divisão de bibliotecas e arquivo · 2017-05-10 · em 2016, a biblioteca centrou ... registamos,...
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missão É missão da biblioteca municipal assegurar a preservação e divulgação
do conhecimento humano, a história, a cultura e fornecer, a todos os
santamarianos, o livre acesso à informação, educação informal e à
recreação.
visão A biblioteca municipal, pretende ser um centro de conhecimento,
acessível 24 h por dia e ser leader em serviços tradicionais e inovadores,
de excelência, que sejam adequados, acessíveis e úteis aos residentes
em Santa Maria da Feira.
bibl
iote
ca m
unic
ipal
Nunca é demais referir que, dadas as alterações de contexto, as
bibliotecas públicas estão a alterar o seu paradigma, deslocando o seu
enfoque nas coleções/serviços para o individuo.
A biblioteca municipal, após um percurso, desde a abertura do seu
edifício, de crescimento permanente e sustentado, de uma relação, cada
vez mais profunda, com o seu território, tem reforçado e desenvolvido
serviços em função da definição de perfis de utilização para que os
mesmos sejam mais eficazes, respondendo, objetivamente, às
necessidades dos nossos utilizadores.
Em 2016, a biblioteca centrou a sua ação no ACESSO: à informação, à
educação informal, e à cultura e na ORGANIZAÇÂO.
Os resultados obtidos, nas diferentes áreas de intervenção, superaram os
objetivos definidos no quadro do sistema de gestão de qualidade e
permitem-nos referir que a biblioteca é um equipamento informacional,
educacional, cultural e social muito importante para muitos dos residentes
em Santa Maria da Feira, o que nos induz mais responsabilidade e mais
acuidade nos objetivos que definimos.
intro
duçã
o
A rede de bibliotecas públicas no concelho, a saber, os polos de Milheirós
de Poiares, Escapães, Souto, Lourosa, Argoncilhe, o ponto de acesso de
Arrifana e o protocolo com a Biblioteca Pública de S. Paio de Oleiros,
promovem, de facto, o acesso à informação e serviços, garantindo o
crescimento do número de utilizadores inscritos e o número de
empréstimos.
33 445 leitores 949 novos leitores 124 239 empréstimos
Não poderemos deixar de referir, a participação ativa dos polos de Souto
e de Lourosa, no cumprimento dos objetivos traçados, devendo-se
sublinhar a performance do polo de Souto, sobretudo, no que diz respeito
à dinâmica introduzida na promoção da leitura e de captação de públicos
para a utilização daquele equipamento.
Devemos, ainda, referir o sucesso alcançado pelo projeto bibliobus,
projeto de itinerância pelas IPSS do concelho, que, no ano transato
alargou a sua ação a mais 3 IPSS.
A relação profunda que a biblioteca tem, através do seu Serviço de Apoio
às Bibliotecas Escolares, com as Bibliotecas Escolares de todos os níveis
ensino, determinam uma complementaridade de enorme relevância, na
disponibilização, mais alargada no território, de informação e serviços.
pont
os d
e AC
ESSO
A rede concelhia de leitura pública disponibiliza milhares de documentos,
em todos os suportes, cobrindo as diferentes áreas do conhecimento
humano e atualizados de acordo com o perfil dos seus utilizadores.
Ler um jornal matinal, nacional e local, ler o último número de uma
revista, encontrar uma novidade editorial ou mesmo um livro raro, é algo
que qualquer residente em Santa Maria da Feira, pode fazer.
Em vários pontos fixos, no concelho e através de projetos de itinerância,
a biblioteca disponibiliza, gratuitamente, conhecimento.
211 760 documentos 15 831 documentos digitais
Acompanhando as tendências das bibliotecas públicas, a utilização da
Internet, a biblioteca permite, através do seu catálogo online, que,
qualquer leitor, com um simples clique, aceda aos documentos digitais de
história local, como os jornais locais atuais.
www.biblioteca.cm-feira.pt ACES
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ano
Um dos principais papéis da biblioteca, no contexto educacional, é
providenciar livros e outros materiais que suportam o desenvolvimento de
competências básicas de literacia.
Aprender não é um luxo de um pequeno grupo mas é essencial para a
sobrevivência de qualquer um.
E esta aprendizagem faz-se em contexto formal e informal. E é neste que
a biblioteca age não só disponibilizando livros e outros materiais mas
promovendo atividades e programas de promoção da leitura.
8 259 crianças 352 horas do conto
Estes programas destinam-se a um público alargado, que integra bebés
(6-36 meses) e os seus progenitores, crianças, jovens e adultos séniores.
368 bebés 17 ações nascido para ler
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edu
caçã
o
Das múltiplas atividades desenvolvidas não poderíamos deixar de referir
as que se inscrevem no projeto “nascido para ler”; as atividades para
famílias, os projetos colaborativos “ a menina de papel”, com o Museu de
Papel; “fogaceiras: construindo memórias”, com este e o Museu
Convento dos Lóios” e a “estafeta de contos” promovida com as
bibliotecas escolares concelhias.
27 ações para famílias
A biblioteca promoveu outros programas, desenvolvidos, em itinerância,
pelo seu núcleo pedagógico, como “o livro em viagem”, “ contos sobre
rodas”, ”biblioteca itinerante- está na hora da leitura”, “contas com o
conto” e “horas do conto”.
5 576 crianças 4 projetos de itinerância
Por outro lado, ciente de que, hoje, a nossa aprendizagem tem de ser
feita ao longo da vida e de múltiplas formas, a biblioteca apoia, de forma
informal, a aprendizagem da utilização das TIC, quer individualmente
quer através do projeto emili@, que acolhe no seu espaço central e nos
seus polos.
ACES
SO à
edu
caçã
o
A biblioteca assume-se como um centro de cultura e para a cultura e,
neste contexto, de acordo com as suas disponibilidades, realiza,
anualmente, uma programação cultural que tem por objeto a
disponibilização de bens culturais e a promoção da sua fruição por
públicos diversos.
Registamos, ainda, que a programação integrou duas preocupações a
incorporação de artistas locais procurando um certo ecletismo estético de
forma a poder responder aos gostos de diferentes públicos.
Em 2016, realizámos 6 exposições de artes plásticas, visitadas por 2 960
pessoas, de diferentes grupos etários e de oficinas a elas associadas,
que têm por objeto promover o tão necessário encontro entre o público, o
artista e os seus objetos artísticos.
Neste contexto, devemos destacar a exposição/oficina “os olhos da tua pintura” em que a artista plástica Ana Maria, trabalhou com jovens
durante cinco dias, levando-os numa viagem pelo mundo da pintura, a partir das questões: “O que é a arte? O que é a pintura? As tintas e os
pincéis são o prolongamento dos meus olhos ou das minhas mãos?”. A
partir desta reflexão os jovens fizeram uma performance e objetos
artísticos que integraram a exposição.
ACES
SO à
cul
tura
Um dos nossos enfoques é iniciar os nossos públicos mais jovens na
fruição das manifestações artísticas pelo que realizámos atividades
pluridisciplinares merecendo destaque: “o que é uma coisa é” – um
percurso sensorial pelo teatro onde o público foi convidado a entrar e a
participar na criação e expansão de espaços cénicos; fiandeira/olhos nos
olhos / lã lã lã – peça de teatro dança; “karingana blues” – um espetáculo
que homenageia a oralidade no espaço lusófono; “conchas”- espetáculo
icónico destinado a bebés; nuvem – espetáculo para bebés; “teatro e
matemática: os enigmas de bagdad” protagonizado por artistas locais que
propõem que os alunos deixem a sala de aula e se aventuram por
desertos, oásis e dunas até chegarem à Arábia, onde nasceu a cultura
que deu à luz os números que usamos.
5 620 participantes 46 atividades pluridisciplinares
Registamos, ainda, a realização do XX festival de cinema luso-brasileiro,
de iniciativa do cineclube mas ao qual a biblioteca está indelevelmente
ligado por 20 anos de parceria e no qual participaram 2 655 pessoas.
Sublinhamos, ainda, a forma como a comunidade utiliza os espaços da
biblioteca para a promoção de múltiplas iniciativas.
ACES
SO à
cul
tura
Temos referido, sempre, que colocamos no centro da nossa atividade as
pessoas, as internas e os utilizadores. E é a pensar nestes, que
mantemos ativo o nosso Sistema de Gestão de Qualidade, procurando,
sempre, prestar os nossos serviços de forma a que os nossos utilizadores
tenha a máxima satisfação.
94,97% taxa geral de satisfação
Mas não basta ter um certificado de qualidade pois para qualquer
biblioteca se desenvolver é importante que, como organização,
identifique, claramente, os seus valores.
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GAN
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Confidencialidade e privacidade, democracia, diversidade, liberdade
intelectual e responsabilidade social são valores, totalmente, assumidos.
Mas há três valores que são particularmente importantes para prosseguir
a nossa missão e visão e que são vitais para que cada membro da
equipa perceba quem somos, o que é importante para nós e como, no
exercício das nossas funções, acrescentamos valor à nossa comunidade.
Acesso e Equidade
Acreditamos que todas as pessoas merecem ter livre acesso a ideias,
informação, recursos e oportunidades.
Aprendizagem e literacia
Acreditamos que o desenvolvimento de um conjunto de competências
literárias é essencial para o pleno desenvolvimento humano.
Fornecer experiências criativas de leitura suscitam uma comunidade mais
informada e empenhada.
Envolvermo-nos com a comunidade
Acreditamos que as comunidades são fortes se os indivíduos ou grupos
forem inclusivos e tenham um sentido de pertença.
Envolvermo-nos, trabalharmos juntos é a melhor forma de identificarmos
as necessidades e as aspirações da comunidade e de desenvolver
estratégias para superarmos os desafios.
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osso
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missão
Assegurar a gestão, preservação e acesso à informação produzida ou
custodiada pela administração, às gerações presentes e futuras, garantindo
a sua autenticidade, fidedignidade, integridade, usabilidade e o exercício
público de direito de acesso à informação administrativa.
visão Ligar as pessoas à informação produzida e à memória criada e organizada
pela nossa administração.
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ivo
mun
icip
al
O ano de 2016, em seguimento dos trabalhos iniciados no ano transato e no
contexto da implementação de um sistema integrado de gestão de
informação na autarquia, deu-se continuidade a diligências, junto dos
serviços da administração, sensibilizando-os para a necessidade de um
administração aberta e responsável mediada por um serviço público de
gestão de informação e arquivo que forneça acesso generalizado à
informação pública, produzida pela administração, como prova fiel da sua
atividade.
Apoiar a administração local no seu objetivo de criar de um serviço de
informação à comunidade, de qualidade, facilitando a pesquisa, consulta e
reprodução de toda a informação de arquivo produzida, recebida e
custodiada pela instituição de forma segura, rápida e no longo termo foi, ao longo de todo o ano, o core das atividades deste serviço que incidiram sobre
a avaliação de plataformas tecnológicas para criação de uma infraestrutura
técnica e tecnológica de suporte ao serviço.
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Sendo uma das funções do Arquivo Municipal a salvaguarda do património
documental de relevante interesse cultural para o concelho da Feira foram
efetuadas, ao longo dos últimos dois anos, diversas diligências com o
propósito de conservar um importante arquivo privado existente neste
concelho, propriedade da Casa da Portela em Paços de Brandão. Os
esforços realizados neste sentido culminaram, durante o corrente ano, com
a assinatura de um protocolo de depósito celebrado entre as proprietárias e
a Câmara Municipal assim como a desinfestação, inventariação e
transferência da documentação para o arquivo municipal. Este arquivo
privado é constituído por dois importantes acervos documentais, os Tombos
da Comenda de Rio Meão, da ordem de Malta, em acesso público, e a
documentação particular dos Senhores da Casa da Portela, gerações da
família Pinto d’Almeida, em acesso restrito. O arquivo, do qual foram
recenseados 180 títulos, é constituído fisicamente por 44 livros, 569 maços
e 12 unidades de instalação, estas últimas pertencentes ao arquivo privado
da Casa da Portela, possuindo documentação de meados do século XVI até
finais do século XIX.
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Num serviço de referência, o trabalho de pesquisa e mediação e o acesso
aos documentos são os alicerces de um serviço de informação de qualidade
prestado quer aos cidadãos quer aos serviços da administração e, por isso,
o Arquivo Municipal tem investido na formação e especialização dos seus
recursos humanos com o propósito de melhorar as suas competências
técnicas específicas e provir as exigentes necessidades de informação dos
seus utilizadores, que se consubstanciam num público-alvo especializado.
Durante este ano, comparativamente com o ano de 2015, o aumento de
documentos consultados (mais 17%) assim como de pedidos efetuados ao
arquivo (mais 27%) são um indicador de que o serviço de referência e o
trabalho de pesquisa e mediação, apesar de por vezes constituir uma tarefa
morosa e complexa, começa a ser mais procurado e valorizado,
especialmente a nível dos serviços internos que, pela primeira vez,
superaram o número de pedidos efetuados por utilizadores externos ao
arquivo.
No que concerne à promoção da história local e criação de conhecimento,
tendo por base o estudo de fontes de informação conservadas no arquivo
municipal, foi acolhido durante este ano um estágio de investigação, com a
duração de 196 horas, dedicado à temática dos expostos no concelho da
Feira, nos finais do século XVII.
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utilizadores
internos 36
externos 35
tipo de serviço
eletrónico 50
presencial 21
tipo de pesquisa
apoiada 57
autónoma 14
documentos consultados 328
páginas digitalizadas 1 232
tempo de resposta 1 dia
Um dos indicadores da qualidade de um serviço de referência diz respeito
ao tempo de resposta às solicitações de pesquisa e reprodução de
documentos sendo que, em média, o tempo utilizado para satisfazer as
necessidades de informação dos utilizadores do arquivo é inferior a 1 dia
útil. Apesar de cerca de 81 % dos pedidos serem respondidos no próprio dia
nem sempre é possível responder às solicitações neste tempo útil, por as
mesma constituírem pesquisas para resenhas históricas que envolvem
grande complexidade.
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No que concerne ao tipo de utilizadores dos arquivos, classificados
habitualmente como utilizadores internos e externos, verificou-se este ano
que 51% dos pedidos de consulta e reprodução de documentos registados
pertencem a utilizadores internos, ou seja são efetuados por necessidade
dos próprios serviços camarários, invertendo a tendência habitual de serem
os utilizadores externos (investigadores e outros cidadãos) os responsáveis
pelo maior número de consultas à documentação de arquivo.
Relativamente ao tipo de serviço de referência prestado aos utilizadores
este é tendencialmente um serviço eletrónico, cerca de 70 % dos pedidos,
sendo as solicitações feitas via e-mail institucional ou telefone e as
respostas de informação às necessidades do utilizador efetuadas quer pelos
mesmos meios de comunicação quer através de recurso a plataformas que fornecem serviços online de transferência de ficheiros.
indi
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gera
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ivid
ade
No que respeita ao tipo de pesquisa efetuada, tendo em conta que o arquivo
ainda não dispõem de instrumentos de pesquisa e acesso automatizados nem online, esta é uma pesquisa maioritariamente apoiada, cerca de 80% dos
casos, e mediada pelos técnicos do arquivo.
Ao longo dos anos os arquivos têm sido seccionados e indevidamente
associados a acervos documentais de relevante interesse histórico e cultural, levando muitas instituições a esquecer a importância do arquivo como
serviço administrativo especializado em gerir e organizar toda a informação
produzida/recebida por uma instituição, ao longo de todas a sua existência, e
que necessita ser avaliada, descrita, preservada e estar acessível a todos os interessados, como prova fidedigna da sua atividade.
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