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O jornal da região do Centro da Cidade Publicação Mensal Ano VII - Nº 82 SP - 30 de Nov a 20 de Dez/2010 visite o site www.jornalcentroemfoco.com.br e anuncie Casa do Pão de Queijo reinaugura loja da Líbero Badaró. Pág. 5 Conselho Mun. de Saúde acusa Prefeitura de desrespeitar o SUS. Pág. 9 Musical em cartaz no Teatro Abril, já foi visto por 45 milhões de pessoas em 14 idiomas. Pág. 14 Giscard Luccas entrevista arquiteto Roberto Toffoli em Telescópio. Pág. 6 “Piano na Praça” encerra o ano com Egberto Gismonti São Vito e Mercúrio estarão demolidos em 2011 A atividade cultural que recentemente trouxe Oswaldo Montenegro e Hermeto Pascoal para a Praça, fecha a programação do ano com Gismonti. pág. 15 Prefeito vistoria obras de demolição dos edifícios e anuncia que estarão concluídas em 2011. pág. 3 Divulgação SECOM/PMSP Arquivo MPSC Arquivo Pessoal Fotos: Joca Duarte Divulgação

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O jornal da região do Centro da Cidade

Publicação Mensal

Ano VII - Nº 82

SP - 30 de Nov a 20 de Dez/2010

visite o site www.jornalcentroemfoco.com.br e anuncie

Casa do Pão de Queijoreinaugura loja da

Líbero Badaró. Pág. 5

Conselho Mun. de Saúdeacusa Prefeitura

de desrespeitar o SUS. Pág. 9

Musical em cartaz no Teatro Abril,já foi visto por 45 milhões de pessoas

em 14 idiomas. Pág. 14

Giscard Luccas entrevistaarquiteto Roberto Toffoli

em Telescópio. Pág. 6

“Piano na Praça” encerra o ano com Egberto Gismonti

São Vito e Mercúrio estarão demolidos

em 2011A atividade cultural que recentemente trouxe

Oswaldo Montenegro e Hermeto Pascoal para a Praça, fecha a programação do ano com Gismonti.

pág. 15

Prefeito vistoria obras dedemolição dos edifícios e anunciaque estarão concluídas em 2011.

pág. 3

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2 São Paulo/SP - 30 de Nov. a 20 de Dez. 2010 O jornal da região do Centro da Cidade

Vila BuarqueBanca Praça do Rotary – rua Gal. Jardim Banca Consolação – rua Dona Antonia de Queiroz, 436

Sta CecíliaBanca Angelical – av. Angélica, 500Banca Amália – al. Barros, 303 Banca Sta Cecília – Largo Sta Cecilia

AroucheBanca Mester – av. São Joao, 1050 Banca Nova Arouche – Largo do Arouche, 276 Banca do Olavo – av. Duque de Caxias, 436

República

Banca Av. São Luis 84 – av. São Luís Banca Itália – av. Ipiranga Banca Mealhada – av. São João, 629

Centro Novo

Banca São Bento – rua Barão de Itapetininga Banca Corredor Cultural – Pça. Dom José Gaspar Banca São Luís – av. São Luís

Bela Vista

Banca Maria das Graças – rua Maria Paula, 23 Banca do Heitor – rua Maria Paula, 243 Banca Estadão – viaduto Nove de Julho, 185 Banca Consolação – viaduto Nove de Julho Banca da Rocha – Rua Rocha, 132 Banca do Toninho - Rua da ConsolaçãoBanca GV - Av. 9 de Julho, 2029 Banca Vd. Jacareí(em frente Pharma & Cia);

Liberdade

Banca Shinozaki – Pça da Liberdade Banca Portal da Liberdade – rua Galvão Bueno, 161 Revistaria Brasilis - Av. Liberdade, 472

Centro Velho

Banca Líbero – rua Líbero Badaró, 413 Banca Martinelli – Pça Antonio PradoBanca Pça Antonio Prado – Pça Antonio Prado Banca Largo do Café – Lgo do CaféBanca das Apostilas – rua Boa Vista

Pontos dedistribuição do

Jornal. Retire seu exemplar

gratuitamente

É uma publicação mensal da Cemi Comunicação Empresarial - Vd. Nove de Julho, 160, cj. 91 - Bela Vista - São Paulo - SP - CEP 01050-060 - Telefax: (11) 3255-1568 - site: www.jornalcentroemfoco.com.br - e-mail: [email protected] / Editor : Carlos Moura - DTR/MS 006

Colaboradores: Cecília Queiroz, Giscard Luccas e José Eduardo Bernardes Jr. - Depto Comercial: Mário Miranda -Editoração Eletrônica, Composição e Arte: Douglas Borba - Fotografia: Joca Duarte – MTB 36.520. Tiragem: 20.000 exemplares - Distribuição Gratuita.

As matérias assinadas são de exclusiva responsabilidade dos autores, não expressando necessariamente o pensamento do jornal.Expe

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Governo

Prefeito sanciona lei para punir“Grandes Geradores de Resíduos”

No início de novembro, a prefe i tura publ icou no Diário Oficial do Município, um decreto que estabelece sanções contra os infratores da legislação sobre “Grandes Geradores de Resíduos”, da capital. As novas regras esta-belecem prazos e procedi-mentos para o cadastramento dos estabelecimentos comer-ciais, que geram mais de 200 litros de resíduos por dia e, para isso, precisam recorrer a um serviço particular de coleta. Quem não cumprir as regras sofrerá punições que vão desde multa, a partir de R$ 1mil, até à cassação do alvará ou do auto de funcio-namento.

Com a publicação deste decreto, os grandes gerado-res de lixo, devem atualizar seu cadastro em até 60 dias, a contar da publicação das normas e se adequar às novas regras, inscrevendo-se no Limpurb (Departamento de Limpeza Urbana) e contra-tando uma empresa particular de coleta. O Departamento possui cerca de 10 mil estabe-lecimentos cadastrados, mas somente 50% deles estão com a situação regularizada.

A necessidade de f isca-lização surge justamente da má gestão dos resíduos, pelos grandes geradores de lixo. Além da quantidade, que difi-culta a passagem de pedestres e prejudica a acessibilidade, os sacos muitas vezes são rasgados e o conteúdo acaba espalhado nas calçadas e vias, contribuindo para o entupi-mento de bueiros e, por con-seqüência, causando pontos de alagamento durante o período de chuvas.

De acordo com o prefeito Gilberto Kassab, a intenção não é simplesmente punir os infratores. É, também, conscientizar a população dos prejuízos causados pelo lixo depositado em lugar impró-prio. “O objetivo não é punir

ou multar, tanto é que estamos concedendo 60 dias de prazo para que os estabelecimentos possam se adequar às novas regras, que precisam ser cum-pridas em benefício de toda a população. Tenho certeza de que todos vão compreender a importância dessas medidas para evitar inundações e alaga-mentos e vão colaborar com a nossa cidade. A população e a própria mídia são testemu-nhas de que o lixo colocado irregularmente em calçadas e vias públicas, suja a cidade, atrapalha pedestres, entope bueiros e provoca inundações “, afirmou.

A fiscalização é responsa-bilidade dos agentes vistores do Limpurb e os fiscais das 31 subprefeituras da cidade. As

subprefeituras, inclusive, são as responsáveis pela suspensão das atividades e cassações dos alvarás de funcionamento, dos geradores que estiverem em situação irregular.

São passíveis de fiscaliza-ção, além dos estabelecimen-tos comerciais que geram 200 litros diários de lixo domiciliar “classe 2”, também os que geram entulhos, terra e mate-riais de construção, acima de 50 quilogramas diários e con-domínios não residenciais ou de uso misto, com o volume médio de mil litros por dia.

Esses estabelecimentos poderão fazer o cadastro nas praças de atendimento das subprefeituras ou diretamente no Limpurb, na rua Azurita nº 100, das 9 às 16h. Para isto, basta preencher e imprimir os formulários de cadastro dis-poníveis no site www.limpurb.sp.gov.br, no link de “Grandes Geradores”. Eles deverão ser apresentados junto com os documentos solicitados, como IPTU, CNPJ, contrato com a empresa que fará a coleta, entre outros. O cadas-tramento também poderá ser feito diretamente no site da Limpurb.

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São Paulo/SP - 30 de Nov. a 20 de Dez. 2010 3 O jornal da região do Centro da Cidade

Os edifícios Mercúrio e São Vito estarão demolidos em 2011 Acompanhado dos secre-

tários municipais de Infra-Estrutura Urbana e Obras - Elton Santa Fé Zacarias, de Serviços - Drausio Barreto e Coordenação das Subpre-feituras - Ronaldo Camargo, o prefeito Gilberto Kassab vistoriou, na segunda-feira, 22 de novembro, as obras de demolição dos edifícios Mer-cúrio e São Vito, cujo terreno ganhará um projeto de revita-lização urbana.

Na ocasião, o prefeito reve-lou que a demolição estará con-cluída até o final do primeiro semestre de 2011 e que o pro-jeto urbanístico para a região dos edifícios já vem sendo elaborado. “Existe um grupo de trabalho que desenvolve o projeto. Ele estará pronto em algumas semanas. Depois da sua aprovação, o plano será licitado e a obra executada”.

Gilberto Kassab adiantou alguns detalhes do plano: “O objetivo é fazer uma grande praça que tenha um equipa-mento complementar ao Mer-cado Municipal. Isso ainda vai ser discutido, mas será nessa linha. Além disso, também haverá a construção de um

estacionamento subterrâneo que atenderá o próprio equi-pamento, a futura praça e o Mercado”.

O processo de demolição dos antigos edif íc ios teve início em 3 de setembro, e está sendo realizado manual-mente, pois a implosão pode-

ria causar problemas na área e seu entorno. E conforme informação dos técnicos res-ponsáveis, envolve uma crite-riosa separação dos materiais resultantes. O entulho da obra foi dividido em materiais servíveis e inservíveis, para que os servíveis (concreto,

tijolos, etc) sejam reciclados e aproveitados. O prefeito asse-gurou que cerca de 39 mil m³ desse material servirão para pavimentar ruas da Cidade. “É muito positivo saber que 100% do material está sendo recuperado. Ele está sendo totalmente reciclado e utili-zado para pavimentar apro-ximadamente 30 quilômetros de ruas, o que é um número muito expressivo”.

Todos os prédios do entorno foram demolidos, menos uma casa que foi integrada ao can-teiro de obras e será demolida no final. Mercúrio e São Vito foram nivelados no 25º andar para facilitar o trânsito de tra-balhadores e máquinas entre os edifícios. O plano de demolição inclui também o viaduto Diário Popular, que será substituído por dois pontilhões no nível da avenida do Estado.

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4 São Paulo/SP - 30 de Nov. a 20 de Dez. 2010 O jornal da região do Centro da Cidade

Fernando Scavasin, 26 anos, duas vezes campeão brasileiro, atualmente 4º no ranking nacional e medalhista em jogos Pan-ameri-canos. Você não conhece o atleta? Nunca ouviu falar? A explicação para isso, segundo ele, está no fato de que a imprensa não abre o leque de cobertura e divulgação dos eventos esportivos, além da própria inibição em se mostrar e divulgar, da modalidade pela qual representa o país mundo a fora: a esgrima.

O cidadão central dessa edição é amante do centro de São Paulo, onde mora desde adolescente e onde aprendeu a conviver com o caos da cidade: “quem se acostuma com as facilidades dos serviços do Centro, não quer mais sair daqui”, afirma Fernando. Além de residir na região central, o atleta abriu uma empresa, que está sediada na charmosa rua Maria Paula, e utiliza agora os conhecimentos

adquiridos nos cursos de rede e na faculdade de Administração para levar adiante o negócio que come-çou antes da auto-suficiência no esporte: “Hoje em dia só apareço para ver como andam as coisas”, diz sorrindo.

Enquanto crescia permeado pelos esportes convencionais, Fer-nando não enxergava atrativos para um futuro brilhante em nenhuma modalidade. No futebol, por exemplo, “sabia que não ia muito adiante”, confessa. Até encontrar, aos 13 anos, em um passeio pelo Ginásio do Ibirapuera, um curso de esgrima. Fez três aulas expe-rimentais e encontrou seu futuro, “assim como as pessoas costumam encontrar”, por acaso.

Durante o curso, teve contato com seu primeiro mestre no esporte: “o professor Bittencourt foi quem me incentivou e me deu a garra e a vontade de conquistar

Jovem morador do Centro é destaque em modalidade esportivaCidadão Central

as coisas”. O professor está em sua galeria de ídolos, composta de diversos e diferentes, pois para ele “todos têm qualidades e defeitos, acertam e erram”. Aliás, talvez os erros tenham levado Fernando a um novo patamar em sua carreira. Ele conta: “precisava aprimorar a minha parte técnica, o que faltava nas aulas que estava fazendo, decidi então ingressar no Clube Pinheiros”.

Esgrimista de “mão cheia” e com um quadro de medalhas recheado, Fernando já rodou o

mundo com o esporte que esco-lheu. Em um país onde o futebol impera soberano, as dificuldades de se praticar um esporte olímpico, tem sido evidenciadas com a apro-ximação das olimpíadas no Rio de Janeiro em 2016. Para ele, “o bolsa atleta deu um salto gigantesco no esporte, ajudou muita gente”, mas ainda falta muito para a excelên-cia. Dias atrás o governo federal editou uma medida provisória para aumentar o projeto e liberar mais verba para a preparação de atletas de modalidades olímpicas.

Em novembro de 2009, os esgrimistas nacionais conseguiram aumentar seus rendimentos e começar um novo processo de internacionalização. Para isso, se alinharam ao Exército, a fim de disputar o Campeonato Mundial Militar de Esgrima em 2011, e já na primeira oportunidade consegui-ram bons resultados. No individual

(Renzo Agresta, da categoria sabre) e por equipes (Fernando Scavasin, João Antônio de Albuquerque e Marcos Cardoso), os atletas garantiram bronze na competição realizada na Venezuela.

Fernando foi o campeão da etapa do nacional de Porto Alegre, realizada em setembro deste ano. Graças a boa colocação que ocupava à época no ranking nacional, ele garantiu vaga entre os convocados pela CBE (Confederação Brasileira de Esgrima) para o Mundial, que aconteceu em novembro, na cidade de Grand Palais, em Paris. Apesar de não avançarem às fases finais, Fernando e os demais brasileiros que participaram da competição, deixa-ram boas impressões ao mundo da esgrima e certeza de alegria aos bra-sileiros nas olimpíadas de 2012 em Londres e 2016, no Rio de Janeiro.

Por José Eduardo Bernardes

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Empreendimentos Centrais

Dona Arthêmia não imagi-nava que uma receita de pão de queijo, feita inicialmente para amigos e conhecidos da família, pudesse se transfor-mar em um negócio próspero e que 43 anos depois, 400 lojas espalhadas por shoppings, hipermercados, galerias, ruas e avenidas das grandes cidades de todo o Brasil, comerciali-zassem o produto.

A Casa do Pão de Queijo surgiu em 1967, no centro de São Paulo. Com início modesto, instalou sua primeira loja no Largo do Arouche. Modesto, mas não tanto, essa loja chegou a vender 42 milhões de pães de queijo em apenas um dia. Talvez, por isso, quatro déca-das depois, o mesmo Centro orgulha Cristina Degen, jovem proprietária de uma loja das mais bem-sucedidas franquias brasileiras, instalada na região.

Interessados em solicitar bolsas de estudo para cursos técnicos do Senac, já podem fazê-lo. Para isso, a instituição mantém inscrições abertas até 1º de fevereiro, informando que a oferta refere-se a cursos técnicos com início no primeiro semestre de 2011. Os candidatos podem se inscrever através do portal do Senac em diversos cursos, menos

“Casa do Pão de Queijo” reúne tradição e inovação no Centro

Senac tem bolsas de estudo para cursos técnicos

“É motivo de orgulho estar na região central da maior cidade do país, para mim é um privilégio, mesmo”, declara a empresária.

A família de dona Arthê-mia chegou a tocar 13 lojas próprias, mas para expandir o potencial que a marca Casa do Pão de Queijo conseguiu estabelecer, em 1987 decidiu adotar o modelo de franquias, principal negócio da companhia atualmente. Tanto, que hoje ela não possui mais lojas próprias. Foram estabelecidos padrões, que vão desde lojas quiosques, com 20m², até grandes instala-ções, com 80m².

A partir da criação de novos formatos, foram incorporados ao cardápio da rede outros produtos, como sucos e sandu-íches. O sucesso foi imediato. Atualmente, presidida pelo exe-cutivo e neto de Dona Arthêmia,

Alberto Carneiro Neto, a Casa do Pão de Queijo atende cerca de 32 milhões de pessoas, serve mais de 32 milhões de pães de queijo, 21 milhões de xícaras de café, 5 milhões de folhados, 5 milhões de sanduíches e 3 milhões de sucos.

Hoje a região Sudeste é o maior mercado da empresa, com 280 lojas, localizadas principalmente nas cidades de São Paulo e Rio de Janeiro. A região Nordeste concentra outros 55 estabelecimentos, o Sul, 25 lojas, o Norte vem em seguida com 24 unidades e o Centro-Oeste, possui 19. Para manter o padrão de qualidade dos produtos servidos nessa rede, foi criada em 2001 uma fábrica própria, com mais de 100 fornecedores homologa-dos, na cidade de Itupeva. O que resultou em alimentos de alto padrão, produzidos de

acordo com os mais rígidos controles de qualidade.

Em São Paulo, cidade com a maior quantidade de franquias, mesmo com apenas três meses de gestão, Cristina Degen, detentora da loja Casa do Pão de Queijo, instalada na rua Libero Badaró, 390, apostou num espaço refinado para aten-der o público da região e afirma que já vê o seu negócio prospe-rar. “A cada dia você conquista um cliente, mas a rotatividade é grande. No entanto, já temos uma clientela cativa, formada por executivos e empresários da região, que procuram um lugar limpo e sem barulho, uma extensão de seu escritório”.

Cr is t ina Degen deseja expandir e consolidar essa extensão, inclusive fazendo o caminho inverso. Ela pretende estender a Casa do Pão de Queijo para dentro dos “coffe

breakes” das empresas: “Essa é a nossa ideia, devolver a atenção que os clientes reser-vam à loja, retribuindo com a comodidade do cliente poder saborear as delícias da Casa do Pão de Queijo nas dependên-cias da sua empresa”.

Não é à toa que a Casa do Pão de Queijo coleciona premiações, como a ter-ceira marca mais admirada do segmento de fast-food, segundo pesquisa da Inters-cience de 2006. Pelo segundo ano consecutivo em 2007, ganhou a pontuação máxima de “As Melhores Franquias do Brasil”, promovida pela revista “Pequenas Empresas & Grandes Negócios” e realizada pela FGV Projetos e em 2008, eleita como a melhor cafeteria, no Prêmio Alshop, realizado pela Associação Brasileira de Lojistas de Shopping (Alshop).

para turmas a serem iniciadas em janeiro e fevereiro, que recebem inscritos até 20 dias antes do início das aulas.

As inscrições são permitidas somente a estudante que tem renda familiar per capita de até dois salários-mínimos. O can-didato não pode estar fazendo outro curso no Senac, nem estar participando de outros proces-

sos de triagem de bolsistas.

O acesso a bolsas de estudo foi ampliado

O principal pré-requisito aos solicitantes de bolsas de estudo, a partir de 2011, é a comprovação de renda familiar per capita de até dois salários-mínimos federais. A faixa de

renda, que era de R$ 765,00 passou para R$ 1.020,00.

Outra alteração nesse pro-cesso de concessão de bolsas, é que o bolsista que abandonar o curso sem justificativa ficará dois anos impedido de solicitar nova bolsa ao Senac em todo o Estado - um ano a mais do que a política vigente até 2010.

Em 2011, o Senac oferecerá

à população de baixa renda cerca de seis mil bolsas a mais que este no ano. E o quesito prioritário no processo sele-tivo dos candidatos continua a menor renda familiar per capita. Entretanto, as novidades devem possibilitar a partici-pação de um número maior de candidatos no processo de triagem dos bolsistas.

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6 São Paulo/SP - 30 de Nov. a 20 de Dez. 2010 O jornal da região do Centro da Cidade

Novos prédios velhos

O arquiteto Roberto Toffoli foi um dos pioneiros a investir na recuperação de prédios históricos no centro da cidade, para fins habitacionais. Comprou em 2003 com recursos próprios, o antigo Hotel Britânia, um edifício extremamente deteriorado, com arquitetura de Ramos de Azevedo, perto do Vale do Anhangabaú. Enfrentou a buro-cracia e a falta de conhecimento da Prefeitura sobre o tema, e contra todos os prognósticos, vendeu todos os aparta-mentos em 6 meses. Para espanto, quem comprou foi a classe média. E poderiam haver outros: “Não falta dinheiro nem interesse de empresários para investir em habitação no Centro. Falta é transparência da Prefeitura”.

Centro em Foco: Como foi a escolha do antigo hotel Britânia para realizar esse tipo de projeto de restauro?

Roberto Toffoli: Em 2003 eu e alguns amigos de escola decidimos realizar um projeto imobiliário. Como éramos pequenos, a opção foi desenvolver um projeto que tivesse apelo. Partindo de um cenário geral de esforços para uma melhoria do Centro, achamos que era o momento de comprar esse imóvel. A compra do prédio em si foi rápida…

Onde começaram as dificuldades?Na aprovação dos projetos. A restauração de prédios

tombados e históricos acaba envolvendo gente demais que possui conhecimento de menos.

Quanto tempo durou esse processo?Três anos. Só se encerrou quando o Orlando de

Almeida virou secretário da Habitação. Ele conseguiu desatar o nó onde várias secretarias municipais distintas se conflitavam nas opiniões.

Poderia ter sido muito mais rápido?Existem incoerências que são inadmissíveis. O DPH

(Departamento do Patrimônio Histórico) é responsável por patrimônio histórico, mas a Sempla (Secretaria de Planejamento) também quer ter atribuições.

Há muito se fala do guichê único no Centro para contemplar projetos de habitação, onde todas as demandas se afunilariam em um só local...

Há dez anos se fala em guichê único! Já começa desde

Telescópio

os proprietários de imóveis, deixando seu patrimônio dilapidar ao longo dos anos esperando uma valorização pelo simples fato do tempo agregar valor. É uma cultura primitiva, patrimonialista. Do outro lado, tem de ter uma burocracia capaz de agilizar os processos.

O programa “Renova Centro” da Secretaria de Habitação não é uma resposta da Prefeitura a esses proprietários?

Existem agentes relevantes que tem interesse em desenvolver projetos no Centro, mas as iniciativas dessa gestão, como da anterior, não são claras. “O Renova Centro” é um programa que acerta quando a prefeitura determina a produção habitacional como um elemento de revitalização do Centro. Colocar gente morando aqui significa ter um número maior de atividades à noite, aumenta a fiscalização civil, obriga o governo a adotar políticas publicas de segurança, limpeza. Sob esse aspecto o “Renova Centro” foi uma boa iniciativa.

Falta um plano claro de objetivos, para que se possa cobrar resultados e participar como agentes de desenvolvimento...

Não é apenas cobrar. É efetivamente participar, cola-borar. Eu gostaria de continuar empreendendo, tenho interesse que esses processos como o do antigo Britânia ocorram. Não falta dinheiro.

Qual o lado negativo?Quem é que vai, em sã consciência, investir numa

situação que não tem garantia nenhuma de que o imóvel não vai ser desapropriado. Não seria mais

interessante dar espaço para quem quer investir nessa área? Produzir, trabalhar junto.

Em que a prefeitura pudesse coordenar o trabalho?

Tenho dúvidas que o poder público possa coordenar uma atividade como a revitalização do Centro. O governo tem de tratar socialmente dos mendigos e viciados, colocar policiamento na rua, manter um equilíbrio no ambiente urbano. Investir na melhoria das condições das pessoas que moram aqui. A prefeitura não deve dizer onde o empresário tem de investir.

Existe uma discussão ideológica, que também envolve o “Renova Centro”, sobre o tipo de habitação que se deve instalar na região: popular ou renda media.

Se você colocar apenas habitação popular, o Centro não se recuperará. Como você vai tratar patrimônio histórico com habitação popular? Existem custos de conservação que são muito altos. Não pode haver essa segregação, essa divisão. O “Renova Centro”, em curto prazo, está sendo prejudicial e nocivo ao Centro.

Aqui no antigo Britânia, agora residen-cial Américo Simões, você queria que tivesse o perfil de habitação popular?

Sim. Mas a burocracia da Caixa atrasou o finan-ciamento da obra e nós tivemos que meter a mão no bolso e fazer nós mesmos. O que acabou acon-tecendo é que as pessoas que adquiriram os imóveis foram de renda média e que tinham um apreço espe-cial por cultura. Mas é um nicho muito limitado.

Se houvesse mais casos como o antigo Britânia você se arriscaria a prever que a classe media voltaria a morar no Centro?

As pessoas estão comprando casas depois do Rodoanel. Se você oferece condições mínimas de segurança e habitabilidade, aproveitando toda a infra-estrutura já existente, poderia haver uma inversão dessa tendência. O Centro é um lugar muito bacana e interessante para morar.

Por Giscard Luccas

Saúde no CentroCaderno do Jornal Centro em Foco - edição n° 82

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re a l i z a ç ã o d e drenagem linfática. Re come nd a - se a inges tão de pe lo m e n o s 1, 5 l i t r o de água por dia e o p a c i e n te d eve adotar uma dieta pobre em gorduras, pelo menos por 72 horas após o trata-mento.

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8 São Paulo/SP - 30 de Nov. a 20 de Dez. 2010 O jornal da região do Centro da Cidade

do SUS (Sistema Único de Saúde), através da criação de modelos de gestão que visam a terceirização do sistema, os conselheiros de saúde passam a ter a responsabilidade de sen-sibilizar os usuários da impor-tância de sua participação e for-malização de denúncias do mau atendimento ou falta dele.

A luta por uma saúde pública de qualidade é tarefa de todos os usuários e não somente dos usuários do SUS (Sistema Único de Saúde). Esta luta está intimamente ligada ao exercício da cidadania, e esta é exercida quando o indivíduo possui o mínimo de informação sobre seus direitos e deveres. Nada nos é dado! O que temos hoje como direito não é presente de governos ou legisladores bonzinhos, foram conquistas obtidas com organização e luta da população. Por outro lado, essas conquistas não são defi-nitivas, pois elas, na maioria das vezes, envolvem interes-ses divergentes, contra ou a favor. Portanto é necessário nos mantermos vigilantes para não perdê-las e avançarmos no sentido de conquistarmos outras novas.

Os membros do Conselho Municipal de Saúde de São Paulo, segmento usuários e trabalhadores tem sentido na pele os constantes golpes des-feridos pelo Gestor Municipal de Saúde, que não reconhece a participação popular e as Conferências de Saúde como instâncias colegiadas do SUS (Sistema Único de Saúde).

Em 2008 destituiu o CMS (Conselho Municipal de Saúde), tomando para si a sala do con-selho e colocando na porta da Secretaria Municipal de Saúde, guardas civis metropolitanos para impedir nossa entrada

e a polícia militar na rua para enfrentamento. Lutamos para sermos reconhecidos e assu-mimos nosso mandato, graças à ação do Ministério Publico Estadual. Desde então o Gestor de saúde não participou uma única vez das reuniões do Conselho, moveu ação contra cada conselheiro, nunca cum-priu com nossas resoluções e por muitas vezes retirou seus representantes das reuniões, para não votarem conosco.

Em maio de 2009 o CMS (Conselho Municipal de Saúde) chamou a 15ª Conferência Municipal de Saúde, que deveria ser realizada até o final daquele ano, o que não ocorreu, pois o Secretário Municipal de Saúde alegou problemas de logística, mesmo havendo recursos finan-ceiros. No entanto, em janeiro de 2010, realizou no Anhembi o 1º Encontro de Conselheiros Gestores da Cidade de São Paulo, com logística própria de Conferência, mobilizando toda a infra-estrutura da atenção básica e outros departamen-tos da Secretaria Municipal de Saúde, mas com o único obje-tivo de realizar uma pesquisa de satisfação sobre a qualidade dos serviços de saúde e gestão, cujo resultado foi apresentado no site da Secretaria Municipal de Saúde com 90% de aprovação. Até hoje não soubemos como foi realizada a tabulação dos dados, quantas pessoas res-ponderam e quantos realmente eram Conselheiros, e nem o montante de recursos gastos neste evento.

No ano de 2010 foi criada por Decreto do Prefeito: a) a Assessoria de Gestão Parti-cipativa (cumpre realçar que essa não pode ser uma forma grotesca de substituir o Con-selho Municipal de Saúde, nem

A função dos Conselheiros Gestores de Saúde vai além da discussão de propostas para implementação de políticas públicas buscando melhorar o atendimento à população, bem como o controle e fiscalização dos custos e execução destas políticas.

É necessário que os Conse-lhos de Saúde, façam o exercício da leitura da lei Federal,8.142/90 destacando o artigo 1° pará-grafo 5º (“As Conferências de Saúde e os Conselhos de Saúde terão sua organização e normas de funcionamento definidas em regimento próprio, aprovadas pelo respectivo Conselho”), e a lei Municipal 12.546 em seu artigo 3° Inciso II (“Compete ao Conselho Municipal de Saúde: elaborar, aprovar e emendar seu Regimento Interno”), e se apoderem cada vez mais do conhecimento destas leis que garantem a autonomia, a independência dos Conselhos de Saúde de exigir que o Poder Executivo, neste caso o Secre-tario Municipal de Saúde, faça sua parte de forma legal, não interferindo nas atribuições que compete aos Conselhos de Saúde.

Os Conselhos de Saúde precisam manter sua identi-dade, respeitando as leis que os criaram, entre elas, organizar as Conferências de Saúde, apon-tando os temas que venham de encontro com as necessidades da assistência, reforçando e valorizando de forma suprema as leis que regem o SUS (Sis-tema Único de Saúde), tempo necessário para a discussão das Políticas Publicas de Saúde para o Município de São Paulo e a escolha dos delegados pelos respectivos segmentos.

Em face da notória tentativa dos governantes, no desmonte

Saúde no Centro é um caderno do Jornal Centro em Foco, publicado uma vez por mês e distribuido gratuitamente em ruas do entorno das estações de metrô Anhangabau e República.Vd. Nove de Julho, 160 - Cj. 91 - Bela Vista - Fones: (11) 2864-0770/ 3255-1568 - site: www.jornalcentroemfoco.com.br - e-mail: [email protected] - Conteúdo: matérias da

redação e artigos assinados por especialistas colaboradores. Os artigos são de responsabilidade exclusiva dos autores. Edição: Carlos Moura - DRT/MS 006 - Editoração e arte: Douglas Borba.

Saúde no Centro - Caderno do Jornal Centro em Foco - edição n° 82

Nota do Conselho Municipal de Saúde de São Paulo à População(São Paulo, 22 de outubro de 2010)

deve interferir no cotidiano e na eleição dos Conselhos Gestores de Unidades); b) e, nomeada uma interlocutora do Governo, a qual não tem poder de decisão na interlocução do Governo com o Pleno do Conselho Municipal de Saúde de São Paulo.

O Executivo Municipal con-vocou a 15ª Conferência Muni-cipal de Saúde, para os dias 26 e 27 de novembro, através de Portaria, onde tomou para si, de forma unilateral a responsa-bilidade de organizar esta Con-ferência, que é de competência legítima e legal do Conselho. Tentamos nestes dois últimos meses, através de diversas ações, mostrar ao governo que havia um claro desrespeito na forma como estava sendo conduzido o processo desta Conferência e pedimos a reti-ficação da Portaria 2286/2010, adequando-a à lei.

Na reunião Ordinária do Pleno do Conselho Munici-pal de Saúde, em 21/10, aguar-damos inutilmente pela res-posta do Executivo às nossas solicitações feitas em várias reuniões ordinárias e reafirma-das na reunião Extraordinária do Pleno do Conselho Muni-cipal de Saúde em 14/10. Ao contrário disso, o governo não se fez representar em nossa reunião ordinária.

Face à ausência de diálogo demonstrada pelo Executivo, o Conselho Municipal de Saúde debateu e aprovou por una-nimidade minuta de resolu-ção, onde se propõe impetrar a Ação Civil Pública, para a obtenção de pedido de Liminar com Tutela Antecipada, contra a realização da 15ª Conferência Municipal de Saúde, nos moldes como vem sendo organizada unilateralmente pelo Governo,

contrariando as normas Cons-titucionais e legais do Sistema Único de Saúde.

Gostaríamos de ressaltar que o Conselho Municipal de Saúde não é contra a realização da Conferência Municipal de Saúde, mas à forma que ela está sendo conduzida.

Por isso, convocamos a todos que acreditam na par-ticipação popular e controle social que divulguem esse comunicado em jornais de grande circulação e de bairros, sites, rádios, revistas e órgãos informativos de Associações, S indicatos, Conselhos de Representação Profissional e da Sociedade Civil Organizada, assim como nos Parlamentos Nacional, Estadual e Municipal e nos Conselhos de Saúde do SUS (Sistema Único de Saúde) em todo o país.

Reafirmamos a recomen-dação do Conselho Municipal de Saúde para que os usuários e trabalhadores de saúde, representantes da Sociedade Civil Organizada, Conselheiros Gestores de Unidade Básica de Saúde, Supervisões, Coor-denadorias, Hospitais, ou de qualquer equipamento público de saúde, que sejam contrários a forma da realização dessa Conferência.

Devemos respe i tar a s conquistas reafirmadas pela Constituição da República Federativa do Brasil e pelas Leis 8080/90 e 8142/90.

Exigimos que o Governo Municipal cumpra com a sua função legal de respeitar a legislação do Sistema Único de Saúde e adotar políticas de saúde aprovadas pela Socie-dade Civil Organizada.

Conselho Municipal de Saúde do Município de São Paulo

São Paulo/SP - 30 de Nov. a 20 de Dez. 2010 9 O jornal da região do Centro da Cidade

Durante entrevista coletiva, realizada dia 25 de novembro, no saguão da sede da Secreta-ria Municipal de Saúde, inte-grantes do Conselho Municipal (CMS) esclareceram os moti-vos que levaram este órgão de representação dos usuários, trabalhadores e gestores da área da Saúde Pública a não participar e recomendar à população paulistana a não participação nas “Pré-Confe-rências Regionais”, no dia 27 de novembro, e na “15ª Con-ferência Municipal de Saúde”, em dezembro.

Os conselheiros explica-ram que a Secretaria Municipal de Saúde está infringindo a legislação do SUS ao convocar e organizar a Conferência atra-vés da portaria 2286, sem res-peitar o que já havia sido apro-vado pelo pleno do Conselho Municipal em abril de 2010. Esclareceram que o Regimento Interno da 15ª Conferência Municipal de Saúde, que foi em abril de 2010, e que tem como tema “Em defesa do SUS e do Controle Social: avanços e retrocessos”, defende que a escolha dos delegados à 15ª Conferência é de responsabi-lidade do Conselho Municipal de Saúde e dos segmentos representados neste conselho (usuários, trabalhadores, ges-

Saúde no Centro - Caderno do Jornal Centro em Foco - edição n° 82

O CMS declara à imprensa que a Prefeitura descumpre lei do SUStores e presta-dores de serviços de saúde, com base populacio-nal do território d e c a d a s u b -prefeitura), nos termos do art. 1º da lei 8142, da lei 12.546/98 e do Regimento Interno do CMS/SP.

As várias por-tarias publicadas pelo secretário m u n i c i p a l d e Saúde, durante as últimas sema-nas, chamando a Conferência, não consideraram o deliberado pelo pleno do CMS. Mesmo com a insistência dos conselheiros em pedir a alteração, adequando a s portarias o gestor municipal além de insistir com o Tema: “SUS-100%”, adotou como dele-gados à Conferência apenas representantes dos Conselhos Gestores de Unidades Básicas de Saúde, restringindo assim a participação.

O CMS, após muitas tenta-tivas de negociação, deliberou pela não realização da 15ª Conferência, que passou então a ser organizada pela Assessoria de Gestão Participativa, órgão

criado pelo pre-feito, através do Decreto 51660, sem comissão organizadora e sem o Regimento Interno, para nor-tear a sua realiza-ção. Onde estará o controle social, se o fiscalizado passar a escolher seus fiscalizado-res? pergunta a conselheira Vita, representante do Fórum de Pato-logias.

O Coordena-dor da Executiva, sr. Fred, disse que o Conse-lho Nacional de Saúde já convo-cou a 14ª Confe-rência Nacional de Saúde para n ove m b ro d e 2011, bem como suas etapas muni-cipais que serão i n i c i a d a s e m março e estadu-

ais, onde serão tiradas propostas e os delegados para representar o Estado de São Paulo.

Para Selma Maria, repre-sentante do SindSaúde, “cabe aos trabalhadores indicar

seus representantes e não ao secretário”. Ainda segundo a conselheira, o Conselho não tem sido consultado desde 2006, para deliberar sobre a gestão dos fundos para o sistema de saúde da capital paulista: “Foram construídos cerca 60 AMA’s (Atendimento Médico Ambulatorial), a mais do que o previsto no orça-mento do ano, de onde saiu esse dinheiro?”.

Trabalhadores do SUS que compareceram à coletiva afir-maram que foram coagidos por seus supervisores, durante os conselhos regionais, a parti-ciparem da Conferência, de acordo com as diretrizes esta-belecidas por eles (governo) Usuários também relataram coação por par te destes mesmos representantes.

A coletiva de imprensa aconteceu no saguão do prédio da secretaria, porque os segu-ranças foram orientados (e cumpriram a ordem) a impedir que os órgãos de imprensa pre-sentes tivessem acesso à sala do CMS, no 4º andar do prédio. “Há uma ameaça clara ao con-trole social e à participação, e que ameaça a democracia”, disse Carmen Mascarenhas, Conselheira municipal repre-sentante do Movimento Popu-lar de Saúde do Centro.

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10 São Paulo/SP - 30 de Nov. a 20 de Dez. 2010 O jornal da região do Centro da Cidade

Saúde no Centro - Caderno do Jornal Centro em Foco - edição n° 82

Diz uma lenda que onde hoje está a cidade de Belém do Pará havia uma tribo que devido à fome recebeu orientação do seu cacique Itaqui, de controlar o crescimento da população. Como consequência disto o conselho da tribo resolveu sacrif icar toda criança que nascesse a partir daquele dia, inclusive a recém-nascida de Iaçá, a filha do cacique.

Iaçá rogava a Tupã que mos-trasse a seu pai uma maneira pela qual não fosse preciso repetir o sacrifício de inocentes, como o de seu bebê, quando por um choro de criança ela saiu de sua oca.

O que ela viu foi sua filha na sombra de uma árvore alta e espevitada ao vento. A decidida mãe correu naquela direção e abraçou o tronco que encontrou, pois a menina se esteve lá ficou por pouco tempo.

Iaçá lá ficou, chorou até que pouca energia sobrasse e o frio noturno da floresta a levasse para junto da eter-nidade de seus ancestrais. Quando foi encontrada por seu pai ainda sorria com uma misteriosa satisfação e seus olhos se pareciam com as frutinhas da palmeira que fixamente miravam. O caci-que Itaqui apanhou e amassou as vistosas frutinhas e do cremoso líquido veio o complemento ali-mentar necessário para a saúde da tribo. Agradeceu a Tupã o fim da fome de seu povo e com o nome invertido de Iaçá batizou a fruta da palmeira: Açaí.

BotânicaO açaizeiro (Euterpe olera-

cea Mart.) é nativo da Amazônia brasileira e o Estado do Pará é o principal centro de dispersão

natural dessa palmácea. É a principal fonte de matéria-prima para a agroindústria de palmito no Brasil. Dos frutos do açaizeiro é extraído o vinho, polpa ou simplesmente açaí, como é conhecido na região. É habitualmente consumido com farinha de mandioca, associado ao peixe, camarão ou carne, sendo o alimento básico para as populações de origem ribei-rinha. Com o açaí são fabricados sorvetes, licores, doces, nécta-

res e geléias, podendo ser aproveitado, também, para a extração de corantes e antocianina. Considerado ali-mento de alto valor calórico, com elevado percentual de lipídeos, e nutricional, pois é rico em proteínas e minerais. Nas áreas de exploração extrativa o açaí representa a principal base alimentar da

população, notadamente dos ribeirinhos da região do estuário do Rio Amazonas.

Açaí, pasteurização, vega-nismo e o Verão.

Dos produtos mais modernos e desejados é o Suco de Açaí Ivaí, assim como perfumado é o Suco de Cupuaçu. Deliciosos presentes nutricionais e culturais de Belém para o mundo. O vinho de açaí é diluído em água amazônica filtrada e misturado a suco de cana de

açúcar. É estabilizado com vita-mina “C” e ácido cítrico.

O processo de produção inclui pasteurização e frutas com extra-ção ecologicamente orientada, encontrando no conceito vegano o suporte necessário para se distri-buir produtos tão especiais, assim como o calor do verão parece ter sido feito sob medida pra seu refrescante sabor, pois são ofereci-dos em copos gelados e disponíveis nas melhores conveniências e lojas de produtos naturais do Centro.

Fontes: http://sistemasdeproducao.cnptia.embrapa.br/FontesHTML/Acai/SistemaProducaoAcai_2ed/paginas/composicao.htm http://

www.acaiivai.com.br

Henrique AraújoEng. Agrônomo, especialista em

Nutrição Humana pela [email protected]

Açaí, fonte de saúde.

São Paulo/SP - 30 de Nov. a 20 de Dez. 2010 11 O jornal da região do Centro da Cidade

Mais dinheiro no bolso dos trabalhadoresUma série de decisões

irá mexer com a vida dos trabalhadores brasileiros nos próximos dias, e na qualidade de maiores interessados no assunto, estão de olho para que essas mudanças não sig-ni f iquem perda do poder de compra, ou seja, menos dinheiro no bolso, nem tam-pouco, redução de direitos. Pelo contrário, os trabalhado-res querem ampliação de suas conquistas, por isso Sindicatos e Centrais Sindicais já apre-sentaram suas reivindicações: aumento do Salário Mínimo para R$ 580 em 2011, imple-mentação de política de valo-rização do salário mínimo e correção da tabela do imposto de renda.

Salário mínimo - Uma

das maiores conquistas dos trabalhadores nos últimos anos foi assegurar junto ao governo federal, após as mar-chas a Brasília, uma política de correção da tabela do imposto de renda e um acordo que estabelece uma regra clara para se apurar o valor do salário mínimo a cada ano: a reposição da inflação mais a variação do Produto Interno Produto (PIB) dos últimos dois

anos. No caso do Imposto de Renda, está política precisa se renovada, já que estava programada para até 2010. Em relação ao Salário Mínimo, a política foi pensada para ser aplicada até 2023, mas para isso precisa virar lei.

P a r a s e t e r i d é i a d o que a va lor ização repre -senta , basta verif icar que desde 2003, quando o salá-rio mínimo era d e R $ 24 0 , o re a j u s te to t a l a t i ng iu 155% , resultando em a u m e n t o r e a l de 53,67% em janeiro de 2010, quando o valor c h e g o u a R $ 510. Estima-se que cerca de 45 milhões de pes-soas, entre apo-sentados e trabalhadores da ativa, tenham sido benef i-ciadas com os reajuste. De acordo com o Dieese, caso seja mantida a política de reajuste do salário mínimo a partir de um crescimento médio anua l de 4,5% do PIB, o valor corresponderá a R$ 1.000 dos dias de hoje, em 2023.

“Defendemos que tanto a política de valorização do mínimo quanto a de correção do IR se mantenham, por significarem, na prática, uma imensa distribuição de renda no país e que se reflete posi-tivamente em toda a econo-mia nacional.”, disse Juvandia Moreira, presidente do Sin-dicato dos Bancários de São Paulo, Osasco e Região.

o aumento rea l nos sa lá-rios. “O reajuste da tabela é importante para manter muitos assalariados isentos ou para que paguem menos imposto, va lor izando seu poder de compra”, destaca a presidenta do Sindicato, Juvandia Moreira.

Fruto da negociação entre centrais sindicais e governo a partir das marchas a Brasí-

lia, a tabela vem sendo corrigida em 4, 5% nos últimos quatro anos. Durante o governo FHC a defasagem da tabela chegou a 39,52%.

A s s i m , o va lor da isen-ção passou de R $ 1 . 2 57,12 , em 2006, para

R$ 1.499,15, em 2010 (veja quadro). A lém d i s so, no ano passado, foram acres-c idas duas novas fa ixas à tabela do IR: 7,5% e 22,5%. Até então, a primeira faixa era i senta , na segunda o desconto era de 15% e na terceira 27,5%. Todas as alíquotas também têm sido reajustadas em 4,5%. Na

prát ica , uma pessoa que ganhava R$ 2.900 ao mês em 2009 estava na faixa de 22,5% na tabela, pagando R$ 483 de imposto. Em 2010 uma outra pessoa ganhando os mesmos R$ 2.900, após o reajuste de 4,5% na tabela, está na a l íquota de 15%, pagando R$ 280,94.

N o s d e b a t e s c o m o governo, ficou estabelecido que para 2011 haveria uma rev isão do acordo. “Esta será apenas uma das medi-das necessárias para conti-nuarmos pressionando por uma mudança mais ampla na estrutura tributária do Brasil, que precisa ser pro-gressiva, onde quem ganha menos pague menos e os que ganham mais , pagam mais”, ressaltou. Além disse, diferentemente dos países desenvolvidos, os impostos no Brasil ainda são mais foca-dos sobre consumo, renda e depois propriedade. “Está lógica precisar ser invertida ser menos embasa no con-sumo e mais efetiva na renda e na propriedade dos que ganham mais”, defendeu.

por Elisângela Cordeiro

Elaboração Dieese

“O reajuste da tabela é importante para manter

muitos assalariados isentos ou para que paguem menos

imposto, valorizando seu poder de compra”

Correção na tabela do IR – A manutenção desta pol ít ica , garante que tra-balhadores paguem menos tributo ao Leão. A correção é fundamental para diminuir os valores que os trabalhadores têm de desembolsar, após conquistarem a duras penas, como no caso dos bancários depois de 15 dias de greve,

Comunidade

12 São Paulo/SP - 30 de Nov. a 20 de Dez. 2010 O jornal da região do Centro da Cidade

Horizontes da MetrópoleO C e n t r o é

sempre uma atra-ção para qualquer turista que chega a uma cidade e em São Paulo não é diferente. O centro paulistano ainda guarda as princi-pais referências histó-ricas e arquitetônicas da cidade como os edifícios Itália, Copan, Mar tine l l i , A lt ino Arantes (“Banespão”), o antigo Hotel Hilton, Teatro Municipal, Sala São Paulo, Pinacoteca do Estado, Estação da Luz, Catedral da Sé, Pátio do Colégio, Mercado Municipal, Edifício Matarazzo (atual sede da Prefei-tura), Igreja da Con-solação. São inúmeros os pontos turísticos espalhados pela região central, que muitas vezes é ignorada pelos paulistanos.

Homenageada em canção e verso, a poesia concreta de São Paulo também pode ser admirada pela arte da fotogra-fia, ainda mais quando estão em grandes ampliações, como nas panorâmicas do fotógrafo RenattodSousa, que nos apre-senta uma São Paulo grandiosa e exuberante. Cansado de só ver fotos da cidade que São Paulo foi, o experiente fotojornalista,

morador do Copan, resolveu desvendar a metrópole do século XXI. “São Paulo merecia imagens que refletissem o que ela é hoje, pois nos lugares públi-cos da cidade só se via foto com paisagens antigas, ampliadas em material sofrível”, explicou.

Por meio de fotos panorâ-micas e em grandes ampliações, RenattodSousa nos mostra a linha do horizonte de São Paulo, visão quase impossível para quem está acostumado com a fragmentação das janelas de onde geralmente se

vê outro prédio. “Optei por este tipo de ampliação para mostrar a grandiosidade de São Paulo, pois só vemos por aí fotos pequenas, que não nos dão sua real dimen-são”, disse o fotógrafo que já ganhou prêmio com imagem da cidade, o Nikon Photo Contest International 1991/1992.

O trabalho do profissional pode ser visto em alguns luga-res do Centro. O público que frequenta o Tribunal de Justiça recentemente instalado no antigo prédio do Hotel Hilton,

tem o privilégio de apreciar em seu hall de entrada 12 imagens da cidade feitas pelo fotojorna-lista. A maior delas é uma pano-râmica de 1x9 metros, uma vista aérea do bairro do Pacaembu, colocada na área de recepção do prédio. As outras imagens mostram prédios históricos e pontos turísticos da cidade, como o Copan, o Monumento às Bandeiras e a nova Ponte Estaiada. Outras 12 fotos estão no restaurante dos desembarga-dores que fica no 24º andar.

Linhas Centrais

A Pizzaria Copan, no edif ício cartão postal de São Paulo, é outro lugar onde se pode ver e até fotogra-far as imagens. O salão do restaurante é uma verdadeira galeria, cujo proprietário Rai-mundo Oliveira não se cansa de elogiar.

“Há dois anos decidi reformar a pizzaria e o Renatto apareceu com a ideia. Como já gostava muito de fotografia, resolvi investir e deu certo. Hoje as fotos atraem turistas do mundo inteiro. Por causa delas a pizzaria também já foi motivo de matéria em jornais, revistas, TV e até cenário de filme”, conta Oliveira,

que elegeu como sua preferida uma foto aérea da região onde está o próprio Copan.

As paredes do Standard Bank, instituição sul-africana de investimentos instalado em São Paulo, também ostentam 30 grandes ampliações, são fotos de São Paulo e de outras cidades do Brasil e do mundo, todas de pro-fissionais da 689 Imagens, estúdio fotográfico de RenattodSousa (www.689imagens.com.br).

Por Fábia Renata (Mtb. 29.472)

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14 São Paulo/SP - 30 de Nov. a 20 de Dez. 2010 O jornal da região do Centro da Cidade

Artes e Cultura

Está em car taz no Teatro Abril, o musical da Broadway “Mamma Mia!”, baseado em 23 grandes sucessos da banda sueca ABBA . O espetáculo é estrelado por rostos conhecidos e cativos dos musicais nacionais como, Kiara Sasso (“A Noviça Rebelde”) e Saulo Vascon-celos (“Cats”), com dire-ção de Robert McQueen.

Em 11 anos, o espe-táculo pop escrito pela inglesa Catherine John-son, já foi visto por mais de 45 milhões de pessoas, em 14 idiomas diferentes. Atualmente, sete países fazem apresenta-ções simultâneas do musical, incluindo Londres - estadia da primeira versão -, que teve seu debute em 1999. Na Broadway, onde também continua sendo exibida, a montagem deu seu pontapé de sucesso em 2001 e desde então vem colecionando excursões mundo a fora.

Na versão tupiniquim, as músicas foram adaptadas para o

Com direção de Zé Hen-rique de Paula e Bia Seidl no papel-título permanece em cartaz, até 19 de dezembro, no Teatro Augusta, a peça “Cân-dida”, de Bernard Shaw. O espe-táculo faz sua última temporada na cidade de São Paulo.

A peça trata de um imi-nente e cômico triangulo amo-roso entre uma mulher (Bia Seidl), seu marido, um pastor anglicano de ideologia socia-lista (Sérgio Mastropasqua) e um jovem aristocrata (Thiago Carreira) que adentra esse casamento, desestabilizando-o

idioma local por Carlos Botelho, responsável pelas traduções dos musicais “Les Misérables” e “My Fair Lady”. Situada em uma ilha grega, a história narra a busca de uma filha (Sophie) por seu pai, às vésperas de seu casamento, já que, a mãe (Donna), lhe negara até então a identidade dele. Sophie vascu-lha o diário da mãe e encontra três homens que fizeram parte de seu passado. Envia a eles os convites de seu casamento e tem início a jornada para a des-

Músicas do ABBA ganham versãoem português para o musical “Mamma Mia!”

“Candida”, de Bernard Shaw,em última temporada.

coberta do verdadeiro pai.Além das versões teatrais,

outra incursão de sucesso da montagem foi feita para o cinema em 2008. Estrelado por Meryl Streep no papel da mãe Donna, e por Pierce Brosnan, como Sam, um dos possíveis pais, “Mamma Mia!” teve sucesso de bilheteria e boa aceitação da crítica.

Para Kiara Sasso, veterana com tarimba em musicais no Brasil e uma das “Donna’s” mais jovens das montagens do espetá-

culo, o papel foi um de seus maio-res desafios: “Sempre gosto de dar minha cara aos personagens. Também vejo trabalhos anteriores de outras atrizes. É uma grande responsabilidade interpretar um papel que já foi protagonizado por Meryl Streep”.

O espetáculo tem o cuidado de não usar “playbacks”, ou gra-vações, durante a execução dos números musicais, que são feitos ao vivo pela orquestra residente do Teatro Abril. Para o diretor, Robert McQueen, vale ressal-

tar a identidade única da interpretação das músicas originais: “Não queríamos que o espetáculo fosse um tributo ao ABBA, mas sim uma história baseada nos grandes sucessos da banda sueca”.

As coreografias foram criadas a partir de influ-ências da dança contem-porânea dos anos 70, 80 e 90, com um toque da movimentação grega. A supervisora de dança e coreógrafa, Janet Rother-

mel, afirma que, “é encantador como o público se relaciona com a música, a história e a coreografia. Acho que a maioria das pessoas enxerga um pouco de si mesmas no palco”.

Por José Eduardo Bernardes

Serviço:Teatro Abril: Avenida Brigadeiro Luís Antônio, 411De quar. a sex.: às 21h. Sáb.: às 17h e às 21h e dom.: às 16h e 20hIngressos: de R$ 90 a R$ 250

mediante a uma constante possibi-lidade de traição.

O diretor com-pleta com esse espetáculo uma tri-logia sobre a iden-tidade masculina, que iniciou com a montagem “R&J” de Joe Calarco, o n d e g a r o t o s descobrem seus impulsos afetivos e sexuais. Depois dirigiu “Mojo”, de Jez But-terworth, que mostra homens

aos 20 anos encontrando seu lugar no mundo. “Cândida”,

de Bernard Shaw, apesar da prota-gonista feminina, faz uma auto-ima-gem do homem maduro.

D e s d e s u a estreia em 2008, a peça foi encenada em 17 cidades bra-sileiras, atraindo mais de 50 mi l espectadores em 20 0 apresenta-ções, sempre com

o mesmo elenco. O Núcleo Experimental, responsável

pela montagem do espetáculo, procura dar ênfase a autores inéditos e textos referenciais, como em “Senhora dos Afoga-dos” de Nelson Rodrigues, “As Troianas - Vozes da Guerra”, inspirado em Eurípedes e “O Livro dos Monstros Guarda-dos” de Rafael Primot.

Serviço:Teatro AugustaRua Augusta, 943Temporada: até 19 de dezembro Espetáculos: sex. às 21h30, sáb. às 21h e dom. às 18hMais informações: (11) 3151-4141

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São Paulo/SP - 30 de Nov. a 20 de Dez. 2010 15 O jornal da região do Centro da Cidade

Artes e Cultura

A programação da série Piano na Praça será encerrada este ano, em 18 de dezembro, às 16h, com o show do famoso multiinstrumentista Egberto Gismonti, que promete encan-tar e emocionar os amantes da boa música instrumental, ao interpretar temas de sua auto-ria como “Realejo e Dansa”, “Um Anjo”, “Palhaço”, “Sonhos de Recife”, Forrobodó”, “A Fala da Paixão”, “Frevo”, “San-fona”, “7 Anéis” e “Infância”. Na mesma tarde, às 15h, assumirá o piano da série, a pianista Mel van Langendonck, instrumen-tista dedicada aos clássicos da música brasileira, que na ocasião interpretará: “Com Você” (Tom Jobim e Aloysio de Oliveira), “Casa Forte” (Edu Lobo), “Choro Bandido” (Edu Lobo e Chico Buarque), “Eu e a Brisa” (Johnny Alf), “Waltzing” (Vitor Assis Brasil), “Tico Tico no Fubá” (Zequinha de Abreu) e “Feitiço da Vila” (Noel Rosa e

Egberto Gismonti encerrará aprogramação 2010 do Piano na Praça

Vadico), além de exemplares de seu trabalho autoral e músicas de Luciano Magno.

As edições anteriores, do mês de novembro, trouxeram à Praça Dom José Gaspar: dia 27, Hermeto Pascoal e Aline Moreira, parceiros desde 2006, que apresentaram um pouco de tudo que já levaram para Argentina, Uruguai e Equa-dor, tendo por base os CDs Chimarrão com rapadura e Bodas de Latão; dia 20, para festejar o Dia da Consciência Negra, o norte-americano Kurt Brunus, de Nova Orleans, que fez um show de rhythm and blues, jazz e soul, com ligeira influência de música gospel, reunindo composições próprias e de Steve Wonder, e o pianista cubano Luis Lugo, que combina os ritmos afro-cubanos com a música erudita acadêmica; dia 13, o compositor e cantor Oswaldo Montenegro, que apresentou as composições

de seu último CD, Canções de amor, quase todas escritas por ele, ou em parceria com Mongol e Raíque Mackáu, na mesma data, antes dele, o pro-grama foi do jazz ao baião, com Michel Lima - pianista detentor de quatro Grammys latinos, conquistados pelo álbum Som de chuva, gravado ao lado de outros intérpretes, como Bocato, Roberto Sion, Negra Li e Elba Ramalho.

A série Piano na Praça é uma realização da Secreta-ria Municipal de Cultura, que acontece na Praça Dom José Gaspar, quinzenalmente, desde 2006. O projeto apresenta pia-nistas de expressão nacional e internacional, tanto no âmbito popular quanto no erudito.

Um pouco sobre os próxi-mos artistas participantes

Egberto Gismonti. Nascido em Carmo em 5 de dezembro de 1944, é compositor, instru-mentista e arranjador dos mais

expressivos da música instru-mental. Neto e sobrinho de mestres de banda, estudou piano quando jovem e foi se aperfei-çoar na França, onde trabalhou como regente e arranjador para a cantora Marie Laforêt. Iniciou carreira em 1968, quando clas-sificou três músicas num festival. Em 1969 lançou o primeiro LP, Egberto Gismonti, e no ano seguinte gravou na França, Itália e Alemanha.

Lançou dezenas de discos no Brasil e no exterior, é proprietário das matrizes e tem o direito de comercialização de seus 51 discos, além de dirigir sua própria grava-dora, a Carmo. Seus CDs mais recentes são In Montreal (2001) e Saudações (2009). Egberto compôs trilha para 28 filmes, 12 séries especiais de TV, 11 peças teatrais e 27 espetáculos de dança. Além de exímio pianista, ele combina sons de órgão, sinte-tizador, violão e flautas indígenas em seus arranjos.

Mel van Langendonck. Com um gosto musical apurado e repertório primoroso propõe uma combinação de arranjos criativos, interpretações suaves e arrojadas para composições com melodias e harmonias ela-boradas. Seu trabalho prioriza obras de Tom Jobim, Edu Lobo, Carlos Lyra, Cartola, Zequinha de Abreu, Vitor Assis Brasil, Egberto Gismonti, Hermeto Paschoal, Moacir Santos e Cesar Camargo Mariano, entre outros. A artista também apre-senta seu trabalho autoral.

Serviço:Piano na Praça 18 de dezembro de 2010 - Sábado15 horas: Mel van Langendonck16 horas: Egberto GismontiPraça Dom José Gaspar, s/nº Centro/SP - Metrô RepúblicaConcerto o ar livre – GrátisClassificação etária: LivreInformações: (11) 3397-0160 Nº de lugares: 300 cadeiras

Egberto Gismonti

Luis Lugo

HermetoPascoal

Aline Moreira

Oswaldo Montenegro Kurt Brunus

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