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Finanças da Câmara pe- FOI ENVIADA PELO PRESIDENTE DA REPUBLICA AO PODER LEGISLATIVO UMA MENSAGEM SÜBMETTENDO AO SEU EXAME A EXPOSIÇÃO DE MOTIVOS DO TITULAR DA FAZENDA E 0 ANTE-PROJECTO FIXANDO AS BASES E A ORGANIZAÇÃO DO GRANDE INSTITUTO BANCÁRIO «A .ir._m.«_nc.. «.e um paiz não p„..u_r, integralmente, em .ur. metal, um. determinada percentagem «bre a circulação monetária. nSo ftí^^^t^^^tümúJ^^Jil «m apparelho que, disciplinando o .eu meio circulante e controlando o credito, ponha a economia nacional ao abrigo do. inconveniente, da desordem nesses sectore. accentua o titular da fazenda 41 O DISCURSO DO SR. SOUZA COSTA, NA COMMISSÃO DE FINANÇAS SR. MINISTRO SOUZA COS- IA Sr. Presidente, Srs. Mem- toros da Commissão de Finanças: n creação do Banco Central de Reservas é facto dp tal relevan- cia na vida do PSlz, que, com Justa rafcão, terá de provocar dis- cussões e debates que permitiam esclarecer,* em todos os pormeno- tes, sua organização e íuncclona- mento, bem como os resultados toenellcos que se esperam para a economia nacional. Considerando, assim, a magnl- tude do - assumpto e a sua re- percussão nos diversos sectores da activldade do Paiz, Julguei que nâo devia dar por concluída a ml- nha tarefa sem antes ouvir a pa- lavra doB illustres membros des- ta Commissão, certo dos ensina- mentos que me serio fornecidos pela sua alta experiência e cul- tura. E* precisamente com este objectivo que venho a está Casa afim de aüscultar' a opinião dos nossos expoentes em materia fl- nanceira e poder então, com os teus valiosos conselhos redigir a exposição de motivos, Justificativa do projecto. Em todas as occasiôes que su ne offerece tratar dos assumptos qúe se comprehendem na esphe- minhas attribuições, seja perante o Poder Legislativo, seja nas reuniões do Ministério, sem- pre emfim que me cabe falar ¦obre os problemas de interesse nacional, tenho Insistido na pre- eminência do problema financei- to e reaffirmado a convicção da impossibilidade de resolver qual- quer outro dos que preoccupam os homens de governo sem a solução prévia daquelle. As contas apresentadas pelo Governo relativas aos exercícios do 1935 e de 1936, revelam a Saldo em 31-12-35 Emissão Lei n. 160.» de 31-12-35, art. 4.°, letra b) .. Emissão para a 'Carteira de Be. descontos lei numero 160, de 31-12-35 .. Resgate notas Carteira de Redes- contos ...... •. _..**•- •. Resgate Papel-Moeda ."."V. "'•'• •• Substituição de notas tm C. E. por outras do Thesouro Saldo em circulação persistência com que se tem pro- curado manter essa directrlz * a continuidade acção, no pro- poslto de, comprimindo os gas» tos e, estimulando as receitas, 'obter o equilíbrio do orçamen» to, chave do saneamento das fl* nançás publicas. Desejo, preii- minarmente, passar em rápida re- vista os titulos què têm tido maiores alterações, durante eStí anno, afim de lhes conferir O co- nheclmento actual da situação. OURO EM METAL O stoclc de ouro, elevava-se no fim do exercício a 2l.792.927grs,458, depositadas na Casa Porte do Banco do Bra- sil á disposição do Governo Pe- deral. O seu valor em moeda brasileira elevava-se a réis 387.710:754$100. Hoje, queío dl- zer em fins de agosto, o stooH è de 26.967.873gra,416 e o seu valor, ao preço actual do ouro, de 436.260:2739880 PROMISSÓRIAS EM1TTJDAS PELO THESOURO A responsabilidade do Thesou- ro em promissórias, perante o Banco do Brasil, era de réis 503.785:424S500, em 31 de de- zembro de 1935, de aecordo com a letra b) do art.» 4." da lei n.° 160, de 31 de dezembro de 1935, para àttender ao resgate de notas promissórias foram emittidos em papel moeda 350 mil contos. A. responsabilidade do Thesouro em promissórias perante o Banco do Brasil, em 31 de dezembro de 1936, era apenas de 158.907:448$, reduzida hoje a 130.000 contos. PAPEL MOEDA De 3.567.142:8523500 ao encer- rar-se o exercício de 1935, ele- vou-se a circulação a 4.029:884:887$000 em 31 de de- ¦zembro de 1936; em 28 de agos- to de 1937 elevava-se essa im- Dortancia a 4.235.641:594$000. 8.567.142 :Bõ_9-Uú 350.000.0005000 .#0.000:000.00. 350.000:0005000 81.877:5655500 Não se deve, portanto, vêr com na alta dos £^^$»£*t «fiW|EÍS,4&"SS exaggerado enthusiasmo o desen- volvimento do Paiz, nem aB poè- slbllldades de arrecadação; esta pode augmentar, mas de modo considerável somente no Sueste, Sul e algumas cidades do Nor-. . deste. Melhores resultados ac Mercados Internacionaes. A Wta lembrar que esta alta se vèm notando um pouco acima dog nl- veis alcançados em outros pai- Sses; isto será a redueção de no.- sa Capacidade de concorrência nos celerando o desenvolvimento da economia de troca e o melo é a organização da rédè bancaria. Voltando ao ponto om que me referia aos effeitos da Inflação Inglaterra 1913 100 dos preços de custo, oonstántè e. ininterrupta, entre as grandes nações, demonstra os seus resul- tados na slmllitude das curvas de , variações dos preços. _?. UnidasAUcmaniia 1926 =-.100 1913 = 100 1913 1929 1932 1933 100 127 89 86 70 97 65 66 100 137 Ul 93 4.67» «OUSO-O 4.029.844:887$000 4.411.722:4525600 4.4U.,<a*-S*.402l#_'UU Durante este anno teve um augmento'de 205.796:707$, sendo: Emissões realizadas 243.092:730$000 Resi» ntn .. 37.296:023SUU0 205.796:707$000 DIVIDA EXTERNA ... Pol reduzida dàs seguintes quantias: Nos empréstimos em libras'..1-B99.450-0O-0O NÒs empréstimos em francos-papelPrs.4.b80.*_.0,-- NÒs emprestii-fcs em dollars ..OÇS1.9b. .400,00 DIVIDA INTERNA FUNDADA Teve um augmento de rêls 12.284:000$ exclusivamente devido l* emissão de apólices para cum. prlr a6 disposições da Lei do Re- ajustamento Econômico. No anno em curso a acfRo do Ministério da Fazenda não se tem podido exercer com os mesmos resultados. Razões de ordem pu- bltca têm obrigado a maiores des- pesas. Em 26 de agosto de 1937. segundo as contas do Banco do Brasil, a despesa effectuada se eleva a Rs. 2.186 911'580$800. Recusando a conta Receita da ¦União apenas Rs. 1.814.841:984$ sendo, portanto, de Réis . 372.069:596$800 o saldo contra o Thesouro. Grande esforço tere- mos de fazer para que consiga- mos encerrar eáte exercicio com déficit pequeno, como o cios an- nos anteriores. Embora menos animadores os resultados a que me venho cie referir, ainda assim quer me pa- recer que a execução do orça- mento Republica, considerados os números no seu conjuneto, nao deverá deixar duvidas quan- á firmeza da nossa convicção mão grado valiosas opiniões em contrario, de que toda e qual. quer ácção administrativa te- ra probabilidade dc exito quando apoiada numa política financeira sadia. Desta depende, em primei- ra linha, a estabilidade do sys- tema monetário, sem a qual e Insegura e fraca a expansão eco- nomica do Paiz e a ordem so- eíal delia dependente. ¦Esta arraigada convicção domi- jgg| toda a minha acção. Assis- tolao entrechoqué, não raio bri- lhante, de galhardos contendores. pjàço-lhes razões, admiro-lhes a sinceridade das opiniões ou o orl- lho dos argumentos sem. no em. tanto,, conseguir incorporar-me ás flienas de tão fervorosos adeptos de theorias novas. E se por ve- zes osclllasse a mmna convicção sob a suggestão de suas pala- Vras, logo os factos me trariam ao sentido dura e triste da rea- lidade As ultimas publicações sobre oa preços de gêneros em g**osso "a trazem os Índices conseqüentes ao augmento de meios de paga- Percentagem tle importação dc fados pelos demaln: 1929 1933 7,73 7,86 mento, actualmente existentes, o índice da média geral dos pre- ços em 1936 sobre o de 1928-9 . ainda de 105, mas a linha de alta é constante desde Junho de 1036. Se confrontarmos os meios de pagamentos, actualmente exlSleii- tes, com os de 1928-29, veremos que se elevaram de 40 % A olr. cumstancla da elevação dos pre ços não ter attingido a percen- tagem da alta dos meios de pa- gamento tem varias explicações, entre ellas sem duvida a desuni»» formidade da nossa economia que, üifflcultando em certos casos a circulação monetária, faz com cjue os augmentos do volume de moeda não sejam seguidos Imme- dlatamente do phenomeno de en- carcclmento dos gêneros A eco- nomia de troca existe prati- camente no Sueste e no Sui do- Brasil; o Norte e Nordeste acham- se ainda em grande parte no re- gimen de economia de c< nsumo, as Importâncias que têm sido despendidas com obras no Nor- deste, assim como as empregadas na acquisição de ouro provenien. t«. de regiões distantes, etc, fi- cam actuando nesses compàrti- nientos estanques üa economia '; não voltam ao Centro, nem nas operações de intercâmbio, nem sob a fôrma de pagamento de impostos. O brilhante estudo fei. to a'este respeito pelo Df. Octa- vio Bulhões, da Secção de Estu* dos Econômicos de meu Gabine- te. alguns números que clu- cldam essas Conclusões. A região do Norte, comprehen- dendo os Estados do AmBzonas, Acre. Pará, Maranhão e Piauhy. eomprehende um total -que cor- responde a 10 <_ da população Uo Paiz. A porcentagem de depósitos ban carlos é de 0,20 % A porcentagem do imposto sobre vendas mercantis 0.30 % A porcentagem do Imposto «obre a renda 0,30% E' de desejar que aos poucos sc verificando a dlffusão da economia capitalista para os Es. tados do Norte e do Nordeste, mas vem sendo lenta essa dlffu- são como attestam os seguintes números. cado região Uos prowucios expoi- Esta proporcionalidade datf os- cillações não~ decorre certamente de oaprioho de apparelhamento é sim da luta pela equivalência na capacidade de producção. O pavor, que antes havia da inflação, hoje ainda mais se accentua pela convicção em todo o mundo da Impossibilidade de dar marcha ré. O reajustamento de valores para baixo, pela diminuição de saia- mos, augmento de horas de traba- lho, dispensa de operários ou qual- quer outro processo semelhante que vise baixar o custo de pro- emoção, é caminho que pode ser aconselhado, porém, não seguido ha situação actual do mundo. Nada mais necessário do que re- sistir por todos os meios à infla, ção afim de evitar a depreciação monetária e o conseqüente e fatal encarecimento dos gêneros pro- duzldos e alta do custo da vida. E' condição precipua para que possamos concorrer efflcientemen- te em prol do bem commum, pou- pando-hos ás vlcissitudes aterra- doras de grandes crises. BANCO CENTRAL Dentro desta ordem de idéas e considerando que os mais aclr. fados inimigos da moeda são o desequilíbrio dos orçamentos e o descontrole do credito, delibera- "mos. a par uma constante vl- gilaricia na execução do orçamen- to, euggèrir tt creação do Banco Central de Reservas. Regularlzan- do o. melo circulante e defendendo assim o valor do mil réis, essa organização assegurar-lhe-â um poder acqúisitivo ajustado eco- nomicamente, facilitando aos pro- duetos brasileiros a possibilidade de competir nos mercados inter- nacionaes. Jft em 1931, Sir Otto Nlemeyer, aqui chamado pelo Governo Pro- vlsõrio, apresentou um projeoto de creação de Banco Central de Re- servas. Nesse valioso trabalho, aliás, nos Inspiramos pára a re. dacção do projecto de estatutos, feitas as alterações básicas que de- correm da transformação operada no mundo de então para cá. No mesmo anno de 1931, no moz agosto, a própria Inglaterra soffreu os effeitos da ctlse què e levou a contrahir um empres- timo de 200 milhões de doUares nos Estados Unidos e outro de cinco bilhões de francos em Paris, para defender a sua moeda. Tal ambiente tornou impossível a ope- ração de credito projertr»*!» para o Brasil e que consistia num em- prestlmo de 16.000.000 de libras que serviriam de lastro ao papel moeda. Aquelles empréstimos íel- tos á Inglaterra esgotaram-se e, aos 19 de setembro de 1931; o Governador do Banco da Ingla- terra informou disso com urgen- ela ao Governo e mais que o Banco soffrla fortes retiradas de ouro. Dois dias depois, aos 21 de setembro, foi suspensa a defesa i». a conversão dos bilhetes. (The Economist. 26-0.31. pag. 554 - . Mario Fauno. "Economia e Le- cçlslaçfio Bancaria", pag. 92). entanto, por ter-se tornado lm- possivel mesmo com esse augmen- tu de elasticidade àttender ao Vu. Boletim Mensal do Banco Cen- trai do Chile, n. 94 Dezembro, 1935). Mas, Se 6 assim, se aos bancos centraes se suspende a obrigação de converter as suas notas em metal, para que o voltem a fazer somente quando puderem, ém os reglmens de Controle cambiai, mais ou menos rigorosos, impedem a livre troca entre grande numero paizes; a oircumatanoia áe um paiz nào possuir, integralmente, em ouro metal, uma determinada percentagerà sobre a circulação monetária, hão pôde e não lha deve constituir entrave para a creação de um apparelho que, dis- ciplinando o seu melo circulante e coMrotándo o credito, ponha a eçõnoihta nacional ao abrigo áoè inconvenientes da desordem nes- ses sectores; tudo, ao contrario, indica como da. mais alta conve- nienoia a organização desse ap- i ¦iM^Mi^^^ê^^MMMi^M^iMMMMãM^MMã^^Ê^ã^^ãê-. í:-X»>í»?-:,W»»:íí:K:W^ ...:í:.íS::.ÍS:*;#|::&^^ i__Mf-ttMb_o_-»_»--/ > ¦* "• %/V¦§, <^8 Bfe:-:l»:».:_*:::»:::.::::::»:v.v V>_vt ___* $ BY _____¦ ^-mf'1' ¦••S-íSSi-v _^Í_w___«____ ¦:-::»: .•¦¦¦•Ij^AWWnm^^^^^^^S--' ¦>;•:__H_B___ÉÍ<-''' :::»_»:»:::araHií_¦**¦»______________!HK''':»:'!- ¦-•X-». -Vi^TÍ-¥." ¦"¦ v *^hf*-"»'. - JJfflWffMHflMK¦_'_¦'¦•_ ¦¦•!•'¦ UwS____H -'•¦•¦ :::ÍlftffiMÍ%.T-V'mYiti fl:______M_BM_lff_fl___,:'' I Si I i_Íl_i____Í_B$! iii_K^ 3.________-*. Ministro Souna Costa mme de transacçôes a movimen- tar e a cobrir. A queda vertiginosa do nivel ue preços das mercadorias, lnlela- da em 1929, e a impossibilidade ae manter o funcclonamento do padrão ouro conversibilidade tranca dos bilhetes e livre movi- mento do metal fizeram com que desapparece.se o automatlsmo aa adaptação doa preçoa entre os diversos paizes e relegaram a um piano secundário a questão do valor ouro daa moedas. Moeda sd, como se áchá multo oem definida no livro do senhor Aloysio Lima Campos, passou, em vista de tal situação, a ser consi- derada aquella que desfruta d* um poder «aquisitivo, econômica- mente ajustado e não mais a qúé conserva uma paridade ouro rígida e fixa. A política seguida vem sendo a da elevação dos, preços para, at- tingidas as proximidades do nível .interior á crise, mantel-os em relativa estabilidade; o aecordo tripartido entre a Inglaterra, a França e os Estados, Unidos, de- nominado "Gentlemen's Agre- orhent" constitue o reflexo no compo internacional, dessa poli- tica de preçoa e de moedas con- trotadas. O poder acqúisitivo da moeda e o seu reajustamento 'econômico - tanto interno como externo constituem o objectivo préponde- rante modemn politica moné. taria. A acçao do*Banco Central terá de ser. portanto, 1) —regu- ladora do meio circulante cio paiz (funeção emissora); 2) cóorde- nadará da politica de credito (funeção bancaria). (Paulo Ma- KáihãeS -t "O Observador" n. 5, 1936). A idéa de estabilizar o mil rflls em determinada paridade ouro tornaria indispensável a posse de uma reserva-ouro suf.lcl ent..mas , —J— ^TgtmUza ão do cam- Hm «mnnnnui -ar o-randes nttCOOS ^ r ^ paulatmamente cons- tltuido. 30 Kigiõea19ZS *. ¦¦, Norte . . IM Nordeste . 39,71 §Ui . . 31.31 19'A'I B.16 1935 8.10 20,61 34.J.8 36,73 39,56+ 23,78 24,77 22,72 22,44 estável 12 % para a regláo Norto 33 Vo p»ra u região Nord- "Malgré les orédits qui fu- rent aecordés par leB Instituts d'êmission des Estats-Unls è de France et ceux qui ema- nalent de source prlvée. mai- grê les lntervent.lons aussi ia Banque d'Angletérre sur le marche des changes, par rin** tcrmedlalre de deux banques, aff!lit»es. les hemorragles d/or conT.imierent, de plus belle. pour ne prendre fin que le 20 Setembre 1931 - un dl- manche, bien entendu! á ia suite de Ia déclBlon ptlse par le Gouvernément âprês con- sultatlon avec Ia Banque d*Angleterre. de cessor vendre l*ür. á un prlx fixe. L'etalon or avalt abandonné Grande Bretagne*'. (Erlc Barbei 1936." "Les Prlnclpaux aspeots du probléme de Ia Balance des comptes dans 1'écúnomie generale"». NSo me oai-ece que dopois de.- ses factos ho»e posso haver algu- mo duvida do tlm que teriam ticlò ni» 16.000.000 de libras se os hou- vessemos obtido. Considerar, outroslm, que mor. dtt é somente aquella que pooe se converter a qualquer momento em ouro. é desconhecer a reali- dade do momento. Basta lembrar que os Estados Unidos, n Ingla- torrn. todos os paizes quer do bloco do dollar como do ester* Uno e alndn ha pouco do próprio oióco do ouro orlentnch» pftla Fran <,*a. abandonaram praticamente o 'goltl standard" orthodoxo. jft ha -systema monetário determinado; multo, aliás, afastado da sua fôr. ao contrario, nenhum «ystomu ma rigidamente clu.slca. O "Golo monetário pôde funcclonar do Exchange Standard" deu maior | modo satisfatório sem um lnstl parelho que aos poucos poderá constituir essa reserva, para que, oceasião em que as grandes nações voltem ao regimen ouro. possa acompanhal-ae. A política do banco tem de ser, portanto, de regular a circulação monetária, nfto com a preoecupa- ção exclusiva de manter uma dè- terminada taxa cambial ou certa relação entre o ouro e o mil réis, más sim de conservar os preçoa em níveis què permitiam á pro- ducção nacional competir nos mercados internacionaes. A croa- ção de saldos, em moedas de livre circulação internacional, que lhe permitiam reforçar suas reservae metalllcas, está Intimamente liga. da a essa condição. Somos um paiz pobre, sem ca- pitai, de economias precárias e cujos saldos provêni, maior parte, da venda de nossos pro- duetos. A politica do Banco de- verá se manter vinculada á com- mercial do Governo e todo o seu trabalho tem ser no sentido de disciplinar o Intercâmbio com- mercia} ás necessidades legitimas nosèa economia, togo que a taxa cambial experimenta qual- quer melhora, a importação de artigos de luxo se pfeoiplta em saltos bruscos e perturbadores do rythmo do nosso commercio, des- truindo os saldos e provocando nova queda. O BanCo precisa regular, através do regulamento de oamblo, quando necessário, as compras do paiz no exterior, Umi- tando.as a cifra compatível com a defesa do poder acqúisitivo do mil réis. Com os recursos que lhe serão conferidos terá o controle do po- der acqúisitivo interno. No con- trole do poder acqúisitivo externo, facilitado pela acção exercida no' mercado interno, disporá do manejo do regulamento cambial isso emquanto as grandes naçou uommerclantes nfto estabilizarem legalmente as suas moedas, não me parece que possa constituir oojecto de preoçcupaçâo de nossa parte. Pinedo, no seu discurso anto i. Câmara de Deputados da Repu- blica Argentina, referindo-se a es- se assumpto diz, textualmente: "Tfo algo creyèndo en Ia ¦íStabUi.aciOn monetária, y sigo creyèndo en Ia estabiliza- cion monetária en etrtnihus de oro. "Aún cuando estén en Doga doctrlnas qUe dtin mayor importância a Ia establlldad de ia moneda en orò, talvez porque no ho comi-rendido blen Ia tesis opueèta, yo algo adhèrido ai Vlejo principio de ia estabilizaclòn én oro, qiiè hará cuando ie pueda". (Pag. 17). Tal é, de resto, o conceito gerai, razer-se a estabilização em ouro quando so puder. "Um Banco Como elemento indispensável cooperação a essa acção Inter- nacional do Banco Central, tem o Governo de promover o aecordo interesses da política geral do Go- enquadrar 0 serviço nas disponl- bilidades normaes de cambio. Esta materia constituirá assum- fjto de novo e próximo entendi- mento meu com esta Illustre Commissão. È' Igualmente necessário, que, ao mesmo tempo, soja votada a lei bahearia que regule o funecio- namento dos bancos no Brasil e ponha a sua activldade dentro dos Intreesse da política geral do Go- Verno. O objectivo da lei banca- ria não é, entretanto, apenas esse. mas igualmente o de proteger as economias que o publico confia aos bancos sob a fôrma de de- positos. E' principio hoje universal que nfto se deve em caso algum per. mlttir a fallencia de um banco. O Sr. João Carlos V Ex Central n&o depende de nenhum »»rmltte um apartei Ouço com to maior prazer as a-KlrmaçõeB ue V. Ex. estA fazendo quanto é certo que, no Rio Grande do Sul, o governador foi largamente elasticidade de ofílclencla ao stocic mundial de ouro na sua funeção de massa do manobra. Falllu, no tuto central regulador. (Herman Max Chefe da Secção do In- vestigações Econômica* Estatls- criticado por obedecer Justamente a esse critério que V. Ex. esposa, encampando o Banco Pelotense por oceasião de grave crise finan- céira. E o sr. ministro da Fa- zenda, que é um dos dlrectores, ha longo tempo, de umá das mais importantes instituições de credito do meu Estado, r.compa- nhou o phenomeno com toda a attenção e trocou idéas a res- peito com o governador. O que actuou no espirito do governador foi, parece-me, a razão que, aban- donando o banco á própria sorte, ps prejuízos que adviriam para a fortutta particular evidentemente se reflectirlam na riqueza publica. Este o motivo pelo qual, mesmo com ônus para o Estado, resolveu o Governo nunca abandonar os bancos á sua própria sorte. Por Isso, applaúdo o critério que V. Ex. acaba de expor. O SR. MINISTRO SOUZA COS' TA Neste particular, posso de- pôr com conhecimento de causai porque não troquei idéas com o governador do Rio Grande do Sul. oomo tambem procurei in- fluir tanto quanto possivel no seu alto espirito para que elle to. masse tal resolução. Todos os grandes paizes do mundo tomaram medidas acaute- latorlas dOB Interesses de seus es- tabeleolmentos bancários; mas se isto ô justo e indispensável, se ao poder publico cabe intervir e soecorrer as instituições em pe- rlgo, embora com O sacrifício da conectividade, afim de evitar mal maior, tambem lhe deve assistir o direito .de controlar as suas actl- vldades de modo a prevenir oceor- rencias desastrosas para a eco- nomia do paiz. Em 1932, no intuito de pôr instituição'bancaria ao abrigo do» perigos da desconfiança, então ge- nerallzada, em conseqüência da crise bancaria universal que tão lamentáveis repercussões teve en- tre nôs, creou o Governo a Caixa de Mobilização Bancaria, cuja Utilidade e serviços ninguém contesta. A lei bancaria será o comple- monto dessas medidas. Por ella serão estabelecidos oa princípios geraes que devem reger e nortear a actividade bancaria e assegura- da a observância doa principio» essenclaes ao seu funcclonamento, entre os quaes avulta o. do liquf- de» dos actlvos, que se attinge pelas restricções sobre operações hypothécarias e operações a prazo que não estejam em harmonia com aquelles a que são recebidos os depósitos bem como pela exlgen- ola do encaixe minimo legal e pro. hiblç&o de determinadas opera- ções. Feita esta exposição geral das razões que entendo Justificam a necessidade e explicam a conve- niencia de crear immediatamente o Banco Central de Reservas, pas- so •» oommentar o ante-projecto de loi qúe será submettido á ap- provação desta Assembléa. Este antè-projêcto é trabalho do illus- tre technico, professor Souza Reis, é aellô Se contêm as disposições necessárias ao objectivo que te- mos em vista. Para tornar mais amena a expo. siçfto, ao Invés da simples leitura do projeoto, prefiro dar-lhes úm resumo, tocando os aspectos prin- cipaes, que poderão, depois, ser motivo do discussão' e troca de opiniões,* a respeito. O ante-projecto contém vinte e dol» artigos. Tratemos primeiro do capital do Banco, de como se divide e quem o subscreve. O capital será de sessenta mil contos dividido em acções noml- nativas, que não poderão ser transformada» em acções ao por- tador. Essa» acções eomprehende- rão tres grupos: o primeiro, des- fclnado á aubscrlpção do Governo Federal; o segundo de livre subs- cripção publica, e o terceiro ex- alusivamente destinado aos bancos que íuncclonarem no paiz, com capital não Inferior a tres mil contos e que tiverem depósitos superiores a dez mil contos. A parte destinada á subscripção pu- blica será, no máximo, de dez inil contos de réis. Esta distribuição do capital foi mais ou menos inspirada no pro- Jecto feito por Sir Otto Nietóeyer e as razões que o levaram a con- siderar não ser necessário um cá. pitai maior são as mesmas que ndoptamos. O Banco Central não é instituição creada com o ílm de auferir grandes lucros, maa, sim, com o objectivo de controlar o volume de credito e assegurar es- tabilldade do valor da moeda. Ora, um capital maior obrigaria maiores lucros para remuneral-o, quanto á sua dlstrlbulç&o. No projeoto Nlemeyer o capital era dividido entre os bancos e o pu- blico, não cabendo ao Governo parte alguma. No conceito que adoptamos, entretanto, não é dis- pensavel a co-partlclpação do Go- verno e a sub-divisão do capital em tres grupos torna-se necei sana. ADMINISTRAÇÃO E OPERAÇÕES DO BANCO Os cargos de Presidente e Vice- Presidente serão de nomeação e demissão do Presidente da Repu- blica com approvação do Senado. A lei argentina, neste particular, vae mais longe - não somente exige a approvação do Senado, mas «stab-iece período determina- do, dentro do qual o Presidente e o Vlce-Presldente não poderão ser demlttldos senão pela pratica de crime eommum. Ha, com isso, o objectivo de dar & Administra- ção do Bonco maior lndependon- cia de attitudes e acçfto que não e»-» coaduna com a possibilidade de demissão ad-nutum pelo Go- verno Federal. As operações do Banco s.rão seguintes: a)emlttir notas banC&rlas ae accord-f' com as prescripções da lei; b)comprar e vender ouro; ç) receber depósitos a prazo fixo e em conta corrente; d)comprar e vender, descon- tar e redescontar letra» de cam- blo e duplicatas de venda» mer- cantis; e)emprestar dinheiro sobre Seguintes garantias: I)ouro amoedado ou em barra; II)_- títulos publico» do Oo- verno Federal. Anies que o sr. deputado Daniel de carvalho Indague sobre este ponto, quero esclarecel-o, dizendo qüe o Governo está prohibido de operar com o Banco Central a nao ser em uma conta unica, de ante- cipaçâo de receita. Consta esta prohiblçfto do S 5.» "E* vedado ao Banco Central: a) b)emprestar dinheiro, endossar, avalizar, garantir, descontar ou re- descontar titulos com responsabl- lidade directa ou lndirecta do Go- verno Federal, dos Governo» Em- taduaes e Municipaes ou concedei aos Thesouros Públicos ou ás em- presas de que forem proprietários qualquer credito fôra dos limite» traçados no páragrapho 11, excep- tuados ob titulos do Departamento Nacional do Café". O objectivo do Banco Central, Como esclareci; nãoé o de realizar lucros, nem de concorrer com demais bancos sua funeção será sobretudo coordenadora. O Sr. OH.eíro Coutinho Ma», V. Ex. não acabou de dizer que elle vae tambem receber depo«U tos do publico? Neste caso, então, estará concorrendo com outro» bancos. O Sr. Ministro Pelo facto de receber depósitos nfto me pare<| que seja um concorrente, pol» as taxas terão de ser baixa» e de modo tt permlttlr-lhe que exerça a sua acção dlscipllnadora aem prejuízo de ser apenas o coordena- dor de toda a actividade. O Sr. Diniz Júnior _B* certo Essas taxa» estão sujeita» A «soa- llzação, de acoordo com *s taxa» de redesconto. O Sr. Oliveira Coutinho Ma», se nfto me engano, elle ter& tam- bem quasi todas as outra» opera- ções doB demais banco». O Sr. Ministro Prefiro ter- minar a leitura do ante-projecto. Depois ouvirei, com o maior pra- zer, as ponderações que qulzerem formular. Vamos proseguir na exposição, explicando o que é vedado »o Banco: da constituição do Banco, nao poderão ter augmentado o seu vo- lume mas somente diminuído, » medida que a parte em ouro da reserva fôr crescendo. O Sr. Roberto Slmonsen Co- mo será constituída a capacidade de redescontar? O Sr. Ministro Está subordl- nada á capacidade emissora do Banco, evidentemente. O Sr. Diniz Juior poder» emlttir dentro da capaoidade emissora. O Sr. Roberto Slmonsen ... de modo que nfto ha uma pre- visão de emissão para redesconto» de aecordo com as necessidades da producção? O Sr. Ministro A capacidade emissora prevista será multo su- perlor aos limites dentro dos quaes pôde redescontar, pois que a Carteira de Redescontos não realiza operações senão com titulos legítimos, nos^termoB da lei. O Sr. Diniz Júnior Isso, quanto á technica; mas, quanto ao limite? O Sr. Ministro Quanto ao limite, a unica critica que __» !•>• derla fazer seria ao risco de pos- slvel expansão; como expliquei, entretanto, a parte de tituloB en- tregue pelo Governo no acto da constituição do Banco: não é sus- ceptlvel de augmento, porém, ao contrario, pôde diminuir, & me- dida que fôr sendo adquirido ouro. O limite fica, desde logo, prefixa- do no acto da constituição do Banco. Nâo fôra esta precaução e o processo adoptado seria incon- venlente. Lelamos o páragrapho 8.*» do artigo 3.°: S.o E' vedado ao Banco a)emlttir notas de valor inferior a cinco mil réis; b)emprestar dinheiro, en- dossar, avalizar, garantir, des- contar ou redescontar titulos com responsabilidade directa ou lndirecta do Governo Fe- deral, dos Governos Estaduaes e Municipaes, ou conceder aos Thesouros Públicos ou ás em- presas de que lorem proprie- tarlos qualquer credito tora dos limites traçados no par». grapho 11, exceptuados os tl- tulos do Departamento Nacio- nal do Café"; Estes títulos do .Departamento Nacional do Café, por emquanto, deverão ter um regimen especial, que permltta o seu redesconto nos termos da lei" que regula a Car- telra. ' Mc) participar de qualquer empresa industrial, agrícola ou commereial; d)adeantar dinheiro sobre lmmovels, hypothecas de lm- moveis ou adqulrll-os, excepto para uso próprio, bem como acções e debentures, salvo as do "Banlc for International Setlements", podendo somente recebel-as em garantia de cre- ditos em risco; e)emprestar ou adeantar dinheiro, sem garantia ou » descoberto; f)acceitar letras a praso-. Neste páragrapho relativo ao que é vedado - o nobre depu- tado Oliveira Coutinho pode ver que não. será facultado adeantar dinheiro sobre hypothecas, sobre lmmovels, nem emprestar sem ga- rántlas ou a descoberto; cerceada a faculd^e de realtoir operações desse gênero, reduzido está, pela mesma razão, o interesse no rece- blmento de depósitos. O Sr. Oliveira Coutinho Maa, com garantia, pôde emprestar. Por exemplo: descontar letras de cam- mo. O Sr. Ministro O Banco pre- cisa intervir no mercado de titu- los quando necessário, para Influir nas taxas de desconto. RESERVA LEQAL Este e o ponto que mais av tenção exige. A reserva mínima será de 25% da totalidade das notas em circulação. Evidente- mente, esses 25% em ouro, metal ou divisas de curso internacional n&o os temos, integralmente. Nossa quantidade de ouro corres- ponde, apenas, a vinte e cinco to- neladas, para uma circulação de quatro milhões e melo de contos. Pi-etendemos constituir a Reserva mínima pela seguinte fó.ma: l." pelo ouro existente; 2." pelos títulos de divisas es- trangelras; 3.» pelos titulos especialmente emittidos pelo Governo Federal, aos juros do 7%. Estes ttlulos, entregues no teto | "O Banco Central de Re- servas do Brasil manterá per- manentemente uma reserva mínima de 25% da totalidade de suas notas em circulação e de suas responsabilidades a vista". e o i 9.0: "Esta reserva será constt- tutda com ouro amoedado ou em barra, A livre dlèposlçao do Banco, com saldos e et- leitos líquidos depositados no estrangeiro exlglvels em moeda de livre curso Internacional e com apólices da Divida Pu- blica do Thesouro Nacional, tanto as expressamente emit- tidas "ex-vl" desta lei, como os saldos das emissões auto- rizadaa pelo decreto numero 21.717, de 10 de agosto de 1932, e pela lei n. 160, de 31 de dezembro de 1935, des- tlnados ao resgate do papel- moeda do Thesouro. a) A' medida que íôr sendo augmentada a parte ouro da Reserva, o Banco reduzirá a parte constituída de títulos ae somma equivalente". Note.se que, como estabelece o g l.o do artigo 5.°: "Em caso algum poderão constar da Reserva legal do Banco titulos do Governo Fe- deral além dos das emissões previstas no artigo 5.°, cujo valor máximo será fixado". Vejamos, agora, a parte das res- ponsabllidades que o Banco as$i- me. Consta do art. 4.0: "Art. 4.° O Banco Central de Reservas do Brasil, em tro- ca dos privilégios que lhe sao concedidos, assumirá a respon- sabllldade do pagamento d»a notas em circulação emlttldas pelo Thesouro Nacional, pela Caixa de Estabilização, e tam- bem das do Banco do Brasil encampadas pelo Thesouro, na fôrma do decreto n. 19.372 de 17 de outubro de 1030, todas no totai de ex- cluldas, apenas, as notas de valor inferior a 68000 de todas as emissões. A differença en. tre esta importância e a som- ma das referidas no-artigo 6.** constituirá divida da Nação ao Banco e será resgatada nos termos desta lei". Esta fôrma ô a estabelecida no artigo 6.°: "Art. 6.° A divida da Na- •çfto ao Banco Central de Re- servas será amortizada com os seguintes recursos: a)os Juros das obrigações referidas no art. õ.», durante o tempo em que permanece- rem em carteira do Banco; b)os dividendos das acções de propriedade do Thesouro Nacional;_ c)uma quota annual a ser fixada nos orçamentos do Ml- nlstrelo da Fazenda; d) os lucros da senhoriagem na cunhagem de moedas". O ouro recebido permanecerá as- terillzado. O Sr. Oliveira CoutinJio Devo notar que, na lei em vlgbr, existe liberdade do ouro ser mandado para o estrangeiro, como Credito do Thesotnro. Consequentemente, emquanto essa lei nfto íôr revo- gada aliás o actual Governo náo pretende mandar este ouro para o exterior perdura a posslbUl. dado de exportação do ouro. Foi, exactamente, uma das emendas que tive oceasião de offerecèr ao projecto da lol ora vigente, re- vogando a parte final do artigo 7, que manda oomprar o ouro e que permltte, optatl vãmente, utilizar o ouro para lastro no paiz ou re- mettel-o ao estrangeiro a credito do Thesouro. O Sr. Ministro Confesso n V. Ex. estar certo de ser pro* hlblda a salda do ouro. Como pagamento parcial, o Ban. co Contrai roccberA o ouro e o* Continua na 6.* pagina íi

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Page 1: Discurso do Ministro da Fazenda, Sr. Arthur de Souza … que se esperam para a economia nacional. Considerando, assim, a magnl-tude do - assumpto e a sua re-percussão nos diversos

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PAGINA CINCO — PRIMEIRA SECÇÃOmi' ¦ ¦ ¦¦ ¦ ¦¦¦¦-¦¦' üm ¦!¦

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DIÁRIO DE NOTICIAS

Discurso do Ministro da Fazenda,rante a Commissão de

DOMINGO, 19 DE SETEMBRO DE 1937 1

Sr. Arthur de Souza Costa.Finanças da Câmara

pe-

FOI ENVIADA PELO PRESIDENTE DA REPUBLICA AO PODER LEGISLATIVO UMA MENSAGEM SÜBMETTENDO AO SEU EXAME A EXPOSIÇÃO DE MOTIVOS DO TITULAR DA FAZENDA E 0

ANTE-PROJECTO FIXANDO AS BASES E A ORGANIZAÇÃO DO GRANDE INSTITUTO BANCÁRIO«A .ir._m.«_nc.. «.e um paiz não p„..u_r, integralmente, em .ur. metal, um. determinada percentagem «bre a circulação monetária. nSo

ftí^^^t^^^tümúJ^^Jil«m apparelho que, disciplinando o .eu meio circulante e controlando o credito, ponha a economia nacional ao abrigo do. inconveniente, da desordem nesses sectore. accentua o titular da fazenda

41

O DISCURSO DO SR. SOUZACOSTA, NA COMMISSÃO DE

FINANÇASSR. MINISTRO SOUZA COS-

IA — Sr. Presidente, Srs. Mem-toros da Commissão de Finanças:n creação do Banco Central deReservas é facto dp tal relevan-cia na vida do PSlz, que, comJusta rafcão, terá de provocar dis-cussões e debates que permitiamesclarecer,* em todos os pormeno-tes, sua organização e íuncclona-mento, bem como os resultadostoenellcos que se esperam para aeconomia nacional.

Considerando, assim, a magnl-tude do - assumpto e a sua re-percussão nos diversos sectores daactivldade do Paiz, Julguei quenâo devia dar por concluída a ml-nha tarefa sem antes ouvir a pa-lavra doB illustres membros des-ta Commissão, certo dos ensina-mentos que me serio fornecidospela sua alta experiência e cul-tura. E* precisamente com esteobjectivo que venho a está Casaafim de aüscultar' a opinião dosnossos expoentes em materia fl-nanceira e poder então, com osteus valiosos conselhos redigir aexposição de motivos, Justificativado projecto.

Em todas as occasiôes que sune offerece tratar dos assumptosqúe se comprehendem na esphe-i» dè minhas attribuições, sejaperante o Poder Legislativo, sejanas reuniões do Ministério, sem-pre emfim que me cabe falar¦obre os problemas de interessenacional, tenho Insistido na pre-eminência do problema financei-to e reaffirmado a convicção daimpossibilidade de resolver qual-quer outro dos que preoccupamos homens de governo sem asolução prévia daquelle.

As contas apresentadas peloGoverno relativas aos exercíciosdo 1935 e de 1936, revelam a

Saldo em 31-12-35Emissão — Lei n. 160.» de

31-12-35, art. 4.°, letra b) ..Emissão para a 'Carteira de Be.

descontos — lei numero 160,de 31-12-35 ..

Resgate notas Carteira de Redes-contos ...... •. _..**•- •.

Resgate Papel-Moeda ."."V. "'•'• ••Substituição de notas tm C. E.

por outras do ThesouroSaldo em circulação

persistência com que se tem pro-curado manter essa directrlz *a continuidade dè acção, no pro-poslto de, comprimindo os gas»tos e, estimulando as receitas,

'obter o equilíbrio do orçamen»to, chave do saneamento das fl*nançás publicas. Desejo, preii-minarmente, passar em rápida re-vista os titulos què têm tidomaiores alterações, durante eStíanno, afim de lhes conferir O co-nheclmento actual da situação.

OURO EM METALO stoclc de ouro, elevava-se no

fim do exercício a 2l.792.927grs,458, depositadas naCasa Porte do Banco do Bra-sil á disposição do Governo Pe-deral. O seu valor em moedabrasileira elevava-se a réis 387.710:754$100. Hoje, queío dl-zer em fins de agosto, o stooHè de 26.967.873gra,416 e o seuvalor, ao preço actual do ouro,de 436.260:2739880

PROMISSÓRIAS EM1TTJDASPELO THESOURO

A responsabilidade do Thesou-ro em promissórias, perante oBanco do Brasil, era de réis503.785:424S500, em 31 de de-zembro de 1935, de aecordo coma letra b) do art.» 4." da lei n.°160, de 31 de dezembro de 1935,para àttender ao resgate de notaspromissórias foram emittidos empapel moeda 350 mil contos. A.responsabilidade do Thesouro empromissórias perante o Banco doBrasil, em 31 de dezembro de1936, era apenas de 158.907:448$,reduzida hoje a 130.000 contos.

PAPEL MOEDADe 3.567.142:8523500 ao encer-

rar-se o exercício de 1935, ele-vou-se a circulação a 4.029:884:887$000 em 31 de de-¦zembro de 1936; em 28 de agos-to de 1937 elevava-se essa im-Dortancia a 4.235.641:594$000.

8.567.142 :Bõ_9-Uú

350.000.0005000

.#0.000:000.00.

350.000:000500081.877:5655500

Não se deve, portanto, vêr com na alta dos £^^$»£*t «fiW|EÍS,4&"SSexaggerado enthusiasmo o desen-volvimento do Paiz, nem aB poè-slbllldades de arrecadação; estapode augmentar, mas de modoconsiderável somente no Sueste,nò Sul e algumas cidades do Nor- . .deste. Melhores resultados só ac Mercados Internacionaes. A Wta

lembrar que esta alta já se vèmnotando um pouco acima dog nl-veis alcançados em outros pai-Sses; isto será a redueção de no.-sa Capacidade de concorrência nos

celerando o desenvolvimento daeconomia de troca e o melo éa organização da rédè bancaria.Voltando ao ponto om que mereferia aos effeitos da Inflação

Inglaterra1913 — 100

dos preços de custo, oonstántè e.ininterrupta, entre as grandesnações, demonstra os seus resul-tados na slmllitude das curvasde , variações dos preços.

_?. Unidas AUcmaniia1926 =-.100 1913 = 100

1913192919321933

1001278986

70976566

100137Ul93

4.67» «OUSO-O4.029.844:887$000

4.411.722:4525600 4.4U.,<a*-S*.402l#_'UU

Durante este anno teve um augmento'de 205.796:707$, sendo:

Emissões realizadas 243.092:730$000Resi» ntn .. 37.296:023SUU0

205.796:707$000

DIVIDA EXTERNA

... Pol reduzida dàs seguintes quantias:Nos empréstimos em libras '.. 1- B99.450-0O-0ONÒs empréstimos em francos-papel Prs. 4.b80.*_.0,--NÒs emprestii-fcs em dollars .. OÇS 1.9b. .400,00

DIVIDA INTERNA FUNDADATeve um augmento de rêls

12.284:000$ exclusivamente devidol* emissão de apólices para cum.prlr a6 disposições da Lei do Re-ajustamento Econômico.

No anno em curso a acfRo doMinistério da Fazenda não se tempodido exercer com os mesmosresultados. Razões de ordem pu-bltca têm obrigado a maiores des-pesas. Em 26 de agosto de 1937.segundo as contas do Banco doBrasil, a despesa effectuada seeleva a Rs. 2.186 911'580$800.Recusando a conta dé Receita da¦União apenas Rs. 1.814.841:984$sendo, portanto, de Réis .372.069:596$800 o saldo contra oThesouro. Grande esforço tere-mos de fazer para que consiga-mos encerrar eáte exercicio comdéficit pequeno, como o cios an-nos anteriores.

Embora menos animadores osresultados a que me venho ciereferir, ainda assim quer me pa-recer que a execução do orça-mento dá Republica, consideradosos números no seu conjuneto,nao deverá deixar duvidas quan-tó á firmeza da nossa convicçãomão grado valiosas opiniões emcontrario, de que toda e qual.quer ácção administrativa sô te-ra probabilidade dc exito quandoapoiada numa política financeirasadia. Desta depende, em primei-ra linha, a estabilidade do sys-tema monetário, sem a qual eInsegura e fraca a expansão eco-nomica do Paiz e a ordem so-eíal delia dependente.

¦Esta arraigada convicção domi-jgg| toda a minha acção. Assis-tolao entrechoqué, não raio bri-lhante, de galhardos contendores.pjàço-lhes razões, admiro-lhes asinceridade das opiniões ou o orl-lho dos argumentos sem. no em.tanto,, conseguir incorporar-me ásflienas de tão fervorosos adeptosde theorias novas. E se por ve-zes osclllasse a mmna convicçãosob a suggestão de suas pala-Vras, logo os factos me trariamao sentido dura e triste da rea-lidade

As ultimas publicações sobre oa

preços de gêneros em g**osso "a

trazem os Índices conseqüentesao augmento de meios de paga-

Percentagem tle importação dcfados pelos demaln:

1929 19337,73 7,86

mento, actualmente existentes, oíndice da média geral dos pre-ços em 1936 sobre o de 1928-9. ainda de 105, mas a linha dealta é constante desde Junho de1036.

Se confrontarmos os meios depagamentos, actualmente exlSleii-tes, com os de 1928-29, veremosque se elevaram de 40 % A olr.cumstancla da elevação dos preços não ter attingido a percen-tagem da alta dos meios de pa-gamento tem varias explicações,entre ellas sem duvida a desuni»»formidade da nossa economia que,üifflcultando em certos casos acirculação monetária, faz comcjue os augmentos do volume demoeda não sejam seguidos Imme-dlatamente do phenomeno de en-carcclmento dos gêneros A eco-nomia de troca sô existe prati-camente no Sueste e no Sui do-Brasil; o Norte e Nordeste acham-se ainda em grande parte no re-gimen de economia de c< nsumo,as Importâncias que têm sidodespendidas com obras no Nor-deste, assim como as empregadasna acquisição de ouro provenien.t«. de regiões distantes, etc, fi-cam actuando nesses compàrti-nientos estanques üa economia ';não voltam ao Centro, nem nasoperações de intercâmbio, nemsob a fôrma de pagamento deimpostos. O brilhante estudo fei.to a'este respeito pelo Df. Octa-vio Bulhões, da Secção de Estu*dos Econômicos de meu Gabine-te. dà alguns números que clu-cldam essas Conclusões.

A região do Norte, comprehen-dendo os Estados do AmBzonas,Acre. Pará, Maranhão e Piauhy.eomprehende um total -que cor-responde a 10 <_ da população UoPaiz.A porcentagem de depósitos bancarlos é de 0,20 %A porcentagem do imposto sobrevendas mercantis 0.30 %

A porcentagem do Imposto «obrea renda 0,30%

E' de desejar que aos poucossc vá verificando a dlffusão daeconomia capitalista para os Es.tados do Norte e do Nordeste,mas vem sendo lenta essa dlffu-são como attestam os seguintesnúmeros.

cado região Uos prowucios expoi-

Esta proporcionalidade datf os-cillações não~ decorre certamentede oaprioho de apparelhamento ésim da luta pela equivalência nacapacidade de producção. O pavor,que antes havia da inflação,hoje ainda mais se accentua pelaconvicção em todo o mundo daImpossibilidade de dar marcha ré.O reajustamento de valores parabaixo, pela diminuição de saia-mos, augmento de horas de traba-lho, dispensa de operários ou qual-quer outro processo semelhanteque vise baixar o custo de pro-emoção, é caminho que pode seraconselhado, porém, não seguidoha situação actual do mundo.

Nada mais necessário do que re-sistir por todos os meios à infla,ção afim de evitar a depreciaçãomonetária e o conseqüente e fatalencarecimento dos gêneros pro-duzldos e alta do custo da vida.E' condição precipua para quepossamos concorrer efflcientemen-te em prol do bem commum, pou-pando-hos ás vlcissitudes aterra-doras de grandes crises.

BANCO CENTRAL

Dentro desta ordem de idéas econsiderando que os mais aclr.fados inimigos da moeda são odesequilíbrio dos orçamentos e odescontrole do credito, delibera-"mos.

a par dé uma constante vl-gilaricia na execução do orçamen-to, euggèrir tt creação do BancoCentral de Reservas. Regularlzan-do o. melo circulante e defendendoassim o valor do mil réis, essaorganização assegurar-lhe-â umpoder acqúisitivo ajustado eco-nomicamente, facilitando aos pro-duetos brasileiros a possibilidadede competir nos mercados inter-nacionaes.

Jft em 1931, Sir Otto Nlemeyer,aqui chamado pelo Governo Pro-vlsõrio, apresentou um projeoto decreação de Banco Central de Re-servas. Nesse valioso trabalho,aliás, nos Inspiramos pára a re.dacção do projecto de estatutos,feitas as alterações básicas que de-correm da transformação operadano mundo de então para cá.

No mesmo anno de 1931, no mozdé agosto, a própria Inglaterrasoffreu os effeitos da ctlse quèe levou a contrahir um empres-timo de 200 milhões de doUaresnos Estados Unidos e outro decinco bilhões de francos em Paris,para defender a sua moeda. Talambiente tornou impossível a ope-ração de credito projertr»*!» parao Brasil e que consistia num em-prestlmo de 16.000.000 de librasque serviriam de lastro ao papelmoeda. Aquelles empréstimos íel-tos á Inglaterra esgotaram-se e,aos 19 de setembro de 1931; oGovernador do Banco da Ingla-terra informou disso com urgen-ela ao Governo e mais que oBanco soffrla fortes retiradas deouro. Dois dias depois, aos 21 desetembro, foi suspensa a defesai». a conversão dos bilhetes. (TheEconomist. 26-0.31. pag. 554 -

. Mario Fauno. "Economia e Le-cçlslaçfio Bancaria", pag. 92).

entanto, por ter-se tornado lm-possivel mesmo com esse augmen-tu de elasticidade àttender ao Vu.

— Boletim Mensal do Banco Cen-trai do Chile, n. 94 — Dezembro,1935).

Mas, Se 6 assim, se aos bancoscentraes se suspende a obrigaçãode converter as suas notas emmetal, para que o voltem a fazersomente quando puderem, ém osreglmens de Controle cambiai, maisou menos rigorosos, impedem alivre troca entre grande numerodé paizes; a oircumatanoia áe umpaiz nào possuir, integralmente,em ouro metal, uma determinadapercentagerà sobre a circulaçãomonetária, hão pôde e não lhadeve constituir entrave para acreação de um apparelho que, dis-ciplinando o seu melo circulantee coMrotándo o credito, ponha aeçõnoihta nacional ao abrigo áoèinconvenientes da desordem nes-ses sectores; tudo, ao contrario,indica como da. mais alta conve-nienoia a organização desse ap-

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Ministro Souna Costamme de transacçôes a movimen-tar e a cobrir.

A queda vertiginosa do nivelue preços das mercadorias, lnlela-da em 1929, e a impossibilidadeae manter o funcclonamento dopadrão ouro — conversibilidadetranca dos bilhetes e livre movi-mento do metal — fizeram comque desapparece.se o automatlsmoaa adaptação doa preçoa entre osdiversos paizes e relegaram a umpiano secundário a questão dovalor ouro daa moedas.

Moeda sd, como se áchá multooem definida no livro do senhorAloysio Lima Campos, passou, emvista de tal situação, a ser consi-derada aquella que desfruta d*um poder «aquisitivo, econômica-mente ajustado e não mais a qúéconserva uma paridade ouro rígidae fixa.

A política seguida vem sendo ada elevação dos, preços para, at-tingidas as proximidades do nível.interior á crise, mantel-os emrelativa estabilidade; o aecordotripartido entre a Inglaterra, aFrança e os Estados, Unidos, de-nominado "Gentlemen's Agre-orhent" constitue o reflexo nocompo internacional, dessa poli-tica de preçoa e de moedas con-trotadas.

O poder acqúisitivo da moedae o seu reajustamento 'econômico

- tanto interno como externo —constituem o objectivo préponde-rante dá modemn politica moné.taria. A acçao do*Banco Centralterá de ser. portanto, 1) —regu-ladora do meio circulante cio paiz(funeção emissora); 2) — cóorde-nadará da politica de credito(funeção bancaria). (Paulo Ma-KáihãeS -t "O Observador" n. 5,1936).

A idéa de estabilizar o mil rfllsem determinada paridade ourotornaria indispensável a posse deuma reserva-ouro suf.lcl ent..mas ,

—J— ^TgtmUza ão do cam-• Hm «mnnnnui -ar o-randes nttCOOS

^ r ^ paulatmamente cons-tltuido.

30 Kigiõea 19ZS*. ¦¦, Norte . . IM

Nordeste . 39,71

§Ui . . • 31.31

19'A'IB.16

19358.10

20,61 34.J.8 36,73 39,56 +

23,78 24,77 22,72 22,44 estável

12 % para aregláo Norto33 Vo p»ra uregião Nord-

"Malgré les orédits qui fu-rent aecordés par leB Institutsd'êmission des Estats-Unls ède France et ceux qui ema-nalent de source prlvée. mai-grê les lntervent.lons aussi déia Banque d'Angletérre sur lemarche des changes, par rin**tcrmedlalre de deux banques,aff!lit»es. les hemorragles d/orconT.imierent, de plus belle.pour ne prendre fin que le20 Setembre 1931 - un dl-manche, bien entendu! — á iasuite de Ia déclBlon ptlse parle Gouvernément âprês con-sultatlon avec Ia Banqued*Angleterre. de cessor vendrel*ür. á un prlx fixe. L'etalonor avalt abandonné lá GrandeBretagne*'. (Erlc Barbei —1936." "Les Prlnclpaux aspeotsdu probléme de Ia Balancedes comptes dans 1'écúnomiegenerale"».

NSo me oai-ece que dopois de.-ses factos ho»e posso haver algu-mo duvida do tlm que teriam ticlòni» 16.000.000 de libras se os hou-vessemos obtido.

Considerar, outroslm, que mor.dtt sã é somente aquella que pooese converter a qualquer momentoem ouro. é desconhecer a reali-dade do momento. Basta lembrarque os Estados Unidos, n Ingla-torrn. todos os paizes quer dobloco do dollar como do ester*Uno e alndn ha pouco do própriooióco do ouro orlentnch» pftla Fran<,*a. abandonaram praticamente o'goltl standard" orthodoxo. jft ha -systema monetário determinado;multo, aliás, afastado da sua fôr. ao contrario, nenhum «ystomuma rigidamente clu.slca. O "Golo monetário pôde funcclonar doExchange Standard" deu maior | modo satisfatório sem um lnstl

parelho que aos poucos poderáconstituir essa reserva, para que,nà oceasião em que as grandesnações voltem ao regimen ouro.possa acompanhal-ae.

A política do banco tem de ser,portanto, de regular a circulaçãomonetária, nfto com a preoecupa-ção exclusiva de manter uma dè-terminada taxa cambial ou certarelação entre o ouro e o mil réis,más sim de conservar os preçoaem níveis què permitiam á pro-ducção nacional competir nosmercados internacionaes. A croa-ção de saldos, em moedas de livrecirculação internacional, que lhepermitiam reforçar suas reservaemetalllcas, está Intimamente liga.da a essa condição.

Somos um paiz pobre, sem ca-pitai, de economias precárias ecujos saldos provêni, ná maiorparte, da venda de nossos pro-duetos. A politica do Banco de-verá se manter vinculada á com-mercial do Governo e todo o seutrabalho tem dè ser no sentido dedisciplinar o Intercâmbio com-mercia} ás necessidades legitimasdé nosèa economia, togo que ataxa cambial experimenta qual-quer melhora, Já a importação deartigos de luxo se pfeoiplta emsaltos bruscos e perturbadores dorythmo do nosso commercio, des-truindo os saldos e provocandonova queda. O BanCo precisaregular, através do regulamentode oamblo, quando necessário, ascompras do paiz no exterior, Umi-tando.as a cifra compatível coma defesa do poder acqúisitivo domil réis.

Com os recursos que lhe serãoconferidos terá o controle do po-der acqúisitivo interno. No con-trole do poder acqúisitivo externo,Já facilitado pela acção exercidano' mercado interno, disporá domanejo do regulamento cambial

isso emquanto as grandes naçouuommerclantes nfto estabilizaremlegalmente as suas moedas, nãome parece que possa constituiroojecto de preoçcupaçâo de nossaparte.

Dé Pinedo, no seu discurso antoi. Câmara de Deputados da Repu-blica Argentina, referindo-se a es-se assumpto diz, textualmente:

"Tfo algo creyèndo en Ia¦íStabUi.aciOn monetária, ysigo creyèndo en Ia estabiliza-cion monetária en etrtnihusde oro.

"Aún cuando estén enDoga doctrlnas qUe dtin mayorimportância a Ia establlldadde ia moneda en orò, talvezporque no ho comi-rendidoblen Ia tesis opueèta, yo algoadhèrido ai Vlejo principio deia estabilizaclòn én oro, qiiè Aíhará cuando ie pueda".(Pag. 17).

Tal é, de resto, o conceito gerai,razer-se a estabilização em ouroquando so puder. "Um Banco

Como elemento indispensável dècooperação a essa acção Inter-nacional do Banco Central, temo Governo de promover o aecordointeresses da política geral do Go-enquadrar 0 serviço nas disponl-bilidades normaes de cambio.

Esta materia constituirá assum-fjto de novo e próximo entendi-mento meu com esta IllustreCommissão.

È' Igualmente necessário, que,ao mesmo tempo, soja votada alei bahearia que regule o funecio-namento dos bancos no Brasil eponha a sua activldade dentro dosIntreesse da política geral do Go-Verno. O objectivo da lei banca-ria não é, entretanto, apenas esse.mas igualmente o de proteger aseconomias que o publico confiaaos bancos sob a fôrma de de-positos.

E' principio hoje universal quenfto se deve em caso algum per.mlttir a fallencia de um banco.

O Sr. João Carlos — V ExCentral n&o depende de nenhum »»rmltte um apartei Ouço com

• to maior prazer as a-KlrmaçõeBue V. Ex. estA fazendo quanto

é certo que, no Rio Grande doSul, o governador foi largamente

elasticidade de ofílclencla ao stocicmundial de ouro na sua funeçãode massa do manobra. Falllu, no

tuto central regulador. (HermanMax — Chefe da Secção do In-vestigações Econômica* • Estatls-

criticado por obedecer Justamentea esse critério que V. Ex. esposa,encampando o Banco Pelotense

por oceasião de grave crise finan-céira. E o sr. ministro da Fa-zenda, que é um dos dlrectores,Já ha longo tempo, de umá dasmais importantes instituições decredito do meu Estado, r.compa-nhou o phenomeno com toda aattenção e trocou idéas a res-peito com o governador. O queactuou no espirito do governadorfoi, parece-me, a razão que, aban-donando o banco á própria sorte,ps prejuízos que adviriam para afortutta particular evidentementese reflectirlam na riqueza publica.Este o motivo pelo qual, mesmocom ônus para o Estado, resolveuo Governo nunca abandonar osbancos á sua própria sorte. PorIsso, applaúdo o critério queV. Ex. acaba de expor.

O SR. MINISTRO SOUZA COS'TA — Neste particular, posso de-pôr com conhecimento de causaiporque não Só troquei idéas como governador do Rio Grande doSul. oomo tambem procurei in-fluir tanto quanto possivel noseu alto espirito para que elle to.masse tal resolução.

Todos os grandes paizes domundo tomaram medidas acaute-latorlas dOB Interesses de seus es-tabeleolmentos bancários; mas seisto ô justo e indispensável, seao poder publico cabe intervir esoecorrer as instituições em pe-rlgo, embora com O sacrifício daconectividade, afim de evitar malmaior, tambem lhe deve assistiro direito .de controlar as suas actl-vldades de modo a prevenir oceor-rencias desastrosas para a eco-nomia do paiz.

Em 1932, no intuito de pôr •instituição'bancaria ao abrigo do»perigos da desconfiança, então ge-nerallzada, em conseqüência dacrise bancaria universal que tãolamentáveis repercussões teve en-tre nôs, creou o Governo a Caixade Mobilização Bancaria, cujaUtilidade e serviços Já ninguémcontesta.

A lei bancaria será o comple-monto dessas medidas. Por ellaserão estabelecidos oa princípiosgeraes que devem reger e norteara actividade bancaria e assegura-da a observância doa principio»essenclaes ao seu funcclonamento,entre os quaes avulta o. do liquf-de» dos actlvos, que se attingepelas restricções sobre operaçõeshypothécarias e operações a prazoque não estejam em harmonia comaquelles a que são recebidos osdepósitos bem como pela exlgen-ola do encaixe minimo legal e pro.hiblç&o de determinadas opera-ções.

Feita esta exposição geral dasrazões que entendo Justificam anecessidade e explicam a conve-niencia de crear immediatamenteo Banco Central de Reservas, pas-so •» oommentar o ante-projectode loi qúe será submettido á ap-

provação desta Assembléa. Esteantè-projêcto é trabalho do illus-tre technico, professor Souza Reis,é aellô Se contêm as disposiçõesnecessárias ao objectivo que te-mos em vista.

Para tornar mais amena a expo.siçfto, ao Invés da simples leiturado projeoto, prefiro dar-lhes úmresumo, tocando os aspectos prin-cipaes, que poderão, depois, sermotivo do discussão' e troca deopiniões,* a respeito.

O ante-projecto contém vinte edol» artigos. Tratemos primeirodo capital do Banco, de como sedivide e quem o subscreve.

O capital será de sessenta milcontos dividido em acções noml-nativas, que não poderão sertransformada» em acções ao por-tador. Essa» acções eomprehende-rão tres grupos: o primeiro, des-fclnado á aubscrlpção do GovernoFederal; o segundo de livre subs-cripção publica, e o terceiro ex-alusivamente destinado aos bancosque íuncclonarem no paiz, comcapital não Inferior a tres milcontos e que tiverem depósitossuperiores a dez mil contos. Aparte destinada á subscripção pu-blica será, no máximo, de dezinil contos de réis.

Esta distribuição do capital foimais ou menos inspirada no pro-Jecto feito por Sir Otto Nietóeyere as razões que o levaram a con-siderar não ser necessário um cá.pitai maior são as mesmas quendoptamos. O Banco Central nãoé instituição creada com o ílm deauferir grandes lucros, maa, sim,com o objectivo de controlar ovolume de credito e assegurar es-tabilldade do valor da moeda.Ora, um capital maior obrigariamaiores lucros para remuneral-o,quanto á sua dlstrlbulç&o. No

projeoto Nlemeyer o capital eradividido entre os bancos e o pu-blico, não cabendo ao Governoparte alguma. No conceito queadoptamos, entretanto, não é dis-pensavel a co-partlclpação do Go-verno e a sub-divisão do capitalem tres grupos torna-se neceisana.ADMINISTRAÇÃO E OPERAÇÕES

DO BANCO

Os cargos de Presidente e Vice-Presidente serão de nomeação edemissão do Presidente da Repu-blica com approvação do Senado.A lei argentina, neste particular,vae mais longe - não somenteexige a approvação do Senado,mas «stab-iece período determina-do, dentro do qual o Presidentee o Vlce-Presldente não poderãoser demlttldos senão pela praticade crime eommum. Ha, com isso,o objectivo de dar & Administra-ção do Bonco maior lndependon-cia de attitudes e acçfto que nãoe»-» coaduna com a possibilidadede demissão ad-nutum pelo Go-verno Federal.

As operações do Banco s.rão a»seguintes:

a) emlttir notas banC&rlas aeaccord-f' com as prescripções dalei;

b) comprar e vender ouro;ç) receber depósitos a prazo

fixo e em conta corrente;d) comprar e vender, descon-

tar e redescontar letra» de cam-blo e duplicatas de venda» mer-cantis;

e) emprestar dinheiro sobre *»Seguintes garantias:

I) — ouro amoedado ou embarra;

II) _- títulos publico» do Oo-verno Federal.

Anies que o sr. deputado Danielde carvalho Indague sobre esteponto, quero esclarecel-o, dizendoqüe o Governo está prohibido deoperar com o Banco Central a naoser em uma conta unica, de ante-cipaçâo de receita. Consta estaprohiblçfto do S 5.» "E* vedado aoBanco Central:

a) b) emprestar dinheiro, endossar,

avalizar, garantir, descontar ou re-descontar titulos com responsabl-lidade directa ou lndirecta do Go-verno Federal, dos Governo» Em-taduaes e Municipaes ou concedeiaos Thesouros Públicos ou ás em-presas de que forem proprietáriosqualquer credito fôra dos limite»traçados no páragrapho 11, excep-tuados ob titulos do DepartamentoNacional do Café".

O objectivo do Banco Central,Como esclareci; nãoé o de realizarlucros, nem de concorrer com o»demais bancos — sua funeção serásobretudo coordenadora.

O Sr. OH.eíro Coutinho — Ma»,V. Ex. não acabou de dizer queelle vae tambem receber depo«Utos do publico? Neste caso, então,estará concorrendo com o» outro»bancos.

O Sr. Ministro — Pelo facto dereceber depósitos nfto me pare<|que seja um concorrente, pol» astaxas terão de ser baixa» e demodo tt permlttlr-lhe que exerçaa sua acção dlscipllnadora aemprejuízo de ser apenas o coordena-dor de toda a actividade.

O Sr. Diniz Júnior — _B* certoEssas taxa» estão sujeita» A «soa-llzação, de acoordo com *s taxa»de redesconto.

O Sr. Oliveira Coutinho — Ma»,se nfto me engano, elle ter& tam-bem quasi todas as outra» opera-ções doB demais banco».

O Sr. Ministro — Prefiro ter-minar a leitura do ante-projecto.Depois ouvirei, com o maior pra-zer, as ponderações que qulzeremformular.

Vamos proseguir na exposição,explicando o que é vedado »oBanco:

da constituição do Banco, naopoderão ter augmentado o seu vo-lume mas somente diminuído, »medida que a parte em ouro dareserva fôr crescendo.

O Sr. Roberto Slmonsen — Co-mo será constituída a capacidadede redescontar?

O Sr. Ministro — Está subordl-nada á capacidade emissora doBanco, evidentemente.

O Sr. Diniz Juior — Só poder»emlttir dentro da capaoidadeemissora.

O Sr. Roberto Slmonsen — ...de modo que nfto ha uma pre-visão de emissão para redesconto»de aecordo com as necessidadesda producção?

O Sr. Ministro — A capacidadeemissora prevista será multo su-perlor aos limites dentro dosquaes pôde redescontar, pois quea Carteira de Redescontos nãorealiza operações senão com tituloslegítimos, nos^termoB da lei.

O Sr. Diniz Júnior — Isso,quanto á technica; mas, quantoao limite?

O Sr. Ministro — Quanto aolimite, a unica critica que __» !•>•derla fazer seria ao risco de pos-slvel expansão; como expliquei,entretanto, a parte de tituloB en-tregue pelo Governo no acto daconstituição do Banco: não é sus-ceptlvel de augmento, porém, aocontrario, só pôde diminuir, & me-dida que fôr sendo adquirido ouro.O limite fica, desde logo, prefixa-do no acto da constituição doBanco. Nâo fôra esta precaução eo processo adoptado seria incon-venlente.

Lelamos o páragrapho 8.*» doartigo 3.°:

"§ S.o E' vedado ao Bancoa) emlttir notas de valor

inferior a cinco mil réis;b) emprestar dinheiro, en-

dossar, avalizar, garantir, des-contar ou redescontar tituloscom responsabilidade directaou lndirecta do Governo Fe-deral, dos Governos Estaduaese Municipaes, ou conceder aosThesouros Públicos ou ás em-presas de que lorem proprie-tarlos qualquer credito torados limites traçados no par».grapho 11, exceptuados os tl-tulos do Departamento Nacio-nal do Café";

Estes títulos do .DepartamentoNacional do Café, por emquanto,deverão ter um regimen especial,que permltta o seu redesconto nostermos da lei" que regula a Car-telra.' Mc) participar de qualquer

empresa industrial, agrícola oucommereial;

d) adeantar dinheiro sobrelmmovels, hypothecas de lm-moveis ou adqulrll-os, exceptopara uso próprio, bem comoacções e debentures, salvo asdo "Banlc for InternationalSetlements", podendo somenterecebel-as em garantia de cre-ditos em risco;

e) emprestar ou adeantardinheiro, sem garantia ou »descoberto;

f) acceitar letras a praso-.Neste páragrapho — relativo ao

que é vedado - Já o nobre depu-tado Oliveira Coutinho pode ver

que não. será facultado adeantardinheiro sobre hypothecas, sobrelmmovels, nem emprestar sem ga-rántlas ou a descoberto; cerceadaa faculd^e de realtoir operaçõesdesse gênero, reduzido está, pelamesma razão, o interesse no rece-blmento de depósitos.

O Sr. Oliveira Coutinho — Maa,com garantia, pôde emprestar. Porexemplo: descontar letras de cam-mo.

O Sr. Ministro — O Banco pre-cisa intervir no mercado de titu-los quando necessário, para Influirnas taxas de desconto.

RESERVA LEQAL

Este e o ponto que mais avtenção exige. A reserva mínimaserá de 25% da totalidade dasnotas em circulação. Evidente-mente, esses 25% em ouro, metalou divisas de curso internacionaln&o os temos, integralmente.Nossa quantidade de ouro corres-ponde, apenas, a vinte e cinco to-neladas, para uma circulação dequatro milhões e melo de contos.Pi-etendemos constituir a Reservamínima pela seguinte fó.ma:

l." pelo ouro existente;2." pelos títulos de divisas es-

trangelras;3.» pelos titulos especialmente

emittidos pelo Governo Federal,aos juros do 7%.

Estes ttlulos, entregues no teto |

"O Banco Central de Re-servas do Brasil manterá per-manentemente uma reservamínima de 25% da totalidadede suas notas em circulaçãoe de suas responsabilidades avista".

e o i 9.0:"Esta reserva será constt-tutda com ouro amoedado ouem barra, A livre dlèposlçaodo Banco, com saldos e et-leitos líquidos depositados noestrangeiro exlglvels em moedade livre curso Internacional ecom apólices da Divida Pu-blica do Thesouro Nacional,tanto as expressamente emit-tidas "ex-vl" desta lei, comoos saldos das emissões auto-rizadaa pelo decreto numero21.717, de 10 de agosto de1932, e pela lei n. 160, de31 de dezembro de 1935, des-tlnados ao resgate do papel-moeda do Thesouro.

a) A' medida que íôr sendoaugmentada a parte ouro daReserva, o Banco reduzirá aparte constituída de títulos aesomma equivalente".

Note.se que, como estabelece og l.o do artigo 5.°:

"Em caso algum poderãoconstar da Reserva legal doBanco titulos do Governo Fe-deral além dos das emissõesprevistas no artigo 5.°, cujovalor máximo será fixado".

Vejamos, agora, a parte das res-ponsabllidades que o Banco as$i-me. Consta do art. 4.0:

"Art. 4.° O Banco Centralde Reservas do Brasil, em tro-ca dos privilégios que lhe saoconcedidos, assumirá a respon-sabllldade do pagamento d»anotas em circulação emlttldaspelo Thesouro Nacional, pelaCaixa de Estabilização, e tam-bem das do Banco do Brasilencampadas pelo Thesouro, nafôrma do decreto n. 19.372de 17 de outubro de 1030,todas no totai de ex-cluldas, apenas, as notas devalor inferior a 68000 de todasas emissões. A differença en.tre esta importância e a som-ma das referidas no-artigo 6.**constituirá divida da Naçãoao Banco e será resgatada nostermos desta lei".

Esta fôrma ô a estabelecida noartigo 6.°:

"Art. 6.° A divida da Na-•çfto ao Banco Central de Re-servas será amortizada com osseguintes recursos:

a) os Juros das obrigaçõesreferidas no art. õ.», duranteo tempo em que permanece-rem em carteira do Banco;

b) os dividendos das acçõesde propriedade do ThesouroNacional; _

c) uma quota annual a serfixada nos orçamentos do Ml-nlstrelo da Fazenda;"¦ d) os lucros da senhoriagemna cunhagem de moedas". Oouro recebido permanecerá as-terillzado.

O Sr. Oliveira CoutinJio — Devonotar que, na lei em vlgbr, existeliberdade do ouro ser mandadopara o estrangeiro, como Creditodo Thesotnro. Consequentemente,emquanto essa lei nfto íôr revo-gada — aliás o actual Governo náopretende mandar este ouro parao exterior — perdura a posslbUl.dado de exportação do ouro. Foi,exactamente, uma das emendasque tive oceasião de offerecèr aoprojecto da lol ora vigente, re-vogando a parte final do artigo 7,que manda oomprar o ouro e quepermltte, optatl vãmente, utilizaro ouro para lastro no paiz ou re-mettel-o ao estrangeiro a creditodo Thesouro.

O Sr. Ministro — Confesso nV. Ex. estar certo de Já ser pro*hlblda a salda do ouro.

Como pagamento parcial, o Ban.co Contrai roccberA o ouro e o*

Continua na 6.* pagina

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Page 2: Discurso do Ministro da Fazenda, Sr. Arthur de Souza … que se esperam para a economia nacional. Considerando, assim, a magnl-tude do - assumpto e a sua re-percussão nos diversos

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DIARIO DE NOTICIAS DOMINGO, 19 DE SETEMBRO DE 1937

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A creação do Banco Central de Reservas

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Continuação da 5/ pagina'Htulos a que se refere o artigo 5.r.<|ue vou lêr:'/ "Art. 5.» — Para pagamento

de parte da circulação mone-taria de responsabilidade doThesouro Nacional, o GovernoFederal entregará ao BancoCentral o om* oem barra ou-amoedado de sua propriedadeao cambio do dia, os saldossm carteira das obrigaçõesemittldas pelo decreto a21 717 de 10 de agosto de1932 e pela lei n. 160, de oide dezembro de 1935 e ma^snovas obrigações que o PodurExecutivo íica autorizado aemittir até o máximo ',ue íõrfixado, a juroB de 7% ao aa-no, pagaveis semestralmente,sendo, os títulos resgatavels nopraso de clncoei»ta annos' .

O Governo entregará ainda aoíanco Central um bônus consoíl-4ado da. Divida da Na>,ão c oBanco ficará com o direito Ue dar•participação desse bônus aos de-mais bancos. Essa medida é ins-pirada na lei Argentina. O obje-ctivo é facilitai aos demais bancos'títulos

de applicação provisória, desuas Caixas.

Rèlatval mente á obrigação doBdemais bancos recolherem ao Ban-co Central as suas reservas der^ixa, estabeleceu o artigo 10.°:"A

partir da data em que oBanco Central de Reservas "^oBrasil iniciar as suas opera-ffies, todos os bancos ou casasbancarias do paiz seráo obrl.gados a nelle manter em depo-sito, sem juros, 10%, pelomenos, de seus depósitos emconta cçi-reute á vista no Bra-sll, • segundo a demonstraçãodo balancete mensal mais pro-xlmo. A falta de cumprimen-to dessa obrigação sujeitarao faltoso é multa de 10% aoanno sobre a deficiência dedeposito, não !he sendo lícitodistribuir dividendos. ern-quanto subsistir a deílcien-cia. A Directoria do BancoCentral de Reservas do Brasil

fi- poderá conceder em casos e.vpeciaes, que aquella reservacontinue em poder do próprioestabelecimento, uma "ez queseja constituída exclusivamente por notas do Banco, oumoedas dlvlsionarias do The-

J&l eouro.S 3.° — Considerarn-se depo-

sitos em conta corrente 6, vistaos exlglvels dentro de 30dias.

§ 2." — Fica transferido parajj-.s o Banco Central de Reservas

f*| do Brasil" o financiamento da

j- Caixa de Mobil.zaçâo Banca-p ria, mantidas as disposiçõesjjjjj dos árts. 3.» e 4.° do DecretoI numero 21.499, de 9 de junho| de 1932, exceptuada a faeul-g dade do Thesouro NacionalÊ emittir papel-moeda para at-iy tender ás operações da Caixa"."irCuanto á obrigação de aubscre-Ar parte do capital do Banco, eliateria do artigo 16.»:í§: "Todos os bancos nacionaesy ou estrangeiros, que funccio-y narem no paiz e que, tendo;' ' segundo a demonstração doaI eeus balancetes lmmedlata-'Q.

mente anteriores a este decre-y tò, o capital mínimo de ..."-: 3.000|,:0006000, possuírem, ao

mesmo tempo, depósitos não.;.; inferiores a 10.000:000$000.

serão obrigados a subscrevermetade do capital de60 000"000$00Ó. com que sevae constituir o Banco Cen-

"f trai de Reservas do Brasil>' «ao devendo exceder a quota*• de cada um & proporção de 3%

do respectivo capital até o1 máximo de 2 000:000$COO".Os outros dispositivos do traba-

ho são relativos * não lncldenla de Impostos sobre as opera-•Ses dp Banco Central, a dcllbe-araçfies das Assembléas Geraes eoutros pontos, que deverão sei•onslderados por occaslfto da re-Çacçfio dos Estatutos.

, O Sr. Severino Mariz — V. Ex.^érmltte um aparte? Desejo umaexplicação. V. Ex. acaba de dl-nr que todos os bancos estabele-«Idos no Brasil serão obrigados edepositar, sem juros, no Banco«entrai, 10% dos seus depósitosMas V. Ex. disse, tambem, que•erfto contribuintes & formação docapital dp Banco Central apenas«quelles estabelecimentos que ti-*erem S 000:0003000 de capital e10.000:0009000 de depósitos. De-Melaria saber, qual a Justificativade se excluírem do deposito os*ancos de capital menor

O Sr. tllntitro — A razão foiprincipalmente a de não se crea-Tem difficuldades a esses bancos,jwls a subscr'pção de capital doSj&nco Central é, de certo modoama lmmoblllzação de fundos E'porém, um ponto que espero terainda opportunlíade de exami-oar. ouvindo os próprios tnte-tcssadOH

O -"fr. Severino Martz - Na ver-msne. nüo conheço o pensamento«dos hancoe que têm cppMal inffrior a 3 000:0r)()S"U00. mm <i tm-presíflo que tenho é a de que o-tltuados nos Estado* do Norte

!,»fti

com capital menor, desejarão aln-da assim, participar das vantagensdo Banco Central, porque, se, decerto modo ha ônus, por outrolado decorrem benefícios pois dá,entre ambos, o direito a votoNos Estados do Norte, supponhoha de haver necessidade dos estaceleclmentos de credito se fazeremrepresentar na vida do BancoCentral.

O Sr. Ministro — F,' um ponto,effectlvamente, a examinar.

O Sr. França Filho — Se nãohouvesse essa relação entre o ca-pitai e o mínimo do deposito se-ria fácil.

O Sr. Ministro — No conceitofunecionai moderno, a respeito

de Banco Central, este tem umaacção multo ampla. Outrora, esseInstituto era considerado apenascomo Banco cios Bancos.

Da mesma fôrma e pelas mesmasrazões que um Indivíduo precisagos serviços de um banco pura scencarregar da cobrança de suasletras, para nelle depositar suasreservas ou tomar por empréstimoas quantias de que necessitar parao exercício de sua actividade, assimtambem se entendia que oa bancostinham necessidade de uma orga-nlzação que lhes prestasse serviçosdessa natureza e dahi o conceitopara a instituição dc banco dosbancos.

Outro conceito emprestava-lhe acaracterística básica do um appare-lho especial para o servir, em casode emergência, c daqui a chamnd-ttheoria de emergência cm matériade banco central.

No conceito funecionai moderno,as funeções de um Banco Centralsão orientadas exclusivamente nosentido do interesse publico. Nolivro de Henry Parker Wlllis "Theand Practice of Central Banking"— Harpers & Brothers Publlshers,N. York and London, 1938 — vètnessas funeções principaes enume-radas:"1) — Emissão e resgate denotas;

2) ~ O controle, por qualquermelo, da reserva metallica;

3) — a guarda dos fundos erecursos do Governo;

4) — Exercer influencia sobreos preços de mercadorias ou va-lores.

E' evidente que este conceito deBanco Central está muito longee é multo mais desenvolvido doque a theoria de emergência oua noção de banco dos bancos".

Dentro deste conceito, como sevê, é difficil senão impossível se-parar a ucção administrativa üoBanco da acção politica do Gover-no e não se pôde conceber o func-clonamento perfeito do seu meca-nismo senão dentro de um amploespirito de harmonia. Dahi o nãoter suggcrldo praso certo para

o período de administração do Pre-sidente do Banco Central, mas.apenas estabelecido a exigência daaudiência do Senado para os actosde sua nomeação ou demissão.

O Sr. Diniz Junior — O Senadovae ter, no entanto, um certoalargamento de poderes com essafaculdade cxtra-constituclonal. Aapreciação da nomeação dos mém-bros da Côrte Suprema competeà Commissão de Constituição eJustiça. Considerando que não sedá, na Constituição, competênciaat Senado para approvar uomea-ções, essa uttrlbulção tem de seidada pela Commissão de Constl-tuição e Justiça, que deve resol-ver a respeito.

O Sr. Ministro — Lembrei oSenado por me parecer que sendoassumpto de interesse econômicose devia enquadrar nas suas fun-cções. Aliás, na Argentina, tam-bem 6 o Senado que autoriza, ha.vendo o praso estabelecido de cln-co annos.

O Sr. Oliveira Coutinho — V. Ex.dá licença [.ara um aparte?

O Sr. Ministro — Com todo oprazer.

O Sr. Oliveira Coutinho — Beo Banco Central fôr creado, doisdos Institutos do Banco do Brasilterão de desapparecer; não estoulastimando, estou constatando.

Em primeiro logar, a Carteirada Caixa de Mobilização, que tempor objectivo operações semelhan-tes, passará para o novo banco;em segundo logar, a Carteira aeRedescontos, que opera com aBemissões fornecidas pelo Thesourodesapparccerá tambem, visto queae emissões passarão a ser feitaspelo IÍjvo Banco. \

O Sr. Ministro — A direcção dapolítica cambial, a Carteira deRedescontos, o serviço da Com-pensação de Cheques, todas essasattribuiçoes passam para o BancoCentral; a Caixa de MobilizaçãoBancaria nfio parece convenientetransferir senão na parte do 11-r.anclamento, pois esta Caixa temde ser liquidada em praso certoA sua acção foi, no entanto, ex-traordlnariamente benéfica para opalz. A exigência feita nos bancosr.o sentido de depositarem no Ban-co do Brasil a Important lu quetiverem em Caixa excedente a 20';.sobre o vaioi dc cftiif. deposttos emr.ada os prejudicou, mat ao con"'ü'0- ticu-1 hes urna renda deI» j h wjhre qua,illus que ti-nharr Improductivat,

Em conseqüência da -rlse aeconfiança, os bancos estavam comelevados encaixes, pois como ap-plicam os recursos somente emoperações, estrictamente commer-ciaes, de accordo com a boa tech-nica bancaria e não operam senãoa curto praso, tendo estas opera-ções diminuído em razão da crisehavia bancos com importâncias emcaixa, quasl equivalente ao valorde seus depósitos. Estabeleceu slei que o excedente de vinte porcento sobre os depósitos fosse re-colhido ao Banco do Brasil, a livredisposição desses bancos e me-diante o juro de 1 %.

Agora, o que se exige não é de-posito de sobras, mns o da reseruamínima que os bancos são obrl-gados a ter em caixa. Exempllfi-cando: a Instituição que tiver cemmil contos de depósitos tem demanter no Banco Central a reservaminima dc dez por cento, semJuros.

O Sr. França Filho — Conjun-ctamente com o do Banco Cen-trai, pretende V. Ex. enviar á Ca-mara outros projeçtos?

O Sr. Ministro — Será enviadoo da lei bancaria. Não posso, en.tretanto, affirmar se o será con-junetamente com o do Banco Cen-trai. O projecto de lei bancariaterá de demorar, provavelmente,mais dois ou tres dias, emborafaça parte do mesmo todo.

Ò Sr. França Filho — Seriaconveniente examinarmos, ao mes-mo tempo, os dois projeçtos.

O Sr. Ministro — Já existe,aliás, na Câmara, um projecto delei bancaria dc autoria do drMario Ramos e que consideramosum bom trabalho.

O Sr. Horccio Lafcr — Sr. Pre-sidente, queria, simplesmente, la-zer algumas considerações geraes,congratulando-me com a expo-slção que todos nós ouvimos dosr. ministro da Fazenda e que secoaduna perfeitamente com o quea Commissão de Finanças aquiJá discutiu.

Estão lembrados todos os colle-gas de que, quando se cuidou doproblema de organização do Ban-co Central, a Commissão de í'l-nanças sustentava o seguinte: osystema deve ser apparelhado doorganização desde a economia doedepósitos, da expansão do uso docheque e da velocidade da circula-ção, até o redesconto e, em ultimaphase, a estabilização da própriamoeda. E\ pois, um systema depeças connexas. Interdependentescujo plano harmônico se asseme-lha a um relógio. Esse plano eindispensável que seja fixado des-de logo.

Essas considerações foram appro-vadas pela Commissão de Finan-ças, que chegou mesmo a esco-lher uma sub-commlssão, a quainão proseguiu em seus trabalhosante a grata noticia de que o srministro da Fazenda estava cul-dando da elaboração do ante-pro-jecto de creação do Banap C*»-trai.

a Commissão, aesde logo, aven-tou que concomltantemente como projecto de creação do dito ban-co, deveríamos estudar, tambem,um conjuneto de leis que salva-guardasse, não só os direitos dosdepositantes, como a vida dos pro-prlos bancos, nos seus problemasmais complexos.

.*ssim, sr. Presidente, o votoque faço é que, ao lado do anteprojecto de creação do Banco Cen-trai, venham logo outros que per-mlttam ao mesmo uma actuaçáoefficlcnte em nosso melo.

Quanto ao ante-projecto, em si,não é o momento opportuuo paradiscutirmos seus detalhes. Comorelator, colloco-me na mesma si-tuação do sr. ministro da* Fazen-da: ouvir primeiro a troca de opl-niões de meus collegas, para dc-pois relatar, afim de que o pare-cer esja uma média das opiniõesde todos.

Pedi a palavra apenas paia mecongratular com a exposição dosr. ministro, cm nome da Com-missão de Finanças, e tazer votosno sentido de que o ante-projectochegue logo á Câmara, para quppossamos fazer estudo detalhaaue, ao mesmo tempo, tenhamos umconjuneto de planos que possamdeterminar a reorganização per-feita de todo o uosso apparelha-mento bancário.

O Sr. Barreto Pinto — Sr. Pre-sidente, cheguei tarde para ouvira exposição do sr. ministro, masdevo dizer que Já conheço obelementos aqui trazidos, a tartadocumentação apresentada relati-vãmente ao Banco Central.

Ouvimos, ha pouco,' a palavrade um verdadeiro technico, o srHoracio Lafer, que se congratulavacom a exposição do sr. ministroem nome da Commissão de *'l-nanças.

Declaro minha fnllencla, nesteparticular, mas nào posso delxtr

! d.*; assinalar, não obstante o»vários ntrlctos, amistosos C verda

[ dc, que tenho tido com C. tíx! as vezes que elle lem vindo *I Commlssfio de Flnançac que * et; minibtro tem dado um sadio exemi pltj do que desejou a nossa Cons-I tltulçao e oue hua vinda aqui,

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A candidatura nacionalO dia do candidato na-cional no Rio Grande

do SulDia 19 — Domingo

A's- 9 horas, chegada aCaxias, onde se realizarágrande concentração par-tidaria dos municípios decolonização italiana.

Recepção popular na ga-re. — Visita á séde da U.D. B. — Grande comíciopolitico. — Almoço. — Visi-tas officiaes.

Partida de Caxias, ás 19horas. — Jantar no trem.

No DistrictoFederal

A CANDIDATURA ARMANDODR SALLES OLIVEIRA E AUNIÃO PAULISTA DO DISTRI-

CTO FEDERALA União Paulista do Districto

Federal, associação civica fun-dada em 1932, para defender aconstitucionalização do paiz,- re-uniu-se, hontem, em sua sédeprovisória, & rua do Ouvidor, 123,elegendo a sua nova Directoriapara o biennio 1937-1939, que as-sim ficou constituída: presidente,dr. José de Alencar Piedade (re-eleito); 1.» vice-presidente, Cel.José Chrystlano dos Santos; 2.»vice-presidente, Cel. Brasilino•'-tirneiro de Castro; 3.° vlce-pre-sidente, dr. Bernardino de Cam-pos Netto; secretario geral, dr.Ernani Piedade; thesoureiro, com-mendador Álvaro Bastos; blbllo-thecarlo, Leopoldo Sechler; pro-curador, João Alberto de Oliveira;orador official, Laurindo de Brlt-to, e o seguinte conselho cônsul-tivo: dr. Oduvaldo Moreira, dr.Eugênio Ferreira Filho, dr. JoséRoberto Leite Penteado, dr. Al-varo Silva, dr. Nilo Costa, dr.Álvaro B. Vieira do Couto, JorgeAmaral, Eugênio Grecea, Tte. Cel.José Maria Cysne, Gentil Fer-

Os trabalhadores se or-ganizam para apoiar a

candidatura nacionalSob os auspícios do Partido Popular Democra-tico, foi fundado hontem o Comitê dos Traba-

lhadores do Bairro do CajuKeuniram.se hontem, na séde ¦ berdade da nossa game e como

do Partido Popular Deniocrati.co» á praça Mauá, 9, nesta ca.pitai, funccionarios do HospitalS. Sebastião e trabalhadores devários outros ramos de activi-dade do bairro do Caju', fun.dando, assim, sob o patrocíniodesse partido de proletários, oComitê de Trabalhadores dobairro do Caju', que defenderános seus respectivos locaes detrabalho a candidatura do emi.nente brasileiro Armando de Sal.les Oliveira ft presidência da Re.publica.

Durante a reunião, fizeramuso da palavra diversos orado,res, dentre os quaes os srs. Rey.naldo Pinheiro Bastos e PauloBaeta Neves, que, discorrendosobre o thema das reivindicaçõestrabalhistas, bem alto souberamcollocar a democracia como sus-tentáculo das aspirações de li-

fanal a conduzir para o terrenodas realizações os anseios dosproletários nacionaes..

Compareceu a essa installaçãoum representante da Acção So.ciai Democrática, que por dele.pação cio presidente desse par.tido politico acceitou em lomarparte na mfsa que dirigia ostrabalhos.

Em synthese, a reunião, queteve como objectivo máximo,concitar os trabalhadores a for.marem ao lado do candidato na.cional, no grande pleito de 3 dejaneiro, servirá sem duvida parao maior incentivo aos trabalha-dores, que nos próprios locaesde trabalho saberão entre osseus companheiro? defender osprincípios democráticos, que for.mam a base da nossa estrueturapolitica e social.

nandò de Castro, Raphael Mata-razzo, Vicente Massa, Cel. JulioRodrigues de Souza, dr. José Nu-nes da Silva e Domingos Grecea.

Por proposta do sr. LeopoldoSechler, foram todos empossados,na fôrma dos setatutos, sendo emseguida approvado pela assem-bléa e plenamente ratificados, to-dos os actos praticados pela dl-rectoria anterior e especialmente

"0 AUGMENTO DAS FORÇAS ESTRANGEIRAS NAHESPANHA AMEAÇA 0 EQUILÍBRIO EUROPEU E

DÁ INCREMENTO A DESORDEM GERAL"assim ennumerou as refe-ridas exigências:

"O Governo da Republica daHespanha julga que é do seudireito exigir:

1.° _ Que seja reconhecidaa aggressão de que a Hespa-nha tem sido victima por par-te da Allemanha e da Itália.

2.° — Que em conseqüênciade tal aggressão, a Liga das

NO TRATAMENTODASYPHILIS!

At tes to qn« •"ELIXIR DE NO-GUEIRA", de Joãoda Silva Silveira, éãe excellentes qna-lidades no trata-mento da sjphilis.

(Ass.) Dr. Brenno FerrandoKio de Janeiro

P fÉÉ

Nações examine o meio depôr fim á mesma.

3.° — Que mais uma vez se-ja concedido ao governo hes-panhol o direito de adquirirlivremente os materiaes deguerra que julgar necessa-rios.

4." — Que todos os comba-tendes não hespanhóes sejamremovidos do território daHespanha.

5.° ¦—. Que as medidas toma-das para segurança da nave-gação no Mediterrâneo sejamextensivas á Hespanha, asse-gurando-se á ella legitima par-ticipação nas mesmas".

A seguir, o sr. Negrin de-clarou á Assembléa:

"Com as nossas palavrascuidadosamente medidas, af-firmamos solemnemente, pe-rante esta assembléa que aItália se está preparando pa-ra enviar, ao território hespa-nhol um exercito duas vezessuperior ao que ali se encon-tra". ,

CLINICA DB OUVIDOS, MABIZ B (JAROANTA

DR. CAPISTRANO PEREIRADOCENTE e laureado com MEDALHA DB OURO da" tfacul-dado de Medicina. — ALCINDO GUANABARA, 15-A, 6." andar.

_:_:_-_ Telephone : 22-8868. Das 2 ás 1. —:—:—".—

hoje, merece ser asslgnalada demodo especial.

Pediria, portauto, a V.. Ex., er.Presidente, que a declaração aosr. Horacio h&Ser fosse transfor-mada em voto, approvado e consignado em acta da Commissãode congratulações pela attitudedigna e nobre exemplo que acabade ser dado pelo sr. ministro daFazenda, vindo a esta Casa e pro*curando, com os deputados pre«entes, trocar idéas, estabelecerconfrontos, ouvir suggestôes. At-tltude igual, senhor Presidenteposso asseverar, sem o intuito decriticar a quem quer que seja.não temos tido até agora.

A verdade é que o sr. ministroSouza Costa, em todos ob planos,por menos relevantes que sejam,é sempre o primeiro a comparecer& tribuna desta Câmara para osesclarecimentos necessários. Sinto-me á vontade para fazer este pe-dldo. pois, S. Ex. a quem tributosincera admiração, sabe que náome move qualquer interesse deordem pessoal.

Kspero, pois, que esta minhasuggestào seja bem acolhida.

O Sr. Roberto Simonsen — Ou-vimos todos, com o maior prazer,a exposição do sr. ministro da Fa-zenda. Todos reconhecemos a ne.cessldadc da existência de um ap-parelho regulador da circulaçãomonetária do paiz e da expansãodo credito. O projecto delineadopelo illustre ministro da Fazendaé, a iiosgo ver, um desdobramentode attribuiçoes Já conferidas aoBanco do Brasil, com a seguintevantagem: trata-se de um orga-nismo autônomo, que terá políticadefinida, em relaçáo á moeda eao credito.

Pedimos, no entanto, venla paraponderar a 8. Ex. que no Brasil,mais do que em qualquer outraparte, acham-se Intimamente liga-dos os problemas de producção,moeda, credito e transferenciasNão nos parece que o Banco Cen-trai possa ser creado Isoladamente,sem uma série de medidas com-

Conclue na 16." pagina

. JULIO LEÃO MENDONÇACIRUKOIAO DENTISTA

C1RUROIA. CLINICA ODONTOLOUIOABílf. Carioca. *.' andar. Sala tO!i - Tel.: 22-S4BP

pelo seu presidente dr. AlencarPiedade, no apoio dado ;i candi-datura do preclaro brasileiro epaulista clr. Armando de SalleaOliveira, .1 suceessão presidencialno próximo pleito de 3 de Janel-ro, na filiai;ão da M. P. D. F. AUnt&o Democrática Brasileira; noapoio e solidariedade dados ADissidência do P. R. P. e Alll-anca dos Voluntários tle S, Paulo.Todas estas resoluções foram ap-provadas por acclamaç.lo, comuma salva do palmas. O sr. dr.Alencar Piedade, assumindo apresidência agradeceu a sua re-eleição e o apoio á.s iniciativasque tornara anteriormente agoraratificadas c declarou que o alis-tamento eleitoral continua a serfeito regularmente no escriptorioeleitoral, á. rua Buenos Aires. 23.loja, onde os filiados elevem pro-curar o respectivo encarregado,sem qualquer, despesa.

Por outro lado. informava aUnião, que a vlctoria do dr. Ar-mando de Salles Oliveira, ern SãoPaulo será triumphal, pois, navisita que fizera á Dissidência doP. R. P. verificara que a maio-ria do velho partido republicanoestá cohesa cm torno do Illustrechefe dr. Sylvio de Campos etoda a mocidade paulista.alistadaespontaneamente e entliusiastica-mente na Alliança do.s Volunta-rios Brasileiros. A sessão t.erml-nou corn vivas e applausos aocandidato nacional dr. Armandode Salles Oliveira, ao dr. Sylviode Campos e a União Democra-tica Brasileira e ao general Fio-res da Cunha.

Em PernambucoA HOMENAOEM DO DIRECTO-RIO ESTADUAL DA U. D. B.

AO ANTIGO DEPUTADO JOA-QUIM BANDEIRA

RECIFE. 18 — (D. N.) — Rea-liza-se hoje a homenagem que odlrecotrlo estadual da U. D. Bvae prestai" ao industrial JoaquimBandeira, antigo deputado federa)o ex-secretário dn Fazendo do Es-tado.

Fabrica de Escadas

.UNHA & riiKNAM.&c(tua da Constituição. 82

Tomou posse o novo pro-curador do Districto

FederalTeve logar, hontem, no gabi.

nete do ministro da Justiça, aposse do novo procurador doDistricto Federal, sr. RomãoCortes de Lacerda, recentemen-te nomeado para substituir o srArmando Prado.

jBB—I

Onde está a saude ?A «nude «-«ta non produetos «l»HOMOEOIWTIIIA SRAURA.

di* S. C. Sralira Ai Cia.MS. _ Uriif-ruoyaiia — UI

No Rio G. do SulO SR-. BONNO LIMA E A VIA-GEM DO CANDIDATO NA-

CIONAL AO SULEm resposta a um pedido do

DIARIO DE NOTICIAS, paraque externasse suas impressõessobre a visita do sr. Armandode Salles Oliveira ao Rio Gran-de do Sul, o sr. Bonno Lima,prestigioso chefe da União De-mocratica Nacional, assim semanifestou em telegrama quenos dirigui:"A visita do eminentebrasileiro Armando Sallesao Rio Grande do Sul veiudar mais unia opportuni-dade ao povo gaúcho, parademonstrar seu gráo de ci-vismo e seu enthusiasmopelas lides democráticas*'.

No Espírito SantoINTENSA CAMPANHA PELACANDIDATURA NACIONAL. EM

TODO O ESTADO0 setiador Jerònymo Monteiro

Filho continua recebendo innu-meros telegramma» relatando aintensa campanha politica do seupartido pela causa democrática noEspirito Santo.

Entre esses despachos destaca-mo.s os seguintes:

CACHO El RO DE ITAPEMIRIM,— (E. S.) — Neste importantemunicipio, onde sc tem decididosempre as maiores questões po-liticas do Estado, acabamos decongregar todos os elementos queapoiam a candidatura eminentedr. Armando Salles sob o direcf-o-rio Municipal da Uni&o Democra-tica Espirito Santense.

No correr das eleições foram vo-tadas moções de applausos e soli-dariedade aos dr. Armando Sal-les, Arthur Bernardes, general Fio-res da Cunha, Antonio Carlos, sc-nador Jerònymo Monteiro e r*epa-tado Luiz Tinoco, presidente daD. D. B. Attenciosas saudações.Foi eleita a seguinte directoria:dr. Dulcíno Monteiro de Cast-o.presidente; José Mendes Marques,vice-presidente; Vlctorlno Moreirat.heso\irelro; Américo Lacerda Sil-va, 1." secretario; vereador Anf8-nor Moreira da Fraga, 2.° secre-tario.

ITAPEMIRIM — (E. S.) — Estetradicional município que era tidocomo redueto Inexpugnável á r>ro-paganda da União. Democráticaabriu tambem. de par em par, sssuas portas para receber Jubllosa-mente o dr. Luiz Tinoco, queem companhia do advogado ^er-nando Drummond Junior e do sr.Humberto Mignone dirigiram aquia composição do directorio cia U.D. B. eleito por grande asslsten-cia. Saudações attenciosas. Olym-pio Monteiro Batalha, presidente;Henedlno Hanteguester, vlce-pre-sidente. dr. Tlieophanes Montei-ro de Souza, 1." secretario; Ange-lo , Piza, 2.° secretario; JaboarAnuad, thesoureiro.

SIQUEIRA CAMPOS (E. S.) —Communlco com prazer ao prezadoamigo que prosegulndo nossa cam-minha democrática, fui, ante-lion-tem & fazenda Castello, maior pro-prleclade agrícola deste municípioem companhia dos amigosPaulo Faria e Arnaldo Escudeirovisitar coronel Orcecino Aguiar.Tivemos ahi grande satisfarãovel-o assignar nosso manifestode franco apoio ao dr. Armandode Salles Oliveira. Regressandoprocurei ar. José Martinho Carva-

Em MinasNOTICIAS AUSPICIOSAS

UO MOVIMENTO DA UNIÃODEMOCRÁTICA BRASI-

i.KIRA EM OUROPRETO

BELLO HORIZONTE, 18 —(União; — São auspiciosas as no-ticias chegadas de Ouro Preto, afavor da candidatura Armando deSalles.

Essa candidatura empolgou *população daquelle município,onde não cessam as manifestaçõesde apoio á democracia.

A victoria de sua candidatura,no pleito de 3 de janeiro, ali, aeráesmagadora.

A CANDIDATURA NA-CIONAL EMPOLGA 0RIO GRANDE DO SUL

Conclusão da -1.* paginaurna concentração partidária dosmunicípios de colonização germa-nica. O regresso dar-se-á ás 19horas.

ESPERADO EM CAXIAS OCANDIDATO NACIONAL

CAXIAS, 18 — (Agencia Nacio-nal) Eslá sendo esperado, uma-nliç, nesta cidade o sr. Armandoil eSalles. Haverá aqui. uma con-centração partidária dos munlcl-pios de colonização italiana. A'tarde será realizado o comício po-pular, dando-se o regresso da co-mlttva as 19 horas.

A CARAVANA DA UNIÃODEMOCRÁTICA BRASII.E1-

RA S!:<;UE PARA A RE-GIAO COLONIAL

PORTO ALEGRE. 18 (D. N.) —O sr. Armando de Salles, acom.panhaijo do sr. Lindolfo Coilor.visitou hoje, a séde do PartidoCarlhista, lendo sido recebidopelo sr. Rosauro Tavares, seu se-cretario geral.

Depois de visitar todas as suasdependências, retiróu-Se o candi-dato nacional para tomar parteem uni churrasco em sua home-nagem na Chácara das Bananei-ras, onde o esperava o governa-dor Flores da Cunha

A's duas horas, a caravana dsUnião Democrática Brasiieira ae-guiu para a região colonial.

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PLANO N.° 1

iNumero Sorteado 645O próximo sorteio terá logar no sabbado

25 de Setembro de 1937O FISCAL DO GOVERNO

ABELARDO FIGUEIREDO RAMOS

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Page 3: Discurso do Ministro da Fazenda, Sr. Arthur de Souza … que se esperam para a economia nacional. Considerando, assim, a magnl-tude do - assumpto e a sua re-percussão nos diversos

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ÍAG1NA DEZESEIS — SEGUNDA SECÇÃO DTARÍO DE NOTICIAS DOMINGO, 19 DE SETEMBRQ DE 1937

*^B ¦' ¦«¦'BüntilHil DO CENTRAL

¦_*»—-> __

¦ ¦ EF kw -9a ^k. -S- If MM M ü ^mUt nLòiifili?jj** Conclusão da 6.* paginaplementares, visando a economia«m geral, e a 6olução do problemade.- transferencias,

ivpara- concretizar melhor o nossopensamento, acceitaremos, porexemplo, qúe a actual políticacommerclal do confisco cambialsobre a exportação, para assegurara$ transferencias necessárias aoserviço dos empréstimos públicos,líáo nos parece que oeja aconse-Mtiavel.:/0 ministro Joaquim Murtinho,

•«egulndo, aliás, Idéas Jà abraça-«m: por grandes vultos que estu.iSaíràai *a «sconomla brasileira, creoué tarifa puro nas alfândegas; paratarsegurar a possibllldde do equi-Ubrio orçamentário que era cons-t^htemente aífectado pelo proble-Vp» ¦ das transferencias.

çi: Supprlmlndo a tarifa ouro, ío-tapa insenslvelmente levados

' a

«níear o confisco cambial para at-tingirmos a mesma mata que vi-aava o ministro Murtinho. Comípáultado,' retiramos gravamos de•(naportaçào .e creamos fortes ônus•obre a;exportação.

: Parece-nos nâo ser esta uma.po-ljjlca commerclal certa e adequa-«da aos altos Interesses da eco--sjoiula nacional. Acreditamos mes.itio ser. o Brasil tini dos únicosjMllzes que racllita as importações«. dlfflculta as exportações. Noantjanto, todos os Índices economt-tnoa^attjestam que somos uma na-«•$$0 pobro e qúe assim deveríamos«ooncentlrar as nossas maiores ener-glas e as nossas melhores atten-çíges ná expansão da economia na-•slònat.-/Devemos dar primazia ao pro-blema econômico sobre o proble-ttta, financeiro. Foi esse o motivongr\; que discordamos profunda-rmènte- do relatório do sr. OttoMlemeyer que visou, prlncipalmen-tm? organizar no Brasil um apjtórelho arrecadador de impostos oetapeio a melhor assegurar o ser-•çlço de juros e amortização dos«Sjipitaes. estrangeiros aqui lnver-^ÍcIògI .,•",.Entretanto,

S.s S. desconheciaci? principaes problemas cconomi-ços do Brasil e o apparelho lmagl-•pado por S.S. não poderia terfuncçjpnadp com suecesso. Nin-guém, dc baa íé, pode contestar

«pá esforços empregador pelo actua)titular da Fazenda no sentido deeomprimlr as despesas e Incre-jnentar a receita. No entanto,S;_ S. não conseguiu suppriml:oe" deficits orçamentários.'.¦

E' que . esse deficits derivam•principalmente da nossa pobreza«jonoúilca .¦ Um estudo profundode economia nacional demonstra«jue o Brasil nunca teve governos«úeshonestos nem delapldadoresAs nossas maiores emissões nfioresultam de desmandos financeiros•mas sim. e principalmente, rtanossa pobreza econômica.

O poder acqulsltivo do brasilei-rc-;:é muitíssimo baixo..-O sr. ministro, da Fazenda aca-

tm dó regressar dos Estados Uni-«àoB, onde esetve em contacto coroum povo qute tem o poder acqui-•Ütl.vo. mçdlo, vinte e cinco vezes«Üperior -ao do brasileiro."Qualquer organização que vlssapenas o aspecto financeiro d<>problema brasileiro' não poderáter o. almejado

'suecesso por me-

Jhpr base technica que apresente&' necessário,

' repetimos, que aüreatjSo dó Banco' central de Re-«ervas'esteja conjugada a umaaèrle de 'medidas ligadas & nossapolítica ; commercial e á solução•se .urgentes problemas de ordemàçònomlca' com que nos defron-támos.

v. Está prestes a attingir o seu ter-«,lno o arranjo feito com os cre-dores estrangeiros pelo schema Os-•JMüdó Aranha. À pròdücçao bra-sllelra nfio pode correr *o risco Jetãe ver definitivamente onerada«com o confisco cambial a que. por«use schema, está submettida. Naoobhtestamos que determinadosproduetos possam supportar du-tante certo prazo uma taxação so-»ré á sua exportação; outros sup-portarão por menor prazo. Masnio está certa .essa politica, quedos rónduz á uma. tributação deéaíâcter permanente sobre a ex-pbrtaçâo..."Reconhecemos que aqulllo que

fo) feito representou, no momento,uma solução da emergência quepareceu a mais adequada aos responsavel3 pela administração pu-Wica.•*::A evolução da situação economl-

da e financeira do Brasil está a«demonstrar, porém, que precisa-mos agora mudar de rumos e e¦aesse sentido que daqui fazemosUm appello ao honrado er. minis-tro da Fazenda, para que o pro-jecto do Banco Central de Reser-Tas seja conjugado & decretaçãode uma série de medidas visando¦»; solução de outros ' problemasque fundamentem, e por igual,Interessam i economia nacional.

¦ O Sr. Horocio Lafer — Uma(tm* bases dà questão é o accordo«tom os credores estrangeiros«Quanto a isso, o sr. ministro JaÉt» deu grata noticia de que, bre-temente, conversará com a Com-Missão de Finanças sobre tal as-twimpto, básico, fundamental para

nossa situação financeira e or-lamentaria. Ha, ainda, o aspecto«conomlco. onde. sobreleva o pro-Mema do café. . Eu desejaria terdentro em pouco, a manifestaçãotíá sr. ministro de que «juidarla üoassumpto.

: O. Sr. Roberto. Simonsen — Jul-go nào me ter feito bem compre-httndei. '• Desejo, efíectlvamente, asipiuçio. definitiva desse aspectodo problema, mas ha outro ponto,que considero importantíssimo, od» creaçâo de um fundo capaz depèrmlttlr ao orçamento rederal oequilíbrio de que necessita. Semresolver o prob)ema commercia)

econômico, nio conseguiremosequilíbrio orçamentário.

.O Sr. Joào Carlos — Sr- Presi-dente. ouvi. com a maior attençâo,i* brilhante exposição feita peloai. ministro da Fazenda, bem co-mi, ae considerações que lulgaramopportuno proferir alguns de noB-soe collegas Não desejo ser vozdlMcordante no coro que applaudeo» esforços despendidos pe'° KW**tra sr. Souza Costa, nas árduas

funeções que lhe foram distrl-nuldas pelo Governo da Repu-bllca. .«

Desejo mesmo accentuar a boaimpressão que me causa a pre-oecupação do Governo, netste mo-mento, para a creaçâo do BancoCentral, visto que uma iniciativadessa natureza, por menos que sea deseje, decorre e tem Íntimasafinidades com a situação políticado paiz. '

Não se supponha que o com.mentarlo rápido que vou fazer sejaextemporâneo, quando se discutemassumptos de ordem technica, aocontrario. A força que deve Busten-tar iniciativa de tal natureza, emlarga proporção, é a situação, denossa balança commerclal. De mo-do que, não havendo tranqullll-dade no paiz, não poderemos en-contrar ambiente para robustecefa obra de que a nação necessita.

Todos nós, deputados, podemjsadduzir argumentos, relativamentea rc;lão em que vivemos. A mimpieoccupa a situação do paiz, evi-cientemente, com a collaboracão,entretanto, de meu Estado. Nosúltimos tempos, as condições deincerteza o dc insegurança, de es-trcmeclmento nas relações polltl-cas, têm dado como resultado, noRto Grande do Sul, os factos quepasso a expor. • :

O gado parn lnvernar, que eraprocurado, nos mezes de fevereiroe de março deste anno, a 2755000,/baixou por tal tórma em seus pre-ços, que, ha poucos dlast era of-.ferecido a 22OS0OO, sem encontrarcomprador. Ha grande quantidadede estâncias no meu Estado — esppsso citar duas pertencentes apessoas de destaque, o senadorFrancisco Flores da Cunha e odr. João Vieira de Macedo — queestão sem gado para lnvernar, vis-to que a situação não permitte aseus proprietários colloqueih o ga-do para invernar.

• A situação de nossa pecuária ède tal natureza, a Julgar pelo quese matou e pelo que se vae matar,que attingiremos a perto de ummilhão de cabeças, entre o gadomorto para ácheer-beef, para carnefria c para carne secca. Ora, asduas primeiras qualidades serãoexportadas, e teremos ahi elemen-tos que influirão na balança com--inércia).

Assim. pois. ao expressar meusi'otos pela felicidade da Inicia-Uva do Governo, faria um appello,que encontra fundamento no maistranquillo e sereno espirito dc pa-triotísmo que possa orientar umhomem em sua vida publica, eque é no sentido de o GovernoFederal coílaborar, afim de poderrealizar as aspirações e emprehen-dimentos que tem em mente, con-correr, de uma vez por todas parat». formação de um ambiente depaz, onde todas as actividades **opossam exercer e de onde nãosurjam damnos á economia nacio-nal.

Para corroborar o que aftlrmelposso citar a conversa que tivecom um commerciante de meu Es-tado e em que S. S. me declarouque havia um contracto com certafirma para a construcção de ummatadouro modelo -m SanfAnnado Livramento, contracto que fl-cou sem effeito, dada a situaçãode Insegurança em que vivemos.

Concluindo, portanto, ao mecongratular com o sr.' ministroda Fazenda pelos esforços que temrealizado na defesa dos Interessesnaclonaes, exterlorizo a esperançade que. definitivamente, possamosentrar na larga estrada das „rea-llzaçôes, de que o pai? tanto. ne.cessita, dentro da ordem, em pie-no regimen de paz, que nos per-mltta encetarmos . grandes traba-lhos pelo bem commum..

O Sr. Carlos Luz — Sr Presi-dente, as palavras do Illustre se-úhor deputado Joáo Carlos Ma-chado traduzem, no que se refereao Governo da Republica, o pensa-mento, Já agora unanime, de todosos srs. deputados. Quanto ao re-ceio que S. Ex. manifesta, a pro-pria presença do sr. ministro daFazenda nesta Casa, trazendo aoexame do Poder Legislativo o es-tudo de um dos mais importantesproblemas, que de longa fp.tapre-oecupam os Governos do paiz, de.monstra o rumo firme, sereno eseguro que vem trilhando a altaadministração do Brasil. Nlngueinmais do que S. Ex. o si. Pre-sidente da Republica deseja man-ter a atmosphera de tranqullll-dade. de paz e de confiança Indls-pensavel para que a sua acçaoconstruetora se manifeste devida-mente. Como nós, o povo do Bra-sil, comprehende e applaude esseesiorço governamental, prestiglan-do a acção do Governo em todosos momentos em que Isso se fazmister.

Quero apenas que minhas pala-vras, parullelas as do eminentesenhor Joã oCarlos, traduzam osentimento de todos aquelles,cujos pensamentos Interpreto nes-te instante, de que confiamos aoGoverno e lhe daremos nossos ap..plausos e apoio para proseguir noprogramma de construcção nacio-nal que vem desenvolvendo. (Mut-to bem, muito bem). 7

O Sr. Ministro — Prolongaria,de bom grado, esta utll e agrada-vel reunião por mais tempo; souporém, obrigado a abrevlal-a emvirtude do adeantamento da hora:Já passam 45 minutos do meio dia.

Desejo, entretanto,-em linhas ge-raes, reierlr-me ás palavras aquiproferidas pelos senhores depu-tados.

Em primeiro logar, agradeço sin-ceramente as manifestações deapoio á Idéa que aqui me trouxe,ar - quaes, aliás, Jà esperava co-nnecendo como conheço o seu altoespirito de cooperação. Sao, noentanto, sempre gratas a meu es-pirito e constituem o estimulomaic poderoso de que pouerla ca-recer para proseguir em obra, dif-tlcll embora, mas cujos resulta-dos estou absolutamente conven-cido de aue serão utels e provei-tosos ao nosso paiz.

Desejo ainda accentuar, em re-lação ao que disse o illustre depu-tado dr. Roberto Slmonsei., que,a< cogitar d.i creaçâo do Bam*-oCer.treJ, 3empre entendi comoexistentes as condições a que

8. Ex. se refere. Não é possívelo funecionamento perfeito do Banco Central sem equilíbrio orça-mentarlo, sem equllblrlo da ba-lança de pagamentos e ¦ sem oraerapublica. Esses elementos são fun-damentaea.

Fiz-lhes referencia quando re-afílrmel à minha convicção napreeminencia do' problema finan-celro sobre todos os demais. Dis-cordo, neste' ponto, do illustredeputado dr. Roberto Simonsen,que estabelece; a prioridade do as-pecto econômico; entendo que aquestão econômica só pôde ser re-solvlda dentro de um systema ti-nancelro sadio, que permltta a ex-pansâo econômica sem as muta-cões bruscas que resultam da Ins-tabllidade do regmlen monetário.

Refere-se o nobre depu I do aigualdade de acçao entre o BancoCentral e o.Banco do Brasil; ellaserá, no entanto, Inteiramente dl-versa, e o Banco Centr; 1' terá mui-to maior poder afim de actuar co-mo apparelho dlsclplinador dasemissões de papel vet,eda, bastan-do citar a faculdade emissora aeaue dispõe e que falta ao Bancodo Brasil. .*.

Houve referencia ao • problemado café, que está atravessando mo-mento

'difficil. Desejo lembrar a

Commlssão de Finanças que apolítica .que estamos seguindo nomomento actual, tal como se vem,procedendo nos últimos tempos,é baseada nas resoluções tomadaspelos Convênios dos EstadosCafeeiros.

Em abril do corrente anno rea-llzou-se um convênio em que eetomaram varias medidas, fixandoos rumos da política cafeelra npartir de 1.» de Julho. Taes me-dldas, para aerem integralmentepostas em execução, carecem daapprovação das assembléas legisla-tlvas estáduaes e, em certos pon.to::, aa autorização do Senado Fe-deral; o preenchtmen

"o destas íor-malldades, Indispensáveis vem re-,tardando a execução do program-ma, com Indiscutível prejuízo pa-ra os seus resultados.

•O .ambiente de desconfiança ge-rado pela campanha contra a per-manencla das taxas é Igualmenteum factor de depressão.-O- -Sr. Oliveira Coutinho —V. Ex. permitte um aparte? De-sejó observar que nc* mèzes deJulho e agosto, por exemplo —para mostrar como o problema íl-nancelro está ligado ao econômico_ houve uma reducção conuparatl-vãmente a Igual bimestre do an-no anterior, de 773.081 saccas, oque, multiplicado por por 6, repre.sentará, no fim do anno agrícola,uma reducção de 4.638.486 sac.casl Ou sejam 31% da exportaçãoprevista, ou ainda, aos preços ulti-mos, a reducção de 7.421.577 11-bras ouro na exportação do an-nol E, veja V. Ex., cada milhãode libras correspondj. a 7,3224, oque representa mais de 64 tone-ladas dé ouro tino,. ou seja maisdo dobro de todo. o ouro de que,actualmente, dispomos. Vê-se,pois, como. é grave a reducção daexportação.

Por outro lado,, o DepartamentoNacional dp Café. em. seu commu-nlcado h. 7|69, publica um con-fronto do primeiro semestre de1937 com o prlmelro.de 1936. ondeallega ter havido um augmentono valor de 14203,500. libras ouro,no primeiro semestre do armo cor-rente, mas, ao mesmo tempo, umareducção nas vendas de quasl ummilhão de saccas. Em troca domilhão de Ubras, perderam os la-vradores um milhão de saccas, novalor dé 65 mil contos, custo daproducção. Esses 65 mil contos re..presentam 604.882 libras ouro.

Por outro lado, durante o semes-tre, & razão de 458000 para oscafés paulistas — cerca de «,Joisterços — e de 32»C )0 para os de-mais,- pesou sobre a exportação •»quantia de 248.163, ou sejam1.927.585 libras ouro: segundaperda I

Addlclonadas uma e outra, re-presentam, para a inclneraçâo epara a especulação, o total de2.432.467 libras ouro, das quaes1.203.600 libras de beneficio, ouuma perda liquida de 1.228.967libras ourol

Mas não é tudo. Sobre os9.651.611 libras ouro, do primeirosemestre de 1937, nada menos de824.894 libras ouro foram tambémperdidas pela "quota de cambioe sobre as letras de exportação decafé". Isto em proveito do FiscoFederal, sem qualquer relação comas operações de café.

E nfto falo da legitimidade detal quota, vulgarmente chamadaconfisco, porque' desta Já me tenhooccúpado em mais de um dis-curso, para contestal-a sempre,quer por não estar fundada emlei, quer sob o ponto de vistaconstitucional, quer sob o pontode vista econômico.

O Sr. Ministro — As pondera-ções do nobre deputado sr. Oil-velra Coutinho constituíram ma-teria de longos debates no Con-vento Caféelro. O nobre senadorpaulista sr. Moraes Barros, quenelle representou o Estado.de SãoPaulo, nfto poucas vezes teve deservir de "algodão entre crystaes"entre os representantes paulistasda lavoura e do commercio.

O Sr. Oliveira Coutinho — Creioque o . sr. Moraes Barros, nessaoceasião, apresentou restrlcçfies.

O Sr. Ministro ¦— As restrlcçõesde S. Ex. coincidiram com asdos demais, mas, a opinião, lnclu-slve de 8. Ex., foi de que a for-mula encontrada era a que melhorsolução trazia; em matéria de café,

entretanto, uma vez traçado o pro.gramma, cumpre executal-o; naofazel-o traz sempre pcores conse-quencias.

Ficou assentado ho Convênioque' será retirado o excesso aecafé existente, com os recursos doimposto de 15S00O que os Estaaoscreariam e, como estes eram ln-sufficientes, se aceresceriam coma Importância de 500.000:000S aser emlttlcla em papel-moeda.

Retirado o excesso, por essa fôr-ma Indicada, a solução definitivaserã dada ao problema e esta eôpôde ser encontrada na restltul-çâo da liberdade de commercio ena abolição ide todos os processosttrtlflclaes que se vêm empre-,-ando.

Nunca se recusou o Governo aouvir as reclamações da lavoura,nem lhe faltou com os recursosnecessários para resolver as situa,ções difficeis que tem atravessa-do. E' preciso, entretanto, que apolítica do café não constitua ob-jecto de manejos políticos para quea solução se possa dar visandounlca e exclusivamente o Interessenacional; do contrario, os resulta-dos se confirmariam nesse quadronegro que V. Ex. acaba de citar.

Ninguém duvida que a causarundamental da reducção da ex-portação, que com tanta razão nospreoecupa, aecorre do estado aeinsegurança, aa incerteza que nanos meios de commercio quanto«iob rumos aa política cafeelra, es-todo esse em grande parte decoi •tente da demora na approvaçãoao Convento. Jã agora, felizmente,todos approvaram, faltando Per-nambuco, mas, o Illustre "leader"acaba de dar Informação favorávela respeito

O Sr. Severino Marts — Estana Camara a mensagem do Gover-nador.

O Sr. Ministro — Tenho lnsis-tido junto de todos os poderes aeque depenae essa approvação, nosentido de abrevlal-a.

Não desejo entrar nos detalhesporque o momento nfto é opportuno. Ao fazel-o, teremos de lem.orar as condições em que encon-iramos a situação em 1930...

O «Sr. Oliveira Coutinho — Peçolicença, sem que a minha obser-vaçao envolva qualquer recriminação pessoal, mas apenas apre-ciando a orientação seguida, parndizer que a que tem sido adoptadaposteriormente a 1930, até agora,nada ílca a dever & orientação an-terlor, quanto a sua efflciencia pn-ra evitarmos a aggravação do male sobretudo para acautelnrmos otuturo. Isto porque, numa e noutra, ha sempre o mesmo erro fun-aamentai que providencias mo.mentaneas não modificam, nemresolvem.

O Sr. Ministro .— Não tennaduvida que a situação é difficile tanto assim que o Governo con-cordou em emlttlr papel-moedapara salval-a. E, com o mesmo oo-Jectlvo, tomnrã outras resoluçõesque se fizerem necessárias. A umGoverno que tudo tem feito parnresolver n questfto, não se pôderecusar o direito cx*j merecer a con-fiança que se faz mister para avolta da normalidade ás transacções.

O Sr. Dlntz Juntor — Sr nn-nlstro, tenho me conservado emsilencio até este momento. Tomeias minhas notas e leval-as-el commigo.

Quero apenas dizer duas paia-vras.

Quando todos se congratularamcom a sua presença aqui, eu tam.bem me associei a essa manifentação, porque V. Ex. hoje, nassuas explanações, se firma em poutos de vista que modificam anima-doramente a política até agora se-guida. E, se ponho em destaqueessa particularidade é porque meé multo mais grato vel-o sair hojidaqui, muito mais parecido commigo, rio que na ultima reuniãoque aqui tivemos e em que deba-temos a política econômica e fl-nanceira do Brasil.

O Sr. Ministro — Quero mal»uma vez agradecer á Commissaude Finanças a attençâo com qu?me ouviu, é declaro que será comgrande prazer que responderei •todas as questões que venham »•formular a respeito do assumptoque aqui me trouxe.

O St. Presidente — Quando abnesta sessão, declarei quê a nossareunião tinha por fim ouvir asexplicações do sr. ministro sobreo ante-projecto do Banco Central• A exposição de 8. Ex. foi brilhante, como facilmente se pôdeobservar pelos impressões causadasa todos os membros da Commlssãode Finanças, o sr. Horocio Lafeipediu fosse consignado, em actados nossos trabalhos um voto deapplauso á brilhante exposição dosr. ministro: posteriormente, o srBarreto Pinto requereu fosse inserido na acta um voto de congratulações ao sr. ministro da Pazenda, que aqui velu trocar lmpressoes com os membro» da Commls-são sobre o ante-projecto a seiapresentado.

De accordo, portanto, com a»manifestações apresentadas pelo»

ars. membros da Commissão ef' representantes presentes á reunião,considero a suggestão acceita portodos os membros deste órgão te-chnlco, fazendo Incluir na acthdos nossos trabalhos um voto d«louvor ao sr. ministro da Fazendapelo bella exposição referente aoante-projecto e pela maneira amts-tosa pela qual se processaram osdebates.

Está finda, portanto, a reuniãoVou levantar a sessão.

papel de propulsor e regulador das actividades economico-finan-çciras do Paiz, consubstanciando-oe no ante-projecto de lei aque se refere o titular da Fazenda, as medidas tendentes aosfins visados.

Cunvprc-me, pois, nos termos do art. 41 da Constituição Fe-deral solicitar ao Poder Legislativo o seu pronunciamento sobretão relevante matéria, afim de que seja o mais breve possivel

convertido em lei o ante-projecto em apreço.Rio de Janeiro, de Setembro de 1937.

Exposição do Ministroda Fazenda ao Pre-sidenle da Republica

Exmo. Snr. Presidente da Republica.Tenho a honra de submetter a consideração oe -Vi Bx. o ante-

projectod e lei creando o Banco Central de Reservas do Brasil, afimde quo V. Ex. se digne de encamlnhál-o á deliberação da Camara dosSenhores Deputados. '¦','.¦'.'

Considero dispensável neste momento uma detalhada exposição demotivos sobre as reaes vantang-eng da creácâo desse Instituto, como fim do ser enviada ao Poder Legislativo, por isso que ha poucos dias,perante a sua Commlssão de Finanças, tive a opportunidade de tra-tar do assumpto, fazendo minucioso relatório a respeito e entfto .jus-tlfiquei a necessidade Imperiosa das medidas consubstanciadas nomencionado ante-projecto, esclarecendo a alta finalidade desse Insti-tuto e as conseqüentes Influencias que terá na nossa política finan-celra e econômica um apparelho bancário nos moldes e com o» obje-ctlvos que tive o ensejo de resaltar perante aquella CommlssSo. •

Nessa reunião e na que promovi para ouvir os elementos repre-sentatlvos das entidades Interessadas no caso, eolhl as opiniões detodos e tomei em consideração varias das suggestSes apresentadas,,i)ue foram concretizadas no ante-projecto.

A exposição que fiz perante a Commlssão de Finanças da Ca-mara dos Deputados devera ser publicada no "Dlarlo do Poder I*-fftslatlvo," e aos seus termos me reporto como elemento subsidiário.

Rio de Janeiro, de Setembro de 1937.

Mensagem do Presi-dente da Republicaao Poder Legislativc

Senhores Membros do Poder Legislativo.Na inclusa exposição de motivos que tenho a honra de sub

metter A vossa consideração, o Ministro dc Estado dos Negocios da Fazenda justifica a necessidade dc ser crendo o BancoCentral de Reservas do Brasil, appurelho que desempenhará o

Ante - projecto de leicreando o Banco Central

de Reservas do BrasilArt. l.o — Ao Banco Central de Reservas do Brasil, sociedade ano-

nyma, cuja incorporação será. promovida pelo Governo Federal, ficaconcedido o privilegio exclusivo de emittir notas que terão curso le-gal e forçado no território nacional, e o Thesouro Nacional privado deigual direito emquanto vigorar o privilegio concedido ao Banco.

8 1." — Ao Banco do Brasil e a quaesquer outras Instituições pu-blicas ou privadas, emquanto existir o Banco Central de Reservasdo Brasil, não será. concedido Igual direito, providenciando o GovernoFederal sobre a retirada das notas de responsabilidade do ThesouroNacional, que existirem em circulação, dentro de doze mezes contadosda data em que o Banco Central de Reservas iniciar suas operaçOes.

§ 2.o — O Presidente da Republica designará uma Commlssão detres membros, escolhidos entre profissionaes de reconhecida compe-tencia, a qual se incumbirá dos serviços necessários aquella Incor-porá çao.

Art. 2.» _, O Banco Central de Reservar* do Brasil iniciará. suasoperações Immediatamente apôs a approvação dos seus Estatutospor decreto do Poder Executivo.

Art. 3.» — Fica o Poder Executivo autorizado a approvar osEstatudos do Banco Central de Reservas do Brasil, desde que sa-tlsfaçam as condições mencionadas nos paragraphos deste artigo eassegurem ao Governo o necessário controle para o cumprimento dasfinalidades do Banco, nos termos, desta lei.

5 1" — O Banco Central de Reservas será uma sociedade anony-ma, com o capital lntegralizado do sessenta mil contos de réis, dlvi-dido em acções nominativas que nSo poderão ser transformadas emacções ao portador.

8 2a — As acções comprehenderão tres grupos, sendo um desti-nado ao Governo Federal, outro & livre subscripção publica e o ter-celro exclusivamente aos bancos, que funecionarem no paiz.

8 3» — O presidente e o vice-presidente do Banco serão nomea-doe e demittidos pelo presidente da Republica, com approvação doSenado.

8 i" — O Banco Central de Reservas terá, em relação aos demaisestabelecimentos bancários do paiz, uma funcçâo coordenadora; assuas operações nâo poderão visar uma concorrência a estes.

As operações do Banco Central de Reservas serão as seguintes:a> — emittir notas bancarias de accordo com as prescrip-

ções desta lei;b) — comprar e vender ouro;c) — receber depósitos em conta corrente sem Juros, e a

praso fixo;d) — comprar e vender, descontar e redescontar letras de

cambio e duplicatas de vendas mercantis;e) — empresta? dinheiro sobre as seguintes garantias:

I — ouro amoedado ou em barra;IT — titulos públicos do Governo Federal;

III — letras ou duplicatas de vendas mercantis.f) — comprar e vender moedas estrangeiras e notas con-

verslvels em ouro ou em moedas de curso interna-cional;

g) — fazer operações de cambio;h) — lançar empréstimos federaes sem garantir comtudo

a respectiva 'subscripção;i)'—compensar cheques;j) — realizar outras operações bancarias que nfto collldam

com as disposições desta lei e as finalidades do Ban-co definidas nos Estatutos.

S 5o - E' vedado ao Banco:a) — emittir notas de valor inferior a cinco mil réis;hl — emprestar dinheiro, endossar, avalizar, garantir, des-

contar e redescontar títulos com responsabilidadedirecta ou indlrecta do Governo Federal, dos Gover-nos Estáduaes e Municipaes, ou conceder aos The-souros Públicos ou às empresas de que forem pro-prietarlos qualquer credito fora dos limites traçadosno paragrapho 11, exceptuados os titulos do Depar-tamento Nacional do Café;

c) — participar de qualquer empresa Industrial, agricolaou commercial;

d) — adeantar dinheiro sobre immoveis, hypothecas deimmoveis ou adqulrll-os, excepto para uso próprio,bem eomo acções e debentures, salvo as do "Bankfor International Settlements", podendo somente re-cebel-as em garantias de créditos em risco;-

) — emprestar ou adeantar dinheiro, sem garantia, ou adescoberto;

f) — acceltar letras a praso.S 6" — As notas emlttidàs pelo Banco só terão exclusivamente o

curso legal, a partir da data que o Poder Executivo Julgar opportunoe que será. fixada pelo decreto do presidente da Republica que extin-guir o curso forçado para as notas do Banco.

8 7° — A partir da data fixada no decreto mencionado no para-grapho anterior, suas notas serão pagavels á vista na Matriz doBanco, ao portador, em ouro ou, a critério do Banco, em saques ávista sobre paizes cujas moedas tenham livre curso internacional.

i 8» — O Banco Central de Reservas do Brasil manterá perma-mtemente uma reserva mínima de 25% da totalidade de suas notas•n circulação e de suas responsabilidades & vista.8 9." — Esta reserva será constituída com ouro amoedado ou em

•arra, & livre disposição do Banco, com saldos e effeitos líquidos de-jositados no estrangeiro exlglveis em moeda de livre curso Interna-¦ional e com apólices da Divida Publica do Thesouro Nacional, tanto

as expressamente emlttldas "ex-vl" desta lei, como os saldos das emls-sfies autorizadas pelo decreto n. 21.717. de 10 dc agosto de 1932 epela lei n. 160. de 31 de dezembro de 1935, destinados ao reegate dopapel mocla do Thesouro.

ai — á medida que for sendo augmentada a parte ouro da

Reserva o Banco reduzirá a parte constituída de tí-tulos de somma equivalente.

! 10" — Ç Banco será o depositário único de todos os fundos per-tencentes á Unláo, realizará todas as operações de cambio do Go-verno o concentrará ae contas de todas as repartições publicasfederaes.

' ;8 11° — Ò Banco poderá fazer sobre o orçamento vigente adean-

tamentos temjíSorarlos ao Thesouro Nacional, liquidaveis dentro doexercido em curso e nunca além de um oitavo da Receita arreca-dada no anno anterior,

Art. 4» — O Banco Central do Reservas do Brasil, em troca dosprivilégios que lhe são concedidos, ^assumirá a responsabilidade dopagamento das notas em circulaçáo emlttidàs pelo Thesouro Nacio-nal, pela Caixa de Estabilização e também das do Banco do Brasilencampadas pelo Thesouro na forma do decreto n. 19 372, de 17 deoutubro de 1930, excluídas, apenas, as notas de valor inferior •5?000 de todas as emissões. A differença entre essa importância e asomma das referidas no art. 5» constituirá divida da Nação ao Bancoe será resgatada nos termos desta lei.

Art. 3» — Para pagamento de parte da circulaçáo monetária deresponsabilidade do Thesouro Nacional, o Governo Federal entregará.ao Banco Central o ouro em barra ou amoedado de sua propriedade,aoxambio do dia, os saldos em carteira das obrigações e apólicesemlttidàs, respectivamente, pelos decretos ns. 21.717. de 10 de agostodo 1932 e 1.195, de 13 de novembro de 1936, e mais novas Obricaçõesque o Poder Executivo fica autorizado a emittir até o máximo de450.000 contos a juros de 7% ao anno, pagaveis semestralmente, sendoos títulos resgataveis no praso de cincoenta annos.

8 1" — Em caso algum poderão constar da Reserva legal doBanco títulos do Governo Federal além dos das emissões referidasno art. 5» mijo valor máximo será de Rs. 1.200 000:01)0.-5000.

8 2o — Se eventualmente a reserva minima ficar abaixo do limitelegal, o- Banco pagará ao Thesouro, emquanto durar tal situação,pela differença entre a circulação real e o mais alto montante per-mittido pela lei, um imposto cuja taxa será idêntica á do descontoaugmentada.de 1% se a differença entre o valor effectivo da reservaminima e o lastro prescrlpto não exceder de 3%: e autrmentada pro-gressivamente de 1,1/2% relativamente a cada nova differença de 3%.Este imposto será pago "pro-rata temporis" e será escripturadotrimestralmente.

Art. 6» — A divida da Nação ao Banco Central de Reservas ser*amortizada com os seguintes recursos:

• .*.*• a) — os juros dos titulos referidos no art. 5o, durante •tempo em. que permanecerem em carteira do Banco:

.'-..-' * b),— os dividendos das acçõ<a de propriedade do ThesouroNacional;

e) — uma quota annual a ser fixada nos orçamentos doMinistério da Fazenda:

d) — os lucros da senhoriagem na cunhagem de moedas.•-' — 'Flca- o Governo autorizado a emittir em favor do BancoCentral de Reservas, um Bônus Consolidado de valor Igual á dividada Naçáo ao Banco, annualmente amortlzavel com aa quantias refe-ridas neste artigo e vencendo juros máximos de 3% ao anno.8 2.» — O Banco Central de Reservas poderá, quando convier, me-diante certificados, dar participação neste Bônus aos Bancos que osdesejarem possuir como titulos de applicação provisória de suascaixas.8. 3» — ps certificados de participação poderão ser emittldos em

moeda nacional ou estrangeira, correndo o pagamento do principale dos juros, por conta do Banco Central.8 4» — Estes certificados serão resgatados em prasos variáveis,

a juizo dó Banco Central, sendo facultado aos bancos solicitarem oresgate antecipado, desde que paguem o prêmio que os Estatutosdo Banco fixar.

Art. 7o — Ficam revogados 03 paragrapho.** 1° e 2» do art. 1» e asegunda parte do art. 2» do decreto n. 21.717 de 10 de agosto de1932, bem como a parte final da alínea b do art. 4° e os para«rraphosM e 2» do mesmo artigo da lei n. 160. de 31 de dezembro de 1935.Art. 8» — Fica prorogado para 50 annos o praso de resgate dostitulos de que tratam os decretos ns. 21.717. de 10 de agosto de 1032

e 1.195, de 13 de novembro de 1936, bem como elevados a 7% os ju-ros das apólices emittidas em virtude deste ultimo decreto.Art. 9» — E' facultado ao Banco Central de Reservas do Brasilvender e comprar os titulos do Thesouro referidos no art. 5» miando

Julgar opportuno utlllzal-os como reguladores da elasticidade dacirculação. . .Art. 10 — A partir da data era que o Banco Central de Reservasdo Brasil iniciar aa suas operações, todos os bancos ou casas banca-

rias do paiz serfto obrigados a nelle manter em denosito, sem juros,5%, pelo menos, de seus depósitos á visfa nn Brasil, secundo a de-monstração do balancete mensal mais próximo. Este denosito nBopoderá, por mais de 8 dias, ser inferior ao mínimo estabelecido- findoesse praso o Banco,faltoso incorrerá na multa de WS, an nnno sohreft deficiência de deposito, não lhe sendo licito disMWuIr «dividendos,emquanto subsistir tal situação. A directoria. do Banco Centrai deReservas do Brasil poderá conceder, em casos esneciaes, que aouella,reserva continue em poder do próprio estabelenlmento. uma vez aueseja constituída exclusivamente por notas do Banco, ou moedas di-visionárias do Thesouro.

8 Io —. Consideram-se depósitos á vista os exlglveis dentro de30 dias.

í 2» — Fica transferido para o Banco Central de Reservas doBrasil o financiamento da Caixa de Mobilização Bancaria, mantidasas disposições dos arts. 3» e 4» do decreto n. 21.499. de 9 de junhode 1932, excèptuada a faculdade do Thesouro Nacional emittir pa-pel-moeda para attender ás operações da Caixa.

Art. 11 — Fica extlncta a Carteira de Redescontos do Banco doBrasil, a contar do dia em que o Banco Central de Reservas do Bra-sil Iniciar as suas operações, transferindo-se narn este os títulos doseu activo que preencherem as condições estatutárias dacmelle Banco.

Art. 12 — Fica o Poder Executivo autorizado n subscrever acçõesdo Banco Central até o máximo de vinte mil contos de réis.

Art. 13 — As notas de valor não inferior a cinco mil réis aue nioforem substituídas dentro de cinco annng por notas do novn Bancoperderão completamente o valor, sendo a respectiva Importânciadeduzida da divida, sem juros do Governo.

Paragrapho unlco — Para os effeitos da transferencia de res-ponsabilidade ao Banco Central de Reservas dn Brasil,' as notas doBanco do Brasil Inferiores a 5S00O serão consiiWnrtas como fazendoparte da emissão encampada pelo decreto n. 19.372, de 17 de outu-bro de 1930.

Art. 14 — O Thesouro Nacional recolherá todas as notas de vft-Ior inferior a 5|000, substituindo-as por moedas suhsldlarias. Acunhagem destas moedas, além da Importância necessária para sub-stitulo&o, sft será feita á requisição do Banco Central de Reservasdo Brasil e na forma por este indicada.

Art. 15 — Todos os bancos nacionaes ou estrangeiros, oue fun-ccjonarem no paiz e que, tendo, sesnmdo a demonstração do« seusbalancetes Immediatamente anteriores a etste decreto, o canH.al mt-nlmo de 3.000:000S0OO. oossulrem. no mesmo temno.' dennsifos nãoinferiores a 10.000:0005000, serão obritrados a suhserevr meff-de docapital de 60 000:000$000, com que se vae constituir o Banco Ceritralde Reservas do Brasil, ntto devendo exceder a anota de on<-ia um Aproporção de 8% do respectivo capital at. o mavimo de 2 000 :OOn!tnoo.A falta de cumprimento pontual desta obrlsracSo suleitará o bancofaltoso ao pagamento de 3% ao anno sobre os seus depósitos á vistaou a praso, em beneficio do Thesouro TÍacional.

8 1° — Os bancos que se fundarem ou se estabelecerem no paiz,após a- constituição do Banco Central fle Reservas do Brasil seraõobrigados a adquirir acções deste Banco.8 2» — Se o Banco Central de Reservas não'tiver deliberado an-gmentar o seu capital, o Governo poderá ceder aos novos Bancos atacções necessárias, dentro dos limites previstos no art 21 nela* eo-taçáo da Bolsa, sendo o lucro eventual armlicadn na amortização dadivida do Thesouro Nacional ao Banco Central de Reservas.Art. 16 —. As vantagens concedidas ao Banco Central de Resêr-vas do Brasil não poderfto ser retiradas m-nquanto elle cumnrir enfins a que ee destina.Art. 17 — As acções do Banco Central de Reservas do Brasilserfto Isentas de qualquer Imposto e gozarão de todos os privilégiose vantagens attribuidos ás apólices da divida publica, ás auaes fi-cam, para taes effeitos, equiparadas.Art. 18 — A Hquidaçfto do Banco Central de Reservas do Brasi!em caso algum poderá ser effectuada sem que o Poder Leçièiativoapprove previamente a deliberação tomada a respeito pelos resne-ctlvos acclonlstas na forma da lei.Paragrapho único — A deliberação da Assembléa Geral nestecaso, só poderá ser tomada por acclonlstas representando dois terçosdo capital social e mais da metade de cada um dos grupos de acçõesem que elle se dividir.Art. 19 — O Banco Central de Reserva* do Brasil terá isenção de

todos os impostos o taxas federaes, estáduaes e municipaes, sô fi-cando sujeito ao imposto de que trata o 5 2° do art 5"

Art. 20 - Os directores do Banco, além do presidente e vice-pre-sidente, serfto eleltoB pela Assembléa Geral, na forma estabelecidapelos Estatutos do Banco.

Paragrapho único - Ao presidente do Banco, em exercício, é fa-nu ^oVánco1"/^!,018668

dt dlrcctoria* *™ Prejudicarem . missãoque o Banco deve desempenhar.

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?\7 S° a\Parte d0 caP|ta*l ««rn destino especial ao publiconfto fôr inteiramente subscrlpta antes de constitutV-se a sociedadeanonyrna. a parte não subscrlpta será attribuida ao Governo Federale aos bancos acclonlstas. »»"m» reaerai

Art. 22 _ Os Estatutos do Banco Central de Reservas deverãoregulamentar a applicação das disponibilidades deste de modo » on*3E banmcarrieoaUend,dae

V*™^^* - neceest:,dddeesm°ddo0 WSArt. 23 — Rcvogam-se at disposiçòee em contrario.

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