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UNIVERSIDADE FEDERAL DE CAMPINA GRANDE PRÓ-REITORIA DE PÓS-GRADUAÇÃO E PESQUISA CENTRO DE TECNOLOGIA E RECURSOS NATURAIS UNIDADE ACADÊMICA DE ENGENHARIA AGRÍCOLA DISSERTAÇÃO ÁREA DE CONCENTRAÇÃO EM PROCESSAMENTO E ARMAZENAMENTO DE PRODUTOS AGRÍCOLAS SECAGEM SOLAR E CONVENCIONAL DE GRÃOS DE ABÓBORA ADELINO DE MELO GUIMARÃES DIÓGENES Campina Grande, Paraíba FEVEREIRO 2010

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UNIVERSIDADE FEDERAL DE CAMPINA GRANDE

PRÓ-REITORIA DE PÓS-GRADUAÇÃO E PESQUISA

CENTRO DE TECNOLOGIA E RECURSOS NATURAIS

UNIDADE ACADÊMICA DE ENGENHARIA AGRÍCOLA

DISSERTAÇÃO

ÁREA DE CONCENTRAÇÃO EM PROCESSAMENTO E

ARMAZENAMENTO DE PRODUTOS AGRÍCOLAS

SECAGEM SOLAR E CONVENCIONAL DE GRÃOS DE ABÓBORA

ADELINO DE MELO GUIMARÃES DIÓGENES

Campina Grande, Paraíba

FEVEREIRO 2010

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SECAGEM SOLAR E CONVENCIONAL DE GRÃOS DE ABÓBORA

ADELINO DE MELO GUIMARÃES DIÓGENES

Dissertação apresentada ao Curso

de Pós-Graduação em Engenharia

Agrícola da Universidade Federal de

Campina Grande, como parte dos

requisitos necessários para obtenção

do título de Mestre em Engenharia

Agrícola.

ÁREA DE CONCENTRAÇÃO: Processamento e Armazenamento de Produtos

Agrícolas

ORIENTADORES: Prof. Dr. Alexandre José de Melo Queiroz

Profª. Drª. Rossana Maria Feitosa de Figueirêdo

Campina Grande, Paraíba

FEVEREIRO 2010

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FICHA CATALOGRÁFICA ELABORADA PELA BIBLIOTECA CENTRAL DA UFCG D591s Diógenes, Adelino de Melo Guimarães.

Secagem solar e convencional de grãos de abóbora / Adelino de Melo Guimarães Diógenes. Campina Grande, 2010.

155 f.: il.

Dissertação (Mestrado em Engenharia Agrícola) Universidade Federal de Campina Grande, Centro de Tecnologia e Recursos Naturais.

Orientadores: Prof. Dr. Alexandre José de M. Queiroz, Profª. Drª. Rossana Maria F. de Figueiredo.

Referências.

1. Curcubita Moschata. 2. Grãos. 3. Secagem . 4. Secador solar. I. Título.

CDU 631.563.2(043)

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AGRADECIMENTOS

A Jesus Cristo, pela oportunidade, perseverança, fé e coragem.

A meus pais, Francisco Guimarães Diógenes e Maria Gorete de Melo, e a minha tia

Maria Socorro Guimarães, pelos ensinamentos, exemplos, dedicação e base educacional

que me fizeram chegar até aqui.

Aos professores orientadores Dr. Alexandre José de Melo Queiroz e Dra. Rossana

Maria Feitosa de Figueirêdo pelos conhecimentos, pela paciência aos meus

questionamentos e pelo auxílio sempre disponível e amizade.

A professora Dra. Josivanda Palmeira e ao Dr. Renato, por estarem sempre

acessíveis quando precisei.

A meu irmão Guimarães Júnior e aos meus amigos Ronaldo Pessoa, Pedro

Henrique Viana, José Sarto e Ana Charles Diógenes que, mesmo à distância, colaboraram

para a realização deste projeto.

Aos amigos Lívia Lisboa, Sales Júnior, Ana Lúcia Silva, Paulo de Tarso, Paulo

Morais, Karla Melo, Vanessa Santiago, Flávio Gurjão, Tâmila Kassimura, Hermeval

Dantas, José Carlos, Victor Linhares, Débora Rafaelly, Denise Amaral, Alison Bruno,

Wolia Costa, Adalberto, Danilo e Poliana, pela ajuda sempre disponível neste trabalho de

dissertação, pelo compartilhamento de conhecimentos adquiridos e, principalmente, pela

amizade sincera.

Ao CNPq, pela bolsa concedida.

Ao Instituto CENTEC, pelo afastamento das minhas atribuições profissionais para

cursar este Mestrado.

Minha amizade e respeito estarão sempre com vocês.

Muito obrigado!

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i

SUMÁRIO

LISTA DE FIGURAS ............................................................................................ iv

LISTA DE TABELAS ........................................................................................... viii

RESUMO ................................................................................................................ xiv

ABSTRACT ............................................................................................................ xv

1 INTRODUÇÃO ................................................................................................ 1

1.1 Objetivo geral ............................................................................................. 2

1.1.1 Objetivos específicos ..................................................................... 2

2 REVISÃO BIBLIOGRÁFICA ........................................................................ 4

2.1 Abóbora ..................................................................................................... 4

2.1.1 Semente de abóbora ....................................................................... 5

2.2 Secagem ..................................................................................................... 8

2.2.1 Teorias de secagem ........................................................................ 11

2.2.2 Cinética de secagem ....................................................................... 13

2.2.2.1 Modelos matemáticas de secagem em camada fina ........ 13

2.2.2.1.1 Modelo de Aproximação da Difusão ............. 15

2.2.2.1.2 Modelo de Exponencial Dois Termos ........... 15

2.2.2.1.3 Modelo Henderson & Pabis .......................... 16

2.2.2.1.4 Modelo Logarítmico ...................................... 16

2.2.2.1.5 Modelo Page .................................................. 17

2.2.3 Secagem solar ..................................................................... 17

2.2.3.1. Secagem natural e em secadores solar ............ 18

2.2.4 Secagem artificial ............................................................... 19

2.3 Secadores ................................................................................................... 20

2.3.1 Secadores de leito fixo .................................................................. 21

2.3.2 Secadores solar .............................................................................. 21

3 MATERIAL E MÉTODOS ............................................................................. 23

3.1 Local de realização .................................................................................... 23

3.2 Matéria-prima ............................................................................................ 23

3.3 Processamento das abóboras ..................................................................... 23

3.4 Preparo de amostras ................................................................................... 24

3.5 Secagem ..................................................................................................... 25

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ii

3.5.1 Secagem em estufa ........................................................................ 27

3.5.2 Secagem utilizando energia solar .................................................. 27

3.5.2.1 Secadores ........................................................................ 27

3.5.2.1.1 Secador solar para uso diurno ....................... 27

3.5.2.1.2 Secador acumulador de energia solar para

secagem no período noturno (ACSN) .......... 28

3.5.2.1.2.1 Descrição das partes do secador

ACSN ...................................... 29

3.5.2.1.2.2 Montagem e funcionamento do

secador ACSN ......................... 32

3.5.2.2 Secagem por exposição direta ao sol combinada com o

secador ACSN ................................................................ 33

3.5.2.3 Secagem por exposição direta ao sol durante o dia e à

noite em abrigo ............................................................... 34

3.5.2.4 Secagem em secador solar de uso diurno combinado

com o secador ACSN ..................................................... 34

3.5.2.5 Secagem em secador solar durante o dia, e à noite, em

abrigo .............................................................................. 35

3.6 Cinética de secagem .................................................................................. 35

4 RESULTADOS E DISCUSSÃO ..................................................................... 37

4.1 Secagem em estufa .................................................................................... 37

4.1.1 Grãos inteiros (GI) ........................................................................ 37

4.1.2 Grãos sem tegumento (GST) ....................................................... 41

4.1.3 Farinha de grãos (FG) ................................................................... 45

4.2 Secagem solar ............................................................................................ 48

4.2.1 Secagem por exposição direta ao sol combinada com o secador

ACSN ou abrigo no período noturno ............................................ 49

4.2.2 Secagem em secador solar combinada com o secador ACSN ou

abrigo no período noturno ............................................................. 59

4.2.3 Comparação entre a secagem em estufa e a secagem no secador

ACSN combinado com a exposição direta ao sol ......................... 70

4.2.4 Comparação entre a secagem em estufa e a secagem no secador

ACSN combinado com o secador solar ......................................... 73

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iii

5 CONCLUSÕES ................................................................................................ 76

6 REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS ........................................................... 77

APÊNDICE A ......................................................................................................... 96

APÊNDICE B ......................................................................................................... 120

APÊNDICE C ......................................................................................................... 127

APÊNDICE D ......................................................................................................... 131

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iv

LISTA DE FIGURAS

Figura 2.1 - Frutos de abóbora (C. moschata Duchesne) variedade jacarezinho .. 4

Figura 2.2 - Semente de abóbora (C. moschata Duchesne var. jacarezinho) ........ 5

Figura 3.1 - Fluxograma do processamento dos grãos de abóbora ........................ 24

Figura 3.2 - Grãos inteiros de abóbora (GI) .......................................................... 24

Figura 3.3 - Grão sem tegumento de abóbora (GST) ........................................... 25

Figura 3.4 - Farinha de grãos de abóbora (FG) ..................................................... 25

Figura 3.5 -Fluxograma geral dos processos de secagem para diferentes

tratamentos ........................................................................................... 26

Figura 3.6 - Secador solar para uso diurno ............................................................ 28

Figura 3.7 - Secador ACSN ................................................................................... 28

Figura 3.8 - Coletores solares ................................................................................ 29

Figura 3.9 - Reservatório térmico .......................................................................... 30

Figura 3.10 - Câmara de secagem: parte externa (a) e parte interna (b) .................. 31

Figura 3.11 - 31

Figura 3.12 - Sistema completo de secador ACSN ................................................. 33

Figura 3.13 - Secagem em exposição direta ao sol .................................................. 34

Figura 3.14 - Secagem em secador solar de uso diurno .......................................... 35

Figura 4.1 - Curvas de secagem em estufa de grãos inteiros (GI) de abóbora nas

temperaturas de 40, 50, 60, 70 e 80 °C ................................................ 37

Figura 4.2 - Modelo Aproximação da Difusão ajustado à cinética de secagem

em estufa de grãos inteiros (GI) de abóbora nas temperaturas de 40,

50, 60, 70 e 80 °C ............................................................................... 40

Figura 4.3 - Curvas de secagem em estufa de grãos sem tegumento (GST) nas

temperaturas de 40, 50, 60, 70 e 80 °C................................................. 41

Figura 4.4 - Modelo Aproximação da Difusão ajustado à cinética de secagem

em estufa dos grãos sem tegumento (GST) nas temperaturas de 40,

50, 60, 70 e 80 °C.................................................................................. 44

Figura 4.5 - Curvas de secagem em estufa da farinha de grãos de abóbora (FG)

nas temperaturas de 40, 50, 60, 70 e 80 °C .......................................... 45

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v

Figura 4.6 - Modelo Logarítmico ajustado à cinética de secagem em estufa da

farinha de grãos de abóbora (FG) nas temperaturas de 40, 50, 60, 70

e 80 °C .................................................................................................. 48

Figura 4.7 - Secagem de grãos inteiros (GI) de abóbora por exposição direta ao

sol, combinada com a secagem no secador ACSN ou colocada no

abrigo (testemunha) durante o período noturno ................................... 52

Figura 4.8 - Secagem de grãos de abóbora sem tegumento (GST) por exposição

direta ao sol combinada com a secagem no secador ACSN ou

colocados no abrigo (testemunha) durante o período noturno ............. 53

Figura 4.9 - Secagem de farinha de grãos (FG) de abóbora por exposição direta

ao sol combinada com a secagem no secador ACSN ou colocada ao

abrigo (testemunha) durante o período noturno ................................... 54

Figura 4.10 - Secagem de grãos inteiros (GI) de abóbora em secador solar

combinada com a secagem no secador ACSN ou colocada no abrigo

(testemunha) durante o período noturno .............................................. 63

Figura 4.11 - Secagem de grãos de abóbora sem tegumento (GST) em secador

solar combinada com a secagem no secador ACSN ou colocados no

abrigo (testemunha) durante o período noturno ................................... 64

Figura 4.12 - Secagem de farinhas de grãos (FG) de abóbora em secador solar,

combinada com a secagem no secador ACSN ou colocada ao abrigo

(testemunha) durante o período noturno .............................................. 65

Figura 4.13 - Curvas de secagem dos grãos inteiros de abóbora (GI) em estufa e

no secador ACSN combinado com a exposição direta ao sol com

ajustes pelo modelo Aproximação da Difusão ..................................... 72

Figura 4.14 - Curvas de secagem dos grãos de abóbora sem tegumento (GST)

em estufa e no secador ACSN combinado com a exposição direta ao

sol, com ajustes pelo modelo Aproximação da Difusão ...................... 72

Figura 4.15 - Curvas de secagem da farinha dos grãos (FG) de abóbora em estufa

e no secador ACSN combinado com a exposição direta ao sol com

ajustes pelo modelo Aproximação da Difusão ..................................... 73

Figura 4.16 - Curvas de secagem dos grãos inteiros (GI) de abóbora em estufa e

no secador ACSN combinado com o secador solar, com ajustes pelo

modelo Aproximação da Difusão ......................................................... 74

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vi

Figura 4.17 - Curvas de secagem dos grãos de abóbora sem tegumento (GST),

em estufa e no secador ACSN combinado com o secador solar, com

ajustes pelo modelo Aproximação da Difusão ..................................... 74

Figura 4.18 - Curvas de secagem da farinha dos grãos (FG) de abóbora, em

estufa e no secador ACSN combinado com o secador solar, com

ajustes pelo modelo Aproximação da Difusão ..................................... 75

Figura B.1 - Curvas de cinética de secagem em estufa, nas temperaturas de 40,

50, 60, 70 e 80 °C, dos grãos de abóbora inteiros (GI) com ajustes

pelo modelo Exponencial Dois Termos ............................................... 121

Figura B.2 - Curvas de cinética de secagem em estufa nas temperaturas de 40,

50, 60, 70 e 80 °C, dos grãos de abóbora inteiros (GI) com ajustes

pelo modelo Henderson & Pabis .......................................................... 121

Figura B.3 - Curvas de cinética de secagem em estufa nas temperaturas de 40,

50, 60, 70 e 80 °C, dos grãos de abóbora inteiros (GI) com ajustes

pelo modelo Logarítmico ..................................................................... 122

Figura B.4 - Curvas de cinética de secagem em estufa nas temperaturas de 40,

50, 60, 70 e 80 °C, dos grãos de abóbora inteiros (GI) com ajustes

pelo modelo de Page ............................................................................ 122

Figura B.5 - Curvas de cinética de secagem em estufa nas temperaturas de 40,

50, 60, 70 e 80 °C, dos grãos de abóbora sem tegumento (GST) com

ajustes pelo modelo Exponencial Dois Termos .................................. 123

Figura B.6 - Curvas de cinética de secagem em estufa nas temperaturas de 40,

50, 60, 70 e 80 °C, dos grãos de abóbora sem tegumento (GST) com

ajustes pelo modelo Henderson & Pabis .............................................. 123

Figura B.7 - Curvas de cinética de secagem em estufa nas temperaturas de 40,

50, 60, 70 e 80 °C, dos grãos de abóbora sem tegumento (GST) com

ajustes pelo modelo Logarítmico ......................................................... 124

Figura B.8 - Curvas de cinética de secagem em estufa nas temperaturas de 40,

50, 60, 70 e 80 °C, dos grãos de abóbora sem tegumento (GST) com

ajustes pelo modelo Page ..................................................................... 124

Figura B.9 - Curvas de cinética de secagem em estufa nas temperaturas de 40,

50, 60, 70 e 80 °C, da farinha dos grãos de abóbora (FG) com ajustes

pelo modelo Aproximação da Difusão ................................................. 125

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vii

Figura B.10 - Curvas de cinética de secagem em estufa nas temperaturas de 40,

50, 60, 70 e 80 °C, da farinha dos grãos de abóbora (FG) com ajustes

pelo modelo Exponenecial Dois Termos ............................................. 125

Figura B.11 - Curvas de cinética de secagem em estufa nas temperaturas de 40,

50, 60, 70 e 80 °C, da farinha dos grãos de abóbora (FG) com ajustes

pelo modelo Handerson & Pabis .......................................................... 126

Figura B.12 - Curvas de cinética de secagem em estufa nas temperaturas de 40,

50, 60, 70 e 80 °C, da farinha dos grãos de abóbora (FG) com ajustes

pelo modelo de Page ............................................................................ 126

Figura D.1 - Curva de cinética de secagem dos grãos inteiros (GI) em exposição

direta ao sol associado ao secador ACSN com ajustes pelos

modelos de Aproximação da Difusão, Exponencial Dois Termos,

Henderson & Pabis, Logarítmico e Page ............................................ 132

Figura D.2 - Curva de cinética de secagem dos grãos sem tegumento (GST) em

exposição direta ao sol associado ao secador ACSN com ajustes

pelos modelos de Aproximação da Difusão, Exponencial Dois

Termos, Henderson & Pabis, Logarítmico e Page ............................. 132

Figura D.3 - Curva de cinética de secagem da farinha dos grãos de abóbora (FG)

sob em exposição direta ao sol associado ao secador ACSN com

ajustes pelos modelos de Aproximação da Difusão, Exponencial

Dois Termos, Henderson & Pabis, Logarítmico e Page ..................... 133

Figura D.4 - Curvas de cinética de secagem dos grãos inteiros de abóbora (GI)

em secador solar associado ao secador ACSN com ajustes pelos

modelos de Aproximação da Difusão, Exponencial Dois Termos,

Henderson & Pabis, Logarítmico e Page ............................................ 133

Figura D.5 -Curvas de cinética de secagem dos grãos de abóbora sem tegumento

(GST) em secador solar associado ao secador ACSN com ajustes

pelos modelos de Aproximação da Difusão, Exponencial Dois

Termos, Henderson & Pabis, Logarítmico e Page ............................. 134

Figura D.6 - Curvas de cinética de secagem da farinha dos grãos de abóbora

(FG) em secador solar associado ao secador ACSN com ajustes

pelos modelos de Aproximação da Difusão, Exponencial Dois

Termos, Henderson & Pabis, Logarítmico e Page ............................. 134

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viii

LISTA DE TABELAS

Tabela 2.1 - Composição centesimal e teor de fibra alimentar da semente de

abóbora (Cucurbita pepo) cultivada em Santo Amaro da Imperatriz,

SC ......................................................................................................... 7

Tabela 2.2 - Composição química das farinhas de semente de abóbora (C.

maxima), proveniente da Central de Abastecimento do Rio de

Janeiro.................................................................................................. 7

Tabela 2.3 - Valores médios dos parâmetros químicos e físico-químicos dos

grãos de abóbora (Curcubita moschata) in natura............................... 8

Tabela 4.1 - Parâmetros dos modelos Aproximação da Difusão, Exponencial

Dois Termos, Henderson & Pabis, Logarítmico e de Page, com seus

respectivos coeficientes de determinação (R2) e desvios quadráticos

médios (DQM) da cinética de secagem em estufa dos grãos inteiros

de abóbora (GI) .................................................................................... 39

Tabela 4.2 - Parâmetros dos modelos Aproximação da Difusão, Exponencial

Dois Termos, Henderson & Pabis, Logarítmico e de Page, com seus

respectivos coeficientes de determinação (R2) e desvios quadráticos

médios (DQM) da cinética de secagem em estufa dos grãos sem

tegumento (GST) .................................................................................. 43

Tabela 4.3 - Parâmetros dos modelos Aproximação da Difusão, Exponencial

Dois Termos, Henderson & Pabis, Logarítmico e de Page, com seus

respectivos coeficientes de determinação (R2) e desvios quadráticos

médios (DQM) da cinética de secagem em estufa da farinha dos

grãos de abóbora (FG) .......................................................................... 47

Tabela 4.4 - Parâmetros dos modelos Aproximação da Difusão, Exponencial

Dois Termos, Henderson & Pabis, Logarítmico e Page com seus

respectivos coeficientes de determinação (R2) e desvios quadráticos

médios (DQM) da cinética de secagem dos produtos de grãos de

abóbora com exposição direta ao sol combinada com secagem no

secador ACSN ou colocados em ambiente abrigado ........................... 50

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ix

Tabela 4.5 - Teores de água inicial e final das amostras GI, GST e FG na

primeira etapa da secagem (1a noite) no secador ACSN (tratamento)

e das amostras colocadas em abrigo (testemunha) no primeiro

período noturno .................................................................................... 55

Tabela 4.6 - Teores de água inicial e final das amostras GI, GST e FG na

segunda etapa de secagem: amostras colocadas sob exposição direta

ao sol (período diurno), oriundas do secador ACSN (tratamento) e

das amostras colocadas em abrigo (testemunha) .................................. 57

Tabela 4.7 - Teores de água inicial e final das amostras GI, GST e FG na

terceira etapa de secagem: amostras colocadas no secador ACSN

(tratamento) e em abrigo (testemunha) no período noturno, oriundas

da secagem por exposição direta ao sol ............................................... 58

Tabela 4.8 - Teores de água inicial e final das amostras GI na quarta (secagem

por exposição direta ao sol período diurno) e quinta (secador

ACSN - tratamento; e abrigo - testemunha) etapas de secagem .......... 59

Tabela 4.9 - Parâmetros dos modelos Aproximação da Difusão, Exponencial

Dois Termos, Henderson & Pabis, Logarítmico e Page com seus

respectivos coeficientes de determinação (R2) e desvios quadráticos

médios (DQM) da cinética de secagem dos produtos de grãos de

abóbora utilizando o secador solar de uso diurno combinada com a

secagem no secador ACSN ou colocados em ambiente abrigado ........ 61

Tabela 4.10 - Teores de água inicial e final das amostras GI, GST e FG na

primeira etapa de secagem: amostras colocadas no secador ACSN

(tratamento) e em abrigo (testemunha) no período noturno ................. 67

Tabela 4.11 - Teores de água inicial e final das amostras GI, GST e FG na

segunda etapa de secagem: amostras colocadas no secador solar

(período diurno), oriundas do secador ACSN (tratamento) e das

amostras colocadas em abrigo (testemunha) ........................................ 68

Tabela 4.12 - Teores de água inicial e final das amostras GI e GST na terceira

etapa de secagem: amostras colocadas no secador ACSN

(tratamento) e em abrigo (testemunha) no período noturno, oriundas

do secador solar .................................................................................... 69

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x

Tabela 4.13 - Teores de água inicial e final das amostras GI na quarta (secador

solar período diurno) e na quinta (secador ACSN - tratamento; e

abrigo - testemunha) etapas de secagem .............................................. 69

Tabela A.1 - Dados experimentais da cinética de secagem dos grãos inteiros (GI)

de abóbora em estufa a 80 °C ............................................................... 97

Tabela A.2 - Dados experimentais da cinética de secagem dos grãos inteiros (GI)

de abóbora (GIA) em estufa a 70 °C .................................................... 98

Tabela A.3 - Dados experimentais da cinética de secagem dos grãos inteiros (GI)

de abóbora em estufa a 60 °C ............................................................... 99

Tabela A.4 - Dados experimentais da cinética de secagem dos grãos inteiros (GI)

de abóbora em estufa a 50 °C ............................................................... 100

Tabela A.5 - Dados experimentais da cinética de secagem dos grãos inteiros (GI)

de abóbora em estufa a 40 °C ............................................................... 101

Tabela A.6 - Dados experimentais da cinética de secagem dos grãos de abóbora

sem tegumento (GST) em estufa a 80 °C ............................................. 102

Tabela A.7 - Dados experimentais da cinética de secagem dos grãos de abóbora

sem tegumento (GST) em estufa a 70 °C ............................................. 103

Tabela A.8 - Dados experimentais da cinética de secagem dos grãos de abóbora

sem tegumento (GST) em estufa a 60 °C ............................................. 104

Tabela A.9 - Dados experimentais da cinética de secagem dos grãos de abóbora

sem tegumento (GST) em estufa a 50 °C ............................................. 105

Tabela A.10- Dados experimentais da cinética de secagem dos grãos de abóbora

sem tegumento (GST) em estufa a 40 °C ............................................. 106

Tabela A.11- Dados experimentais da cinética de secagem farinha dos grãos de

abóbora (FG) em estufa a 80 °C ........................................................... 107

Tabela A.12- Dados experimentais da cinética de secagem farinha dos grãos de

abóbora (FG) em estufa a 70 °C ........................................................... 108

Tabela A.13- Dados experimentais da cinética de secagem farinha dos grãos de

abóbora (FG) em estufa a 60 °C ........................................................... 109

Tabela A.14- Dados experimentais da cinética de secagem farinha dos grãos de

abóbora (FG) em estufa a 50 °C ........................................................... 110

Tabela A.15- Dados experimentais da cinética de secagem farinha dos grãos de

abóbora (FG) em estufa a 40 °C ........................................................... 111

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xi

Tabela A.16 - Dados experimentais da cinética de secagem dos grãos inteiros (GI)

de abóbora em exposição direta ao sol combinada com o secador

ACSN ................................................................................................... 112

Tabela A.17 - Dados experimentais da cinética de secagem de grãos sem

tegumento em exposição direta ao sol combinada com o secador

ACSN ................................................................................................... 113

Tabela A.18 - Dados experimentais da cinética de secagem de farinha de grãos em

exposição direta ao sol combinada com o secador ACSN ................... 113

Tabela A.19 - Dados experimentais da cinética de secagem de grãos inteiros (GI)

em secador solar combinada com o secador ACSN ............................. 114

Tabela A.20 - Dados experimentais da cinética de secagem de grãos sem

tegumento (GST) em secador solar combinada com o secador ACSN 115

Tabela A.21 - Dados experimentais da cinética de secagem de farinha de grãos

(FG) em secador solar combinada com o secador ACSN .................... 115

Tabela A.22 - Dados experimentais da cinética de secagem dos grãos inteiros (GI)

de abóbora sob exposição direta ao sol e ao abrigo à noite

(testemunha) ......................................................................................... 116

Tabela A.23 - Dados experimentais da cinética de secagem dos grãos de abóbora

sem tegumento (GST) sob exposição direta ao sol e ao abrigo à noite

(testemunha) ......................................................................................... 117

Tabela A.24 - Dados experimentais da cinética de secagem da farinha dos grãos

(FG) de abóbora sob exposição direta ao sol e ao abrigo à noite

(testemunha) ......................................................................................... 117

Tabela A.25 - Dados experimentais da cinética de secagem dos grãos inteiros de

abóbora (GI) em secador solar diurno e ao abrigo à noite

(testemunha) ......................................................................................... 118

Tabela A.26 - Dados experimentais da cinética de secagem dos grãos de abóbora

sem tegumento (GST) em secador solar diurno e ao abrigo à noite

(testemunha) ......................................................................................... 118

Tabela A.27 - Dados experimentais da cinética de secagem da farinha de grãos de

abóbora (FG) em secador solar diurno e ao abrigo à noite

(testemunha) ......................................................................................... 119

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xii

Tabela C.1 - Valores médios das condições termodinâmicas do ambiente externo

durante a secagem dos grãos inteiros (GI) de abóbora sob exposição

direta ao sol (período diurno) combinada com a secagem no secador

ACSN (período noturno) ...................................................................... 128

Tabela C.2 - Valores médios das condições termodinâmicas do ambiente externo

durante a secagem dos grãos de abóbora sem tegumento (GST) sob

exposição direta ao sol (período diurno) combinada com a secagem

no secador ACSN (período noturno) .................................................... 128

Tabela C.3 - Valores médios das condições termodinâmicas do ambiente externo

durante a secagem da farinha dos grãos de abóbora (FG) sob

exposição direta ao sol (período diurno) combinada com a secagem

no secador ACSN (período noturno) .................................................... 128

Tabela C.4 - Valores médios das condições termodinâmicas do ambiente externo

durante a secagem dos grãos inteiros (GI) de abóbora no secador

solar (período diurno) combinada com a secagem no secador ACSN

(período noturno) .................................................................................. 128

Tabela C.5 - Valores médios das condições termodinâmicas do ambiente externo

durante a secagem dos grãos de abóbora sem tegumento (GST) no

secador solar (período diurno) combinada com a secagem no secador

ACSN (período noturno) ...................................................................... 129

Tabela C.6 - Valores médios das condições termodinâmicas do ambiente externo

durante a secagem da farinha dos grãos de abóbora (FG) no secador

solar (período diurno) combinada com a secagem no secador ACSN

(período noturno) .................................................................................. 129

Tabela C.7 - Temperaturas de secagem no secador ACSN comparada a

temperatura ambiente, durante o tratamento de secagem sob

exposição direta ao sol combinado com o secador ACSN para os

grãos de abóbora inteiros (GI) .............................................................. 129

Tabela C.8 - Temperaturas de secagem no secador ACSN comparada com a

temperatura ambiente, durante o tratamento de secagem sob

exposição direta ao sol combinado com o secador ACSN para os

grãos de abóbora sem tegumento (GST) .............................................. 129

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xiii

Tabela C.9 - Temperaturas de secagem no secador ACSN comparada a

temperatura ambiente, durante o tratamento de secagem sob

exposição direta ao sol combinado com o secador ACSN para a

farinha dos grãos de abóbora (FG) ....................................................... 130

Tabela C.10 - Temperaturas de secagem no secador ACSN comparada a

temperatura ambiente, durante o tratamento de secagem no secador

solar combinado com o secador ACSN para os grãos de abóbora

inteiros (GI) .......................................................................................... 130

Tabela C.11 - Temperaturas de secagem no secador ACSN comparada a

temperatura ambiente, durante o tratamento de secagem no secador

solar combinado com o secador ACSN para os grãos de abóbora sem

tegumento (GST) .................................................................................. 130

Tabela C.12 - Temperaturas de secagem no secador ACSN comparada a

temperatura ambiente, durante o tratamento de secagem no secador

solar combinado com o secador ACSN para a farinha dos grãos de

abóbora (FG) ........................................................................................ 130

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xiv

RESUMO

No intuito de diminuir perdas e desperdícios de resíduos, alimentos não

convencionais tem sido incorporados à alimentação como fonte alternativa de nutrientes,

razão pela qual folhas, cascas e grãos, entre estes, grãos de abóbora, são incorporados a

Neste trabalho estudou-se a secagem de

grãos de abóbora em secador solar e em estufa. Foram estudados grãos inteiros, grãos sem

tegumento e farinhas de grãos de abóbora. A secagem em estufa com circulação de ar foi

realizada nas temperaturas de 40, 50, 60, 70 e 80 °C. Para a secagem com energia solar

foram utilizados dois secadores, um para secagem durante o dia e outro para secagem

noturna. O secador solar para uso diurno consiste de uma caixa quadrada, em chapa de

zinco revestida internamente com lâminas de isopor pintadas de preto, tendo por cobertura

uma placa de vidro plano. O secador para uso noturno (ACSN) é composto de dois

sistemas de circulação de água independentes, dotados de registros a fim de se controlar a

circulação da água entre os coletores solares e o reservatório térmico e deste para a câmara

de secagem. Durante o dia funcionava o circuito formado pelos coletores solares e o

reservatório, com a circulação da água incrementada por uma bomba acionada por energia

fotovoltaica. No período noturno este circuito era interrompido, sendo então aberto o

circuito integrado pelo reservatório térmico e a câmara de secagem, cuja circulação da

água era propiciada pelo princípio do sifão térmico. O secador solar para uso noturno foi

montado de forma que a água aquecida durante o dia, armazenada em um reservatório

térmico, circulava em um trocador de calor durante a noite de maneira a fornecer calor para

a câmara de secagem. A adaptação de uma bomba ligada a um painel fotovoltaico ao

circuito de aquecimento de água diurno aumentou a eficiência da secagem do secador

ACSN, o qual atingiu temperatura máxima de 65 °C. As secagens em secador solar e em

exposição ao sol, associadas ao secador ACSN, tiveram desempenho semelhante aos das

secagens a 40 °C e entre 40 e 50 °C em estufa, respectivamente. A utilização do secador

noturno resultou em uma secagem mais rápida, superando a perda de água da testemunha.

Os modelos difusional, exponencial a dois termos, Henderson & Pabis, logarítmico e de

Page, foram ajustados aos dados das cinéticas de secagem das amostras em estufa e nos

secadores solar de uso diurno e noturno, em que todos os modelos utilizados foram

satisfatórios, destacando-se o difusional e o logarítmico.

Palavras-chave: Cucurbita moschata, grãos, secagem, secador solar

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xv

ABSTRACT

Intending to reduce the losses and wastes of residues, no conventional food has

leaves, peels and grains, among the ones, pumpkin seeds, are incorporated to alimentary

seeds

in sun dryer and stove. The drying in stove with air circulation was done at 40, 50, 60, 70

and 80 ºC. For drying with sun energy two driers were used, one for drying during the day

and another one for the nocturne drying. The sun dryer for the diurnal use consists of a

quadrate box, in a zinc metal sheet, revested in the internal part with polystyrene sheet painted

in black, and the box was covered with a plain glass plate. The dryer for the nocturnal use

(ACSN) is composed of two independent systems of water circulation with stop valves to

control the water circulation between the solar collectors and the thermic water tank and

from this one to the drying chamber. During the day, the circuit formed by the solar

collectors was functioning and the water tank, with the water circulation increased by a

pump put to action by photovoltaic energy. In the nocturnal period, this circuit was

interrupted, and then, the circuit integrated by the hot water tank and the drying chamber

were opened, and the circulation of water was provided by the principle of thermal siphon.

The sun dryer for the nocturnal use was set in a way that the water warming during the

day, stored in a hot water tank, could circulate in a heat exchanger for the whole night to

provide heat to the drying chamber. The adaptation of the pump connected to a

photovoltaic panel to the diurnal water warming increased the efficiency of the drying of

the ACSN dryer that reached the maximum temperature of 65 ºC. Dryings in the solar

dryer and the exposures to the sun, associated to the ACSN dryer, provided almost the

same results as the ones done at a temperature of 40 ºC and between 40 and 50 ºC in stove,

respectively. The use of nocturnal dryer resulted in a more rapid drying, topping the loss of

water of the landmarks. The difusional, exponential to two terms, Henderson & Pabis,

logarithmic and Page models were fitted to the data of the drying kinetics of the samples in

stove and in the sun driers of diurnal and nocturnal use, where all the models used were

satisfactory, especially the difusional and the logarithmic ones.

Keywords: Cucurbita moschata, grains, drying, sun dryer

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Introdução

1

1 - INTRODUÇÃO

A manutenção da qualidade dos produtos agrícolas depende da coordenação e da

integração cuidadosa de várias etapas do seu manuseio; da colheita até o consumo. Durante

a execução das operações do manuseio podem ocorrer vários problemas que reduzem a

disponibilidade e a qualidade desses produtos, como processos fisiológicos (transpiração,

respiração), doenças e danos mecânicos, entre outros, além do descarte de alimentos não

convencionais (CHITARRA & CHITARRA, 2005; CONAB, 2005).

No intuito de diminuir essas perdas, alimentos alternativos, como farelo de cereais,

folhas verde-escuro, sementes e casca de frutas, têm sido introduzidos como forma de

Isto faz com que sementes ou grãos

de várias espécies vegetais se tornem fontes alternativas de proteínas para a alimentação

humana como, por exemplo, as de abóbora (CERLETTI et al., 1978; HOLFFMANN,

1995).

A produção de abóbora no Vale do São Francisco foi de 15,6 toneladas em 269,8 ha

plantados (NOBREGA, 2004); já em Minas Gerais esta produção ultrapassou 59 toneladas

(ASSOCIAÇÃO BRASILEIRA DE HORTICULTURA, 2004). E de acordo com BEE &

BARROS (1999), o Brasil produziu 26 toneladas anuais de sementes de abóbora

(Curcubita pepo L.) var. melopepo. A abóbora é um fruto que poderia ser melhor

contemplado na alimentação pois, de acordo com a Pesquisa de Orçamento Familiar

(POF), o consumo per capita deste fruto aumentou de 1,4 kg para 4,6 kg no Brasil, entre os

anos de 2002 e 2003 (POF/IBGE, 2004). Trata-se de um fruto bastante difundido na

e pode ser consumido

de várias formas, em virtude de sua versatilidade e variedade.

Assim como os frutos, os grãos de abóbora podem ser consumidos torrados inteiros,

na forma de farinha, na produção de óleo e como ingrediente culinário. Além do gosto

agradável são ricos em nutrientes, especialmente ferro (10,9 mg/100 g), proteínas (320

g/kg) e óleo (450 g/kg), sendo incorporados mundialmen

além possuírem um componente chamado curcubitacina, que combate a infestação de

vermes nas pessoas (BRASIL, 2005; DVORKIN & SONG, 2002; EL-ADAWY & TAHA,

2001; EL-SOUKKARY, 2001).

Como qualquer outra semente ou grão, a exploração comercial dos grãos de

abóbora exige conhecimentos sobre a armazenabilidade e comportamento na secagem para

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Introdução

2

garantir a qualidade do produto. Segundo SILVA (1995), a inadequação da armazenagem

de sementes acarreta perdas superiores a 20% do total armazenado.

A secagem é uma forma de minimizar essas perdas, possibilitando o transporte, o

armazenamento e aumentando a vida útil, garantindo a viabilidade econômica e segurança

microbiológica pela eliminação da água do material, através da evaporação. As vantagens

de se utilizar o processo de secagem são várias, dentre as quais se tem: facilidade na

conservação do produto, estabilidade dos componentes aromáticos a temperatura ambiente

por longos períodos de tempo, proteção contra degradação enzimática e oxidativa, redução

do seu peso e economia de energia (PARK et al., 2001).

A secagem de produtos agrícolas pode ser realizada de forma natural ou artificial. A

secagem natural emprega a radiação solar para aumentar o potencial de secagem do ar e

pode ser realizada com o produto ainda na planta, em terreiros ou em painel solar

(ALMEIDA et al., 1997; SILVA, 2004).

O painel solar ou secador solar, envolve o aproveitamento da energia solar, que é

gratuita e renovável. Além disso, apresenta baixo custo operacional, não necessita de mão-

-de-obra especializada, podendo ser construído na própria fazenda atendendo, assim, ao

pequeno produtor, além de proteger contra os insetos e a poeira (MARTINS et al., 2002;

TO RUL & PEHLIVAN, 2002).

Considerando a importância da redução do desperdício de alimentos e o

aproveitamento dos grãos de abóbora, ressalta-se a necessidade de se estudar métodos de

conservação dos mesmos através de uma energia não poluente utilizando-se para isto,

secadores a energia solar.

1.1 - Objetivo geral

Secar grãos de abóbora (Cucúrbita moschata Duschene) em secadores solar e

convencional.

1.1.1 - Objetivos específicos

Secar grãos de abóbora pelo método convencional (estufa) em temperaturas de

40, 50, 60, 70 e 80 °C;

Secar grãos de abóbora sob exposição direta ao sol e em secador solar;

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Introdução

3

Combinar as secagens dos grãos de abóbora por exposição direta ao sol e em

secador solar com as secagens noturnas em secador acumulador de calor (ACSN);

Comparar as secagens dos grãos de abóbora em estufa com as secagens,

utilizando-se energia solar;

Ajustar os modelos Aproximação da Difusão, Exponencial Dois Termos,

Henderson & Pabis, Logarítmico e Page, aos dados experimentais de secagem dos grãos de

abóbora.

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Revisão bibliográfica

4

2 - REVISÃO BIBLIOGRÁFICA

2.1 - Abóbora

Uma família botânica com vários representantes de importância como hortaliças, é

a família Cucurbitaceae, que compreende aproximadamente 760 espécies distribuídas em

todo o mundo. A família inclui pepinos (Cucumis sativus), melões (Cucumis melo L.),

melancias (Citrillus lanatus (Thunb.) Matsun et Nakai) e abóboras (Cucurbita) (FAO,

2006; RAMOS, 1999; ZITTER et al., 1998). Dentre as hortaliças pertencentes a esta

família se destacam as abóboras, Cucurbita maxima Duchesne, Curcubita moschata

Duchesne, Curcubita. pepo L. e diversos híbridos interespecíficos (FILGUEIRA, 2003).

A abóbora é um vegetal originário das Américas do Norte e Central e atualmente é

cultivada em todo o mundo, com significativa participação na alimentação de muitos

países devido às suas características nutricionais e à coloração atrativa (CARAMEZ et al.,

2008). No Brasil são consumidos frutos de duas espécies do gênero Cucurbita: C. pepo L e

C. moschata D. (CARDOSO, 2007a).

A abóbora C. moschata D. (Figura 2.1) contém em média 1,3% de fibras e 96% de

água, com a seguinte composição em 1 kg: 40 calorias, 280 mg de vitamina A, 700 mg de

vitamina B5, 100 mg de vitamina B2, 55 mg de vitamina B, além de minerais como cálcio,

fósforo, potássio, sódio, ferro e enxofre (LUENGO et al., 2000). Vários autores

pesquisaram a C. moschata D., seja no que se refere ao seu valor econômico quanto ao

aspecto ornamental e à composição nutricional dos frutos (BOITEUX et al., 2007;

CARDOSO, 2007a; CARDOSO, 2007b; GARCIA et al., 2007; MELLO et al., 2004).

Figura 2.1 Frutos de abóbora (C. moschata Duchesne) variedade jacarezinho

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Revisão bibliográfica

5

Outros autores estudaram a cinética de desidratação osmótica verificando as

mudanças microestruturais no tecido da abóbora C. pepo, métodos de secagem para suas

sementes citando, também, seu potencial econômico e o uso na culinária e da produção

mundial (DOYMAZ, 2007; MAYOR et al., 2006; MAYOR et al., 2008; MURKOVIC et

al., 2004;

et al., 2008; SACILIK, 2007; SIEGMUND & MURKOVIC, 2004). Outra espécie muito

estudada em pesquisas sobre secagem foi a C. máxima (ARÉVALO-PIÑEDO & MURR,

2006; CERQUEIRA et al., 2008; GONÇALVES et al., 2007; PORTO et al., 2004).

2.1.1 - Sementes de abóbora

A semente é uma fonte de alimento básico e, mediante sua produção agrícola, é

essencial para o ser humano, servindo direta ou indiretamente na sua alimentação e na de

vários animais (YANES, 1997).

Dentre diversas fontes alimentares alternativas ricas em fibra, pode-se citar um dos

subprodutos da abóbora (C. pepo L. e C. máxima Duch.): a semente (DEL-VECHIO et al.,

2005), que é oval-oblonga, achatada e mais afilada em uma de suas extremidades (Figura

2.2). Possui coloração branca ou amarelada com reflexos esverdeados em ambas as faces

(CARAMEZ et al., 2008). Exibe propriedades funcionais únicas, como: alta absorção de

água e gordura e possui propriedade emulsificante, o que sugere a habilidade da

incorporação da semente de abóbora a produtos de padaria (MANSOUR, 1999).

Figura 2.2 Semente de abóbora (C. moschata Duchesne var. jacarezinho)

A semente possui elevado teor de fibra alimentar, efeito vermífugo e antioxidante e

representa, também, uma boa fonte protéica (ESUOSO et al., 1998). Entretanto, seu

consumo, in natura sem sofrer tratamento térmico prévio, poderá diminuir a

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Revisão bibliográfica

6

biodisponibilidade de determinados nutrientes (DEL-VECHIO et al., 2005). Além disso, a

semente de abóbora está sendo aplicada de várias formas na alimentação humana, como

aperitivo, óleo ou em forma de farinha (ESUOSO et al., 1998).

As sementes são ricas em ferro, devendo ser utilizadas em regiões onde se verifica

deficiência de ferro na alimentação, tendo função reconstituinte para crianças anêmicas,

desnutridas e raquíticas (KALLUF, 2006). As sementes descascadas são ricas em gorduras

(40-60%) e proteínas (30-40%), contendo baixo teor de açúcares livres e amido

(ROBINSON, 1997).

MURKOVIC et al. (2004) estudando as alterações da composição química do óleo

de semente de abóbora (C. pepo) durante o processo de torrefação, afirmaram que este é de

grande interesse devido ao sabor característico e também à sua potencial cura no câncer de

próstata, além de possuir ácidos graxos e micronutrientes que incluem vitamina E,

fitoesteróis e esteróis vegetais, que reduzem o efeito do colesterol sérico. O óleo deve ser

usado em saladas, em virtude de sua composição química possuir ácidos graxos: ácido

esteárico (12,4%), ácido palmítico (5,43%), ácido oléico (27,6%) e ácido linoléico (54,2%)

(MURKOVIC et al., 2004; SIEGMUND & MURKOVIC, 2004).

EL-ADAWY & TAHA (2001) avaliando a composição química de farinhas de

sementes de pimentão (Capsicum annuum), abóbora (C. pepo) e melancia (Citrullus

vulgaris), verificaram uma quantidade significativa de P, K, Mg, Mn e Ca, sendo que a

farinha de sementes de abóbora apresentou os maiores valores de aminoácidos essenciais e

proteínas digestíveis in vitro, em relação às outras farinhas examinadas. Esses autores

ainda concluíram que a utilização dessas sementes poderia proporcionar renda extra e, ao

mesmo tempo, ajudar a minimizar os problemas de eliminação de resíduos.

SANT´ANNA (2005), avaliando a composição centesimal e teor de fibra alimentar

da semente de abóbora (C. pepo) verificou os teores observados na Tabela 2.1,

comprovando o alto valor nutritivo desta semente.

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Revisão bibliográfica

7

Tabela 2.1 - Composição centesimal e teor de fibra alimentar da semente de abóbora

(Cucurbita pepo) cultivada em Santo Amaro da Imperatriz, SC

Componente Valor

Umidade (%) 29,24

Proteína bruta (%) 21,43

Cinzas (%) 2,37

Lipídeos (%) 28,80

Fibras solúveis (%) 3,10

Fibras insolúveis (%) 12,23

Energia (Kcal/100 g) 356,16 Fonte: SANT´ANNA (2005)

CERQUEIRA et al. (2008), avaliando o efeito da farinha de semente de abóbora (C.

maxima) sobre o metabolismo glicídico e lipídico em ratos, verificaram tratar-se de uma

boa fonte de proteína, lipídeos e, especialmente, fibras alimentares, além de baixar os

níveis de glicose e triacilgliceróis dos animais. Os resultados da composição química da

farinha de semente de abóbora podem ser observados na Tabela 2.2.

Tabela 2.2 Composição química das farinhas de semente de abóbora (C. maxima),

proveniente da Central de Abastecimento do Rio de Janeiro

Componente Farinha de semente de abóbora (g/100 g)

Integral Peneirada Residual

Umidade 8,41 7,80 8,36

Cinzas 4,32 4,27 3,19

Proteínas 25,69 28,68 25,34

Lipídeos 31,76 32,96 19,28

Fibra alimentar 29,49 24,88 43,51

Carboidratos totais 0,33 1,41 0,31

Kcal 389,92 417,00 276,12 Fonte: CERQUEIRA et al. (2008)

BELMIRO (2009) caracterizando, química e fisico-quimicamente, grãos de

abóbora (Curcubita moschata) in natura, encontrou diferentes teores médios, os quais

estão apresentados na Tabela 2.3.

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8

Tabela 2.3 - Valores médios dos parâmetros químicos e físico-químicos dos grãos de

abóbora (Curcubita moschata) in natura

Parâmetro Média e desvio padrão

Teor de água (%) 18,36 ± 0,12

Proteína bruta (%) 27,43 ± 0,22

Fibra bruta (%) 40,41 ± 0,94

Cinzas (%) 3,96 ± 0,004

Açúcares totais (% glicose) 1,07 ± 0,02

Amido (%) 5,45 ± 0,12

Acidez total titulável (% ácido oléico) 0,26 ± 0,01

pH 6,58 ± 0,04

Luminosidade (L*) 57,97 ± 0,04

Intensidade de vermelho (+a*) 7,81 ± 0,15

Intensidade de amarelo (+b*) 10,26 ± 0,28

Fonte: BELMIRO (2009)

Outro fator a ser observado nos grãos de abóbora são os componentes

antinutricionais. DEL-VECHIO et al. (2005), investigaram os teores de alguns

antinutrientes de sementes cruas, cozidas e tostadas de três espécies de abóboras, C.

máxima (CMA), C. moschata (CMO) e o híbrido F1 (CMA X CMO), a fim de assegurar

seu uso em preparações dietéticas, produtos industrializados e formulação de novos

produtos mas os autores não detectaram, em nenhuma das espécies estudadas, teores de

ácido oxálico e nitrato porém a espécie C. maxima apresentou, em níveis mais baixos,

cianeto e polifenóis.

2.2 - Secagem

Dentre os métodos utilizados para conservação de grãos e sementes, a secagem é o

mais econômico, não só do ponto de vista de processamento, mas permitindo a preservação

do produto em ambiente natural durante longo período de tempo, pela diminuição da

quantidade de água do material reduzindo, assim, a atividade biológica e as mudanças

químicas e físicas, assegurando sua qualidade e estabilidade, possibilitando colheitas

antecipadas, além de evitar deteriorações que poderiam ocorrer no campo (CORRÊA et al.,

2007; GARCIA et al., 2004; SOUZA et al., 2002).

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Uma vez incorreto, o processo de secagem, ocasiona deterioração dos grãos ao

longo do armazenamento, devido aos teores de água inicial e final, da temperatura, fluxo

de ar e período de exposição; daí se faz necessário o cuidado em realizá-lo de forma

correta (FARONI et al., 2006; MIRANDA et al., 1999). Segundo SHIGEMATSU et al.

(2005), se a temperatura de secagem não for bem controlada poderá provocar alterações

indesejáveis na aparência, cor e textura tal como, também, no conteúdo de nutrientes do

produto final.

Os produtos biológicos são muito diferentes entre si devido a variações em sua

forma, estrutura e dimensões (DAUDIN, 1983). Com isto, a velocidade de secagem varia,

principalmente em função da umidade inicial e final das sementes, do tipo de secagem e do

secador, da temperatura e umidade relativa do ar de secagem e da espécie e/ou cultivares

utilizados (VILLELA & SILVA, 1992).

Essas variações são observadas em todos os métodos de secagem, sejam quais

forem suas classificações: quanto ao uso do equipamento secagem solar, feita pelo uso

do sol e/ou vento, e secagem artificial, que necessita do fornecimento de energia; quanto à

periodicidade do fornecimento de calor contínuo ou intermitente, e quanto à

movimentação de massa de sementes estacionário ou contínuo (GARCIA et al., 2004).

Em todos os métodos o objetivo básico de secar produtos alimentícios é a remoção da água

dos sólidos, sejam alimentos frescos ou conservados, para um nível em que o crescimento

dos microrganismos seja minimizado, prolongando sua vida útil, diminuindo o peso do

produto para o transporte e o espaço para o armazenamento (LIMA et al., 2000;

MANNHEIM et al., 1994).

Durante a remoção da água na secagem ocorrem dois processos simultâneos: a

transferência de calor, que é a energia necessária para vaporizar os fluidos do produto a ser

secado, e a transferência de massa, que é o vapor retirado na superfície do produto

(CAVALCANTI MATA, 1997; MORAES, 2000)

Nos dois métodos de secagem, natural e artificial, o produto é colocado em contato

com o ar de secagem, ocorrendo transferência do calor do ar ao produto sob o efeito da

diferença de temperatura existente entre eles (AKPINAR & BICER, 2006).

Simultaneamente, a diferença de pressão parcial de vapor de água existente entre o ar e a

superfície do produto determina a transferência de vapor para o ar (ALMEIDA et al., 2002;

ATHIÉ et al., 1998; OLIVEIRA et al., 2006). Para que isto ocorra a pressão de vapor do ar

deve ser menor que a pressão de vapor no produto, condição esta que pode ser obtida pelo

aquecimento do ar (ATHIÉ et al., 1998). Uma parte do calor que chega ao produto é

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utilizada para evaporar a água e a outra para elevar sua temperatura (DAUDIN, 1983).

Com isto, ocorre o transporte do vapor de água da superfície da semente para o ar, na

forma gasosa, e o movimento da água na forma líquida, do interior para a superfície da

semente, até que seja atingido o equilíbrio higroscópico (BROOKER et al., 1981).

Durante a secagem deve haver um sorvedor de umidade para remover o vapor de

água formado a partir da superfície do material a ser seco (PARK et al., 2004).

A evolução dessas transferências simultâneas de calor e de massa no decorrer da

operação de secagem sob condições constantes de temperatura, umidade relativa e

velocidade do ar, faz com que esta seja dividida esquematicamente em três períodos:

período de indução, período em taxa constante e período em taxa decrescente de secagem

(PARK, 1987; VILLELA & SILVA, 1992).

No período de indução a transferência de massa e a taxa de secagem são pequenas

devido a temperatura entre o ar e o produto ser baixa, além da pressão do vapor de água na

superfície do mesmo ser fraca (PARK et al., 2001).

Durante o período de velocidade constante a temperatura do produto se mantém

igual à do ar de secagem saturado e as transferências de calor e massa se compensam

(PARK et al., 2001; SODHA et al., 1987). Contudo, para os materiais biológicos o período

de secagem a velocidade constante é muito curto ou é difícil sua existência, que se deve ao

fato das resistências às transferências de água se encontrarem no seu interior, tornando a

taxa de evaporação superficial superior à taxa de reposição de água do interior para a

superfície (LASSERAN, 1978).

De acordo com KREYGER (1973), grãos e sementes apresentam, em geral,

apresentam um período de secagem a taxa constante muito curto ou inexistente porque, nas

condições operacionais de secagem, as resistências às transferências de água se encontram

essencialmente no seu interior, tornando a taxa de evaporação superficial acentuadamente

superior à taxa de reposição de água do interior para a superfície do produto.

No decorrer do período de secagem a taxa decrescente que, segundo BROD (2003),

é a única observada para produtos biológicos, a migração de água é que fixa a cinética de

secagem, tendo-se, então, a teoria da difusão e a teoria capilar, como as teorias utilizadas

para a explicação da migração da água. Quando o produto atinge o ponto de água de

equilíbrio em relação ao ar de secagem, o processo é encerrado (PARK et al., 2004).

Vários autores constataram que o volume, durante a secagem do produto, decresce

linearmente com o conteúdo de água (PRADO, 1998; VAGENAS & MARINOS-

KOURIS, 1991).

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A complexidade dos fenômenos de secagem conduz os pesquisadores a proporem

numerosas teorias e múltiplas fórmulas empíricas para predizerem a taxa de secagem

(PARK et al., 2004).

De acordo com QUEIROZ et al. (1985), são dois os métodos comumente usados

para analisar a secagem de produtos biológicos no período de taxa decrescente: o empírico

e o teórico, em que o empírico consiste em formar grupos físicos adimensionais que podem

ser facilmente investigados por experimentos de laboratório e se baseia nas condições

externas, como temperatura, umidade e velocidade do ar de secagem porém este método

negligencia os fundamentos do processo de secagem e, embora possam descrever a curva

de secagem para as condições do experimento, não podem dar uma visão clara e exata dos

importantes processos que ocorrem durante a secagem; os métodos teóricos usados para

descrever o processo de secagem são baseados em leis físicas que tentam explicar o

mecanismo de transferência de água.

Muita ênfase se tem dado ao desenvolvimento de modelos semiteóricos, que

concorrem para que haja harmonia entre a teoria e a facilidade de uso. Tais modelos se

baseiam, de modo geral, na Lei de Newton para resfriamento aplicada à transferência de

massa (PARK et al., 2004). Entre os modelos semiteóricos, o modelo de Dois Termos, o de

Henderson & Pabis, o de Lewis, o de Page e o de Page Modificado, têm sido amplamente

utilizados (PANCHARIYA et al., 2001).

As considerações sobre como a água é transportada do interior do sólido à

superfície, fundamentam as teorias existentes na área de secagem (PARK et al., 2004).

2.2.1 - Teorias de secagem

Várias teorias e fórmulas empíricas foram desenvolvidas para predizer a taxa de

secagem. Dependendo do material que se está secando, a água pode movimentar-se no seu

interior, por mecanismos diferentes. Em produtos capilares porosos, como a maioria dos

produtos de origem agrícola, os possíveis mecanismos de transporte de água se dão pelas

seguintes teorias: Teoria difusional; Teoria capilar; Teoria de Luikov; Teoria de Philip &

de Vries; Teoria de Krisher Berger & Pei e Teoria da condensação evaporação. As duas

primeiras teorias são básicas e fundamentam as outras teorias (MARTINAZZO et al.,

2007a; MARTINAZZO et al., 2007b).

Segundo BROD (2003), os mecanismos mais importantes do movimento de água

do interior do material até a superfície, são:

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Difusão líquida: ocorre devido à existência do gradiente de concentração;

Difusão de vapor: ocorre devido ao gradiente de pressão de vapor, causado pelo

gradiente de temperatura;

Escoamento de líquido e de vapor: ocorrem em razão da diferença de pressão

externa, de concentração, capilaridade e alta temperatura.

A teoria difusional se baseia na equação da difusão líquida (2ª Lei de Fick)

(Equação 2.1), em que o fluxo de massa é proporcional ao gradiente de concentração no

interior do sólido (EL-AQUAR & MURR, 2003; OLIVEIRA et al., 2006). O modelo

Difusional baseado na 2ª Lei de Fick, foi utilizado por TOGRUL & PEHLIVAN (2004b)

para predizer a secagem de uva, pêssego, figo e ameixa, por BABALIS & VELESSIOTIS

(2004) em figos e por ARÉVALO-PIÑEDO & MURR (2006) em secagem a vácuo, de

cenoura e abóbora.

= (Def X) (2.1)

em que:

Def - difusividade efetiva (m2 s-1)

X teor de água (kgH2O/kgms)

t tempo (s)

CRANK (1975) calculou um grande número de soluções da equação de difusão

para condições iniciais e de contorno, variadas. Essas soluções se aplicam aos sólidos de

formas geométricas simples (corpos semi-infinitos, placas, cilindros e esferas) e quando a

difusividade é constante ou varia linearmente ou exponencialmente com a concentração de

água. Este coeficiente de difusão (Def) é uma difusividade efetiva, que engloba os efeitos

de todos os fenômenos podendo intervir sobre a migração da água no interior dos sólidos,

tendo em vista que Def é constante ou dependente da temperatura e do teor de água e seu

valor é sempre obtido pelo ajuste das curvas experimentais (AFONSO JÚNIOR &

CORRÊA, 1999; GOUVEIA et al., 1999; MARTINAZZO et al., 2007a).

A solução da equação de difusão é uma das mais simples e parece ser a principal

razão do seu emprego (MARTINAZZO et al., 2007a; OLIVEIRA et al., 2006; PRADO,

1998). Pode-se entender a difusividade como a facilidade com que a água é removida do

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material. Como a difusividade varia conforme mudam as condições de secagem

(temperatura e velocidade do ar), ela não é intrínseca ao material e se convenciona chamá-

la de difusividade efetiva (OLIVEIRA et al., 2006).

O mecanismo da difusão líquida é muito complexo devido à diversidade da

composição química e estrutura física dos produtos. Os dados disponíveis na literatura

apresentam elevada variação nos seus valores, não só devido à complexidade dos produtos

mas, também, em função dos diferentes métodos de estimação, tipo de material, teor de

água, processo de secagem e metodologia utilizada para sua obtenção (CORRÊA et al.,

2006).

A teoria da difusão líquida tem sido amplamente empregada na área de secagem

embora existam algumas suposições a serem consideradas para sua aplicação, como:

redução do volume desprezado, não existência do efeito de capilaridade, equilíbrio térmico

instantâneo com o ar e os efeitos da transferência de energia e massa de um corpo para

outro, admitidos como desprezíveis (PARK et al., 2002; ROMERO-PEÑA &

KIECKBUSCH, 2003).

2.2.2 - Cinética de secagem

A análise da cinética de secagem fornece informações sobre o comportamento da

transferência de massa entre o produto e o agente de secagem, normalmente o ar

atmosférico, o qual é de importância fundamental para a modelagem matemática e o

projeto de secadores (GUEDES et al., 2000). É através deste estudo que se estabelecem as

equações do teor de água em função do tempo de secagem para os diferentes períodos de

secagem (PRADO, 2004).

Os métodos de cálculo da cinética de secagem são aplicados de modo diferente,

dependendo do período de secagem considerado, cujo período de taxa decrescente de

secagem é quase sempre o único observado para a secagem de produtos agrícolas e

alimentícios, sendo que as transferências internas é que são as limitantes (PARK et al.,

2004).

2.2.2.1 - Modelos matemáticos para secagem em camada fina

Os modelos matemáticos dos processos de secagem são usados para projetar novos

ou já existentes modelos, melhorando sistemas de secagem ou mesmo para o controle do

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processo de secagem. Muitos modelos matemáticos propõem descrever o processo de

secagem. Diversos são os modelos de secagem em camada delgada, amplamente usados e

disponíveis na literatura para explicar o comportamento de secagem de produtos agrícolas

(McMINN, 2006).

O controle do processo de secagem de grãos em camada fina é baseado na curva de

secagem do produto obtida pela pesagem da amostra periodicamente (MONTE et al.,

2006). Para a modelagem dessas curvas de equilíbrio higroscópico, têm sido utilizadas

relações matemáticas semiteóricas (Lewis, Page, Page Modificado, Henderson & Pabis,

Logarítmico, Dois-termos, Dois-termos exponencial, Difusional, e os modelos de Verma et

al.), e empíricas (modelos de Wang e Singh), uma vez que nenhum modelo teórico

desenvolvido tem sido capaz de predizer com precisão o teor de água de equilíbrio de

grãos em todas as faixas de temperatura e umidade relativa do ar, apesar de sua validade

estar restrita às condições sob as quais os dados experimentais foram obtidos (BROOKER

et al., 1992; McMINN, 2006).

Esses modelos se baseiam, geralmente, em variáveis externas em relação ao

produto, como a temperatura e a umidade relativa do ar de secagem, não fornecendo,

entretanto, indicações sobre os fenômenos de transporte de energia e de água no interior

dos grãos considerando-se ainda, que todo o processo de secagem ocorre apenas no

período de taxa decrescente (CORRÊA et al., 2006).

ALMEIDA et al. (2009) utilizaram a Equação 2.2 para a determinação das razões

de água nas diferentes temperaturas do ar de secagem do feijão adzuki.

ei

eXXXX

RX (2.2)

em que:

RX razão de água do produto (adimensional)

X teor de água do produto

Xi teor de água inicial do produto

Xe teor de água de equilíbrio do produto

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2.2.2.1.1 - Modelo Aproximação da Difusão

BENNAMOUN & BELHAMRI (2006) usando simulação numérica de secagem

sob as condições variáveis externas para secagem solar de uvas sem sementes, verificaram

que o modelo Aproximação da Difusão (Equação 2.3) detectou as condições de mudança

externa, como velocidade do ar e temperatura ambiente. Vários autores secaram diferentes

produtos agrícolas utilizando o modelo Aproximação da Difusão (CORREA et al., 2007;

DOYMAZ, 2007; MARTINAZZO et al., 2007b; McMINN, 2006).

)t.b.kexp().a1()t.kexp(.aRX (2.3)

em que:

RX razão de água (adimensional)

a, b, k constantes do modelo

t tempo (min)

2.2.2.1.2 Modelo Exponencial Dois Termos

Diversos autores utilizaram as equações exponenciais (simples, com dois termos -

Equação 2.4, três termos ou quatro termos) para ajustá-las aos seus dados experimentais de

produtos agrícolas secos (AFONSO JÚNIOR & CORRÊA, 1999; CARLESSO et al., 2007;

CORRÊA et al., 2001; MARTINAZZO et al., 2007a; SANTOS et al., 2001).

)t.a.kexp().a1()t.kexp(.aRX (2.4)

em que:

RX razão de água (adimensional)

a, k constantes do modelo

t tempo (min)

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2.2.2.1.3 - Modelo de Henderson & Pabis

Vários autores aplicaram a equação de HENDERSON & PABIS (1961) (Equação

2.5) para a secagem de diversos produtos agrícolas (MENGES & ERTEKIN, 2006;

MOHAPATA & RAO, 2005; MWITHIGA & OLWAL, 2005; VEGA et al., 2007).

)t.kexp(.aRX (2.5)

em que:

RX razão de água (adimensional)

a, k constantes de secagem do modelo (adimensional)

t tempo (min)

2.2.2.1.4 Modelo Logarítmico

Outro modelo semiempírico bastante utilizado na secagem de produtos agrícolas é a

equação logarítmica (Equação 2.6).

MIDILLI & KUCUK (2003) verificaram ao ajustar oito modelos matemáticos

(semiteóricos e/ou empíricos) as curvas de secagem em camada fina de pistache (Pistacia

vera), que o modelo logarítmico apresentou o melhor resultado mostrando boa

concordância com os dados experimentais obtidos a partir dos experimentos.

MARTINAZZO et al. (2007b) constataram que dentre os modelos utilizados para estimar

as curvas de secagem de folhas de capim limão (Cymbopogon citratus), o modelo

logarítmico foi o que apresentou os maiores coeficientes de determinação. Dos quatro

modelos testados por SACILIK (2007), o modelo logarítmico também apresentou um

excelente ajuste (R2 > 0,99) aos dados experimentais da secagem solar de pistache. A

pesquisa realizada por TO RUL & PEHLIVAN (2002) também definiu o modelo

logarítmico como o que melhor descreveu a secagem de damascos em camada fina em

secador solar, com temperaturas entre 50 80°C, velocidade do ar de 0,11 0,15 m/s e

umidade relativa entre 13 15%.

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c)t.kexp(.aRX (2.6)

em que:

RX razão de água (adimensional)

a, k, c constantes do modelo

t tempo (min)

2.2.2.1.5 - Modelo de Page

Em algumas situações a teoria difusional não é adequada para ajustar o

comportamento da taxa de secagem em virtude de interferências no efeito de resistência

interna do material. Para essas situações pode-se aplicar alguns modelos empíricos, como o

modelo de Page (PAGE, 1949), mostrado na Equação 2.7.

)t.kexp(RX n (2.7)

em que:

RX razão de água (adimensional)

k constante de velocidade de secagem (min-1)

n constante do modelo

t tempo (min)

DOYMAZ (2004) ao ajustar diferentes modelos de secagem às curvas de secagem

experimentais de cubos de cenoura realizada em um secador de gabinete nas temperaturas

de 50, 60, 65 e 70° C, constatou que o modelo de Page foi o que se ajustou melhor. SIMAL

et al. (2005) usaram o modelo de Page para descrever as curvas de secagem de pimenta

vermelha (Capsicum annuum) em temperaturas variando de 30 a 90 °C, cuja percentagem

média de variância obtida foi de 99,0 ± 0,2%.

2.2.3 - Secagem solar

Do ponto de vista físico, o sol é constituído de 70% de H2, sendo um enorme reator

nuclear que irradia uma potência 3,8 x 1023 kW. Desta quantidade a terra recebe 1,7 x 1014

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kW, sendo que 30% desta radiação recebida são refletidas ao espaço, 47% são absorvidas

para manter a temperatura ambiente e os 23% restantes é usado para manter a convecção

atmosférica e o ciclo hidrológico (MONTERO PUERTAS, 2005).

Um parâmetro básico que surge quando se trabalha com energia solar, é a constante

solar, que é a energia proveniente do sol e que incide, na unidade de tempo, sobre uma

superfície de área unitária, disposta perpendicularmente aos raios solares e situada no

espaço na distância média entre a terra e o sol. A radiação solar, embora se saiba da sua

importância, não tem muito valor prático devido a uma série de eventos que ocorre até ela

atingir a superfície terrestre, tais como: alteração da distância entre a terra e o sol,

variações relativas à absorção de energia solar por moléculas do ar e dispersão devido às

partículas de poeira e vapores de água presentes na atmosfera (BROD, 2003).

Em consequência das diferentes regiões e composição da atmosfera, a radiação que

incide sobre a terra consta de três componentes: radiação direta que vem diretamente do

sol sem sofrer alterações; radiação difusa é a energia dispersada pelos componentes da

atmosfera e a radiação refletida é a que chega a uma superfície inclinada procedente do

reflexo da radiação solar no solo (MONTERO PUERTAS, 2005).

2.2.3.1 - Secagem natural e em secadores solar

A secagem natural tem, como principal vantagem, o baixo custo, tanto das

instalações como no requerimento de energia, mas requer maior tempo de secagem e é

altamente dependente das condições climáticas favoráveis para que a secagem ocorra com

sucesso (DALBELLO, 1995).

Segundo SILVA & PINTO (1993), cerca de 80% da produção de grãos brasileira

são secados de maneira natural, ocasionando, na maioria das vezes, perdas irreparáveis, já

que ainda adotam a forma primitiva de secagem onde os grãos são espalhados em camada

fina sobre o chão, colocando em risco a qualidade do produto final, caso as condições de

clima não sejam favoráveis (DALBELLO, 1995; REINATO et al., 2002). De acordo com

ALVES (1995) quando a secagem natural de grãos com alto teor de água ocorre por longo

período de tempo, existe o favorecimento no desenvolvimento de fungos e na secagem

artificial, com altas temperaturas pode ocorrer trincamento nos grãos, o que também

propicia condições favoráveis ao ataque de microrganismos.

TO RUL & PEHLIVAN (2002), comentam que a produção em larga escala de

produtos agrícolas limita a secagem natural ao sol; e entre essas estão a falta de capacidade

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de controlar o processo de secagem, as condições meteorológicas incertas, os altos custos

do trabalho, a infestação por insetos, poeira e outros materiais estranhos, e assim por

diante. A solução que envolve o aproveitamento da energia solar é sua coleta através de

secadores solar, pois além de se aproveitar uma energia gratuita, renovável e não poluente,

protege contra os insetos e poeira.

Diversos trabalhos sobre secagem natural são realizados buscando-se sistemas que

utilizam a energia do ar para a secagem natural ou mesmo o ar aquecido, por meio de

coletores solares, unindo economia e aproveitamento das potencialidades climáticas de

cada região (AHRENS & LOLLATO, 1997; GALLALI et al., 2000; MWITHIGA &

KIGO, 2006; SANTOS, 1980; TO RUL & PEHLIVAN, 2004a).

PANGAVHANE et al. (2002) comparando a secagem de uvas secadas ao sol e por

um secador solar, constataram que as uvas secadas ao sol levaram de 15 a 17 dias para se

transformar em passas, ao passo que as secadas em secador solar levaram 4 dias,

produzindo uma qualidade melhor de passas reduzindo, assim, em 43%, o tempo de

secagem. Já TIWARI et al. (1994), analisaram um sistema de simulação experimental de

secagem de grãos e relataram que os secadores solar devem substituir a secagem ao sol

quando um produto de maior qualidade é desejado.

2.2.4 - Secagem artificial

O que caracteriza um método como artificial é o fato de que o processo é executado

com o auxílio de alternativas mecânicas, elétricas ou eletrônicas, e o ar, que atravessa a

massa de semente, é forçado (CAVARIANI, 1996).

O processo de secagem realizado de maneira artificial é apontado por vários

pesquisadores como uma das principais maneiras de conservação de sementes e alimentos.

Este processo é um dos principais pontos de estrangulamento do sistema de pós-colheita e

requer grande quantidade de energia para sua realização. As características do ar de

secagem e as dimensões dos secadores influenciam diretamente o seu desempenho e a

qualidade do produto por ele secado (SOUZA et al., 2007). Isto configura-se em secadores

que apresentam diferentes acessórios, como: sistema de aquecimento do ar contínua ou

intermitente (por fornalhas a lenha ou queimadores de gás); sistema de ventilação do ar

ventiladores ou sistema de movimentação dos grãos estacionário ou contínuo (elevadores

de caçamba, transportadores helicoidais ou fitas transportadoras). Em função da

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temperatura, a secagem artificial é subdividida em: secagem a baixa temperatura e a alta

temperatura (SILVA, 2004).

Na secagem a baixa temperatura o ar de secagem é aquecido em no máximo 10 °C

acima da temperatura ambiente, devido a temperaturas próximas a 30 °C e umidade

relativa do ar abaixo de 60%. A secagem neste tipo de secador pode levar de 15 a 30 dias e

depende da temperatura, umidade relativa e vazão do ar de secagem. Esta modalidade é

altamente recomendada para secagem de arroz, tendo em vista a alta susceptibilidade deste

produto a trincas, devido a choques térmicos. Já a secagem a altas temperaturas opera com

a temperatura do ar de secagem superior em mais de 10 °C a temperatura ambiente.

Exemplos desta modalidade são os secadores de leito fixo, fluxos cruzados, fluxos

contracorrentes, fluxos concorrentes e fluxos mistos (SILVA, 2004).

A secagem artificial é uma operação relativamente cara pois demanda uma grande

quantidade de energia para o aquecimento e transporte do ar (MEDEIROS, 2004) mas,

segundo BROOKER et al. (1981), apresenta algumas vantagens:

Colheita antecipada reduzindo perdas e otimizando a utilização de máquinas e

mão-de-obra;

Maior tempo de estocagem;

O grau de germinação não é prejudicado e

Comercialização do produto com melhor qualidade.

2.3 - Secadores

Quando a secagem se faz necessária, deve-se escolher um secador adequado que se

integre ao processo como um todo, e ele deverá comparar as vantagens e desvantagens

dentre as várias alternativas disponíveis tendo em conta tanto o ponto de vista técnico

como o econômico (ALONSO & PARK, 2005).

Segundo MEDEIROS (2004) a escolha de um secador é, em geral, função das

características do produto e de sua posterior utilização. São considerados os custos e suas

dificuldades operacionais em função da qualidade final do produto, tornando-se

interessante a escolha de um secador que possua versatilidade para os mais variados tipos

de grãos.

Considerando-se o fornecimento de calor, os mecanismos básicos de transferência

de calor empregados indicam os possíveis equipamentos necessários. A retirada do vapor

de água, formado na superfície do material, é analisada do ponto de vista de movimento do

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fluido (mecânica dos fluidos), indicando também os prováveis equipamentos para esta

finalidade (PARK, 1987).

As informações fundamentais variam entre: quantidades, métodos de operação,

propriedades físicas da matéria-prima, propriedades químicas da matéria-prima,

especificações do produto seco, propriedades do produto seco, dados de secagem

disponíveis, perdas, local de operação, limitações construtivas e limites de temperatura

(ALONSO, 2001).

2.3.1 - Secadores de leito fixo

Segundo FREGOLENTE et al. (2004) a secagem de grãos em leito fixo é um

processo complexo, ocorrendo simultaneamente a transferência de calor e de massa,

dificultando a estimativa dos parâmetros térmicos efetivos, pois podem sofrer variações

significativas no decorrer da secagem em função de alterações no teor de água.

Nos sistemas de secagem em leito fixo, geralmente o ar de secagem é movimentado

da camada inferior para a porção superior da massa de grãos. A troca de umidade que

ocorre entre os grãos e o ar, acontece em uma região denominada zona de secagem.

Normalmente, o movimento dessa zona de secagem acontece da camada inferior para a

superior da massa, à medida em que vai ocorrendo à secagem (BROOKER et al., 1992)

Esta camada de massa é classificada como secagem em camada espessa, termo este

utilizado para um leito de grãos (estacionário ou móvel) no qual ocorrem gradientes de

temperatura e umidade entre os grãos e o ar de secagem (MEDEIROS, 2004), porém

JAYAS et al. (1991) aplicam a expressão secagem em camada delgada ou fina a um único

grão livre suspenso no ar ou a uma monocamada de grãos, caso a temperatura e a umidade

do ar de secagem possam ser consideradas no mesmo estado termodinâmico para qualquer

tempo de secagem.

Exemplo de secadores de leito fixo e camada espessa, de mais ampla utilização, são

os chamados silos secadores, principalmente nas pequenas propriedades rurais (ELIAS et

al., 2002).

2.3.2 - Secadores solar

A secagem ao sol é o método mais comum usado em países de clima tropical e

subtropical para a conservação de produtos agrícolas. Nesta técnica, as características

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Revisão bibliográfica

22

sensoriais do produto final podem perder a qualidade devido à ação desprotegida de chuva,

sujeira, poeira e infestação por insetos. Além disso, o tempo exigido de secagem pode ser

bastante longo; portanto, o processo de secagem de produtos agrícolas pode ser realizado

em equipamentos fechados (solar ou industrial) para melhorar a qualidade do produto final

(DIAMANTE & MUNRO, 1993; ERTEKIN & YALDIZ, 2004).

Os secadores solar têm adquirido, recentemente, grande destaque, em razão do

custo elevado dos combustíveis fósseis associado à escassez dessas reservas

(JAYARAMAN & GRUPTA, 2006), já que a secagem artificial é uma operação que

consome muita energia na tecnologia pós-colheita (PANGAVHANE et al., 2002).

MARTINS et al. (2002) citam que os secadores solar têm a radiação solar como

fonte de energia limpa; complementando, LAWLAND (1981) comenta que os secadores

solar geralmente são classificados de acordo com o modo de aquecimento ou a maneira

como a radiação solar é utilizada.

No secador que utiliza energia solar direta, o material a ser secado é colocado em

bandejas com uma cobertura transparente. O calor é gerado por absorção de radiação solar

no produto e também no interior da câmara secante. Este calor evapora a água do produto,

além de aquecer o ar, enquanto causa a remoção da umidade pela circulação de ar

(JAYARAMAN & GRUPTA, 2006).

VIEIRA (1984) comenta que o uso da energia solar por meio de dispositivos que

utilizam essas técnicas, é válido, mas alerta para aspectos como disponibilidade solar,

escolha adequada de matérias isolantes, escolha entre coletores planos e concentradores,

dimensionamento de reservatórios de energia e disponibilidade regional de materiais de

construção.

Trabalhos com secadores solares diretos, como o de MWITHIGA & KIGO (2006),

foram realizados; determinaram-se a temperatura e a velocidade em um secador solar para

secagem de café pergaminho, observando-se que a temperatura no interior da câmara

atingiu o máximo de 70,4 °C e o secador baixou o teor de água dos grãos de café de 54,8%

para 13% (b.u.) em 2 dias, enquanto a secagem aberta ao sol exigiu de 5 a 7 dias.

SANTOS (1980) relatou que coletores solares são capazes de aquecer grandes

vazões de ar (de 2 a 6 °C acima da temperatura ambiente), e podem ser construídos a baixo

custo além de apresentarem grande eficiência térmica (acima de 50%).

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Material e métodos

23

3 - MATERIAL E MÉTODOS

3.1 - Local de realização

O trabalho foi conduzido no Laboratório de Armazenamento e Processamento de

Produtos Agrícolas (LAPPA) da Unidade Acadêmica de Engenharia Agrícola (UAEA), do

Centro de Tecnologia e Recursos Naturais (CTRN) da Universidade Federal de Campina

3.2 Matéria-prima

Foram utilizadas sementes de abóbora (Cucurbita moschata Duchesne) da

variedade jacarezinho, adquiridas na Empresa Paraibana de Abastecimento e Serviços

Agrícolas (EMPASA), em Campina Grande, PB.

3.3 Processamento das abóboras

As abóboras foram transportadas ao laboratório, onde foram selecionadas,

descartando-se os frutos danificados e os verdes; em seguida, os frutos foram lavados em

água corrente com auxílio de uma esponja sintética e detergente neutro, afim de se retirar

matéria orgânica e demais impurezas aderidas ao produto; posteriormente foram secados a

temperatura ambiente.

Os frutos foram abertos com o auxílio de facas de aço inoxidável, previamente

higienizadas, e os grãos (sementes) retirados manualmente, juntamente com a mucilagem

que os envolve. Os grãos foram separados da mucilagem através de lavagem em água

corrente; a seguir, foram postos em bandejas de aço inoxidável e colocados sobre as

bancadas do laboratório expostos a temperatura ambiente, para eliminação do excesso de

água; após esses procedimentos os grãos foram colocados em sacos de polietileno de baixa

densidade, contendo aproximadamente 100 g em cada embalagem e em seguida retirado o

ar das embalagens com o auxilio de uma bomba de vácuo; as embalagens foram lacradas

em seladora mecânica e armazenadas em freezer a -22 ºC onde permaneceram até o

momento da realização dos ensaios.

Na Figura 3.1 se apresenta o fluxograma com a sequência do processamento dos

grãos de abóbora.

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Material e métodos

24

Figura 3.1 - Fluxograma do processamento dos grãos de abóbora

3.4 Preparo das amostras

Afim de se avaliar os grãos de abóbora obtidos conforme o item 3.3 nas suas

apresentações mais prováveis, os mesmos foram estudados em três diferentes tipos de

amostras:

Grãos inteiros (GI - Figura 3.2): procedia-se apenas o descongelamento dos grãos

e se esperava a amostra atingir a temperatura ambiente.

Figura 3.2 - Grãos inteiros de abóbora (GI)

Extração dos grãos

Lavagem dos grãos

Pesagem

Eliminação do excesso da água de lavagem

Embalagem dos grãos in natura a vácuo

Congelamento dos grãos

Recepção/ Seleção

Lavagem das abóboras

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Material e métodos

25

Grãos sem tegumento (GST - Figura 3.3): após o descongelamento dos grãos de

abóbora procedeu-se à retirada do seu tegumento, com auxílio de uma espátula de aço

inoxidável devidamente higienizada.

Figura 3.3 - Grãos sem tegumento de abóbora (GST)

Farinha de grãos (FG - Figura 3.4): depois de descongelados, os grãos de abóbora

eram triturados inteiros em liquidificador doméstico.

Figura 3.4 - Farinha de grãos de abóbora (FG)

3.5 - Secagem

Neste trabalho os três diferentes tipos de amostras (Grãos inteiros de abóbora GI;

Farinha dos grãos de abóbora - FG e Grãos de abóbora sem tegumento - GST) são

designados produtos, os quais foram submetidos a diferentes processos de secagem

utilizando-se estufa convencional e secagem com energia solar (exposição direta ao sol,

secadores de uso diurno e noturno), denominadas tratamento.

Em todos os tratamentos de secagem as diferentes amostras foram pesadas em

balança de precisão, em 4 repetições contendo 47 g cada uma e distribuídas em cestas

confeccionadas com tela de arame para as amostras GI e GST e em recipientes de alumínio

com diâmetro de 13,43 cm, altura de 1,74 cm e espessura de 0,11 cm para as amostras FG.

A temperatura do ar, em todos os tratamentos de secagem, foi acompanhada de um

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Material e métodos

26

termopar conectado a um medidor de temperatura digital (Minipa, modelo MT-455),

enquanto a umidade relativa do ar foi medida com higrômetro digital (Marca Pacer;

modelo DH 100).

Na Figura 3.5 é apresentado o fluxograma com a sequência das etapas da secagem

dos diferentes tipos de amostra para todos os tratamentos. Inicialmente, determinava-se o

teor de água inicial das diferentes amostras, em estufa a 105 °C, durante 24 h, de acordo

com a metodologia do Instituto Adolfo Lutz (BRASIL, 2005).

Para a realização da cinética de secagem, as amostras eram pesadas e levadas aos

diferentes tipos de tratamento, acompanhando-se a perda de massa durante a secagem, até

que atingissem massa constante. As pesagens das amostras para o tratamento realizado em

estufa foram feitas, inicialmente, em intervalos a cada 5 minutos e depois aumentados para

10, 15, 30, 60, 120 e 180 minutos. Para as amostras submetidas aos tratamentos utilizando

energia solar, suas pesagens foram realizadas em intervalos iniciais a cada 30 minutos e,

posteriormente a cada 60, 120, 180 e 240 minutos. Quando as amostras dos vários

tratamentos atingiram massa constante os produtos resultantes da secagem foram

colocados na estufa a 105 °C por 24 h (BRASIL, 2005), o que possibilitou não só medir a

massa seca de cada amostra como, também, calcular o teor de água de equilíbrio.

Figura 3.5 Fluxograma geral dos processos de secagem para os diferentes tratamentos

Secagem em estufa ou com energia solar com

acompanhamento da perda de massa

Determinação do teor de água final

Determinação do teor de água inicial

Pesagem

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Material e métodos

27

3.5.1 - Secagem em estufa

As secagens dos três tipos de amostras (GI, GST e FG) por meio de aquecimento

artificial, foram realizadas em quadruplicata, em camada fina, utilizando uma estufa com

circulação forçada de ar nas temperaturas de 40, 50, 60, 70 e 80 °C e velocidade do ar de

secagem de aproximadamente 1 m s-1, medida com a ajuda de um anemômetro digital

Renê Graf.

3.5.2 Secagem utilizando energia solar

As amostras (GI, GST e FG) foram submetidas a secagem utilizando-se energia

solar de quatro formas a saber:

Secagem por exposição direta ao sol durante o dia, combinada com secagem no

período noturno no secador ACSN (Acumulador de Calor para Secagem Noturna);

Secagem por exposição direta ao sol durante o dia e à noite as amostras eram

colocadas sobre a bancada do laboratório (testemunha);

Secagem em secador solar durante o dia, combinada com secagem no período

noturno no secador ACSN;

Secagem em secador solar durante o dia e à noite as amostras eram colocadas

sobre a bancada do laboratório (testemunha).

3.5.2.1 Secadores

3.5.2.1.1 -Secador solar para uso diurno

Para a secagem durante o dia utilizou-se um secador (Figura 3.6) em chapa zincada,

revestido internamente com isopor pintado na cor preta, tendo por cobertura um vidro

plano com 0,40 cm de espessura. O secador, com formato quadrado, media 71,0 cm de

lado e 9,0 cm de profundidade. Este secador foi referenciado em todo o texto, como

secador solar ou secador solar para uso diurno.

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Material e métodos

28

Figura 3.6 Secador solar para uso diurno

3.5.2.1.2 - Secador acumulador de calor para secagem no período noturno (ACSN)

Para a secagem durante a noite dos diferentes tipos de amostra (GI, GST e FG)

montou-se um equipamento (Figura 3.7) denominado, neste trabalho, secador acumulador

de calor, para secagem no período noturno (ACSN). Este equipamento foi construído

inicialmente por DANTAS (2007) e modificado no presente trabalho. O objetivo deste

secador é aproveitar a energia solar para aquecer água durante o dia, utilizando-se coletores

solares. O secador possui um reservatório termicamente isolado para armazenar a água

aquecida durante o dia, que era utilizada à noite como fonte de calor para aquecer a câmara

de secagem. A água quente circulava dentro da tubulação, passando pelo trocador de calor,

construído em tubo de cobre em formato de serpentina, localizado abaixo da bandeja

contendo as amostras. Para acelerar a circulação de água colocou-se um sistema de

circulação forçada de água, usando-se uma bomba movida a energia fotovoltaica.

Figura 3.7 Secador ACSN

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Material e métodos

29

3.5.2.1.2.1 Descrição das partes do secador ACSN

Coletores solares

Foram utilizados três coletores solares (Figura 3.8) de placas planas com sistema de

circulação de água composto cada um, de carcaça em alumínio, base termicamente isolada

em lã de vidro, placa absorvedora de calor, trocador de calor em tubos de cobre e cobertura

transparente de vidro com 0,30 cm de espessura. A carcaça, em forma retangular, possui

172 cm de comprimento por 102 cm de largura e 10 cm de profundidade. O fechamento da

carcaça na face superior é feito com a cobertura de vidro, utilizando-se como adesivo um

selante flexível. As placas absorvedoras têm dimensões retangulares de 170 100 cm e são

fabricadas em chapa de alumínio, rebitadas em torno dos trocadores de calor em tubos de

cobre, onde a água é aquecida. Os eixos longitudinais dos coletores são posicionados para

o norte e inclinados na mesma direção em 7o, a fim de compensar a latitude local

(aproximadamente 7o sul). Esta inclinação não é propícia ao aquecimento nos meses

chuvosos; em compensação, favorece a captação de energia nos meses de maior incidência

solar, que é entre novembro e fevereiro. Os experimentos realizados neste secador

ocorreram no mês de dezembro.

Figura 3.8 Coletores solares

Reservatório térmico

O reservatório térmico (Figura 3.9) utilizado para armazenamento da água aquecida

nos coletores é constituído de caixa de isopor com capacidade para 150 L, revestido

internamente com filme plástico a fim de manter a impermeabilidade e um recipiente para

reposição da água de evaporação.

Placas de vidro

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Material e métodos

30

Figura 3.9 Reservatório térmico

Câmara de secagem

A câmara de secagem (Figura 3.10) é composta de chapa de zinco em forma de

coluna com seção quadrada, com isolamento térmico interno em poliestireno expandido

com 3,0 cm de espessura (Figura 3.10a). A coluna central possui as seguintes dimensões:

50 cm de altura e topo em tronco de pirâmide com 33 cm de base e 26 cm de altura. O

interior da câmara tem 33 cm de lado e suporte para bandeja em tela de alumínio, para a

colocação das amostras em camada fina. A câmara foi projetada com pés que a mantêm 13

cm elevada em relação ao solo. O tronco de pirâmide do topo é provido de abertura de 30

cm de lado para a saída do ar de secagem. No interior da câmara, abaixo da posição da

bandeja, tem-se um trocador de calor elaborado em serpentina de tubo de cobre com

diâmetro interno de 3/4 de polegada, em que a água proveniente do reservatório térmico

provê o aquecimento do ar de secagem (Figura 3.9b).

A utilização da câmara com esta configuração demonstrou que a velocidade do

vento influenciava na temperatura interna, o que se explica pelo fato de que a mesma

permanece ao ar livre; para eliminar este efeito, a câmara foi protegida com uma caixa de

madeira (Figura 3.10a).

Recipiente Reservatório

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Material e métodos

31

Figura 3.10 Câmara de secagem: parte externa (a) e parte interna (b)

Com o intuito de aumentar a circulação da água pela tubulação montada baseada no

princípio de circulação por sifão térmico -

incorporou-se um sistema de bombeamento auxiliar movido com energia fotovoltaica. A

alimentação elétrica da bomba foi realizada diretamente na saída do painel fotovoltaico

(Figura 3.11), sem uso de acumuladores. Desta forma, o bombeamento de água funcionou

de forma mais eficiente, promovendo um incremento de circulação nos momentos de

maior radiação solar. Em momentos de cobertura parcial por nuvens, o calor residual dos

coletores ainda provoca aquecimento na água e, nessas ocasiões, prepondera a circulação

por sifão térmico, com tempos de residência maiores.

Figura 3.11 -

(a) (b)

Porta

Saída do ar

Bandeja

Trocador de calor

Caixa de madeira

Painel fotovoltaico

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Material e métodos

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3.5.2.1.2.2 Montagem e funcionamento do secador solar ACSN

A montagem do secador ACSN (Figura 3.12) foi realizada com os quatro

com painel fotovoltaico) trabalhando em alturas diferentes, de tal forma que a água

circulava em dois circuitos independentes, conforme fosse dia ou noite. Durante o dia, por

meio dos registros, a água tinha circulação restrita ao circuito coletores/reservatório

térmico; no período noturno, visando à realização das secagens, a circulação neste circuito

era interrompida sendo então liberada a circulação no circuito reservatório/câmara de

secagem.

A circulação da água entre os coletores e o reservatório (circulação diurna) é levada

a efeito com base no princípio do sifão térmico. Para isto, a água aquecida nos coletores

percorre uma tubulação necessariamente ascendente, desde a saída superior do coletor,

localizado na posição mais alta em relação aos demais, até a entrada do reservatório,

localizada na posição mais alta de todo o circuito. Ao ascender pelo efeito convectivo

produzido pelo aquecimento, cria-se um sifão térmico que succiona a água fria da parte

inferior do reservatório em direção à entrada do coletor localizado na posição mais baixa

em relação aos demais, promovendo, assim, a circulação. Para acelerar o movimento da

água foi introduz

circulação forçada de água, proporcionando um aquecimento mais rápido da água nos

coletores solares, com menores tempos de residência, com consequente melhoria no

aproveitamento dos eventos de sol aberto.

A circulação da água entre o reservatório térmico e a câmara de secagem

(circulação noturna) também se baseia no princípio do sifão térmico mas, ao contrário do

circuito coletores/reservatório, a circulação é levada a efeito pelo resfriamento da água no

trocador de calor localizado na câmara de secagem. Ao ser resfriada no trocador de calor,

fornecendo calor para a secagem, a água tem aumentada sua massa específica tendendo a

ocupar posições mais baixas. Como o trocador de calor dentro da câmara de secagem é

construído em forma de espiral, a água resfriada desce pela tubulação necessariamente

descendente, que vai da parte mais baixa da espiral até a entrada inferior do reservatório

térmico, criando um sifão que succiona a água quente da parte superior do reservatório em

direção ao trocador de calor, completando a circulação neste circuito.

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Material e métodos

33

Figura 3.12 Sistema completo do secador ACSN

3.5.2.2 Secagem por exposição direta ao sol combinada com o secador ACSN

A secagem por exposição direta ao sol era iniciada às 8 h colocando-se as amostras

dispostas em 8 bandejas (18 x 14 cm) sob exposição direta ao sol (Figura 3.13), isto é, em

terreiro recoberto com lona preta. Nas amostras secadas desta forma, houve a necessidade

de se colocar um tecido conhecido como filó, com a finalidade de não se perder amostra

levada pelo vento. A perda de água das amostras foi acompanhada por meio de pesagens

periódicas das bandejas realizadas em intervalos já mencionados. Metade das amostras era

colocada no secador ACSN, iniciando-se a secagem no período noturno, às 17 h e

encerrada às 8 h da manhã seguinte, quando então as amostras voltavam para exposição

direta ao sol até as 17 h, caso as amostras não atingissem massa constante (final da

secagem). Após este horário as amostras voltavam para o secador ACSN, retornando-se

então aos procedimentos de secagem no período noturno, tal como na noite anterior.

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Material e métodos

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Figura 3.13 Secagem em exposição direta ao sol

Durante o processo de secagem no secador ACSN, em intervalos regulares de

tempo, eram registrados a temperatura no interior da câmara de secagem, a temperatura

ambiente e a temperatura da água na entrada e saída do reservatório térmico, com uso de

termopares, no momento em que eram medidas as massas das amostras.

3.5.2.3 Secagem por exposição direta ao sol durante o dia e à noite em abrigo

A partir das 17 h a outra metade das amostras mencionada no item anterior

(3.5.2.2), era transferida para a bancada do laboratório, onde permanecia durante toda a

noite expostas às condições de temperatura e umidade relativa do ambiente, a fim de servir

de testemunha em relação à outra metade, que era colocada no secador ACSN,

permanecendo até as 8 h do dia seguinte. Às 8 h, essas amostras voltavam para exposição

direta ao sol até as 17 h.

3.5.2.4 Secagem em secador solar de uso diurno combinado com o secador ACSN

A partir das 17 h, 4 bandejas (metade) iam para o secador noturno (ACSN),

seguindo-se com as pesagens das bandejas durante toda a noite; às 8 h, as amostras eram

colocadas no secador de uso diurno (Figura 3.14), e a secagem prosseguia, com as

pesagens sendo realizadas a partir de então. Caso as amostras não entrassem em equilíbrio

(teor de água constante), às 17 h elas voltariam novamente ao secador ACSN e se repetia o

procedimento da noite anterior.

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Material e métodos

35

Figura 3.14 - Secagem em secador solar de uso diurno

3.5.2.5 - Secagem em secador solar durante o dia e, à noite, em abrigo

A partir das 17 h a outra metade das amostras mencionadas no item anterior 3.5.2.4

era recolhida para a bancada do laboratório (abrigo) onde permanecia, a fim de servir de

testemunha em relação à outra metade, que era levada ao secador ACSN, até as 8 h do dia

seguinte; a partir deste horário, as amostras voltavam ao secador solar de uso diurno.

3.6 Cinética de secagem

A partir dos dados de perda de massa das amostras durante as secagens e dos teores

de água de equilíbrio determinados no final, foram calculadas as razões de água (Equação

2.2) e construídas as curvas de razão de água, em função do tempo de secagem.

Após traçadas as curvas de cinética de secagem dos três diferentes produtos (GI,

FG, GST), para os diferentes tratamentos, os seguintes modelos matemáticos foram

ajustados aos dados obtidos: Aproximação da Difusão (2.3), Exponencial Dois Termos

(2.4), Henderson & Pabis (2.5), Logarítmico (2.6) e Page (2.7), aos dados experimentais.

Para o ajuste dos modelos matemáticos aos dados experimentais utilizou-se o

programa computacional STATISTICA 5.0 por meio de análise de regressão não linear,

pelo método Quase-Newton, para as amostras secadas em estufa e com energia solar. Para

avaliar a qualidade do ajuste dos modelos aos dados experimentais, utilizaram-se, como

critério, a análise do coeficiente de determinação (R2) e o desvio quadrático médio (DQM),

Equação 3.1.

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Material e métodos

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n

XR - RXDQM

2exppred

(3.1)

em que:

DQM desvio quadrático médio

RXpred razão de água predito pelo modelo

RXexp razão de água experimental

n número de observações

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Resultados e discussão

37

4 RESULTADOS E DISCUSSÃO

4.1 - Secagem em estufa

4.1.1 - Grãos inteiros (GI)

Nas Tabelas A.1 a A.15 (Apêndice A) se encontram os dados experimentais médios

das razões de água em função do tempo de secagem em estufa nas temperaturas de 40, 50,

60 , 70 e 80 °C, das amostras de grãos inteiros (GI), grãos sem tegumento (GST) e farinha

de grãos (FG).

Apresentam-se, na Figura 4.1, os pontos experimentais da secagem dos grãos de

abóbora inteiros (GI) nas temperaturas de 40, 50, 60, 70 e 80 °C, expressos pela razão de

água em função do tempo de secagem.

0 300 600 900 1200

Tempo (min)

0,0

0,1

0,2

0,3

0,4

0,5

0,6

0,7

0,8

0,9

1,0

Raz

ão d

e ág

ua (a

dim

ensi

onal

)

80 °C 70 °C 60 °C 50 °C 40 °C

Figura 4.1 - Curvas de secagem em estufa de grãos inteiros (GI) de abóbora nas

temperaturas de 40, 50, 60, 70 e 80 °C

Pode-se observar a relação da velocidade de secagem com a temperatura do ar, com

maior taxa de remoção de água do produto nas maiores temperaturas, fato normalmente

observado por pesquisadores, em produtos agrícolas (BABALIS & BELESSIOTIS, 2004;

LAHSASNI et al., 2004; MOHAPATRA & RAO, 2005).

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Resultados e discussão

38

Os tempos decorridos para a cinética de secagem dos GI, foram de 21 h (1260 min);

20,5 h (1230 min); 18,5 h (1110 min); 16 h (960 min) e 12,08 h (725 min) para as

temperaturas de 40, 50, 60, 70 e 80 °C, respectivamente e o valor médio do teor de água

inicial foi de 24,79 0,02% b.u. (32,99% b.s.) e o teor médio de água final, de 2,80

0,01% b.u. (2,94% b.s).

A velocidade de secagem varia principalmente em função do teor de água inicial e

final, do tipo e espécie das sementes, do tipo e tamanho do secador, da temperatura e

umidade relativado ar de secagem, entre outros fatores (BORSATO et al., 1999; TIWARI

et al., 1994; VILLELA & SILVA, 1992).

Tempos de secagem inferiores aos obtidos no presente trabalho, os quais variaram

entre 1,7 h e 3,83 h, foram verificados por CORRÊA et al. (2001), ao secarem, em camada

fina, grãos de milho-pipoca, com teores de água inicial de 23,5% b.s., nas temperatura de

40, 50 e 60 °C e velocidade do ar de secagem de 1 m s-1. Estas diferenças nos tempos de

secagem podem estar relacionadas com as características físicas e químicas dos produtos.

KOYUNCU et al. (2004) desidrataram castanhas (Castanea sativa Mill.) em

camada fina em secador de fluxo paralelo, encontrando o menor tempo de secagem em 43

h, na temperatura de 70 °C e velocidade do ar de 1,0 m s-1; tempo superior ao deste

trabalho para a mesma temperatura e velocidade do ar; desta forma fica evidente que as

características do produto influenciam muito no tempo de secagem.

BATISTA et al. (2007) secaram vagens de algaroba nas temperaturas de 50, 60 e 70

ºC, em secador de bandejas convectivo, com a velocidade do ar de secagem de 6 m s-1,

obtendo tempos de secagem aproximados de 600, 550 e 450 min. e teores de água finais de

de 16,2; 24,0; e 17,9% b.s., respectivamente, tempos esses inferiores aos do presente

trabalho, nas mesmas temperaturas de estudo; entretanto, deve-se ressaltar que o teor de

água final médio para os grãos de abóbora (GI) foi muito inferior.

Na Tabela 4.1 estão os parâmetros de ajuste dos modelos Aproximação da Difusão,

Exponencial Dois Termos, Henderson & Pabis, Logarítmico e Page aos dados da cinética

de secagem em estufa dos grãos inteiros de abóbora (GI), os respectivos coeficientes de

determinação (R2) e os desvios quadráticos médios (DQM).

Observa-se que todos os modelos se ajustaram bem aos dados experimentais de

secagem, com coeficientes de determinação (R2) superiores a 0,96, podendo todos os

modelos serem usados na predição da cinética de secagem dos grãos inteiros de abóbora.

O melhor modelo matemático foi definido como aquele que possui os maiores

valores de R2 e os menores DQM; assim, o modelo Aproximação da Difusão foi

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Resultados e discussão

39

considerado o melhor para estimar as curvas de cinética de secagem de GI em todas

temperaturas, por ter apresentado os menores DQM e os maiores coeficientes de

determinação (R2).

Tabela 4.1 - Parâmetros dos modelos Aproximação da Difusão, Exponencial Dois Termos,

Henderson & Pabis, Logarítmico e de Page, com seus respectivos coeficientes

de determinação (R2) e desvios quadráticos médios (DQM) da cinética de

secagem, em estufa dos grãos inteiros de abóbora (GI)

Modelo Temperatura (°C)

Parâmetro R2 DQM

a k b

Aproximação da Difusão

80 0,7745 0,0583 0,1239 0,9995 0,0073 70 0,7678 0,0492 0,1185 0,9993 0,0081 60 0,7725 0,0369 0,1259 0,9994 0,0061 50 0,8266 0,0234 0,1404 0,9990 0,0089 40 0,8950 0,0139 0,1430 0,9986 0,0118

Modelo Temperatura (°C)

Parâmetro R2 DQM

a b

Exponencial Dois Termos

80 0,2712 0,1011 0,9896 0,0292 70 0,2737 0,0825 0,9883 0,0321 60 0,2771 0,0607 0,9819 0,0348 50 0,3258 0,0372 0,9914 0,0262 40 0,0062 1,8765 0,9937 0,0246

Modelo Temperatura (°C)

Parâmetro R2 DQM

a k

Henderson & Pabis

80 0,9518 0,0353 0,9805 0,0399 70 0,9569 0,0296 0,9798 0,0422 60 0,9267 0,0207 0,9678 0,0465 50 0,9677 0,0163 0,9832 0,0366 40 0,9983 0,0117 0,9937 0,0246

Modelo Temperatura (°C)

Parâmetro R2 DQM

a k c

Logarítmico

80 0,9301 0,0397 0,0388 0,9890 0,0299 70 0,9352 0,0334 0,0389 0,9885 0,0319 60 0,9097 0,0258 0,0574 0,9860 0,0306 50 0,9480 0,0189 0,0458 0,9929 0,0237 40 0,9768 0,0129 0,0356 0,9974 0,0159

Modelo Temperatura (°C)

Parâmetro R2 DQM

k n

Page

80 0,0878 0,7350 0,9922 0,0253 70 0,0754 0,7339 0,9906 0,0288 60 0,0663 0,7186 0,9880 0,0284 50 0,0346 0,8227 0,9902 0,0280 40 0,0152 0,9396 0,9945 0,0230

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Resultados e discussão

40

Valores semelhantes de R2 > 0,99 e de DQM < 0,002 para o modelo Aproximação

da Difusão, foram observados por CORRÊA et al. (2007) para descrição do processo de

secagem de feijão em camada delgada.

O parâmet

Logarítmico e Page, aumentou com o aumento da temperatura de secagem, comportamento

também verificado por DOYMAZ (2005), para a secagem em camada fina de feijão verde

50, 60 e 70 oC, e por CORRÊA et al. (2001) secando milho-pipoca nas temperaturas de 40,

50 e 60 °C. Segundo CORRÊA et al. (2007) a constante de secagem (k) para o modelo de

resistência interna do produto à secagem. Ante tais informações, constata-se que as

maiores resistências dos grãos inteiros à secagem ocorreram nas temperaturas de 40 e 50 oC; já a influência externa da temperatura na secagem foi maior nas maiores temperaturas

(70 e 80 oC), contribuindo para uma secagem mais rápida.

Na Figura 4.2 estão representados os ajustes do modelo matemático Aproximação

da Difusão aos dados experimentais da cinética de secagem em estufa de GI para as

temperaturas de 40, 50, 60, 70 e 80 ºC. Este modelo foi considerado o melhor para estimar

as curvas de cinética de secagem em estufa de GI e sua representação na Figura 4.2

demonstra a dispersão dos dados estimados em relação aos dados experimentais.

Figura 4.2 Modelo Aproximação da Difusão ajustado à cinética de secagem em estufa

de grãos inteiros (GI) de abóbora, nas temperaturas de 40, 50, 60, 70 e 80 °C

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Resultados e discussão

41

No Apêndice B, Figuras B.1 a B.4, tem-se a representação gráfica dos ajustes dos

modelos de Exponencial Dois Termos, Henderson & Pabis, Logarítmico e Page, aos dados

experimentais.

Observa-se, na Figura 4.2, que as curvas ajustadas com o modelo Aproximação da

Difusão estão muito próximas dos dados experimentais, como ficou demonstrado pelos

maiores valores de R2 e menores DQM.

4.1.2 Grãos sem tegumento (GST)

Na Figura 4.3 tem-se os pontos experimentais médios da secagem em estufa de

GST nas temperaturas de 40, 50, 60, 70 e 80 °C, expressos pela razão de água em função

do tempo de secagem.

0 200 400 600 800 1000

Tempo (min)

0,0

0,1

0,2

0,3

0,4

0,5

0,6

0,7

0,8

0,9

1,0

Raz

ão d

e ág

ua (a

dim

ensi

onal

)

80 °C 70 °C 60 °C 50 °C 40 °C

Figura 4.3 - Curvas de secagem em estufa de grãos sem tegumento (GST) nas

temperaturas de 40, 50, 60, 70 e 80 °C

Verifica-se que a razão de água tende a um valor constante mais rapidamente

quanto maior for a temperatura de secagem e que as curvas são mais acentuadas quanto

maior é a temperatura utilizada na secagem, o que pode ser constatado observando-se o

tempo decorrido na cinética de secagem de GST, onde a retirada do tegumento fez com

que as secagens fossem realizadas em 18 h (1080 min), 16 h (960 min), 14 h (840 min), 13

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Resultados e discussão

42

h (780 min) e 11,75 h (705 min) para as temperaturas de 40, 50, 60, 70 e 80 °C,

respectivamente, onde o valor médio do teor de água inicial foi de 21,48 0,02% b.u.

(27,34% b.s.) e o do teor médio de água final, de 2,55 0,01% b.u. (2,64% b.s.). Constata-

se que os tempos de secagem das amostras GST foram inferiores aos das amostras GI,

quando comparados na mesma temperatura de secagem, ficando evidente que a retirada do

tegumento facilitou a transferência de massa, acelerando a perda de água.

CARLESSO et al. (2007) estudando a secagem em camada fina de sementes de

maracujá amarelo, também notaram que o teor de água e o tempo de secagem diminuem

consideravelmente com o aumento da temperatura de secagem. Semelhantemente,

ALMEIDA et al. (2006) também constataram, para a cinética de secagem da semente de

girassol, que a mesma foi fortemente influenciada pela temperatura, sendo reduzido

significativamente o tempo de secagem nas temperaturas mais elevadas.

MELO et al. (2008) observaram, durante a secagem em secador de bandejas,

tempos de secagem das sementes de acerola de 11,5; 6,0; 4,2; 2,3 e 1,6 h, nas temperaturas

de 40, 50, 60, 70 e 80 °C, respectivamente, constatando que o tempo de secagem diminui

com o aumento de temperatura, confirmando a dependência da temperatura de secagem.

SILVA & MARSAIOLI JÚNIOR (2004) secaram amêndoas de castanhas do Brasil

(Bertholletia excelsa), em secador convencional, com velocidade do ar de 1,5 m s-1, na

temperatura de 55 oC obtendo um tempo de secagem de 16 h, semelhante ao obtido no

presente trabalho, para a temperatura de 50 oC.

CARNEIRO et. al. (2005) estudaram a secagem de grãos de trigo comum (IAC

289), colhido com teor de água inicial de 23,4% b.u., em secador de bandejas com

velocidade do fluxo de ar de 20 m3 min-1 m-2 nas temperaturas do ar de secagem de 40 e 60 oC, obtendo tempos de secagem de 5 h e 2 h, respectivamente, e teor de água final de

13,1% b.u..

Apresentam-se, na Tabela 4.2, os parâmetros de ajuste dos modelos Aproximação

da Difusão, Exponencial Dois Termos, Henderson & Pabis, Logarítmico e Page, aos dados

experimentais da cinética de secagem GST, os respectivos coeficientes de determinação

(R2) e os desvios quadráticos médios (DQM).

Observa-se que o modelo que melhor se ajustou aos dados experimentais foi o da

Aproximação da Difusão, em razão de ter apresentado os maiores valores de R2 (> 0,99) e

os menores valores de DQM (<0,009). Constata-se ainda que todos os outros modelos

testados (Exponencial Dois Termos, Henderson & Pabis, Logarítmico e Page), também

podem ser usados para estimar as curvas de cinética de secagem das amostras GST. A

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Resultados e discussão

43

capacidade do modelo em descrever com fidelidade o processo físico é inversamente

proporcional ao valor do DQM (ANDRADE et al., 2006).

Tabela 4.2 - Parâmetros dos modelos Aproximação da Difusão, Exponencial Dois

Termos, Henderson & Pabis, Logarítmico e de Page, com seus respectivos

coeficientes de determinação (R2) e desvios quadráticos médios (DQM) da

cinética de secagem em estufa dos grãos sem tegumento (GST)

Modelo Temperatura (°C)

Parâmetro R2 DQM

a k b

Aproximação da Difusão

80 0,7589 0,0624 0,1824 0,9994 0,0062 70 0,6790 0,0627 0,1828 0,9992 0,0070 60 0,6071 0,0613 0,1697 0,9989 0,0081 50 0,5402 0,0603 0,1698 0,9991 0,0076 40 0,5175 0,0484 0,1243 0,9990 0,0084

Modelo Temperatura (°C)

Parâmetro R2 DQM

a b

Exponencial Dois Termos

80 0,2707 0,1197 0,9911 0,0229 70 0,2550 0,1004 0,9876 0,0272 60 0,2405 0,0881 0,9834 0,0317 50 0,2315 0,0793 0,9848 0,0311 40 0,2123 0,0575 0,9697 0,0451

Modelo Temperatura (°C)

Parâmetro R2 DQM

a k

Henderson & Pabis

80 0,9270 0,0360 0,9809 0,0335 70 0,9086 0,0300 0,9758 0,0380 60 0,8870 0,0238 0,9717 0,0414 50 0,8797 0,0203 0,9746 0,0402 40 0,8441 0,0123 0,9635 0,0495

Modelo Temperatura (°C)

Parâmetro R2 DQM

a k c

Logarítmico

80 0,9141 0,0417 0,0383 0,9916 0,0222 70 0,8953 0,0356 0,0438 0,9885 0,0261 60 0,8738 0,0286 0,0459 0,9844 0,0308 50 0,8666 0,0238 0,0413 0,9837 0,0323 40 0,8230 0,0152 0,0541 0,9752 0,0407

Modelo Temperatura (°C)

Parâmetro R2 DQM

k n

Page

80 0,0952 0,7379 0,9959 0,0155 70 0,0945 0,7057 0,9963 0,0148 60 0,0906 0,6774 0,9971 0,0133 50 0,0807 0,6798 0,9984 0,0101 40 0,0747 0,6238 0,9981 0,0114

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Resultados e discussão

44

SILVA et al. (2008) obtiveram bons ajustados, ao ajustarem o modelo

Aproximação da Difusão às curvas de cinética de secagem do feijão sempre-verde nas

temperaturas de 40, 50 e 60 oC, obtendo valores de R2 > 0,99.

ernas de secagem

produto à secagem, para determinadas condições externas (BROOKER, 1992). Constata-se

todos os modelos

tiveram o mesmo comportamento. KINGSLY & SINGH (2007), NISHIYAMA et al.

(2006), RAO et al. (2007) e TARIGAN et al. (2007) também constataram que os valores

principal fator de influência na cinética de secagem de sementes de romã, trigo, arroz e

nozes, respectivamente.

Na Figura 4.4, tem-se os pontos experimentais das cinéticas de secagem das

amostras GST nas temperaturas de 40, 50, 60, 70 e 80 °C, com ajustes pelo melhor

modelo, que foi o de Aproximação da Difusão. No Apêndice B, Figura B.5 a B.8, tem-se

os gráficos da cinética de secagem das amostras GST com ajustes pelos modelos de

Exponencial Dois Termos, Henderson & Pabis, Logarítmico e de Page, Constatando-se que

nas temperaturas mais altas os tempos de secagem foram menores.

Figura 4.4 Modelo Aproximação da Difusão ajustado à cinética de secagem em estufa

dos grãos sem tegumento (GST) nas temperaturas de 40, 50, 60, 70 e 80 °C

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Resultados e discussão

45

Os dados experimentais da cinética de secagem em estufa das amostras GST foram

melhor representados pelo modelo Aproximação da Difusão, fato também verificado para

as amostras GI.

4.1.3 - Farinha de grãos (FG)

Na Figura 4.5 são apresentados os pontos experimentais médios da razão de água,

em função do tempo de secagem em estufa das amostras FG nas temperaturas de 40, 50,

60, 70 e 80 °C.

0 200 400 600

Tempo (min)

0,0

0,1

0,2

0,3

0,4

0,5

0,6

0,7

0,8

0,9

1,0

Raz

ão d

e ág

ua (a

dim

ensi

onal

)

80°C 70°C 60°C 50°C 40°C

Figura 4.5 - Curvas de secagem em estufa da farinha de grãos de abóbora (FG) nas

temperaturas de 40, 50, 60, 70 e 80 °C

Observa-se diminuição da razão de água com o aumento da temperatura. O maior

efeito da diferença de temperatura é constatado entre 40 e 50 ºC, enquanto entre 60 e 70 ºC

o efeito do aumento de temperatura é menos expressivo, tornando-se graficamente

imperceptível na primeira hora de secagem; o mesmo resultado foi verificado por

DANTAS (2007) para a secagem da farinha de grãos de jaca.

No final da determinação da cinética de secagem das amostras FG, encerrada

quando as amostras atingiram massa constante, os teores médios de água finais

encontrados foram de 0,76 ± 0,03%; 1,6 ± 0,02%; 1,64 ± 0,03%; 2,28 ± 0,04%; e 3,76 ±

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Resultados e discussão

46

0,04% b.s., atingidos nos tempos de 11 h (660 min), 10,5 h (630 min), 9,75 h (585 min),

9,5 h (570 min) e 8 h (480 min), nas temperaturas de 40, 50, 60, 70 e 80 °C,

respectivamente. Verifica-se redução nos tempos de secagem com aumento da temperatura

cujos resultados estão de acordo com estudos realizados anteriormente para a secagem de

feijão e trigo (ALMEIDA et al., 2009; MOHAPATRA & RAO, 2005). Intervalo de tempo

inferior foi reportado por LUZ et al. (2006) para a cinética de secagem de farelo de soja

secado em secador rotativo com temperatura de 50 oC e velocidade do ar de secagem de

1,1 m s-1 obtendo-se um tempo de secagem de 16 min para reduzir o teor de água inicial de

24,0% b.s. para o teor de água final de 16% b.s.

Apresentam-se, na Tabela 4.3, os parâmetros de ajuste dos modelos Aproximação

da Difusão, Exponencial Dois Termos, Henderson & Pabis, Logarítmico e Page, aos dados

da cinética de secagem em estufa das amostras FG, os respectivos coeficientes de

determinação (R2) e os desvios quadráticos médios (DQM).

Dentre os modelos testados constata-se que o modelo Logarítmico foi o que melhor

se ajustou aos dados experimentais da cinética de secagem em estufa de FG, apresentando

os maiores valores de R2 e os menores DQM para todas as temperaturas, exceto para a

temperatura de 50 °C, em que o modelo Aproximação da Difusão foi o melhor em razão de

ter apresentado um valor de DQM menor, apesar dos coeficientes de determinação serem

idênticos para os dois modelos.

Verifica-se ainda que todos os outros modelos (Aproximação da Difusão,

Exponencial Dois Termos, Henderson & Pabis e de Page) podem ser utilizados para

predizer as curvas de cinética de secagem das amostras FG, nas cinco temperaturas

avaliadas, em razão dos mesmos terem resultado em ajustes com coeficientes de

determinação (R2) superiores a 0,99.

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Resultados e discussão

47

Tabela 4.3 - Parâmetros dos modelos Aproximação da Difusão, Exponencial Dois

Termos, Henderson & Pabis, Logarítmico e de Page, com seus respectivos

coeficientes de determinação (R2) e desvios quadráticos médios (DQM) da

cinética de secagem em estufa da farinha dos grãos de abóbora (FG)

Modelo Temperatura (°C)

Parâmetro R2 DQM

a k b

Aproximação da Difusão

80 -0,0156 0,0866 0,4505 0,9995 0,0060 70 -0,0218 0,2917 0,1121 0,9996 0,0060 60 -0,0091 0,3138 0,0886 0,9989 0,0094 50 0,9885 0,0222 0,1045 0,9999 0,0024 40 0,0109 0,3787 0,0372 0,9997 0,0055

Modelo Temperatura (°C)

Parâmetro R2 DQM

a b

Exponencial Dois Termos

80 0,8519 0,0396 0,9995 0,0061 70 1,0000 0,0320 0,9994 0,0069 60 0,0001 255,2103 0,9989 0,0095 50 0,0001 204,1650 0,9998 0,0043 40 0,0103 1,3717 0,9997 0,0055

Modelo Temperatura (°C)

Parâmetro R2 DQM

a k

Henderson & Pabis

80 0,9994 0,0386 0,9995 0,0061 70 1,0087 0,0323 0,9995 0,0065 60 1,0041 0,0276 0,9989 0,0094 50 1,0004 0,0217 0,9998 0,0043 40 0,9926 0,0142 0,9997 0,0057

Modelo Temperatura (°C)

Parâmetro R2 DQM

a k c

Logarítmico

80 0,9966 0,0392 0,0051 0,9996 0,0052 70 1,0052 0,0328 0,0061 0,9996 0,0054 60 0,9979 0,0286 0,0112 0,9994 0,0068 50 0,9970 0,0221 0,0061 0,9999 0,0026 40 0,9953 0,0140 -0,0042 0,9997 0,0054

Modelo Temperatura (°C)

Parâmetro R2 DQM

k n

Page

80 0,0383 1,0024 0,9995 0,0061 70 0,0297 1,0206 0,9995 0,0064 60 0,0274 1,0007 0,9989 0,0095 50 0,0222 0,9941 0,9998 0,0042 40 0,0147 0,9928 0,9996 0,0062

SOUSA et al. (2006) obtiveram os maiores valores R2 e os menores valores DQM

ao ajustarem o modelo de Page às curvas de secagem do farelo de mamona, nas

temperaturas de 50, 60, 70 e 80 °C.

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Resultados e discussão

48

Na Figura 4.6 tem-se os dados experimentais médios das cinéticas de secagem das

amostras FG nas temperaturas de 40, 50, 60, 70 e 80 °C, com ajustes pelo modelo

Logarítmico, considerado o melhor modelo. No Apêndice B, Figuras B.9 a B.12, tem-se os

gráficos das cinéticas de secagem com ajustes pelos outros modelos testados.

Figura 4.6 Modelo Logarítmico ajustado à cinética de secagem em estufa da farinha de

grãos de abóbora (FG) nas temperaturas de 40, 50, 60, 70 e 80 °C

Observa-se, na Figura 4.6, que a taxa de secagem se acentua com o aumento da

temperatura, concordando com os inúmeros resultados relatados na literatura referentes a

este tema de investigação, tais como para semente de amaranto, feijão e pistache

(ABALONE et al., 2006; CALOMENI et al., 2005; KASHANINEJAD et al., 2007; NITZ

& TARANTO, 2007).

4.2 - Secagem solar

Na Tabela A.16 a A.21 (Apêndice A) se encontram os dados experimentais das

razões de água em função do tempo de secagem das diferentes amostras (GI, GST e FG)

secadas por exposição direta ao sol, associadas com a secagem no secador ACSN, e

secadas no secador diurno, em associação com o secador ACSN.

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Resultados e discussão

49

4.2.1 Secagem por exposição direta ao sol combinada com o secador ACSN ou no

abrigo no período noturno

Nas Figuras D.1 a D.3 (Apêndice D) tem-se a representação gráfica dos dados

experimentais das cinéticas de secagem dos três produtos (GI, GST e FG), com exposição

direta ao sol, combinada com o secador ACSN ou no abrigo no período noturno, e as

curvas ajustadas pelos modelos de Aproximação da Difusão, Exponencial Dois Termos,

Henderson & Pabis, Logarítmico e Page.

Na Tabela 4.4 se mostram os parâmetros de ajuste dos modelos Aproximação da

Difusão, Exponencial Dois Termos, Henderson & Pabis, Logarítmico e Page, aos dados

experimentais das cinéticas de secagem dos três produtos (GI, GST, FG) em exposição

direta ao sol, combinada com o secador ACSN ou colocados em ambiente abrigado no

período noturno, com seus respectivos coeficientes de determinação (R2) e desvios

quadráticos médios (DQM). A letra

indica a testemunha, ou seja, amostra que durante a noite foi mantida fora do secador

ACSN, em ambiente abrigado.

Observa-se que o modelo Aproximação da Difusão foi o que melhor se ajustou aos

dados experimentais das amostras GI, GST e FG para sua secagem em exposição direta ao

sol, em associação com o secador ACSN, em razão de ter apresentado os maiores

coeficientes de determinação e os menores desvios quadráticos médios. Para as amostras

GI/T e FG/T, o modelo que melhor se ajustou às curvas experimentais, foi o Logarítmico e,

para a amostra GST/T, foi o modelo Aproximação da Difusão.

Constata-se que todos os modelos testados apresentaram R2 > 0,80 para as

diferentes amostras, podendo ser usados na predição da cinética de secagem das mesmas;

resultados semelhantes foram encontrados por DANTAS (2007) para os modelos

Logarítmico, de Page e de Henderson & Pabis, ajustados às curvas de secagem por

exposição direta ao sol de amêndoas de jaca, com R2 > 0,96.

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Resultados e discussão

50

Tabela 4.4 - Parâmetros dos modelos Aproximação da Difusão, Exponencial Dois Termos, Henderson & Pabis, Logarítmico e Page com seus respectivos coeficientes de determinação (R2) e desvios quadráticos médios (DQM) da cinética de secagem dos produtos de grãos de abóbora com exposição direta ao sol combinada com secagem no secador ACSN ou colocados em ambiente abrigado

Modelo Produto Parâmetro

R2 DQM a k b

Aproximação da Difusão

GI 0,8412 0,0064 0,1258 0,9975 0,0146 GI/T 0,0776 0,0360 0,0386 0,9439 0,0783 GST 0,6539 0,0252 0,500 0,9878 0,0292

GST /T 0,3473 0,0210 0,0441 0,9580 0,0531 FG 0,9491 0,0160 0,0460 0,9973 0,0146

FG/T -185,6081 0,0021 0,9954 0,8857 0,1126

Modelo Produto Parâmetro

R2 DQM a b

Exponencial Dois Termos

GI 0,3094 0,0109 0,9887 0,0309 GI/T 0,0697 0,0203 0,9434 0,0787 GST 0,2344 0,0253 0,8467 0,1034

GST/T 0,1580 0,0092 0,8513 0,1000 FG 0,0426 0,3151 0,9904 0,0276

FG/T 0,0034 0,2932 0,8486 0,1296

Modelo Produto Parâmetro

R2 DQM a k

Henderson & Pabis

GI 0,9716 0,0045 0,9826 0,0384 GI/T 0,9535 0,0015 0,9422 0,0795 GST 0,8241 0,0054 0,8292 0,1091

GST/T 0,8166 0,0013 0,8846 0,0881 FG 0,9943 0,0141 0,9902 0,0278

FG/T 1,0307 0,0011 0,8518 0,1282

Modelo Produto Parâmetro

R2 DQM a k c

Logarítmico

GI 0,9485 0,0051 0,0390 0,9925 0,0252 GI/T 0,9201 0,0017 0,0485 0,9476 0,0757 GST 0,8357 0,0127 0,1233 0,9288 0,0704

GST/T -40,6911 0,0000 41,4110 0,8083 0,1136 FG 0,9752 0,0154 0,0282 0,9965 0,0166

FG/T 8,7729 0,0001 -7,7903 0,9095 0,1002

Modelo Produto Parâmetro

R2 DQM k n

Page

GI 0,0146 0,7858 0,9891 0,0303 GI/T 0,0034 0,8796 0,9421 0,0796 GST 0,1242 0,4303 0,9726 0,0437

GST /T 0,0345 0,5333 0,9419 0,0625 FG 0,0223 0,8935 0,9915 0,0259

FG/T 0,0000 1,4534 0,8902 0,1104 T = testemunha

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Resultados e discussão

51

Tem-se, nas Figuras 4.7, 4.8 e 4.9, os pontos experimentais das curvas de secagem

dos três produtos (GI, GST e FG) com exposição direta ao sol no período diurno,

combinada com o secador ACSN no período noturno ou colocada em abrigo (testemunha).

A secagem de todos os produtos iniciou-se no período noturno, com a finalidade de

se observar a remoção de água, que é maior nas primeiras horas de secagem. Os valores

médios dos parâmetros termodinâmicos (temperatura, velocidade do vento, pressão

atmosférica e umidade relativa) do ambiente externo durante a secagem de todos os

produtos nos períodos noturno e diurno, estão apresentados nas Tabela C.1, C.2 e C.3

(Apêndice C).

Nas Tabelas C.7, C.8 e C.9 (Apêndice C) são apresentadas as médias das

temperaturas internas no secador ACSN comparada com a temperatura externa durante a

secagem de todos os produtos.

Na Figura 4.7 se apresenta a dispersão dos pontos experimentais do produto GI

durante a secagem com exposição direta ao sol no período diurno, combinada com o

secador ACSN no período noturno ou colocada em abrigo (testemunha). As temperaturas

médias do ambiente externo durante o período noturno, foi de 23 ºC e, no período diurno,

de 31 ºC. A temperatura média do ar de secagem dentro do secador ACSN, foi de 48,17 ºC.

O teor de água inicial das amostras foi de 33,61 0,00% b.s. (25,27% b.u.) e, ao final da

secagem, seu teor de água diminuiu para 5,55 0,003% b.s. (5,26% b.u.).

Ao final do primeiro período de secagem noturna (900 min), pode-se notar que as

amostras GI, que estavam no secador ACSN, sofreram diminuição da sua razão de água

(0,1022) maior do que as amostras que estavam expostas a temperatura ambiente -

testemunha (0,4196). Ao terminar a secagem noturna, os produtos foram colocados em

exposição direta ao sol durante todo o dia, em que as amostras que vieram do secador

ACSN continuaram a perder peso; já as amostras que vinham do abrigo tiveram sua

diminuição da razão de água apenas nas três primeiras horas de secagem, aumentado o

valor das suas razões de água (RX) no decorrer do dia, fato devido à rápida perda de água e

posterior tentativa de equilíbrio com o meio. Ao terminar a secagem diurna (1440 min) sob

exposição direta ao sol, as amostras que iniciaram a secagem no secador ACSN, a ele

retornaram e continuaram a perder massa (redução de RX), enquanto as amostras que

iniciaram a secagem sob a bancada (testemunha) após a exposição direta ao sol, seguiram

para a bancada do laboratório (2º período noturno até 2400 min), podendo-se observar

um aumento das suas razões de água, em virtude da alta umidade relativa do ambiente; na

manhã seguinte, realizou-se o mesmo procedimento da secagem do dia anterior, em que as

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Resultados e discussão

52

amostras oriundas do secador ACSN tiveram redução dos seus teores de água enquanto as

vindas da bancada perderam, inicialmente, água, e a seguir tiveram suas razões de água

aumentadas; na 3ª noite de secagem a testemunha apresentou o mesmo comportamento da

2ª noite e absorveu água em relação ao período diurno enquanto as amostras que estavam

no secador ACSN continuaram a perder água, atingindo peso constante encerrando assim,

a secagem, aos 3600 min.

Figura 4.7 Secagem de grãos inteiros (GI) de abóbora por exposição direta ao sol,

combinada com a secagem no secador ACSN ou colocada no abrigo

(testemunha) durante o período noturno

Na Figura 4.8 tem-se a cinética de secagem do produto GST por exposição direta

ao sol no período diurno, combinada com a secagem no secador ACSN ou colocado em

abrigo (testemunha) no período noturno e diurno e em abrigo. As temperaturas médias do

ambiente externo durante a noite, foi de 25 ºC e, durante o dia, de 32,7 ºC. A temperatura

média do ar de secagem dentro do secador ACSN, foi de 54,4 ºC; o teor de água inicial das

amostras foi de 14,57 0,001% b.s. (12,72% b.u.) e, ao final da secagem, seu teor de água

médio diminuiu para 1,53 0,002% b.s. (1,51% b.u.).

Ao saírem do secador ACSN (900 min), as amostras de GST tiveram, no primeiro

período de secagem noturna, o valor da sua razão de água reduzido para 0,1504, enquanto

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Resultados e discussão

53

as testemunhas que estavam na bancada do laboratório, tiveram sua razão de água reduzida

para 0,4091. O mesmo comportamento ocorrido para a cinética de secagem de GI no 1º dia

de secagem diurna (exposição ao sol), de 990 até 1440 min, foi observado na secagem de

GST; no 2° período de secagem noturna as amostras GST atingiram peso constante dentro

do secador ACSN (1680 min).

Figura 4.8 Secagem de grãos de abóbora sem tegumento (GST) por exposição direta ao

sol, combinada com a secagem no secador ACSN ou colocados no abrigo

(testemunha) durante o período noturno

Na Figura 4.9 se acha a cinética de secagem da amostras FG por exposição direta

ao sol no período diurno e secadas no secador ACSN ou colocadas em abrigo

(testemunha), no no período noturno. As temperaturas médias do ambiente externo no

período noturno foram de 24,7 ºC e, no período diurno, de 29 ºC. A temperatura média do

ar de secagem dentro do secador ACSN foi de 51,62 ºC. O teor de água inicial das

amostras foi de 29,29 0,003% b.s. (22,65% b.u.) e, ao final da secagem, seu teor de água

diminuiu para 3,66 0,003% b.s. (3,53% b.u.).

As amostras de FG, ao saírem do secador ACSN (900 min) no primeiro período de

secagem noturna, tiveram o valor da razão de água (RX) reduzido para 0,0257, enquanto as

testemunhas que estavam na bancada do laboratório, tiveram RX diminuído para 0,6402. O

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Resultados e discussão

54

mesmo comportamento observado na cinética de secagem de GI e GST para o primeiro dia

secagem por exposição direta ao sol, ocorreu para a secagem de FG, em relação à

testemunha. Para as amostras que saíram do secador ACSN nas três primeiras horas

expostas ao sol, seus valores de razão de água aumentaram devido à alta umidade do ar,

voltando a diminuir no decorrer do dia; no 2° período de secagem noturna as amostras FG

atingiram peso constante dentro do secador ACSN, repetindo o mesmo comportamento do

produto GST.

Figura 4.9 Secagem de farinha de grãos (FG) de abóbora por exposição direta ao sol,

combinada com a secagem no secador ACSN ou colocada ao abrigo

(testemunha) durante o período noturno

Na Tabela 4.5 tem-se os teores de água no início e no final das secagens das

amostras GI, GST e FG, referentes ao primeiro período de secagem no secador ACSN

(tratamento) e das amostras colocadas sob bancada (testemunha) no período noturno.

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Resultados e discussão

55

Tabela 4.5 - Teores de água inicial e final das amostras GI, GST e FG na primeira etapa da

secagem (1a noite) no secador ACSN (tratamento) e das amostras colocadas

em abrigo (testemunha) no primeiro período noturno

Teor de água (% b.s.)

Produto

Tratamento Testemunha

Inicial Final Perda de

água (%) Inicial Final

Perda de

água (%)

GI 33,61 8,59 74,44 30,87 17,77 42,44

GST 14,57 3,50 75,98 13,88 7,33 47,19

FG 29,29 4,27 85,42 28,81 21,09 26,80

Observa-se que as amostras GI iniciaram a secagem no secador ACSN no período

noturno com um teor de água de 33,61% (b.s.) e ao final tinham 8,59% (b.s.) de teor de

água enquanto as amostras neste mesmo período colocadas sob a bancada do laboratório

(testemunha) tiveram seu teor de água inicial reduzido de um valor médio de 30,87% (b.s.)

para 17,77%, indicando que as amostras no secador ACSN sofreram perda no teor de água,

de 74,44%, enquanto a testemunha teve apenas uma perda de água, de apenas 42,44%.

Desta forma, ficou demonstrada a eficiência do secador ACSN em relação à testemunha.

As amostras GST para o tratamento, iniciaram a secagem noturna no secador ACSN com o

teor de água em 14,57% (b.s.), o qual foi reduzido, ao final do período, para 3,50% (b.s.);

ao passo que as amostras testemunha, que estavam no abrigo, tinham um teor de água

inicial de 13,88% (b.s.), passaram a 7,33% (b.s.) no fim do mesmo período,

comportamento semelhante ao verificado para as amostras GI, em que as amostras GST

também perderam mais água quando colocadas no secador ACSN (75,98%) em

comparação com as amostras colocadas nas bancadas do laboratório (47,19%). Para as

amostras do tratamento FG, o teor de água inicial médio era de 29,29% (b.s.) sendo que, ao

final da secagem noturna, estava em 4,27% (b.s.); já as amostras testemunha se

encontravam com valores de teor de água inicial de 28,81% (b.s.) e, ao fim do mesmo

período, apresentaram teor de água médio de 21,09% (b.s.).

Constata-se que todas as amostras submetidas a secagem no secador ACSN tiveram

perda percentual no teor de água superior a 70% enquanto as amostras testemunha

colocadas em abrigo, tiveram o teor de água reduzido abaixo de 50%, ficando evidente a

maior capacidade de retirar água das amostras no secador ACSN. Esta superioridade no

secador ACSN se deve principalmente à alta temperatura atingida dentro do mesmo, que

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Resultados e discussão

56

variou entre 40-63 oC enquanto a temperatura neste mesmo período no ambiente variou

entre 22-31 oC. A retirada do tegumento (GST) e a moagem (FG) dos grãos de abóbora

influenciaram diretamente na secagem, havendo nessas amostras, uma redução maior no

teor de água inicial provocado, provavelmente, pela maior área superficial das amostras FG

e do componente fibroso do tegumento eliminado, o qual é responsável pela redução do

processo de transferência de calor e massa.

Observa-se que, após esta primeira etapa de secagem, as amostras GST e FG

submetidas ao secador ACSN estavam com teor de água final inferior a 6% que,

geralmente, é o teor de água para produtos oleaginosos considerado seguro para se

armazenar; já para as testemunhas, nenhuma amostra ficou com valor inferior a 6%.

GALLALI et al. (2000), estudaram a preservação de frutas e vegetais fazendo um

comparativo entre secagem natural (exposição direta ao sol), com a solar (secador solar),

onde a secagem solar de uvas resultou em um teor de água final menor do que a secagem

natural (2,95% e 12,1%, respectivamente).

Vários pesquisadores avaliaram a secagem de produtos agrícolas utilizando energia

solar. MIDILLI & KUCUK (2003), secando grãos de pistache sob exposição direta ao sol

com uma temperatura ambiente variando de 21 a 32 ºC e umidade relativa do ar entre 60 e

75%, verificaram uma perda de água de aproximadamente 73,8%, reduzindo o teor de água

inicial de 29% para 7,6% no final da secagem,. Este percentual de perda de água é próximo

ao avaliado no presente trabalho para a amostra GI (tratamento) secada na primeira noite,

no secador ACSN. Tempos superiores de secagem ao das amostras dos tratamentos,

verificados na primeira noite no secador ACSN, suficiente para atingir teores de água

inferiores a 10%, foram observados por MAGALHÃES (1991), na secagem de sementes

de Brachiaria humidicola (Rendle) Sweick. sob exposição direta ao sol, com temperatura

variando entre 21 a 33 ºC, sendo necessários 2 dias para que as sementes atingissem um

teor de água final de 9,8%; e de 4 dias quando colocadas à sombra, em uma faixa de

temperatura entre 20 a 32 ºC, para obterem um teor de água final de 10,6%,. FERNANDES

& ROSOLEM (1998), no intuito de verificar o efeito da secagem ao sol nos grãos de

amendoim, conseguiram reduzir teores de água inicial entre 24,7% a 35,9%, até atingir

10% de teor de água.

ALMEIDA et al. (1999), verificaram que as sementes de gergelim necessitaram de

35 dias de exposição direta ao sol para reduzir o teor de água inicial de 25,15% (b.u.) para

6% (b.u.), teor recomendado para o armazenamento de sementes oleaginosas.

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Resultados e discussão

57

DANTAS (2007), secando amêndoas de jaca em exposição direta ao sol e em

concomitância com um secador semelhante noturno, verificou que as amostras, tidas como

tratamento, apresentaram uma taxa de secagem mais rápida do que as das testemunhas no

período noturno e o inverso ocorreu no período diurno; o autor observou, ainda, que a

retirada do endocarpo e o corte da amêndoa influenciaram diretamente na secagem com

diminuição das razões de água em tempos semelhantes, fato também constatado no

presente trabalho.

Na Tabela 4.6 tem-se os teores de água no início e no final das secagens das

amostras GI, GST e FG, referentes a segunda etapa de secagem, ocorrida durante o período

diurno sob exposição direta ao sol, após as amostras terem passado a noite no secador

ACSN (tratamento) e sob a bancada (testemunha) do laboratório. Como as amostras ainda

não tinham atingindo massa constante na primeira etapa, deu-se continuidade ao processo

de secagem. Observa-se que as amostras dos tratamentos perderam menos água do que as

amostras testemunhas em razão de, na etapa anterior, terem perdido mais água e daí o

processo se torna mais lento. Nota-se que a amostra GI (tratamento) ainda permaneceu ao

final desta etapa com teor de água superior a 6%, entretanto, todas as amostras testemunhas

atingiram valores inferiores a este nível.

Tabela 4.6 - Teores de água inicial e final das amostras GI, GST e FG na segunda etapa de

secagem: amostras colocadas sob exposição direta ao sol (período diurno),

oriundas do secador ACSN (tratamento) e das amostras colocadas em abrigo

(testemunha)

Teor de água (% b.s.)

Produto

Tratamento Testemunha

Inicial Final Perda de

água (%) Inicial Final

Perda de

água (%)

GI 8,59 6,99 18,63 17,77 5,41 69,56

GST 3,50 1,71 51,14 7,33 2,14 70,80

FG 4,27 4,07 4,68 21,09 4,56 78,38

Na Tabela 4.7 estão os teores de água no início e no final das secagens das amostras

GI, GST e FG, referentes à terceira etapa de secagem ocorrida durante o período noturno

no secador ACSN (tratamento) e em bancada (testemunha) do laboratório. Verifica-se que

todas as amostras tratamento no secador ACSN (tratamento) continuaram a perder água,

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Resultados e discussão

58

etapa em que as amostras GST e FG (tratamento) atingiram massa constante dando como

concluída a cinética de secagem com teores de água final de 1,54 e 3,61% b.s.. Com

relação às amostras GI, GST e FG testemunhas, observou-se que as mesmas absorveram

água durante a noite.

Tabela 4.7 - Teores de água inicial e final das amostras GI, GST e FG na terceira etapa de

secagem: amostras colocadas no secador ACSN (tratamento) e em abrigo

(testemunha) no período noturno, oriundas da secagem por exposição direta

ao sol

Teor de água (% b.s.)

Produto

Tratamento Testemunha

Inicial Final Perda de

água (%) Inicial Final

Perda de

água (%)

GI 6,99 6,78 3,00 5,41 9,21 -

GST 1,71 1,54 9,94 2,14 3,81 -

FG 4,07 3,61 11,30 4,56 7,33 -

Na Tabela 4.8 tem-se os teores de água no início e no final das secagens das

amostras GI, referentes a quarta e quinta etapas de secagem, ocorridas durante o período

diurno por exposição direta ao sol e no período noturno no secador ACSN (tratamento) e

sob bancada (testemunha) do laboratório, respectivamente. Na quarta etapa a amostra GI

do tratamento continuou a perder água, atingindo o percentual de perda de água de 13,57%

e a testemunha voltou a perder água, atingindo o percentual de 36,05%; já na quinta etapa

de secagem a amostra GI do tratamento perdeu 2,56%, atingindo massa constante e a

amostra GI testemunha voltou a absorver água no período noturno.

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Resultados e discussão

59

Tabela 4.8 - Teores de água inicial e final das amostras GI na quarta (secagem por

exposição direta ao sol período diurno) e quinta (secador ACSN -

tratamento e abrigo - testemunha) etapas de secagem

Teor de água (% b.s.)

Etapa

Tratamento Testemunha

Inicial Final Perda de

água (%) Inicial Final

Perda de

água (%)

Quarta (secador solar) 6,78 5,86 13,57 9,21 5,89 36,05

Quinta (secador ACSN) 5,86 5,71 2,56 5,89 8,31 -

Resumindo, o comportamento das amostras tratamento GI, GST e FG durante a

secagem observou-se que apenas uma noite de secagem no secador ACSN foi suficiente

para atingir teor de água inferior a 6% para as amostras GST e FG, e para a mostra GI

foram necessários duas noites no secador ACSN e dois dias sob exposição direta ao sol,

para atingir este nível. Para as amostras testemunha apenas um dia sob exposição direta ao

sol foi suficiente para atingir teor de água menor que 6%.

As curvas de cinética de secagem foram dadas como finalizadas para as amostras

GI, GST e FG, combinando os dois sistemas (ACSN e exposição direta ao sol) em 3360,

1680 e 1680 min, respectivamente.

4.2.2 - Secagem em secador solar combinada com o secador ACSN ou em abrigo no

período noturno

Nas Figuras D.4 a D.6 (Apêndice D) tem-se a representação gráfica dos dados

experimentais das cinéticas de secagem dos três produtos (GI, GST e FG), com secagem

em secador solar combinada com o secador ACSN ou no abrigo no período noturno, e as

curvas ajustadas pelos modelos de Aproximação da Difusão, Exponencial Dois Termos,

Henderson & Pabis, Logarítmico e Page.

Na Tabela 4.9 se mostram os parâmetros de ajuste dos modelos Aproximação da

Difusão, Exponencial Dois Termos, Henderson & Pabis, Logarítmico e Page, aos dados

das cinéticas de secagem dos três produtos (GI, GST, FG) no secador solar de uso diurno,

combinada com a secagem no secador ACSN ou colocados em ambiente abrigado no

período noturno, com seus respectivos coeficientes de determinação (R2) e os desvios

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Resultados e discussão

60

a testemunha, ou seja, amostra que durante a noite foi mantida fora do secador ACSN, em

ambiente abrigado.

O modelo Aproximação da Difusão foi o que melhor se ajustou aos dados

experimentais das diferentes amostras, apresentando os maiores valores dos coeficientes de

determinação superiores a 0,74 e os menores desvios quadráticos médios, exceto para a

amostra GST/T, que foi o modelo Logarítmico, podendo esses modelos serem usados na

predição das curvas de cinética de secagem das amostras. Constata-se, para a amostra

FG/T, que todos os modelos resultaram em ajustes com valores de R2 baixos, variando

entre 0,6345 e 0,7437 significando que, como a secagem foi feita em duas etapas sob a

bancada do laboratório e no secador solar, interferiu diretamente no resultado dos ajustes

em virtude dessas amostras terem mudado abruptamente a quantidade de água evaporada,

quando passou de uma etapa para outra. Observa-se que os demais modelos (Exponencial

Dois Termos, Henderson & Pabis, Logarítmico e Page) também podem ser usados na

estimativa das curvas de secagem em razão de terem apresentado R2 > 0,78, exceto para a

amostra FG/T. BAHNASAWY & SHENANA (2004), obtiveram coeficiente de

determinação superior a 0,97 utilizando o modelo ARPPE, secando cereais fermentados

em secador solar.

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Resultados e discussão

61

Tabela 4.9 - Parâmetros dos modelos Aproximação da Difusão, Exponencial Dois Termos, Henderson & Pabis, Logarítmico e Page com seus respectivos coeficientes de determinação (R2) e desvios quadráticos médios (DQM) da cinética de secagem dos produtos de grãos de abóbora utilizando o secador solar de uso diurno combinada com a secagem no secador ACSN ou colocados em ambiente abrigado

Modelo Produto Parâmetro

R2 DQM a k b

Aproximação da Difusão

GI 0,7369 0,0069 0,1294 0,9962 0,0179 GI/T -145,3440 0,0023 0,9954 0,9317 0,0942 GST 0,6978 0,0247 0,0575 0,9838 0,0347

GST /T 0,1263 0,0892 0,0112 0,8189 0,1213 FG 0,9303 0,0110 0,0983 0,9994 0,0077

FG/T -44,0226 0,0022 0,9733 0,7437 0,1611

Modelo Produto Parâmetro

R2 DQM a b

Exponencial Dois Termos

GI 0,2655 0,0108 0,9773 0,0437 GI/T 0,0001 14,2917 0,9229 0,1001 GST 0,2456 0,0299 0,8855 0,0922

GST/T 0,0693 0,0161 0,7977 0,1282 FG 0,0642 0,1358 0,9950 0,0216

FG/T 0,0003 2,7891 0,6345 0,1924

Modelo Produto Parâmetro

R2 DQM a k

Henderson & Pabis

GI 0,9406 0,0036 0,9651 0,0542 GI/T 1,0114 0,0013 0,9231 0,1000 GST 0,8997 0,0085 0,8633 0,1007

GST/T 0,9071 0,0011 0,8079 0,1249 FG 0,9831 0,0093 0,9942 0,0235

FG/T 1,0766 0,0009 0,6551 0,1869

Modelo Produto Parâmetro

R2 DQM a k c

Logarítmico

GI 0,9122 0,0045 0,0608 0,9853 0,0352 GI/T 1,0091 0,0013 0,0030 0,9231 0,1000 GST 0,8665 0,0145 0,1082 0,9443 0,0643

GST/T 9,1259 0,0001 -8,2567 0,8459 0,1119 FG 0,9630 0,0102 0,0306 0,9987 0,0110

FG/T 4,7106 0,0002 -3,6344 0,7402 0,1622

Modelo Produto Parâmetro

R2 DQM k n

Page

GI 0,0219 0,6857 0,9859 0,0344 GI/T 0,0002 1,2767 0,9303 0,0952 GST 0,1220 0,4536 0,9672 0,0493

GST /T 0,0046 0,8014 0,7873 0,1314 FG 0,0157 0,8922 0,9958 0,0199

FG/T 0,0001 1,2586 0,6938 0,1761 T = testemunha

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Resultados e discussão

62

Nas Figuras 4.10, 4.11 e 4.12, tem-se os pontos experimentais das curvas de

secagem das amostras GI, GST e FG, respectivamente, em secador solar no período

diurno, combinada com o secador ACSN ou colocada em abrigo (testemunha) no período

noturno. A secagem dos produtos, tal como na exposição direta ao sol, também se iniciou

no período noturno, com a finalidade de observar a remoção de água, que é maior nas

primeiras horas de secagem. Os valores médios dos parâmetros termodinâmicos

(temperatura, velocidade do vento, pressão atmosférica e umidade relativa) do ambiente

externo, durante a secagem de todos os produtos nos períodos noturno e diurno, estão

apresentados nas Tabela C.4, C.5 e C.6 (Apêndice C).

Nas Tabelas C.10, C.11 e C.12 (Apêndice C) tem-se as médias das temperaturas no

interior do secador ACSN, comparadas com a temperatura externa durante a secagem de

todos os produtos

Na Figura 4.10 observa-se a cinética de secagem da amostra GI no decorrer da

secagem no secador ACSN, no período noturno ou colocada em abrigo (testemunha)

combinada com a secagem em secador solar no período diurno. As temperaturas médias do

ambiente foram de 25,5 ºC e de 32 ºC, nos períodos noturno e diurno, respectivamente. As

temperaturas médias do ar de secagem dentro do secador ACSN foram de 47 ºC e no

secador solar de uso diurno, de 57,7 ºC. O teor de água inicial das amostras foi de 33,30

0,005% b.s. (24,98% b.u.) e ao final da secagem seu teor de água diminuiu para 2,40

0,005% b.s. (2,84% b.u).

Quando as amostras foram retiradas do secador ACSN no final do primeiro período

de secagem noturna (840 min), nota-se que as amostras GI tiveram o valor da razão de

água diminuído para 0,1607, sendo redução esta maior que para as amostras expostas a

temperatura ambiente (testemunha) neste mesmo período, que teve seu valor médio de RX

reduzido para 0,5129.

Ao terminar a secagem noturna, os produtos GI foram colocados no secador solar

durante todo o dia, no qual as amostras que vieram do secador ACSN continuaram a perder

massa; já as amostras que provenientes do abrigo, tiveram sua diminuição da razão de água

apenas nas três primeiras horas de secagem, aumentado o valor das suas razões de água

(RX) no decorrer do dia, fato ocorrido devido à rápida perda de água e posterior tentativa

de equilíbrio com o meio. Ao terminar a secagem diurna (1380 min) no secador solar as

amostras que iniciaram a secagem no secador ACSN, retornaram a este, onde continuaram

a perder massa (redução de RX), e as amostras que iniciaram a secagem sob a bancada

(testemunha) após a secagem solar, seguiram para a bancada do laboratório (2º período

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Resultados e discussão

63

noturno até 2340 min), podendo-se observar redução de RX nas 4 primeiras horas e logo

após um aumento das suas razões de água, em virtude da alta umidade relativa do

ambiente; na manhã seguinte, realizou-se o mesmo procedimento da secagem do dia

anterior, quando então as amostras oriundas do secador ACSN e da bancada tiveram

redução das razões de água; na 3ª noite de secagem a testemunha e as amostras que

estavam no secador ACSN continuaram a perder água, atingindo peso constante e

encerrando, assim, a secagem, aos 3060 min.

No decorrer da secagem as amostras GI tiveram comportamento semelhante ao

observado para o mesmo produto no tratamento combinando exposição direta ao sol

combinado com o secador ACSN.

Figura 4.10 Secagem de grãos inteiros (GI) de abóbora em secador solar, combinada

com a secagem no secador ACSN ou colocada no abrigo (testemunha)

durante o período noturno

Na Figura 4.11 tem-se a cinética de secagem do produto GST, no decorrer da

secagem no secador ACSN ou colocado em abrigo (testemunha) no período noturno,

combinada com a secagem no secador solar no período diurno. As temperaturas médias do

ambiente externo no período noturno foi de 22,7 ºC e no período diurno, de 30,5 ºC; as

temperaturas médias do ar de secagem dentro do secador ACSN no período noturno foram

de 53,2 ºC e no secador solar no período diurno, de 51,7 ºC; o teor de água inicial das

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Resultados e discussão

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amostras foi de 15,22 0,002% em b.s. (13,21% b.u.) e ao final da secagem seu teor de

água diminuiu para 2,40 0,002% b.s. (2,34% b.u.).

As amostras GST, ao saírem do secador ACSN (900 min) no primeiro período de

secagem noturna, tiveram o valor da razão de água (RX) reduzido para 0,1323 enquanto

nas testemunhas que estavam na bancada do laboratório, o valor de RX foi reduzido apenas

para apenas 0,5815; as amostras GST tiveram o mesmo comportamento na sua cinética de

secagem em comparação com o tratamento em exposição direta ao sol combinado com o

secador ACSN, com o tempo de secagem menor cerca de 1440 min.

Figura 4.11 Secagem de grãos de abóbora sem tegumento (GST) em secador solar,

combinada com a secagem no secador ACSN ou colocados no abrigo

(testemunha) durante o período noturno

Na Figura 4.12 se encontra a cinética de secagem do produto FG, no decorrer da

secagem no secador ACSN ou colocado em abrigo (testemunha) no período noturno

combinada com a secagem no secador solar no período diurno. As temperaturas médias do

ambiente externo no período noturno foram de 23 ºC e, no período diurno foi de 29 ºC; as

temperaturas médias do ar de secagem dentro do secador ACSN foram de 52,4 ºC e no

secador solar diurno, de 51,5 ºC; o teor de água inicial das amostras foi de 39,77 0,01%

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Resultados e discussão

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b.s. (28,45% b.u.) e, ao final da secagem, seu teor de água diminuiu para 2,76 0,002%

b.s. (3,38% b.u.).

Ao saírem do secador ACSN (900 min), no primeiro período de secagem noturna,

as amostras FG, tiveram um valor da sua razão de água (RX) reduzido para 0,0400

enquanto nas testemunhas que estavam na bancada do laboratório, o valor de RX diminuiu

para 0,7863; ao serem colocadas no secador solar de uso diurno, na manhã seguinte, estas

continuaram a perder peso até massa constante encerrando, desta forma, a secagem em

1260 min.

Figura 4.12 Secagem de farinha de grãos (FG) de abóbora em secador solar, combinada

com a secagem no secador ACSN ou colocada ao abrigo (testemunha)

durante o período noturno

Na Tabela 4.10 se tem os teores de água no início e no final das secagens das

amostras GI, GST e FG, referentes ao primeiro período de secagem no secador ACSN

(tratamento) e das amostras colocadas sob bancada (testemunha) no período noturno.

As amostras GI, tanto para o tratamento como para a testemunha, iniciaram a

secagem com teores de água iniciais próximos (33,30 e 30,64% b.s., respectivamente)

sendo que, ao final do período noturno, os teores de água eram bem distintos, 7,37 e

17,10% b.s., respectivamente, resultando em percentuais de perda de água de 77,87

(tratamento) e 44,19% (testemunha). Este comportamento indica que o secador ACSN foi

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Resultados e discussão

66

mais eficiente na retirada de água das amostras do que quando as mesmas eram expostas às

condições ambientais do laboratório, o que se deve sobretudo à temperatura média dentro

do secador que foi de 47 oC, enquanto a do ambiente era de apenas 25,5 oC. EL-

BELTAGY et al. (2007) verificaram, dentro de um secador solar de aquecimento indireto

durante a secagem de morangos, temperatura máxima do ar de secagem de 46,8 °C

enquanto no presente trabalho a média no secador ACSN foi próxima a este valor.

DANTAS (2007) trabalhando também com o secador ACSN mas sem o sistema de

circulação forçada de água, obteve a temperatura máxima dentro da câmara de secagem de

apenas 47 °C, significando que o sistema de circulação aumentou a temperatura média.

Tempos superiores de secagem foram necessários para a secagem de café

utilizando-se um secador com energia solar para reduzir o teor de água dos grãos de 54,8%

para valores inferiores a 13% b.u., realizada em 2 dias, com temperaturas de até 70,4 ºC, ao

invés dos 5 a 7 dias utilizados na secagem direta ao sol (MWITHIGA & KIGO, 2006).

Os teores iniciais de água para o tratamento (secador ACSN) e a testemunha

(abrigo) nas amostras GST se iniciaram com 15,22 e 13,91% b.s., respectivamente, e foram

reduzidos, ao final do período noturno, para 4,10 e 9,34% b.s, demonstrando percentuais

de perda de água de 73,06 (tratamento) e 32,85% (testemunha), evidenciando mais uma

vez a eficácia do secador ACSN.

Para as amostras do tratamento FG, o teor de água inicial se encontrava

praticamente igual ao das amostras testemunha, 39,77 e 40,58% b.s., respectivamente,

sendo que, ao final da secagem do período noturno, as amostras do tratamento estavam

com teor de água em torno de 4,81% b.s. e a testemunha com 32,50% b.s. Os percentuais

de perda de água do tratamento e da testemunha das amostras FG no final do período

noturno foram de 87,93 e de 19,91% b.s.

Constata-se que a retirada do tegumento na amostra GST e a extração do tegumento

e a moagem para a amostra FG, influenciaram diretamente na secagem, proporcionando o

aumento da transferência de calor e massa e, consequentemente, retirada da água com

maior facilidade.

Verifica-se que todas as amostras submetidas a secagem no secador ACSN

sofreram perda percentual no teor de água superior a 70%, enquanto as amostras

testemunhas colocadas em abrigo tiveram o teor de água reduzido abaixo de 50%, ficando

evidente a maior capacidade de retirar água das amostras no secador ACSN. Apesar da

baixa perda de água das testemunhas, ocorreu o processo de dessorção em razão das

condições favoráveis de temperatura e umidade relativa do ambiente, o que nem sempre é

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Resultados e discussão

67

conseguido, como foi evidenciado por PUERTAS (2005) ao ter verificado, para a maioria

das amostras de resíduos industriais de azeite de oliva (orujo, alperujo e alpechín), que

houve ganho da umidade nos períodos noturnos.

Observa-se que, após esta primeira etapa de secagem, as amostras GST e FG

submetidas ao secador ACSN estavam com teor de água final inferior a 6% que é,

geralmente, o teor de água para produtos oleaginosos considerado seguro para se

armazenar; já para a amostra GI e para as testemunhas, nenhuma amostra ficou com valor

inferior a 6%.

Os teores de água iniciais e finais nesta etapa de secagem no período noturno foram

semelhantes aos da mesma etapa realizada com o lote de amostras que em seguida foram

submetidas a secagem por exposição direta ao sol (Tabela 4.5).

Tabela 4.10 - Teores de água inicial e final das amostras GI, GST e FG na primeira etapa

de secagem: amostras colocadas no secador ACSN (tratamento) e em abrigo

(testemunha) no período noturno

Teor de água (% b.s.)

Produto

Tratamento Testemunha

Inicial Final Perda de

água (%) Inicial Final

Perda de

água (%)

GI 33,30 7,37 77,87 30,64 17,10 44,19

GST 15,22 4,10 73,06 13,91 9,34 32,85

FG 39,77 4,81 87,93 40,58 32,50 19,91

Na Tabela 4.11 tem-se os teores de água no início e no final das secagens das

amostras GI, GST e FG, referentes à segunda etapa de secagem, ocorrida durante o período

diurno no secador solar, após as amostras terem passado a noite no secador ACSN

(tratamento) e sob bancada (testemunha) do laboratório.

Verifica-se que, como as amostras dos tratamentos iniciaram a secagem no secador

solar com teores de água inferiores a 8% os percentuais de perda de água foram inferiores a

40% em razão de, neste nível, a superfície do produto já não se encontrar coberta por uma

camada fina de água e a resistência interna ao transporte de água se tornar maior que a

resistência externa, diminuindo acentuadamente a perda de água, refletindo diretamente

também nos valores de razão de água. Para as amostras testemunha, como o percentual de

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Resultados e discussão

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perda de água na etapa anterior foi pequeno nesta etapa (secagem em secador solar) o

percentual de perda foi grande, sendo superior a 90% em todas as amostras.

Constata-se que, após esta etapa, todas as amostras (tratamento e testemunha)

ficaram com teores de água inferiores a 6%. Entretanto, como as amostras GI e GST não

tinham atingido massa constante deu-se prosseguimento com a cinética de secagem para

referidas amostras e se finalizou a secagem das amostras FG.

Tabela 4.11 - Teores de água inicial e final das amostras GI, GST e FG na segunda etapa

de secagem: amostras colocadas no secador solar (período diurno), oriundas

do secador ACSN (tratamento) e das amostras colocadas em abrigo

(testemunha)

Teor de água (% b.s.)

Produto

Tratamento Testemunha

Inicial Final Perda de

água (%) Inicial Final

Perda de

água (%)

GI 7,37 4,54 38,40 17,10 1,47 91,40

GST 4,10 2,40 41,46 9,34 1,65 82,33

FG 4,81 3,35 30,35 32,50 2,76 91,51

Na Tabela 4.12 tem-se os teores de água no início e no final das secagens das

amostras GI e GST, referentes à terceira etapa de secagem, ocorrida durante o período

noturno, no secador ACSN (tratamento) e sob bancada (testemunha) do laboratório.

Verifica-se que a amostra GI no secador ACSN (tratamento) continuou a perder água mas

de forma lenta, atingindo o percentual de apenas 7,71% após uma noite inteira neste

secador, enquanto para a amostra GST (tratamento) se confirmou que a mesma tinha

atingido massa constante dando, como concluída, a cinética de secagem com teor de água

final de 2,40% b.s.. Com relação às amostras GI e GST testemunhas, observou-se que as

mesmas absorveram água durante a noite.

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Resultados e discussão

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Tabela 4.12 - Teores de água inicial e final das amostras GI e GST na terceira etapa de

secagem: amostras colocadas no secador ACSN (tratamento) e em abrigo

(testemunha) no período noturno, oriundas do secador solar

Teor de água (% b.s.)

Produto

Tratamento Testemunha

Inicial Final Perda de

água (%) Inicial Final

Perda de

água (%)

GI 4,54 4,19 7,71 1,47 6,19 -

GST 2,40 2,40 - 1,65 2,99 -

Na Tabela 4.13 se encontram os teores de água no início e no final das secagens das

amostras GI, referentes às quarta e quinta etapas de secagem, ocorridas durante o período

diurno no secador solar e no período noturno no secador ACSN (tratamento) e sob bancada

(testemunha) do laboratório, respectivamente. Observa-se, na quarta etapa, que a amostra

GI do tratamento continuou a perder água atingindo um percentual de perda de água de

41,52% e a testemunha voltou a perder água, atingindo o percentual de 85,46%; já na

quinta etapa de secagem a amostra GI do tratamento perdeu 2,04% atingindo massa

constante e a amostra GI testemunha voltou a absorver água no período noturno.

Tabela 4.13 - Teores de água inicial e final das amostras GI na quarta (secador solar

período diurno) e quinta (secador ACSN - tratamento e abrigo -

testemunha) etapas de secagem

Teor de água (% b.s.)

Etapa

Tratamento Testemunha

Inicial Final Perda de

água (%) Inicial Final

Perda de

água (%)

Quarta (secador solar) 4,19 2,45 41,52 6,19 0,90 85,46

Quinta (secador ACSN) 2,45 2,40 2,04 0,90 2,82 -

Observou-se, em relação ao comportamento das amostras tratamento GI, GST e FG

durante a secagem, que apenas uma noite de secagem no secador ACSN foi suficiente para

atingir teor de água inferior a 6% para as amostras GST e FG, semelhante ao experimento

realizado da combinação do secador ACSN e por exposição direta ao sol; para a amostra

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Resultados e discussão

70

GI, foram necessários uma noite no secador ACSN e um dia no secador solar, para atingir

este nível, sendo metade do tempo necessário para a combinação secador ACSN e

exposição direta ao sol. Verifica-se, então, que a combinação dos sistemas de secagem

pode ajudar a diminuir o tempo de secagem das amostras; para as amostras testemunha

apenas um dia no secador solar foi suficiente para atingir teor de água menor que 6%.

As curvas de cinética de secagem foram dadas como finalizadas para as amostras

GI, GST e FG, combinando os dois sistemas (ACSN e secador solar) em 3060, 1440 e

1260 min, respectivamente, tempos esses foram inferiores aos determinados para a

secagem combinada do secador ACSN e exposição direta ao sol.

BRAGA et al. (2005) também verificaram redução no tempo de secagem ao

utilizarem um secador com aquecimento solar, tipo barcaça, com sistema mecânico de

descarregamento, na secagem de grãos de feijão (Phaseolus vulgaris L.), os quais

constataram em comparação com o sistema tradicional (secagem em terreiro), reduções de:

83% no tempo de secagem, 76% na área necessária à operação e 95% no tempo de

descarregamento do secador e enchimento do silo respectivo.

Sistemas assistidos por energia solar foram avaliados por SANTOS (1980) na

secagem de soja e por SANTOS (2004) na secagem de milho, em silo com pré-

aquecimento do ar através de um coletor solar e com aquecimento complementar com

fonte energética convencional (GLP ou lenha) obtendo-se uma economia de 31% na

energia demandada para o aquecimento de ar, demonstrando, com isto, com isso, a

viabilidade econômica da conversão de sistemas que utilizam GLP como fonte energética

para sistemas com energia solar.

DANTAS (2007) utilizou secadores à base de energia solar para secar amêndoas de

jaca até teor de água inferior a 13% (b.u.) em cerca de 2160 min.

4.2.3 Comparação entre a secagem em estufa e a secagem no secador ACSN

combinado com a exposição direta ao sol

Nas Figuras 4.13, 4.14 e 4.15 estão representadas as curvas de secagem em estufa,

para as amostras GI, GST e FG, com ajuste pelo modelo Aproximação da Difusão,

comparadas com as amostras secadas no secador ACSN combinado com exposição direta

ao sol.

As amostras GI e GST tiveram, nas primeiras horas (90 minutos) da secagem

noturna (ACSN) desempenho semelhante ao da secagem em estufa na temperatura de 40

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Resultados e discussão

71

°C, enquanto a amostra FG obteve desempenho semelhante a da secagem entre 40 e 50 °C,

nos primeiros 180 minutos. DANTAS (2007), secando amêndoas de jaca com diversos

tipos de preparo, também observou que as secagens em período noturno em secador ACSN

corresponderam às primeiras horas de ensaio na secagem em estufa, nas temperaturas de

40 e 50 °C.

Com base nesses resultados, constata-se que a possibilidade, durante o período de

chuvas em que a secagem com energia solar fica comprometida, de se fazer uso de estufa

na secagem dos grãos de abóbora obtendo-se comportamento semelhante.

Combinações usando diferentes tipos de secagem e fontes de energia foi avaliado

por BORSATO et al. (1999) na secagem de sementes de milho, inicialmente usando um

secador comercial, com diferentes temperaturas do ar de secagem (60, 75 e 90 °C), e

posteriormente realizando uma secagem complementar diretamente ao sol, em sacos de

aniagem, até as sementes atingissem teor de água final próximo de 13%.

Comparação entre a secagem natural em terreiro de cimento e a secagem artificial

em estufa a 40, 50 e 60 °C e fluxo de ar variando entre 0,40 e 0,49 m3/min, foi avaliada por

a

germinação e o vigor das sementes.

Em alguns casos a secagem utilizando energia solar não é suficiente para atingir o

teor de água desejado, o que não foi necessário no presente trabalho. Este tipo de

problemática foi verificado por MORAES NETO et al. (1998) ao secarem bananas (Musa

sp.) maduras por exposição direta ao sol, sendo conveniente fazer uma secagem adicional

em estufa a 60 °C a fim de atingir o ponto ideal para produção de farinha.

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Resultados e discussão

72

Figura 4.13 Curvas de secagem dos grãos inteiros de abóbora (GI) em estufa e no

secador ACSN combinado com a exposição direta ao sol com ajustes pelo

modelo Aproximação da Difusão

Figura 4.14 - Curvas de secagem dos grãos de abóbora sem tegumento (GST) em estufa e

no secador ACSN combinado com a exposição direta ao sol, com ajustes

pelo modelo Aproximação da Difusão

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Resultados e discussão

73

Figura 4.15 - Curvas de secagem da farinha dos grãos (FG) de abóbora em estufa e no

secador ACSN combinado com a exposição direta ao sol com ajustes pelo

modelo Aproximação da Difusão

4.2.4 - Comparação entre a secagem em estufa e a secagem no secador ACSN

combinado com o secador solar

Nas Figuras 4.16, 4.17 e 4.18 estão representadas as curvas de secagem em estufa,

para as amostras de GI, GST e FG, com ajuste pelo modelo Aproximação da Difusão,

comparadas com as secagens no secador ACSN combinado com o secador solar.

Todas as amostras apresentaram desempenho semelhante ao da secagem em estufa

na temperatura de 40 °C, nas primeiras horas (90 minutos). DANTAS (2007) secando

amêndoas de jaca no secador ACSN combinado com o secador solar de uso diurno e em

estufa, observou que as temperaturas de 40 °C e 70 °C apresentaram desempenho de

secagem aproximado ao das secagens, utilizando o tipo de tratamento mencionado.

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Resultados e discussão

74

Figura 4.16 - Curvas de secagem dos grãos inteiros (GI) de abóbora, em estufa e no

secador ACSN combinado com o secador solar, com ajustes pelo modelo

Aproximação da Difusão

Figura 4.17 - Curvas de secagem dos grãos de abóbora sem tegumento (GST), em estufa e

no secador ACSN combinado com o secador solar, com ajustes pelo modelo

Aproximação da Difusão

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Resultados e discussão

75

Figura 4.18 - Curvas de secagem da farinha de grãos (FG) de abóbora, em estufa e no

secador ACSN combinado com o secador solar, com ajustes pelo modelo

Aproximação da Difusão

Apesar de no secador ACSN a temperatura ter ficado acima dos 50 °C, houve

deficiência na exaustão do ar úmido de secagem, ficando o mesmo saturado, o que explica

o fato da secagem, apesar de usado o secador ACSN não ter apresentado o mesmo

comportamento da secagem em estufa a 50 ºC, evento também observado para todas as

amostras e em todos os tratamentos.

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Conclusões

76

5 CONCLUSÕES

A utilização do secador ACSN reduziu o teor de água das amostras em tempos

mais curtos que a testemunha, assim como evitou a absorção de água pelas amostras,

durante a noite;

Para o tratamento em estufa o modelo Aproximação da Difusão foi o que melhor

representou a cinética de secagem, em todas as temperaturas, para os grãos de abóbora

inteiros (GI) e para os grãos sem tegumento (GST);

Para as amostras de farinha de grãos de abóbora (FG) o modelo Logarítmico foi o

que melhor se ajustou aos dados experimentais para a secagem em estufa nas temperaturas

de 40, 60, 70 e 80 °C e o modelo Aproximação da Difusão representou melhor a curva de

secagem a 50 °C;

exposição direta ao s

de secagem para todas as amostras de grãos inteiros, grãos sem tegumento e farinha de

grãos;

A secagem utiliz

secagem em estufa, apenas nas primeiras horas, em temperaturas de 40 °C para as amostras

de grãos inteiros e grãos sem tegumento, e entre de 40 °C e 50 °C para a amostra de

farinha de grãos;

estufa apenas nas primeiras horas, em temperaturas de 40 °C para todas as amostras.

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Apêndice A

96

APÊNDICE A

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Apêndice A

97

Tabela A.1 - Dados experimentais da cinética de secagem dos grãos inteiros (GI) de

abóbora em estufa a 80 °C

Tempo (min) X (b.s.) X (b.u.) RX TX 0 0,3429 0,2553 1,0000 0,0115 5 0,2852 0,2219 0,8153 0,0120

10 0,2254 0,1840 0,6353 0,0078 15 0,1862 0,1570 0,5172 0,0057 20 0,1577 0,1362 0,4314 0,0044 25 0,1355 0,1193 0,3646 0,0030 30 0,1203 0,1074 0,3192 0,0022 40 0,0981 0,0894 0,2524 0,0016 50 0,0826 0,0763 0,2057 0,0010 65 0,0672 0,0630 0,1595 0,0005 95 0,0513 0,0488 0,1114 0,0003 125 0,0418 0,0402 0,0831 0,0001 185 0,0329 0,0319 0,0563 0,0001 245 0,0277 0,0270 0,0406 0,0001 305 0,0238 0,0232 0,0288 0,0000 365 0,0211 0,0207 0,0209 0,0000 425 0,0189 0,0186 0,0142 0,0000 485 0,0171 0,0169 0,0088 0,0000 605 0,0158 0,0155 0,0048 0,0000 725 0,0142 0,0140 0,0000 0,0000 905 0,0142 0,0140 0,0000 0,0000

Em que: X teor de água; RX - razão de água; TX taxa de secagem

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Apêndice A

98

Tabela A.2 - Dados experimentais da cinética de secagem dos grãos inteiros (GI) de

abóbora (GIA) em estufa a 70 °C

Tempo (min) X (b.s.) X (b.u.) RX TX 0 0,3279 0,2469 1 0,0090 5 0,2829 0,2205 0,8538 0,0097 10 0,2346 0,1899 0,6967 0,0075 15 0,1969 0,1645 0,5744 0,0057 20 0,1682 0,1439 0,4813 0,0042 25 0,1474 0,1285 0,4140 0,0026 35 0,1210 0,1079 0,3282 0,0019 45 0,1024 0,0929 0,2680 0,0012 60 0,0848 0,0781 0,2108 0,0006 90 0,0659 0,0618 0,1497 0,0004 120 0,0553 0,0524 0,1153 0,0002 180 0,0436 0,0418 0,0773 0,0001 240 0,0356 0,0344 0,0515 0,0001 300 0,0317 0,0307 0,0387 0,0000 360 0,0292 0,0284 0,0307 0,0000 420 0,0265 0,0258 0,0220 0,0000 480 0,0256 0,0250 0,0190 0,0000 540 0,0246 0,0240 0,0158 0,0000 660 0,0221 0,0217 0,0078 0,0000 780 0,0207 0,0203 0,0032 0,0000 960 0,0197 0,0194 0,0000 0,0000 1140 0,0197 0,0194 0,0000 0,0000

Em que: X teor de água; RX - razão de água; TX taxa de secagem

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Apêndice A

99

Tabela A.3 - Dados experimentais da cinética de secagem dos grãos inteiros (GI) de

abóbora em estufa a 60 °C

Tempo (min) X (b.s.) X (b.u.) RX TX 0 0,2979 0,2295 1 0,0061 5 0,2674 0,2110 0,8884 0,0067 10 0,2337 0,1894 0,7652 0,0060 15 0,2037 0,1692 0,6556 0,0046 20 0,1810 0,1532 0,5725 0,0038 25 0,1620 0,1394 0,5032 0,0031 30 0,1464 0,1277 0,4463 0,0026 35 0,1335 0,1178 0,3992 0,0020 40 0,1234 0,1098 0,3621 0,0018 45 0,1143 0,1026 0,3291 0,0016 50 0,1065 0,0963 0,3006 0,0011 55 0,1009 0,0916 0,2800 0,0012 60 0,0947 0,0865 0,2573 0,0009 70 0,0861 0,0793 0,2260 0,0006 80 0,0806 0,0746 0,2059 0,0006 90 0,0743 0,0692 0,1830 0,0005 100 0,0695 0,0650 0,1656 0,0004 110 0,0660 0,0619 0,1527 0,0003 120 0,0628 0,0591 0,1409 0,0002 135 0,0591 0,0558 0,1276 0,0003 150 0,0551 0,0522 0,1127 0,0002 165 0,0524 0,0498 0,1028 0,0002 180 0,0499 0,0475 0,0937 0,0001 210 0,0467 0,0446 0,0822 0,0001 240 0,0436 0,0418 0,0708 0,0001 270 0,0417 0,0400 0,0638 0,0001 330 0,0371 0,0358 0,0471 0,0000 390 0,0349 0,0337 0,0391 0,0000 450 0,0324 0,0314 0,0299 0,0000 510 0,0319 0,0309 0,0279 0,0000 630 0,0291 0,0282 0,0176 0,0000 750 0,0273 0,0266 0,0113 0,0000 930 0,0255 0,0249 0,0048 0,0000 1110 0,0242 0,0237 0,0000 0,0000 1290 0,0242 0,0237 0,0000 0,0000

Em que: X teor de água; RX - razão de água; TX taxa de secagem

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Apêndice A

100

Tabela A.4 - Dados experimentais da cinética de secagem dos grãos inteiros (GI) de

abóbora em estufa a 50 °C

Tempo (min) X (b.s.) X (b.u.) RX TX 0 0,3312 0,2488 1 0,0043 5 0,3098 0,2365 0,9268 0,0046 10 0,2870 0,2229 0,8491 0,0047 15 0,2633 0,2084 0,7683 0,0042 20 0,2423 0,1950 0,6967 0,0040 25 0,2225 0,1819 0,6291 0,0036 30 0,2047 0,1699 0,5685 0,0031 35 0,1890 0,1590 0,5152 0,0028 40 0,1749 0,1488 0,4670 0,0023 45 0,1632 0,1403 0,4272 0,0021 50 0,1530 0,1326 0,3922 0,0019 55 0,1436 0,1256 0,3604 0,0017 60 0,1353 0,1191 0,3320 0,0012 70 0,1237 0,1101 0,2926 0,0011 80 0,1127 0,1013 0,2553 0,0008 90 0,1045 0,0946 0,2270 0,0007 100 0,0975 0,0888 0,2032 0,0005 110 0,0925 0,0847 0,1863 0,0005 120 0,0880 0,0809 0,1708 0,0004 135 0,0822 0,0759 0,1510 0,0003 150 0,0783 0,0726 0,1378 0,0003 165 0,0740 0,0689 0,1233 0,0002 180 0,0712 0,0665 0,1137 0,0002 210 0,0663 0,0622 0,0970 0,0001 240 0,0624 0,0588 0,0837 0,0001 270 0,0595 0,0562 0,0738 0,0001 300 0,0567 0,0537 0,0642 0,0001 330 0,0550 0,0521 0,0584 0,0001 390 0,0518 0,0492 0,0473 0,0001 450 0,0487 0,0464 0,0369 0,0000 510 0,0468 0,0447 0,0304 0,0000 570 0,0447 0,0428 0,0232 0,0000 630 0,0442 0,0423 0,0215 0,0000 750 0,0418 0,0401 0,0133 0,0000 870 0,0404 0,0388 0,0084 0,0000 1050 0,0386 0,0372 0,0024 0,0000 1230 0,0379 0,0365 0,0000 0,0000 1410 0,0379 0,0365 0,0000 0,0000

Em que: X teor de água; RX - razão de água; TX taxa de secagem

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Apêndice A

101

Tabela A.5 - Dados experimentais da cinética de secagem dos grãos inteiros (GI) de

abóbora em estufa a 40 °C

Tempo (min) X (b.s.) X (b.u.) RX TX 0 0,3498 0,2591 1 0,0030 5 0,3347 0,2508 0,9501 0,0029 10 0,3202 0,2426 0,9020 0,0032 15 0,3042 0,2333 0,8489 0,0029 20 0,2896 0,2245 0,8000 0,0029 25 0,2753 0,2159 0,7527 0,0027 30 0,2616 0,2073 0,7072 0,0027 35 0,2483 0,1989 0,6629 0,0025 40 0,2356 0,1907 0,6207 0,0025 45 0,2232 0,1824 0,5795 0,0022 50 0,2121 0,1750 0,5426 0,0023 55 0,2004 0,1670 0,5040 0,0020 60 0,1903 0,1599 0,4704 0,0017 70 0,1736 0,1479 0,4149 0,0015 80 0,1587 0,1370 0,3654 0,0012 90 0,1471 0,1282 0,3268 0,0010 100 0,1366 0,1202 0,2920 0,0008 110 0,1283 0,1137 0,2642 0,0008 120 0,1205 0,1075 0,2384 0,0006 135 0,1122 0,1009 0,2108 0,0005 150 0,1049 0,0949 0,1865 0,0004 165 0,0993 0,0903 0,1679 0,0003 180 0,0941 0,0860 0,1505 0,0002 210 0,0870 0,0800 0,1270 0,0002 240 0,0817 0,0755 0,1093 0,0001 300 0,0736 0,0686 0,0827 0,0001 360 0,0684 0,0640 0,0653 0,0001 420 0,0644 0,0605 0,0519 0,0000 480 0,0615 0,0579 0,0424 0,0000 540 0,0602 0,0567 0,0379 0,0001 660 0,0571 0,0540 0,0276 0,0000 780 0,0541 0,0513 0,0179 0,0000 900 0,0523 0,0497 0,0117 0,0000 1080 0,0500 0,0477 0,0043 0,0000 1260 0,0488 0,0465 0,0000 0,0000 1500 0,0488 0,0465 0,0000 0,0002

Em que: X teor de água; RX - razão de água; TX taxa de secagem

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Apêndice A

102

Tabela A.6 - Dados experimentais da cinética de secagem dos grãos de abóbora sem

tegumento (GST) em estufa a 80 °C

Tempo (min) X (b.s.) X (b.u.) RX TX 0 0,2799 0,2187 1 0,0120 5 0,2200 0,1803 0,7654 0,0082

10 0,1788 0,1517 0,6126 0,0061 15 0,1481 0,1290 0,4985 0,0047 20 0,1247 0,1109 0,4117 0,0034 25 0,1079 0,0974 0,3493 0,0029 30 0,0934 0,0855 0,2955 0,0021 35 0,0828 0,0764 0,2559 0,0019 40 0,0733 0,0683 0,2208 0,0015 45 0,0656 0,0616 0,1922 0,0012 50 0,0599 0,0565 0,1708 0,0011 55 0,0544 0,0516 0,1503 0,0008 60 0,0502 0,0478 0,1349 0,0006 70 0,0445 0,0426 0,1136 0,0005 80 0,0394 0,0379 0,0947 0,0003 90 0,0365 0,0352 0,0839 0,0002 100 0,0342 0,0331 0,0755 0,0003 110 0,0315 0,0306 0,0654 0,0001 120 0,0306 0,0297 0,0621 0,0002 135 0,0272 0,0264 0,0493 0,0001 150 0,0257 0,0250 0,0437 0,0001 165 0,0246 0,0241 0,0399 0,0001 195 0,0227 0,0222 0,0329 0,0001 225 0,0208 0,0204 0,0258 0,0000 285 0,0189 0,0185 0,0185 0,0000 345 0,0173 0,0170 0,0126 0,0000 405 0,0161 0,0158 0,0081 0,0000 525 0,0147 0,0145 0,0030 0,0000 705 0,0139 0,0137 0,0000 0,0000 885 0,0139 0,0137 0,0000 0,0000

Em que: X teor de água; RX - razão de água; TX taxa de secagem

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Apêndice A

103

Tabela A.7 - Dados experimentais da cinética de secagem dos grãos de abóbora sem

tegumento (GST) em estufa a 70 °C

Tempo (min) X (b.s.) X (b.u.) RX TX 0 0,2664 0,2103 1 0,0106 5 0,2135 0,1759 0,7858 0,0075

10 0,1759 0,1496 0,6338 0,0050 15 0,1509 0,1311 0,5325 0,0038 20 0,1317 0,1163 0,4546 0,0031 25 0,1159 0,1038 0,3909 0,0025 30 0,1033 0,0936 0,3396 0,0021 35 0,0929 0,0850 0,2977 0,0017 40 0,0845 0,0779 0,2636 0,0014 45 0,0776 0,0720 0,2359 0,0013 50 0,0714 0,0666 0,2105 0,0010 55 0,0664 0,0623 0,1907 0,0007 60 0,0627 0,0590 0,1757 0,0007 70 0,0562 0,0532 0,1492 0,0006 80 0,0506 0,0482 0,1266 0,0004 90 0,0463 0,0443 0,1092 0,0003 100 0,0431 0,0413 0,0961 0,0002 110 0,0406 0,0390 0,0861 0,0002 120 0,0382 0,0368 0,0762 0,0002 135 0,0356 0,0344 0,0659 0,0001 150 0,0335 0,0324 0,0575 0,0001 165 0,0321 0,0311 0,0515 0,0001 180 0,0308 0,0299 0,0463 0,0001 210 0,0286 0,0278 0,0373 0,0000 240 0,0271 0,0264 0,0313 0,0000 300 0,0248 0,0242 0,0221 0,0000 360 0,0235 0,0230 0,0169 0,0000 480 0,0213 0,0208 0,0079 0,0000 600 0,0201 0,0197 0,0030 0,0000 780 0,0193 0,0190 0,0000 0,0000 960 0,0193 0,0190 0,0000 0,0000

Em que: X teor de água; RX - razão de água; TX taxa de secagem

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Apêndice A

104

Tabela A.8 - Dados experimentais da cinética de secagem dos grãos de abóbora sem

tegumento (GST) em estufa a 60 °C

Tempo (min) X (b.s.) X (b.u.) RX TX 0 0,2674 0,2109 1 0,0096 5 0,2197 0,1801 0,8032 0,0064

10 0,1875 0,1579 0,6699 0,0048 15 0,1633 0,1403 0,5698 0,0033 20 0,1468 0,1280 0,5015 0,0028 25 0,1327 0,1171 0,4432 0,0024 30 0,1206 0,1076 0,3933 0,0020 35 0,1106 0,0995 0,3518 0,0015 40 0,1029 0,0933 0,3201 0,0014 45 0,0961 0,0877 0,2920 0,0014 50 0,0893 0,0820 0,2637 0,0010 55 0,0842 0,0777 0,2426 0,0011 60 0,0790 0,0732 0,2208 0,0007 70 0,0722 0,0674 0,1928 0,0006 80 0,0663 0,0622 0,1683 0,0004 90 0,0622 0,0585 0,1512 0,0005 100 0,0576 0,0545 0,1323 0,0003 110 0,0543 0,0515 0,1186 0,0003 120 0,0512 0,0487 0,1057 0,0002 135 0,0481 0,0459 0,0927 0,0002 150 0,0451 0,0431 0,0803 0,0001 165 0,0429 0,0412 0,0713 0,0001 180 0,0416 0,0399 0,0658 0,0001 210 0,0383 0,0369 0,0523 0,0001 240 0,0356 0,0344 0,0409 0,0000 300 0,0333 0,0322 0,0313 0,0000 360 0,0313 0,0303 0,0229 0,0000 420 0,0301 0,0292 0,0182 0,0000 480 0,0292 0,0283 0,0143 0,0000 600 0,0274 0,0266 0,0067 0,0000 720 0,0262 0,0255 0,0019 0,0000 840 0,0257 0,0251 0,0000 0,0000 1020 0,0257 0,0251 0,0000 0,0000

Em que: X teor de água; RX - razão de água; TX taxa de secagem

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Apêndice A

105

Tabela A.9 - Dados experimentais da cinética de secagem dos grãos de abóbora sem

tegumento (GST) em estufa a 50 °C

Tempo (min) X (b.s.) X (b.u.) RX TX 0 0,3001 0,2308 1,0000 0,0099 5 0,2506 0,2003 0,8154 0,0065 10 0,2182 0,1791 0,6953 0,0046 15 0,1952 0,1633 0,6095 0,0037 20 0,1766 0,1501 0,5401 0,0030 25 0,1618 0,1393 0,4850 0,0026 30 0,1490 0,1297 0,4373 0,0023 35 0,1376 0,1209 0,3945 0,0018 40 0,1285 0,1139 0,3607 0,0016 45 0,1203 0,1074 0,3300 0,0013 50 0,1139 0,1022 0,3060 0,0014 55 0,1067 0,0964 0,2792 0,0011 60 0,1014 0,0920 0,2594 0,0008 70 0,0930 0,0851 0,2282 0,0007 80 0,0858 0,0790 0,2014 0,0007 90 0,0788 0,0730 0,1750 0,0004 100 0,0743 0,0692 0,1585 0,0004 110 0,0700 0,0654 0,1423 0,0004 120 0,0661 0,0620 0,1278 0,0002 135 0,0636 0,0598 0,1185 0,0003 150 0,0583 0,0551 0,0987 0,0002 165 0,0551 0,0522 0,0866 0,0002 180 0,0524 0,0498 0,0765 0,0001 210 0,0480 0,0458 0,0600 0,0001 240 0,0448 0,0429 0,0484 0,0001 300 0,0400 0,0385 0,0303 0,0000 360 0,0377 0,0364 0,0218 0,0000 420 0,0359 0,0346 0,0148 0,0000 480 0,0345 0,0333 0,0096 0,0000 540 0,0337 0,0326 0,0068 0,0000 660 0,0329 0,0318 0,0036 0,0000 780 0,0329 0,0318 0,0036 0,0000 960 0,0319 0,0309 0,0000 0,0000 1140 0,0319 0,0309 0,0000 0,0000

Em que: X teor de água; RX - razão de água; TX taxa de secagem

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Apêndice A

106

Tabela A.10 - Dados experimentais da cinética de secagem dos grãos de abóbora sem

tegumento (GST) em estufa a 40 °C

Tempo (min) X (b.s.) X (b.u.) RX TX 0 0,2553 0,2033 1 0,0062 5 0,2243 0,1831 0,8526 0,0040

10 0,2042 0,1695 0,7572 0,0033 15 0,1875 0,1579 0,6779 0,0024 20 0,1757 0,1494 0,6219 0,0020 25 0,1658 0,1422 0,5751 0,0019 30 0,1564 0,1352 0,5304 0,0015 35 0,1489 0,1295 0,4946 0,0013 40 0,1424 0,1246 0,4635 0,0011 45 0,1369 0,1204 0,4379 0,0012 50 0,1309 0,1157 0,4094 0,0009 55 0,1264 0,1122 0,3878 0,0007 60 0,1229 0,1094 0,3711 0,0007 70 0,1156 0,1036 0,3366 0,0006 80 0,1095 0,0987 0,3077 0,0005 90 0,1042 0,0943 0,2823 0,0004 100 0,1004 0,0912 0,2643 0,0004 110 0,0961 0,0876 0,2440 0,0004 120 0,0923 0,0845 0,2260 0,0003 135 0,0885 0,0813 0,2079 0,0003 150 0,0841 0,0775 0,1870 0,0002 165 0,0811 0,0750 0,1727 0,0002 180 0,0773 0,0718 0,1550 0,0001 210 0,0735 0,0684 0,1366 0,0002 240 0,0689 0,0645 0,1150 0,0001 300 0,0630 0,0593 0,0872 0,0001 360 0,0585 0,0553 0,0656 0,0001 420 0,0550 0,0522 0,0491 0,0000 480 0,0524 0,0498 0,0367 0,0000 540 0,0507 0,0482 0,0285 0,0000 600 0,0496 0,0473 0,0235 0,0000 660 0,0480 0,0458 0,0155 0,0000 780 0,0464 0,0444 0,0082 0,0000 900 0,0454 0,0434 0,0032 0,0000 1080 0,0447 0,0428 0,0000 0,0000 1320 0,0447 0,0428 0,0000 0,0000

Em que: X teor de água; RX - razão de água; TX taxa de secagem

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Apêndice A

107

Tabela A.11 - Dados experimentais da cinética de secagem farinha dos grãos de abóbora

(FG) em estufa a 80 °C

Tempo (min) X (b.s.) X (b.u.) RX TX 0 0,2602 0,2064 1 0,0088 5 0,2163 0,1777 0,8266 0,0073

10 0,1800 0,1524 0,6836 0,0061 15 0,1495 0,1300 0,5634 0,0045 20 0,1268 0,1124 0,4739 0,0042 25 0,1057 0,0955 0,3907 0,0035 30 0,0881 0,0809 0,3215 0,0031 35 0,0724 0,0675 0,2600 0,0023 40 0,0607 0,0572 0,2137 0,0022 45 0,0496 0,0473 0,1703 0,0014 50 0,0425 0,0408 0,1423 0,0015 55 0,0352 0,0339 0,1134 0,0011 60 0,0296 0,0287 0,0916 0,0007 70 0,0222 0,0217 0,0627 0,0005 80 0,0174 0,0171 0,0440 0,0002 90 0,0154 0,0152 0,0362 0,0002 100 0,0134 0,0132 0,0280 0,0001 110 0,0119 0,0118 0,0224 0,0001 120 0,0113 0,0112 0,0200 0,0001 135 0,0102 0,0101 0,0155 0,0000 150 0,0095 0,0094 0,0130 0,0000 180 0,0089 0,0088 0,0103 0,0000 240 0,0080 0,0079 0,0068 0,0000 360 0,0068 0,0067 0,0021 0,0000 480 0,0063 0,0062 0,0000 0,0000 660 0,0063 0,0062 0,0000 0,0000

Em que: X teor de água; RX - razão de água; TX taxa de secagem

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Apêndice A

108

Tabela A.12 - Dados experimentais da cinética de secagem farinha dos grãos de abóbora

(FG) em estufa a 70 °C

Tempo (min) X (b.s.) X (b.u.) RX TX 0 0,2720 0,2138 1 0,0071 5 0,2365 0,1912 0,8598 0,0060

10 0,2065 0,1711 0,7420 0,0059 15 0,1770 0,1503 0,6260 0,0050 20 0,1521 0,1320 0,5281 0,0040 25 0,1322 0,1167 0,4499 0,0033 30 0,1156 0,1036 0,3845 0,0029 35 0,1010 0,0917 0,3272 0,0026 40 0,0882 0,0810 0,2767 0,0022 45 0,0772 0,0716 0,2335 0,0019 50 0,0679 0,0635 0,1968 0,0016 55 0,0598 0,0564 0,1651 0,0014 60 0,0531 0,0504 0,1384 0,0010 70 0,0433 0,0414 0,0998 0,0007 80 0,0366 0,0352 0,0733 0,0004 90 0,0326 0,0316 0,0579 0,0003 100 0,0293 0,0284 0,0444 0,0002 110 0,0272 0,0265 0,0364 0,0002 120 0,0254 0,0248 0,0292 0,0001 135 0,0243 0,0237 0,0246 0,0001 150 0,0233 0,0227 0,0206 0,0000 180 0,0220 0,0216 0,0158 0,0000 210 0,0210 0,0205 0,0115 0,0000 270 0,0196 0,0192 0,0059 0,0000 330 0,0191 0,0188 0,0043 0,0000 450 0,0183 0,0179 0,0008 0,0000 570 0,0181 0,0177 0,0000 0,0000 750 0,0181 0,0177 0,0000 0,0000

Em que: X teor de água; RX - razão de água; TX taxa de secagem

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Apêndice A

109

Tabela A.13 - Dados experimentais da cinética de secagem farinha dos grãos de abóbora

(FG) em estufa a 60 °C

Tempo (min) X (b.s.) X (b.u.) RX TX 0 0,2265 0,1846 1 0,0053 5 0,2000 0,1666 0,8749 0,0046

10 0,1770 0,1503 0,7657 0,0041 15 0,1565 0,1352 0,6686 0,0037 20 0,1379 0,1211 0,5805 0,0032 25 0,1219 0,1085 0,5045 0,0023 30 0,1103 0,0991 0,4487 0,0031 35 0,0948 0,0864 0,3761 0,0021 40 0,0841 0,0775 0,3258 0,0018 45 0,0750 0,0696 0,2826 0,0016 50 0,0671 0,0628 0,2454 0,0015 55 0,0598 0,0563 0,2109 0,0013 60 0,0531 0,0503 0,1793 0,0009 70 0,0444 0,0424 0,1385 0,0006 80 0,0383 0,0368 0,1101 0,0005 90 0,0336 0,0324 0,0878 0,0004 100 0,0300 0,0291 0,0715 0,0003 110 0,0275 0,0267 0,0597 0,0002 120 0,0255 0,0249 0,0507 0,0001 135 0,0233 0,0228 0,0404 0,0001 150 0,0215 0,0211 0,0322 0,0001 165 0,0206 0,0202 0,0281 0,0001 195 0,0188 0,0185 0,0198 0,0000 225 0,0183 0,0179 0,0171 0,0000 285 0,0168 0,0165 0,0104 0,0000 345 0,0162 0,0159 0,0073 0,0000 465 0,0149 0,0147 0,0015 0,0000 585 0,0146 0,0144 0,0000 0,0000 765 0,0146 0,0144 0,0000 0,0000

Em que: X teor de água; RX - razão de água; TX taxa de secagem

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Apêndice A

110

Tabela A.14 - Dados experimentais da cinética de secagem farinha dos grãos de abóbora

(FG) em estufa a 50 °C

Tempo (min) X (b.s.) X (b.u.) RX TX 0 0,2799 0,2187 1 0,0051 5 0,2545 0,2029 0,9003 0,0049

10 0,2302 0,1871 0,8050 0,0041 15 0,2095 0,1732 0,7239 0,0039 20 0,1902 0,1598 0,6482 0,0034 25 0,1731 0,1475 0,5812 0,0030 30 0,1581 0,1364 0,5223 0,0027 35 0,1443 0,1261 0,4684 0,0025 40 0,1318 0,1164 0,4193 0,0022 45 0,1207 0,1076 0,3758 0,0021 50 0,1104 0,0994 0,3355 0,0019 55 0,1010 0,0917 0,2987 0,0016 60 0,0929 0,0849 0,2667 0,0013 70 0,0799 0,0739 0,2160 0,0010 80 0,0701 0,0654 0,1773 0,0009 90 0,0612 0,0576 0,1426 0,0007 100 0,0541 0,0512 0,1146 0,0005 110 0,0491 0,0468 0,0951 0,0005 120 0,0443 0,0423 0,0762 0,0003 135 0,0394 0,0379 0,0569 0,0002 150 0,0360 0,0347 0,0436 0,0001 165 0,0338 0,0327 0,0350 0,0001 180 0,0322 0,0312 0,0289 0,0001 210 0,0301 0,0292 0,0203 0,0000 240 0,0286 0,0278 0,0147 0,0000 270 0,0277 0,0269 0,0110 0,0000 330 0,0264 0,0257 0,0059 0,0000 390 0,0259 0,0252 0,0037 0,0000 510 0,0253 0,0247 0,0016 0,0000 630 0,0249 0,0243 0,0000 0,0000 810 0,0249 0,0243 0,0000 0,0000

Em que: X teor de água; RX - razão de água; TX taxa de secagem

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Apêndice A

111

Tabela A.15 - Dados experimentais da cinética de secagem farinha dos grãos de abóbora

(FG) em estufa a 40 °C

Tempo (min) X (b.s.) X (b.u.) RX TX 0 0,3197 0,2422 1 0,0043 5 0,2980 0,2296 0,9231 0,0037

10 0,2797 0,2185 0,8577 0,0034 15 0,2625 0,2079 0,7966 0,0030 20 0,2476 0,1984 0,7438 0,0036 25 0,2295 0,1866 0,6790 0,0016 30 0,2224 0,1819 0,6542 0,0027 35 0,2090 0,1728 0,6067 0,0022 40 0,1979 0,1652 0,5673 0,0020 45 0,1880 0,1582 0,5322 0,0020 50 0,1778 0,1509 0,4958 0,0021 55 0,1672 0,1432 0,4582 0,0019 60 0,1579 0,1363 0,4253 0,0015 70 0,1434 0,1254 0,3738 0,0014 80 0,1292 0,1144 0,3235 0,0012 90 0,1175 0,1051 0,2819 0,0011 100 0,1067 0,0964 0,2436 0,0010 110 0,0965 0,0880 0,2075 0,0008 120 0,0887 0,0814 0,1797 0,0007 135 0,0783 0,0726 0,1428 0,0005 150 0,0701 0,0654 0,1137 0,0005 165 0,0631 0,0593 0,0888 0,0004 180 0,0575 0,0544 0,0691 0,0002 210 0,0503 0,0479 0,0433 0,0002 240 0,0454 0,0434 0,0258 0,0000 270 0,0428 0,0411 0,0165 0,0000 300 0,0414 0,0397 0,0112 0,0000 360 0,0403 0,0387 0,0075 0,0000 480 0,0393 0,0378 0,0037 0,0000 660 0,0382 0,0368 0,0000 0,0000 900 0,0382 0,0368 0,0000 0,0000

Em que: X teor de água; RX - razão de água; TX taxa de secagem

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Apêndice A

112

Tabela A.16 - Dados experimentais da cinética de secagem dos grãos inteiros (GI) de

abóbora em exposição direta ao sol combinada com o secador ACSN

Tempo (min) X (b.s.) X (b.u.) RX TX 0 0,3382 0,2527 1 0,1059 30 0,3064 0,2345 0,8869 0,0793 60 0,2509 0,2006 0,6892 0,0449 120 0,2061 0,1708 0,5295 0,0330 180 0,1730 0,1475 0,4120 0,0272 240 0,1459 0,1273 0,3157 0,0195 300 0,1263 0,1121 0,2459 0,0114 420 0,1035 0,0937 0,1647 0,0072 540 0,0891 0,0817 0,1133 0,0008 720 0,0867 0,0797 0,1049 0,0003 900 0,0859 0,0791 0,1022 0,0047 1080 0,0720 0,0671 0,0526 0,0005 1260 0,0705 0,0659 0,0475 0,0002 1440 0,0699 0,0653 0,0452 0,0001 1680 0,0694 0,0649 0,0435 0,0002 1920 0,0686 0,0642 0,0408 0,0001 2160 0,0681 0,0637 0,0388 0,0001 2400 0,0678 0,0635 0,0377 0,0015 2640 0,0619 0,0583 0,0169 0,0008 2880 0,0586 0,0553 0,0050 0,0003 3120 0,0575 0,0544 0,0013 0,0001 3360 0,0571 0,0541 0,0000 0,0000 3600 0,0571 0,0541 0,0000 0,0000

Em que: X teor de água; RX - razão de água; TX taxa de secagem

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Apêndice A

113

Tabela A.17 - Dados experimentais da cinética de secagem de grãos sem tegumento em

exposição direta ao sol combinada com o secador ACSN

Tempo (min) X (b.s.) X (b.u.) RX TX 0 0,1457 0,1272 1 0,1481 30 0,1013 0,0920 0,6593 0,0398 60 0,0734 0,0684 0,4453 0,0150 120 0,0584 0,0552 0,3300 0,0072 180 0,0513 0,0488 0,2753 0,0031 300 0,0450 0,0431 0,2272 0,0022 420 0,0406 0,0390 0,1936 0,0007 540 0,0406 0,0390 0,1937 0,0012 720 0,0370 0,0356 0,1655 0,0006 900 0,0350 0,0338 0,1504 0,0006 1080 0,0333 0,0322 0,1374 0,0050 1260 0,0182 0,0179 0,0219 0,0004 1440 0,0171 0,0168 0,0132 0,0004 1680 0,0154 0,0151 0,0000 0,0000 1920 0,0154 0,0151 0,0000 0,0000

Em que: X teor de água; RX - razão de água; TX taxa de secagem

Tabela A.18 - Dados experimentais da cinética de secagem de farinha de grãos em

exposição direta ao sol combinada com o secador ACSN

Tempo (min) X (b.s.) X (b.u.) RX TX 0 0,2929 0,2265 1 0,2832 30 0,2079 0,1721 0,6700 0,1085 60 0,1319 0,1165 0,3747 0,0461 120 0,0858 0,0790 0,1949 0,0228 180 0,0630 0,0593 0,1056 0,0114 240 0,0516 0,0491 0,0607 0,0036 300 0,0480 0,0458 0,0466 0,0015 420 0,0451 0,0432 0,0351 0,0005 540 0,0442 0,0423 0,0315 0,0004 720 0,0430 0,0412 0,0268 0,0001 900 0,0427 0,0410 0,0257 0,0013 1080 0,0466 0,0445 0,0407 0,0015 1260 0,0422 0,0405 0,0236 0,0005 1440 0,0407 0,0391 0,0179 0,0011 1680 0,0361 0,0349 0,0000 0,0000 1920 0,0361 0,0349 0,0000 0,0000

Em que: X teor de água; RX - razão de água; TX taxa de secagem

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Apêndice A

114

Tabela A.19 - Dados experimentais da cinética de secagem de grãos inteiros (GI) em

secador solar combinada com o secador ACSN

Período/Local Tempo (min) X (b.s.) X (b.u.) RX TX

Noturno (secador ACSN)

0 0,3330 0,2498 1 0,1090 30 0,3003 0,2309 0,8941 0,0823 60 0,2427 0,1953 0,7074 0,0468 120 0,1959 0,1638 0,5560 0,0334 180 0,1625 0,1397 0,4476 0,0280 240 0,1345 0,1185 0,3574 0,0201 300 0,1144 0,1026 0,2921 0,0116 420 0,0912 0,0836 0,2172 0,0072 540 0,0768 0,0712 0,1704 0,0011 660 0,0745 0,0693 0,1631 0,0003 840 0,0737 0,0686 0,1607 0,0082

Diurno (secador solar)

1020 0,0492 0,0469 0,0816 0,0009 1200 0,0467 0,0446 0,0733 0,0004 1380 0,0454 0,0434 0,0691 0,0004

Noturno (secador ACSN)

1620 0,0437 0,0418 0,0635 0,0001 1860 0,0432 0,0414 0,0620 0,0002 2100 0,0424 0,0407 0,0595 0,0001 2340 0,0419 0,0402 0,0577 0,0029

Diurno (secador solar)

2580 0,0302 0,0293 0,0202 0,0014 2820 0,0245 0,0239 0,0015 0,0001

Noturno (secador ACSN)

3060 0,0240 0,0234 0,0000 0,0000 3300 0,0240 0,0234 0,0000 0,0000

Em que: X teor de água; RX - razão de água; TX taxa de secagem

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Apêndice A

115

Tabela A.20 - Dados experimentais da cinética de secagem de grãos sem tegumento (GST)

em secador solar combinada com o secador ACSN

Período/Local Tempo (min) X (b.s.) X (b.u.) RX TX

Noturno (secador ACSN)

0 0,1522 0,1321 1 0,1440 30 0,1090 0,0983 0,6631 0,0509 60 0,0734 0,0683 0,3850 0,0100 120 0,0634 0,0596 0,3071 0,0063 180 0,0571 0,0540 0,2580 0,0033 300 0,0505 0,0481 0,2062 0,0016 420 0,0472 0,0451 0,1808 0,0012 540 0,0448 0,0429 0,1617 0,0008 720 0,0422 0,0405 0,1419 0,0004 900 0,0410 0,0394 0,1323 0,0036

Diurno (secador solar)

1080 0,0303 0,0294 0,0487 0,0023 1260 0,0234 0,0228 0,0051 0,0002 1440 0,0240 0,0235 0,0000 0,0000

Noturno (secador ACSN) 1680 0,0240 0,0235 0,0000 0,0000

Em que: X teor de água; RX - razão de água; TX taxa de secagem

Tabela A.21 - Dados experimentais da cinética de secagem de farinha de grãos (FG) em

secador solar combinada com o secador ACSN

Período/Local Tempo (min) X (b.s.) X (b.u.) RX TX

Noturno (secador ACSN)

0 0,3977 0,2845 1 0,3273 30 0,2995 0,2304 0,7303 0,0919 60 0,2352 0,1903 0,5536 0,0873 120 0,1479 0,1287 0,3139 0,0462 180 0,1017 0,0921 0,1871 0,0256 240 0,0762 0,0706 0,1169 0,0140 300 0,0622 0,0585 0,0786 0,0052 420 0,0518 0,0492 0,0501 0,0008 540 0,0501 0,0477 0,0454 0,0004 720 0,0488 0,0465 0,0419 0,0002 900 0,0481 0,0459 0,0400 0,0024

Diurno (secador solar)

1080 0,0408 0,0392 0,0201 0,0024 1260 0,0335 0,0324 0,0000 0,0000 1440 0,0335 0,0324 0,0000 0,0000

Em que: X teor de água; RX - razão de água; TX taxa de secagem

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Apêndice A

116

Tabela A.22 - Dados experimentais da cinética de secagem dos grãos inteiros (GI) de

abóbora sob exposição direta ao sol e ao abrigo à noite (testemunha)

Período/Local Tempo (min) X (b.s.) X (b.u.) RX Tx

Noturno (abrigo)

0 0,3087 0,2359 1,0000 0,0423 30 0,2960 0,2284 0,9440 0,0417 60 0,2668 0,2106 0,8144 0,0124 120 0,2544 0,2028 0,7595 0,0092 180 0,2452 0,1969 0,7188 0,0110 240 0,2342 0,1898 0,6700 0,0167 300 0,2175 0,1787 0,5960 0,0052 420 0,2071 0,1716 0,5497 0,0106 540 0,1858 0,1567 0,4553 0,0020 720 0,1797 0,1523 0,4282 0,0006 900 0,1777 0,1509 0,4196 0,0389

Diurno (exposição ao

sol)

1080 0,0609 0,0574 0,0087 0,0019 1260 0,0616 0,0580 0,0191 0,0025 1440 0,0541 0,0513 0,0401 0,0050

Noturno (abrigo)

1680 0,0740 0,0689 0,0753 0,0018 1920 0,0811 0,0750 0,0944 0,0016 2160 0,0874 0,0804 0,0949 0,0012 2400 0,0921 0,0843 0,1073 0,0076

Diurno (exposição ao sol)

2640 0,0618 0,0582 0,0395 0,0007 2880 0,0589 0,0556 0,0401 0,0018

Noturno (abrigo)

3120 0,0661 0,0620 0,0982 0,0020 3360 0,0742 0,0690 0,1284 0,0022 3600 0,0831 0,0767 0,0000 0,0014

Em que: X teor de água; RX - razão de água; TX taxa de secagem

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Apêndice A

117

Tabela A.23 - Dados experimentais da cinética de secagem dos grãos de abóbora sem

tegumento (GST) sob exposição direta ao sol e ao abrigo à noite

(testemunha)

Período/Local Tempo (min) X (b.s.) X (b.u.) RX Tx

Noturno (abrigo)

0 0,1389 0,1219 1,0000 0,0552 30 0,1223 0,1090 0,8410 0,0189 60 0,1091 0,0983 0,7090 0,0107 120 0,0984 0,0895 0,6014 0,0064 180 0,0919 0,0842 0,5370 0,0037 300 0,0846 0,0780 0,4634 0,0013 420 0,0820 0,0758 0,4383 0,0006 540 0,0807 0,0747 0,4257 0,0004 720 0,0796 0,0737 0,4140 0,0002 900 0,0791 0,0733 0,4091 0,0091

Diurno (exposição ao

sol)

1080 0,0519 0,0494 0,1372 0,0095 1260 0,0234 0,0228 0,1486 0,0006 1440 0,0214 0,0210 0,1678 0,0015

Noturno (abrigo)

1680 0,0273 0,0265 0,1078 0,0027 1920 0,0381 0,0367 0,0000 0,0012

Em que: X teor de água; RX - razão de água; TX taxa de secagem

Tabela A.24 - Dados experimentais da cinética de secagem da farinha dos grãos (FG) de

abóbora sob exposição direta ao sol e ao abrigo à noite (testemunha)

Período/Local Tempo (min) X (b.s.) X (b.u.) RX Tx

Noturno (abrigo)

0 0,2881 0,2237 1 0,0311 30 0,2788 0,2180 0,9566 0,0149 60 0,2684 0,2116 0,9081 0,0087 120 0,2597 0,2062 0,8677 0,0069 180 0,2528 0,2018 0,8354 0,0057 240 0,2471 0,1982 0,8091 0,0053 300 0,2418 0,1947 0,7844 0,0035 420 0,2348 0,1901 0,7516 0,0036 540 0,2276 0,1854 0,7180 0,0029 720 0,2190 0,1796 0,6781 0,0027 900 0,2109 0,1741 0,6402 0,0396

Diurno (exposição ao

sol)

1080 0,0921 0,0843 0,0874 0,0132 1260 0,0525 0,0499 0,0970 0,0023 1440 0,0456 0,0437 0,1289 0,0042

Noturno (abrigo)

1680 0,0624 0,0587 0,0510 0,0027 1920 0,0733 0,0683 0,0000 0,0023

Em que: X teor de água; RX - razão de água; TX taxa de secagem

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Apêndice A

118

Tabela A.25 - Dados experimentais da cinética de secagem dos grãos inteiros de abóbora

(GI) em secador solar diurno e ao abrigo à noite (testemunha)

Período/Local Tempo (min) X (b.s.) X (b.u.) RX Tx

Noturno (abrigo)

0 0,3065 0,2345 1,0000 0,0435 30 0,2934 0,2268 0,9531 0,0303 60 0,2722 0,2139 0,8768 0,0131 120 0,2591 0,2058 0,8299 0,0112 180 0,2479 0,1986 0,7896 0,0108 240 0,2371 0,1916 0,7506 0,0089 300 0,2282 0,1858 0,7186 0,0069 420 0,2144 0,1765 0,6690 0,0063 540 0,2019 0,1679 0,6241 0,0062 660 0,1896 0,1593 0,5798 0,0062 840 0,1710 0,1460 0,5129 0,0485

Diurno (secador solar)

1020 0,0256 0,0249 0,0217 0,0027 1200 0,0175 0,0172 0,0388 0,0009 1380 0,0147 0,0145 0,0487 0,0059

Noturno (abrigo)

1620 0,0383 0,0368 0,0358 0,0020 1860 0,0463 0,0442 0,0648 0,0020 2100 0,0542 0,0514 0,0930 0,0019 2340 0,0619 0,0582 0,1206 0,0140

Diurno (secador solar)

2580 0,0057 0,0057 0,0809 0,0012 2820 0,0090 0,0089 0,0694 0,0022

Noturno (abrigo)

3060 0,0176 0,0173 0,0384 0,0027 3300 0,0282 0,0275 0,0000 0,0028

Em que: X teor de água; RX - razão de água; TX taxa de secagem

Tabela A.26 - Dados experimentais da cinética de secagem dos grãos de abóbora sem

tegumento (GST) em secador solar diurno e ao abrigo à noite (testemunha)

Período/Local Tempo (min) X (b.s.) X (b.u.) RX Tx

Noturno (abrigo)

0 0,1391 0,1221 1,0000 0,0495 30 0,1243 0,1105 0,8639 0,0148 60 0,1139 0,1023 0,7692 0,0040 120 0,1099 0,0990 0,7323 0,0044 180 0,1055 0,0954 0,6917 0,0021 300 0,1013 0,0920 0,6541 0,0023 420 0,0968 0,0883 0,6126 0,0007 540 0,0954 0,0871 0,6001 0,0003 720 0,0945 0,0863 0,5912 0,0003 900 0,0934 0,0854 0,5815 0,0220

Diurno (secador solar)

1080 0,0275 0,0268 0,0213 0,0040 1260 0,0154 0,0152 0,1323 0,0004 1440 0,0165 0,0163 0,1220 0,0033

Noturno (abrigo) 1680 0,0299 0,0290 0,0000 0,0011 Em que: X teor de água; RX - razão de água; TX taxa de secagem

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Apêndice A

119

Tabela A.27 - Dados experimentais da cinética de secagem da farinha de grãos de abóbora

(FG) em secador solar diurno e ao abrigo à noite (testemunha)

Período/Local Tempo (min) X (b.s.) X (b.u.) RX Tx

Noturno (abrigo)

0 0,4058 0,2887 1 0,0276 30 0,3976 0,2845 0,9781 0,0088 60 0,3914 0,2813 0,9618 0,0091 120 0,3823 0,2766 0,9378 0,0096 180 0,3728 0,2715 0,9125 0,0047 240 0,3681 0,2690 0,9001 0,0059 300 0,3622 0,2659 0,8846 0,0049 420 0,3524 0,2606 0,8588 0,0045 540 0,3434 0,2556 0,8348 0,0039 720 0,3318 0,2491 0,8042 0,0023 900 0,3250 0,2453 0,7863 0,0917

Diurno (secador solar)

1080 0,0499 0,0475 0,0590 0,0069 1260 0,0293 0,0285 0,0045 0,0006 1440 0,0276 0,0269 0,0000 0,0011

Em que: X teor de água; RX - razão de água; TX taxa de secagem

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Apêndice B

120

APÊNDICE B

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Apêndice B

121

Figura B.1 Curvas de cinética de secagem em estufa nas temperaturas de 40, 50, 60, 70 e

80 °C, dos grãos de abóbora inteiros (GI) com ajustes pelo modelo

Exponencial Dois Termos

Figura B.2 - Curvas de cinética de secagem em estufa nas temperaturas de 40, 50, 60, 70 e

80 °C, dos grãos de abóbora inteiros (GI) com ajustes pelo modelo de

Henderson & Pabis

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Apêndice B

122

Figura B.3 - Curvas de cinética de secagem em estufa nas temperaturas de 40, 50, 60, 70 e

80 °C, dos grãos de abóbora inteiros (GI) com ajustes pelo modelo

Logarítmico

Figura B.4 - Curvas de cinética de secagem em estufa nas temperaturas de 40, 50, 60, 70 e

80 °C, dos grãos de abóbora inteiros (GI) com ajustes pelo modelo de Page

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Apêndice B

123

Figura B.5 - Curvas de cinética de secagem em estufa nas temperaturas de 40, 50, 60, 70 e

80 °C, dos grãos de abóbora sem tegumento (GST) com ajustes pelo modelo

Exponencial Dois Termos

Figura B.6 - Curvas de cinética de secagem em estufa nas temperaturas de 40, 50, 60, 70 e

80 °C, dos grãos de abóbora sem tegumento (GST) com ajustes pelo modelo

de Henderson & Pabis

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Apêndice B

124

Figura B.7 - Curvas de cinética de secagem em estufa nas temperaturas de 40, 50, 60, 70 e

80 °C, dos grãos de abóbora sem tegumento (GST) com ajustes pelo modelo

Logarítmico

Figura B.8 - Curvas de cinética de secagem em estufa, nas temperaturas de 40, 50, 60, 70

e 80 °C, dos grãos de abóbora sem tegumento (GST) com ajustes pelo

modelo de Page

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Apêndice B

125

Figura B.9 Curvas de cinética de secagem em estufa nas temperaturas de 40, 50, 60, 70 e

80 °C, da farinha dos grãos de abóbora (FG) com ajustes pelo modelo

Aproximação da Difusão

Figura B.10 - Curvas de cinética de secagem em estufa nas temperaturas de 40, 50, 60, 70

e 80 °C, da farinha dos grãos de abóbora (FG) com ajustes pelo modelo

Exponencial Dois Termos

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Apêndice B

126

Figura B.11 - Curvas de cinética de secagem em estufa nas temperaturas de 40, 50, 60, 70

e 80 °C, da farinha dos grãos de abóbora (FG) com ajustes pelo modelo de

Henderson & Pabis

Figura B.12 - Curvas de cinética de secagem em estufa nas temperaturas de 40, 50, 60, 70

e 80 °C, da farinha dos grãos de abóbora (FG) com ajustes pelo modelo de

Page

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Apêndice C

127

APÊNDICE C

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Apêndice C

128

Tabela C.1 Valores médios das condições termodinâmicas do ambiente externo durante

a secagem dos grãos inteiros (GI) de abóbora sob exposição direta ao sol

(período diurno) combinada com a secagem no secador ACSN (período

noturno)

Data - 01/12/2009 Noite Dia Temperatura (°C) 23 31 Vento (SSW km/h) 14 22 Pressão (hPa) 1014 1013 Umidade (%) 84 45

Tabela C.2 Valores médios das condições termodinâmicas do ambiente externo durante

a secagem dos grãos de abóbora sem tegumento (GST) sob exposição direta

ao sol (período diurno) combinada com a secagem no secador ACSN

(período noturno)

Data - 09/12/2009 Noite Dia Temperatura (°C) 25,00 32,70 Vento (SSW km/h) 16 23 Pressão (hPa) 1015 1015 Umidade (%) 74,50 48,70

Tabela C.3 Valores médios das condições termodinâmicas do ambiente externo durante

a secagem da farinha dos grãos de abóbora (FG) sob exposição direta ao sol

(período diurno) combinada com a secagem no secador ACSN (período

noturno)

Data - 12/12/2009 Noite Dia (*) Temperatura (°C) 24,70 29,00 Vento (SSW km/h) 15,86 18 Pressão (hPa) 1014 1013 Umidade (%) 78,40 50,00

* - Nublado Tabela C.4 Valores médios das condições termodinâmicas do ambiente externo durante

a secagem dos grãos inteiros (GI) de abóbora no secador solar (período

diurno) combinada com a secagem no secador ACSN (período noturno)

Data - 04/12/2009 Noite Dia Temperatura (°C) 25,5 32 Vento (SSW km/h) 14 21 Pressão (hPa) 1014 1014 Umidade (%) 80 45

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Apêndice C

129

Tabela C.5 Valores médios das condições termodinâmicas do ambiente externo durante

a secagem dos grãos de abóbora sem tegumento (GST) no secador solar

(período diurno) combinada com a secagem no secador ACSN (período

noturno)

Data - 15/12/2009 Noite Dia (*) Temperatura (°C) 22,70 30,50 Vento (SSW km/h) 13,5 22 Pressão (hPa) 1015 1016 Umidade (%) 88,50 56,00

* - Nublado

Tabela C.6 Valores médios das condições termodinâmicas do ambiente externo durante

a secagem da farinha dos grãos de abóbora (FG) no secador solar (período

diurno) combinada com a secagem no secador ACSN (período noturno)

Data - 17/12/2009 Noite Dia (*) Temperatura (°C) 23,00 29,00 Vento (SSW km/h) 16 20 Pressão (hPa) 1014 1014 Umidade (%) 80,10 51,00

* - Nublado

Tabela C.7 Temperaturas de secagem no secador ACSN comparada a temperatura

ambiente, durante o tratamento de secagem sob exposição direta ao sol

combinado com o secador ACSN para os grãos de abóbora inteiros (GI)

Data - 01/12/2009 Temperatura (°C) Max. Mín. Média

Secador ACSN 51,00 41,40 48,17 Ambiente (noite) 24,00 22,00 23,00

Tabela C.8 Temperaturas de secagem no secador ACSN comparada a temperatura

ambiente, durante o tratamento de secagem sob exposição direta ao sol

combinado com o secador ACSN para os grãos de abóbora sem tegumento

(GST)

Data - 09/12/2009 Temperatura (°C) Max. Mín. Média

Secador ACSN 63,00 45,00 54,40 Ambiente (noite) 31,00 22,00 25,00

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Apêndice C

130

Tabela C.9 Temperaturas de secagem no secador ACSN comparada a temperatura

ambiente, durante o tratamento de secagem sob exposição direta ao sol

combinado com o secador ACSN para a farinha dos grãos de abóbora

(FG)

Data - 12/12/2009 Temperatura (°C) Max. Mín. Média

Secador ACSN 55,00 48,10 51,62 Ambiente (noite) 27,00 22,00 24,70

Tabela C.10 Temperaturas de secagem no secador ACSN comparada a temperatura

ambiente, durante o tratamento de secagem no secador solar combinado

com o secador ACSN para os grãos de abóbora inteiros (GI)

Data - 04/12/2009 Temperatura (°C) Max. Mín. Média

Secador ACSN 51,10 40,10 47,00 Ambiente (noite) 31,00 22,00 25,50 Secador solar 74,00 45,00 57,70

Tabela C.11 Temperaturas de secagem no secador ACSN comparada a temperatura

ambiente, durante o tratamento de secagem no secador solar combinado

com o secador ACSN para os grãos de abóbora sem tegumento (GST)

Data - 15/12/2009 Temperatura (°C) Max. Mín. Média

Secador ACSN 60,00 47,00 53,20 Ambiente (noite) 26,00 22,00 23,40 Secador solar 61,00 36,00 51,70

Tabela C.12 Temperaturas de secagem no secador ACSN comparada a temperatura

ambiente, durante o tratamento de secagem no secador solar combinado

com o secador ACSN para a farinha dos grãos de abóbora (FG)

Data - 17/12/2009 Temperatura (°C) Max. Mín. Média

Secador ACSN 54,40 50,50 52,45 Ambiente (noite) 24,00 22,00 23,00 Secador solar 65,00 38,00 51,50

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Apêndice D

131

APÊNDICE D

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Apêndice D

132

Figura D.1 Curva de cinética de secagem dos grãos inteiros (GI) em exposição direta ao

sol associado ao secador ACSN com ajustes pelos modelos de Aproximação

da Difusão, Exponencial Dois Termos, Henderson & Pabis, Logarítmico e

Page

Figura D.2 - Curva de cinética de secagem dos grãos sem tegumento (GST) em exposição

direta ao sol associado ao secador ACSN com ajustes pelos modelos de

Aproximação da Difusão, Exponencial Dois Termos, Henderson & Pabis,

Logarítmico e Page

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Apêndice D

133

Figura D.3 - Curva de cinética de secagem da farinha dos grãos de abóbora (FG) sob em

exposição direta ao sol associado ao secador ACSN com ajustes pelos

modelos de Aproximação da Difusão, Exponencial Dois Termos,

Henderson & Pabis, Logarítmico e Page

Figura D.4 - Curvas de cinética de secagem dos grãos inteiros de abóbora (GI) em secador

solar associado ao secador ACSN com ajustes pelos modelos de

Aproximação da Difusão, Exponencial Dois Termos, Henderson & Pabis,

Logarítmico e Page

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Apêndice D

134

Figura D.5 - Curvas de cinética de secagem dos grãos de abóbora sem tegumento (GST)

em secador solar associado ao secador ACSN com ajustes pelos modelos de

Aproximação da Difusão, Exponencial Dois Termos, Henderson & Pabis,

Logarítmico e Page

Figura D.6 - Curvas de cinética de secagem da farinha dos grãos de abóbora (FG) em

secador solar associado ao secador ACSN com ajustes pelos modelos de

Aproximação da Difusão, Exponencial Dois Termos, Henderson & Pabis,

Logarítmico e Page

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