dissertacao renato dos santos
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FACULDADE DE TECNOLOGIA SENAI CIMATEC
PROGRAMA DE POS-GRADUAO EM GESTO E
TECNOLOGIA INDUSTRIAL
RENATO DOS SANTOS
SUBSTITUIO DA BORRACHA TERMOFIXA EPDM POR
ELASTMEROS TERMOPL`STICOS EM SISTEMAS DE
VEDAO AUTOMOTIVOS
Salvador
2011
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RENATO DOS SANTOS
SUBSTITUIO DA BORRACHA TERMOFIXA EPDM POR
ELASTMEROS TERMOPL`STICOS EM SISTEMAS DE
VEDAO AUTOMOTIVOS
Dissertao de mestrado apresentada ao Programa de Ps-Graduao em Gesto e Tecnologia Industrial, Faculdade Tecnologia SENAI CIMATEC como requisito parcial para a obteno do ttulo de Mestre em Gesto e Tecnologia Industrial.
Orientador: Prof Dr. Wagner Maurcio Pachekoski
Co-orientadora: Prof Dr Carla Dalmolin
Salvador
2011
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S237s
Santos, Renato dos.
Substituio da borracha termofixa EPDM por elast meros termoplsticos
em sistemas de vedao automotivos. / Renato dos Sa ntos. 2011.
88f.; il.; color.
Orientador: Prof Dr. Wagner Maurcio Pachekoski.
Dissertao - Faculdade de Tecnologia Senai-CIMATEC , Mestrado
Profissional em Gesto e Tecnologia Industrial, 201 1.
1. Termoplstico. 2. Vedao automotiva. 3. Polmeros termofixo. 4. EPDM.
I. Faculdade de Tecnologia Senai-CIMATEC. II. Pachekoski, Wagner Maurcio.
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RENATO DOS SANTOS
SUBSTITUIO DA BORRACHA TERMOFIXA EPDM POR
ELASTMEROS TERMOPL`STICOS EM SISTEMAS DE VEDAO
AUTOMOTIVOS
Dissertao apresentada como requisito parcial para a obte no do ttulo de
Mestre em Gesto e Tecnologia Industrial, Faculdade de Tecnologia SENAI
CIMATEC.
Aprovada em 28 de outubro de 2011.
Banca Examinadora
Prof. Dr. Wagner Maurcio Pachekoski
Doutor em Cincia e Engenharia de Materiais pela Universidade Federal de So
Carlos, So Carlos, Brasil
Faculdade Tecnologia SENAI CIMATEC
Prof. Dr. Carla Dalmolin
Doutora em Qumica pela Universidade Federal de So Ca rlos, So Carlos, Brasil
Faculdade Tecnologia SENAI CIMATEC
Prof. Dr . Francisco Rosrio
Doutor em Engenharia de Materiais pela Universidade Federal de So Carlos, Brasil
Faculdade de Tecnologia de So Paulo - Zona Leste
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Dedico este trabalho aos
meus pais Jarbas e Etelvina (in memorian), aos meus irmos Rubens, Ricardo e
Roberto (in memorian), a minha esposa Dalila e aos meus filhos Arthur, Camila e
July.
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AGRADECIMENTOS
Ao Prof. Dr. Wagner Maurcio Pachekoski, meu orientador.
Cooper Standard Automotive pelo apoio financeiro e tcnico.
FCC Fornecedora de Componentes Qumicos e Couro Ltda pelo apoio tcnico e
materiais cedidos aos experimentos.
Ao SENAI CIMATEC, pelas condies de realizao deste tra balho. A Prof. Dr.
Carla Dalmolin, pela co-orientao, pacincia e rigor nas correes.
Aos estagirios Marcelo e Taiana, pela motivao, persistncia e colaborao.
Aos colegas de trabalho, Angela, Jean-Marc, Roberto e Regina pelo suporte tcnico.
A todos que de alguma forma contriburam para que este objetivo fosse atingido.
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RESUMO
Atualmente os sistemas de vedao automotiva no Brasil so baseados em
perfis extrudados de borracha EPDM (Ethylene Propylene Diene Monomer). Estes
produtos possuem algumas oportunidades como: I possibili dade de reduo do
peso com eliminao da fita metlica utilizada para garantir a rigidez da estrutura do
perfil; II possibilidade de reduo da rea da seo do perfil e conseqentemente a
reduo do peso do sistema de vedao; III a dificuld ade de reutilizao do refugo
do EPDM no mesmo processo produtivo. Este trabalho analisou alguns polmeros
elastmeros termoplstico (TPE, TPV, TPO e TPU), avaliando as caractersticas e
processabilidade de fabricao de perfis de vedao em esca la de produo para o
uso na indstria automotiva. Os quatro termoplsticos foram extrudados e o TPE e
TPV foram qualificados como materiais adequados para est funo. Foram
realizados ensaios mecnicos e qumicos para a avaliao deste s materiais, que
confirmaram a aptido dos dois TPs para esta funo.
Palavras-chave : vedao automotiva, polmero termofixo, EPDM, termop lsticos
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ABSTRACT
Currently the automotive sealing systems in Brazil are based on extruded
EPDM rubber (Ethylene Propylene Diene Monomer). These products have some
opportunities such as: I - the possibility of reducing weight by eliminating the metal
strip used to ensure the profile structures stiffness; II - the possibility of reducing the
area of the profile section and consequently reducing the weight of the sealing
system; III - the difficulty of reusing EPDM scrap in the same production process.
This paper analyzed some thermoplastic elastomer polymers (TPE, TPV, TPO and
TPU), analyzing the characteristics and manufacturing processes in production scale
of the sealing profile for the use in the automotive industry. The four thermoplastic
polymer were extruded and both TPE and TPV materials were classified as suitable
for this function. Mechanical and chemicals assays were performed the evaluation of
these materials, which confirmed the suitability of two TPs for this function.
Keywords: Automotive Sealing System, Thermoset Polymer, EPDM, Thermoplastic
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LISTA DE TABELAS
Tabela 1 Vantagens X Desvantagens na utilizao de Polmeros 24
Tabela 1.1 Polmeros, Propriedades e Peas, Hemais (2003) 25
Tabela 1.2 Elastmeros Termoplsticos e suas fases 26
Tabela 1.3 Propriedades TPE-O e TPV, com 1% e 2% de enxofre 33
Tabela 1.4 Caractersticas dos materiais 37
Tabela 1.5 Temperaturas dos perfis na extruso 47
Tabela 1.6 Condies de injeo dos corpos de prova (TPE e TPV) 50
Tabela 1.7 Temperatura de extruso, TPO 51
Tabela 1.8 Rugosidade comparativa do TPs 57
Tabela 1.9 Resultado dos ensaios de trao/deforma o 62
Tabela 2 Medio das durezas dos TPs (escala Sh ore A) 64
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LISTAS DE FIGURAS
Figura 1 Percentual de polmeros na composio d e veculos automotivos 23
Figura 1.1 Cadeia Polimrica TPE 31
Figura 1.2 Processos: Borrachas Termofixa X Borrachas Termoplsticas 31
Figura 1.3 Cadeia dos Elastmeros Termoplsticos base poliuretano 34
Figura 1.4 Perfil de Extruso para TPV 49
Figura 1.5 Perfil de extruso para TPU 49
Figura 1.6 Perfil de extruso para TPE 50
Figura 1.7 Perfil de extruso para TPO 50
Figura 1.8 Corpos de prova em envelhecimento 53
Figura 1.9 Extruso de TPE 57
Figura 2 Extruso TPU 58
Figura 2.1 Extruso TPV 59
Figura 2.2 Extruso TPO 59
Figura 2.3 Resultado dos ensaios de extruso 60
Figura 2.4 Corpos de prova (TPE e TPV) 61
Figura 2.5 Grfico comparativo das propriedades de trao do EPDM e TPV 65
Figura 2.6 Corpos de prova aps 500 horas de ensaio s a 80C 66
Figura 2.7 Grfico do ensaio do envelhecimento aps 500 horas a 80 C 66
Figura 2.8 Dureza Shore A EPDM, TPE e TPV 67
Figura 2.9 Medidor de altura 68
Figura 3 Grfico ensaio UV 69
Figura 3.1 Corpos de prova EPDM, TPE e TPV 70
Figura 3.2 Grfico ensaio nevoa salina 71
Figura 3.3 Anlise do fluxo de caixa 71
Figura 3.4 Formao de preo 72
Figura 3.5 Anlise da concorrncia para TPs 74
Figura 3.6 Anlise de riscos 75
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LISTAS DE SIGLAS
ASTM American Society for Testing and Materials
BV Borracha vulcanizada
CIMATEC Centro Integrado de Manufatura e Tecnologia
CO2 Dixido de carbono
DCPD Diciclopentadieno
DP Grau de Polimerizao
ENB Etilidene norborneno
EPDM Etileno Propileno Dieno Monmero
EPM Etileno Propileno Monmero
EPR Borracha Etileno Propileno
EVA Etil vinil acetato
FIEB Federao das Indstrias do Estado da Bahia
HD Hexadieno
HDPE Polietileno de alta densidade
MPa Mega Pascal
MWD Distribuio do peso molecular
P Presso
PA Poliamida
PAN Poliacrilonitrila
PBT Poli teleftalato de butileno
PBT-HI Poli teleftalato de butileno de alto impacto
PC Policarbonato
PE Polietileno
PET Poli tereftalato de etileno
POM Poli xido de metileno
PP Polipropileno
PPS Poli sulfeto de fenileno
PTFE Polietrafluoroetileno
PU Poliuretano
PVC Poli cloreto de vinila
PS Poliestireno
SAE Society of Automobile Engineers
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SBS Poliestireno Butadieno
SIS Poliestireno Isopreno
SEBS Poliestireno etileno-butileno
VOC Compostos Orgnicos Volteis
T Temperatura
Tg Temperatura de transio vtrea
Tm Temperatura de fuso
TPE Elastmero Termoplstico
TPO Elastmero Termoplsticos base Olefnica
TPU Elastmero Termoplstico base Uretano
TPV Elastmero Termoplstico base Uretano
EPDM Ultra alta freqncia
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Sumrio
1 INTRODUO .................................................................................. 15
1.1 Justificativa ..................................................................................... 16
1.2 Objetivos ........................................................................................ 18
1.3 Motivao ..................................... .................................................. 19
1.4 Hipteses ..................................... .................................................. 19
1.5 Metodologia .................................................................................... 20
2 REVISO DA LITERATURA ............................................................. 21
2.1 Polmeros ....................................................................................... 21
2.2 Polmeros na Indstria Automotiva ................................................. 23
2.3 Etileno Propileno Dieno Monmero (EPDM) ...... ............................ 27
2.4 Elastmeros Termoplsticos........................................................... 29
2.4.1 Elastmero termoplstico poliuretano (TPU) ............................... 34
2.4.2 Propriedades mecnicas ...................... ....................................... 35
2.4.3 Elastmero termoplsticos vulcanizado (TPV) ............................. 36
2.4.4 Elastmeros termoplsticos olefnicos (TPO) .............................. 37
2.4.4.1 Distribuio das fases no composto TPO .... ............................. 38
2.4.4.2 Condies de processamento do TPO ......... ............................ 38
2.4.4.3 Caractersticas do TPO ............................................................ 39
2.4.4.4 Aspectos e aplicaes do TPO .............. ................................... 40
2.5 Processamento de Termoplsticos ................................................. 41
2.5.1 Extruso de termoplsticos .......................................................... 41
2.5.2 Injeo de termoplstico .............................................................. 44
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3 MATERIAIS E MTODOS ............................. ................................... 47
3.1 Materiais ......................................................................................... 47
3.2 Mtodos .......................................................................................... 48
3.2.1 Secagem ..................................................................................... 48
3.2.2 Extruso .................................... .................................................. 49
3.2.3 Resfriamento ............................................................................... 50
3.2.4 Tracionamento ............................................................................. 51
3.2.5 Corte em linha ............................................................................. 51
3.2.6 Obteno dos corpos de prova ................ .................................... 51
3.2.6.1 Injeo ................................... ................................................... 51
3.2.6.2 Estampagem ............................................................................ 52
3.2.7 Ensaio de trao ............................ .............................................. 52
3.2.8 Ensaio de dureza ......................................................................... 52
3.2.9 Dimensionamento ........................................................................ 53
3.2.10 Envelhecimento trmico ................... ....................................... 53
3.2.11 Exposio umidade ...................... ....................................... 54
3.2.12 Rugosidade ............................... ............................................. 54
3.2.13 Resistncia a UVA e UVB ....................................................... 55
4 RESULTADOS E DISCUSSO ........................................................ 56
4.1 Processo de Extruso .......................... ........................................... 56
4.2 Injeo ....................................... ..................................................... 61
4.3 Ensaios de Rugosidade Superficial ................................................ 61
4.4 Ensaios Mecnicos ............................. ............................................ 62
4.5 Ensaios de Tenso / Deformao ................ ................................... 63
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4.6 Ensaio de Envelhecimento Trmico................................................ 65
4.7 Ensaio de Dureza ........................................................................... 67
4.8 Dimensionamento ........................................................................... 68
4.9 Ensaio de Estabilidade a Ultravioleta .............................................. 69
4.10 Ensaio de Estabilidade em Nvoa Salina ..................................... 69
4.11 Anlise de Viabilidade Financeira ................................................. 71
4.11.1 Anlise de viabilidade de mercado ............................................ 72
4.11.2 Impactos indiretos ...................................................................... 73
4.11.3 Anlise de viabilidade tcnica .................................................... 73
4.11.4 Anlise de viabilidade econmica .............................................. 74
4.11.5 Anlise da concorrncia e riscos ............................................... 74
5 CONSIDERAES FINAIS .............................................................. 76
5.1 Contribuies.................................. ................................................ 76
5.2 Atividades Futuras de Pesquisa ..................................................... 77
6 REFERNCIAS ................................................................................. 78
APNDICES ........................................................................................ 81
ANEXOS .............................................................................................. 96
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1 INTRODUO
Os polmeros representam a imensa contribuio da Qumica para o
desenvolvimento industrial do sculo XX. Em torno de 1920, Staudinger apresentou
trabalho em que considerava, embora sem provas, que a borracha natural e outros
produtos de sntese, de estrutura qumica at ento desconhecida, eram na verdade
materiais consistindo de molculas de cadeias longas, e no agregados coloidais de
pequenas molculas, como se pensava naquela poca.
Somente em 1928 foi definitivamente reconhecido pelos cientistas que os
polmeros eram substncias de elevado peso molecular. A inexistncia de mtodos
adequados para a avaliao do tamanho e da estrutura qu mica no permitiam que
molculas de dimenses muito grandes fossem isoladas e definidas cientificamente
com preciso. Por esta razo, em literatura antiga, enc ontra-se a expresso high
polymer para chamar a ateno sobre o fato de que o composto considerado tinha,
realmente, peso molecular muito elevado. Atualmente, no mais necessria essa
qualificao.
Desde a II guerra mundial tem havido uma grande expanso das indstrias de
polmeros e produtos plsticos, adotando-se novos usos e tecnologias para estes
materiais. Rapidamente os polmeros substituram os materiais tradicionais como
metais, vidro e a madeira nos mais diversos campos de aplicao, incluindo as
indstrias automobilsticas, eletroeletrnica e da construo civil e em produtos com
aplicaes especiais e militares. O espetacular crescimento do mercado de
plsticos, no incio dos anos 1970, foi resultado no apenas da descoberta de novos
plsticos, mas tambm da refinao e da segmentao do s materiais estabelecida.
Desta maneira, os plsticos deixaram de ser considerados como apenas material de
substituio, para fornecer novos benefcios de custo. A vi so de consenso dos
benefcios do plstico pode ser verificada, por exemplo, em suas vantagens para a
indstria automotiva: economia, reduo de peso, potencial estilo, design funcional,
efeitos novos, manuteno reduzida e resistncia corros o.
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Entre os principais polmeros utilizados na indstria automotiva esto os
elastmeros, definidos como polmeros que apresentam alta deformao sob
esforos relativamente baixos e voltam rapidamente ao esta do inicial quando cessa
o esforo deformante. Em automveis, elastmeros so a mplamente usados nos
compartimentos do motor debaixo do cap, com as borracha s naturais, ou como
mangueiras e vedaes de carroaria com as borrachas sint ticas.
Entre os compostos elastomricos de maior importncia na indstria
automotiva encontra-se a Borracha de Etileno-Propileno-Dieno (EPDM), dominante
no segmento de vedaes de carroaria e mangueiras de r adiadores, devido a
facilidade de extruso para perfis de vedao alm da exce lente resistncia
absoro de gua, combinada com boas propriedades mecni cas e custo
relativamente baixo. Porm, a conformao de perfis de EDPM demanda um alto
tempo de cura e altos gastos energticos devido a necessidade de cura. O produto
final conformado ainda um elastmero termofixo, onde seus resduos no podem
ser reaproveitados e as peas descartadas no podem ser reci cladas por tcnicas
convencionais.
Desta maneira, pretende-se, neste trabalho, estudar opes de elastmeros
termoplsticos para a substituio do EPDM no setor automotivo. As substituies
sero focadas em vedaes de vidros mveis (melhorando ou m antendo o
desempenho do sistema de vedao) e visando uma melhoria de processo
(eliminando o tempo de cura). Ganhos ambientais sero a inda conseqentes desta
substituio, oriundos da economia energtica gerada e d a possibilidade de
reciclagem dos resduos de processo e futuras peas descartada s.
1.1 Justificativa
Como justificativas tcnicas que corroboram para este trabalho destacam-se:
A necessidade de reduo de peso dos sistemas de vedao f abricados
em EPDM e, conseqentemente, dos veculos automotivos dota dos
destes sistemas;
A necessidade da eliminao da estrutura metlica necessria para
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garantir a rigidez estrutural do perfil de EPDM, justificada pelo potencial
de corroso veicular que as mesmas apresentam;
A restrio durante o processamento do EPDM, que no p ermite
acoplamento de funes devido temperatura elevada nec essria para
a vulcanizao dos perfis;
A dificuldade de obter cores diferentes do preto, devido a formulao do
EPDM, que utiliza o negro de fumo como carga;
O tempo de elevado de processamento para a vulcaniza o do EPDM;
A necessidade de elevado espao fsico para a vulcaniza o do EPDM
em linhas de fornos/tneis;
O elevado consumo de energia para o processamento (vulcanizao) do
EPDM;
A impossibilidade de reutilizao do refugo do EPDM n o mesmo
processo produtivo;
A alta emisso de gases (VOC) para atmosfera, durante o
processamento do EPDM.
Financeiramente a contribuio deste trabalho justi ficada pelo comparativo
entre os custos de matria prima: EPDM e os Termoplsticos utilizados para os
sistemas de vedao de vidros mveis e os respectivos processos produtivos de
extruso de elastmeros. Assim estima-se que o custo dos pro cessos reduzir,
obtendo produtos com desempenhos similares de cada funo , respeitando os
mesmos padres de qualidade, o produto final em materi al termoplstico dever ter
um custo reduzido em aproximadamente 15% em Canaletas, 12% em Pestanas
Externa e 10% para as Pestanas Interna quando comparados com a soluo em
EPDM. A estimava que o custo dos processos ser reduzido, obtendo produtos com
desempenhos similares para as mesmas funes, graas a melho ria do processo e
da reutilizao de material.
Os ganhos ambientais baseiam-se na possibilidade de reciclagem do
termoplstico, reduo dos resduos slidos e emisso de ga ses poluentes durante
o processamento, comparados soluo atual em EPDM, visand o o
desenvolvimento sustentvel.
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A impossibilidade de reutilizao do EPDM no processo pro dutivo primrio
aliado emisso de gases para atmosfera, durante o pr ocessamento, e seu
descarte para a atmosfera aliceram as justificativas ambi entais.
Ainda, pode-se justificar a importncia social deste trab alho atravs da
possibilidade de reciclagem do termoplstico e as redues dos impactos
ambientais, comparados soluo atual em EPDM. Isto rep resenta um ganho direto
para a comunidade, minimizando a gerao de resduos sl idos e a emisso de
gases nocivos, representando um grande ganho para o desenvolvimento sustentvel
da sociedade.
1.2 Objetivos
Geral
O objetivo geral deste trabalho estudar a viabilidade de substituio de
borracha termofixa de etileno-propileno-dieno (EPDM) por elastmeros
termoplsticos em vedaes automotivas para vidros mveis.
Especficos
1. Com base nas caractersticas do EPDM, propor borrachas termoplsticas que
possam apresentar um bom desempenho no sistema de vedao para vidros
mveis de carroarias automotivas.
2. Avaliar a processabilidade dos materiais propostos.
3. Avaliar as propriedades e caractersticas funcionais (mecnicas, trmicas,
qumicas e de estanqueidade) destes termoplsticos que possam possibilitar seu
uso em sistemas de vedao de vidros automotivos.
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1.3 Motivao
A principal motivao aportar o conhecimento acadmico para aplicaes
industriais tradicionalmente empricas. Os processos de fabricao de perfilados em
EPDM, para vedao automotiva so baseados nas experinci as no documentadas
de profissionais do segmento de autopeas. Desta forma a quebra deste paradigma
o propulsor deste trabalho, aliada a perspectiva de uma parceria inovadora na
regio metropolitana de Salvador, unindo esforos ent re a academia e indstria.
1.4 Hipteses
As pesquisas aos trabalhos similares identificadas internacionalmente, indica
uma tendncia do mercado automotivo europeu, norte americano e asitico de
utilizao dos termoplsticos em substituio aos materiais m etlicos e termofixos,
objetivando a reduo de peso, custo total do produt o e os impactos ambientais na
fabricao dos produtos atuais.
Isto nos leva a questionar quais materiais termoplsticos podem substituir o
termofixo EPDM (Etileno Propileno Dieno Monmero), n a funo vedao
automotiva para portas e vidros mveis em carroarias auto motivas no Brasil.
As hipteses de materiais preliminares, ainda no aplica dos no Brasil nesta
funo, foram os elastmeros termoplsticos abaixo, que j esto disponveis no
mercado local:
- TPE (termoplstico polipropileno e poliestireno etileno-butileno)
- TPV (termoplstico polipropileno com EPDM)
- TPO (termoplstico polipropileno com olefnicas)
- TPU (termoplstico polipropileno e uretano)
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1.5 Metodologia
A dissertao est dividida em cinco captulos: introdu o, reviso da
bibliografia, materiais e mtodos, discusses dos resultados e concluso.
O primeiro captulo introduz o estudo da situao atual do mercado automotivo,
na rea de vedao de carroarias, elucida a motivao e as hipteses identificadas
para melhorar a condio atual.
O segundo captulo revisa a bibliografia dos polmeros estudados, suas
aplicaes na indstria automotiva e o elastmero mais utilizado atualmente para
vedaes de carroarias automotivas no mercado brasileiro.
O terceiro captulo apresenta os materiais e mtodos utilizados para a
realizao deste estudo.
O quarto captulo relata os resultados e discute de forma levar o leitor para a
tica do pesquisador.
O quinto e ltimo captulo apresenta as concluses da pesquisa, consideraes
finais e oportunidades para novos estudos a serem desenvolvidos nesta rea.
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2 REVISO DA LITERATURA
Analisando os trabalhos disponveis na literatura Ala m (2005), Zhou (2007),
Yue (2007), Nadgi (1993), entre outros observa-se q ue poucos autores, discutem a
melhoria contnua incremental, visando solues mais am igveis ao meio ambiente
para produtos ou sistemas de vedao automotivos fabricados em EPDM e os
potenciais ganhos obtidos com a utilizao de materiais te rmoplsticos.
2.1 Polmeros
A palavra polmero deriva das palavras de origem grega poli (muitos) e mero (unidade de repetio). Assim, um polmero uma m acromolcula composta por muitas (dezenas de milhares) unidades de repetio denominadas meros, ligados por ligao covalente e com massa molecular maior que 10.000 g/mol. A matria-prima para a produo de um polmero o monmero, isto , uma molcula com uma (mono) unidade de repetio. Dependendo do tipo de monmero (estrutura qumica), do nmero mdio de meros por cadeia e do tipo de ligao covalente, po demos dividir os polmeros em trs grandes classes Plsticos, Borrachas e Fibras (CANEVAROLO, 2002).
Ainda segundo o autor, os polmeros podem ser classificados, quanto ao
comportamento mecnico, em:
Plsticos so materiais polimricos slidos na temperatura ambie nte. Podem
ser classificados segundo propriedades trmicas em termoplsticos e termorrgidos.
Termoplsticos: so polmeros que, sob efeito de temperatura e presso ,
amolecem e fluem, podendo der moldados nestas condie s. Retirada a solicitao
(T e P), se solidificam adquirindo a forma do molde. Novas aplicaes de
temperatura e presso reiniciam o processo, portanto s o reciclveis. So solveis e
possuem cadeia linear ou ramificada. Como exemplo pode-se citar o polietileno
(PE), polipropileno (PP), poli cloreto de vinila (PVC) entre outros.
Termorrgidos tambm conhecidos por termofixos, termoendurecido, polmero
de rede ou em retculo, so polmeros que, quando suj eito a aplicao de
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temperatura e presso, amolecem e fluem adquirindo a forma do molde reage
quimicamente formando ligaes cruzadas entre as cadeias e se solidificam.
Subseqentes aplicaes de temperatura e presso no t m mais influncia,
tornando-os materiais insolveis, infusveis e no reciclveis. Assim, os
termorrgidos so moldados quando ainda na forma de p r-polmero (antes da cura,
sem ligaes cruzadas). So exemplos de termofixos a baquel ite (resina de fenol-
formaldedo) e o epxi (araldite).
Elastmeros so polmeros que, na temperatura ambiente, podem d eformar-
se no mnimo duas vezes o seu comprimento inicial, retornando ao comprimento
original rapidamente aps retirado o esforo. Para ap resentar essas caractersticas,
os elastmeros normalmente possuem cadeias flexveis amarrad as umas as outras,
com uma baixa densidade de ligao cruzada. Isto define as seguintes propriedades
bsicas: aceita grandes deformaes, mantendo boa resistncia mecnica e mdulo
de elasticidade quando deformado e aps retirado o esfo ro, a recuperao total da
deformao. Como principal exemplo, tem-se a BV (borrach a vulcanizada), termo
genrico utilizado para qualquer elastmero ou mistura de elastmeros aps a
formao das ligaes cruzadas (vulcanizao).
Fibras so termoplsticos orientados (com um sentido longitudinal do eixo
principal da fibra), satisfazendo a condio geomtrica de L/D > = 100. A orientao
das cadeias e dos cristais, feitas de modo forado durante a fiao, aumenta a
resistncia mecnica desta classe de materiais, tornando-os possveis de serem
usados na forma de fios finos, Com exemplos, tem-se as fibras de poliacrilonitrila
(PAN), Nylons (PA), Polister (PET).
A estrutura do estado slido em polmeros consiste no mod o como as cadeias
moleculares esto empacotadas, formando a massa slida. Est e pode ser
desordenado, formando a fase amorfa, ou ordenado, regular e repetitivo, definindo a
fase cristalina. Assim a cristalinidade em polmeros consiste no alinhamento de
segmentos de cadeias em um arranjo tridimensional perfeito.
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A maioria das propriedades fsicas, mecnicas e ter modinmicas dos polmeros semicristalinos depende muito do grau de cristalinidade e da morfologia das regies cristalinas. Quanto maior a cristalinidade, mais elevadas so as propriedades de densidade, rigidez, estabilidade dimensional, resistncia qumica, resistncia abraso, temperatura de fuso (Tm), temperatura vtrea (Tg), temperatura de utilizao, etc (CANEVAROLO, 2002).
2.2 Polmeros na Indstria Automotiva
Desde 1845 quando os irmos Michelin patentearam o prim eiro pneu, os
polmeros/elastmeros comeam a fazer parte da indstria automotiva. Segundo
Maine (1997), at a dcada de 1950, o ao compunha a maioria das peas na
fabricao de um automvel, chegando a ocupar 80 % do p eso total de um carro. A
mdia de 30 kg de polmeros empregada por veculo na dcada de 1970 passou a
representar cerca de 180 kg no final da dcada de 1990 (APC, 1990).
A soma dos plsticos e elastmeros, conforme a Figura 1 demonstra que
aproximadamente 16% do peso mdio de um veculo composto por polmeros,
conforme a Tabela 1, reservatrios de fluidos, condutos de ar, calotas, lanternas,
dentre outros so produzidos com este famlia de materia l.
Figura 1: Percentual de polmeros na composio de veculos automotivos.
Fonte Automotive News, com base na FIAT Automveis, 2010.
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24
Ao longo dos anos, a busca por reduzir o peso dos veculos, minimizar os
custos de produo e o anular impacto destes processos de tra nsformao no meio
ambiente pode-se observar a evoluo na utilizao dos po lmeros, dentre outros
materiais que oferecem estas vantagens, Figura 1.
Tabela 1: Evoluo dos materiais na in dstria automotiva Fonte Automotive News maio 2011, com base no Plastics Europe 2010
A Tabela 1 mostra exemplos de como os plsticos tm demonstrado um alto
ndice de confiabilidade e muitas vantagens sobre os materiais tradicionais que
vieram a substituir, tais como o ao, o alumnio e o vidro . Alm de permitir maior
flexibilidade de projeto e economia na produo, sua b aixa densidade essencial
para a reduo do consumo de combustveis. Aproximadamen te, para 100 kg de
peas plsticas utilizadas em um veculo, 200 a 300 kg de outros materiais deixam
de ser consumido, o que se reflete em seu peso final. Assim, um automvel, com
uma vida til de 150 mil quilmetros, poder economizar 750 litros de combustvel
devido utilizao dos plsticos (APME, 1999).
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25
Tabela 1.1 Vantagens X Desvantagens da utilizao dos Plsticos x Metais
Segundo Maxwell (1994), o crescimento dos plsticos na composio dos
carros alavancou aps a Segunda Guerra Mundial com a de scoberta de novos
materiais e com os benefcios oferecidos pelos plsticos, como melhores formas e
aspecto, reduo de peso, resistncia corroso, entre outr os. Alm dos benefcios
citados por Maxwell, a Indstria automotiva moderna busca tambm a
sustentabilidade e o desenvolvimento durvel para o meio ambiente, protegendo
assim as prximas geraes. A Tabela 1.1 mostra, resumidamen te, as principais
caractersticas na utilizao dos polmeros segundo a propost a por Hemais (2003) e
apresentam alguns polmeros utilizados na indstria automobilstica, com as
propriedades que so vantagens competitivas neste segment o.
VANTAGENS DESVANTAGENS
Reduo do peso Deteriorao por ao trmica e amb iental
Reduo da emisso de CO2 Inflamabilidade
Reduo de custo Baixa resistncia ao impacto
Reduo do tempo de produo Deformao permanente
Menores investimentos em manufatura Dificuldade de adeso de pelcula de tinta
Aumento da resistncia corroso Facilidade de manchas permanentes
Possibilidade de designs mais modernos Baixa estabilidade dimensional
Formatos mais complexos
Excelente processabilidade
Veculo mais silencioso
Melhor uso do espao
Aumento de segurana
-
26
Polmeros Propri edades Peas Polietileno de alta densidade (HDPE)
Resistncia ao calor Resistncia a solventes Baixa permeabilidade Boa processabilidade Baixo custo
Bombona de reserva Caixa de tringulo de emergncia Reservatrio de gua do pra-brisa Tanque de combustvel
Polipropileno (PP) e suas composies
Alta resistncia qumica solventes Boa estabilidade dimensional Flexibilidade Durabilidade Baixos custos Excelente balano impacto/rigidez Boa resistncia s intempries Boa resistncia a riscos
Bandeja traseira Caixa de bateria Caixa de ferramentas Calotas Condutos de ar Depsito de fludo de freio Frisos laterais Protees (correias, ventilador e etc.)
Polmeros fluorados Politetrafluoroetileno (PTFE) e suas composies
Alta resistncia trmica Resistncia a leos Resistncia a agentes qumicos
Bomba de combustvel eltrica Guia do pisto do amortecedor
Poli (teleftalato de butileno) (PBT) Poli (teleftalato de butileno de alto impacto) (PBT-HI)
Boa resistncia mecnica Boa resistncia trmica Boa estabilidade dimensional Baixa absoro de gua Isolamento eltrico
Calota Carcaa de bomba dgua Pra-lama Grades Pisto do servo-freio
Policarbonato (PC) Semelhante ao vidro Alta resistncia ao impacto Boa estabilidade dimensional Boas propriedades eltricas Boa resistncia s intempries Resistncia chama Capacidade de refletir a luz Estabilidade a radiaes de ultravioleta
Faris Lanternas Painel de instrumento Retrovisores
Poliuretano (PU) Excepcional resistncia a abraso Absorvedor de energia Isolamento acstico Fcil processabilidade
Pra-choque Estofado dos bancos Coxins Tapes Suporte do motor Enchimento do pra-choque
Poliamida (PA) Boa processabilidade Resistncia tenso Resistncia a alta temperatura Excelente estabilidade dimensional
Dutos de captao de ar Engrenagens Conectores de sistema de injeo Sistema de freio de estacionamento Escaninho do airbag
Etileno Propileno Dieno Monmero (EPDM)
Boa processabilidade Resistncia alta temperatura Boa resistncia s intempries Baixa absoro de gua
Vedaes de Carroarias Mangueiras Coxins
Tabela 1.2 Polmeros, propriedades e peas da ind stria automotiva
-
27
Nota-se que atualmente os sistemas de vedao automotiva s o produzidos
como o elastmero termorrgido EPDM. Entretanto, a bu sca constante por redues
de custo, e peso, alm dos ganhos ambientais, induz a inovao, com a utilizao
de polmeros termoplsticos nesta funo.
2.3 Etileno Propileno Dieno Monmero (EPDM)
O elastmero EPDM pertence ao grupo genrico das borrachas etileno-
propileno, que ainda engloba duas outras variedades: terpolmeros (polmero onde a
cadeia principal formada por trs meros diferentes) e os copolmeros (polmero
onde a cadeia principal formada por dois meros diferentes). Morton (1989), Nagdi
(1987) e Barlow (1988) afirmam que o rpido crescimento do consumo de borracha
de EPDM tem como principal causa as suas excelentes propriedades, tais como:
resistncia ao oznio, intemprie, oxidao, boa fl exibilidade a baixas
temperaturas (dependendo do teor em etileno), isolamento eltrico, fcil
processamento (mistura, extruso ou injeo), possibilida de de ser formulada com
grandes quantidades de cargas (negro de fumo ou cargas brancas).
Os copolmeros so geralmente referidos como borrachas E PM, nas quais as
letras E e P significam respectivamente, etileno e p ropileno, enquanto que a letra
M significa que a borracha tem uma cadeia saturada do tipo polimetileno (-(CH2) x-).
temperatura ambiente, o polietileno um polmero semicristalino. Mas se interferirmos na sua cristalizao, ou seja, se inc orporarmos na cadeia do polmero elementos que impeam a cristalizao, a t emperatura de transio vtrea (T g) pode ser reduzida para valores inferiores tempe ratura ambiente (Hofmann, 1989). Estes materiais possuem como caracterstica serem completamente amorfos e vulcanizveis para propores entre 45% a 60% de etileno. Se o contedo em etileno for da ordem de 70% a 80%, os polmeros contm longas seqncias de etileno particularmente cristalinas, e o seu comportamento em processamento difere muito do apresentado pelos polmeros amorfos (HOFMANN, 1989).
Devido sua elevada massa molar os EPMs s podem ser vulcan izados com
perxidos orgnicos (Morton, 1989) (Nagdi, 1987) (Barlo w, 1988) (Hofmann, 1989).
Uma vez que a vulcanizao da borracha de EPM com per xido apresenta
algumas desvantagens, foi desenvolvido um mecanismo de reao do etileno-
propileno com um dieno, possibilitando a vulcanizao com enxofre e aceleradores
-
28
convencionais. O produto da polimerizao assim obtido denominado EPDM,
terpolmero composto por trs unidades de monmeros: etileno, propileno e dieno.
Nos terpolmeros, usualmente referidos como borracha de EPDM, as letras E, P e M tm o mesmo significado que anteriormente referido, designando a letra D o terceiro monmero, um dien o, que introduz insaturao na cadeia. Os EPDMs so, portanto, EPMs insaturados (MORTON, 1989) (NAGDI, 1987).
O EPDM usado na indstria automobilstica em grande escala, sob a forma
de bandas de rodagem, tubos, mangueiras para radiadores, perfis para vedao de
vidros e portas, dentre outras utilizaes onde o fundame ntal seja uma boa
resistncia ao oznio e intemprie. Pela extrema versatilidade, esses polmeros
so usados em composies termofixas para perfis, gaxetas e selos automotivos,
mangueiras de radiador, correias transportadoras, membranas para
impermeabilizao e isolamento eltrico, mangueiras para gua, vapor e outros
lquidos polares. A borracha de EPDM tambm utilizada nos segmentos de cabos
e fios, construo e leos aditivos.
Para melhorias de propriedades, o EPDM acoplado a outros polmeros, em
sua maioria termoplstica, adquirindo boas caractersticas para otimizao funcional.
As maiores aplicaes para o PP modificado com EPDM encon tram-se na indstria
automobilstica, na fabricao de pra-choques, painis de instrumentos e ponteiras
de pra-choques. Atualmente o elastmero mais utilizado na modificao do PP o
EPDM, um copolmero de eteno-propeno e um terceiro monmero pendente na
cadeia principal do polmero. Este terceiro monmero um dieno que tem como
principal objetivo introduzir pontos de insaturao na cadeia do polmero, permitindo
sua vulcanizao pelos sistemas usuais de aceleradores e enxof re.
Dentre as caractersticas do EPDM, as desvantagens que motivam a
substituio por um polmero termoplstico podem destacar:
Necessidade de estrutura metlica para garantir a rigidez do perfil;
No permite acoplamento de funes devido temperatu ra elevada para
a vulcanizao do EPDM;
Tempo elevado de processamento;
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29
Necessidade de espao fsico para a vulcanizao do EPDM;
Custo de manuteno elevado;
Consumo energtico;
Impossibilidade de reutilizao do refugo do EPDM no mesmo processo
produtivo;
Dificuldade de reciclagem do termorrgido EPDM;
Resistncia ao impacto;
Zoetelif e Teeuwen (2003) analisaram elastmeros term oplsticos (TPE), que
podem ser fabricados usando processos comuns de moldagem por injeo.
De acordo com Kim et al (2001), guarnies so instalad as nas carrocerias e
portas automotivas para prevenir infiltrao de gua, selar a entrada de rudo
externos, minimizar a vibrao das janelas, e prover melh or capacidade de absoro
do impacto das portas na carroceria. A geometria do perfilado, material e
caractersticas das vedaes definem a concepo do sistema de vedao, e que
afetam o desempenho e durabilidade do automvel e as condies de vedao.
O TPE foi desenvolvido posterior aos plsticos, eles so amplamente utilizados
em muitas aplicaes devido s vantagens por eles oferecidas.
2.4 Elastmeros Termoplsticos
Os elastmeros termoplsticos constituem uma famlia de materiais de engenharia que estabelecem uma ponte entre as famlias dos materiais plsticos e dos materiais elastomricos (Tormento, 2010). So tambm designados por borracha termoplstica. Um elastmero termoplstico (TPE) uma mistura de polmeros ou composto, que acima da sua temperatura de fuso, exibe um carter termoplstico. Isso lhe permite ser moldado e transformado em produtos finais, dentro de uma definida gama de temperaturas, sem que tenha ocorrido qualquer processo de reticulao durante a fabricao, possuindo um comportamento el astomrico. Este processo reversvel e os produtos podem ser reprocessados, moldados novamente, sendo esta a maior diferena em relao ao elastmero vulcanizado que formado por ligaes cruzadas que impedem o reprocessamento deste material (DUPONT, 1963).
-
30
Podemos dizer que elastmeros termoplsticos so polmeros que combinam a
elevada capacidade de deformao elstica caracterstica das borrachas
vulcanizadas, com as condies de transformao mais favorve is dos materiais
termoplsticos. Isto acontece atravs da criao de uma estrutura de copolmeros de
bloco, ocorrendo alternncia de segmentos de cadeia muito elsticos (que
conferem as propriedades caractersticas da borracha vulcanizada).
Os elastmeros termoplsticos (TPEs) possuem como vantagem sobre os tipos termofixos convencionais (vulcanizados) o processamento de maneira fcil e rpida. Alm disto, a reciclabilidade dos rejeitos, menor custo de energia para o processamento, a disponibilidade de padres e tipos uniformes (no disponveis nos termofixos) so tamb m aspectos vantajosos a serem considerados (DUPONT, 1963).
Na Figura 1.1 observa-se os segmentos que apresentam uma grande rigidez e
coeso a temperatura ambiente (caracterstica dos materi ais plsticos). A estrutura
do copolmero desempenha, temperatura ambiente, um papel semelhante a das
borrachas vulcanizadas (com ligaes cruzadas que impedem o deslocamento
relativo das cadeias moleculares) sob a ao de foras apli cadas. Quando a
temperatura elevada acima da sua temperatura de transio vtrea (Tg) ou da sua
temperatura de fuso cristalina (Tm), essas ligaes, por serem estritamente de
natureza fsica, perdem a sua coeso e permitem que o ma terial adquira certa
fluidez e possa ser conformado por extruso, por inje o, calandragem ou
moldagem. Aps arrefecimento, o material volta a adqui rir as propriedades
caractersticas de um elastmero. Para alm de se prescindi r de um processo de
vulcanizao, todo o material no transformado em peas, Figura 1.2, tais como
rebarbas, peas defeituosas, refugos e etc., podem ser re ciclados e/ou reutilizados
na produo. (Dupont, 1963).
-
Figura 1.2 - Processos: Borracha Termofixa x Borracha Termoplstica
Basicamente, existem atualmente sete grandes famlias de elastmeros
termoplsticos, que so apresentadas na
esto dispostos em trs principais classes: o estireno
(SEBS), termoplsticos vulcanizados (TPVs) e poliuretanos termoplsticos (TPUs)
que estaro descritos posteriormente conforme a con stituio, pr
Figura 1.1: Cadeia polimrica TPE
Processos: Borracha Termofixa x Borracha Termoplstica
Basicamente, existem atualmente sete grandes famlias de elastmeros
que so apresentadas na Tabela1. 3. Os elastmeros termoplsticos
esto dispostos em trs principais classes: o estireno-etileno/butileno
(SEBS), termoplsticos vulcanizados (TPVs) e poliuretanos termoplsticos (TPUs)
que estaro descritos posteriormente conforme a con stituio, pr
31
Processos: Borracha Termofixa x Borracha Termoplstica
Basicamente, existem atualmente sete grandes famlias de elastmeros
Os elastmeros termoplsticos
etileno/butileno-estireno
(SEBS), termoplsticos vulcanizados (TPVs) e poliuretanos termoplsticos (TPUs)
que estaro descritos posteriormente conforme a con stituio, pr opriedades e
-
32
aplicaes. Como fatores comuns nestes tipos de materiai s, podemos realar
existncia de um polmero de natureza elstica e a existncia de um polmero de
natureza elstica e, existncia de um polmero de natureza rgida. Podemos tambm
observar que nas cinco primeiras famlias, o nome o do polmero constituinte da
fase rgida.
Os TPEs so moldados e extrudados em equipamentos p adres para o processamento de plsticos em ciclos consideravelmente curtos em relao aqueles requeridos para moldagem por compresso ou transferncia de borrachas convencionais. Estes polmeros so produz idos pela copolimerizao de dois ou mais monmeros, utilizan do tanto a tcnica de polimerizao em bloco como grafitizao. Um dos mo nmeros desenvolve a parte rgida, ou cristalina, seguimentos que funcionam como componentes termicamente estveis (os quais amolecem e flui sob cisalhamento, tal como imposto na reticulao qumica entre as cadeia s polimricas de borracha convencional termofixa); o outro monmero desenvolve o segmento macio, ou amorfo, o qual contribui para as caractersticas elsticas. As propriedades podem ser controladas variando a proporo dos monmeros e o comprimento dos seguimentos rgidos e macios. Tcnicas de blocagem criam molculas de longas cadeias com vrias seqncias, ou blocos, de seguimentos rgidos e macios; mtodos de grafitizao envolvem a grafitizao de uma cadeia polimrica em outra co m ramificao. As tcnicas de grafitizao oferecem mais possibilidad es de variar o copolmero, pois tanto o esqueleto da cadeia como as ramificaes grafitizadas podem ser elsticos, vtreos duros, ou ambos (TORMENTO, 2010).
-
33
Fase Rgida Fase Elstica Exemplo
Poliestirnicos Poliestireno Polibutadieno,
poliisopreno ou
polietileno butileno
SBS, SIS,
SEBS
Poliolefnicos Polipropileno EPM ou EPDM TPE-O
Poliuretanos Poliuretano Polisteres ou
politeres
TPU
Polisteres Polister
(Polietileno ou
butileno
tereftalato)
Politer COPE
Poliamidas Poliamida Politer PEBA
Vinilos PVC EVA ou TPE EVA/VC
TPE/PVC
Ligas
Polimricas
(TPV)
Polipropileno Borrachas
vulcanizadas (NR,
NBR, EPDM, CIIR)
PP NR TPV
PP NBR TPV
PP EDPM
TPV PP CIIR
TPV
Amida ou
Polister
Borracha de
silicone
vulcanizada
TPSV
Tabela 1.3 Elast meros Termoplsticos e suas fases
Os polmeros que apresentam caractersticas similares ao EPDM e que foram
escolhidos como objetos de estudo foram: TPE, Polipropileno + SEBS; TPO,
polipropileno olefnicos; TPU poliuretano e TPV, polipropileno com borracha
vulcanizada.
Estes materiais foram inicialmente identificados como potenciais substitudos
devido densidade, custo de processamento, capacidade de alongamento e
possibilidade de reutilizao no processo produtivo dos me smos.
-
2.4.1 Elastmero termoplstico poliuretano (TPU
Elastmero Termoplstico Uretano, consiste de blocos alternados em rgidos e
macios, ligados quimicamente pelo uretano nos blocos rgidos e ter, liga
misturados com carbonatos ou ster aos blocos macios.
Estes polmeros so constitudos por seqncias de um polmero de
caractersticas elsticas, flexveis e amorfas, de polisteres (como o poliadipato de
polietileneglicol), ou de polisteres
E segmentos rgidos e com uma alta densidade de grupos de uretano, produzidos
pela reao de um diisocianato com um glicol de cad eia curta (Figura
(Tormento, 2010).
Assim o TPO apresenta
como a capacidade de deformao, preenchendo os vo s entre as carrocerias
automotivas.
Figura 1.3: Cadeia dos elastmeros termoplsticos base poliuretano.
Os grupos uretano apresentam, devido s suas fortes interaes entre eles e tambm pelo estabele cimento de pontes de hidrognio entre os grupos NH e CO. Por este fato, constituem a temperatura ambiente domnios rgidos que atuam simultaneamente como agentes reticulantes e tamcomerciais de elastmeros termoplsticos de uretano diferenciamnatureza das fases elstica e rgida e pela proporo relativa destas fases (TORMENTO
Elastmero termoplstico poliuretano (TPU
Elastmero Termoplstico Uretano, consiste de blocos alternados em rgidos e
macios, ligados quimicamente pelo uretano nos blocos rgidos e ter, liga
misturados com carbonatos ou ster aos blocos macios.
Estes polmeros so constitudos por seqncias de um polmero de
caractersticas elsticas, flexveis e amorfas, de polisteres (como o poliadipato de
polisteres (como o polibutileneglicol ou polipropileneglicol)
segmentos rgidos e com uma alta densidade de grupos de uretano, produzidos
pela reao de um diisocianato com um glicol de cad eia curta (Figura
Assim o TPO apresenta caractersticas importantes para sistemas de veda o,
como a capacidade de deformao, preenchendo os vo s entre as carrocerias
: Cadeia dos elastmeros termoplsticos base poliuretano.
Os grupos uretano apresentam, devido s suas caractersticas polares, fortes interaes entre eles e tambm pelo estabele cimento de pontes de hidrognio entre os grupos NH e CO. Por este fato, constituem a temperatura ambiente domnios rgidos que atuam simultaneamente como agentes reticulantes e tambm como elementos auto-reforantes. Os tipos comerciais de elastmeros termoplsticos de uretano diferenciamnatureza das fases elstica e rgida e pela proporo relativa destas fases TORMENTO, 2010).
34
Elastmero Termoplstico Uretano, consiste de blocos alternados em rgidos e
macios, ligados quimicamente pelo uretano nos blocos rgidos e ter, ligados ou
Estes polmeros so constitudos por seqncias de um polmero de
caractersticas elsticas, flexveis e amorfas, de polisteres (como o poliadipato de
mo o polibutileneglicol ou polipropileneglicol).
segmentos rgidos e com uma alta densidade de grupos de uretano, produzidos
pela reao de um diisocianato com um glicol de cad eia curta (Figura 1.3)
caractersticas importantes para sistemas de veda o,
como a capacidade de deformao, preenchendo os vo s entre as carrocerias
: Cadeia dos elastmeros termoplsticos base poliuretano.
caractersticas polares, fortes interaes entre eles e tambm pelo estabele cimento de pontes de hidrognio entre os grupos NH e CO. Por este fato, constituem a temperatura ambiente domnios rgidos que atuam simultaneamente como
reforantes. Os tipos comerciais de elastmeros termoplsticos de uretano diferenciam-se pela natureza das fases elstica e rgida e pela proporo relativa destas fases
-
35
A fase elstica deste polmero em temperatura ambiente pode propiciar uma
suavidade no esforo de fechamento das portas e no acionam ento dos vidros. Est
caracterstica deve ser combinada com a geometria da se o transversal do perfil,
adequando s especificaes do mecanismo.
Obviamente uma maior proporo de elementos rgidos aumenta a dureza e diminui a flexibilidade, em especial a baixas temperaturas. Por outro lado, aumenta o ponto de fuso, o que permite estender a sua utilizao a temperaturas mais elevadas. Maior proporo da fase elstica proporciona melhor resistncia trao, abraso, ao rasgo e a leos minerais. Comparando os elastmeros termoplsticos de uretano de fase elstica polister com os de fase elstica politer, podemos dizer que estes ltimos apresentam melhor flexibilidade a baixas temperaturas e melhor resistncia hidrlise (TORMENTO, 2010).
O primeiro elastmero que pde ser processado por mto dos para
termoplsticos. Uretanos termoplsticos no possuem a resistncia trmica e
deformao permanente dos tipos termorrgidos, mas a mai oria das propriedades
similar. Esto disponveis numa ampla faixa de dureza e e m numerosas formas, de
vrios fabricantes.
Uretanos so produtos da reao de um disocianato e um gl icol polister ou
politer de cadeia longa ou curta ou caprolactonas. Os tipos politer so
ligeiramente mais caros e possuem melhor estabilidade hidroltica e flexibilidade a
baixa temperatura que os polisteres.
2.4.2 Propriedades mecnicas
As propriedades mecnicas dos polisteres so geralmente maiores.
Caprolactonas conferem boa adeso entre as fases dos polisteres. A resistncia
abraso dos uretanos superior aos outros elastmeros, flexibilidade a baixa
temperatura boa, resistncia aos leos a 80C excelente, e a capacidade de
carga aparece entre as melhores entre os elastmeros.
Aditivos podem melhorar a estabilidade dimensional ou a resistncia trmica,
reduzir frico, ou aumentar resistncia a chama, resistncia aos fungos, ou ao
intemperismo. Resistncia dos poli-steres aos cidos fortes, steres organo-
-
36
fosforados, e ao vapor fraca. Tubos de uretanos so utilizados para linhas de
combustvel, contato com fluidos, e peas que necessitam de resistncia oxignio e
oznio.
A excelente resistncia a abraso dos uretanos os qualificam para uso em
amortecedores, engrenagens, cilindros, jaquetas de cabos, revestimentos, peas
para mquinas txteis, e pneus slidos.
Outras aplicaes incluem gaxetas, diafragmas, componentes a mortecedores
de vibrao, correias transportadoras e filmes para emba lagem. O mais recente
poliuretano termoplstico introduzido no mercado so os de diisocianos politer
alifticos baseados no 1,4-butano diol e politetra-metil-etileno diol.
Estes materiais de baixa massa molar possuem melhor estabilidade a cor, a
radiao UV e a hidrlise que os tipos convencionais. Os t ipos mais flexveis so
utilizados em aplicaes mdicas (com antioxidantes adequad os) e como adesivos
em vidros de segurana para veculos blindados, prises, bancos, e em janelas de
aeronaves. Outros tipos novos so estabilizados para uso como camadas de
desgaste em asas de avies.
A moldagem destes materiais feita normalmente por injeo, em mquinas
com parafuso, com uma relao L/D da ordem de 21 e com uma relao de
compresso de 1:2.
2.4.3 Elastmero termoplstico vulcanizado (TPV)
Este tipo de elastmeros termoplsticos deve-se ao desenvolvimento da
chamada vulcanizao dinmica, pelos franceses, Dr. A. Y. Coran e R. Patel. Esta
tcnica consiste em efetuar a disperso de uma borracha no vulcanizada numa
poliolefina fundida, com grau de mistura muito bem controlado, a fim de se atingir a
disperso desejada das partculas de borracha. Sem interr omper este processo de
mistura, so adicionados os ingredientes de vulcanizao da borracha, vindo a
vulcanizao a ocorrer durante este processo de mistura e disperso. Com este
processo se obtm uma melhoria muito substancial das propriedades do material
-
37
obtido. Como se mostra na Tabela 1.4, em que se comparam as propriedades de um
TPE-O, base de PP/EPDM (no vulcanizado e um TPV PP/ EPDM com dois
diferentes estados de vulcanizao).
Propriedade
TPE-O
(PP/EDPM
no
vulcanizado)
TPV PP/EPDM
(66,7: 100)
vulcanizado
com 1% de
enxofre
TPV
PP/EPDM
(66,7: 100)
vulcanizado
com 2% de
enxofre
Dureza Shore D 22 40 42
Mdulo a 100%, MPa 4,8 7,2 8,0
Tenso de ruptura, MPa 4,9 18,2 24,3
Alongamento na ruptura, % 190 490 530
Deformao residual aps
compresso, %
66 17 16
Tabela 1.4 - Propriedade de TPE-O e de TPV PP/EPDM, com 1% e 2% de enxofre
A partir da descoberta deste processo de vulcanizao fo i possvel desenvolver
uma srie de elastmeros termoplsticos com outras borrachas, nomeadamente
borracha natural, borracha nitrlica, borracha clorobutlica e com o polipropileno
como polmero rgido. E ainda um elastmero termoplstico base de silicone, com
uma matriz rgida de poliamida ou de polister, os quais cobrem uma ampla gama
de dureza e das demais propriedades.
2.4.4 Elastmeros termoplsticos olefnicos (TPO)
Elastmeros de olefinas termoplsticas (TPO), segundo Tormento (2010),
esto dispostas sob vrios tipos, possuindo uma faixa de dureza a temperatura
ambiente de 60 Shore A a 60 Shore D. Estes materiais, sendo baseados em
olefinas, possuem menor densidade de todos os elastmeros t ermoplsticos.
TPOs so blendas simples formadas por um termoplstico e um elastmero.
As blendas por sua vez so misturas nas quais h uma fase dispersa e uma matriz,
portanto neste sistema a fase dispersa representada pelo elastmero (EPDM ou
-
38
NBR) e a matriz representada por um termoplstico (PP ou PVC). O termoplstico
ter uma fase, e a fase elastomrica ter pouco ou nenhuma ligao cruzada
(provida pela vulcanizao).
Foram formados como elastmeros termoplsticos desde que puderam ter na
composio, aditivos e outros elementos especficos para ca da necessidade.
Dentre os aditivos incluem o negro de fumo, plastificantes antioxidante, anti UV
sendo que suas propriedades podem ser alteradas na vulcanizao com a formao
das ligaes cruzadas.
Borracha EPDM e PP so os constituintes mais comuns dos T POS. Blendas de
NBR e PVC tambm so significativas, porm menos comuns na Europa e Amrica
do Norte que no Japo.
2.4.4.1 Distribuio das fases no composto TPO
O termoplstico em maior escala ser usado numa fase contnua. Estes
materiais, sendo baseados em olefinas, possuem menor densidade de todos os
elastmeros termoplsticos.
A fase descontnua (elastomrica) teria menor percentual real, porm
concentram as melhores propriedades dos TPOs. A reao d e compatibilizao
entre dois polmeros requer os parmetros de solubilidad e e polaridade (similar entre
eles).
2.4.4.2 Condies de processamento do TPO
O TPO (EPDM/PP) tem uma temperatura de fuso cristalin a (Tm) prxima da
maior temperatura do PP e a temperatura de transio vtrea atrelada ao EPDM
levando em considerao a adio de aditivos nesta fase. A temperatura de
processamento dos TPOS est numa faixa de 150 A 165C, e las mostram
excelente desempenho a baixas temperaturas, cerca de -60C . A temperatura de
fuso determina o limite da temperatura de servio do TPO. A temperatura de
-
39
servio deste permeia entre 25 a 50C acima da temperat ura de fuso e determina
primordialmente a resistncia dos polmeros aos ataques oxidativos.
Os TPOS possuem caractersticas de borracha a temperatura ambiente,
perdendo estas sob elevadas temperatura, entretanto eles so usados numa faixa
de temperatura entre 70 e 80C.
A temperatura ambiente (0 a 40C) os TPOs possuem pro priedades de
elastmero como: mdulo de elasticidade, elongao e re sistncia a trao. Por
conta da queda de temperatura as propriedades tambm decrescem muito mais
rpido comparadas a borrachas convencionais. So resultados do baixo nvel de
ligaes cruzadas que tambm rende ao TPO alta vulnerab ilidade com similar
parmetro de solubilidade (ou polaridade). TPOs (EPD M/PP) tem pouca resistncia
a fluidos hidrocarbonetos que como os alcanos substituem os benzenos,
especialmente com elevadas temperaturas.
2.4.4.3 Caractersticas do TPO
TPOs competem diretamente com os estirnicos TPEs em aspectos como:
baixo custo, baixa massa especfica, materiais com bom desempenho e resistncia
mecnica. Esto numa faixa entre os mais pesados, em uma e scala de dureza entre
60 Shore A a 65 Shore D, portanto os produtos de TPOs so os mais rgidos, mais
densos, materiais entre os mais comuns encontrados nas aplicaes comerciais. Por
estas caractersticas os TPOs so grandes modificadores das pr opriedades de
impacto em termoplsticos.
As quantidades de instaurao entre os polmeros PP e o EPDM fazem esses
e os TPOs criarem muita resistncia a degradao por oxidao ou ataque por
oznio. Por ser um polmero apolar gera uma alta resi stncia a gua, solues
aquosas e outros fluidos polares tais como alcois e glicis, mas eles apresentam
incremento das propriedades inferiores quando comparados a halocarbonos e
hidrocarbonos tal como leos e gasolina. Os TPOs der ivam do NBR e blendas de
PVC os quais so muito mais resistentes a fluidos agressi vos, com a exceo dos
halocarbonos. (EPDM/PP) TPO tem boas propriedades eltricas, tal como
-
40
resistividade, fora dieltrica e fator de poder, contudo h utilizao da soluo
eltrica onde temperatura e resistncia ao fluido no so crticas.
Os TPOs so nicos na classe dos TPEs em baixo custo e performance, suas
propriedades e performance so geralmente inferiores q uando comparadas a
elastmeros termofixos, porm ainda podem ser usados quando a temperatura de
servio permear os 80C, quando no necessita de resistncia do fluido e quando
um alto nvel de arraste for tolerado.
Podem ser comparados a borrachas genricas, assim como borracha natural.
So preparados com algumas tcnicas e equipamentos tal como usados em
borrachas termofixas, tem como principal diferena a necessi dade da mais alta
temperatura para processamento.
O EPDM/PP TPOs foram os primeiros comercializados em 1972, utilizado mais
comumente na parte externa de automveis e aplicaes el tricas acima de 80C.
2.4.4.4 Aspectos e aplicaes do TPO
H vrias grades do elastmero olefnico termoplsticos disponveis, desde grades flexveis como a borracha vulcanizada a grades semi-rgidas como o uretano RIM. Ao contrrio das borrachas convencionais, esse elastmero no precisa de combinao ou vulcanizao uma vez q ue chegar ao consumidor final. Alm disso, todas as grades do Elastmero Olefnico Termoplstico podem ser moldadas ou extrudados como o polietileno e o polipropileno e, igual ao PVC, eles oferecem excelente moldabilidade quando processados nas calandras (TORMENTO, 2010).
Excelente resistncia qumica;
Excelente estabilidade em longo prazo;
Excelente resistncia mecnica;
Excelente resistncia ao calor;
Excelente moldabilidade;
Alta resistncia aos agentes atmosfricos;
Leve e reciclvel;
-
41
Baixa temperatura de estabilidade;
Emisses no halogenadas quando descartado por combusto;
Excelentes caractersticas eltricas.
2.5 Processamento de Termoplsticos
Os termoplsticos so polmeros capazes de ser repetidamente amolecidos pelo
aumento da temperatura e endurecimento pela diminuio da mesma. Est
alterao reversvel e mltipla fsica e no qumica, mas pode provocar alguma
degradao no termoplstico, quando atingir um nmero elevado de ciclos de
aquecimento e de resfriamento. Eventualmente, os componentes fundamentais dos
termoplsticos so polmeros com cadeias lineares ramificadas. Isto quer dizer que
podem ser processados, muitas vezes, com o uso de temperatura.
2.5.1 Extruso de termoplsticos
Na indstria de transformao de plstico, a extruso um processo cuja
aplicabilidade funcional est atrelada ao processo de mistura, plastificao e
moldagem.
A extrusora o elemento que ir transportar fundir e moldar o material a ser
processado. Possui como elementos bsicos: um canho geralmente de carbeto
nitretado, um cilindro com superfcie tratada, uma rosca sem fim, a qual funciona
como pisto e misturador, cabeote e a matriz que dar a forma ao perfilado.
Peas automotivas: Metal laminado com superfcies com a specto de couro
para acabamentos automotivos: interiores, incluindo painel de bordo, portas e
revestimento do teto.
Chapas prova de gua, gaxetas, material de calafetagem de janelas,
molduras, etc.
-
42
A extrusora ir plastificar o material atravs de uma rosca sem fim que
transporta a massa dentro de um cilindro aquecido. O sistema de aquecimento de
uma extrusora acionado pelas resistncias eltricas, as temperaturas so setadas
em um painel de acordo com as zonas e ainda h o aquecimento do material pelo
cisalhamento do fundido dentro do cilindro. O sistema de resfriamento provm de um
sistema com gua, geralmente industrial, temperatura de 25C.
Possui como equipamento para promoo de mistura a extru sora, acoplada a
uma rosca sem fim, que tem por funo a mistura, cisalha mento e homogeneizao
do material. O material a ser plastificado pode ter forma de gros (pellets), p e
fibras. De acordo com a aplicabilidade pode-se utilizar em uma extrusora: mono
rosca (plastifica o material a ser extrudado) ou dupla rosca (plastifica, capacidade de
homogeneizar o material a ser extrudado), as configuraes dos elementos da rosca
variam de acordo com o material a ser processado.
A extrusora composta basicamente de trs zonas: 1 zona de alimentao
onde pode possuir: dosadores e vibradores para facilitao da queda de material,
esta zona no pode possuir elevadas temperaturas, pois assi m funde o material
antes mesmo de chegar zona de compresso sendo assim, o material forma uma
ptina dentro do cilindro, 2 zona a de compresso a qual varia de acordo com o
material a ser processado, pois nessa zona h maior taxa de cisalhamento pelo
atrito material, cilindro e rosca; a 3 zona a de dosagem nela os polmeros j est
totalmente fundida sendo esta responsvel por dosar a quantidade de material que
ir passar pela matriz.
O processo de extruso em parmetros reolgicos apresenta um fluxo de
arraste por atrito entre as ferramentas (equao linear , sugerindo velocidade linear)
e contrapresso gerada ao longo da rosca (equao de uma parbola).
O processo de extruso subdivide-se em funo da matriz u tilizada em:
1. Planas: para fabricao de chapas, filmes planos, fita s entre outros;
2. Anelares: para fabricao de filmes tubulares e tubos;
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43
3. Para perfis: para fabricao de perfis assimtricos, com o, graxetas,
rodaps, batentes, molduras e forros;
4. Para recobrimento: Para produo de fios, cabos e p erfis de ao.
Segundo Manrich (1999), em processamento de termoplsticos, o perfil um
produto com formato especfico, obtido pelo processo de extruso, com espessura
de parede superior a 1000m (no filme), este pode o u no ser simtrico em relao
s coordenadas de referncia X e Y que partem do centro do plano transversal ao
comprimento do perfil.
Para perfis assimtricos, com distintas reas, o maior problema o balano de
fluxo entre as regies finas e mais espessas ou com difere ntes formatos.
Os polmeros fundidos tm tendncia a fluir em regies mais espessas e para
balancear o fluxo em matrizes como a supracitada, deve-se dimensionar a geometria
da matriz.
Canais provenientes do final da rosca at os lbios de uma matriz devem
proporcionar igual resistncia ao fundido, para que a vazo por rea unitria seja
idntica em todas as regies, evitando dessa forma, deformao do perfil ao sair. Se
ocorrer maior fluxo por unidade de rea em uma das regies, o perfil entorta, pois a
falta de igual movimento da massa nas demais regies ger a vazo desbalanceada
na sada do perfil.
Para garantir uma mesma quantidade de material nas diferentes sees do perfil
assimtrico adotam-se medidas como:
1. Alterando a relao dos paralelos entre as diferen tes regies, para modificar a
diferena de presso em cada uma dessas regies;
2. Diferenciando a geometria logo antes da sada do material (lbios) em cada
regio assimtrica. Essa ltima maneira de resolver o problema de
balanceamento do fluxo (ajuste dos lbios) faz com que aparea o fluxo
transversal, o que prejudicial s propriedades do produto final.
-
44
O fluxo do material processado freqentemente separado por paredes finas
para manter o paralelismo, e a massa, posteriormente a essa divisria, unida
novamente antes da sada dos lbios. Cuidados para eliminar os traos das linhas
de solda so necessrios.
fundamental no processo de extruso o projeto de uma m atriz, pois este
prev a localizao dos aquecedores eltricos e dos termopares e este projeto pode
ser fator principal na reduo dos defeitos do processo com o: inchamento do
extrudado, deformidades superficiais, linhas de solda, vr tices que podem gerar
descontinuidade do processo e degradao do material.
2.5.2 Injeo de termoplstico
Segundo Silvio Manrich (1999), o processo de moldagem atualmente o mtodo
de transformao de plstico mais usado na indstria, sendo cerca de 35% dos
artigos disponveis so produzidos por este processo.
O processamento por moldagem vem na crescente com o aumento do
consumo de plstico por seu baixo custo de produo, peso reduzido, elevada
resistncia e a possibilidade de fabricao em vrias formas geomtricas, tamanhos
e cores.
As principais vantagens deste processo so:
Produo em larga escala;
Processo altamente automatizvel;
Peas produzidas j na forma final exigindo poucas etapas no
processo;
Possibilidade de diferentes acabamentos superficiais, cores;
Peas com geometria complexas;
Baixa perda de matria prima;
Mesma pea pode ser moldada com insertos metlicos e no
metlicos;
-
45
Produtos com tolerncia dimensional apertada podem ser
produzidos.
As principais desvantagens so:
As margens de lucro tendem a ser estreitas devido comp etitividade;
O custo do molde elevado;
Mquina injetora e equipamentos auxiliares so caros;
Falta de conhecimento do processo causa problemas no produto;
Existem diversas tcnicas envolvendo o processo de injeo: conve ncional, a
gs, com gua, micro injeo e nano injeo, por compresso, por transferncia,
injeo de peas com superfcies micro estruturadas, de pea s com paredes muito
finas, mltipla ou co-injeo, com decorao direta n o molde, de peas com ncleo
fundido, dentre outras.
Os processos de moldagem polimrica por injeo composto por:
a) Injetora: sistema capaz de homogeneizar e injetar o polmero fundido:
rosca recproca acionada por sistemas mecnicos, eltricos, pneumticos e
hidrulicos; canho, que contm em seu interior uma rosca recproca;
mantas eltricas capazes de aquecer o canho e, por conseguinte,
transmitir calor ao polmero;
b) Molde: capaz de dar forma massa polimrica, sendo essa injetada no
interior do molde sob alta presso e com velocidade cont rolada; o mesmo
molde capaz de gerar o resfriamento do produto de forma adequada
atravs de fluidos que circulam em seu interior e, finalmente, este possui
um mecanismo capaz de executar a ejeo da pea acabada a o se abrir.
Portanto, os elementos principais do processo de moldagem por injeo so: a
mquina injetora e o molde de injeo. As concepes g eomtricas das mquinas
podem ser horizontais (mais utilizadas), verticais (solados de sapatos), dispostas em
ngulo, multi-materiais.
A mquina injetora tem por componentes: unidade de injeo composta por
cilindro aquecido por resistncias eltricas, onde internamente funciona uma rosca
-
46
com a funo de homogeneizar o material plstico fundido e injet-lo na cavidade do
molde; sistema de controle, unidade de fechamento a qual deve promover a fixao
das partes do molde, promover os movimentos de abertura e fechamento do molde,
travar o molde de modo a resistir presso de injeo sem abri-lo, extrair a pea
moldada e o sistema de aquecimento e resfriamento do molde.
Considerando uma injeo convencional alguns parmetro s devem ser levados
em considerao tais quais: capacidade de injeo, as car actersticas do pellet ou
granulado do material, quantidade mxima de gramas injetadas um ciclo;
capacidade de plastificao, capacidade mxima de material que a injetora pode
homogeneizar em um perodo de tempo; presso de inje o; recalque; temperatura;
fora e velocidade de fechamento e o resfriamento da pe a.
-
47
3 MATERIAIS E MTODOS
3.1 Materiais
Os polmeros utilizados neste trabalho so de procedncia das empresas
Cooper Standard Automotive Sealing Brasil Ltda e da FCC Indstria, que
respectivamente cederam o EPDM e os termoplsticos, propriedades conforme
Tabela 1.5. Estes materiais podem apresentar variaes n as caractersticas devido
s variaes normais de processo.
Para a realizao dos ensaios de processamento (extruso e injeo) dos
elastmeros termoplsticos no Laboratrio do SENAI CIMA TEC foram considerados
os parmetros fornecidos pelo fabricante FCC, conforme pe rfil de extruso/injeo.
A dureza adotada como referncia foi 70 Shore A para os materiais a serem
ensaiados, fixando-se assim uma referncia para o estudo e que correspondem
especificao do elastmero utilizado nos sistemas de vedaes de vidros mveis
para carrocerias automotivas, baseado nas anlises comparativas de veculos
comercias.
O EPDM aplicado foi do lote BXC 27Q_17082010, resu ltado da formulao
interna da Cooper Standard Automotive. Para o processo de extruso este material
produzido em tiras, facilitando a alimentao contnu a da extrusora.
Os TPs fornecidos pela FCC so produtos comerciais, estes ma teriais so
fornecidos sob a forma de pelete (Figura 1.9) e atualmente no so utilizados para a
aplicao de vedao de carroceria automotiva.
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Tabela 1.5: Caractersticas dos materiais
-
48
O TPV utilizado no ensaio foi fabricado pela FCC e pertence ao lote 62766 do
TPV 6005/A65B0, fabricado em 11/03/2010, conhecido como FORTIPRENE TPV.
O TPU utilizado no ensaio foi fabricado pela FCC e pertence ao lote 177843 do
TPU FORTIPUR 5122/A70, fabricado em 11/03/2010.
O TPE utilizado no ensaio foi fabricado pela FCC e pertence ao lote 134322 do
TPE FORTIPRENE TPE 7105/A85B0, fabricado em 11/03/ 2010.
O TPO utilizado no ensaio foi fabricado pela FCC e pertence ao lote 160393 do
TPO FORTIFLEX TPO 8205/A65B0, fabricado em 11/03/ 2010.
3.2 Mtodos
Para a realizao dos ensaios dos elastmeros termofixo e t ermoplsticos nos
Laboratrios da Cooper Standard Automotive e no SENAI CIMATEC foram
considerados os parmetros de armazenamento conforme as re comendaes do
fabricante FCC, que sero apresentados no captulo 8 R esultados e Discusso.
Com objetivo de facilitar a visualizao das etapas deste trabalho,
apresentado o fluxo de processo da metodologia, no apndice A.
Os experimentos dos materiais propostos foram realizados nas seguintes
etapas: 1) extruso para verificao da qualidade superf icial e processabilidade em
regime de produo; 2) Injeo de corpos de prova par a ensaios mecnicos e
qumicos.
3.2.1 Secagem
Para evitar problemas causados pela umidade da matria prima nos corpos de
prova extrudados e injetados. Todos os termoplsticos (TPE, TPO, TPU e TPV)
foram mantidos nas embalagens originais hermticas e posteriormente
armazenados em bandejas de alumnio e permaneceram por 3 horas dentro da
-
estufa, com circulao de ar, da marca PALLEY, temperatura de
especificao do fabricante e foram processados ime diatamente aps a retirada da
estufa. Sob estas condies de secagem, no houve a lterao de colorao e
volatilizao perceptveis.
3.2.2 Extruso
Imediatamente aps o processo de secagem em bandeja s dos
materiais foram transferidos individualmente para o funil da extrusora. Os
termoplsticos foram extrudados no equipamento da marca LGMT, extrusora de
termoplstico, dotado de um sistema
aquecido por zonas independentes.
Equipado com uma matriz de extruso, para perfis em formato de calha, similar
a letra U. A cada setup os parmetros de temper atura: Cabeote, Zona 1, Zona
2, Zona 3, Zona 4 e Zona 5 foram redefinidos seguindo as especificaes d e cada
material, conforme: Figuras
de extruso recomendado pela FFC.
ao de ar, da marca PALLEY, temperatura de 90C
especificao do fabricante e foram processados ime diatamente aps a retirada da
estufa. Sob estas condies de secagem, no houve a lterao de colorao e
Imediatamente aps o processo de secagem em bandeja s dos
materiais foram transferidos individualmente para o funil da extrusora. Os
termoplsticos foram extrudados no equipamento da marca LGMT, extrusora de
, dotado de um sistema mono rosca, com relao L/D XXX/YYY,
aquecido por zonas independentes.
Equipado com uma matriz de extruso, para perfis em formato de calha, similar
a letra U. A cada setup os parmetros de temper atura: Cabeote, Zona 1, Zona
a 5 foram redefinidos seguindo as especificaes d e cada
material, conforme: Figuras 1.4, Figura 1.5, Figura 1.6, e Figura 1.7 seguindo o perfil
de extruso recomendado pela FFC.
Figura 1.4 Perfil de extruso para TPV
Figura 1.5 - Perfil de extruso para TPU
49
90C , conforme
especificao do fabricante e foram processados ime diatamente aps a retirada da
estufa. Sob estas condies de secagem, no houve a lterao de colorao e
Imediatamente aps o processo de secagem em bandeja s dos TPs, os
materiais foram transferidos individualmente para o funil da extrusora. Os
termoplsticos foram extrudados no equipamento da marca LGMT, extrusora de
mono rosca, com relao L/D XXX/YYY,
Equipado com uma matriz de extruso, para perfis em formato de calha, similar
a letra U. A cada setup os parmetros de temper atura: Cabeote, Zona 1, Zona
a 5 foram redefinidos seguindo as especificaes d e cada
seguindo o perfil
-
Foram produzidos aproximadamente 50 metros de perfil de cada material, bem
sucedidos, ou seja, aqueles que o material estabilizou no proce
possvel entrar em regime contnuo.
3.2.3 Resfriamento
Imediatamente aps a sada da matriz os perfis fora m resfriados no calibrador,
instalado na banheira de resfriamento, m
gua em temperatura ambiente, aproximadamente 30
do material, resfriando abaixo da (Tc) temperatura de cristalizao e adquirindo a
forma desejada.
Em funo das especificaes do fabricante definida s para as zonas da
extrusora, os perfis tiveram variao de temperatura na sada da matriz, co nforme a
Tabela 1.6.
(5)
Tabela
Figura 1.6 Perfil de extruso para TPE
Figura 1.7 Perfil de extruso para TPO
Foram produzidos aproximadamente 50 metros de perfil de cada material, bem
sucedidos, ou seja, aqueles que o material estabilizou no processo de extruso e foi
possvel entrar em regime contnuo.
Imediatamente aps a sada da matriz os perfis fora m resfriados no calibrador,
instalado na banheira de resfriamento, marca LGMT. O ensaio foi realizado com a
ambiente, aproximadamente 30C , que permitiu a cristalizao
do material, resfriando abaixo da (Tc) temperatura de cristalizao e adquirindo a
Em funo das especificaes do fabricante definida s para as zonas da
eram variao de temperatura na sada da matriz, co nforme a
( 36718 "*5 #*$ #*#) $"
1.6 - Temperaturas dos perfis na extruso
50
Foram produzidos aproximadamente 50 metros de perfil de cada material, bem
sso de extruso e foi
Imediatamente aps a sada da matriz os perfis fora m resfriados no calibrador,
. O ensaio foi realizado com a
, que permitiu a cristalizao
do material, resfriando abaixo da (Tc) temperatura de cristalizao e adquirindo a
Em funo das especificaes do fabricante definida s para as zonas da
eram variao de temperatura na sada da matriz, co nforme a
-
51
3.2.4 Tracionamento
Aps o resfriamento os perfis foram tracionados pelo pux ador de forma
sincronizada com o fluxo de sada da matriz, evitando a ruptura do extrudado, o
mesmo foi produzido pela LGMT. Est operao foi possvel apenas para os perfis
que estabilizaram.
3.2.5 Corte em linha
O processo contnuo de extruso possibilita duas formas de armazenamento
dos produtos, em rolos ou em barras, neste caso a opo fo i pelas barras, e foi
utilizada a cortadeira LGMT.
3.2.6 Obteno dos corpos de prova
3.2.6.1 Injeo
O processo de injeo foi utilizado para a fabricao dos corpos de prova em
formato de gravata, o equipamento utilizado foi uma mquina injetora ROMI
modelo PRIMAX 100 R, com fora de fechamento de 100 To neladas, equipada com
moldes fabricados pela Polimold para injeo de corpos de prova. As condies de
injeo foram de acordo com a Tabela 1.7 e os corpos de prova atendem norma
ASTM 512 para ensaios de trao e impacto.
A injetora possui rosca de dimetro de 50 mm e atua co m presso de at 1680
Bar. Apenas os TPs que obtiveram boa performance no processo de extruso foram
avaliados nesta etapa, neste caso TPE e TPV, para seguir os ensaios mecnicos e
qumicos. Os corpos de prova foram obtidos utilizando-se os parmetros da Tabela
1.7.
36918
: :" :# ; (
! %! *! *! %!
%! *! "!! "!! %! Tabela 1.7 Condies de Inje o dos copos de prova: TPE e TPV
-
52
Os corpos de prova foram fabricados para a realizao d os ensaios mecnicos,
trmicos e de envelhecimento. Para ambos os elastmeros termoplsticos, no
houve dificuldade para fabricao das amostras no processo de injeo, foram
idnticos ao processo de extruso e a extrao das peas inje tadas do molde
ocorreu sem dificuldades.
3.2.6.2 Estampagem
Os corpos de prova de EPDM forma obtidos pela estampagem, ou seja, o
recorte dos mesmos por uma ferramenta manual, os mesmos foram obtidos de uma
manta de espessura de 2 mm conforme a norma ASTM 512 para corpos de prova de
EPDM.
3.2.7 Ensaio de trao
Os ensaios de trao foram realizados em um dinammetr o modelo DY 34 do
fabricante MTS. Foram utilizados trs corpos de prova de cada material, o
equipamento foi parametrizado conforme a norma ASTM D 412.
O valor obtido a mdia (trs corpos de prova) dos resultados das amostras
avaliadas por este mtodo.
3.2.8 Ensaio de dureza
A dureza foi medida para verificar o comportamento do lote fornecido aps o
processamento da matria prima. Para est etapa foi utilizado um durmetro digital
para medies na escala Shore A, produzido pela empre sa Importcnica. O Ensaio
foi realizado conforme norma ASTM D 2240.
O valor obtido a mdia (trs corpos de prova) dos resultados das amostras
avaliadas por este mtodo.
-
53
3.2.9 Dimensionamento
O dimensionamento dos corpos de prova para o clculo do mdulo de
elasticidade a 10%, 50% e 100%, foram realizados com instrumentos de medies
lineares: medidor de altura, com fora controlada e re soluo milesimal e um
paqumetro digital centesimal convencional, ambos produzidos pela empresa
Mitotoyo.
3.2.10 Envelhecimento trmico
Os ensaios de envelhecimento trmico foram realizados em estufas, fabricadas
pela empresa FANEM com circulao de ar. Os corpos de pro va (Figura 1.8) foram
armazenados conforme procedimento da norma ASTM 573, neste caso durante 70
horas a 70 graus utilizados para a especificao dos ensai os solicitados pelos
construtores automotivos.
Figura 1.8 - Corpos de prova em envelhecimento
Aps o ensaio de envelhecimento trmico dos corpos de prova, os mesmos
foram avaliados nos ensaios de trao, visando compreender o comportamento
destes materiais no estado original e envelhecidos, comparados ao material utilizado
atualmente (EPDM).
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54
3.2.11 Exposio umidade
Os ensaios de exposio umidade ou inchamento foram re alizados no
aparelho para testes industriais de corroso, modelo CCT -MP-LQ-03/2009 instalado
no Laboratrio do SENAI CIMATEC, equipamento fabrica do pela empresa Bass
Equipamentos Ltda. Os corpos de prova foram expostos por duas semanas a 40 C
e sob atmosfera saturada, com condensao contnua de gua destilada, conforme
a norma: ABNT NBR 8095 que atende especificao dos en saios de validao
automotiva.
3.2.12 Rugosidade
Os ensaios de rugosidade foram realizados no Laboratrio do SENAI
CIMATEC, equipamento fabricado pela empresa Mitotoyo, onde os corpos de provas
foram recortados em formato retangular, fixados em superfcie plana coma auxlio de
fita dupla face e executado o ciclo de medio do apare lho.
Os corpos de prova utilizados foram retirados dos perfis resultados dos ensaios
de extruso.
A rugosidade superficial dos elastmeros termoplsticos deste trabalho foi
medida segundo procedimento estabelecido na norma DIN 4764 (1982). Segundo
esta especificao a rugosidade superf