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DL 254/2007 Distâncias de Segurança a Instalações
Seveso
A perspectiva do operador Solvay Portugal, S.A.
Célia Duarte
HSE Manager
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Enquadramento e Objectivo
� O operador Solvay Portugal e o seu enquadramento face ao DL 254/2007
� A evolução da ocupação urbana junto ao complexo fabril da Solvay
� Mecanismos da Gestão do Risco em instalações Seveso e o estabelecimento de distâncias de seguranç a
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Os requisitos do DL 254/2007
� Âmbito: presença de substâncias perigosas acima dos limiares definidos no anexo I
� 2 níveis de perigosidade com obrigações diferenciad as:
� Nível inferior de risco: notificação e Política de Prevenção de Acidentes Graves (PPAG)
� Nível superior de risco: notificação, sistema de ge stão de segurança, relatório de segurança contendo PPAG, Au ditoria ao Sistema de gestão de segurança, plano de emergência interno com simulacro anual e plano de emergência externo
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As responsabilidades no DL 254/2007
� Atribuições do operador: tomar todas as medidas necessárias para evitar acidentes graves envolvendo substâncias perigosas e para limitar as suas consequências para o homem e o ambiente
� Atribuições das Autarquias: assegurar, ao nível dos Planos Municipais de Ordenamento, as distâncias de segurança adequadas entre os estabelecimentos e as zonas residenciais, vias de comunicação , locais frequentados pelo público e zonas sensíveis
� As distâncias de segurança deverão ser estabelecida s a partir dos critérios de referência constantes de portarias a publicar
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O complexo Fabril da Solvay
� Localizado na Póvoa de Santa Iria desde 1934
NE: Antiga Zona Industrial
SE: Rio Tejo
NO: Via Férrea
SO: Zona Industrial
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Actividades Desenvolvidas no Complexo Fabril
Complexo Fabril da PóvoaSanta Iria
Solvay Portugal
Solvay Interox
Produtos Sódicos
Produtos Peroxidados
Carbonatode
Sódio
Produtos Clorados
Bicarbonato de
Sódio
Silicatode
Sódio
Cloretode
Sódio
Soda Cáustica
Ácido Clorídrico
Hipocloritode
Sódio
Cloratode
Sódio
Peróxido de Hidrogénio
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O enquadramento Seveso do Complexo Fabril
� O estabelecimento encontra-se abrangido pelo DL 254/2007 no nível de risco inferior pela presença d e quantidades de substâncias comburentes, inflamáveis e facilmente inflamáveis acima do limiar da coluna 2
� Cenário de Risco Maior: Incêndio e/ou Explosão
� Outros cenários de risco: libertação de nuvens de g ás tóxico (cloro e/ou amoníaco)
� O nível de risco da instalação tem vindo a ser dimi nuído ao longo dos anos pela redução da quantidade de substâncias presentes na instalação no entanto….
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A evolução da ocupação junto ao complexo fabril
1934193419341934
Fábrica da Solvay
2000200020002000
1985198519851985
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A importância das distâncias de segurança
� 1 terminal rodoferroviáriocom 8 cais de embarque
� Edifícios de habitação com cerca de 300 fogos
� Polo museológico e Universitário
� Espaços Comerciaise Serviços
� O Projecto Cais da Póvoa 2003
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O projecto Cais da Póvoa
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O Conceito de Risco numa Instalação Seveso
� Perigo: fonte ou propriedade com potencial de causa r dano� Uma instalação industrial que possua substâncias pe rigosas em
quantidades apreciáveis é um perigo
� Risco: é a combinação da probabilidade de ocorrência de um acontecimento e da gravidade dos efeitos por ele causados (existe risco quando há exposição a um perigo potencial)
Risco = Perigo x Exposição
Se o perigo diminuir mas a quantidade de pessoas ex postas aumentar, o risco aumenta
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Gestão do Risco em instalações Seveso
Cabe ao operador controlar os riscos associados às suas instalações, processos e actividades
Controlo das substâncias presentes
Controlo do processo
Controlo dos factores de risco
Instalações de segurança do processo: unidades de absorção e inertização
Meios de Emergência: RIA, Cortinas de Água
Estudos de risco do processo
Medidas adicionais: PEI e Protocolo com os Bombeiros
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Critérios para as distâncias de segurança
� Em condições nas quais todas as medidas para a preve nção dos acidentes foram adoptadas, a redução do risco apen as se poderá fazer por via da diminuição da exposição, i sto écriando distâncias de segurança.
� Se não são tidas em conta distâncias de segurança ra zoáveis relativamente às instalações classificadas, mesmo qu e o operador reduza o perigo o risco aumenta.
� É necessário distinguir entre novos operadores e operadore s já existentes dado que os operadores já instalados, nos últimos anos viram a pressão de ocupação nas zonas limítrofes aumentar
� Envolvimento dos operadores no processo de definição d as distâncias de segurança
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Critérios para as distâncias de segurança
� As novas actividades a instalar devem ter um tratamento diferenciado dos casos de actividades jáinstaladas
� Nos casos em que é definida uma distância a um operador de nível inferior, é preciso acautelar situ ações nas quais por razões de competitividade o mesmo necessite de aumentar as quantidades de substâncias presentes
� As actividades instaladas devem ser objecto de estu do caso a caso, em função da ocupação já existente.
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Distâncias a estabelecer para instalações existentes
� A situação preexistente deve ser vista como situaçã o adquirida, aplicando-se as distâncias de segurança apenas a no vas ocupações a instalar nas proximidades
� Se as ocupações junto a um operador se extinguirem, antes da implantação de novas ocupações deverão impor-se distâncias de segurança
� Aplicação da regra: prioridade ao mais antigo . As actividades seveso jáinstaladas antes da ocupação prevalecem sobre a ocu pação posterior
� A ANPC deverá prever medidas adicionais de mitigação de consequências dos acidentes em complemento das MTA dos operadores
� Os operadores Seveso de nível inferior devem também ser tidos em conta na elaboração dos PEE municipais.
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Conclusões
� A definição de critérios para o estabelecimento de dis tâncias de segurança é um mecanismo fundamental em todo o process o de prevenção dos riscos de acidente grave
� Os operadores estão comprometidos com a prevenção dos acidentes e minimização de consequências mas não co nseguem fazê-lo sozinhos. O ordenamento do território permite red uzir os níveis de risco associados aos acidentes industriais
� As distâncias de segurança devem ser objecto de diálo go com os operadores sobretudo no caso de instalações existentes
� As distâncias de segurança são um meio de compatibil izar actividades e não um mecanismo para a eliminação da s mesmas. O diálogo com os operadores é fulcral e as situações pree xistentes devem ser objecto de atenção especial
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Obrigada pela vossa Atenção