dissertação efeito do consumo de chÁ verde em …§ão... · • m2 – metros ao quadrado •...
TRANSCRIPT
Dissertação
EFEITO DO CONSUMO DE CHÁ VERDE EM CÁPSULAS OU EM
INFUSÃO SOBRE O PESO CORPORAL: REVISÃO
SISTEMÁTICA E METANÁLISE DE ENSAIOS CLÍNICOS
RANDOMIZADOS
Thaís Araújo Brito Galarraga
INSTITUTO DE CARDIOLOGIA DO RIO GRANDE DO SUL/
FUNDAÇÃO UNIVERSITÁRIA DE CARDIOLOGIA
Programa de Pós-Graduação em Medicina:
Área de concentração: Cardiologia e
Ciências da Saúde
EFEITO DO CONSUMO DE CHÁ VERDE EM CÁPSULAS OU EM IN FUSÃO
SOBRE O PESO CORPORAL: REVISÃO SISTEMÁTICA E METANÁ LISE DE
ENSAIOS CLÍNICOS RANDOMIZADOS
Autor: Thaís Araújo Brito Galarraga
Orientador: Profª. Drª. Lucia Campos Pellanda
Dissertação submetida como requisito para
obtenção de grau de Mestre ao Programa de Pós-
Graduação em Ciências da Saúde, área de
Concentração: Cardiologia, da Fundação
Universitária de Cardiologia / Instituto de
Cardiologia do Rio Grande do Sul.
Porto Alegre
2011
Bibliotecária Responsável: Marlene Tavares Sodré da Silva
CRB 10/1850
Aos meus pais, Odisnei e Maria Beatriz, que
sempre foram meu porto seguro e nunca me
faltaram, e ao meu eterno amor, Alexandre,
que sempre me apoiou com estímulo e
compreensão para que eu trilhasse mais este
caminho.
AGRADECIMENTOS
Aos meus pais, Odisnei e Maria Beatriz, por me ensinarem o valor do estudo e
da perseverança, ao meu marido, Alexandre, pelo carinho, amizade e paciência e,
especialmente, a minha avó Alda por todo incentivo;
À Profa Dra Lucia Pellanda, orientadora desta dissertação, - exemplo de
profissional, professora e pesquisadora - pelos ensinamentos, confiança e incentivo na
realização deste trabalho;
À Profa. Dra. Vera Lucia Portal por sua ajuda, interesse e pela confiança em
mim depositada;
À Msc. Graciele Sbruzzi, por sua decisiva contribuição na realização desta
metanálise, determinante para o sucesso desta empreitada;
À bolsista Fernanda dos Reis por sua presteza, dedicação, competência e
auxílio na coleta de dados; tornando factível a realização deste trabalho;
Às minhas amigas e colegas, Ana Harb, Bruna Pontin e Denise Zaffari, que
estiveram presentes e foram fundamentais nesta trajetória, me aconselhando e
incentivando com carinho e dedicação;
Ao Msc. Rodrigo Antonini Ribeiro pela colaboração nas análises estatísticas;
Às bibliotecárias - Lílian Flores e Marlene Tavares - pelo apoio, atenção e
ajuda na busca e aquisição dos artigos;
A todos os funcionários da Secretaria Geral e Unidade de Pesquisa, pelas
informações prestadas;
Aos colegas e aos professores do curso por todo aprendizado;
A todos que participaram deste estudo, de forma direta ou indireta, meus
sinceros agradecimentos;
Muito Obrigada!
SUMÁRIO
LISTA DE ABREVIATURAS E SIGLAS ....................................................................... I
BASE TEÓRICA ............................................................................................................ 1
1 INTRODUÇÃO ....................................................................................................... 2
2 OBESIDADE ........................................................................................................... 3
2.1 PREVALÊNCIA ................................................................................................ 3
2.2 CRITÉRIOS DE DIAGNÓSTICO EM ADULTOS ......................................... 4
2.3 ETIOLOGIA ...................................................................................................... 6
2.4 ATIVIDADE DO SISTEMA NERVOSO SIMPÁTICO E OBESIDADE ..... 11
3 CHÁ VERDE ......................................................................................................... 12
3.1 COMPOSIÇÃO E BIODISPONIBILIDADE ................................................. 12
3.2 POLIFENÓIS E REDUÇÃO DE PESO – PROVÁVEIS MECANISMOS .... 13
3.3 CHÁ VERDE E REDUÇÃO DE PESO: EVIDÊNCIAS ................................ 16
4 JUSTIFICATIVA .................................................................................................. 21
4.1 PROBLEMA DE PESQUISA ......................................................................... 21
5 HIPÓTESE ............................................................................................................ 22
6 OBJETIVOS .......................................................................................................... 23
6.1 OBJETIVO GERAL ........................................................................................ 23
6.2 OBJETIVOS ESPECÍFICOS .......................................................................... 23
7 REFERÊNCIAS .................................................................................................... 24
8 ARTIGO ................................................................................................................. 32
8.1 ABSTRACT ..................................................................................................... 34
8.2 INTRODUCTION ........................................................................................... 35
8.3 METHODS ...................................................................................................... 36
8.4 RESULTS ........................................................................................................ 39
8.5 DISCUSSION .................................................................................................. 42
8.6 REFERENCES ................................................................................................ 45
8.7 TABLES .......................................................................................................... 48
8.8 FIGURES ......................................................................................................... 51
8.9 APPENDICES ................................................................................................. 56
I
LISTA DE ABREVIATURAS E SIGLAS
• %BF - Percent of body fat
• µmol – Micromol
• acetil-CoA – Acetilcoenzima A
• AMPc - Adenosina monofosfato cíclico
• BMI – Body mass index
• CA – Circunferência abdominal
• CI – Confidence interval
• cm – Centímetros
• COMT - Catecol-o-metiltransferase
• EC – Epicatequina
• ECG – Epicatequina 3 galato
• EGC – Epigalocatequina
• EGCG – Epigalocatequina 3 galato
• g - Grama
• GT – Green tea
• GTC – Green tea catechins
• GTE – Green tea extract
• HDL-C - High density lipoprotein cholesterol
• IMC – Índice de massa corporal
• kg – Quilograma
• l – Litro
• LDL-C - Low density lipoprotein cholesterol
II
• m2 – Metros ao quadrado
• mg – Miligrama
• ml – Mililitros
• NE – Norepinefrina
• OMS – Organização Mundial de Saúde
• RCQ – Relação cintura-quadril
• RCT – Randomized controlled trial
• RNAm - Ácido ribonucléico mensageiro
• SNS – Sistema nervoso simpático
• USA – United States of America
• VEGF – Fator de crescimento endotelial vascular
• WC – Waist circumference
• WHR - Waist-to-hip ratio
• wk – Week
• WL – Weight loss
• WMD - Weighted mean differences
• β – Beta
BASE TEÓRICA
EFEITO DO CONSUMO DE CHÁ VERDE EM CÁPSULAS OU EM INFUSÃO
SOBRE O PESO CORPORAL: REVISÃO SISTEMÁTICA E METANÁLISE DE
ENSAIOS CLÍNICOS RANDOMIZADOS
2
1 INTRODUÇÃO
A obesidade é uma doença crônica definida como um acúmulo excessivo de
tecido adiposo – ocasionando aumento de tamanho e/ou multiplicação das células
adiposas – num nível que compromete a saúde dos indivíduos1.
As consequências para a saúde associadas a este fator vão desde condições
debilitantes que afetam a qualidade de vida – como osteoartrite, dificuldades
respiratórias, problemas músculoesqueléticos, problemas dermatológicos e infertilidade
– até condições graves como doença coronariana, diabetes tipo 2 e certos tipos de
câncer2-3.
Estudos têm demonstrado que a ingestão de chá verde (bebida com alto teor de
polifenóis) está associada a uma diminuição do peso e da gordura corporal por aumentar
a termogênese4-8. No mesmo sentido, sua suplementação contendo alto teor destas
substâncias poderia ser uma alternativa para o tratamento não farmacológico do
sobrepeso e da obesidade.
Porém, até o presente momento, nenhuma revisão sistemática foi conduzida com
a finalidade de analisar qual das diferentes formas de consumo do chá verde é mais
efetiva na perda de peso corporal.
Com o intuito de preencher esta lacuna do conhecimento, o presente trabalho se
propõe a analisar, mediante uma revisão sistemática com metanálise de ensaios clínicos
randomizados, se o chá verde consumido em infusão diferencia-se daquele em cápsulas,
quando utilizados como forma terapêutica de emagrecimento, em indivíduos adultos
com excesso de peso.
3
2 OBESIDADE
2.1 PREVALÊNCIA
A prevalência de sobrepeso e de obesidade vem aumentando rapidamente no
mundo, considerada um grave problema de saúde pública em países desenvolvidos
como nos em desenvolvimento9.
Este problema decorre da alteração dos padrões de vida (sedentarismo e
consumo alimentar inadequado), agravando outros fatores, tais como genéticos e
socioeconômicos.
No mundo, a prevalência de obesidade quase dobrou desde 1980, segundo
importante estudo que incluiu 9,1 milhões de participantes, em 199 países. Os autores
estimaram que, em 2008, aproximadamente 1,46 bilhão de adultos possuiriam índice de
massa corporal (IMC) maior ou igual a 25kg/m2 – deste total, os obesos representariam
205 milhões homens e 297 milhões de mulheres10.
No Brasil, as mudanças demográficas, socioeconômicas e epidemiológicas ao
longo do tempo propiciaram a ocorrência da denominada transição nos padrões
nutricionais, com a redução progressiva da desnutrição e o aumento da obesidade11.
Dados da Pesquisa de Orçamento Familiar de 2008/2009 revelaram que, na
população adulta, o excesso de peso afeta 50,1% dos homens e 48% das mulheres,
sendo considerados obesos 12,4% dos homens e 16,9% das mulheres. Pode-se, portanto,
considerar a obesidade como o fator de risco de comorbidades mais comumente
encontrado nos países industrializados e nos em desenvolvimento11.
4
2.2 CRITÉRIOS DE DIAGNÓSTICO EM ADULTOS
Dentre a diversidade de indicadores antropométricos para estimar a obesidade, a
escolha norteia-se em função dos seguintes critérios: população estudada, sexo, idade e,
principalmente, as evidências baseadas em pesquisas populacionais ou em intervenções
clínicas12.
O IMC é o indicador epidemiológico para o diagnóstico de sobrepeso e de
obesidade. A classificação adaptada pela Organização Mundial da Saúde (OMS),
apresentada na tabela 1, baseia-se em padrões internacionais desenvolvidos para
indivíduos adultos descendentes de europeus13.
Tabela 1 – Classificação de peso pelo IMC
Classificação IMC (kg/m2) Risco de comorbidade
Baixo peso <18,5 Baixo
Peso normal 18,5-24,9 Médio
Sobrepeso 25,0 a 29,9 Aumentado
Obesidade I 30,0 a 34,9 Moderado
Obesidade II 35,0 a 39,9 Grave
Obesidade III ≥40,0 Muito grave
Adaptado de Organização Mundial de Saúde, 2000.
Entretanto, a relação entre IMC e risco de morbidades pode ser afetada pela
distribuição da gordura corporal14. Note-se que as principais complicações da obesidade
estão associadas ao maior acúmulo de gordura abdominal, independentemente do peso
corporal15-18.
5
Nesse sentido, a relação cintura-quadril (RCQ) poderia ser um bom preditor de
risco para a saúde, e uma RCQ elevada (> 1,0 em homens e > 0,85 em mulheres)
indicaria um acúmulo de gordura abdominal19-20. No entanto, o uso da RCQ tem sido
contestado por diversas razões, entre elas, o fato de a medida permanecer constante
quando o peso do indivíduo aumenta ou diminui21-22.
A aferição da circunferência abdominal (CA), de outro lado, feita no ponto
médio entre o rebordo costal inferior e a crista ilíaca, é o método antropométrico que
reflete de forma indireta o conteúdo de gordura visceral. Entretanto, os valores de
circunferência abdominal – que determinam o risco cardiometabólico – variam,
dependendo da população estudada23.
As primeiras recomendações norte-americanas estabeleceram os valores de 102
cm para homens e de 88 cm para mulheres como pontos de corte24. Em outras
populações, níveis menores – 94 cm para homens e 80 cm para mulheres – têm sido
considerados mais apropriados25. Na população brasileira, alguns estudos indicam que
estes níveis são bons preditores de risco para doenças metabólicas, principalmente
hipertensão arterial26.
Portanto, a combinação da medida da CA com o IMC oferece uma boa
alternativa para a determinação de riscos e ajuda a diminuir as limitações de cada uma
das avaliações isoladas17, 25-27.
A tabela 2, proposta pela OMS13, resume a avaliação de risco efetuada com a
combinação dessas medidas.
6
Tabela 2 – Combinação das medidas da circunferência abdominal e do IMC para avaliar obesidade e risco para diabetes 2 e doença cardiovascular
Circunferência abdominal
Risco de
complicações
metabólicas
IMC (kg/m2)
Homem: 94-102 >102
Mulher: 80-88 >88
Baixo peso <18,5 - -
Peso saudável 18,5-24,9 - Aumentado
Sobrepeso 25-29,9 Aumentado Alto
Obesidade ≥30 Alto Muito Alto
Fonte: Organização Mundial de Saúde, 2000.
No entanto, vale ressaltar que não existe consenso sobre qual índice deve ser
aplicado universalmente para definir obesidade28.
2.3 ETIOLOGIA
A etiologia da obesidade é multifatorial, envolvendo interações complexas entre
herança genética, hormônios e diversos fatores sociais e ambientais, tais como
sedentarismo e hábitos alimentares pouco saudáveis13. A tabela 3 relaciona os principais
fatores que podem evitar o ganho de peso e a obesidade, conforme sugerido pela
OMS29.
7
Tabela 3 – Resumo da força da evidência nos fatores que podem prevenir ou evitar ganho de peso e obesidade
Força da
evidência Risco diminuído Risco aumentado
Convincente Atividade física regular
Alta ingestão de fibras
Vida sedentária
Grande ingestão de alimentos de
alta densidade energética
Provável
Ambiente escolar e doméstico
que suportem escolhas de
alimentos saudáveis para crianças
Aleitamento materno
Condições socioeconômicas
adversas nos países em
desenvolvimento
Possível Alimentos de baixo índice
glicêmico
Aumento no tamanho das porções
Alta proporção de comida
preparada fora de casa (países em
desenvolvimento)
Alternância de padrões
alimentares (rígidas
restrições/desinibições
periódicas)
Insuficiente Aumento da frequência das
refeições Consumo de álcool
Adaptado de Organização Mundial de Saúde, 2003.
8
A transição nutricional, como resultado da urbanização e da abundância de
recursos, tem sido considerada a principal causa da epidemia de obesidade29. Estudos
têm demonstrado uma mudança radical no padrão alimentar mundial29-30. As alterações
dietéticas incluem uma dieta de alta densidade energética, rica em gorduras
(principalmente a saturada, de origem animal) e açúcares adicionados aos alimentos e
pobre em carboidratos complexos, fibras, frutas e vegetais29-32.
Nos Estados Unidos, por exemplo, estima-se que, nos últimos 100 anos, o
consumo de gorduras tenha aumentado em 67% e o de açúcar, em 64%. Já o consumo
de verduras e legumes diminuiu em 26% e o de fibras, em 18%. Em grande parte este
aumento do consumo calórico parece dever-se ao crescimento progressivo das porções
de alimentos ao longo das últimas décadas33.
Também nos países em desenvolvimento observa-se uma tendência à
deterioração dos hábitos alimentares. Estudando padrões de consumo da população
brasileira, Sichieri e colaboradores34 relataram uma redução do consumo de arroz com
feijão de 30%, enquanto o consumo de refrigerantes aumentou em 268%, no Rio de
Janeiro34.
Esta transição dietética faz parte de uma modificação do estilo de vida que
reflete uma redução da atividade física no trabalho, enquanto os momentos de lazer
estão dominados pela televisão e outros passatempos inativos30, 35. A esse respeito, há
trabalhos que demonstram que a atividade física insuficiente é um dos importantes
fatores de risco para a obesidade36-38.
A desigualdade social, resultado do atual panorama econômico, é também
considerada uma das prováveis causas do excesso de peso.
Uma revisão publicada em 200939 indica que o acesso desigual aos alimentos
saudáveis, determinado por fatores socioeconômicos, pode influenciar a dieta e a saúde
9
de uma população. Nesse sentido, alimentos altamente energéticos e pobres em
nutrientes se tornam a melhor opção de grupos de baixo poder aquisitivo para obter
calorias diárias a um custo acessível. Por outro lado, alimentos nutritivos e de qualidade
não apenas custam mais como também são consumidos por indivíduos de classes
econômicas mais elevadas39.
A falta de acessibilidade às escolhas saudáveis e a propaganda que direciona o
consumo de alimentos altamente energéticos catalisam esse problema de saúde
pública40-41.
Observa-se, nas últimas décadas, um aumento no número de pesquisas a respeito
dos efeitos sobre o ganho de peso resultantes da interação entre fatores ambientais,
predisposição genética e comportamento individual28.
A esse respeito, a denominada “interação gene-ambiente” refere-se a uma
situação em que a resposta ou a adaptação a um agente ambiental, a um comportamento,
ou a uma mudança de comportamento é dependente do genótipo do indivíduo42. Por
outro lado, evidências observacionais têm demonstrado que a suscetibilidade à
obesidade é determinada, em grande parte, por fatores genéticos, mas o ambiente pode
conduzir à expressão fenotípica28.
Um ambiente adverso durante o período intrauterino ou pós-natal também tem
sido sugerido como uma possível causa para o desenvolvimento da obesidade,
indicando que a nutrição da mãe ou o estilo de vida perinatal podem afetar a
programação do desenvolvimento do feto28.
O conceito de programação na vida fetal ou pós-natal é, em primeiro lugar,
estabelecido a partir de estudos experimentais em animais. Evidências em estudo com
animais demonstraram que o excesso alimentar materno, durante a gestação, está
10
associado com risco aumentado de obesidade e de desordens metabólicas na vida
adulta43.
Resultados de estudos epidemiológicos e de pesquisas experimentais em
humanos também apoiaram a hipótese de que a nutrição intrauterina ou pós-natal pode
predispor à obesidade na vida adulta43-44. Em uma revisão, Martorell e colaboradores44
mostraram que o excesso de alimentação intrauterina – intimamente ligado ao peso de
nascimento elevado e/ou ao diabetes gestacional – está associado à subsequente
adiposidade, enquanto o aleitamento materno tem um efeito protetor sobre o
desenvolvimento da obesidade44.
Em contraste, a evidência de que a má nutrição na infância é um fator de risco
para o aumento da adiposidade na vida adulta ainda é inconclusiva28.
Desta forma, o combate a essa epidemia deve ser realizado através de trabalho
multidisciplinar, desde a gestação até a terceira idade, com reeducação e mudança de
hábitos, especialmente na alimentação e na adoção de atividades físicas regulares.
11
2.4 ATIVIDADE DO SISTEMA NERVOSO SIMPÁTICO E OBESIDADE
O sistema nervoso simpático (SNS) tem sido considerado um componente
essencial do sistema nervoso autônomo e desempenha um papel importante na
manutenção e na homeostase de energia, por controle hormonal e neural45. Além disso,
o SNS tem sido descrito como um sistema complexo de regulação, envolvendo efeitos
diretos dos nervos simpáticos - que fornecem a maioria dos tecidos do corpo - e efeitos
indiretos das catecolaminas: epinefrina e norepinefrina (NE)45.
A atividade simpática de órgãos efetores do metabolismo, como músculos e
glândulas, é considerada um fator chave para a manutenção do peso corporal. Os efeitos
neurais implicam efeitos termogênicos devido ao aumento da atividade simpática, bem
como a regulação do metabolismo de gordura45.
Na obesidade, o equilíbrio do balanço energético do SNS parece ser afetado
negativamente. Em indivíduos propensos à obesidade, a baixa atividade nervosa
simpática muscular de repouso (um indicador de atividade reduzida do SNS) pode estar
relacionada com um gasto energético reduzido, responsável pelo ganho de peso. Além
disso, um balanço energético negativo pode ser associado a uma redução da atividade
simpática muscular, que diminui o gasto energético de repouso45-46.
Portanto, um fator – tal como o chá verde – que estimule a atividade do SNS,
incrementando a termogênese, poderia aumentar o gasto energético em repouso de
indivíduos com excesso de peso, auxiliando no combate à obesidade.
12
3 CHÁ VERDE
3.1 COMPOSIÇÃO E BIODISPONIBILIDADE
O chá verde, extraído das folhas recém-coletadas e imediatamente estabilizadas
da planta Camellia sinensis, apresenta-se como a segunda bebida mais consumida no
mundo (120ml/dia, per capta), à frente do café, da cerveja, do vinho e das bebidas
carbonatadas47.
A composição das folhas do chá depende de uma variedade de fatores, incluindo
clima, sazão, processo utilizado na horticultura, além do tipo e da idade da planta.
Os polifenóis constituem os mais importantes componentes das folhas, cerca de
30%, particularmente os flavonoides48.
Nesse sentido, os flavonoides mais importantes pertencem à classe das
catequinas e incluem a epigalocatequina 3 galato (EGCG, que representa 59% do total
de catequinas), a epigalocatequina (EGC, que representa 19% do total de catequinas), a
epicatequina 3 galato (ECG, que representa 13,6% do total de catequinas) e a
epicatequina (EC, que representa 6,4% do total de catequinas)48-49.
Outros compostos encontrados na Camellia Sinensis são: vitamina C, vitamina
K, vitamina B (B1 e B2), minerais e bases púricas – cafeína e carotenoides –, entre
outros48-49.
Note-se que os polifenóis estão presentes em produtos de origem vegetal, tais
como frutas, verduras, grãos, sementes, castanhas, condimentos, ervas, vinhos, sucos de
uva, chás. Dentre os diversos tipos de chás, o chá verde é amplamente reconhecido
como importante fonte destes compostos fenolicos50-51 e por ser um produto não
oxidado e não fermentado45.
13
A concentração de catequinas na bebida varia de acordo com a preparação do
chá, mas de forma geral o chá verde preparado em uma proporção de 1 grama de folhas
para 100 ml de água, por 3 minutos de fervura, contém cerca de 35-45 mg/100ml de
catequinas e 6 mg/100ml de cafeína, dentre outros constituintes52.
Segundo Hasler53, uma xícara de 240 ml de chá verde pode conter,
aproximadamente, 200mg de EGCG53.
3.2 POLIFENÓIS E REDUÇÃO DE PESO – PROVÁVEIS MECANISMOS
A EGCG, catequina mais abundante no chá verde, tem merecido especial
atenção por ser um potencial agente antiobesogênico. Além disso, algumas evidências
sugerem que os extratos de chá verde podem afetar favoravelmente o peso e a gordura
corporal54-55.
As catequinas do chá verde inibem a enzima catecol-o-metiltransferase
(COMT), que está presente em quase todos os tecidos e degrada os compostos
catecólicos, como a NE56-58.
Uma vez que a NE não pode ser degradada completamente na fenda sináptica,
permanece circulante por mais tempo. O SNS, por sua vez, passa a ser estimulado de
forma contínua, devido à presença desta catecolamina, que se une aos β-
adrenorreceptores, provocando aumento no gasto energético e lipólise no tecido adiposo
46, 59.
Ainda, estudos in vitro utilizando o extrato de chá verde contendo 25% de
catequinas têm mostrado, de forma significativa, a sua capacidade – em condições
semelhantes às fisiológicas – de inibir as lipases gástrica e pancreática. Além disso, os
trabalhos mostraram também que o extrato de chá verde interfere no processo de
14
emulsificação da gordura, que ocorre antes da ação enzimática, reduzindo a absorção
intestinal de lipídios60.
A EGCG parece exercer, ainda, mecanismos diferentes na prevenção do
sobrepeso e da obesidade, pois atua na modulação de fatores angiogênicos durante o
desenvolvimento do tecido adiposo. Sabe-se que os fatores angiogênicos são elevados
em indivíduos com excesso de peso, pois o crescimento do tecido adiposo é dependente
de novas vascularizações, à semelhança do crescimento e da organogênese de outros
tecidos20.
Sob essa ótica, a inibição da angiogênese pode ser mais um caminho na
prevenção do desenvolvimento da obesidade. Mecanismos com efeitos antiangiogênicos
podem envolver a inibição da proliferação de células endoteliais em resposta à
estimulação de fatores de crescimento angiogênicos. Isso pode ser obtido através da
inibição de receptores do fator de crescimento endotelial vascular (VEGF) e da
supressão da caderina endotelial vascular, além da fosforilação da proteína quinase B20.
Além disso, a EGCG também pode inibir a produção do VEGF, do fator de
crescimento de fibroblasto básico e da interleucina-820.
A partir do estudo de Lin et al.61, verificou-se que a EGCG inibe a adipogênese
e causa apoptose em células adiposas maduras. Em adição, esta catequina suprime de
maneira dosedependente o acúmulo de lipídios nos pré-adipócitos. Esses resultados
mostram que a EGCG pode atuar diretamente inibindo a diferenciação de pré-adipócitos
e induzindo a apoptose em adipócitos maduros, podendo constituir importante adjuvante
no tratamento da obesidade61.
Por outro lado, a cafeína é uma metilxantina presente no chá verde que afeta a
regulação da temperatura corporal (termogênese) por inibir o complexo enzimático
fosfodiesterase. Esta enzima degrada a adenosina monofosfato cíclico (AMPc),
15
promovendo um prolongamento do seu efeito na célula52. O AMPc é o segundo
mensageiro intracelular para a termogênese, mediado pela noradrenalina62.
Nesse sentido, a fosfodiesterase inativada aumentará a atividade do SNS e
ativará a lipase hormônio sensível inativa, promovendo a lipólise63.
Além da inibição da fosfodiesterase, a cafeína também afeta a termogênese
através da estimulação de ciclos de substrato, como o ciclo de Cori – que converte a
glicose em lactato – e o ciclo dos ácidos graxos livres46, 59.
Portanto, processos termogênicos hepáticos, desencadeados pela formação de
lactato e pela reesterificação de triglicerídios, podem explicar a contribuição da cafeína
para o efeito termogênico.
Porém o fato de o chá verde estimular a termogênese não pode ser
completamente atribuído ao seu conteúdo de cafeína. O tratamento com cafeína em
quantidades equivalentes às encontradas no extrato de chá verde não teve efeito sobre o
gasto energético, segundo Dulloo et al.56. Os autores afirmam que o chá verde promove
a termogênese e a oxidação de gordura independentemente do seu teor de cafeína56.
Logo, o chá verde pode atuar em diferentes passos do percurso modulatório da
NE e, deste modo, exercer um efeito termogênico e, consequentemente, antiobesidade.
16
3.3 CHÁ VERDE E REDUÇÃO DE PESO: EVIDÊNCIAS
O estudo de Ito et al.64 publicado em 2008 avaliou, durante três semanas, o
efeito das catequinas do chá (1 e 5g/l em líquido potável) em ratos Wistar alimentados
com uma dieta normal em gordura (10%). O grupo tratado com uma solução contendo
0,5% de catequinas mostrou redução significativa do peso corporal em comparação com
o grupo controle, que recebeu somente água. Ambos os grupos que receberam
catequinas apresentaram menores níveis séricos (dosedependentes) de colesterol, de
trigliceridios e de ácidos biliares comparados com o grupo controle. Lipídios hepáticos
e mesentéricos também foram reduzidos de forma dosedependente em comparação com
os observados nos controles. Assim, o estudo sugere que as catequinas podem modular
o metabolismo lipídico em indivíduos não obesos64.
Kajimoto et al.65 avaliaram a redução da gordura corporal em indivíduos
eutróficos e com sobrepeso quando consumiram líquidos contendo catequinas. Para
tanto, durante 12 semanas, observaram três grupos que receberam bebidas com
diferentes concentrações de catequinas: a) grupo controle (41,1mg/dia); b) grupo com
baixa dose de ingestão (444,3mg/dia); c) grupo com alta dose de ingestão
(665,9mg/dia). Os resultados do estudo revelaram significativo decréscimo no peso
corporal, no IMC, na circunferência da cintura e na relação cintura-quadril em ambos os
grupos que ingeriram baixas e altas doses de catequinas. A medida da cintura indicou
significativa redução na área total de gordura, bem como na área de gordura visceral,
em ambos os grupos65.
No estudo conduzido por Nagao et al.7., 240 japoneses obesos foram tratados
com uma bebida de chá verde enriquecida com catequinas (583 mg catequinas/340ml
dia) ou com uma bebida controle de chá verde (96 mg catequinas/340ml dia), durante
12 semanas. Os participantes do grupo intervenção tiveram significativa diminuição no
17
peso corporal (2,3%), na área total de gordura (4,9%), na gordura visceral (9,4%), no
percentual de gordura corporal, nas circunferências da cintura e do quadril e no LDL-C
(low density lipoprotein cholesterol), em comparação aos valores basais. Todas essas
diferenças foram maiores no grupo que recebeu alta concentração de catequinas, em
relação ao grupo controle7.
Resultados semelhantes também foram relatados em uma pesquisa realizada com
japoneses portadores de diabetes tipo 2, que receberam bebidas com diferentes
concentrações de catequinas (96 mg catequinas/340 ml dia – grupo controle; ou 583 mg
catequinas/340 ml dia – grupo intervenção)66. Após um período de 12 semanas, os
participantes do grupo intervenção exibiram significativa diminuição da circunferência
da cintura (3,67%) e da pressão arterial sistólica (4,34%), em relação aos valores basais.
Além disso, houve significativa redução nos níveis séricos de triglicerídios (19,1%) e de
colesterol total (2,4%), além de aumento na insulina (37,0%), em comparação com o
observado no grupo controle66.
Nos dois estudos de Nagao et al.7, 66, a quantidade de cafeína nas bebidas foi
mantida constante (72,3 a 75 mg/340 ml dia) nos grupos de comparação, enquanto que a
concentração de catequinas foi variada (96 mg e 583 mg/340 ml dia)7, 66. Isto apoia
fortemente a hipótese de que as catequinas afetam os marcadores de obesidade.
Bose et al.67 relataram que o tratamento com 7,0 µmol/g de EGCG por 15
semanas reduziu o ganho de peso corporal (33-41%) de camundongos alimentados com
uma dieta rica em gordura, quando comparados com o grupo controle de mesmo padrão
alimentar. Além disso, os ratos tratados com EGCG tiveram significativa diminuição do
peso do tecido adiposo, dos níveis plasmáticos de jejum de glicose, de colesterol e de
alanina aminotransferase. No mesmo sentido, maiores concentrações de lipídios fecais
foram verificadas quando comparadas às dos ratos do grupo controle. Note-se que
18
houve forte correlação inversa entre o teor de lipídios nas fezes e o ganho de peso
corporal, o que sugere que a modulação da gordura da dieta mediada pela EGCG
poderia explicar a redução do peso corporal observada no grupo intervenção67.
Segundo os mesmos pesquisadores, em curto prazo (4 semanas), o tratamento de
camundongos obesos com EGCG (7,0 µmol/g) tende a reduzir o ganho de peso corporal
em comparação com o verificado nos controles. Embora a diminuição no ganho de peso
corporal não tenha sido significativa, houve redução significativa no peso do tecido
adiposo mesentérico (36%) e na glicemia de jejum (22%) dos ratos tratados com
EGCG, em comparação com os controles67.
Por outro lado, Dulloo et al.56 investigaram se o extrato do chá verde, em razão
do alto conteúdo de cafeína e catequina, poderia aumentar a energia despendida durante
24 horas e a oxidação de gorduras de homens jovens eutróficos. Assim, cada
participante deveria passar 24 horas em uma câmara respiratória, em três momentos
diferentes, tendo recebido, aleatoriamente, cápsulas contendo: a) 50 mg de cafeína e 90
mg de EGCG, b) 50 mg de cafeína, ou c) placebo constituído de celulose. A pesquisa
demonstrou aumento de 4% na energia despendida e um decréscimo no quociente
respiratório de 0,88 para 0,85, durante as 24 horas. Portanto, o extrato de chá verde pode
exercer controle na composição corporal, via ativação simpática da termogênese e
oxidação de gordura, ou por ambas56.
Wolfram et al.55 demonstraram o efeito da Teavigo® (extrato de chá verde que
contém 90% de EGCG) sobre a obesidade. O tratamento de camundongos de padrão
alimentar rico em gorduras e em açúcares com 10 mg/g de Teavigo® resultou
emdiminuição do ganho de peso, da glicemia pós-prandial, dos triglicerídios e da
leptina plasmática quando comparados com os dos controles. No mesmo trabalho, os
19
autores relataram que a suplementação de Teavigo® por quatro semanas pode reduzir o
ganho de peso e o peso da gordura corporal em ratos obesos55.
Ainda, estudos de expressão gênica revelaram que o tratamento com Teavigo®
diminuiu os níveis de RNAm adiposo, de ácido graxo sintase e de acetil-CoA
carboxilase-1, ambas enzimas-chave na síntese de novo dos ácidos graxos. Estas
observações sugerem que os polifenóis do chá podem modular a obesidade, inibindo a
lipogênese de novo55.
Contudo, os resultados dos estudos sobre chá verde e redução de peso e de
gordura corporal nem sempre são universalmente positivos.
Por exemplo, a eficácia do extrato de chá verde (GTE) foi analisada em
camundongos obesos com deficiência de leptina68. Os animais foram alimentados com
uma dieta rica em gordura e suplementada com 0,5 mg/g de GTE (55% de EGCG, 15%
de EGC, 21% de ECG e 8% de EC), durante 12 semanas. O tratamento com GTE
resultou em significativa redução no peso dos tecidos adiposo perirrenal e branco; em
comparação com os dos ratos do grupo controle, somente alimentados com alto teor de
gordura. Além disso, os ratos do grupo GTE tiveram incremento do colesterol HDL
plasmático e redução dos triglicerídios hepáticos. Estes efeitos na homeostase lipídica
foram correlacionados com a diminuição da expressão adiposa e hepática da glicose-6-
fosfato desidrogenase e da enzima málica, duas enzimas envolvidas na síntese de ácidos
graxos. Curiosamente, não houve nenhum efeito significativo do GTE sobre o peso
corporal68.
Da mesma forma, em um estudo integrado por 60 indivíduos tailandeses com
sobrepeso ou obesidade, a ingestão de cápsulas contendo 250 mg de GTE (33,6 mg
EGCG), 3 vezes ao dia por 12 semanas, resultou em significativa diminuição no peso
corporal (3,9%) em comparação com os valores basais e com os do grupo controle
20
(placebo), mas não houve efeito significativo no IMC, na relação cintura-quadril, ou no
percentual de gordura corporal69.
Resultado similar foi observado em uma pesquisa da qual participaram 46
mulheres holandesas, com sobrepeso70. O tratamento por 87 dias com GTE (1206 mg
catequinas/dia), em combinação com uma redução nas calorias da dieta não resultou em
efeito significativo no IMC, na relação cintura-quadril, ou no percentual de gordura
corporal70.
As doses das catequinas do chá utilizadas nestes estudos foram ligeiramente
inferiores às empregadas nos trabalhos que relataram efeitos positivos.
Logo, apesar de existir um melhor controle sobre a quantidade de catequinas
ingeridas, nem sempre a suplementação traz resultados favoráveis na redução do IMC,
do percentual de gordura e de outras medidas antropométricas. Portanto, pode-se inferir
que a dosagem não seja o único elemento a ser considerado na administração do chá
verde.
Por conseguinte, surge a questão sobre qual a melhor forma de ministrar o chá
verde (em infusão ou em cápsulas) para se obterem melhores resultados na perda de
peso e na diminuição do percentual de gordura.
21
4 JUSTIFICATIVA
Existem diversas pesquisas que mostram os benefícios do chá verde no peso
corporal e nas medidas antropométricas, contudo as avaliações não levam em conta se a
forma de consumo/preparo se reflete nos resultados obtidos.
A melhor maneira de sintetizar os resultados disponíveis é mediante revisão
sistemática (selecionando os artigos pertinentes) e metanálise (conjugando os resultados
estatisticamente), permitindo – assim – uma visão global e comparativa dos achados.
Portanto, considerando a grande quantidade de trabalhos sobre os efeitos do chá
verde, há necessidade de condensar, numa análise estatística, os seus resultados,
justificando o presente trabalho na busca da resposta ao problema formulado.
4.1 PROBLEMA DE PESQUISA
A forma de consumo do chá verde (cápsulas ou infusão) pode ter reflexos sobre
as medidas antropométricas (peso, circunferência da cintura, relação cintura-quadril,
percentual de gordura e índice de massa corporal)?
22
5 HIPÓTESE
A forma de administração do chá verde (cápsulas ou infusão) influencia
diretamente os resultados positivos já observados no peso e na composição corporal de
indivíduos adultos com excesso de peso.
23
6 OBJETIVOS
6.1 OBJETIVO GERAL
Comparar, através de uma revisão sistemática com metanálise, os efeitos das
diferentes formas de consumo de chá verde (infusão e cápsulas) sobre o peso corporal
de indivíduos adultos com excesso de peso, dislipidêmicos ou não, quando comparado
com o peso dos controles - em ensaios clínicos randomizados.
6.2 OBJETIVOS ESPECÍFICOS
Verificar os efeitos das diferentes formas de consumo de chá verde (infusão e
cápsula) nas seguintes medidas corporais: circunferência da cintura, relação cintura-
quadril, percentual de gordura e índice de massa corporal.
24
7 REFERÊNCIAS
1. World Health Organization. Obesity. 2011 [cited 2011 February, 7th]; Available
from: http://www.who.int/topics/obesity/en/
2. Haslam DW, James WP. Obesity. Lancet 2005; 366(9492):1197-209.
3. Pi-Sunyer FX. Health implications of obesity. Am J Clin Nutr 1991; 53(6
Suppl):1595S-603S.
4. Dulloo AG, Seydoux J, Girardier L, Chantre P, Vandermander J. Green tea and
thermogenesis: interactions between catechin-polyphenols, caffeine and
sympathetic activity. Int J Obes Relat Metab Disord 2000; 24(2):252-8.
5. Hase T, Komine Y, Meguro S, et al. Anti-obesity Effects of Tea Catechins in
Humans. J Oleo Sci 2001; 50:599-605.
6. Nagao T, Komine Y, Soga S, et al. Ingestion of a tea rich in catechins leads to a
reduction in body fat and malondialdehyde-modified LDL in men. Am J Clin Nutr
2005; 81(1):122-9.
7. Nagao T, Hase T, Tokimitsu I. A green tea extract high in catechins reduces body
fat and cardiovascular risks in humans. Obesity (Silver Spring) 2007; 15(6):1473-
83.
8. Wolfram S, Wang Y, Thielecke F. Anti-obesity effects of green tea: From bedside
to bench. Mol Nutr Food Res 2006; 50(2):176-87.
9. International Association For The Study Of Obesity. About obesity. 2009 [cited
2009 July, 3th]; Available from: http://www.ioft.org
10. Finucane MM, Stevens GA, Cowan MJ, et al. National, regional, and global trends
in body-mass index since 1980: systematic analysis of health examination surveys
and epidemiological studies with 960 country-years and 9.1 million participants.
Lancet 2011; 377(9765):557-67.
25
11. IBGE. Diretoria de Pesquisas, Coordenação de Índice de Preços, Pesquisa de
Orçamentos Familiares. 2008-2009.
12. Almeida RT, Almeida MM, Araujo TM. Abdominal obesity and cardiovascular
risk: performance of anthropometric indexes in women. Arq Bras Cardiol 2009;
92(5):345-50.
13. World Health Organization. Obesity : preventing and managing the global epidemic
: report of a WHO consultation. Geneva, Switzerland: WHO technical report series
- 894 2000.
14. Glaner MF. Índice de massa corporal como indicativo da gordura corporal
comparado às dobras cutâneas. Rev Bras Med Esporte 2005; 11:243-6.
15. Despres JP, Allard C, Tremblay A, Talbot J, Bouchard C. Evidence for a regional
component of body fatness in the association with serum lipids in men and women.
Metabolism 1985; 34(10):967-73.
16. Deurenberg P, Deurenberg Yap M, Wang J, Lin FP, Schmidt G. The impact of
body build on the relationship between body mass index and percent body fat. Int J
Obes Relat Metab Disord 1999; 23(5):537-42.
17. Rexrode KM, Carey VJ, Hennekens CH, et al. Abdominal adiposity and coronary
heart disease in women. JAMA 1998; 280(21):1843-8.
18. Taylor RW, Keil D, Gold EJ, Williams SM, A. G. Bodymass index, waist girth, and
waist-to-hip ratio as indexes pf total and regional adiposity in women: evaluation
using receiveroperating characteristic curves. Am J Clin Nutr 1998; 67:44-9.
19. Bjorntorp P. The associations between obesity, adipose tissue distribution and
disease. Acta Med Scand Suppl 1988; 723:121-34.
26
20. Han TS, Seidell JC, Currall JE, Morrison CE, Deurenberg P, Lean ME. The
influences of height and age on waist circumference as an index of adiposity in
adults. Int J Obes Relat Metab Disord 1997; 21(1):83-9.
21. Ashwell M. Obesity risk: importance of the waist-to-height ratio. Nurs Stand 2009;
23(41):49-54; quiz 5.
22. Wang JW, Hu DY, Sun YH, et al. Obesity criteria for identifying metabolic risks.
Asia Pac J Clin Nutr 2009; 18(1):105-13.
23. Associação Brasileira para o Estudo da Obesidade e da Síndrome Metabólica.
Diretrizes brasileiras de obesidade 2009/2010 / ABESO - Associação Brasileira
para o Estudo da Obesidade e da Síndrome Metabólica. 3 ed. Itapevi, SP: AC
Farmacêutica 2009.
24. Pischon T, Boeing H, Hoffmann K, et al. General and abdominal adiposity and risk
of death in Europe. N Engl J Med 2008; 359(20):2105-20.
25. Alberti KG, Zimmet P, Shaw J. Metabolic syndrome--a new world-wide definition.
A Consensus Statement from the International Diabetes Federation. Diabet Med
2006; 23(5):469-80.
26. Carneiro G, Faria AN, Ribeiro Filho FF, et al. [Influence of body fat distribution on
the prevalence of arterial hypertension and other cardiovascular risk factors in
obese patients]. Rev Assoc Med Bras 2003; 49(3):306-11.
27. Molarius A, Seidell JC, Sans S, Tuomilehto J, Kuulasmaa K. Varying sensitivity of
waist action levels to identify subjects with overweight or obesity in 19 populations
of the WHO MONICA Project. J Clin Epidemiol 1999; 52(12):1213-24.
28. Chan RS, Woo J. Prevention of overweight and obesity: how effective is the current
public health approach. Int J Environ Res Public Health 2010; 7(3):765-83.
27
29. Joint WHO/FAO Expert Consultation on Diet Nutrition and the Prevention of
Chronic Diseases. Diet, nutrition and the prevention of chronic diseases: report of a
joint WHO/FAO expert consultation. Geneva, Switzerland: WHO technical report
series - 916 2002.
30. Popkin BM. The nutrition transition and obesity in the developing world. J Nutr
2001; 131(3):871S-3S.
31. Madanat HN, Troutman KP, Al-Madi B. The nutrition transition in Jordan: the
political, economic and food consumption contexts. Promot Educ 2008; 15(1):6-10.
32. Zhai F, Wang H, Du S, et al. Prospective study on nutrition transition in China.
Nutr Rev 2009; 67 Suppl 1:S56-61.
33. Young LR, Nestle M. The contribution of expanding portion sizes to the US obesity
epidemic. Am J Public Health 2002; 92(2):246-9.
34. Sichieri R, Castro JF, Moura AS. [Factors associated with dietary patterns in the
urban Brazilian population]. Cad Saude Publica 2003; 19 Suppl 1:S47-53.
35. Poskitt EM. Countries in transition: underweight to obesity non-stop? Ann Trop
Paediatr 2009; 29(1):1-11.
36. Baba R, Iwao N, Koketsu M, Nagashima M, Inasaka H. Risk of obesity enhanced
by poor physical activity in high school students. Pediatr Int 2006; 48(3):268-73.
37. Brock DW, Thomas O, Cowan CD, Allison DB, Gaesser GA, Hunter GR.
Association between insufficiently physically active and the prevalence of obesity
in the United States. J Phys Act Health 2009; 6(1):1-5.
38. Yang X, Telama R, Leskinen E, Mansikkaniemi K, Viikari J, Raitakari OT. Testing
a model of physical activity and obesity tracking from youth to adulthood: the
cardiovascular risk in young Finns study. Int J Obes (Lond) 2007; 31(3):521-7.
28
39. Drewnowski A. Obesity, diets, and social inequalities. Nutr Rev 2009; 67 Suppl
1:S36-9.
40. James WP. The fundamental drivers of the obesity epidemic. Obes Rev 2008; 9
Suppl 1:6-13.
41. Jones N, Furlanetto DL, Jackson JA, Kinn S. An investigation of obese adults'
views of the outcomes of dietary treatment. J Hum Nutr Diet 2007; 20(5):486-94.
42. Bouchard C. Childhood obesity: are genetic differences involved? Am J Clin Nutr
2009; 89(5):1494S-501S.
43. McMillen IC, Rattanatray L, Duffield JA, et al. The early origins of later obesity:
pathways and mechanisms. Adv Exp Med Biol 2009; 646:71-81.
44. Martorell R, Stein AD, Schroeder DG. Early nutrition and later adiposity. J Nutr
2001; 131(3):874S-80S.
45. Westerterp-Plantenga MS. Green tea catechins, caffeine and body-weight
regulation. Physiol Behav 2010; 100(1):42-6.
46. Diepvens K, Westerterp KR, Westerterp-Plantenga MS. Obesity and thermogenesis
related to the consumption of caffeine, ephedrine, capsaicin, and green tea. Am J
Physiol Regul Integr Comp Physiol 2007; 292(1):R77-85.
47. Mukhtar H, Ahmad N. Tea polyphenols: prevention of cancer and optimizing
health. Am J Clin Nutr 2000; 71(6 Suppl):1698S-702S; discussion 703S-4S.
48. U.S. Department of Agriculture. USDA Database for the Flavonoid Content of
Selected Foods. Beltsville, Maryland: USDA 2003.
49. McKay DL, Blumberg JB. The role of tea in human health: an update. J Am Coll
Nutr 2002; 21(1):1-13.
29
50. Matsubara S, Rodriguez-Amaya DB. Conteúdo de miricetina, quercetina e
kaempferol em chás comercializados no Brasil. Ciência e Tecnologia de Alimentos
2006; 26:380-5.
51. Ross JA, Kasum CM. Dietary flavonoids: bioavailability, metabolic effects, and
safety. Annu Rev Nutr 2002; 22:19-34.
52. Balentine DA, Wiseman SA, Bouwens LC. The chemistry of tea flavonoids. Crit
Rev Food Sci Nutr 1997; 37(8):693-704.
53. Hasler CM. Functional foods: benefits, concerns and challenges-a position paper
from the american council on science and health. J Nutr 2002; 132(12):3772-81.
54. Kao YH, Chang HH, Lee MJ, Chen CL. Tea, obesity, and diabetes. Mol Nutr Food
Res 2006; 50(2):188-210.
55. Wolfram S, Raederstorff D, Wang Y, Teixeira SR, Elste V, Weber P. TEAVIGO
(epigallocatechin gallate) supplementation prevents obesity in rodents by reducing
adipose tissue mass. Ann Nutr Metab 2005; 49(1):54-63.
56. Dulloo AG, Duret C, Rohrer D, et al. Efficacy of a green tea extract rich in catechin
polyphenols and caffeine in increasing 24-h energy expenditure and fat oxidation in
humans. Am J Clin Nutr 1999; 70(6):1040-5.
57. Shixian Q, VanCrey B, Shi J, Kakuda Y, Jiang Y. Green tea extract thermogenesis-
induced weight loss by epigallocatechin gallate inhibition of catechol-O-
methyltransferase. J Med Food 2006; 9(4):451-8.
58. Westerterp-Plantenga MS, Lejeune MP, Kovacs EM. Body weight loss and weight
maintenance in relation to habitual caffeine intake and green tea supplementation.
Obes Res 2005; 13(7):1195-204.
59. Westerterp-Plantenga M, Diepvens K, Joosen AM, Berube-Parent S, Tremblay A.
Metabolic effects of spices, teas, and caffeine. Physiol Behav 2006; 89(1):85-91.
30
60. Cabrera C, Artacho R, Gimenez R. Beneficial effects of green tea--a review. J Am
Coll Nutr 2006; 25(2):79-99.
61. Lin J, Della-Fera MA, Baile CA. Green tea polyphenol epigallocatechin gallate
inhibits adipogenesis and induces apoptosis in 3T3-L1 adipocytes. Obes Res 2005;
13(6):982-90.
62. Cornelis MC, El-Sohemy A, Campos H. Genetic polymorphism of the adenosine
A2A receptor is associated with habitual caffeine consumption. Am J Clin Nutr
2007; 86(1):240-4.
63. Acheson KJ, Gremaud G, Meirim I, et al. Metabolic effects of caffeine in humans:
lipid oxidation or futile cycling? Am J Clin Nutr 2004; 79(1):40-6.
64. Ito Y, Ichikawa T, Morohoshi Y, Nakamura T, Saegusa Y, Ishihara K. Effect of tea
catechins on body fat accumulation in rats fed a normal diet. Biomed Res 2008;
29(1):27-32.
65. Kajimoto O, Kajimoto Y, Yabune M, et al. Tea catechins with a galloyl moiety
reduce body weight and fat. J Health Science 2005; 51(2):161-71.
66. Nagao T, Meguro S, Hase T, et al. A catechin-rich beverage improves obesity and
blood glucose control in patients with type 2 diabetes. Obesity (Silver Spring)
2009; 17(2):310-7.
67. Bose M, Lambert JD, Ju J, Reuhl KR, Shapses SA, Yang CS. The major green tea
polyphenol, (-)-epigallocatechin-3-gallate, inhibits obesity, metabolic syndrome,
and fatty liver disease in high-fat-fed mice. J Nutr 2008; 138(9):1677-83.
68. Kim HJ, Jeon SM, Lee MK, Jung UJ, Shin SK, Choi MS. Antilipogenic effect of
green tea extract in C57BL/6J-Lep ob/ob mice. Phytother Res 2009; 23(4):467-71.
31
69. Auvichayapat P, Prapochanung M, Tunkamnerdthai O, et al. Effectiveness of green
tea on weight reduction in obese Thais: A randomized, controlled trial. Physiol
Behav 2008; 93(3):486-91.
70. Diepvens K, Kovacs EM, Nijs IM, Vogels N, Westerterp-Plantenga MS. Effect of
green tea on resting energy expenditure and substrate oxidation during weight loss
in overweight females. Br J Nutr 2005; 94(6):1026-34.
32
ARTIGO
EFEITO DO CONSUMO DE CHÁ VERDE EM CÁPSULAS OU EM INFUSÃO
SOBRE O PESO CORPORAL: REVISÃO SISTEMÁTICA E METANÁLISE DE
ENSAIOS CLÍNICOS RANDOMIZADOS
33
ARTICLE TO BE SUBMITTED TO THE INTERNATIONAL JOURNAL OF OBESITY 1
2
EFFECT OF GREEN TEA CONSUMPTION IN CAPSULES OR INFU SION ON 3
BODY WEIGHT: SYSTEMATIC REVIEW AND META-ANALYSIS OF 4
RANDOMIZED CONTROLLED TRIALS 5
6
Running title: Green tea in capsules or infusion: meta-analysis 7
8
Thaís Araujo Brito Galarraga1, MSc; Fernanda Bereta dos Reis2; Graciele Sbruzzi1, MSc; 9
Rodrigo Antonini Ribeiro1, MSc; Vera Lúcia Portal1, PhD; Lucia Campos Pellanda1,2, PhD. 10
11
Corresponding author: 12
Lucia Campos Pellanda – Unidade de Pesquisa 13
Av. Princesa Isabel, 370 – Santana 90.620-000 14
Porto Alegre, RS – BRASIL 15
[email protected] / [email protected] 16
17
1 Instituto de Cardiologia do Rio Grande do Sul/ Fundação Universitária de Cardiologia
(IC/FUC), Porto Alegre, RS, Brasil. 2 Universidade Federal de Ciências da Saúde de Porto Alegre (UFCSPA). Porto Alegre.
RS, Brasil.
34
ABSTRACT 18
Background: Epidemiological evidence and randomized controlled trials (RCTs) have shown 19
an inverse relationship between habitual green tea (GT) consumption and levels of body fat 20
(BF) and waist circumference (WC), but the effects of different forms of consumption of GT - 21
infusion and capsules - on body weight (BW) of overweight and obese adults remain unclear. 22
Objectives: To compare the effects of different forms of GT consumption (infusion and 23
capsules) on BW of overweight and obese, dyslipidemic or non dyslipidemic adults. Data 24
sources: A systematic and structured search of Medline, EMBASE and the Cochrane Library, 25
references from included studies and reviews (from inception to December 2010). Study 26
selection: Studies that tests the efficacy of GT in RCTs for weight reduction in overweight or 27
obese (BMI≥ 24.9kg/m2) adults (≥18 years) for at least 8 weeks were included. Data 28
Extraction: Two reviewers independently abstracted data on methodological quality, study 29
characteristics, intervention components and treatment effects. Data Analysis: Random-30
effects meta-analyses, I2 for inconsistency and subgroup analyses (capsules vs infusion) for 31
each examined outcome. Data Synthesis: From 223 articles, 11 studies (n =1123) were 32
included. In subgroup analysis, GT infusion revealed a small but statistically different 33
decrease in % BF (p=0.05) compared to capsules. GT infusion significantly decreased WC (-34
1.39cm; 95% CI: -2.42, -0.37) and % BF (-1.15%; 95% CI: -2.04, -0.26) compared to 35
controls. GT capsules showed no significant reduction compared to infusion or to control. GT 36
significantly decreased BW (-1.24 kg; 95% CI: -2.41, -0.07), BMI (-0.43kg/m2; 95% CI: -37
0.84, -0.02) and WC (-1.14cm; 95% CI: -2.06, -0.23) compared to controls. Conclusions: GT 38
infusion may positively affect % BF when compared with the same tea in capsules, but the 39
magnitude of the effect is small, and the effect deserves further investigation. 40
Keywords: Green tea, weight loss, infusion, capsules, systematic review, meta-analysis. 41
42
35
INTRODUCTION 43
The prevalence of overweight and obesity is increasing rapidly and constitutes a 44
serious public health problem for both developed and developing countries1. There are several 45
dietary and pharmacological strategies which have been shown to affect energy balance in a 46
manner that results in successful weight reduction2. 47
Epidemiological evidence and randomized controlled intervention trials have shown 48
an inverse relationship between habitual tea consumption (predominately green tea) and 49
levels of body fat and waist circumference3, 4. 50
The anti-obesity effects of green tea (GT) are mainly attributed to its polyphenol 51
content, in particular, epigallocatechin-3-gallate (EGCG)5, which is the most abundant 52
catechin found in GT5. It is thought to be the most biologically active compound in GT and 53
has been shown to have weight-reducing effects such as increasing energy expenditure and 54
metabolism6, decreasing body weight and body fat7, decreasing energy absorption and 55
increasing fat oxidation8, enhancing insulin activity9 and increasing sympathetic nervous 56
system activity by inhibition of catechol-O-methyl transferase, the enzyme responsible for the 57
breakdown of noradrenaline10. 58
Randomized controlled trials (RCTs) have been conducted in order to analyze the 59
effects of green tea on weight loss, but without uniformly taking into account mode of 60
administration (capsules or infusion). Capsules are more easily administered experimentally, 61
but infusion would be closer to “real life”. Therefore, we performed a systematic review and 62
meta-analysis of randomized clinical trials to examine if green tea consumed as an infusion 63
would yield different weight loss results when compared to capsules in overweight and obese, 64
dyslipidemic or non dyslipidemic adults. 65
66
36
METHODS 67
This review was conducted according to the methods proposed by the Cochrane 68
Collaboration, and this report is in concordance with the PRISMA checklist11. 69
70
DATA SOURCES 71
A systematic literature search was conducted through December 2010 in the following 72
databases: MEDLINE (beginning 1950), EMBASE (beginning 1990) and Cochrane 73
CENTRAL (indexed April 2009). 74
75
SEARCH STRATEGY 76
A search strategy was performed combining the following terms (used both as text 77
words and Medical Subject Headings): “Camellia Sinensis” OR “Camellia sinenses” OR 78
“Sinenses, Camellia” OR “sinensis, Camellia” OR “Thea sinensis” OR “Thea sinenses” OR 79
“sinenses, Thea” OR “sinensis, Thea” OR “green tea” OR “catechin” OR “catechins”, AND 80
"Dyslipidemias"[Mesh] OR Dyslipidemia OR Dyslipoproteinemias OR Dyslipoproteinemia 81
OR Cholesterol OR Epicholesterol OR Hypercholesterolemia OR Hypercholesterolemias OR 82
Hypercholesteremia OR Hypercholesteremias OR overweight OR obesity; and associated 83
with a list of terms with high sensitivity to the search for RCTs, developed by Robinson and 84
Dickersin12. No language restrictions were imposed. 85
In addition, we supplemented the database search with manual review of the reference 86
lists of included articles and review articles. Two reviewers (T.G. and F.R.), working in 87
duplicate and independently, screened all abstracts and titles as well as all full text 88
publications for eligibility. In cases of disagreement between the reviewers, a third member of 89
the research team not involved in the initial assessment (G.S.) adjudicated the study after 90
reviewing the stated reasons for the initial assessment and the full text of the report. 91
37
STUDY SELECTION 92
To be considered for inclusion, studies had to test the efficacy of GT on weight 93
reduction in overweight or obese (BMI≥ 24.9kg/m2) adults (≥18 years). 94
In addition, trials were included in the analysis if they were randomized and evaluated 95
the use of green tea catechins (GTCs) as infusion or as capsules for at least 8 weeks (wk) and 96
reported data on at least one of the following endpoints: 1) body mass index (BMI), 2) body 97
weight (BW), 3) waist circumference (WC), 4) waist-to-hip ratio (WHR) or 5) percent of 98
body fat (%BF). Both parallel and crossover trials were eligible for inclusion. In trials with 99
multiple publications, the data were accounted once but were referenced multiple times as 100
necessary. 101
Trials were excluded if patients used any tea other than green tea (such as oolong tea) 102
or a combination of substances with green tea (such as bioactive supplement or chitosan). 103
104
QUALITY ASSESSMENT 105
Working independently and in duplicate, reviewers (T.G and F.R.) ascertained the 106
reported quality of eligible RCTs. The major quality issues assessed were the following: 107
concealment of the allocation list, intention to treat analysis, blinding of participants and 108
outcomes assessors and description of losses and exclusions. Studies without a clear 109
description concerning the use of an intention to treat analysis were considered as not filling 110
this criterion. The lack of a description of how the allocation list was concealed was judged as 111
absence of allocation concealment. 112
113
DATA ABSTRACTION 114
Various characteristics were extracted from the original reports using a standardized 115
data extraction form. We recorded the duration of the treatment phase (in weeks), whether the 116
38
study used an infusion or capsules, and the age range, average BMI and gender of the 117
participants in each study. Moreover, for each condition, we recorded the dosage of GT 118
administered (in mg per day). 119
For each analysis, the mean change in BMI, BW, WC, WHR and %BF from baseline 120
were treated as continuous variables, and the weighted mean differences (WMDs) were 121
calculated as the differences between the mean in GT and control groups. 122
For one study13 in which the medians and interquartile ranges were reported, values 123
were assumed to approximate means and 95% CIs14. 124
Negative values for the mean change, therefore, indicate weight loss (WL), a value of 125
zero indicates no change, and positive values indicate an average increase of body mass. 126
Finally, we collected outcome data [end of study (preferred) or change from baseline] 127
on each anthropometric variable for the longest period of follow-up for which data were 128
available. We calculated missing data using standard procedures recommended in the 129
Cochrane Handbook14. We contacted authors and requested information when data were 130
measured but not adequately reported. Response rate from author contact was approximately 131
29%. 132
133
STATISTICAL ANALYSIS 134
We determined the effect size (standardized mean difference) and 95% CI for the 135
difference between arms (treatment vs. control) for each of the outcomes, as implemented in 136
Review Manager (RevMan) version 5.0, using a random-effects model. 137
A p value ≤0.05 was considered statistically significant for all analyses. Statistical 138
heterogeneity was assessed using the I2 statistic. Values of 25%, 50% and 75% were 139
considered to have low, medium and high statistical heterogeneity, respectively15. 140
39
We performed subgroup analysis to assess which of the different forms of GT 141
(infusion vs. capsules) was more effective in reducing weight and body measurements. 142
Sensitivity analyses were carried out considering methodological characteristics of the 143
studies (blinding, intention to treat and allocation concealment), where meta-analysis 144
calculations were remade including only studies meeting the quality criteria. Separate 145
calculations were made considering each characteristic. 146
147
RESULTS 148
SEARCH RESULTS 149
Of the 179 citations retrieved through the search strategy, 50 full-text articles were 150
identified for detailed evaluation [fig. 1]. 151
From the overall pool of full-text articles, 12 did not have a minimum of 8 wk, 3 were 152
not RCTs, 4 did not have overweight or obese participants, 7 did not evaluate GTCs, 6 had 153
insufficient information and 4 were unavailable in databases. Three studies reported 154
anthropometric outcomes16-18 but were considered nonrelevant because both investigated 155
weight maintenance subsequent to a low-calorie diet and exercise program rather than weight 156
loss resulting from GTCs. No studies were excluded because of lack of randomization [see 157
appendix 1]. 158
A total of 11 trials (n =1123) met the inclusion criteria [table 1]. Of the 11 trials 159
included, 5 trials13, 19-22 (n =282) evaluated GTCs as capsule supplementation and 6 trials23-28 160
(n =841) evaluated GTCs as infusion. No eligible crossover trials were identified. 161
Two articles by Japanese authors were obtained through personal communication26, 27. 162
They had an English abstract and were written in Japanese. These articles were sent to us with 163
an English translation, as we contacted the author (Hideto Takase), after finding their study in 164
another review. 165
40
In all but one study28 subjects were randomly assigned to two groups, with eight 166
studies13, 19-23, 26, 27 using a true placebo group and the remaining two studies24, 25 comparing a 167
high with a low dose of an EGCG and caffeine mixture. 168
The study by Wang et al.28 contained three treatment groups that received different 169
catechin dosages. For this study, the intervention groups were combined into a single sample 170
size, as described in the Cochrane Handbook - chapter 7.7.3.814. 171
172
METHODOLOGICAL QUALITY 173
Table 2 describes the methodological quality of included trials. Most reports did not 174
fulfill all quality criteria – only three. Of the 11 included, 4 (36%) studies contained a 175
description of allocation concealment and intention to treat analysis, 11 (100%) had blinding 176
of participants, 10 (91%) had blinding of outcome assessors, and 11 (100%) presented losses 177
and exclusions. 178
179
QUANTITATIVE DATA SYNTHESIS 180
Green tea infusion versus green tea capsules 181
Subgroup analyses were made only for BW, BMI, WC and % BF, because only one 182
study with infusion evaluated WHR25. 183
In the subgroup analysis, no effect (p>0.05) was observed on BW [fig. 2], BMI [fig. 3] 184
or WC [fig. 4] and there was a low degree of heterogeneity (I2 =0%, I2 =0%, I2 =10.9% 185
respectively). 186
The GT infusion group showed a small but significant decrease of % BF (p=0.05) [fig. 187
5] – when compared with GT capsules – with high statistical heterogeneity (I2 =73.3%). 188
41
Excluding the study by Brown et al.20 (the only one with less than 12 wk of 189
intervention), no statistically significant subgroup difference was observed on % BF (p=0.26) 190
and statistical heterogeneity decreased (I2 =20.1%). [appendix.3] 191
192
Green tea infusion and green tea capsules versus control 193
The GT infusion group showed a statistically significant decrease of WC (-1.39 cm; 194
95% CI: -2.42, -0.37; p<0.01) [fig. 4] and % BF (-1.15 %; 95% CI: -2.04, -0.26; p=0.01) [fig 195
5] when compared with controls. 196
The GT capsules group showed no statistically significant difference in any of the 197
outcomes when compared to controls. 198
199
Green tea catechins versus control 200
In the meta-analysis of studies evaluating GTCs compared with a placebo group, the 201
GTC group showed statistically significant reductions in BW (-1.24 kg; 95% CI: -2.41, -0.07; 202
p=0.04) [fig.2], BMI (-0.43 kg/m2; 95% CI: -0.84, -0.02; p=0.04) [fig. 3] and WC (-1.14 cm; 203
95% CI: -2.06, -0.23; p=0.01) [fig.4], with no statistically significant effect on % BF [fig. 5] 204
and on WHR [appendix 2]. Statistical heterogeneity was low for body weight, WC and BMI 205
(I2 =0%, I2 =0%, I2 =21%, respectively), but a moderate degree of heterogeneity was present 206
for percent of body fat (I2 =44%) and high degree for WHR (I2 =67%) analyses. 207
Excluding the study by Brown et al.20 (< 12 wk of intervention), the GTC group 208
showed statistically significant reductions in % BF (-0.85 %; 95% CI: -1.53, -0.18; p=0.01), 209
WC (-1.27 cm, 95% CI: -2.22, -0.32; p<0.01) and BMI (0.52 Kg/m2, 95% CI: -0.94, -0.09; 210
p=0.02) [appendix.3]. In addition, statistical heterogeneity decreased for % BF (I2 =2%) and 211
BMI (I 2 =18%) [appendix.3]. 212
213
42
DISCUSSION 214
In this systematic review of randomized controlled trials, we sought to compare the 215
effects of different forms of GT consumption (infusion and capsules) on body weight and 216
anthropometric measures of overweight and obese adults. 217
Statistical pooling of data from the 9 trials showed that ingesting a GT infusion – at a 218
dose ranging from 539.7 to 886mg/d over 8 wk – had a small but statistically significant 219
decrease in % BF when compared to capsules, with no effect on BW, WC and BMI. 220
However, the inclusion of only one study with an 8 week duration may have 221
contributed to this result of borderline statistical significance in % BF and to a high statistical 222
heterogeneity. In addition, the wide range of GTC doses evaluated may also have contributed 223
to the heterogeneous results. 224
Indirect evidence from intervention trials suggests that GTC may alter fat metabolism 225
by promoting lipolysis from specific fat storages. The fat storage in the abdomen appears to 226
be more responsive to norepinephrine induced lipolysis than those in other storage areas29. 227
For example, Nagao et al.24 evaluated the effects of a brewed green tea beverage with 228
added GTC (583 mg) as compared to a control beverage (96 mg GTC) in Japanese men and 229
women. At the end of the 12 week intervention period, participants in the intervention group 230
had a significant decrease in body weight (-1.7 kg) in the total fat (-16 cm2), in visceral fat (-231
10.3 cm2), in the percentage of body fat (-2.5%) and in waist circumferences (-2.5 cm) 232
compared to baseline. All these differences were greater in the group receiving a high 233
concentration of catechins in relation to the control group24. 234
On the other hand, Hill et al.22 failed to show differences in abdominal fat in 235
overweight and obese women consuming 300 mg/d EGCG capsules for 12 weeks compared 236
to a placebo. 237
43
In this meta-analysis, the GT infusion group – compared with the control over 8 weeks 238
– provided an average loss of WC (-1.39 cm, p<0.01) higher than the GT capsules group (-239
0.17 cm, p>0.05). However, anthropometric measurements of WC made by trained 240
professionals can vary by 1.5 to 2.1 cm between measurements30. Therefore, 2 cm reductions 241
in WC cannot be ruled out as chance and should be interpreted with caution. 242
The capsules are more easily administered experimentally (better control over the 243
quantity and quality of ingested catechins) than infusion (closer to "real life"), but - contrary 244
to expectations - GTC capsules appear to have a slightly worse result in reduced 245
anthropometric measures (WC, BMI,% BF) – and a slightly better one in weight loss – than 246
infusion. 247
Despite the statistical significance achieved in one of the analyses with GT infusion 248
(%BF), our results are underpowered (limited by few studies with small sample sizes) so we 249
cannot affirm that this form of tea administration is better than the capsules for weight and 250
anthropometric measures reductions in overweight and obese adults. 251
On the other hand, our focused review question, comprehensive and systematic 252
literature search aided by the collaboration of a multidisciplinary team of specialists, explicit 253
and reproducible eligibility criteria, and focused protocol-driven analyses contribute to the 254
validity of study findings. 255
Most of the observed reporting bias was overcome as a result of the responses 256
provided by the authors who answered the data queries, allowing us to retrieve most of the 257
missing data. 258
In contrast to other previously published meta-analyses3, 16 this study included only 259
overweight or obese adults without comorbidities, which may have contributed to a low 260
heterogeneity observed in some results. 261
44
The evidence from RCTs suggests that the administration of GT infusion may 262
positively affect % BF when compared with the same tea offered in capsules and GT infusion 263
seems to have a better effect on WC when compared to controls. However, the magnitudes of 264
these effects over 8wk are small and not likely to be clinically relevant. The observed effect 265
deserves further investigation. 266
267
ACKNOWLEDGEMENTS 268
We thank Dr Hideto Takase for his assistance in translating the Japanese articles. 269
270
CONFLICT OF INTEREST 271
The authors declare no conflict of interest. 272
273
45
REFERENCES 274
275 1. International Association For The Study Of Obesity. About obesity. In, 2009. 276 277 2. Bray GA. Lifestyle and pharmacological approaches to weight loss: efficacy and 278
safety. J Clin Endocrinol Metab 2008; 93(11 Suppl 1): S81-8. 279 280 3. Phung OJ, Baker WL, Matthews LJ, Lanosa M, Thorne A, Coleman CI. Effect of 281
green tea catechins with or without caffeine on anthropometric measures: a systematic 282 review and meta-analysis. Am J Clin Nutr 2010; 91(1): 73-81. 283
284 4. Wu CH, Lu FH, Chang CS, Chang TC, Wang RH, Chang CJ. Relationship among 285
habitual tea consumption, percent body fat, and body fat distribution. Obes Res 2003; 286 11(9): 1088-95. 287
288 5. Graham HN. Green tea composition, consumption, and polyphenol chemistry. Prev 289
Med 1992; 21(3): 334-50. 290 291 6. Dulloo AG, Seydoux J, Girardier L, Chantre P, Vandermander J. Green tea and 292
thermogenesis: interactions between catechin-polyphenols, caffeine and sympathetic 293 activity. Int J Obes Relat Metab Disord 2000; 24(2): 252-8. 294
295 7. Wolfram S, Raederstorff D, Wang Y, Teixeira SR, Elste V, Weber P. TEAVIGO 296
(epigallocatechin gallate) supplementation prevents obesity in rodents by reducing 297 adipose tissue mass. Ann Nutr Metab 2005; 49(1): 54-63. 298
299 8. Klaus S, Pultz S, Thone-Reineke C, Wolfram S. Epigallocatechin gallate attenuates 300
diet-induced obesity in mice by decreasing energy absorption and increasing fat 301 oxidation. Int J Obes (Lond) 2005; 29(6): 615-23. 302
303 9. Anderson RA, Polansky MM. Tea enhances insulin activity. J Agric Food Chem 2002; 304
50(24): 7182-6. 305 306 10. Lu H, Meng X, Yang CS. Enzymology of methylation of tea catechins and inhibition 307
of catechol-O-methyltransferase by (-)-epigallocatechin gallate. Drug Metab Dispos 308 2003; 31(5): 572-9. 309
310 11. Moher D, Liberati A, Tetzlaff J, Altman DG. Preferred reporting items for systematic 311
reviews and meta-analyses: the PRISMA statement. Ann Intern Med 2009; 151(4): 312 264-9, W64. 313
314 12. Robinson KA, Dickersin K. Development of a highly sensitive search strategy for the 315
retrieval of reports of controlled trials using PubMed. Int J Epidemiol 2002; 31(1): 316 150-3. 317
318 13. Chan CC, Koo MW, Ng EH, Tang OS, Yeung WS, Ho PC. Effects of Chinese green 319
tea on weight, and hormonal and biochemical profiles in obese patients with 320 polycystic ovary syndrome--a randomized placebo-controlled trial. J Soc Gynecol 321 Investig 2006; 13(1): 63-8. 322
46
14. Higgins JP, Green S. Cochrane Handbook for Systematic Reviews of Interventions. 323 In: The Cochrane Collaboration, 2011. 324
325 15. Higgins JP, Thompson SG, Deeks JJ, Altman DG. Measuring inconsistency in meta-326
analyses. BMJ 2003; 327(7414): 557-60. 327 328 16. Hursel R, Westerterp-Plantenga MS. Green tea catechin plus caffeine supplementation 329
to a high-protein diet has no additional effect on body weight maintenance after 330 weight loss. Am J Clin Nutr 2009; 89(3): 822-30. 331
332 17. Kovacs EM, Lejeune MP, Nijs I, Westerterp-Plantenga MS. Effects of green tea on 333
weight maintenance after body-weight loss. Br J Nutr 2004; 91(3): 431-7. 334 335 18. Westerterp-Plantenga MS, Lejeune MP, Kovacs EM. Body weight loss and weight 336
maintenance in relation to habitual caffeine intake and green tea supplementation. 337 Obes Res 2005; 13(7): 1195-204. 338
339 19. Auvichayapat P, Prapochanung M, Tunkamnerdthai O, Sripanidkulchai BO, 340
Auvichayapat N, Thinkhamrop B et al. Effectiveness of green tea on weight reduction 341 in obese Thais: A randomized, controlled trial. Physiol Behav 2008; 93(3): 486-91. 342
343 20. Brown AL, Lane J, Coverly J, Stocks J, Jackson S, Stephen A et al. Effects of dietary 344
supplementation with the green tea polyphenol epigallocatechin-3-gallate on insulin 345 resistance and associated metabolic risk factors: randomized controlled trial. Br J Nutr 346 2009; 101(6): 886-94. 347
348 21. Diepvens K, Kovacs EM, Vogels N, Westerterp-Plantenga MS. Metabolic effects of 349
green tea and of phases of weight loss. Physiol Behav 2006; 87(1): 185-91. 350 351 22. Hill AM, Coates AM, Buckley JD, Ross R, Thielecke F, Howe PR. Can EGCG reduce 352
abdominal fat in obese subjects? J Am Coll Nutr 2007; 26(4): 396S-402S. 353 354 23. Maki KC, Reeves MS, Farmer M, Yasunaga K, Matsuo N, Katsuragi Y et al. Green 355
tea catechin consumption enhances exercise-induced abdominal fat loss in overweight 356 and obese adults. J Nutr 2009; 139(2): 264-70. 357
358 24. Nagao T, Hase T, Tokimitsu I. A green tea extract high in catechins reduces body fat 359
and cardiovascular risks in humans. Obesity (Silver Spring) 2007; 15(6): 1473-83. 360 361 25. Nagao T, Meguro S, Hase T, Otsuka K, Komikado M, Tokimitsu I et al. A catechin-362
rich beverage improves obesity and blood glucose control in patients with type 2 363 diabetes. Obesity (Silver Spring) 2009; 17(2): 310-7. 364
365 26. Takase H, Nagao T, Otsuka K, Meguro S, Komikado M, Tokimitsu I. Effects of Long-366
term Ingestion of Tea Catechins on Visceral Fat Accumulation and Metabolic 367 Syndrome Risk in Women with Abdominal Obesity. Jpn Pharmacol Ther 2008; 36: 368 237-45. 369
370
47
27. Takeshita M, Takashima S, Harada U. Effects of long-term consumption of tea 371 catechins-enriched beverage with no caffeine on body composition in humans. Jpn 372 Pharmacol Ther 2008; 36: 767-76. 373
374 28. Wang H, Wen Y, Du Y, Yan X, Guo H, Rycroft JA et al. Effects of catechin enriched 375
green tea on body composition. Obesity (Silver Spring) 2010; 18(4): 773-9. 376 377 29. Tentolouris N, Liatis S, Katsilambros N. Sympathetic system activity in obesity and 378
metabolic syndrome. Ann N Y Acad Sci 2006; 1083: 129-52. 379 380 30. Nadas J, Putz Z, Kolev G, Nagy S, Jermendy G. Intraobserver and interobserver 381
variability of measuring waist circumference. Med Sci Monit 2008; 14(1): CR15-18. 382
48
TABLES 383
384
Table 1. Characteristics of randomized controlled trials included in meta-analysis. 385
Author, year n (I, C) Type of
Intervention
Intervention time
(weeks) % Male Population
Intervention group
Control group Mean age (I / C)
Auvichayapat, 2008
60 (30,30) Capsules 12 30 Thai M 40-60y; W> 1y postmenopausal;
BMI>25Kg/m2 250mg GT 3x/d Cellulose capsule
48,53 ± 5,5 / 48,9 ± 5
Brown, 2009 100 (46,42) Capsules 8 100 40-65y;
BMI>28Kg/m2 400mg EGCG
2x/d 400mg lactose
2x/d 52,15±6,43 / 50,6
± 6,5
Chan, 2006 34 (18,16) Capsules 12 0 25-40y;
BMI≥28Kg/m2; PCOS
540mg EGCG/d NR 34,8±4,2 *
Diepvens, 2006 46 (23,23) Capsules 12 0 19-57y; BMI 25-
31Kg/m2 134mg cat 3 capsules 3x/d
Maltodextrin 3 capsules 3x/d
41,7±8,6 / 41,6 ± 10
Hill, 2007 42 (19,19) Capsules 12 0 45-70y; BMI 25-
39,9Kg/m2 150mg EGCG
2x/d Lactose capsule 45-70 *
Maki, 2009 132 (65,63) Infusion 12 50,7 21-65y; BMI 25-
40Kg/m2 WC >87cm (W) or >90cm (M)
625mg cat + 39mg caf (500ml/d)
39mg caf (500ml/d)
47±10,48 / 49 ± 10,3
Nagao, 2007 270
(123,117) Infusion 12 58,3
Vobes 25-55y, BMI 24-30Kg/m2
582,8mg cat + 72,3mg caf (340ml/d)
96,3mg cat + 75mg caf (340ml/d)
41,7±9,9 *
49
Nagao, 2009 52 (23,20) Infusion 12 34,6 T2DM without
insulin, BMI>24Kg/m2
582,8mg cat + 72,3mg caf (340ml/d)
96,3mg cat + 75mg caf (340ml/d)
64,9±1,6
Wang, 2010 205 (139,43) Infusion 13 NR
18-55y, WC >85cm + >25%F (M) and
WC>80cm + >30%F (W), BMI 24-
35Kg/m2
GT1: 458mg cat+104 caf; GT2: 468mg cat+126 caf; GT3: 886mg cat+198 caf
30mg cat + 10mg caf
GT1: 36,6±9,1; GT2: 37,3±10,1; GT3:37,5±9,1
Takase, 2008 101 (44,45) Infusion 12 0 40-55y,BMI 25-
30Kg/m2, Vfat>85cm2
539,7mg cat + 40mg caf (500ml/d)
40mg caf (500ml/d)
47,7±5,5
Takeshita, 2008 81 (40,40) Infusion 12 100 20-65y, BMI 25-
35Kg/m2 548mg cat+ 0mg
caf (500ml/d) 0mg caf
(500ml/d) NR
I =intervention, C=control, GT=green tea, M=men, W=women, PCOS=polycystic ovarian syndrome, BMI=body mass index, WC=waist 386 circumference, d=day, T2DM=type 2 diabetes mellitus, EGCG=epigallocatechin gallate, Vobes= visceral obesity, Vfat=visceral fat, %F=% body 387 fat, cat=catechin, caf=caffeine, NR=not reported 388 * Mean age of total n 389
390
50
Table 2. Methodological Quality of Included Studies. 391
Author, year Sequence of random
generation
Allocation
concealment
Blinding of
participants
Blinding of outcome
assessors
Losses and
exclusions
Intention to
treat
Auvichayapat, 2008 No No Yes No Yes No
Brown, 2009 Yes Yes Yes Yes Yes No
Chan, 2006 Yes Yes Yes Yes Yes Yes
Diepvens, 2006 No No Yes Yes Yes No
Hill, 2007 No No Yes Yes Yes No
Maki, 2009 No No Yes Yes Yes Yes
Nagao, 2007 No No Yes Yes Yes No
Nagao, 2009 No No Yes Yes Yes No
Wang, 2010 No No Yes Yes Yes No
Takase, 2008 Yes Yes Yes Yes Yes Yes
Takeshita, 2008 Yes Yes Yes Yes Yes Yes
392
51
FIGURES 393
394 Figure 1 - Flow diagram of studies included in the review. 395
396 397
52
Figure 2 - Forest plot depicting the effect of green tea (infusion versus capsules) when 398
compared to placebo on body weight. 399
400 401
53
Figure 3 - Forest plot depicting the effect of green tea (infusion versus capsules) when 402
compared to placebo on body mass index. 403
404 405
54
Figure 4 - Forest plot depicting the effect of green tea (infusion versus capsules) when 406
compared to placebo on waist circumference. 407
408 409
55
Figure 5 - Forest plot depicting the effect of green tea (infusion versus capsules) when 410
compared to placebo on percent of body fat. 411
412 413
56
APPENDICES 414
APPENDIX 1 415
416 Table - reasons for paper exclusion. 417
Author, year Reason for exclusion Basu, 2010 Incomplete data Batista, 2009 Incomplete data Belza, 2009 Intervention < 8 weeks Belza, 2007 Type of intervention (bioactive supplement) Belza, 2005 Type of intervention (bioactive supplement) Boschmann, 2007 Intervention < 8 weeks Di Pierro, 2009 Incomplete data Dulloo, 1999 Intervention < 8 weeks Eichenberger, 2009 Intervention < 8 weeks Esmaillzadeh, 2008 Not randomized controlled trial Ernst, 2009 Not randomized controlled trial Frank, 2009 Intervention < 8 weeks Gregersen, 2009 Intervention < 8 weeks Hossein Zadeh, 2009 Incomplete data Hsu, 2008 Type of participants (16 to 60 years old) Hursel, 2009 Not relevant outcome (weight maintenance) Kovacs, 2003 Not relevant outcome (weight maintenance) Westerterp-platenga, 2005
Not relevant outcome (weight maintenance)
Lonac, 2010 Intervention < 8 weeks Maki, 2010 Not randomized controlled trial Penugonda, 2009 Incomplete data Reinbach, 2009 Intervention < 8 weeks Rondanelli, 2009 Type of intervention (phosphatidylethanolamine). Schulz, 2009 Unavailable in databases Suzuki, 2009 Unavailable in databases Thielecke, 2010 Intervention < 8 weeks Tsai, 2009 Type of intervention (chitosan and selenium) Unno, 2005 Intervention < 8 weeks Venables, 2008 Intervention < 8 weeks Yun, 2010 Intervention < 8 weeks
Zenk, 2007 Type of intervention (calcium citrate, vitamin C, chromium,
vitamin D3 and 3-acetyl-7-oxo-dehydroepiandrosterone. Matsuyama, 2008 Type of participants (6 to 16 years old) Nagao, 2005 Type of intervention (oolong tea) Tsuchida, 2002 Type of participants (BMI 24–30kg/m2) Hase, 2001 Unavailable in databases Nagao, 2001 Type of intervention (oolong tea) Kozuma, 2005 Unavailable in databases Maron, 2003 Incomplete data Fukino, 2005 Type of participants (BMI 24–30kg/m2)
418
57
419
APPENDIX 2 420
421
Figure - Forest plot depicting the effect of green tea on WHR. 422
423 424
58
425
APPENDIX 3 426
427
Figure - Forest plots depicting the effect of green tea on BMI, WC and % of body fat 428
without Brown et al20. 429
Body mass index 430
431 432
433
Waist circumference 434
435 436
59
Percent of body fat 437
438