poderá ser distribuído
instantaneamente para diferentes partes da empresa e/ou organização. Nesta etapa
podem ser evitadas as perdas por extravio e por mau arquivamento, aumentando a
produtividade e a eficiência de um processo.
2.6.1 Os Processos e o Workflow
As empresas possuem maneiras diferenciadas de gerenciar suas informações. O
tráfego desses documentos (que podem estar registrados ou documentados de
diferentes formas, tais como documentos em papel, registros de banco de dados,
relatórios oriundos de consultas, gravações de reuniões, etc.) dentro de uma
organização, e o trabalho envolvido na utilização e/ou geração de tais documentos,
fazem parte dos processos de uma empresa. A pesquisa operacional e a
simplificação de tarefas, por exemplo, são duas metodologias antigas de otimização
de processos, mas que não fazem uso da tecnologia de computadores. As duas são
implementadas em departamentos, criando ilhas de reformulação de atividades. De
maneira contrária às antigas metodologias, o fluxo de trabalho automatizado visa
racionalizar todos os processos da empresa e/ou organização, formando um
“continente” de reformulação, objetivando aperfeiçoar o fluxo da informação através
da organização. Através da combinação do processamento eletrônico de imagens
de documentos e outras ferramentas de processamento da informação, as
empresas e organizações podem construir fluxos de trabalho automatizados que
fornecem uma vasta gama de benefícios estratégicos. Em sua forma básica, o
23
workflow automatizado envolve o uso de imagens eletrônicas de documentos para
conduzir funções empresariais. Ao invés de contar apenas com a comunicação
baseada em papel, no contexto de GED em seu relacionamento com o fluxo de
trabalho automatizado, as empresas e/ou organizações fazem uso de imagens
eletrônicas de dados como método de comunicação. O workflow automatizado
envolve também o uso integrado de diferentes tecnologias, utilizadas para atender
compromissos de trabalho e tomada de decisões. O que o torna tão interessante é
que ele permite que empresas e organizações usem a tecnologia de forma
coordenada, para executar um serviço. Em resumo, seu objetivo é fazer com que
tais processos aconteçam de forma otimizada, reduzindo custos e aumentando a
produtividade organizacional (D’ALLEYRAND, 1995).
24
CAPÍTULO III
ASPECTOS LEGAIS SOBRE DOCUMENTOS ELETRÔNICOS
Como os documentos envolvidos no GED podem estar armazenados em
microfilmes ou em meios eletrônicos (mídias óticas, magnéticas e magneto-óticas),
é necessário que exista um amparo legal para que a validade dos documentos
armazenada não seja prejudicada. No Brasil, devido ao pouco tempo de existência e
uso da tecnologia de documentos eletrônicos, não existem leis que regem todos os
tipos existentes. Existem leis e decretos para várias áreas que fazem uso de
microfilmes e documentos digitais. O enfoque de leis para documentos
microfilmados deve ser dado neste capítulo, pois os sistemas de GED podem gerar
microfilmes através do COM (Computer Output to Microfilm – Saída de Computador
em Microfilme). O Governo Brasileiro, através da Casa Civil, publicou uma consulta
pública, para o envio de sugestões para um projeto de lei que dispõe sobre a
autenticidade e o valor jurídico de documentos produzidos, emitidos ou recebidos
por órgãos públicos federais, estaduais e municipais, por meio eletrônico. Esta lei
permitirá o trânsito de documentos digitais nos órgãos públicos.
É conveniente enfatizar algumas precauções ao microfilmar ou digitalizar
documentos:
• Digitalizar e guardar o original. Assim, estaremos utilizando documentos
importantes no nosso fluxo de documentos e estaremos preservando o original em
loca seguro, e que ofereça um custo mais baixo do que os espaços da organização.
• Digitalizar e microfilmar. Existem leis que amparam os documentos em
microfilme e que não amparam documentos digitais. Assim, ao digitalizar, podemos
conservar uma cópia do documento microfilmada para uso posterior, se necessário.
Assim, economizaremos uma boa quantidade de espaço de armazenamento, já que
os microfilmes são menos espaçosos que o papel.
• Digitalizar e destruir o original. Se existirem leis que amparem a cópia digital
de um documento, ou se o documento não possui nenhum valor legal, pode-se
destruir o original, se for de vontade da organização. Alguns documentos que não
possuem valor legal podem ser digitalizados ou microfilmados para sua
conservação. Logo, a legalidade de u documento não é o único fator relevante na
25
conservação de um documento. É necessária uma distinção, para fins legais, de
documentos oficiais e documentos particulares: “Documentos Oficiais" são todos
aqueles, de qualquer espécie em qualquer suporte, produzida e recebida pelos
Órgãos dos Poderes Executivo, Legislativo e Judiciário, inclusive os da
administração indireta da União, dos Estados, do Distrito Federal e dos Municípios.
Documentos particulares são todos os documentos emitidos por Pessoas Naturais e
Jurídicas de Direito Privado. Ex.: Notas Fiscais, faturas, Duplicatas etc.
(STRINGHER, 2000:6).
3.1 Alguns objetivos Legais para Mídia Eletrônica
• Decreto nº 660/92, de 25 de setembro de 1992, que implantou o
“SISCOMEX”, autorizou os importadores/exportadores a utilizarem a emissão da
documentação através do Processamento Eletrônico de Dados, e Imagens na
Internet e Meio Magnético.
• Lei nº 8934, de 18.11.94, publicada no DOU do dia 21 de novembro de 1994,
que preceituou no seu Artigo 57 que os atos de empresas, após microfilmados ou
preservada a sua imagem por meios tecnológicos mais avançados, poderão ser
desenvolvidos pelas Juntas Comerciais, conforme dispuser o regulamento.
• Lei nº 8.935, de 18 de novembro de 1994, que dispõe que nos Serviços
Notariais e de Registro, os Notários e Oficiais de Registro poderão se utilizar dos
Sistemas de: computação, microfilmagem, discos ópticos e outros meios de
reprodução independentemente de autorização.
• Portaria do Ministério do Trabalho, nº 1.121/95, de 08 de novembro de 1995,
publicada no DOU do dia 09 de novembro de 1995, autorizou as empresas em geral
a efetuarem registro de empregados, em observância às exigências legais relativas
ao contrato de trabalho, através do sistema informatizado que utilize meio magnético
ou óptico.
• Lei nº 9.430, de 27 de dezembro de 1996, que determina que as pessoas
jurídicas que utilizam sistema por processamento eletrônico de dados na produção
de sua documentação fiscal e contábil, deverão possuir arquivos magnéticos ou
assemelhados dessa documentação técnica.
26
• Comunicado DECEX nº 24/97, do Departamento de Comércio Exterior,
publicado no DOU do dia 14 de agosto de 1998, autoriza as empresas em geral a
produzirem o “Cadastro do Comércio Exterior” por intermédio da Internet.
• Lei nº 9.503, de 23 de setembro de 1997, que instituiu o “Código de Trânsito
Brasileiro” determina que as repartições de trânsito devam manter em arquivo por
cinco anos os documentos referentes a Habilitação, Registro e Licenciamento de
veículos. Poderão as repartições, no entanto, utilizarem da tecnologia de
microfilmagem, meio magnético ou discos ópticos, para essa manutenção.
• Instrução Normativa SRF n° 77, da Secretaria da Receita Federal, de 30 de
setembro de 1997, publicada no DOU do dia 1º de outubro de 1997, autoriza a
produção da “Ficha Cadastral da Pessoa Jurídica” e quadro societário.
• Instrução Normativa SRF nº 15, da Secretaria da Receita Federal, de 11 de
fevereiro de 1998, publicada no DOU do dia 13 de fevereiro de 1998, autoriza as
pessoas físicas e jurídicas em geral a apresentarem suas “Declarações de Renda”
do exercício de 1998 por meio magnético ou através da Internet.
• Instrução Normativa SRF nº 132, da Secretaria da Receita Federal, de 13 de
novembro de 1998, publicada no DOU determina que a “Declaração de Débitos e
Créditos Tributários Federais” – DCTF, a “ Declaração Integrada de Informações
Econômico-Fiscais da Pessoa Jurídica” – DIPS; a “Declaração de Imposto de Renda
na Fonte” – DIRF e demais declarações periódicas exigida da Pessoa Jurídica pela
Secretaria da Receita Federal – SRF, a serem entregues a partir de 1º de janeiro de
1999, deverão ser representadas, exclusivamente, em meio magnético ou
transmitidos pela Internet.
3.2 Gestão Arquivística de Documentos Eletrônicos
O documento de arquivo se caracteriza primordialmente pela estabilidade e
durabilidade, pois a informação está registrada num suporte, que pode ser
conservado por centenas ou até milhares de anos, porém, no ambiente eletrônico,
os documentos processados por um computador podem ser manipulados sem
deixar qualquer vestígio, sendo instáveis e extremamente vulneráveis à intervenção
humana e à obsolescência tecnológica.
Os documentos eletrônicos, gerados no curso das atividades de organizações e
pessoas, constituem um problema arquivístico e não apenas tecnológico, que diz
27
respeito ao registro da informação. Se esse registro pode ser apagado ou
modificado sem deixar traço, ou mesmo se tornar incompreensível em função da
obsolescência tecnológica, a primeira questão a ser enfrentada diz respeito a como
produzir e manter documentos confiáveis, isto é, como garantir a integridade
(autenticidade) dos documentos eletrônicos.
Segundo Rondinelli, apesar de algumas variações de concepções teóricas, a
comunidade arquivística internacional reconhece o sistema de Gerenciamento
arquvístico de documentos como um instrumento capaz de garantir criação e a
manutenção de documentos eletrônicos confiáveis ou, segundo a diplomática
arquivística contemporânea preconizada por Duranti, de documentos eletrônicos
fidedignos e autênticos.
O conceito de gestão de documentos foi estabelecido nos Estados Unidos, a partir
da década de 1950, como forma de racionalizar a produção documental e facilitar o
seu acesso. Uma das principais consequências foi a elaboração da teoria das três
idades, ou ciclo vital:
• Documentos Correntes: são aqueles que estão em curso, isto é, tramitando,
ou que foram arquivados, mas são objetos de consultas frequentes; ele pode ser
conservado no local onde foi produzido sob responsabilidade das pessoas do órgão
que o criou;
• Documentos Intermediários: são aqueles que não são mais de uso corrente,
mas que por razões de interesse administrativo, aguardam sua eliminação ou
recolhimento à instituição arquivística. Esses documentos devem ser recolhidos a
um arquivo intermediário, sob a responsabilidade conjunta dos funcionários do
organismo produtor e da instituição arquivística.
• Documentos Permanentes: são aqueles de valor histórico, probatório e
informativo que devem ser definitivamente preservados. Eles não são mais
necessários ao cumprimento das atividades da administração. Devem ser
conservados nas instituições arquivísticas, sob a responsabilidade dos profissionais
de arquivo.
Pode-se afirmar que a teoria das três idades trouxe como inovação a noção do
documento intermediário, isto é, a constatação da existência de inúmeros
documentos que, mesmo não sendo mais necessários ao cumprimento daquela
atividade, precisam ser mantidos, por determinado período, para fins de prova e
28
informação. É o caso, por exemplo, da documentação referente à pessoal,
orçamento, material, entre outras.
No Brasil, a Lei Nacional de Arquivos de 1991 definiu gestão de documentos como o
conjunto de procedimentos e operações técnicas referentes à produção, tramitação,
uso, avaliação e arquivamento dos documentos em fase corrente e intermediária,
visando a sua eliminação ou recolhimento por guarda permanente. Essa definição
reconheceu que as atividades relativas à documentação das fases correntes e
intermediárias, realizadas pelas entidades produtoras com o acompanhamento das
instituições arquivísticas, são distintas das atividades da fase permanente,
realizadas pelas instituições arquivísticas. Reconhece também a necessidade da
participação das instituições arquivísticas desde o início do processo documental a
fim de subsidiar os produtores de documentos a terem instrumentos que facilitem o
exercício das suas atividades. Além disso, a lei reconhece o artigo 8º o conceito do
ciclo vital, importante para a definição do valor do documento e a responsabilidade
pela sua guarda, incluindo sua organização, conservação e condições de acesso e
uso. Os conceitos de gestão de documentos e de ciclo vital, ao serem incorporados
na legislação, subsidiaram e possibilitaram a elaboração do Código de Classificação
e da Tabela de Temporalidade das atividades-meio da administração pública
federal. Esses instrumentos são fundamentais para a implementação da gestão de
documentos, pois permitem uma produção controlada, formas de recuperação da
informação arquivística e o estabelecimento de prazos de retenção, que
racionalizam a massa documenta acumulada. A experiência nacional e internacional
vem demonstrando que tão importante quanto criar documentos, é saber gerenciá-
los. A informação arquivística organizada e acessível serve de base para que a
própria administração possa tomar decisões, que dizem respeito a todos os
cidadãos, e com isso tornar o processo decisório verdadeiramente democrático. As
atividades de gestão, portanto, não se restringem a evitar a produção de
documentos desnecessários e a estabelecer depósitos intermediários para garantir
a organização e a preservação dos documentos. A gestão abrange todas as
operações referentes à produção (quais são os suportes com validade em juízo e
fora dele, como o documento deve ser estruturado, incluindo o código de
classificação de assunto), à tramitação (protocolo), ao uso (consulta e empréstimo),
à avaliação (aplicação da tabela de temporalidade e destinação) e ao arquivamento
(guarda e armazenamento). Neste sentido, todas as operações e procedimentos das
29
fases correntes e intermediárias têm por objetivo disponibilizar e permitir o acesso e
o uso de documentos. A aplicação desse conjunto de atividades precisa ser a mais
completa possível, pois a ausência de um dos componentes pode comprometer
todo o processo. Com a gestão de documentos incorpora duas fases, corrente e
intermediária, sua efetivação é melhor implementada dentro de um sistema que
possa acompanhar e controlar todas essas atividades. Além disso, o sistema deve
incorporar ferramentas e mecanismos para implementar a conservação em longo
prazo dos documentos arquivísticos intermediários e permanentes. No âmbito das
organizações públicas e privadas, os documentos eletrônicos tornaram mais urgente
à gestão arquivística de documentos, devendo-se considerar tanto os documentos
tradicionais como os produzidos em meio eletrônico. A gestão arquivística de
documentos eletrônicos não difere essencialmente da gestão arquivística de
documentos em papel, mas a manutenção dos documentos eletrônicos é mais
dependente de um bom sistema de gestão arquivística de documentos. Além disso,
a produção eletrônica de documentos introduz também os sistemas eletrônicos de
gerenciamento de documentos. A fim de garantir a produção de documentos de
arquivo, fidedignos, autênticos e preserváveis, são fundamentais que estes sistemas
incorporem o conceito arquivístico e todos os seus requisitos necessários. Com
relação ao termo gestão de documentos há um problema conceitual que é
necessário esclarecer. A lei nacional de arquivos estabeleceu o conceito de gestão
de documentos, compreendendo todos os procedimentos e operações técnicas das
fases corretes e intermediárias, isto é, desde a produção até a destinação final, que
nesse texto estamos denominando como gestão arquivística de documentos para
diferenciar de outros sistemas que usam o termo gestão. Um exemplo dessa
situação ocorre na área de informática que passou a utilizar o termo gestão de
documentos para alguns procedimentos de recuperação da informação do material
digitalizado, implantação de protocolos informatizados e/ou para controle do
armazenamento, não incorporando o conceito de original para a produção de
documentos, código de classificação de assunto, a tabela de temporalidade,
avaliação e destinação. Assim, uma ferramenta de Gestão Eletrônica de
Documentos (GED) não necessariamente atende a todos os requisitos arquivísticos
e jurídicos, se aproximando, na maioria das vezes, de uma aplicação de gestão de
documentos e não de um sistema de gestão arquivística de documentos.
30
Resumidamente seguem as principais diferenças entre Sistema de Informação,
Sistema de Gestão de Documentos e Sistema de Gestão Arquivística de
Documentos, conforme definidos pelo programa SIADE e pela CTDE. Sistema de
Informação – armazena e fornece acesso à informação, diz respeito à aquisição de
conhecimento. Tem como objetivo a aquisição e gestão de informação proveniente
de fontes internas e externas para apoiar o desempenho das atividades de uma
organização.
Sistema de Gestão de Documentos – apoia a utilização de documentos para a
atividade em curso. Inclui indexação de documentos, gestão de armazenamento,
controle de versões, integração direta com outras aplicações e ferramentas para
recuperação dos documentos como, por exemplo, as ferramentas de GED.
Sistema de Gestão Arquivística de Documentos – É um conjunto de procedimentos
e operações técnicas cuja interação permite a eficiência e a eficácia na produção,
tramitação, uso, avaliação e destinação (eliminação ou guarda permanente) de
documentos arquivísticos correntes e intermediários de uma organização. Inclui
código de classificação de assuntos, controle sob a modificação dos documentos de
arquivo, controle sobre os prazos de guarda e eliminação e fornece um repositório
protegido para os documentos de arquivo que sejam significativos para a entidade.
Requisitos funcionais: os requisitos funcionais estabelecem um conjunto de
condições a serem cumpridas pela instituição produtora de documentos, pelo
sistema de gestão arquivística e pelos próprios documentos a fim de garantir a sua
fidedignidade e autenticidade ao longo do tempo, ou seja, o seu valor como fonte de
prova das atividades desenvolvidas por uma dada instituição. Assim, para
implementar programas de gestão arquivística de documentos é necessária a
elaboração dos requisitos, que possibilitarão ás instituições públicas e privadas
produzirem e manterem documentos de arquivos fidedignos e autênticos, além de
reconhecer documentos arquivísticos em sistemas eletrônicos de informação. Com
base nos requisitos é possível estabelecer os metadados que fornecerão
informações sobre o contexto jurídico-administrativo, documental e tecnológico em
que os documentos foram criados, bem como informações sobre o seu conteúdo,
tramitação e etc. As iniciativas internacionais têm promovido a sistematização e
descrição dos requisitos funcionais para orientar o desenvolvimento de sistemas
eletrônicos de gestão arquivística. Como por exemplo, o Modelo de Requisitos
Funcionais (MOREQ) da União Europeia e a norma do Departamento de Defesa
31
(DOD), que está sendo assumida pelo Arquivo Nacional do EUA para toda
administração pública federal. Um modelo de requisitos funcionais deve considerar
as seguintes diretrizes para garantir a produção e a manutenção de documentos
arquivísticos tradicionais e eletrônicos, autênticos e fidedignos:
• Produção de documentos essenciais à administração da organização: evitar
duplicação e garantir que as atividades sejam registradas em documentos de
arquivo;
• O documento deve ser completo, isto é, deve conter elementos suficientes
que assegurem que o documento e capaz de sustentar os fatos. O que atesta: data,
hora e lugar da produção, da transmissão e do recebimento; assinatura; nome do
autor, do destinatário e do redator; assunto, código de classificação, etc.;
• Controle sobre procedimentos de produção: os procedimentos de criação
devem ser rigorosos, detalhados e rotineiros a fim de garantir a sua fidedignidade.
Os sistemas eletrônicos de gerenciamento arquivístico devem ser idôneos, prevendo
limitação de acesso à tecnologia, através da criação de privilégios de acesso
(senha, cartões), definição de regras de segurança.
32
CAPÍTULO IV
GESTÃO ARQUIVÍSTICA DE DOCUMENTOS ARQUIVÍSTICOS DIGITAIS
Estratégias para preservação digital:
4.1 Migração
Conjunto de procedimentos e técnicas para assegurar a capacidade dos objetos
digitais serem acessadas face ás mudanças tecnológicas. Pode ser:
a) Atualização – de um suporte que está se tornando obsoleto, fisicamente
deteriorado ou instável para um suporte mais novo;
b) Conversão – de um formato obsoleto para um formato mais atual ou
padronizado; ou de uma plataforma computacional em vias de descontinuidade para
outra mais moderna.
4.2 Metadados
Conceito: Dados estruturados que descrevem e permitem encontrar, gerenciar,
compreender ou preservar documentos arquivísticos ao longo do tempo.
4.2.1 Metadado de preservação digital
Conceito: Informação que apoia e documenta os processos associados com a
preservação digital de longo prazo.
Funções: Apoiar o acesso aos documentos; Apoiar e documentar a gestão e a
preservação de documentos digitais. Os metadados devem ser registrados durante
todo o ciclo de vida dos documentos, incluindo as atividades de: criação,
identificação, descrição, acesso, armazenamento e preservação.
33
CONCLUSÃO
Com o questionamento da segurança de nova forma de documentação, surgem
mecanismos informáticos que nos garantem a autenticidade, a integridade e a
tempestividade do documento eletrônico. Quanto à possibilidade dos documentos
digitais serem equiparados aos tradicionais, podemos dizer que havendo uma lei
específica que os regulamente, não há que se falar e repúdio. Serão plenamente
válidos se todos os requisitos inerentes a eles forem observados. Referentemente
aos documentos tradicionais, podemos concluir que a ideia de sua materialização é
relevante na sua conceituação para a maioria dos autores; de tal modo, o conteúdo
do documento está intimamente ligado ao seu continente. Existem conceitos de
documentos tradicionais, podemos ressaltam sua materialidade; porém, também
podemos encontrar quem leva em consideração seu conteúdo, dando ênfase ao seu
elemento espiritual. Modernamente, devemos permitir a separação de seus
elementos, uma vez que são distintos e, por isso, não podemos confundir seu
conteúdo com seu instrumento de apresentação. Verificando as limitações que os
documentos tradicionais, apostos em papel, nos apresentam quanto à rapidez e
agilidade na circulação de informações, devemos repensar seu conceito. Com esse
intuito, caminha a doutrina para maior flexibilização, visando adaptar os conceitos de
documentos a qualidade de dados digitais, não relacionados à materialização.
Diante desse entendimento, podemos constatar que não importa sua forma de
apresentação, não prosseguindo a dependência de seu conteúdo com seu elemento
continente. Alguns pontos devem ser revistos, pois o que realmente tem relevância
é que o documento cumpra sua finalidade.
O documento digital é aquele que nos representa um fato, mas para termos acesso
a ele é necessária a intervenção de um programa de computador. Podem ser
conceituados como aqueles que se encontram arquivados em formato digital, não
podendo ser percebido pelo homem sem o auxílio de um computador. E ele uma
sequência de bits, que traduzida, nos representará um fato. Devem ser encarados
abstratamente. A vantagem desse novo modelo de documentação é que sua
transmissão é mais rápida e seu armazenamento bem mais administrado. Para que
o documento digital tenha validade jurídica é necessário que atenda alguns
requisitos, tais como a integridade, a autenticidade e a tempestividade. É muito
34
importante podermos identificar a paternidade do documento, se foi ou não alterado
seu conteúdo, bem como o tempo em que foi criado. Com o fim de igualar os
documentos digitais aos tradicionais, a informática nos apresenta uma maneira
inovadora de assinar, que é a assinatura digital, visando a aumentar a confiança de
seus usuários, garantindo assim, que os requisitos inerentes a eles sejam
verificados. Com a assinatura digital, seu usuário tem certeza que o documento não
será modificado, sem deixar vestígios e também o destinatário poderá confiar que a
mensagem é mesmo de seu autor e que foi enviada exatamente na hora indicada. A
cada mensagem, a assinatura será diferente, pois ela utiliza o conteúdo do texto e
sua chave privada, formando o que chamamos de digesto de mensagem.
Consequentemente, cada documento terá uma assinatura diferente, pois seus
conteúdos são diferentes, não tendo em hipótese alguma intenção de torná-la
ilegível. Sua finalidade precípua e elevar a segurança do documento assinado.
Ligada diretamente à segurança do documento digital encontramos a criptografia,
que é o mecanismo utilizado para tornar a mensagem ilegível para aqueles que não
conheçam seu critério de transformação. Aqui sim existe intenção enigmática,
diferentemente da assinatura digital. São utilizadas duas chaves, uma pública e a
outra privada, sendo que somente desta forma o documento passara a ser legível
pelo destinatário. O que uma chave desse par cifrar, somente a outra chave do
mesmo par poderá decifrar. Com intuito de proporcionar aos documentos digitais
validade jurídica devem ser criadas autoridades certificadoras, que fornecem aos
usuários os pares de chaves. Essas autoridades têm responsabilidade quanto aos
dados que confirmam, como também quanto à identificação e autenticação que
fazem, ao intermediar relações entre as pessoas. Concluímos que o Presidente da
República não poderia ter instituído o privilégio exclusivo ao Poder Público de
autenticar os documentos digitais, ferindo, assim, s princípios da liberdade
contratual e de empresa.
Portanto por existir uma Lei específica abordando o comércio eletrônico, o
documento eletrônico e a assinatura digital não recebem, por enquanto, validade
jurídica, mas alguns países, como os E.U.A., já o fazem. Temos que nos adaptar à
nova forma de documento, pois a tecnologia cresce a cada dia e não podemos
permanecer estáticos frente ás transformações. Devemos seguir os parâmetros
fornecidos pala Lei Modelo da Uncial, visando a uma uniformização das leis
referentes ao tema. Essa futura lei deverá estabelecer que os registros eletrônicos
35
satisfaçam os graus de segurança que os documentos em papel nos oferecem, o
que deve ser alcançado por meio de uma série de recursos técnicos. Da mesma
forma, deverá conter o conceito de todos os itens relacionados com o comércio
eletrônico. Nossa futura legislação, destarte, deverá regulamentar de forma clara as
questões relativas à segurança nas transações feitas com o auxílio da Internet.
36
ANEXO
Lista de Abreviaturas e Siglas:
AC Autoridade de Certificação
CIA Conselho Internacional de Arquivos
COM Computer Output to Microfilm
CONARQ Conselho Nacional de Arquivos
CEPAD Comissão Especial de Preservação do Acervo Documental
CTDE Câmara Técnica de Documentos Eletrônicos
DARQ Divisão de Gestão de Acervos Arquivísticos
GED Gerenciamento Eletrônico de Documentos
ICP-Brasil Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileiras
LAN Local Area Network
PJERJ Poder Judiciário do Estado do Rio de Janeiro
37
BIBLIOGRAFIA CITADA
GALDEMAN, Henrique. De Gutemberg à Internet: direitos autorais na era digital.4
ed.ampl. Rio de Janeiro; Record, 2001.
JARDIM. José Maria. Sistemas e políticas públicas de arquivos no Brasil. Niterói:
Eduff, 1995.
PAGLIUSI, P.S. introdução de mecanismo de segurança em sistemas de correio
eletrônico. Campinas, 1998. Dissertação (mestrado) Universidade Estadual de
Campinas.
RONDINELLI, Curi Rosely. Gerenciamento Arquivístico de Documentos Eletrônicos.
Reimpressão. Rio de Janeiro: FGV, 2007
SCHELLENBERG, T.R. Arquivos Modernos. Princípios e Técnicas. Rio de Janeiro.
FGV, 1980.345 p.
STALLINGS, W.Cryptography and network security 2.Upper Soddle River: Prentice
Hall, 1998.
VOLPI, Marlon Marcelo. Assinatura digital: aspectos técnicos, práticos e legais. Rio
de Janeiro: Axcel Books do Brasil, 2001.
ZIVIANI, N. Projeto de algoritmos. São Paulo: Pioneira, 1993.
WEBGRAFIA
BAKER.S., YEO.M.ILPF – Internet Law & Policy Forum. Disponível em:
http://www.ilpf.org/digsig/suvey.htm
CERTISIGN Certificadora Digital Ltda. Disponível em: http://www.certising.com.br
HOUSLEY, R. et al. Internet X.509 public key infrastructure certificate and CRL
profile. Roxen Internet Software AB.Jan. 1999. Disponível em:
http://community.roxen.com
INFRAESTRUTURA DE CHAVES PÚBLICAS BRASILEIRAS – ICP – BRASIL.
(Brasil) Legislação [on line]. Disponível na internet: www.icpbrasil.gov.br
LEI Nº 8159/91 Disponível em: http://www.tj.rj.gov.br/dga/lei_8159_91.htm
LEI Nº 11.419/2006 Disponível em: http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_ato2004-
2006/2006/Lei/L11419.htm
38
ÍNDICE FOLHA DE ROSTO 2
AGRADECIMENTO 3
DEDICATÓRIA 4
RESUMO 5
METODOLOGIA 6
SUMÁRIO 7
INTRODUÇÃO 8
CAPÍTULO I
ARQUIVOLOGIA E A TECNOLOGIA DA INFORMAÇÃO 10
1.1 – Tipos de Documentos 10
1.2 – Documento Eletrônico 11
1.3 – Assinatura Digital 13
CAPÍTULO II
NATUREZA DO GERENCIANTO ELETRÔNICO DE DOCUMENTOS 16
2.1 – Gerência dos Documentos 16
2.2 – Organização dos Documentos 17
2.3 – Ciclo de Vida dos Documentos 17
2.4 – Meios para Registro Documental 18
2.5 – O Conceito de Gerenciamento Eletrônico de Documentos 19
2.5.1 - Definição – GED 19
2.5.2 - Principais componentes do GED 21
2.6 – O fluxo de Trabalho (Workflow) 22
2.6.1 – O Processos e o Worflow 22
CAPÍTULO III
AS PECTOS LEGAIS SOBRE DOCUMENTOS ELETRÔNICO 24
3.1 – Alguns objetivos Legais para a Mídia Eletrônica 25
3.2 – Gestão Arquivística de Documentos Eletrônicos 26
CAPÍTULO IV
GESTÃO ARQUIVÍSTICA DE DOCUMENTOS ARQUIVÍSTICOS DIGITAIS 32
4.1 – Migração 32
4.2 – Metadado 32
4.2.1 – Metadados de preservação digital 32
CONCLUSÃO 33
ANEXO 36
BIBLIOGRAFIA CONSULTADA 37
WEBGRAFIA 37
ÍNDICE 38