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Docência (in)Digna o meio ambiente laboral Do professor e as consequências em seus Direitos Da personaliDaDe

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Docência (in)Dignao meio ambiente laboral Do professor e as consequências

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leDa maria messias Da silva

Pós-doutora em Direito do Trabalho, professora da Universidade Estadual de Maringá e Centro Universitário de Maringá

marice taques pereira Professora de Direito do Trabalho da PUC-Maringá-PR

Docência (in)Dignao meio ambiente laboral Do professor e as consequências

em seus Direitos Da personaliDaDe

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EDITORA LTDA.

Rua Jaguaribe, 571 CEP 01224-001 São Paulo, SP — Brasil Fone (11) 2167-1101 www.ltr.com.br

Dados Internacionais de Catalogação na Publicação (CIP) (Câmara Brasileira do Livro, SP, Brasil)

Índice para catálogo sistemático:

Todos os direitos reservados

Janeiro, 2014

Silva, Leda Maria Messias da

Docência (in)digna : o meio ambiente laboral do professor e as consequências em seus direitos da personalidade / Leda Maria Messias da Silva, Marice Taques Pereira. — São Paulo : LTr, 2013.

Bibliografia

1. Direito do trabalho 2. Meio ambiente do trabalho 3. Personalidade (Direito) 4. Professores — Brasil 5. Professores — Saúde I. Pereira, Marice Taques. II. Título.

13-12474 CDU-34:331.82(81)

1. Brasil : Meio ambiente do trabalho : Professores : Direito do trabalho 34:331.82(81)

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Versão impressa - LTr 4942.8 - ISBN 978-85-361-2806-1Versão digital - LTr 7724.3 - ISBN 978-85-361-2899-3

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Sumário

Lista de abreviaturas........................................................................................9

Prefácio .........................................................................................................11

1. introdução .................................................................................................15

2. Meio aMbiente ...........................................................................................18

2.1. Conceito doutrinário e legal ...................................................................18

2.2. Meio ambiente do trabalho ...................................................................22

2.2.1. Contextualização do meio ambiente do trabalho .........................23

2.1.2. Conceito de meio ambiente do trabalho ......................................24

2.1.3. Meio ambiente de trabalho e seus reflexos ..................................26

2.1.4. O meio ambiente do trabalho e a dignidade do trabalhador ........28

3. direitos da PersonaLidade ...........................................................................31

3.1. Contextualização dos direitos da personalidade ......................................31

3.2. Classificação dos direitos da personalidade .............................................40

3.2. Características do direito da personalidade .............................................43

3.3. Direitos da personalidade no ambiente de trabalho ...............................45

4. o Professor no seu aMbiente de trabaLho ...................................................50

4.1. A evolução do trabalho do professor — breve histórico ..........................50

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4.2. Conceito de professor ............................................................................55

4.3. Meio ambiente do trabalho do professor ................................................57

4.4. A integridade física do professor ............................................................60

4.4.1. Violência física ..............................................................................61

4.4.2. Ambiente penoso .........................................................................65

4.4.3. Duração de trabalho .....................................................................71

4.4.3.1. Excesso de jornada ...........................................................72

4.4.3.2. Trabalho noturno .............................................................83

4.4.3.3. Intervalos interjornadas e entrejornadas ...........................84

4.4.4. Salário do professor ......................................................................85

4.4.5. A violência psíquica no ambiente laboral do professor ..................89

4.4.5.1. Assédio moral ..................................................................90

4.4.5.2. Assédio moral por excesso de trabalho .............................99

4.4.5.3. Síndrome de Burnout ..................................................... 100

4.4.6. Riscos da atividade do professor que comprometem a sua saúde ..106

4.4.6.1. A voz..............................................................................109

4.4.6.2. Lesões por esforço repetitivo e distúrbios osteomuscu- lares relacionados ao trabalho .......................................111

4.4.6.3 Enfermidades oculares .....................................................112

4.4.6.4. Varizes e linfedemas .......................................................114

4.4.7. Condições do ambiente físico do trabalho em sala de aula .........115

4.4.7.1. Iluminação .................................................................... 116

4.4.7.2. Ruídos ............................................................................116

4.4.7.3. Excesso de alunos...........................................................117

4.4.7.4. Temperatura ..................................................................119

4.5. A integridade intelectual .......................................................................120

4.5.1. Direito às criações intelectuais ....................................................120

4.6. Integridade moral .................................................................................127

4.6.1. Direito de imagem ......................................................................127

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4.6.2. Direito à intimidade/ liberdade ...................................................130

5. ProPostas Para aMenizar a Precarização do Meio aMbiente do trabaLho do Professor ...........................................................................................140

considerações finais .....................................................................................149

referências ...................................................................................................155

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Lista de Abreviaturas e Siglas

Apeoesp Sindicato dos Professores do Ensino Oficial do Estado de São Paulo

CID Classificação Internacional de Doenças

CF Constituição Federal

CIPA Comissão Interna de Prevenção de Acidentes

CLT Consolidação das Leis Trabalhistas

CONPEDI Congresso Nacional de Pesquisa em Direito

DORT Doenças Osteoarticulares Relacionadas ao Trabalho

EAD Educação a distância

IES Instituição de Ensino Superior

LDB Lei de Diretrizes e Bases da Educação Nacional

LDBEN Lei de Diretrizes e Bases da Educação Nacional

LER Lesão por esforço repetitivo

MEC Ministério da Educação

NRs Normas Regulamentadoras

MPT Ministério Público do Trabalho

OIT Organização Internacional do Trabalho

OMPI Organização Mundial da Propriedade Intelectual

OMS Organização Mundial da Saúde

ONU Organização das Nações Unidas

QVT Qualidade de vida no trabalho

Sesi Serviço Social da Indústria

Sinpes Sindicato dos Professores do Ensino Superior

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Sinpro/PA Sindicato dos Professores do Estado do Pará.

Sinpro/RS Sindicato dos Professores do Estado do Rio Grande do Sul

TIDE Tempo Integral e Dedicação Exclusiva

STF Supremo Tribunal Federal

TRT Tribunal Regional do Trabalho

TST Tribunal Superior do Trabalho

UFES Universidade Federal do Espírito Santo

UFRJ Universidade Federal do Rio de Janeiro

Unesco Organização das Nações Unidas para a Educação, a Ciência e a Cultura

Unifae Centro Universitário das Faculdades Associadas de Ensino

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Prefácio

Constitui para mim motivo de imensa satisfação e orgulho, além de incomparável honra, prefaciar o livro de minha colega de profissão e amiga Leda Maria Messias da Silva e de sua orientanda, de quem tive a alegria de participar da banca de qualificação do Mestrado, Marice Taques Pereira.

A Professora Doutora Leda Maria Messias da Silva é Pós-Doutora em Direito do Trabalho pela Universidade de Lisboa, tendo cursado os seus estudos de Mestrado e Doutorado na PUC-SP, e sendo graduada em Direito pela Universidade Estadual de Maringá-PR, onde tenho a felicidade de compartilhar com ela a docência no Departamento de Direito Público, atualmente por mim chefiado. Também tenho a satisfação de lecionar com a autora na Unicesumar, onde ambas atuamos junto à graduação em Direito e ao Programa de Mestrado em Ciências Jurídicas, com área de concentração em Direitos da Personalidade, programa em evidente expansão, que tem dado vários e excelentes frutos em forma de dissertação nesta importante linha de pesquisa, frutos estes entre os quais se destaca, indubitavelmente, a dissertação de Marice Taques Pereira, tão bem orientada pela Professora Doutora Leda Messias.

A professora Doutora Leda Messias é profissional séria, competente e dedicada, que se volta sempre pessoalmente às suas atividades com particular afinco, sendo exemplo de professora vocacionada e, mais do que isso, profundamente qualificada para falar do tema a que se propõe no presente trabalho, no qual já vinha laborando em suas pesquisas, com relevantes artigos publicados em eventos da magnitude do Conpedi, dentre outros, inclusive internacionais. Marice Taques, por sua vez, é Mestre em Direitos da Personalidade pela Unicesumar, graduada pela Universidade Estadual de Maringá, advogada e professora na PUC-PR. Desde o momento da sua qualificação para defesa da dissertação acerca do assunto sobre o qual versa esta obra, tive a certeza de que Marice estava apta a se lançar ao desafio de escrever sobre tão instigante tema, tendo em vista sua dedicação e seriedade como mestranda, impressão que definitivamente terminou se concretizando ao apresentar perante a banca

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um trabalho altamente qualificado e inédito sobre um assunto cuja discussão obrigatoriamente se impõe nos dias atuais.

A obra que ora apresenta-se ao público, intitulada Docência (In)digna: O meio ambiente laboral do professor e as consequências em seus direitos da personalidade, versa de forma profunda e original sobre uma faceta do Direito do Trabalho pouco tratada, porém extremamente importante: o labor do professor e as consequências de sua dedicação à atividade docente em seus principais direitos (integridade física, psíquica, intelectual, moral, entre outros). Em primeiro lugar, incumbe cumprimentar as autoras pela sua coragem e sinceridade em expor suas importantes e marcantes observações sobre o assunto, tão relevante quanto negligenciado pela doutrina nacional.

O leitor atento, certamente, não se decepcionará com a abordagem corajosa que as autoras fazem sobre as possíveis lesões e os evidentes riscos aos direitos da personalidade do professor, especialmente do professor de ensino superior, em seu ambiente de trabalho. A aproximação ao tema é feita com a introdução obrigatória e imprescindível, em que se apresenta o conceito de ambiente de trabalho e também dos direitos da personalidade, de forma geral. A pesquisa é séria e aprofundada, com ampla varredura da doutrina nacional sobre o assunto.

Após esse tratamento preliminar do tema, com a necessária contextualização do objeto de estudo, inicia-se a parte mais interessante da obra, que ingressa de forma robusta na análise de cada um dos direitos da personalidade particularmente lesionados ou postos em risco pela atividade laboral do professor.

De início, as autoras demonstram como um direito tão elementar como a integridade física e até mesmo a própria vida podem ser colocados em risco no ambiente escolar. Não são raras as notícias de ameaças e agressões sofridas pelos professores em sala de aula e fora dela, por alunos e familiares de alunos, numa profunda deturpação da relação de respeito e autoridade que deve existir de forma saudável entre aluno e professor, prejudicando seriamente o aprendizado do primeiro e o trabalho do segundo.

Mais adiante, as autoras corretamente qualificam o trabalho do professor como penoso, demonstrando os desconfortos e, mais do que isso, os autênticos riscos à saúde do profissional da docência durante o desempenho de seu trabalho. O item posterior dedica-se com particular afinco ao tratamento da jornada do professor, de seu excesso de trabalho em casa e da falta de reconhecimento das horas-extras pelos tribunais, ademais da bem-feita crítica ao salário dos docentes, muito inferior aos de outros profissionais cuja importância não se nega mas que, certamente, também foram algum dia formados por um professor.

O item seguinte aborda o assédio moral sofrido pelo docente em virtude de sua profissão: cumpre recordar que o tema do assédio moral é de tratamento

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recente, quando muito se tem falado em bullying e outras formas de agressão à integridade moral nos diferentes ambientes (escolar, laboral, familiar), mas sua existência é antiga, desde tempos imemoriais, sempre motivada pelo intento do assediador de perseguir e tornar impossível a vida do assediado. No ambiente escolar, isso ocorre não só entre alunos ou entre professores (assédio moral horizontal), mas também por parte do professor contra algum estudante, ou por parte da direção da instituição contra seus docentes (assédio moral descendente) e, igualmente, pelos próprios discentes contra o seu professor (assédio moral ascendente). E quando isso ocorre, embora não se percebam lesões externas à integridade física do docente, é o seu estado psicológico que resta abalado, comprometendo-se de forma inegável sua capacidade de trabalho. O excesso de afazeres e o stress provocado pela perseguição no ambiente de trabalho podem culminar com a “síndrome de Burnout”, último estágio do assédio. Não resta dúvida de que a atividade docente, que exige produção intelectual, reflexão e estudo, para que o ensino seja de qualidade, só pode ocorrer em um ambiente de tranquilidade e de abertura intelectual.

O próximo item do trabalho dedica-se às consequências concretas que o desempenho da atividade docente pode ter sobre a saúde do trabalhador: lesões por esforço repetitivo, alterações da voz, varizes, e a influência de condições externas, tais como temperatura, luz e excesso de alunos em sala de aula, que são determinantes para o bem-estar do docente em seu ambiente laboral. As autoras chamam a atenção do leitor para a importância de que esses fatores sejam bem cuidados pelo empregador, pois só assim o docente terá condições de que seu trabalho seja produtivo e atenda às finalidades a que se propõe. As boas condições de trabalho não são só um regalo para o empregado, mas também devem ser vistas como uma vantagem para o próprio empregador e para os principais interessados em uma docência de qualidade: os alunos.

O livro finaliza com o estudo da tutela da propriedade imaterial resultante da atividade docente, especialmente dos direitos autorais dos professores, que por mais que sejam compartilhados com os estudantes, continuam sendo obra sua e, como tal, devem ser protegidos sob a égide da Lei n. 9.610/98, como produção intelectual original que só pode ser disponibilizada com o seu consentimento.

Mas o cenário traçado pelas autoras não é, de modo algum, desalentador, pois concluem com a apresentação de propostas para a melhoria da qualidade do ambiente de trabalho do professor, por meio da atuação dos sindicatos, do Ministério Público do Trabalho e, muito especialmente, do próprio empregador. Afinal de contas, como já dito, boas condições de trabalho revertem não só em proveito do próprio professor: não são privilégios da classe, mas apenas o devido reconhecimento da dignidade da profissão que, afinal, revertem igualmente em proveito de alunos e dos dirigentes das instituições de ensino.

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Antes de encerrar, impõe-se mais uma vez o meu dever de cumprimentar com imenso orgulho e alegria as autoras pela originalidade e beleza do tema trabalhado, além da forma competente e corajosa com que o trataram. O meu agradecimento estende-se também ao honroso convite que me foi feito para prefaciar tão importante obra, que certamente se fincará como um marco de referência obrigatória para o tratamento do tema daqui em diante.

Finalmente, uma reflexão: ser professor é certamente uma profissão tão digna e importante como qualquer outra. Mas nenhuma outra profissão seria possível sem o reconhecimento da dignidade e da importância do professor.

Maringá, outono de 2013.

Profª Drª Gisele Mendes de Carvalho Professora Adjunta de Direito Penal da graduação

em Direito da Universidade Estadual de Maringá (UEM) e da graduação e do Mestrado em Ciências Jurídicas da Unicesumar.

Chefe do Departamento de Direito Público da UEM.

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Introdução

Nos últimos anos, tem-se discutido muito a respeito de educação e de como melhorar os índices educacionais, no Brasil. Contudo, essas discussões não consideram o ambiente de trabalho do professor, pois, conforme inúmeros relatos, muitas vezes, os professores são ofendidos, humilhados e explorados. Esse cenário acaba afetando os seus direitos da personalidade, haja vista que o docente não perde a condição humana com o seu oficio.

A exploração do professor por algumas escolas é um fato cotidianamente narrado pelos próprios docentes. As instituições privadas visam ao lucro e veem os alunos como clientes, desta forma, tentam agradá-los de todas as maneiras. Apesar disso, não raras vezes, os alunos agem de forma cruel com o professor, partindo para agressões físicas e verbais. Salienta-se que em algumas instituições há superlotação de alunos em sala de aula, bem como apresentam uma infraestrutura inadequada para o ambiente de trabalho.

Vale destacar, ainda, que os poucos benefícios destinados ao professor, neste país, são diferenciados em sua aplicabilidade, ou seja, ao nível de ensino, que é o caso da aposentadoria especial concedida somente àquele professor que atua nos níveis fundamental e médio. Há também um projeto de lei em tramitação no Congresso que prevê a delimitação do número de alunos em sala de aula apenas para esta classe de profissionais. Ou seja, o professor universitário é discriminado.

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Ainda, se faz necessário comentar sobre a melhoria da qualidade no ensino ocorrida em outros países graças a melhoria do salário do professor dos diversos níveis de ensino. O Brasil está classificado nos últimos patamares em relação à baixa remuneração do docente.

Há que se mencionar, ainda, que a Organização Internacional do Trabalho — OIT, desde 1983, com relação as profissões que mais apresentam doenças ocupacionais, em nível mundial, salienta que a atividade do professor ocupa o segundo lugar, ou seja, é um dos profissionais que mais riscos apresenta em relação à Síndrome de Burnout.

Esta e outras doenças provenientes do meio de trabalho sobrecarregam o professor, sujeito ao abuso constante, e ocasionam danos no seu convívio familiar e social. A exploração do professor afeta os direitos da personalidade que podem ser classificados da seguinte maneira: a vida e a integridade física; a integridade psíquica e as criações intelectuais; e, a integridade moral.

A área de delimitação do presente estudo, dentro dos direitos da persona-lidade, será a de abordar o trabalho do professor no Brasil, principalmente nas instituições privadas, com enfoque em seu meio ambiente, voltado às salas de aula e às atividades extraclasses. É fato que um ambiente de trabalho não edificante apresenta sérios riscos aos direitos da personalidade, visto que tais direitos são inatos e inerentes à pessoa humana de forma perpétua. Sendo assim, se faz necessário proteger este profissional para evitar um dano maior à sua saúde e também à sociedade.

Este estudo justifica-se tendo em vista que o ambiente de trabalho do professor coloca em risco sua saúde, afetando sua vida, sua integridade física e moral e sua imagem, ou seja, os seus direitos da personalidade.

Num primeiro momento, será abordado o Direito Ambiental e a correlação com o Meio Ambiente do Trabalho. Na sequência, serão abordados os temas ligados ao meio ambiente de trabalho e acerca de algumas normas que regulam este ambiente em busca da qualidade de vida.

Num segundo momento, serão verificados os conceitos de direito da personalidade, sua classificação e sua correlação com o meio ambiente de trabalho.

E, por fim, serão apresentados a origem e o conceito do professor, analisando seu ambiente de trabalho e as lesões que este ambiente causa aos direitos da personalidade. Também serão sugeridas propostas para amenizar os prejuízos ao meio ambiente do professor.

Vale ressaltar a dificuldade destas autoras em encontrarem obras que versassem, especificamente, sobre os direitos trabalhistas do professor, por

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tratar-se de um tema que tem sido, até o momento, pouco abordado por autores da área. Optou-se, portanto, também, pela busca na internet, da qual foram retiradas várias consultas que ilustram este trabalho. Mas, por se tratar de um estudo científico, o raciocínio foi fundado em bases sólidas, haja vista que diversas obras de doutrinadores serviram como fonte de pesquisa, além da experiência das autoras no dia a dia e do contato com diversos docentes.

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